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Trabalho Concreto

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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
ELEMENTOS EM CONCRETO ARMADO
Larissa Sousa
Leonardo Rossanez
Levy Cordeiro
Mayara Santos
Rosewilton Alcantara
Ruan Lima
Vamberto Cardoso
JOÃO PESSOA
2017
Larissa Sousa
Leonardo Rossanez
Levy Cordeiro
Mayara Santos
Rosewilton Alcantara
Ruan Lima 
Vamberto Cardoso
ELEMENTOS EM CONCRETO ARMADO
 Relatório apresentado à FMN como requisito 
 parcial para obtenção de nota na disciplina
 de Concreto Armado. 
 Orientador: MARCIO SANTOS GONÇALVES
JOÃO PESSOA
2017
SUMÁRIO
1. OBJETIVOS ............................................................................................................3
2. INTRODUÇÃO.........................................................................................................4
3. INFORMAÇÕES DO IMÓVEL.................................................................................5
4. MATERIAIS.............................................................................................................6
5. NBR 6122 ................................................................................................................7
6. ETAPAS DA LOCAÇÃO..........................................................................................8
7. SAPATA ...............................................................................................................10
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................11
OBJETIVOS 
Apresentar estruturas em concreto armado;
 
LAJE 
VIGAS
 Segundo a NBR 6118/03 (item 14.4.1.1), vigas “são elementos lineares em que a flexão é preponderante”; onde o elemento linear é aquele em que o comprimento longitudinal supera em pelo menos três vezes a maior dimensão da seção transversal, sendo também denominado “barra”. As vigas de concreto armado têm geralmente a forma retangular com predomínio de altura, podendo ser isoladas ou ligadas às lajes, constituindo vigas T das lajes vigadas.
As vigas podem abraçar um ou mais vãos, daí sua divisão em simples e contínua, ou seja, a função das vigas é basicamente vencer vãos e transmitir as ações nelas atuantes para os apoios, geralmente os pilares.
As ações são geralmente perpendiculares ao seu eixo longitudinal, podendo ser concentradas ou distribuídas. Podem ainda receber forças normais de compressão ou de tração, na direção do eixo longitudinal. As vigas, assim como as lajes e os pilares, também fazem parte da estrutura de contraventamento responsável por proporcionar a estabilidade global dos edifícios às ações verticais e horizontais.
A seção da armadura não deve ser inferior a 0,5% da seção b’h conforme se trate de viga retandular ou viga T.
 figura 1. Viga T
 O diâmetro dos ferros varia com as condições de solicitação, podendo ir desde 5 até 30 mm ou mais e estar dispostos numa ou em duas filas.
As barras, portanto, tanto retas como curvas de diâmetro superior a 7 mm devem possuir ganchos nos extremos e no sentido interno da viga, com cobertura de no mínimo 1,5 cm quando no interior dos edifícios e de 2 cm quando ao ar livre. O afastamento das barras, de face a face não deve ser menor que o seu próprio diâmetro e nem de 12 mm.
 As armaduras das vigas são geralmente compostas por estribos que são ferros dobrados, e podem ser simples ou duplos. O seu afastamento deve ser uniforme ou variável conforme a distribuição adotada no diagrama de esforços cortantes.
São armados por meio de arame de ferro na armadura inferior a viga e na sua parte superior em dois ferros auxiliares de 4 a 5 mm de diâmetro. 
Os estribos fazem-se geralmente com ferro de 5 a 6 mm e o seu afastamento não deve ser superior a metade da altura da viga nem exceder 30cm.
As extremidades das barras meramente comprimidas não necessitam de ganchos.
3.1 ALTURA E LARGURA DAS VIGAS EM CONCRETO ARMADO
 Antes de se definir a largura da viga é necessário, portanto, definir o tipo e as dimensões da unidade de alvenaria, levando-se em consideração a posição em que a unidade será assentada, porém sua espessura mínima é de 8 cm.
A altura das vigas, portanto, depende de diversos fatores, sendo o mais importante o vão, o carregamento e a resistência do concreto. A altura deve ser suficiente para proporcionar resistência mecânica e baixa deformabilidade (flecha). Considerando por exemplo o esquema de uma viga, para concretos do tipo C20 e C25 e construções de pequeno porte, uma indicação prática para a estimativa da altura das vigas de Concreto Armado é dividir o vão efetivo por doze, já na estimativa da altura de vigas com concretos de resistência superior devem ser considerados valores maiores que doze. Ou seja, a altura das vigas deve ser preferencialmente modulada de 5 em 5 cm, ou de 10 em 10 cm. A altura mínima indicada é de 25 cm.
3.2 TIPOS DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO
	
3.2.1 Vigas Retangulares
 As vigas retangulares têm aplicação nas fundações, nas vergas das aberturas, como vigas mestras em pisos, e noutros fins.
As vigas isoladas constituem uma variante das vigas retangulares e se recomendam por serem econômicas visto que os esforços de compressão são suportados pela mesa e os de distensão pelos ferros, mantidos a distância adequada mediante o emprego de um volume reduzido de concreto. 
3.2.2 Vigas T	
 As vigas T são formadas por uma chapa horizontal chamada mesa, solidária com uma viga retangular denominada nervura. 
Nas lajes vigadas a viga t resulta na solidariedade de uma parte da laje nos esforços de compressão que suporta a viga. A viga T além da armadura longitudinal recebem também outra transversal para resistir aos esforços de tração dos momentos negativos que se originam sobre as nervuras em virtude da continuidade da laje.
3.3 TIPOS DE ARMADURAS
3.3.1 Armadura Longitudinal
 As vigas recebem “armadura longitudinal” na zona comprimida, com o fim de auxiliar o concreto a resistir aos esforços de compressão, o que contribui para reduzir as suas dimensões. Para isso o afastamento dos estribos não pode ser superior a 12 vezes o diâmetro da armadura de compressão.
3.3.2 Armadura Transversal
 A “armadura transversal” é constituída pelos ferros curvos da laje e por barras auxiliares em numero suficiente para completar a seção necessária ao suporte do esforço de distensão sobre os apoios originado pelo momento negativo.
Figura 2. Armação de uma viga contínua
A seção total desses ferros não deve ser inferior a por metro de nervura.
Nas vigas T, isoladas, a armadura transversal é construída por ferros auxiliares necessários, que nesse caso também trabalha em balanço. As vigas solidárias, conforme a solicitação, afastam-se no maximo de 4 m que é o maior vão para o qual convém geralmente do emprego das lajes, sendo elas dispostas paralelamente ao lado menor da peça e a laje forma com elas um conjunto monolítico. 
Já nas vigas principais não se empregam para vãos além de 8m a 10m, embora excepcionalmente se possa ir a 12 m e mesmo 15m. Nesses casos há conveniência no emprego de pilares intermediários que reduzem o vão. 
As vigas secundárias têm o seu afastamento limitado entre 3 a 4 m, que é o vão máximo que praticamente se dá as lajes. 
Figura 3. Detalhes da armadura de suspensão (FUSCO, 2000).
Figura 4
 SHAPE \* MERGEFORMAT ���
Figura 5. Trecho da armadura da viga
Vigas em construção
	
PILAR
	Pilares são elementos estruturais lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de compressão são preponderantes e cuja função principal é receber as ações atuantesnos diversos níveis e conduzi-las até as fundações. Junto com as vigas, os pilares formam os pórticos, que na maior parte dos edifícios são os responsáveis por resistir às ações verticais e horizontais e garantir a estabilidade global da estrutura. As ações verticais são transferidas aos pórticos pelas estruturas dos andares, e as ações horizontais decorrentes do vento são levadas aos pórticos pelas paredes externas
4.1 CARGAS NOS PILARES
Nas estruturas usuais, compostas por lajes, vigas e pilares, o caminho das cargas começa nas lajes, que delas vão para as vigas e, em seguida, para os pilares, que as conduzem até a fundação. As lajes recebem as cargas permanentes (peso próprio, revestimentos etc.) e as variáveis (pessoas, máquinas, equipamentos etc.) e as transmitem para as vigas de apoio. 
As vigas, por sua vez, além do peso próprio e das cargas das lajes, recebem também cargas de paredes dispostas sobre elas, além de cargas concentradas provenientes de outras vigas, levando todas essas cargas para os pilares em que estão apoiadas. 
Os pilares são responsáveis por receber as cargas dos andares superiores, acumular as reações das vigas em cada andar e conduzir esses esforços até as fundações. Nos edifícios de vários andares, para cada pilar e no nível de cada andar, obtém-se o subtotal de carga atuante, desde a cobertura até os andares inferiores.
Essas cargas, no nível de cada andar, são utilizadas para dimensionamento dos tramos do pilar. A carga total é usada no projeto da fundação. Nas estruturas constituídas por lajes sem vigas, os esforços são transmitidos diretamente das lajes para os pilares. Nessas lajes, deve-se dedicar atenção especial à verificação de punção.
.
4.2 CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS
No dimensionamento de pilares, a determinação das características geométricas está entre as primeiras etapas.
4.2.1 Dimensões Mínimas
Com o objetivo de evitar um desempenho inadequado e propiciar boas
condições de execução, a NBR 6118:2003, no seu item 13.2.3, estabelece que a seção transversal dos pilares, qualquer que seja a sua forma, não deve apresentar dimensão menor que 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 12 cm, desde que no dimensionamento se multipliquem as ações por um coeficiente adicional γn, indicado na Tabela 1, onde:
γn =1,95−0,05⋅b
b é a menor dimensão da seção transversal do pilar (em cm).
Tabela 1. Valores do coeficiente adicional γn em função de b (NBR 6118:2003)
Portanto, o coeficiente γn deve majorar os esforços solicitantes finais de cálculo nos pilares, quando de seu dimensionamento. Todas as recomendações referentes aos pilares são válidas nos casos em que a maior dimensão da seção transversal não exceda cinco vezes a menor dimensão (h ≤ 5b). Quando esta condição não for satisfeita, o pilar deve ser tratado como pilar-parede. Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm².
4.2.2 COMPRIMENTO EQUIVALENTE
Segundo a NBR 6118:2003, item 15.6, o comprimento equivalente do pilar, suposto vinculado em ambas extremidades, é o menor dos valores (Figura 1):
Raio de giração
Define-se o raio de giração i como sendo:
I é o momento de inércia da seção transversal;
A é a área de seção transversal.
Para o caso em que a seção transversal é retangular, resulta:
4.3 CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES
4.3.1 PILARES INTERNOS, DE BORDA E DE CANTO
Os pilares podem ser classificados com relação às solicitações iniciais, como é mostrado na Figura 2.
Serão considerados pilares internos aqueles submetidos a compressão simples, ou seja, que não apresentam excentricidades iniciais. Nos pilares de borda, as solicitações iniciais correspondem a flexão composta normal, ou seja, há excentricidade inicial em uma direção. Para seção quadrada ou retangular, a excentricidade inicial ocorre na direção perpendicular à borda.
Pilares de canto são submetidos a flexão oblíqua. As excentricidades iniciais ocorrem nas direções das bordas.
4.3.2 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ESBELTEZ
	ÍNDICE DE ESBELTEZ
	O índice de esbeltez é definido pela relação: 
	De acordo com o índice de esbeltez (λ), os pilares podem ser classificados em:
• pilares robustos ou pouco esbeltos → λ ≤ λ1
• pilares de esbeltez média → λ1 < λ ≤ 90
• pilares esbeltos ou muito esbeltos → 90 < λ ≤ 140
• pilares excessivamente esbeltos → 140 < λ ≤ 200
A NBR 6118:2003 não admite, em nenhum caso, pilares com índice de esbeltez λ superior a 200.
BLOCO DE FUNDAÇÃO
	O que caracteriza a fundação em blocos é o fato da distribuição das cargas para o terreno ser quase que pontual, ou seja, onde houver pilar existirá um bloco de fundação transmitindo as cargas para o solo, geralmente construídos em pedra, concreto simples, ciclópico ou armado. 
Quando houver necessidade da implantação de estacas para a transferência de cargas para o solo geralmente é executado um bloco de coroamento em concreto armado na ‘’cabeça’’ das estacas, podendo assim unificar todas as estacas. É uma peça de medidas de largura e comprimento maior que a da estaca e tem finalidade de receber as cargas de um pilar e transferi-las para a fundação.
	Em alguns casos existem elementos em concreto sem necessidade de armadura de modo que as tensões de tração nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto. Suas faces podem ser verticais, inclinadas ou escalonadas, com base quadrada ou retangular. Os blocos e sapatas são indicados para cargas de valor significativo (soluções não resolvidas por baldrames) em terrenos com resistência igual ou superior a 0,1 Mpa.
Sequência Executiva:
• Marcação do eixo e faces laterais no terreno (base da sapata);
• Escavação do bloco (com ou sem escoramento lateral);
• Verificação se o solo previsto para a cota de apoio é compatível com a capacidade de carga do projeto;
• Execução da forma lateral do bloco; 
• Execução do lastro no fundo do bloco (concreto magro); 
• Colocação das ferragens do fundo (pé-de-galinha) e ferragens de espera do pilar; 
• Concretagem – observar cuidados com a concretagem; 
• Desforma e reaterro;
 	É uma peça de medidas de largura e comprimento maior que a da estaca e tem finalidade de receber as cargas de um pilar e transferi-las para a fundação.
SAPATA 
As sapatas são elementos tridimensionais e têm a finalidade de transferir para o terreno as ações oriundas de pilares ou paredes. A área da base das sapatas é projetada em função da tensão de compressão admissível do solo – determinada através de investigação geotécnica (sondagens). 
Com relação à forma volumétrica, as sapatas podem ter vários formatos, porém o mais comum é o cônico retangular, em virtude do menor consumo de concreto. 
 
6. CLASSIFICAÇÃO DAS SAPATAS 
6.1 Quanto à rigidez 
	A NBR 6118:2003 classifica as sapatas quanto à rigidez de acordo com as seguintes expressões: 
6.1.1 Sapatas flexíveis: 
	São de uso mais raro, sendo mais utilizadas em fundações sujeitas a pequenas cargas. Outro fator que determina a escolha por sapatas flexíveis é a resistência do solo. ANDRADE (1989) sugere a utilização de sapatas flexíveis para solos com pressão admissível abaixo de 150kN/m2 (0,15MPa). 
	As sapatas flexíveis apresentam o comportamento estrutural de uma peça fletida, trabalhando à flexão nas duas direções ortogonais. Portanto, as sapatas são dimensionadas ao momento fletor e à força cortante, da mesma forma vista para as lajes maciças. 
	A verificação da punção em sapatas flexíveis é necessária, pois são mais críticas a esse fenômeno quando comparadas às sapatas rígidas. 
6.1.2 Sapatas rígidas: 
	São comumente adotadas como elementos de fundações em terrenos que possuem boa resistência em camadas próximas da superfície. Para o dimensionamento das armaduras longitudinais de flexão, utiliza-se o método geral de bielas e tirantes. Alternativamente, as sapatasrígidas podem ser dimensionadas à flexão da mesma forma que as sapatas flexíveis, obtendo-se razoável precisão. 
	As tensões de cisalhamento devem ser verificadas, em particular a ruptura por compressão diagonal do concreto na ligação laje (sapata) – pilar.
	A verificação da punção é desnecessária, pois a sapata rígida situa-se inteiramente dentro do cone hipotético de punção, não havendo possibilidade física de ocorrência de tal fenômeno.
6.2 Quanto à posição
Sapata Isolada: A isolada consiste em transmitir ações de um único pilar, que pode estar centrado ou é do tipo não alongada. Ele pode ter formato quadrado, retangular, circular, sendo sua altura constante ou que fique variando linearmente entre as fazes do pilar à extremidade da base. Em geral são feitas com forma de tronco de pirâmide. 
Nesse tipo, o centro de gravidade da sapata deve ser o mesmo que o centro de aplicação da ação do pilar. De acordo com NBR, a menor dimensão deve ser ≥ 60 cm, sendo a relação entre os lados da sapata (L1/L2) ≤ 2,5.
Sapata Corrida: Esse tipo é empregado normalmente para receber as ações verticais de muros, paredes e elementos alongados que transmitam carregamento uniformemente distribuído numa só direção. Sua dimensão é a mesma de uma laje armada em uma direção. Não é necessária a verificação da punção em sapatas desse tipo por receberem ações em focos distribuídos. Pelo fato de as bielas de compressão serem íngremes, tensões de aderência elevadas na armadura principal acabam aparecendo, o que pode acarretar na ruptura do concreto de cobrimento, gerando fendas, essas que podem ser evitadas com diâmetros menores para as barras e espaçamentos menores entre elas. Sua execução é de nível fácil e não é necessário muito esforço, tendo seus poços cavados até mesmo à mão, dependendo pro projeto arquitetônico, e de fundura rasa. Normalmente executado com concreto ciclópico, que é concreto + pedra de mão. Segue as paredes da edificação.
Sapata Associada ou combinada: Sapatas associadas transmitem ações de dois ou mais pilares adjacentes. Normalmente seu recurso é procurado quando não é capaz, por falta de espaço ou por estarem muito próximos, a utilização de sapatas isoladas para casa um dos pilares que foram associados. Quando estão muito próximas, suas bases ficariam sobrepostas ao fazê-las isoladas em planta, nesse caso usa-se o recurso da sapata associada, recebendo as ações de dois ou mais pilares e dentro do espaço correto.
Normalmente, o centro de aplicação das cargas que chegam dos pilares estão no centro de gravidade da sapata. Para casos de carregamento uniformes e simétricas, as sapatas associadas viram uma só de base retangular e simples, mas quando as cargas dos pilares têm uma diferença muito grande, é necessária a projeção de uma sapara trapezoidal ou uma sapata retangular com balanços livres diferentes.
Sapata com viga de equilíbrio: No caso de pilares posicionados junto à divisa do terreno, o momento produzido pelo não alinhamento da ação com a reação deve ser absorvido por uma viga, conhecida como viga de equilíbrio ou viga alavanca, apoiada na sapata junto à divisa e na sapata construída para pilar interno.” Dessa maneira, a viga de equilíbrio desemprenha um papael de transmitir a carga vertical do pilar para o centro de gravidade da sapata que encontra-se na divisa e também resistir aos momentos fletores produzidos pela diferente carga do pilar para com o centro dessa sapata.
6.3 Quanto à solicitação 
Sapatas sob carga centrada: Ocorre quando a carga vertical do pilar passa pelo centro de gravidade da sapata. Neste caso, admite-se uma distribuição uniforme e constante das tensões do solo na base da sapata, igual à razão entre a carga vertical e a área da sapata (em planta).
Sapatas sob carga excêntrica: Em muitos situações práticas, as cargas verticais dos pilares são aplicadas excentricamente em relação ao centro de gravidade da sapata, gerando momentos nas fundações. Com a obrigatoriedade da consideração das ações do vento, normalmente os pilares transmitem momentos em uma ou nas duas direções principais, gerando na base da sapata solicitações de flexão normal composta ou de flexão oblíqua composta.
6.3 Dimensionamento das armaduras longitudinais 
	Para calcular as armaduras longitudinais da sapata, define-se, em cada direção ortogonal, uma seção de referência S1 entre as faces do pilar, conforme a figura abaixo:
De acordo com a figura acima, o problema recai em determinar os momentos solicitantes em balanços de vãos iguais ao balanço livre acrescido de 0,15 vezes a dimensão do pilar na direção analisada. Ou seja, os momentos solicitantes nos engastes (MSda e MSdb) fornecem os momentos para o cálculo das armaduras da sapata. 
De posse dos momentos solicitantes, as armaduras longitudinais da sapata podem ser calculadas utilizando-se as tabelas clássicas da flexão simples ou ainda por expressões simplificadas, conforme a seguir:
onde 
d é a altura útil na direção analisada. 
Os valores calculados devem ser ainda comparados com os valores de armadura mínima recomendados para as lajes, conforme o item 19.3.3.2 da NBR 6118:2003. Apesar da norma fazer distinção entre armaduras positivas e negativas, e de lajes armadas em uma ou duas direções, pode-se admitir, para todos esses casos, uma taxa de armadura mínima igual a 0,15% (em relação a área bruta). 
As barras longitudinais não devem ter diâmetros superiores 1/8 da espessura da laje (sapata). O espaçamento máximo entre elas não deve ser superior a 20cm nem 2h, prevalecendo o menores desses dois valores.
PONTES 
		Ponte é uma construção destinada a estabelecer a continuidade de uma via de qualquer natureza. Nos casos mais comuns, e que serão tratados neste texto, a via é uma rodovia, uma ferrovia, ou uma passagem para pedestres. O obstáculo a ser transposto pode ser de natureza diversa, e em função dessa natureza são associadas as seguintes denominações: Ponte (propriamente dita) - quando o obstáculo é constituído de curso de água ou outra superfície líquida como por exemplo um lago ou braço de mar; Viaduto - quando o obstáculo é um vale ou uma via.
7.1 CARACTERISTICAS
	Ao se comparar as pontes com os edifícios, pode-se estabelecer certas particularidades das pontes em relação aos edifícios. Estas, podem ser agrupadas da seguinte forma: 
7.1.1 Ações
	Devido ao caráter da carga de utilização das pontes, torna-se necessário considerar alguns aspectos que normalmente não são considerados nos edifícios. Nas pontes, em geral, deve-se considerar o efeito dinâmico das cargas, e devido ao fato das cargas serem móveis, torna-se necessário determinar a envoltória dos esforços solicitantes e a verificação da possibilidade de fadiga dos materiais.
 
7.1.2 Processos construtivos
	Em razão da adversidade do local de implantação, que é comum na construção das pontes, existem processos de construção que, em geral, são específicos para a construção de pontes. 
7.1.3 Composição estrutural 
	A composição estrutural utilizada nas pontes difere da empregada em edifícios, em razão da carga de utilização, dos vãos a serem vencidos, e do processo de construção. 
7.1.4 Análise estrutural
	Na análise estrutural existem simplificações e recomendações em função da composição estrutural, como por exemplo, o cálculo da estrutura em grelha considerando elementos indeformáveis numa direção. Nas construções, de uma maneira geral deve-se atender os seguintes quesitos: segurança, economia, funcionalidade e estética. No caso das pontes, dois destes quesitos merecem ser destacados: a estética e a funcionalidade. Para determinadas pontes, nas quais o impacto visual no ambiente é importante, a estética assume um papel de grande destaque, justificando inclusive, em determinados casos um aumento do custo. Reforçando ainda este aspecto, salienta-se que na construção de uma rodovia, as pontes e os viadutos são denominados de obras de arte. No projeto das pontes deve-se visaro atendimento das condições de uso, com um mínimo de manutenção, buscando assim evitar transtornos de uma interrupção do tráfego, que em determinadas situações pode-se tornar calamitosa.
7.2 NOMENCLATURA 
	A superestrutura é a parte da ponte destinada a vencer o obstáculo. A superestrutura pode ser subdividida em duas partes: 
• Estrutura principal (ou sistema estrutural principal ou simplesmente sistema estrutural) - que tem a função de vencer o vão livre; 
• Estrutura secundária (ou tabuleiro ou estrado) - que recebe a ação direta das cargas e a transmite para a estrutura principal. O aparelho de apoio é o elemento colocado entre a infraestrutura e a superestrutura, destinado a transmitir as reações de apoio e permitir determinados movimentos da superestrutura. A infraestrutura é a parte da ponte que recebe as cargas da superestrutura através dos aparelhos de apoio e as transmite ao solo. A infraestrutura pode ser subdividida em suportes e fundações. Os suportes podem ser subdivididos em:
Encontro - elemento situado nas extremidades da ponte, na transição de ponte com o aterro da via, e que tem a dupla função, de suporte, e de arrimo do solo;
Pilar - elemento de suporte, normalmente situado na região intermediária, e que não tem a finalidade de arrimar o solo. Cabe destacar que além da subdivisão aqui apresentada, encontra-se na literatura nacional, outra subdivisão que é a seguinte: 
Superestrutura 
Mesoestrutura (aparelho de apoio, pilar e encontro)
Infraestrutura (fundação).
TERRA ARMADA
	Existem várias empresas no mercado que oferecem soluções para a contenção de aterro as quais se destacam a proteção do maciço com camada vegetal, pedra argamassada, concreto ciclópico, gabiões e dispositivos em concreto armado. 
	Este tipo de solução é largamente empregado nas mais diversas obras como, por exemplo: túneis, taludes de corte e de aterro, subsolo de edifícios, dentre outros.
Uma das alternativas, por exemplo, para a contenção do maciço terroso de um viaduto em uma área urbanizada seria o método denominado de Terra Armada.
	Normalmente essas obras de arte especiais, quando executadas em áreas urbanas, sofrem a interferência de ruas, casas e outros equipamentos próximos, limitando a área disponível para a execução do aterro. 
	Para que se evite o aumento do custo da obra com desapropriações e ao mesmo tempo, seja alcançada a estabilização necessária do corpo estradal, é necessário que se faça uma contenção da saia do aterro evitando seu prolongamento. 
8.1 APRESENTAÇÃO
O sistema de terra armada, também chamado de solo armado, é composto por um maciço contido por placas pré-moldadas de concreto armado, que funcionam como face da contenção. 
A pressão do sistema é distribuída em tiras metálicas, presas às placas. Essas tiras, colocadas dentro do solo na medida em que este é compactado durante a execução, resistem aos esforços por conta do atrito desenvolvido no maciço.
	Os principais componentes do sistema de terra armada - o solo, as tiras metálicas e o paramento externo formado pelas placas pré-moldadas de concreto - têm suas propriedades normatizadas pela NBR 9.286, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
8.2 ATERRO
	O solo que vai formar a terra armada, também chamado de volume armado, é formado por camadas sucessivas e compactadas.
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Quanto ao material de composição, a NBR 9.286 recomenda que sejam usados solos naturais ou de origem industrial, e que não devem conter terra vegetal ou detritos domésticos. 
8.3 ARMADURAS
As armaduras são peças lineares (tiras ou fitas), normalmente de aço galvanizadas e nervuradas, que trabalham em atrito com o solo do aterro. São presas às placas de concreto por meio de parafusos e são responsáveis por grande parte da resistência interna à tração do maciço. Devem ter boa resistência e durabilidade, pouca deformabilidade, bom coeficiente de atrito e flexibilidade.
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8.4 PLACAS PRÉ-MOLDADAS
As placas pré-moldadas, chamadas de escamas, formam o acabamento externo do maciço e são responsáveis pelo equilíbrio das tensões da periferia próxima ao paramento externo. Sendo de concreto armado, e têm sua geometria bem definida - normalmente em formato cruciforme ou losangular.
Pré-moldado modelo CRUCIFORME Pré-moldado modelo LOSANGULAR
8.5 IÇAMENTO DAS ESCAMAS
As escamas pré-fabricadas são instaladas para formar uma superfície vertical. São içadas com o auxílio de caminhões tipo "munck", tratores ou guindastes. A primeira linha de placas é, normalmente, montada sobre uma base de concreto (soleira com Fck = 15 MPa) que cumpre a função de elemento de fundação para o paramento externo. A soleira deve estar apoiada em material resistente como solo compactado ou solo-cimento. A soleira objetiva apenas prover uma superfície limpa e nivelada para o início da montagem das escamas, não tendo função estrutural.
A colocação das escamas é feita em linhas horizontais sucessivas, ao mesmo tempo em que o aterro é executado acompanhando a elevação das escamas. A montagem é garantida por encaixes e pinos presentes nas placas.
8.6 INSTALAÇÃO DAS TIRAS METÁLICAS
As tiras metálicas são colocadas perpendicularmente ao paramento, fixadas com parafusos nos elementos próprios das escamas. As tiras são aterradas e o solo é compactado com rolo compactador, evitando-se danificar ou deslocar a posição original das tiras ou das escamas. 
Próximo ao paramento é recomendável que a compactação seja executada por meio de placas vibratórias, mais leves. Recomenda-se, ainda, que o grau de compactação para a execução do aterro seja no mínimo de 95% da densidade aparente seca máxima.
8.7 NORMAS
	A ABNT NBR 9.286 dita as especificações para o sistema de contenção com terra armada. As fitas metálicas devem atender aos critérios para aço CA-50 da NBR 7.480 (Aço Destinado à Construção Civil) e da NBR 6.152 quanto à tração. Já a compactação das diversas camadas deve seguir a NBR 7.182 (Solo - Ensaio de Compactação).
8.8 MEDIÇÃO
	O Órgão fiscalizador mede os serviços de confecção das escamas e da soleira de concreto armado por metro cúbico de concreto aplicado. A montagem das escamas é medida por metro quadrado de muro montado. O fornecimento de elementos construtivos especiais (armaduras, ligações, chumbadores, juntas e parafusos) é medido por metro quadrado de muro. Já o solo armado será medido em metro quadrado de faixas de alturas verticais.
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