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Lucas Dominguez 2019.2 - Medfacs DIAGNÓSTICOS PRÉ-NATAL - É um processo contínuo de comunicação que lida com os problemas humanos associados ao risco de ocorrência de uma doença genética na família -> Analisa a presença de distúrbios. - Acompanhamento Pré-Natal: Acompanhamento que toda gestante deve fazer para que a gestação aconteça sem ou com menor nível de intercorrências possível. - Quando falamos de diagnósticos pré-natal, é quando há uma suspeita clínica de que o feto seja portador de alguma alteração genética. - No Brasil só pode interromper a gravidez se houver risco de morte materna, crianças com anencefalia e casos de estupro -> Para doenças genéticas ainda não é possível interromper legalmente! INDICAÇÕES PARA O DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL - Idade materna avançada (acima de 35 anos). - Criança anterior com alguma alteração cromossômica. - Presença de alteração cromossômica estrutural em um dos pais. - Histórico familiar de alguma alteração genética que possa ser diagnosticada pelo diagnóstico pré-natal. - Exposição à teratógenos -> Um organismo ou substância que gera uma mal formação congênita na gestação (por exemplo o uso de drogas). - Desordens metabólicas ou endócrinas nos pais. - Retardo mental isolado -> no pai ou na mãe. - Anormalidades no desenvolvimento dos órgãos sexuais, das características sexuais secundárias, da função sexual ou da fertilidade. - Consanguinidade: Baixa taxa de variabilidade genética -> Casamento entre familiares. PROCEDIMENTOS PARA OBTENÇÃO ALTERAÇÕES FETAI S Métodos Não Invasivos: São sugestivos quando há uma suspeita. - Ultrassonografia. - Ecocardiografia. - Dopplerfluxometria. - Cardiotocografia. - Marcadores bioquímicos. Métodos Invasivos: São feitos para comprovar o resultado do método não invasivo! - Amniocentese. - CAVC -> Coleta de amostra da vilosidade coriônica. - Cordocentese. - Embrioscopia. - Quando falamos que uma técnica é invasiva, significa dizer que ela tem uma pequena taxa de abortamento. - As técnicas consideradas não invasivas, apesar de não ter o diagnóstico (ex. a down eu posso ver pelo ultra, mas só posso confirmar com o cariótipo), é sugestivo de alteração genética -> Aproxima para 99% de certeza! - A certeza mesmo eu só vou ter com uma técnica invasiva-> Posso trabalhar com as técnicas sugestivas, mas a certeza só tenho com a invasiva. - Observação: As técnicas invasivas não podem ser repetidas, mesmo se derem erradas -> É necessário que espere um tempo para realizar outra técnica invasiva, mas nunca a mesma! Ultrassonografia obstétrica: - Capaz de identificar ocorrência de má formação fetal -> Transluscência nucal (líquido na nuca que vai diminuindo ao longo da gestação) e ultrassonografia morfológica. - Estima a idade do feto -> Quantas semanas tem. - Detecção de anomalias anatômicas. - Se os valores estiverem muito discrepantes, preciso fazer uma técnica invasiva e pegar o diagnóstico para conduzir da melhor forma. - A ultra realizada entre a 11ª e a 14ª semanas de gestação, também conhecida como exame morfológico do primeiro trimestre, tem grande importância no rastreamento de anormalidades cromossômicas. - Transluscência nucal é feita no primeiro trimestre e quanto maior for, maior o acúmulo de líquido, logo maior a probabilidade de cromossomopatias. • Presente na Síndrome de Down, S. Nooman, higroma cístico e cardiopatias. Além de Patau e Edwards. Doppler Venoso: - A partir desse recurso é possível detectar e quantificar a resistência ao fluxo sanguíneo em diferentes vasos fetais -> Analisa a circulação útero-placenta-feto e sua hemodinâmica. - Os vasos mais estudados são a artéria umbilical, a artéria cerebral média e o ducto venoso. AMNIOCENTESE: - Representa o cultivo de células de origem fetal -> Células do líquido amniótico. - Procedimento no qual se insere uma agulha por via transabdominal no saco amniótico e extrai a amostra com seringa. - Realização de ultrassonografia previamente e durante a coleta -> Monitoração de modo a dar a certeza de que o caminho a ser percorrido pela agulha, o que implica menor probabilidade de obter líquido com sangue (agulha Lucas Dominguez 2019.2 - Medfacs atravesse a cavidade amniótica e puncione vasos ou placenta). - Realizada entre 14ª e 16ª semana -> Em alguns casos pode ser realizado na 18ª semana, caso o médico perceba que existe uma quantidade razoável de líquido amniótico que possa ser retirado. - Risco de 0,5% de abortamento. - Entre as invasivas, é a mais utilizada, dado seu menor risco de abortamento. - Às vezes dá errado, pois temos células fetais, mas temos poucas -> As vezes pode invalidar o espaço amostral para o laudo de cariótipo. - Realizada apenas por um médico. - Lembrando que é um procedimento que não encosta no feto! - Amniocentese Precoce: É aquela realizada com 14 semanas ou menos. • Resultado mais precoce. • Maior fidedignidade que seus resultados apresentam quando comparados à punção de vilosidades coriônicas. - Tardia x Precoce: • Risco três vezes maior de um aborto espontâneo na precoce. • Perda maior de líquido na precoce. • Anomalia genética precoce é o Talipes equiovara (pé torto). • Maior parte do risco é aumentado antes da 13 semana de gestação. - Analisa a concentração de alfa-fetoproteína (AFP) para detectar NTDs abertos. • AFP é uma glicoproteína produzida pelo fígado e excretada no líquido amniótico. • Pode ser medida também no soro materno. • Utilização de imunoensaios. COLETA DE AMOSTRA DE VILOSIDADE CORIÔNICA (CAVC): - Aspiração do tecido do trofoblasto fetal por via transvaginal ou transabdominal. - Lembrando que vilo corial é o responsável pela formação do cordão umbilical quando o feto ainda está em suas primeiras semanas de desenvolvimento! - Realizada em torno da 9ª e 11ª semana. - Risco de 1% de abortamento (risco maior). - Vou solicitar ela quando eu tiver (quase) certeza de que a criança é portadora de alguma alteração genética grave -> Em que o diagnóstico seja dado logo, que o paciente precise logo de um acompanhamento! - A possibilidade de ter erro é menor do que a amniocentese, pois estou aspirando um tecido, logo não tem erro de tamanho amostral! -> É mais confortável, a nível diagnóstico! - Necessita, assim como a amniocentese, de ultrassom antes, durante e depois da coleta. - Pode ser feita transabdominal ou acoplado a um cateter, fazendo uma transvaginal -> Complicações: Possa ser que quando puxe o vilo, puxe um pouco do bebê também, mas é raro! - Resultado sai de 1 a 3 dias. - Possui uma taxa de 90% de sucesso para distúrbios cromossômicos quando associada a ultrassonografia. CORDOCENTESE: - Amostra de sangue fetal do cordão umbilical (linfócitos). - Consiste em um minucioso ultrassonográfico para localização da região de implantação do cordão umbilical na placenta, sendo essa região, sempre que possível eleita para Cordocentese. - Visualizar os vasos do cordão no sentido longitudinal -> A agulha sempre tem que entrar na pele perpendicularmente ao cordão. - O toque da agulha deve ser feito dentro da cavidade amniótica, de tal modo que, se não vier sangue, haverá a penetração de líquido amniótico. - Período: A partir da 16ª semana. - Como eu estou coletando sangue, isso permite que eu trabalhe com um amostral genético maior! - Deve ser realizado caso se constate a presença de alguma anomalia fetal detectada pela ultrassonografia. - Deve ser aplicada caso as culturas de amniocentese e vilosidade corial falhem. - Cultura das células dos linfócitos. - Consigo extração de DNA -> Posso rastrear algumas mutações a nível gênico -> Única técnica que permite realizar o sequenciamento do DNA!!! TRIAGEM DO PRIMEIRO SEMESTRE : - PAPP-A está abaixo da faixa normal em todas as trissomias. - A hCG total ou a subunidade beta está aumentada na trissomia do 21(down) e diminuída nas demais trissomias. - Exame ultrassonográfico de transluscência nucal -> Presente nas trissomias. TRIAGEM DO SEGUNDO SEMESTRE: Lucas Dominguez 2019.2 - Medfacs
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