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Código de Defesa do Consumidor Apresentação 1

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Código de Defesa do Consumidor
Ariston Santana
Carlos Moyses
Marnilson
Murilo Brancalion
Integrantes
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Introdução
Princípios e direitos Básicos
Proteção à Saúde e segurança
Responsabilidade pelo vício do produto e do serviço
Casos concretos
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INTRODUÇÃO
Origem Histórica
[1960-1969] – Houve um pico no processo inflacionário da moeda brasileira que consequentemente elevou o custo de vida nesta época. Esse fato desencadeou importantes mobilizações sociais para lutar por direitos e proteções perante o agravante econômico.
[1970-1975] – Surgem os primeiros Órgãos de Defesa do Consumidor.
[1976-1979] – São fundadas a Associação de Proteção ao Consumidor de Porto Alegre (APC), a Associação de Defesa e Orientação do Consumidor de Curitiba (ADOC) e o Grupo Executivo de Proteção ao Consumidor, atual Fundação Procon São Paulo.
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INTRODUÇÃO
Origem Histórica
[1980-1984] – Foi a década conhecida pela recessão econômica e pela redemocratização do País, foi também marcada pelo crescimento do movimento consumerista, o qual almejava incluir o tema da defesa do consumidor nas discussões da Assembléia Nacional Constituinte.
[1985] – Com a iniciativa de vários setores da sociedade, por meio do Decreto nº 91.469, de 24 de julho de 1985, foi criado o Conselho Nacional de Defesa do Consumidor, que era formado pelas Associações de Consumidores, Procons, a OAB, a Confederação da Indústria, Comércio e Agricultura, o Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária, o Ministério Público e representações do Ministério da Justiça, Ministério da Agricultura, Ministério da Saúde, Ministério da Indústria e do Comércio e Ministério da Fazenda, com o objetivo de auxiliar o Presidente da República na elaboração de políticas de defesa do consumidor.
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INTRODUÇÃO
Origem Histórica
[1985] – O Conselho Nacional de Defesa do Consumidor, com sua grande influência, atuou constantemente na elaboração de propostas durante a Assembléia Constituínte difundindo o concepção de defesa ao consumidor.
[1985] – A Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Resolução nº 39.248 de 1985, estabeleceu as Diretrizes das Nações Unidas para a Proteção do Consumidor, ressaltando a importância da participação dos governos na implantação de políticas de defesa do consumidor.
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INTRODUÇÃO
Origem Histórica
[1988] – Aprovação e promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, a lei fundamental e suprema do país. No texto constituicional é consagrado a proteção do consumidor como direito fundamental e princípio de ordem econômica.
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INTRODUÇÃO
Origem Histórica
[1990] – Em 11 de setembro de 1990, por meio da Lei nº 8.078/90, surgiu o Código de Defesa do Consumidor (CDC), que assegura o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor e estabelece o princípio da boa-fé como basilar das relações de consumo.
Na Constuição Federal ficou estabelecido que é dever do Estado (União, Estados, Municípios e o Distrito Federal) promover a defesa dos consumidores em adequação com as leis.
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INTRODUÇÃO
ÓRGÃOS DE DEFESA DO CONSUMIDOR
SENACON – Secretaria Nacional do Consumidor
DPCD – Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor
SNDC – Sistema Nacional de Direito do Consumidor
MP – Ministério Público
Defensoria Pública
Delegacia de Defesa do Consumidor
Agências Reguladoras (Ex.: ANATEL, ANTT, ANEEL)
ONU – Organização das Nações Unidas
PROCON – Programa de Proteção e Direito do Consumidor
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INTRODUÇÃO
Procon
O PROCON é órgão do Poder Executivo municipal ou estadual por excelência destinado à proteção e defesa dos direitos e interesses dos consumidores. É ele que mantém contato mais direto com os cidadãos e seus pleitos, podendo ser estadual, municipal ou do Distrito Federal. 
Suas funções são elaborar, coordenar e executar a política estatual ou municipal de defesa do consumidor, além de realizar o atendimento aos consumidores e fiscalizar as relações de consumo no âmbito de sua competência.
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INTRODUÇÃO
Procon
Funciona como um órgão auxiliar do Poder Judiciário, tentando solucionar previamente os conflitos entre o consumidor e a empresa que vende um produto ou presta um serviço, e quando não há acordo, encaminha o caso para o Juizado Especial Cível com jurisdição sobre o local.
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INTRODUÇÃO
Procon
O consumidor além de fazer uma reclamação junto ao Procon, pode ao mesmo tempo (ou posteriormente) procurar o Poder Judiciário e iniciar uma ação judicial sem qualquer interrupção ou extinção automática do procedimento administrativo. O Poder Judiciário e Executivo são esferas independentes. Portanto, o Procon pode ter entendimento independente ou diverso do processo judicial, especialmente se decidido pela aplicação de sanção administrativa. 
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procon
O Procon também fiscaliza, no âmbito de suas atribuições, estabelecimentos comerciais aplicando as sanções administra-vas contidas no CDC (art. 56) que vão desde multa até apreensão de produtos, interdição e intervenção administrativa no estabelecimento. Tais penalidades devem ser adotadas também por decisões fundamentadas. 
INTRODUÇÃO
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Princípios e direitos básicos
Princícpios Fundamentais
Os princípios fundamentais no Brasil derivam da CF 88 e são citados em seu primeiro artigo.
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Princípios e direitos básicos
Princípio da cidadania e dignidade humana
O conceito de cidadania está vinculado à oportunidade que cada indivíduo tem de exercer livremente suas opções e escolhas, com a garantia de receber tratamento igualitário e respeitoso perante a sociedade e o Poder Público.
Sob esta perspectiva, a Constituição Federal estabeleceu que um dos valores fundamentais deste País é a dignidade da pessoa humana, exigindo que cada cidadão seja respeitado em sua individualidade, atentando-se para suas necessidades especiais, pois somente assim, haverá igualdade entre todos.
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Princípios e direitos básicos
Princípios da igualdade ou isonomia
Conhecida também como Isonomia ou Igualdade, que também é princípio da Constituição Federal, não é alcançada simplesmente tratando todas as pessoas de modo igual (o que se entende por igualdade formal), mas tratando diferentemente pessoas desiguais.
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Princípios e direitos básicos
Vunerabilidade do consumidor
O artigo 4º, inciso I, do CDC, que estabelece como valor principal o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo. A razão desta proteção é simples e notória: o consumidor é o elo mais fraco da economia e é relevante que o CDC venha conferir-lhe uma tutela maior.
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Princípios e direitos básicos
Definição de consumidor
O CDC define Consumidor como “toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”. Conforme o texto do parágrafo único, o termo consumidor ainda pode envolver um coletivo de pessoas que participe ou intervenha de alguma forma nas relações de consumo.
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Princípios e direitos básicos
Definição de fornecedor
O CDC estabelece no seu artigo 3º, que fornecedor é qualquer pessoa que desempenha atividades variadas com resultado em forma de produto ou da prestação de serviços.
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Princípios e direitos básicos
Definição de produtos e serviços
O CDC trata os bens da vida como produtos e serviços. Esse dois termos são definidos no artigo 4°, §§1 e 2.
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Princípios e direitos básicos
Direitos básicos do consumidor
Direito à Vida, Saúde e Segurança;
Direito à Educação, Liberdade de Escolha e Informação adequada;
Direito à Proteção contra Publicidade enganosa e abusiva;
Direito à Proteção Contratual;
Direito à Prevenção e Reparação de danos;
Direito à facilitação de acesso à Justiça;
Direito ao Serviço Público eficaz.
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Proteção à Saúde e segurança
Conceito de defeito no cdc
A noção de defeito, para fins de indenização decorrente de acidente de consumo, é ampla: baseia-se na ideia de legítima expectativa de segurança. Ao lado dos defeitos decorrentes da concepção do produto ou de sua produção, existem os defeitos por
ausência de informação, ou seja, o acidente é ocasionado porque o fornecedor não ofereceu informações suficientes e adequadas sobre como usufruir, com segurança, de determinado produto ou serviço.
Com base na redação do caput do art. 12 do CDC, classificamos os defeitos ou vícios dos produtos em três espécies: Defeitos de Criação, Defeitos de Produção e Defeitos de Comercialização ou Informação.
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Proteção à Saúde e segurança
Espécies de defeitos
 Os Defeitos de Criação têm sua origem da concepção ou idealização do produto, afetando as características do bem em consequência do erro de projeto, de modo que o produto não terá a virtude de evitar os riscos à saúde e segurança do consumidor ou usuário. Nesse caso, todos os produtos fabricados serão defeituosos o que os torna um risco eminente para o consumidor.
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Proteção à Saúde e segurança
Espécies de defeitos
 Os Defeitos de Produção decorrem de falha inserta em determinada etapa do processo produtivo. Ocorrem por um erro operacional ou por erro aleatório do equipamento durante a produção. Geralmente, apenas lotes específicos, determinados e identificáveis do produto são atingidos pelos defeitos de produção.
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Proteção à Saúde e segurança
Espécies de defeitos
 Os Defeitos de Comercialização ou de Informação decorrem de informações insuficientes ou inadequadas sobre a u-lização do produto e seus riscos. Nesta hipótese, há um descompasso entre as informações necessárias para evitar acidentes de consumo e conjunto de dados oferecido pelo fornecedor.
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Proteção à Saúde e segurança
Responsabilidade pela indenização
Na responsabilidade decorrente de defeito do produto, o dever de reparar é, em princípio, do fabricante, produtor, construtor ou importador (art. 12).
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Proteção à Saúde e segurança
Direito de regresso do comerciante
O comerciante é igualmente responsável quando ocorrer as hipóteses do art. 13. Porém, conforme indica o parágrafo único, existe a possibilidade do comerciante pedir o direito de regresso contra os demais fornecedores responsáveis pelo dano ao consumidor.
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Proteção à Saúde e segurança
Exclusão da responsabilidade
A adoção da responsabilidade objetiva, ou seja, independentemente da prova de culpa do fornecedor, não significa a ausência de possibilidade de o fornecedor eximir-se do dever de indenizar.
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Proteção à Saúde e segurança
recall
O CDC dispõe que, havendo conhecimento de defeito, após a introdução de determinado produto ou serviço no mercado, deve o fornecedor comunicar tal fato às autoridades e aos consumidores. Este procedimento é mais conhecido pela palavra inglesa Recall que tem o sentido de chamamento ou aviso.
Em razão da produção em massa e das características próprias dos defeitos dos produtos, é comum que toda uma série de bens seja afetada, expondo à saúde e segurança de milhões ou milhares de consumidores no país inteiro. Daí a importância do recall para evitar ou minorar os acidentes de consumo.
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Proteção à Saúde e segurança
recall
O Recall é realizado com maior frequência na indústria automobilística, assim como na parte de hardwares para informática, celulares, cosméticos, brinquedos, ou até mesmo medicamentos com efeitos colaterais previstos. O Recall é previsto pelo CDC no artigo 10, § § 1 e 2.
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Responsabilidade pelo vício do produto e do serviço
Conceito de vício no cdc
O CDC possui uma seção específica que cuida dos vícios dos produtos ou serviços. O tema refere-se aos produtos e serviços que não atendam a sua finalidade específica. Podem ser vícios de quantidade ou qualidade com suas especificações previstas em lei.
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Responsabilidade pelo vício do produto e do serviço
Espécies de vícios
Vício que torna o produto impróprio ao uso e consumo.
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Responsabilidade pelo vício do produto e do serviço
Espécies de vícios
Vício de Quantidade com diminuição do valor (conteúdo) em relação ao rótulo ou publicidade.
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Responsabilidade pelo vício do produto e do serviço
Espécies de vícios
Vício de Qualidade impróprio ao uso e consumo e com diminuição do valor (financeiro) em relação ao rótulo ou publicidade. 
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Responsabilidade pelo vício do produto e do serviço
O Prazo de 30 dias
O consumidor, constatando qualquer vício no produto, tem direito, conforme sua preferência, a exigir a substituição do produto por outro, a devolução dos valores pagos ou o abatimento proporcional do preço (art. 18, § 1º). Todavia, o fornecedor possui prazo de trinta dias para tentar sanar o vício.
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Casos concretos
Caso n°1 (procon)
Sou dentista e estou montando meu consultório. Contratei o serviço de colocação de carpete de uma empresa que faz anúncio em revista semanal. Paguei com cinco cheques pré-datados e foi fornecido o prazo de uma semana para início da colocação, porém já passaram 15 dias e não vieram. Fui informado por um colega que o Procon entende que a Pessoa Jurídica não é consumidor. Isto é verdade?
No caso analisado, seria possível a caracterização do dentista como consumidor, tendo em vista que a sua atividade finalística é diversa do serviço de colocação de tapetes, restando clara a vulnerabilidade do dentista em relação a essa empresa.
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Casos concretos
Caso n°2 (defeito de criação e recall)
Comprei na concessionária um carro novo há dois meses, e ao fazer uma viagem com minha família, o capô dianteiro abriu no meio da estrada, e assim tive que parar o carro, pois me fazia perder a visão. Usei uma corda para amarrar o capô, pois não parava de abrir. Como procedo nesse caso?
O consumidor deve solicitar junto à concessionária em que adquiriu o carro o conserto do capô, sem qualquer ônus. Caso o consumidor tenha sofrido algum dano, em decorrência da abertura inesperada do capô, ele poderá acionar judicialmente o fabricante, para pleitear indenização. O consumidor constatou que o defeito apresentado pelo veículo também está presente em outros veículos da mesma série de produção, assim a empresa deverá promover o Recall, que envolve a comunicação do fato aos órgãos competentes, a ampla divulgação aos consumidores sobre os riscos do produto e a realização de providências para corrigir o defeito dos produtos já comercializados.
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Casos concretos
Caso n°3 (defeito de produção)
Eu estava com o meu marido em frente a uma banca de jornal, quando um ônibus da empresa “X”, ao fazer a curva da esquina, perdeu o controle e bateu na banca. Meu marido foi atingido pelo ônibus, ficando gravemente ferido. A empresa não quer se responsabilizar pelo ocorrido, pois alega que o meu marido não era passageiro. Ela está correta?
Não, pois o CDC, em seu art. 17, determina que as vítimas de acidentes de consumo equiparam-se a consumidor. Assim, a responsabilidade da empresa não se restringe somente aos passageiros que transporta, mas a todos aqueles que foram vítimas do acidente, como é o caso do senhor atingido pelo ônibus. Neste caso, pode a vítima reclamar nos órgãos do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, para que seja aplicada sanção administrativa, bem como pleitear judicialmente a reparação dos danos morais e patrimoniais.
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Casos concretos
Caso n°4 (vício do produto)
Comprei um aparelho de TV da marca “A” na loja “B”. Logo de início ele apresentou vício. Voltei à loja e informaram que eu tinha que recorrer à assistência técnica de fábrica. Procurei todas as autorizadas da lista que veio com o manual e elas estavam fechadas. Voltei novamente à loja e informaram que não podiam fazer nada. O que devo fazer?
O CDC estabelece em seu art. 18 que a responsabilidade por vício da cadeia produ-va é solidária. Dessa forma, todos, inclusive as empresas que comercializam os bens duráveis, no presente caso a loja B, respondem pelos vícios de qualidade que tornem impróprios os bens de consumo. A inexistência de assistências técnicas na cidade não exclui a responsabilidade de todos os fornecedores de sanarem o vício do produto. Assim, cabe ao lojista e ao fabricante resolverem o problema, ainda que por meio da subs-tuição
do produto viciado por outro.
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Perguntas e dúvidas
39
Obrigado 
“Saudável é a mente humana que acorda pela manhã e não pensa que é seu último dia na terra.” – Cpt. Price

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