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14 Procedimentos Diagnósticos Invasivos I Arpniocentese lndJcaç6<$ t!poCa de R~.tlir..1~o Técnica Complicaçôet~~ Biópsia de Vito Corial Jndicaçõe!l !!:poda de Realh:ou;lo Técnica Complicações O ~ pnnrip~ois proctdtmcntm di<J,ttncNJCOS tm'UI· vos ruliudos ~urante .1 gravtde7. s.io .a ammo· etnlest,abiópsUde\,Jocorial (BVC) earordo cmt~. A lndt(..lÇ'ão ma.is comum de Tt".aitt;lÇJodesscs testes 10\'J"'vo~ é o diagnóstico prt-natl.l de anomalias cromossó· nuc:n. Ahulmrntc, não é nuis reromendad3 a c.xecuç.lo <k prLXcdimq,to invasivo somcnte pel::t id~de rn.l.ll!m.t supcnor ·' ·'-' anor.. i'\ e'tratégi:~ l1e r:l.~trcJO dJ.s anrup!oidb.l!l fctai~. in- cluin(lo tdadc nutern._ marc.adores bioquímicos c hlo(l~ICos no I' rrime.stre,possuitax.:r.dedetec:ç.iosuptdor:r. SO'ti c~ti cons:~gu<U.' A dl'Cisão d;a gest.mte 3WC.t cL rtJiizõlÇ'lO do d•:.gn~r.co prt-1\J.tal é base.ub em dn~ f.ltores, cntrt os qu.ü.~ o mco de .lnomalia cromos..-'mia do ftto, o riKO de pmb da gm-tda droorrentc do proccJunento im-a.sa""' e as constqlk.'nri;n do naKimentodecrianç-~ ~fct~i. A!Õr ~:a detecção das anorn.d1as c.romossbm•cu-os proct J •mcntos irw.rsivos também permitemodiagnósticod:a~do t.'OÇJ~ gCnKas deher:tnç..t J.utossómlcadominant( (porclll:m· Jorge de Rezende Filho Marcos Nakamum Pereira CarlosAnton1o U::trbo~~ Montenegro Cordocentese Indicações ~poca ele Rc.-liz.ação Técnica Ccmplicaçõcs Biópsia de Tecido Fetal Bi9psb de Fígado ptópsia de Pele 0iÓJ7ilia de Mú~culo pio, coreia de Huntington. d15ti'OIÍ~ mtotóna\ .rutrus..."'ffi:ca 1\."C'eiSi\'.l (por c.tt.'mp!o. alfa t.alustmia, fcn~tttomlria. doen- ça de Tay-Sachs) c l!gad.u ao cronlO\somo X (por exemrlo. diçtrofi.t de. Duchennc, hcmoóll.l A c B). OS crm<- in;~tos do metJ.bcl imto, tais como u doenças de Gauchcr c >J~mann -Pick, LlmBém tcio pmh'CIS ele dl.tgnóstko. Quando J.lgum dos plis é portador de docnca gc~tlca cltt erro inato do metabolismo ou quando h~ hhtória f-lmilia r de ~iocnçJs se- nica~. pode e~ur ind1c~.l ~ inw.:~t •s<lÇ:lo downcepto. Nessas ~Jtwçóe.J.em.rlgumJ.sru.u oc-.rMôc,,em que h.i limJt:.u;:.K'Idos métodos p apontados. poJe h.~;,~ nttl',t.~darle de te.tl:uçio de bqxi"deteodo fct•l (pd<,Bgodo 'mU..culo} A fct0$Cq>i01 ~ outro proccdtn'M:'nto im·:.si\o'O que pode ser utili-tado com fin~ diJgnt»ticos. Outror:t mui- lo pr.mcada par.~ vísu:ali1.u m:.lformaçõc.s Cltcm.lS do feto, bem como par.1 obet."nç.lo de! tecido fet.tl c re.ÜiZ.lr lrançfusão mtr.wJ..scular fet.ll. ;~ fct~opi~ di.,gnósuca foi abandcmada na déc1d:1 de 80 pelo ;w~nço da uhras- sonognli.1. sendo ho;e método exd~tvamentc de h na· lldade tcr.lpêutica. Deve o..t:fl.'S$.Jiv.arqueanettSSidadc~re.aliz..lrproct'di menta uwa~i\'O cxit,"t" o conhe(']mento da tipagem u.nglJI ~da p.1dmtc. Ca~a mulher se);~ Rh nrg•ti\-'0 ecoom~ indtreto ncgalt\'O, J.dministrJ-:se imuno~lob,din<~ antiD p3ra prolilui.a d.a doença hemolltiu ~rlna.tal (DHP:-.l). Igualmente 1mportJnte ~ a soliCitação de- sorulogia p~Ha HIV e htp.atite B c C. pois,, ge~tantede\'t scrac<>nselhadJ. sobre .a pa'!StbilidJde de transmtss.\o \-erl!cal nesses a'iOS. AMNIOCENTESI! AmniOCCntest: é a obtenção de líquidO amnióliCO Jtr.l· '"<s de punção transabdominal guY<il por ultr<n~6.:~ (l=igurJ 14, I). ConiUdu, mesmo antes do Jd,-ento do ultrns- som.a amniocentcse j1cra pr-~tic~ e desde ofin.al doSt."cu loXIXCJplica.dafl(l trat.lmentod.tpolldramn ia,tprovávtl qUI:.' tcnhJ.~iJoHenc~d (1919) o primciro:Jempl'r"S2raam n10ccnte' c transJ.bdominal com fin~ pro~uti~ Jevm- do-se.a O'M{'1"leee (1930) ~ua utiliu.çio JXlraa Jmn.agr.a6a. Alb.mo (1933) .rervtu-sc dda oo diagnóstico da mone ti:tal; Bocro(193.S) e A burel (1937) como tempo prelimmarà in· duçlo do abortatn(nto c do turto. Quando qu.ase esqueci· d.l, Bc\.'is (1956) rest.J.urou-lhe.a pr.ilica p.1ra anal ~sar o teor dr bilirruhtna pt\"SmtC no lfquido J.mniótiro (LA) e Liley (1961) CC"mumou seu mo no acompanhamento :h: grivicbs JIOtmurUudas.1 Fuchs 8c Ri is' (1956) foram os pnmctrcn :~; determinar o sexo fetal pela amn K>ecnte~e, enquanto Steelc & 6reg' (1966) es"beie«nm o c;mó!opo fc:t.ol p<l> cultur.l dos amn lócitos. Nlo demorou até que O primdro c::aso de dug~1ico pd-ll.ltal de síndrome de Down por meio dJ amnioccnte5e fosse relat.1do por Vo'llenti~ (1968). Em 19721 Drod::& Sutdilfe'enoontr.at:tm .J.I t:t.~concenh·.lçôe.'dc alf:a .fctopmtdna no LA cm O !.OS de defeitos de fech:Jmcnto do tubo neural. Odescn\"Cllvimeoto d.u técnicas de cilogené1i· ca ~d.t ultr:tssonogrJfia1 :Jl&n da dcmJncb pdod,agnóstiro pté-naU.~ pamitiuque.aJ.m nioccotcse.ktorna..(SCprocOOJ. meruo rotu~iro na prâtica ob!itéttlC.õl. I N DICAÇÕES A principal indícaç.\o de am niocentcse é o diagnóstiCO pri-natal do cariótipo fct:al ~osdW atu:ai.., o proccdlf11en· 211 to Jn\'asivol indic;1do principalmentcquandoo rutrd o de .lneu~oidt a~ ~ncontra-se .l ltendo. ~;a pdo teste cC~mbinJ do(tr.UJsluci'nda nucal.~ hCG e PA .. PP.A)no l " t rimestr~ ou pelos marc.1dores btoquimicos no r trimcure. Eu~ procedimento também o;c r"re.'lt.::l à an.:ilisc do DNA fet.l l quando ha n«e\!.id.~de de ~u1u de doença~ gênicu Além d<Kjuc!.as j~ ciuda..., malfOrntaçao m.tlor ou duas alte· rações ~truturais men~ (por exemplo, p.ek>cct.lsia. CIS· to de plexo coroide, entre outrJ.s) por ocui~o d.t ultrJsso· nografi.t morfológJOJ ê motivo fr!qucntc- c!c carKttipagem fetal por amniocentc.sc. A poquisa de infecçaoktJ.I ta l"czcon~utua .::1 ~nJa indicaç:ío mais frequente de ammoc::ent~e, sendo pms(· ,oe~ a tdentificJ.çio de inúmeros :.gente" infec.Oosos no I.A pela técmca de pulymer,lu -chmt! rractwn (PCR), cultura ou cn5JioS imunológicos. DestolC.t·se .l l mport~da dcs· se d,.~gnóftic::n na condutOl dJ. toxophs~e qu.1ndo. uma \'tl idrnt1Ílc.ado acomcthnento do conC<'pto, pennitc-sc o tr.:~ t.~m~n~ d:t infecçio. A idcnti~CJ.çio dC' ootroo. ::agcntr" infttàOS(K. t.tis comoocttomcgaiO\·(rus c-\•irm da vJ.ricda- 7U~tcr. t.::~mbém e de grande importlnc:i:a. pots pmmte me- lhor acon&clh.mu~ntoquanto ao prognóstko da gr.widc:t. A JmnK>ceot~ pc:wui outras indlc;u;:ótt .1./trn de fornecer célula ~ para a Jttá l i~ genética c a pcsqui~ tk inf«çõlo fetal. A espectrofotomctria do LA utJliz.ad.t na prope.J~tilic:a dJ DHPN revoluciOnou o trJtamcnto dcss.1 domç.1 e midou :a popul.mz.l(lo da .:~nmiocentl~. ten- do stdo <ubstlhlfdo por mêtodo n.lo mvasl\'o (doppler d.l ut&ia cerebral mêdia) de ava\i:aç-lo da ;~nem i:a fct.l l. :-.lo entJnro, ulguns autor~ :-.mdJ. consideram a po:-~1b11idadc de sua utdiuç.io cm ~l.leóe com nuis de 35 sc:man.u.~ A tdenli!ÍcaçJ.o do Rh fct.ll no Uquido amn iótico !J.mbém foi precooiz.lda na oondutl da ge\t'antc a.loimuniuda, ma" tende a ser abandonad.l prla ickntificaçlodo D:-.JA fctal no JOro mJ.terno. A avaliaç:~o da m:~luridaHc pulmo:ur pelo LA também está cm de~uso, ainJa que poss:a ter uu!..id:~dc no manL',O de gtMante~ diabéticas. N:io é demais citar a utilidade- d.1 .t.mniOCentcse no ll'.ltJ..tnento da pol1dr.~mnia, su.'l mais .lntig:a indkaç.lo. ÉPOCA DE REALIZAÇÃO 1\ amnioc::entcse dn"t ser n._'J.hnda J.pó'> 14 senunas CÇ!mplct:~ s de- gcstlçào.'• Tradicionalmente, ,\ J.mmo cmtcse ~'l'nétia é realiud.t entn= 16 e 18 srmanas,. Jã 'iC propôs rca.li~ar o procec.ü m~nto em pertxlo~ :mteriores, a dcnomhtada amniocc11tese precoce, ptt1Cedida crttrc J J c 14 seman.u . O estudo canadense CEMI'\T10 randomizou pacJentes p•tr·a amnlocente.sc pn.xoce (entre 11+0 c 12+·6 sem.tna s) ou amnioccntcsc de r trinK'Strt' (en tre 1s .. o e 16+6 semanas), encontrando alta t.ua de perda fetal (7,6% v1. 5,9%: p• 0,012) e alta incidência de pe torto congCnito (1.3% vr.O, I%; p .. O,OOOI) no primeiro grupo. Dessa forma, ,\ amniot:cntcsc precoce não deve ~er p~aticada, por estdr assoc.iada J. a.ltas taxa.s de perda da gr;widt."7,e complicaçôes d('(ortcJUcs do procedi mento. Ant~ d.a reali:aç-'o da amniocentcsJ dC'\'NC proceder J an:ili.se,sonogri hca para conhrmar-se J idadegestaciona l edctcrmmar a localizJ.ç.ioda placcnt;a, o tolume de I.A,ati· \'idade u.rdíaca fetal, número de fetos, presença de miomaJ> ou outras alterações que interfiram na tJcnica habitual$. É recome11dadoquc a J.mnioccntcscscja pt.1ticadJ com visu- aliaçilo ionogr:iti ca continua da :1gull1ajo que lhe confere .1ha tax~ de ~ucesso, menos necessidadb de repetição do proctdi1r ento e menos ocorrência de amostras mesdadJ.s .1 variivd quantidade de SJngue.' Essa prática permite 3. vi,.uJ.Iização concomitante das parte.s fetais, minorando o risco de tr;lumati~mo do concepto. A partir da ultrassono· graii.l também ~c pode identificar a localjzaç.io da placenta e do cord.io umbilical. Não há cv idénci:ls de que o .:~cesso trJ.nspla.ccntário resulte cm cxpre:s~ i \'as oomplicações, sen- do permittcb su.1 realizJ.ção quJ.ndo neCessário p.1r.1 atin· gir mai.' il cilmente o maior bolsao de liquido amníótico, cvitandq·se a imerção do cordão.JNo entanto, pode haver mai~centuada hemorragia feto·maternJ~ A pó~ .l~$ep~i a e antissepsia adequadas, insere-se agu· lha de r.lquiancstesiJ., calibre 20-22 gauge, t>m movimen- to único contínuo atr.n·és do abdome c tb parede uterina, :~ t inpndo o maior bols:lo. AspirJ.-sc, cnt;.lo, IS a .30 mi tic liquido l mniótko. retir.1ndo-se o conJtmto cm scguid.\. Não há recessidade, em ger:tl, de anestes1a loc..llt (F'igur:t t+.C. j\.:J gr:n·idez geme lar, a maa>ria do} autores prefere a realização de duas punções cm sítios distintos, apcs:1r de al· gumas séries utiliz.lndo punç .. \o úmcJ lprcsc-ntJrem baixas taus de !:omplicaçõcs.~ Tr:tdjcklnalmentc, a grande dcsvantJ.gem d.a amniO- ccntese J o tempo para se obter o resultado do cariótipo. I'Tocedtmentos Diagnósticos Invasivos em !ornq de três semanas para a maioria do~ laboratór io~ Contu&.y10"'a~ técnicas como o PC R e oJi~tcresunct in-r1tu l!ybridizaUon (FISH) podem apresentar rtsultado~ pudais cm doi.s d1J.s . Essas ttcnic.1s, juntamcntc- ,com a com;tarati- 1\:: .~Yn<Jmir hJbnd:zalicm (CGH), permitem hoje di.lgnó~ti· cos maisjsofisticado'>, como detecção dq mkrodclcçõcs c tramlocaçôes do mJtcn.d genético. Figura 14rl j Amniocente'i.e de 2' tritm'stre COMPLICAÇÕES Não ~A percentual único que possa ser atribuldo .lo risco de rerd,l da gmidez ,\póS ,\ am~iocentcse de 2° trimestrq. Esse risco é indhidual, b., sc.-.do cm múltipbs vari áveis1 \"l'ilson et al. 1 ~ (2007), .m.\l~ando inúmcr.ls publicaçõe~ ~obre o tema, e~timam que o risço de per· d.1 gcstacional devido à amnioccntcsc é de 0,6 a t,O% (I :167 a 1: 100). Contudo, considcrandq-se os intcrv.llos de confianç.1, css.\s t:u:as podem ser tão baü .. ._,,_ quanto 0,19% ou t;1o c!c-vadas como l,SJ%. Estlldos recentes indicam <:jue esse risco pode ser ainda mais baixo, entre 1:300 ~ !:.SOO quando o procedimento é efetuado em centros ~pc-cializa.dos,11 Em 2006, EdJ.lcman ti aU" public&nm anJ.Ii~e ~e cundãnl do e.sludo E~'TER CUJO ohjd ivo primário era compa rar o rastrejo não invasl\'o de .l llC\lploidi.ls no lo c 213 r trimestre~. E.s:se5 :lUiotes, compJrando 3.096 mulheres submelidas à amniocente~t! e 31.907 que não realizaram o procedimento, encontra mm tax:.. J~ perda da gestação decorrente da .lmnioccntcsc de 0,06% (I : 1.600), muito in· feríor à~uela normalmente cstim.1da. Entretanto, eles não incluir.~m na an.ilisc as gestações intcrrompid:..s por ano· mal i a~ cromossómicas. Essas, prcsum~·clmentc, estavam, em grande parte, destinadas a encorpar a c.uuística de per· das cspüntl neas, sul~~ti mando a taxa de perda no gmpo que realizou :lamniocente~en Ql.!Jndo rc:tli"LJ.da no 3° tri mestre, a amniocentese não parece C.star associada a p.:~rtode emergência, porém múlti· pias teqtativ:ts de inscrç.io c presença de sangue mt.-sdado ao liquido ocorrem com mais frcqu~nciJ..11 Ji na gestação gemelar, a melhor estimativa de P"rd~ da gravidez é de 1,6% (!C9S%0,3-3,0%)." As complicações da amniocentese são mfrcqocntc.s c mduc~: vaz.unento de LA (/cal:ag.:) ~ pequeno sangr:t· ITK'nto vJ.gmal (spotu11g) cm l a 2% dos casos; corioJmnio· nitc em menos de 1:1.000 procedimentos:11 e irr itabilid<~de uterlnai A bJo do conccpto pd a agulha é extremamente rara. Fjlha de cultur.t das células do Ilíquido amniótico ocorreem0,1%dos casos. ~ As ipfecçóes maternas pelo H !\~ hepatite B ou hepatite C são ~ituações especiais que suscitJ.~ dúvidas quanto à segurança da amniocentese, pela posSibilidade de trans· misS;i.o >·crhcal. Os dado!> eKa.ssos da literatura sobre essa temjtid.'l demonstram que o risco de transmissão ve rtical pelo proce-dimento invasi\•O em gestantes portadoras de hepatiteS c C é bJixo.1~ Na infecção pela hepatite B é reco· mendirel conhecer o statm do HbeAg. que, quando posi- ti\'tl, representa mais probabilidade de e.."tpúsiçlo do feto. J.i. na gcsu.nte portadora do HT\~deve-se h itar ao mãximo J pr.1tica tlaamniocentese. A maioria do~ estudos já publicJ.- dos \'Ctjlicou acrt.«:imo da transmi ss3overtical, sendo que no 3° t~ tmcstre c.sse risco pode ser quairo vezes mais alto No enmnto, algumas publicações recentes sugerem que. quando realizada no 2~ trimestre em mulheres f.·ucndo u~ode terapia anlirretroviral, a amniocentcsc não aumenta a taxa de infecção neonatal. 1~ BIÓPSIA DE VILO C ORIAL A hjópsi:t de vilo cariai (BVC) é .l obtenção de amos- tr.u de \· ilosidade~ coriônicas no córXJ frondo~, que pode ser realizada pcbs \·ias ccn•ical (Figurá 14.2) ou :tbdomi- nal (Fig\lra 14.3). O dc.scnvolYimmtodbssc procedimento decon 9 da neces~id ade de detecção precoce, :lmda no l~ trime~tre1 de anomalias cromo~sómic:ts, visando.\ inter- rupção da gravide7_ A BVC ganhou significiltivo impulso com o Surgimento do rJStreio sonogdfu:o e bioquímico no I" trimestre, que elevou a frequência de .sua realização c, consq.qucntemcntc, sua segurança. Ambstras de vila c.orial foram obtidJ.s, wz primeira, em casos de intcrrupç .. \o da gestação, por .\1ohrlf (1968) e Hah1fmann11 (1974). D.\ ChinJ. emergiram os primei· ros casq.s de dctcrmin.wão do sexo fml pela BVC, •Hnda reali~ada ·às ceg~ s·. Na década de 1930, a ultril ~sonograb.a começou .1 $erempregada para guiara nVC.11 A principal vantab'Cm da BVC é a po~!-ibilidade de sua rcali"Lação no I" trimestre.Akm desta, também se pode ci- tar a maior prcslc-za no diagnósUco de dbença~ gend icas. Já que nesse caso o DNA é cxtraido dirctJ.mente do vi lo, não h.wendo necessidade de cultura de células. lNDICAÇÕES O rastreio hioflsico e hK>químicode J•trime.strealtcr.t.- doconstitui a principal indicação de BVC. Ex.istem outm indicações que também \•isam à detl!'cção pn:coce de cro- mossomopatia, pJ.r.t as quais a BVC tt•m primuia: infante anterio~ com tnssomia ou .mo nu lia do t romossomo 5\!XU· al; pais com inversão ou rran.slocaçã.o cromossômicJ.; pais com antuploidia ou mos.1kismo de Jncup!oidiJ. A BVC também é excelente fonte de DNA c pode ser utilizada na maioria dos e'i:tudos moleculares sem a ne- cessidade de cultur.t prévia. T r.ttJ.·SC do mdodo de ele;ção para o diagnóstico de erros inatos do 1111haboli.\mo e doen· ças moQOg&ücas - autossómicJ.s recesSiva,~ ou ligada~ ao X de alto ri sco de recorrênCia, como hcmog.lobinopatias, hemofilias A e B, doenças de depósito,distrofi;c muscul.u de Ducht•nnc, entre outras.U ÉPOC~ DE REALlZAÇÁO I! p<!ssivel obter vi lo corial a partir de sete semanas de gt'i:ta.çãó!! havendo comenso atual de que a BVC deve ser pmticada somente apó~ 10 semanas dej gestação,s·3 ' ~ pois inúmeros e5tltdos demonstraram h.::n-et alta i ncid~nda de anoma!Lu faci.1is c de membros qu.1ndo realizada antes de~se pe~íodo.1J /\ BVC tr:mscervical está limitada à 1 1~ e 12l semana~ de gcsta~lo,~n quanto que náo há impedimento ao proce- diml'lliO pela viatramabdominal no re~Unte d.a gravidet-.u A princiRal indK:.;!.çj_o de BVC no 2" ~ 3• trimest~s era pam obtcnçJ.1.do cariótipo mats rapida~1cntcr o. que ~r.dcu \o"J- Iorcom a tntroduçãodenm.~as t~c.ntC.1$ d1 cttogcntl!ca, que forneccn,l: o resultado da ammoccntese e.pt até 72 hor .. u . I A BVC pode ser realizada por via tr:IIJSCervical ou tran- S.1bdomibal. i! consenso que, independentemente da via ,\dotada,] ela deve ser cfetuadll com control.e .sonogrdlico contlnud.~ A BVC trans.1bdonunal tem tido a prcfcrCncia dos e5pekialistas, pela representativa simplicidade de sua té<.:nica 1 mais sucesso na obtenção de ~a~erial placentá· r101 porém mUlto~ preferem a v1a transc~mca\ em placen· tas posteriore~ e/ou haixa::;.11 UVC T RA.'\SCl:RVtCAl- a BVC tran:kervkal é rcali·LJ- d.t, p!'t"fcfcncialmente, entre 10 c 12 sc1hanJ.s. Entre suas contr.tinHtcaçOCs, cnumcmm-sc: mfccçio vaginal ati\•a, dot:nças do colo uterino, herpes genital, entre outr~s. r feito o dame com a paciente em litoto"!ia. após cuidados de .mtissep~ia vaginal e sob acomp3n ha l'l)ento sonogr:ifico permanente. O CJ.teter de plástico ou jet:tl d irecionado paralcl.:utll'ntc. ao eixo longttudinal da placeiitll., d istante do saco ge.stactonal c dJ dcdduJ, é conchado à scrmga de 20·30 mi com meio de cultu ra específico c, sob press.lo ne- gJtlva, aspira-se o matenal (Figura 14.2)/ Figura 14.2 1 Bióp~ia de vi lo comi pela vi.t cervic.tl Proced ;mctntosDf~sticos lnvasivos 13VC TRA.'iSABDO\ti~AL- pode ser re;~ lizada após 10 semanas de gestaç.lo, conquanto náo ot'ertça vantagens em rebçào ar~ demai~ procedimentos inva.~ivos (i.c. amnio- centcsc,cprdocl'tltC'sc), a partir da lS•semana. Pn."("onizada por autorh dinJ.marqucscs, Smidt-J cnscn & Hahncm.uml~ (1984), ~-em scndo a técnicJ. ~'!cferida, sLbstituindo a \'JJ. cervical. 6 cXJmc ultrassonogdfic.o prédo é mdispcnslvcl pJ.rJ prcc\sJr a KÍJ.de da gravidez e apontar o sítio ilical da puoçio, isto é., a área que corresponda ã ~aior massa pla- centária. ~1~ndo locada na ~ce ventral do útero, o procedi mento é Ja ltzado com a bex1ga repleta. C~mo artitkio, no~ casos de \n~~rção dorsal da placenu, pro(.ede -se J.o exame após oe~yu•amento da hextga, o que obri~J. o úte-ro ase an- teriorizar;cxpondo sua p.uOOe postcrior. ~'>'IUtili u-sc J.gulh.l de raquiancstc.sia. calibre 19-20 gaugc. ~ J~ent.tda pelo ul- t ra~om qinscrida paralelamente à placa J:'rial até penetrar na massa placent.\ria, .ldaptando-a a umJ,scringJ de 10·20 mi. com r eio de cultura espedfico. Sob ~)ressão negalh'<l, movtmenla·se a agulh<1 para tra~ e para frente (S· lO movi• mentos), ~mpre no maior eixo da pl~centa, de fOrma a ob· ter amQStra de m aiS de uma árca.~·1'" Mantendo-:sc a pre.~são ne-gativa, retira-se o conjunto (agulh.t e Sl~inga) c analisa-se. a qualidade- da J.mostra, gt"talmcntc contefllio S a 2S mg de tecido col'i.ónico (Figur.l 14.3). Rar.uncntt .l via .tbdonunal deixa de ser utilT'LadJ cm virtude de difictJd.adc de acesso. COMPLICAÇÕES A tax.l de JX!rda da gravidez decorrente- da BVC tran· sa.bdominal é de I J. 2%.1 KJ.o há estudOs randomit<tdos compara~do a ove com grupo-controle/ o que dificulta 215 cstlffi:~r ao certo o riSCO' desse proc~imento. Contudo, .ai· gurucnsatDldínicosr.andomizadosricompararam.aBVC com~ amnM>centese Mujel.inO\·ic & Alfirevid' (2007) re- ~liura.m rnis.lo si11o1emãtica em que romput.tr~m as tuas de:pmb.d.agravKinaté 14diasdoproctchmmto.:tntcsdc 24 sema.nJ.~ e tot:1l. Ü$ resultados põ'lra .tmmocentcsc fo· r.un 0,6, 0,9 l' 1,9%, rcspccli\"J.ffiCOIC, cnqu:tntO p,u~ I\VC :tprt'Scntara.m números simil:ues: 0,7, 113 e 2,096. Portm, a maiot1" das rev1sóes retêre que o risco de perda da gcsu.· ~o\o .lpós a BVC é de 1 a 3% superior a() da amniocentcsc rt.llltada no 2• trimestte.u E.!lses <hdm kv:1m J crrr que a amnkkerHes:e após 1.5 semanas é procedimento ma1s se· guro que a BVC, sendo e.UA. no tntlnto, o procedimento <k C!:leiçáo ante)deS!.t" período.'~z Apo:.rdc não~ con.stõltucm cvkk':ncw Significativas, p.li'C'(C h.a\tt rmls incidCncia de perda dJ gestJÇ.kl após a BVC trarucervk.l.l quando comp.uad.a J via abdommaL scndo essa conclusão C!:fllbasada nm rtsultad~ de um e)· tudod!n;amarquWlcujos resultadosn~nfo~mcorrobora· dos por outr.u pesquisas.n Demai ~, s:;apgramento v3gin.tl pode ocorrer em até 32% da~ pJcicntc-. Submetidas .10 pro· ccdimento tr.ansccn·ical.u A incidCI){'ia de malformações fct.Us n~o se encontr;~, a~sociat!J ii. BVC. An.ilisc da OrgamtJ~JCI Mundial da Saúde (OMS) contando com 138996 casos nlo indicou mctdt:ll\.ia Jumcntõlda de dcfatos de ~uç:io de rTM"mbro~ r:igum 14.4 ] T1pos.demouicismru. Va PramlmColorrJ11. .após 3 r\."'lhuçJ.o de BVC. u A frtquência de anomalia.~ de membros c oromant:hbul.uts (ncontr.a-se devad.a apen3s qu3ndoo procedimento~ rnli7..ado cm 1d.lde gcst3dorW precoce. Es!.eS deftlt<». parecem ser dcttnnin.ldos por hi- poperfus.io fetal tnn'!ilóri;a c (m6mcn<K v.uicspásticos se· cundários ~ di,.rupçlo Vil~lar n:1 circul.lçlo placenUria.~ .A.inódênci.lde re-duç-lodc membros é de l l.7,4.9,3.8. 3.4 e 2.3 por 10.000 biópsias n~ts scm3nas 8, 9, 10, li e ::::12_. rcspccth'J.mcntc.t' enfatJt.mdo o motivfJ pelo qual o pro- ccdimcutosódevcscr feito a part ir de 10.semanas. Problema particubrd:. llVC é :t ocorrência de resulta- docommouicismo(Figur:~l4.4),qut!dtipre.\ente e:m 1% dos m.ateriai5 ohti~.: \O m~tcismo ~ l iJrntilic-J.çlo de rmisdeumlll,nhasemctlubrnJ.util~dt~nêtict.Pode :Ser\''erdadeiro ou ~mOSõliOO.I:.stc tJhimodecom: do artiffcio na cultur.t de célul.u c nlo tem reptrcussóesdini as. Quando o mOSJico\'C'rdJdclro é vutoapenas nAscClu- l3sdocório,mas não noembn:io,édmomm:adode mosairo (Oitjmado Q p1actnfa, que det:ermtn:a risco .tcr~;do de Cf'CS· cimento imrauterino reJtnto e aborto~m ento. A prc5ença de mosaki~mo ind ica a necc~skbdc de outro procedimento inva~ivo (amnioccntesc ou cordoccntcse) par.l confi rmara aneuploidia fetal (1096 dos casos) ou caraçtcrizar sitmçào de mos:üco confinado à pbccnt.\, qu;andoo conçepto é eu· poide_ Entretanto, é ncccssJno estar :~teato.\ interpretação do estudo cromossómica nornul t:m liquido :amnióbco Noç6es PrHicas di!Obstl!trfcla i -~ ~ · lf - - ; ·---lr·--- ------- ·1r ii · ,. I I j I após o ach;~:do de mosajcismo em am~tra de vi lo corial. Isso pOnJu~ n~O é possí"el1 nessa "-Íiuaçiib, af:..star de form.1 absolul~ a cxi~t~neia de umJ. dissomia utliparcntal. >l'a dis- somia wlip:uental o feto hcrdJ. os dois cromossomas do mesmo \.1do (paterno oo materno). A dJSsomia unipJ.rcn- tJ! é deScrita na etiologia das síndromes de Pr4dcr-\'\1illi c Angclm.'ln. Port.lnto, nos casos de mosaicismo em :lmo.stra de vilo corial em'O!Yendoo cromossomo JS eestudocro mo~~õnrco em lfquido amniótico normal essa possibilK:Ia- de de\'e rer investigada. A mcidencia de falha de cult ura, vat.llmento de líquido amniótito (/takagt) e infecção após svq é inferior a 0,5'%.:3 C ORDOCEN TESE I A cldocentese é a obtenção de amlstr.l do san:;::ue lê· tal pela bunçáodocordáo umbilical (~i ura 14.S). Roded:. & CJ.mfbcllz.l (1978) foram os pn~1 s a obter amostra pura de s:..ngue lêtal por lê toscopia guiada pela ultrasso- nografij. >Jio demorou até que se realizasse transfusão mtra\',\Sfuh r(TIY) pela mesma :écruca. '"' Daffos27 (198.1), tentandp cv1t:ar :a iatrogcnia suscJtada p~la. fcto~c.opia, des- creveu ym"':l técnka de punção do cordão umbilical, na qual :a agulha; é introduzida no abdome materno e, com au- xílio da 'ultr:.tssonogr.lfia, guiada até a .. ~ia umbilical. Pela sua maKlr facilidade e segurança, essa técnica tornou·:.e, cm pouco tempo, o método de eleição para obt~ção de sangue fetal e para TJV na DHPN. Figura 14.5 I Cord01:entese Procedimtntos Diagnósticos Invasivos iNDICAÇÕES SJo UlÚOler.ls as utilidAdes da cordocentese na pro- pedêutica fet.1l: estudo dos cromossom~s, diagnó..Uico de doençasgênicas, do~gens en zimática~ é bioquímicas oos crrm do metAbolismo, pesquisa de anemia, plaquetope- nia, infecçõe~ feta is e avaliação do benH?St:tr do conccpto. Além de~~~ indicaçücs, a cordocentesc ~ambém s.e presta à administração de substàncias, seja pam tempeutic;l fetal como para interrupção da gravidez (fctkldio}. Reside, no entanto, t-omo principal indicação de co .. Jocentcsc o di.lg· nóstico J a anemia fetal c realização de ·r\ V na DHPN. O ;wanço das técnic.1s de citogcnêt~a restringiu .u r:J· zôcs de ~.xeo.tcão da cordocentese par:~ 8etecção dM ano· m.11ias cromossõmicAs e de doenças gên~a~. Me~l'no assim, frente à ~lalform.:~çáo ma ior 0\1 du;~s ;tl~~açõe~ ~truturai ~ menores~a ultrassonograli a morfológJCa, de-~ optar peh punç.i.o do cordão umbilical, desejando-. resultado m.J.is rá- pido (24J48 hor..ts)1 ou quJndo na prC!icnça de o!igoidmmniJ. J.Centu~Ja ou J.nidramina. Outras indicJ.~ões com css..\ .finJ.- Iidadc milucm a prcscnçJ. de m0$.\iasn1o na BVC ou na am- nioccntcse (rau) e a filll);l de- ~...-ultu ra do (íquido :l mniót1.:o. Da n-,esflla forma, com a con&agração dt t.'f'plervelocime· triae a ijtroduçào da técnica de PCR no iquido amniótico, a cordoce:nteseexcepcionalmenteéutilu:. a na adiaçãoda vitahilid~d e fetal e diagnóstico de infecçóJs conge~ita~ A utilulade da cordocentesc na avaliação de !e tos sob o risco de trombocitopenia .:tloimuncéoontrovcrsa. Enquan- to algun~ comideram que possa ser útil {omcntc aos casos graves ou antes de {entativJ. de pJ.rto j:lgina!, 1 outros J. contmindkJm porconsJdcrarem que os fiscos do procedi· menta s.to mais altos que os rhcos da hef or:-agia int racra- niana. A/ém dh~o1 o risco de complicali:tk~ h~morr.ígica.~ neonatai~ nos caso~ de trombocitopenk imune materna nào se c~lxiona com a via de parto,llbndo, portanto1 a ccsarian.\ restrita p:tra as indkJ.çócs obstúricJ.s.u Agr:mde inl~kação da cordocenteseé a terapêutica da DHPf\ .. )1ccsente a aloimuniz.açjo Ol;l tcma com tíll1lo.s > 1:8 de coombs mdircto, indica-se dopplef sen1do da artéria cerebral média (ACM). Uma vez que a velocidade mixima da ACM seja superi,>r a 1,5 Moi\-1, dt·..-l~e cfctuar cordo- ccnte.sc para ate-star anemia fetal gra~·c (hcmatócrito < 30% ou hemoglobina < !O g/dL) c, nessa mesma oc:tsiii.o, rea- lizar T I V. A infecção pelo parvovlrus Bl9 também cursa com anch11a fctJl. cm ger-al. levando à hdropiS!.l .. podcndo- ·se também praticarcordocentesecom T IV nesses caso.s. 217 ~~ - - ~-~ - Jt • j o t; ' . : ' É POCA D,E R EA LIZAÇ'ÁO A cOf'docentese pode ser pr:~.tk.Jda <lfJÓ' 16-18 sema nu, .und.l que haJa relato de punções do rurdlo com 12 scnun.u. TtCNICA lmci.llmente ~.11iz:~da por fC[oscopu, é hoJe proce· dimcnto guiado por ultmMX~ografia, a partir do qual se idenliÚcam o cord;)o e ~u.t inscrç.ão placentária, guiando a .tgulha até .1 .. -e~ umbilical Re.lliu.~pre•.-Lamcnteoo.lmeultr:~.ssonog~6ropar.a 1denh~r, precis:amcntc,ocord.lo umbihc.U e SU.l inset"Çio placent.iria,dc modo quC' se pos~a determinar .a melhocvia de ace>~SO à punção. Ant~ de inic.i3r o proct'dimcnto proJiri.uncmtc dito, faz·~ a.ucpsia ri~TOS:I do .abdome e bloqueio :mesr:ésico IOGII J..té os pbnosnu1<~" profundos (pent6nio v1scen.l). Pam a punção, re3.1iZ.ldJ sob a técmca de mlo livre, utiliza se agulha dcscart;ivel de ralJUÜUlCStcsia, calibre 20 ou 22 S.l~~. >lo aso de placentas de lnserç3o ventral ou lateral, .a ::1~lh.a. é tntrodutKia via trmspbccnt.iri.t até que a sw rxtremidJ..Je aunp a '~" umbihc-Jl Estai! o \'<tSO de ekiç:lo, pof ser mau cahbrma, de p.lredt ,n;~. i~ delgad.l e pm esta r menos as~oci ada à brad icardia fct.tl que a artén.l Quo~ndo a r acenla for de inscrç.io dorsal, a ;~.gulha seguir.i a "ia tr.ms.unniótica e a punçlo é feít.l ~ <tprox1mad.1mente I a 2 cm d.. mserç.ío do cordão n~ face (etal cb placenta. Após .1 coloo.ç.ào preci.s.l c:l.l agulha, retir:J.·SC o nundriL .tspir:mdo·~c o sang\le têtal em ~eringa cot1tendo antiC0.1· gubntc ou não, dependendo da finalidadt' do pnx:cdimcn· to (Figu~ 14.5).:'9 Gt.nlmcnte o proced1mcnto ê r.ipKio. dur.1ndo me- nos de canco minut<X. 0C"I'('· SC, entretanto, ter o m:iximo de p.lci~nda para encontrar o l>Íiio ideal d:l punção, de for· ma,, dtm1huir sua duro~çlo. Movimcntaç!\o fetal exccs~· va e 1merpos;ção de p3rt~ fmis durJnte o exame scráo obsticulo de difK"il soluÇ~o. Raramente~ neassitia ,, sedaç.\o fetal. conquanto ela scp legftima Nos c.lsa5 de TI V, cm que j.\ se espera dur.lção mais long.1 do r rocedi· mento, algu ns serviços preconil.lm a curarl uçlo feta11 de grJndevall.l.l? Ao térmmo do procedimento. é comum observar per- da u ngufnca em formJ de· jato' oriundo do local punc:IO· n:ado,que cessa tm brc\'C inte!"'o·a\(, de tempo. .A frequtnd:a c:udixafeta1 dcve~r monitOI'lldl por pelo menos IOm1· nutru após"' corJoccnte.se. COMPLICAÇÕES A cordocente~e não é ~.Senta de compiiC.lçõo.. R~di· c.mlia fetal dm~nte ou após o procedimento ocorre em~ .1 1096 dos dso~! S:angramcmo no .dtio de punçjo do cor· dâo umhilia~ l é comum (lO"' -40%), porem normalmente CCSS3 em menos de 90 segundos." A taxa de óbito fetal~ est1madann2%.'J BIÓPSIA DE TECIDO FETAL S3o muito rdlntas as mdic:<lÇÕC'S Jtll-3JS de bóp:çi.ls feta1s. Ess<1~ qu3.ndo rt.ll!itada.~. üo dir«lon;ad::~s ao figa- do,.\ pele ou ao músculo tctal c prestam ~e a di.l.gnostlcar sfndmmes ~ntltiCJS t.specitíc.:ts. lnteialmentc esses prece· dimentD!t er.~.m rtlliudo$ por f~:toscopi:., porém hOJC po dem sa guiadas por ulmssom.' P:m uuerçio da .1gulh.1 em .ire.L.~ fet-ais especihcu, requer-se que haja adequ...da posiç.io do feto, st:THio necessário, por vezes, recorrer l curariuç.ld do feto. Os nsroo; e complicacócs das. bióp'i.i;ts \lo gmilal'e'o àqudcs dJ.. oordocenteçe; particularmente o nsco de morte (etalestá JnJjorado se hOU\'Cfm.lliOTmolÇõrs m,liorts ou cr~.·scuncnto intrautcrino res1rito.! BIÓPSIA DB FÍGADO A btópsia de flgado era a Unica fonn:t ded•agn&:llco de erros in.ltos do dclo d<t ureia c outr.u doenÇ3.$ crpr .. 'SS.1S somente nO fígado, como a doença de Von Gierkc tipo lA e a hipcroxaluria pcim~ria tipo I. Contudo, a m.tioria <kssa~ condições é hqe diagmNicada pe-b an.ilis.e do DNA fet.al. r--ssfwlde ~ reaht.ad.t pelas amo\tr:u obttdas da amn~t> ccntcsc 01.1 da BVC. Mesmo a.s.~im, h:\ .1lguma~ dQ\'IlÇJS cnzlmátic<* que ainda n:iCl são det"ctadas pela :mJIJsc do D>Jt\, sendo a bi6psla hepática fetal nccessiria h NOÇ0t$Pf.iti(as de Ob~tetrk.l.11 I. i li i ' ' ' BIÓPSIA OE PELE BIÓPSIA OE MÚSCULO A biópsri'l de pdc ainda é a única forma de di.1gnmtk Jr d()('nça~ dtrnutológk.ls gra,.'\.-s lJ i!>como eptdermóhse bo- I~,.Jibini-,mo oculocut3ncoc icliosc ;ulcquim} : A biópsl<~ de músculo fetal pode ~e-r rcJii73d:r entre 20 c 22 sctNnas par3 di3gnóstico d3 distrofia mu..cul:!.r Ou· clll'l'lne em (amrli.as de nsco. Apes:J.r d3 dctecç;)o deM.l docnç.J. ser pm.~.h-el.a p.1rtrrd.a .uú.Wc moletulu do LA ou do vi lo rori11. t'tn<algun $ a..sos nio e possh•cl dcfi n ir() diag· nóstk.o, podendo·:ce recmn:r l biópsia. 1 O Quadro 14.1 Jprc!>Cnta as e\·idênci.u .ltuals em rcla· çlo :ros procedimento( inV'lSÍ\"OS. Qu.adro 1<4.1 I EvkU:ncia.s científJC.u. nm pmcedimentos invaSi\'IJS Procedun'lnto Recomendflçlio Gnlll de Ev1dônc1a Amruocentese Amnioci!ntese preooce(pntre 11 e 14 5e"1'131"8!Jnl odevesei realizada, pato rlsmdeperdada gllMdezedeco,.,~caçlesq_IIOtldo""""'et.à..,..;"""E"'~15"""""·----t-1 r: risco de perda da gr :OOz associado à ammocentese t!e aproximadamente 11ft amniocentese devo$ .r ma!tzada oom visua.. '11ação $ún ráfica continua .. o que lhe confCfo levada taxa de sucess e menos ocorrênc•a de amostras escladas a sang_u• __ _ acessotrclllSplacentA KJ podeseraJWopliadopara melh a~soaomau botsàodeliqu O lf:âmetro da ~1\a r& d~e ser ~nOf a 20 gauges - - - - ---- -------· A arrmiocentcso de 3° frimestre parece~ Mtar as50Ciáda a risco $tQnifteativo de pano 00 emergênCia ~ --- ---- - -- A A Em mulheres portadOJqs de HIV todos os testes n~o tnva~iv~om ser utt!rz.ados antes 1 de constdOfar·se a amnKlcen1ese gen6ttcu 0 nsco de perda da ges~oapósBVC é superO" àCbefeaF6Sa amn.ocef1!!Se OO'l" lJ mestra A -- --- -----r A BVCtransabdommal ~eo.'C ser o p1ocedmenta deesco~ antesOO ISstrralêl$ de gestação __ A __ _ A BVC tnmsabdominal rarece ser mais segura que a via cervical A ABVCsódewserreal' adaap0s10s~nasdegestaç~ - -~ A BVC devo ser sempr guiada por u!Hassonografia Proc~lmtntO$ Ol.lin6sticos lnvHivos 219 REFERÊNCIAS I. .'~umm..."'f'. A.\1,. Ungbil S \\'y~tt P. 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Ftt~l blooC ~n p:mf \'i.:ltM um':>-·-..:,)<..arJ .Wr.p nrec.-c gula:! 1ry- ultrJ wund RC'pcf1(1f66c.w•.l)rtn:.t0i.lin :911J.J(4):li!-7. 28. ~tmvoo E,t.-lcC:rxKK. lmmunr thrC'fi-.M-t)·torrn':. 'nprt't n'ncy l l cmJ~IliOn..:o!Cltn l\'orthA r -2009;13 :l 'J9J !6. 29. ~1onlcn ... -gw CAD. Rc:tC'ndc f •lln) J. l:<)IJ.xt nltSC' ln: R e· :tende J Ol:ostetTkb lO• t'\L IUo...k Ja~iro· Gtur.::.bua K<..'<)· gm- 200.S. 'J.240 -l. Noç6ts~r~ticasd e Obst et ricia
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