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70 R el at ór io d e pe sq ui sa Instrumentalização Científica 71 www.ulbra.br/ead RELATÓRIO DE PESQUISA Como elaborar trabalhos científicos? Com este capítulo temos o ob-jetivo de auxiliar os estudan-tes na elaboração de trabalhos acadêmicos e relatórios de pesquisa. A apresentação é simples e prática, reme- tendo a algumas referências, na inten- ção de estabelecer uma padronização e uniformização metodológica de qua- lidade, que possa orientar na produção acadêmica. No final destes estudos o estudante deverá estar apto a estrutu- rar um trabalho acadêmico, segundo as normas técnicas oficiais. Elaboração de trabalhos científicos conforme normas técnicas A experiência de professor há alguns anos vem indicando que há muita confusão na aplicação das normas técnicas nos trabalhos científicos. Normas técnicas constitui- se no conjunto de especificações técnicas em que estão contidas as linhas de orientação, regras ou características essenciais de um serviço ou pro- duto1. O órgão responsável pela produção de nor- mas técnicas no Brasil é a Associação Brasileira de Normas Técnicas- ABNT. Por trabalhos científicos entende-se toda produção de conhecimento que é resultante de um estudo que atenda os princípios e exigências do “conhecimento científico”, isto é, sistemati- zado e processado com método e rigor, para ga- rantir a confiabilidade e cientificidade dos resul- tados. Tornando-se uma contribuição de caráter original a um determinado setor das ciências. Por trabalhos acadêmicos entende-se qual- quer estudo resultante da exigência de uma disci- plina ou módulo, que tem por finalidade atender objetivos específicos para conclusão da referida disciplina ou módulo. Por isto, podem assumir tipos bem variados, pois estão vinculados às exi- gências e orientações do professor da disciplina ou módulo. Trabalho de casa (late homework). Na realização de um curso universitário os estudantes são desafiados a efetuarem inúmeros trabalhos acadêmicos em casa. Fig ur a1 : S to ck .X ch ng ® Por Prof. Ms. Cosme Luiz Chinazzo e Prof. Dr. Otávio José Weber R el at ór io d e pe sq ui sa Instrumentalização Científica 72 www.ulbra.br/ead Que é monografia? Buscando a etimologia da palavra mono-grafia, vemos que ela deriva do termo: MONOS que designa UM e GRAPHEIN que designa ESCREVER. Então, em poucas pa- lavras podemos dizer que monografia é um estu- do realizado sobre um único tema. Dependendo do autor encontraremos manei- ras diversificadas de conceituar o que uma mo- nografia, por isso, passamos a apresentar alguns conceitos mais aceitos. Para definir monografia, Lakatos2 apresen- ta a definição da American Library Association, que conceitua o termo como um “trabalho siste- mático e completo sobre um assunto particular, usualmente pormenorizado no tratamento, mas não extenso no alcance”. Complementando esta definição, Salomon3 esclarece que monografia é o “tratamento escrito de um tema específico que resulte de investigação científica com escopo de apresentar uma contri- buição relevante ou original e pessoal à ciência”. Portanto, monografia é o resultado da inves- Monografia é o resulta- do da investigação de um objeto de estudo bem delimitado. Até uma monografia ficar de- finitivamente escrita lançamos mão de variados recursos de anotações e escrita. tigação de um objeto de estudo bem delimitado, realizado através de métodos e procedimentos específicos e executados com profundidade e sistematização, para produção de conhecimento significativo em qualquer área das ciências. Principais tipos de monografias Para alguns autores, a expressão “monogra- fia” é bastante genérica. Por isso, existe certa divergência no tocante à especificação em rela- cionar que tipos de trabalhos científicos se encai- xam no conceito de ”monografia”. Nós tomamos a liberdade de distinguir dois tipos: dissertação e tese. a. Dissertação refere-se a um trabalho científico em cursos de pós-graduação. Via de regra, a dissertação é exigida para obtenção do título de Mestre. Se- gundo Salvador4 , “a dissertação resul- ta de um estudo teórico, de natureza reflexiva, que consiste na ordenação de idéias sobre um determinado tema. Exige, por isso, a capacidade de siste- matização dos dados coletados, sua or- denação e interpretação”. Conforme Furasté5 , a ABNT define disser- tação como um Fig ur a 2 : S to ck .X ch ng ® Fig ur a 3 : S to ck .X ch ng ® 72 R el at ór io d e pe sq ui sa Instrumentalização Científica 73 www.ulbra.br/ead documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou expo- sição de um estudo científico retros- pectivo, de tema único e bem delimita- do em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informa- ções. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor). b. Tese é um estudo exigido para obtenção de título de doutor. Ela implica em uma contribuição real e original para o co- nhecimento científico do tema escolhi- do, via de regra produz novos conceitos. De acordo com Furasté6 , a ABNT define tese como um documento que representa o resulta- do de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investiga- ção original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade me questão. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor). Assim, conforme salienta, ainda, Severino, uma tese ou uma dissertação representam, am- bas, dois tipos de monografia científica, uma vez que exploram temáticas únicas e delimitadas, bem como são elaboradas sob o rigor das dire- trizes necessárias para a produção do conheci- mento humano, “em que há lugar tanto para a argumentação puramente dedutiva, como para o raciocínio indutivo baseado na observação e na experimentação” . Estrutura do trabalho científico O t r a b a l h o científ ico sempre de- pende dos objetivos do pesquisador, do tipo de problema que enfoca, poden- do utilizar fontes primárias ou secun- dárias. Conforme estabelecido pela ABNT8, a estrutura monográfica deverá ter partes obriga- tórias, bem como poderá incluir par- tes opcionais, como pode ser observado a seguir. A disposição do texto depende da natureza da pesqui- sa e da quantidade ORDEM NA APRESENTAÇÃO DA PESQUISA ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS: - Capa (obrigatório) - Folha de rosto (obrigatório) - Errata (opcional) - Folha de aprovação (obrigatório para monografias) - Dedicatória (opcional) - Agradecimento (opcional) - Epígrafe (opcional) - Resumo na língua vernácula (obrigatório para monografias) - Resumo em língua estrangeira (obrigatório para monografias) - Lista de ilustrações (opcional) - Lista de abreviaturas (opcional) - Lista de símbolos (opcional) - Sumário (obrigatório) ELEMENTOS TEXTUAIS (todas as partes são obrigatórias): - Introdução - Desenvolvimento (corpo do trabalho) - Conclusão ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS: - Obras consultadas (obrigatório) - Glossário (opcional) - Apêndice (opcional) - Anexo (opcional) R el at ór io d e pe sq ui sa Instrumentalização Científica 74 www.ulbra.br/ead de informações a serem apresentadas. Portanto, nem sempre será necessário constar todos os ele- mentos, mas por questão didática relacionamos todos, isso para que os alunos tomem conheci- mento da ordem correta, para fazer uso, quando necessário. Elementos pré-textuais A seguir,apresentamos uma breve descrição dos elementos pré-textuais: a. CAPA - A capa é um elemento obrigatório, e pode ser confeccionada com uma folha A-4, (igual aquelas usadas para fazer o trabalho), também pode-se ser usado outros materiais, tais como: capa plástica, brochura, capa dura. Algumas dessas dispensam gravação de dados, mas naquelas que é possível gravar, deve-se colocar os seguintes dados de identificação: Nome da Instituição, nome do autor(es), título do trabalho, local e data. b. FOLHA DE ROSTO - Esta é obrigatória de deve conter os seguintes elementos: Nome do autor(es), título do trabalho, tipo do trabalho, finali- dade do trabalho, nome da instituição, nome da disciplina, nome do professor ou orientador, local e data. c. ERRATA - A errata é adotada em tra- balhos onde foram identificados erros “de digitação, ortográficos, termos tro- cados ou dados incorretos” posterior- mente à publicação ou apresentação do trabalho, tornando-se necessário alertar o leitor sobre os mesmos. Ela pode ser feita numa folha avulsa ou encartada, acresci- da ao trabalho depois de im- presso, com dimensões redu- zidas ou não, colocada logo após a Folha de Rosto, con- tendo a indicação da página e da linha onde se encontra o problema, além da indica- ção: onde se lê, para o que está errado, e leia-se, para o que deve ser o correto9. d. FOLHA DE APROVAÇÃO - Esta fo- lha deve ser colocada logo após a folha de rosto, e é obrigatória em todos os trabalhos que serão submetidos a uma banca examinadora, tais como: Traba- lhos de Conclusão de Curso - TCC, Dissertações de Mestrado, Teses de Doutorado. Segundo Furasté10 , a folha de aprovação deve conter: a) nome do autor (ou auto- res do trabalho); b) título (por extensão) e subtítulo (se houver); c) natureza do trabalho; d) objetivo visado pelo trabalho; e) nome da instituição a que o trabalho é submetido; f) área de con- centração; g) data da apro- vação; h) nome e titulação dos componentes da banca examinadora e instituição a que pertencem; i) data de aprovação. e. DEDICATÓRIA - É um elemento op- cional utilizado quando se quer dedicar o trabalho ou fazer uma homenagem a alguém que participa de modo especial da nossa vida. Normalmente são ex- pressados sentimentos de amor frater- nal, paternal, maternal, filial, namora- dos, cônjuges. Recomendamos que se tenha bom senso, evitando-se exageros tais como sentimentalismos excessivos. f. AGRADECIMENTOS - Também é Confira o exemplo Pág. Linha Onde se lê Leia-se 10 17 cadeno caderno 12 05 ator autor 18 23 métoudo método 74 R el at ór io d e pe sq ui sa Instrumentalização Científica 75 www.ulbra.br/ead um elemento opcional, mas seguindo os bons costumes de uma sociedade civilizada, a gratidão sempre é reco- mendada. Por isso, seria elegante e de bom grado agradecermos as pessoas ou entidades que de uma forma ou outra, contribuíram no processo de execução do trabalho. Portanto, só se agradece a quem efetivamente colaborou com al- guma ação efetiva, ou apoio decisivo na realização do trabalho. Recomenda- se explicitar o motivo do agradecimen- to, mas de forma bem sucinta. g. EPÍGRAFE - Este é outro elemento opcional. Recomenda-se que seja breve e provoque reflexão, motivo pela qual a epígrafe deve estar vinculada com a temática explorada no trabalho. Via de regra, é breve, sendo normalmente apresentada como uma pequena frase. Pode ser um pensamento, um pequeno poema, parte de um poema, parte da letra de uma música, uma estrofe, um versículo bíblico etc. A epígrafe tam- bém pode ser colocada como abertura de capítulos, neste caso, coloca-se sempre no início de cada capítulo* . h. RESUMO - É uma apresentação breve e objetiva voltada aos aspectos mais significativos abordados no trabalho. Importante se ater às “idéias essenci- ais na mesma progressão e no mesmo encadeamento que aparecem no texto. Deve exprimir, em estilo objetivo, uma visão geral, ampla e, ao mesmo tempo, clara e objetiva do conteúdo do trabalho e das conclusões a que se chegou” . Deve-se ter o cuidado para elaborar o resumo com até 500 palavras. E abaixo dele relacionar as idéias mais representativas do traba- lho, em forma de palavras-chave. i. RESUMO EM LÍNGUA ES- TRANGEIRA - Consiste na tradução do resumo e das palavras-chave, para um idioma internacionalmente reco- nhecido. j. LISTAS - Quando um trabalho con- tém gráficos, tabelas, quadros, figu- ras, entre outros, pode-se relacionar os mesmos no início do trabalho de modo semelhante a um sumário, ou seja, contendo a identificação do elemento, seu título e o número da página em que se encontra no texto. k. SUMÁRIO - A função do sumário é de facilitar a localização dos assuntos desenvolvidos no corpo do trabalho. “O Sumário deve conter o indicativo numérico de cada seção, o título da seção e a paginação, separados por uma linha pontilhada”12 . Elementos textuais As explicações que seguem indicam o cami- nho que você poderá seguir, bem como os cui- dados que deve tomar para redigir os elementos textuais de um trabalho acadêmico (introdução, desenvolvimento e conclusão). *Tanto a dedicatória, os agradecimentos ou a epígrafe devem ser apresentados em folhas exclusivas. Considerado isso, não há determinação por parte da ABNT sobre como dispor ou apresentar tais elementos na folha. O que é preciso observar é que existe uma preferência geral de posicioná-los na parte inferior-direita da respectiva folha. Estudante escrevendo Fig ur a 4 : S to ck .X ch ng ® R el at ór io d e pe sq ui sa Instrumentalização Científica 76 www.ulbra.br/ead A introdução do trabalho científico Introdução é uma explicação inicial do trabalho já elaborado, que leva o leitor à compre- ensão mais precisa do tema desenvolvido no tra- balho. Apresenta o trabalho pronto para o leitor. Uma introdução para ser clara e precisa deve conter13 : a. apresentação do assunto: deve iniciar a introdução apresentando o assunto, tendo o cuidado de usar uma lingua- gem clara e exata, evitando termos equívocos e inexpressivos; b. delimitação do assunto: após a apre- sentação do assunto, deve-se delimitá- lo, ou seja, indicar o ponto de vista que será enfocado no trabalho; qual é o tema desenvolvido. Pode ser feito em forma de pergunta, que será respondida no desenvolvimento do trabalho; c. justificativa do tema: deve-se apresentar o porquê da escolhida do re- ferido tema ou enfoque, o que motivou a escolher tal ou qual tópico; d. localizar o assunto no tempo e no espaço: contextualizar o assunto em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo, ou seja, relacioná-lo com o que já foi escrito sobre a matéria, sem se perder em minúcias; e. ressaltar a importância do tema: deve-se provar que o tema eleito é interessante e tem importância; f. apresentar os objetivos do tra- balho de pesquisa; g. apresentar a estrutura do trabalho: apresente os capítulos, conforme o su- mário, com a idéia geral que cada um discute; h. explicar a metodologia adotada na re- alização da pesquisa. O desenvolvimento do trabalho científico Uma vez apresentado o trabalho de pesquisa parte-se para a escrita do desenvolvimento, que corresponde ao texto propriamente dito. O desen- volvimento é a fundamentação lógica da pesqui- sa cuja finalidade é expor e demonstrar: Pode-se comparar a introdução de um trabalho científico com uma porta, pois é através da introdução que o autor dá as boas- vindas ao leitor. A introdução é como que um convite do autor ao leitor para que esse sinta- se seduzido a ler o trabalho. Fig ur a 5 : S tock .X ch ng ® 76 R el at ór io d e pe sq ui sa Instrumentalização Científica 77 www.ulbra.br/ead a. Explicação: do que se pesquisou - o obscuro ficou claro, o ambíguo eluci- dado, analisado e compreendido; b. Discussão: é o exame, a discussão dos dados, explica, argumenta o trabalho; c. Demonstração: é a dedução lógica do trabalho, implica no exercício do raciocínio, correlação ou relação como tema, objetivos e hipóteses. Para que a explicação, a discussão e a de- monstração fiquem lógicas e organizadas, é im- portante observar que o corpo do trabalho deve ser organizado em partes. Quando isto não acon- tece, o trabalho transforma-se num amontoado de informações desconexas. Parafraseando Na- poleão, que dizia “dividir para vencer”, podemos dizer “dividir para entender”. A maneira mais clara de organizar um texto consiste na distribui- ção do conteúdo em capítulos subdivididos em seções e subseções. Algumas dessas partes são comuns a todos os trabalhos, como a introdução e a conclusão. Todavia, a determinação das partes de um trabalho de pesquisa depende de seu conteúdo específico. É preciso notar que cada uma das partes do texto deve ser identificada a partir de títulos, os quais, por sua vez, devem ser informa- tivos. Na medida do possível, os títulos devem propor ao leitor uma idéia do que está sendo tra- tado naquela parte do texto. Além disso, os títulos devem ser nume- rados com algarismos arábicos, para que se perceba a sua posição na estrutura do traba- lho. Para tanto adota-se o sistema de numera- O corpo do trabalho deve ser organizado em partes ção progressiva, tal como ilustrado a seguir. A conclusão Segundo Becker14 , a conclusão de um trabalho científico pode ser definida como um resumo da argumentação utilizada no trabalho. É importante que esta possa fluir naturalmente, pois não é um capítulo à parte, mas sim um com- plemento necessário, que fará do trabalho um todo harmonioso. A conclusão também é o pon- to de chegada das deduções e inferências lógicas apresentadas no desenvolvimento, devendo ain- da derivar naturalmente da interpretação dos da- dos. Convém, na conclusão, indicar as questões que não puderam ser respondidas pela pesquisa, alertar para as questões novas que surgiram no decorrer da realização da pesquisa, apresentar sugestões de como futuros estudiosos do assunto poderão enfocá-lo em outras pesquisas e, indicar rumos que um futuro pesquisador poderá seguir. Ao escrever um trabalho científico é impor- tante seguir as orientações ora apresentadas e, para tanto, recomenda-se exercitar a escrita do texto. Sem dúvida, a apresentação final de um trabalho depende, ainda, da formatação e dis- posição dos elementos conforme as normas da ABNT - que considera aspectos como digitação, espaçamento, margens, numeração das páginas, citações, referências etc. 1 PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO 1.1 CONCEITO DE CONHECIMENTO 1.1.1 Conhecimento Científico 2 NORMAS TÉCNICAS 2.1 PÁGINAS PRÉ-TEXTUAIS 2.1.1 Capa 2.1.2 Sumário 2.2 PÁGINAS TEXTUAIS 2.2.1 Introdução 2.2.2 Capítulos R el at ór io d e pe sq ui sa Instrumentalização Científica 78 www.ulbra.br/ead Elementos pós-textuais Depois de finalizado o desenvolvimento do trabalho, são apresentados, ainda, os elementos pós-textuais, conforme é dado a seguir: a. REFERÊNCIAS - É um elemento obrigatório. Segundo a ABNT15, as referências representam o “conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permi- te a sua identificação individual”. Nes- ta parte do trabalho é apresentada uma lista dos documentos realmente utiliza- dos, isto é, citados no texto. Existindo, outros documentos que não são citados no decorrer do texto, deve-se fazer uma lista própria após a lista de referências, com o título “obras consultadas”16 . b. GLOSSÁRIO - Este elemento é necessário quando, ao longo do texto, se faz uso de termos especializados ou expressões que são exclusivas do âm- bito do assunto explorado ou, ainda, que possuam sentido obscuro ou sejam pouco usuais, quase desconhecidas. Neste caso, é recomendável definir cada um destes termos, apresentado-os em ordem alfabética na forma de um glossário17 . c. APÊNDICE - Elemento opcional, conforme a ABNT é um “texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar a sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do tra- balho18” . Furasté esclarece, ainda, que “não se trata de uma parte do trabalho em si, mas apenas de um elemento que vem ilustrar as idéias, acrescentar algu- ma nuance, algum aspecto interessante mas que não chega a interferir na uni- dade geral19”. d. ANEXOS - Elemento opcional, con- forme a ABNT é um “documento não elaborado pelo autor, que serve de fun- damentação, comprovação e ilustra- ção20” . Um anexo pode ser um docu- mento, texto, artigo ou outro material qualquer e “devem ser destacados para evitar uma ruptura em sua seqüência e continuidade21” . Apresentamos este capítulo com o intui- to de que sirva como instrumento que viabilize a qualificação no que se refere a apresentação es- trutural e gráfica, na comunicação de trabalhos científicos e trabalhos acadêmicos. São recursos complementares que servem de fundamentação, comprovação e ilustração. São elementos que se colocados, no texto principal, poderão ficar deslocados e até mesmo prejudicar a seqüência lógica das argumentações. Fig ur a 6 : A rq ui vo U lb ra Ea d 1 FURASTÉ, 1994, p. 7. 2 LAKATOS, 2005, p. 237. 3 SALOMON, 1973, p. 219. 4 SALVADOR, 1986, p. 35. 5 Ibid., p. 57-88. 6 FURASTÉ, 2006, p. 57. 7 SEVERINO, 2002. p. 152. 8 ABNT, 2005, p. 3. 9 FURASTÉ, 2006, p. 87. 10 Ibid., p. 89. 11 Ibid., p. 97. 12 Ibid., p. 103 13 BECKER, 1992. 14 Id. 15 ABNT, 2002, p. 2. 16 FURASTÉ, 2006, p. 145. 17 Ibid., p. 143. 18 ABNT, 2002, p. 2. 19 FURASTÉ, 2006, p. 141. 20 ABNT, 2002, p. 1. 21 FURASTÉ, 2006, p. 141.
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