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Texto 5 ''Solidariedade mecânica ou por similitude'' RESUMO

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Texto 5 – ‘’Solidariedade Mecânica ou por Similitude.’’ - RESUMO
‘’[É] uma solidariedade social proveniente do fato de que certo número de estados da consciência são comuns a todos os membros da mesma sociedade. É ela que o direito repressivo figura materialmente, pelo menos no que ela te de essencial. O papel que ela representa na integração geral da sociedade depende, evidentemente, da maior ou menos extensão da vida social que a consciência comum abraça e regulamenta. Quanto mais houver relações diversas em que esta última faz sentir sua ação, mas ela cria vínculos que ligam o indivíduo ao grupo; e mais, por conseguinte, a coesão social deriva completamente dessa causa e traz a sua marca.’’
As consciências
Existem duas consciências dentro de toda pessoa: uma individual, que define as características próprias do sujeito, e uma coletiva, que se trata do sistema com vida própria formado pelo conjunto de crenças e de sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade.
A consciência coletiva é independente dos indivíduos. Ela é algo arraigado na sociedade. Os sujeitos passam ela fica, as gerações passam, ela se transmite.
Durkheim define também que existem estados dentro da consciência de cada indivíduo. Um estado fraco é aquele em que as convicções menos importantes para o sujeito, as mais superficiais. Um estado forte é aquele em que as convicções mais importantes estão. O estado forte da consciência coletiva carrega todos aqueles preceitos que, quando ofendidos, causam grande horror à sociedade.
Os crimes
‘’Um ato é criminoso quando ofende os estados fortes e definidos da consciência coletiva’’. 
O vínculo de solidariedade social a que corresponde o direito repressivo é aquele cuja ruptura constitui o crime.
Durkheim afirma que a única característica comum a todos os crimes (atuais e ao longo da história) é que ofendem as crenças mais arraigadas da sociedade. Crime é definido aqui por esse modo.
Logo, para ser considerada criminosa, uma conduta deve ofender uma disposição da sociedade que tenha determinado grau de força, que seja tão marcadamente defendida por aquela sociedade que seja conhecida e delimitada de modo que todos a conheçam. Deve ser mais do que um simples ultraje moral.
Afirma-se também que, por se tratar de conceitos que todos conhecem, toda a sociedade conhece (ao menos em grande parte) os crimes existentes, o que é corroborado pelo fato de que tribunais sempre envolveram o povo como júri e de que o direito penal não dita normas, mas sanções.
As penas
Existem dois tipos de sanção: a restitutiva, cujo papel é apenas proteger e retornar o equilíbrio da sociedade (Ex: ter de pagar algo que você quebra) e a repressiva, que visa expiar um crime, punindo efetivamente.
Durkheim aponta que, se o objetivo da pena hoje fosse prevenir que crimes ocorram, haveria uma relação, não entre o ultraje do crime (roubo-homicídio) e sua pena, mas entre o que seria necessário para corrigir o sujeito e a pena (um ladrão terrível seria tratado como um assassino terrível). Logo, embora hoje as penas sejam mais ‘’civilizadas’’, elas ainda carregam a relação ultraje – pena.
A pena em Durkheim é vista como uma reação passional de 
intensidade graduada (de acordo com uma relação entre o ultraje que o crime causa e a pena a ele associada) que a sociedade exerce por intermédio de um corpo constituído contra aqueles de seus membros que violaram certas regras de conduta.
Durkheim rejeita a ideia de que existe uma relação direta entre o dano que o crime causa à sociedade e a pena a ele elencado (assassinos são mais punidos que alguém que causa uma queda na bolsa). 
A intensidade da pena está vinculada ao quão forte era o ponto da consciência coletiva que foi ofendido.
A função da pena é proteger o estado forte da consciência que foi ofendido. Isso é importante pois a sociedade é unida por compartilhar uma consciência coletiva: é o que nos faz querer ficar juntos. A pena surge então, não apenas como uma punição ao criminoso para saciar a sede dos cidadãos, mas como uma reposta que reafirma e protege os ideais do grupo (ideais as vezes tão importantes que já foram elencadas ao divino e imputadas a uma clara transcendência). Um crime é, pois, um atentado contra a união da sociedade.
O caráter social da pena fica mais claro quando, depois que ela é declarada, o governo ser o único com o poder de revoga-la. Interessante notar também que o governo só tem o poder de punir porque esse foi dado a ele, e que quando pune, não faz nada que não seja transmitir uma vontade emanada da sociedade.

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