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Revista Arquitetura e Aço Habitações de Interesse Social AA23

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ARQUITETURA AÇOARQUITETURA AÇO&
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 23 setembro de 2010Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 23 setembro de 2010
Habitações 
de Interesse 
Social
Habitações 
de Interesse 
Social
Em 2009, o ministério das CidadEs (MCidades), em parceria com a Fundação João 
Pinheiro (FJP), apurou, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
(PNAD/IBGE) de 2007, que o déficit habitacional brasileiro totalizava 6,273 milhões de 
domicílios, revelando o grande desafio que tinha pela frente.
Acreditamos que o uso de sistemas construtivos baseados em estruturas em aço 
pode ajudar, e muito, a minorar o problema. Os sistemas em aço apresentam agilida-
de na execução, obra limpa, possibilidade de trabalhar grandes vãos, que permitem 
liberar áreas para o convívio social das famílias atendidas. Esses sistemas incorporam 
o conceito de sustentabilidade ambiental, sendo o aço 100% reciclável e o material 
mais reciclado do mundo.
Com o objetivo de mostrar a viabilidade dos sistemas construtivos em aço para 
a habitação, o Instituto Aço Brasil (IABr) e o Centro Brasileiro da Construção em Aço 
(CBCA) montaram a exposição Vila do Aço na ExpoAço 2010 e na 4ª Conferência das 
Cidades, realizadas respectivamente em abril e junho, e que apresentamos em maté-
ria especial desta edição de Arquitetura & Aço.
Trazemos outros importantes exemplos da aplicação do aço na habitação de inte-
resse social: a Vila Dignidade, projeto de vila para idosos desenvolvido pela CDHU 
para diversas cidades do interior paulista, e construído em steel framing; os prédios – 
de cinco e sete pavimentos – construídos na região metropolitana de São Paulo e em 
Campinas, também para o CDHU; o conjunto Paulo Freire, da Cohab-SP, erguido no 
sistema de mutirão e autogestão para 100 famílias; e as 510 unidades habitacionais 
construídas em Angra dos Reis, em apenas sete meses, e que beneficiaram as famílias 
desabrigadas pelas chuvas de 2002.
Mostramos, também, a experiência de um empreendimento privado chileno para 
6.800 casas, próximo de Santiago, e com unidades que variam de 54 m2 a 126 m2, e 
um estudo realizado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) para 
a affordable house, habitação unifamiliar que emprega de forma intensiva elementos 
e componentes de aço. E, ainda, o Diretor Técnico da CDHU, João Abukater Neto, conta 
em entrevista quais são as expectativas da estatal em relação à atuação da indústria 
do aço nas habitações de interesse social.
Boa leitura!
Moradia de qualidade para todos:
o grande desafio 
 brasileiro
1&ARQUITETURAARQUITETURA&ARQUITETURA&AÇOAÇO&AÇO&&AÇO&
4 &ARQUITETURA AÇO
sumário
Foto de capa: 
Projeto Usiminas V072
Arquitetura & Aço nº 23
setembro 2010
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16.14. 20.
24. 26. 30.05. 10.
05. Em uma iniciativa inédita no país, IABr e Centro Brasileiro da Construção em Aço erguem a Vila do Aço para 
divulgar as características dos sistemas de construção em aço. 10. CDHU São Paulo ergue 203 edifícios em aço 
na região metropolitana de São Paulo e de Campinas. 14. Em entrevista, Diretor Técnico da CDHU São Paulo fala 
sobre as expectativas em relação à atuação da indústria do aço nos projetos de interesse social. 16. No interior de 
São Paulo, Vila Dignidade é o primeiro condomínio popular construído em light steel framing e será replicado em outras light steel framing e será replicado em outras light steel framing
cidades do Estado. 20. Estruturas em aço viabilizaram plantas livres no conjunto Paulo Freire, da Cohab-SP, aten-
dendo às necessidades de 100 famílias. 24. Em Angra dos Reis (RJ), projeto utiliza o aço para levantar 510 unidades 
habitacionais em apenas sete meses. 26. No Chile, um modelo eficiente do uso do aço em conjuntos residenciais. 
30. Affordable house: um estudo para uma casa acessível realizado pela Escola Politécnica da USP.
ENDEREÇOS 34 
4 &ARQUITETURA AÇO
&ARQUITETURA AÇO 5 
Vila do Aço: 
canteiro de boas ideias
Em uma iniciativa inédita no país, iaBr E cEntro BrasilEiro da construção Em aço ErguEm 
a vila do aço para aprEsEntar as possiBilidadEs dE sistEmas construtivos Em aço E as 
contriBuiçõEs quE podEm trazEr para os projEtos dE haBitaçõEs dE intErEssE social
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6 &ARQUITETURA AÇO
Durante uma reunião com a presença do Presidente Luiz 
Inácio Lula da Silva, ministros e outras autoridades governamen-
tais, os representantes do IABr – Instituto Aço Brasil – ouviram um 
comentário inquietante: muito se falava sobre a potencialidade do 
uso do aço para a construção industrializada de moradias, sempre 
citando diversos exemplos do exterior, mas a maioria dos presentes 
desconhecia ou sabia pouco sobre estes sistemas e as alternativas 
disponíveis no Brasil.
Estava lançado o desafio para a indústria do aço: apresentar 
as soluções existentes aos diferentes públicos envolvidos com a 
questão da habitação social, mostrando o que é possível realizar 
com a construção em aço, com foco especialmente voltado para o 
programa do governo federal Minha Casa Minha Vida.
A resposta veio com a construção da Vila do Aço, apresentada 
pela primeira vez durante a ExpoAço 2010, realizada em abril de 
2010, em São Paulo.
Em uma área de 1.600 m2, a Vila do Aço apresentou em tama-
nho real a aplicação do aço em projetos de casas, prédios e equi-
pamentos urbanos, além de mostrar o uso do sistema light steel 
framing, do engradamento metálico para telhados, das esquadrias, 
coberturas, fachadas e passarelas.
O público que visitou o evento pôde perceber claramente a 
contribuição e os benefícios que a construção em aço oferece aos 
projetos habitacionais, empregando produtos e tecnologia avança-
dos e disponíveis atualmente no mercado brasileiro.
Em junho de 2010, a Vila do Aço foi novamente montada, 
agora na 4ª Conferência Nacional das 
Cidades, em Brasília, onde estiveram 
presentes representantes de diversas 
entidades civis e movimentos sociais 
ligados à questão da habitação, além 
de autoridades governamentais. Entre 
elas, a atual presidenta da Caixa 
Econômica Federal, Maria Fernanda 
Ramos Coelho, que visitou a Vila e, após 
conhecer as diversas soluções propos-
tas e ouvir sobre a alta produtividade, 
a reciclabilidade do aço e a ecoficiência 
do processo de produção, mostrou-se 
surpresa. “Precisamos adotar esse tipo 
de estrutura”, comentou ao visitar uma 
das casas onde o engradamento de aço 
para telhado estava exposto.
O Presidente Lula conheceu a Vila do 
Aço durante a ExpoAço 2010 e em seu 
discurso na abertura do evento comen-
tou que a construção em aço é uma 
boa opção também para os projetos de 
moradias destinadas à população de 
baixa renda. “O importante é que todos 
conheçam”, disse o presidente, salien-
tando que seria preciso expor muito 
mais estes exemplos para mostrar 
as alternativas, e concluiu, “espero ver 
a Vila do Aço por todo o país”.
Ao final dos dois eventos, a impres-
são que ficou é que a exposição foi um 
“canteiro de ideias” para todos que a 
visitaram. A Vila do Aço permitiu aos 
visitantes conhecer as diversas soluções 
em sistemas de construção industria-
lizados estruturados em aço, e enten-
der como o aço pode ajudar a trans-
formar as nossas cidades, colaborar 
com a melhoria dos espaços urbanos e 
ampliar as possibilidades de acesso da 
população à moradia, ao saneamento e 
ao transporte. (Da redação) MVista de unidades habitacionais, mobiliário urbano e passarelana Vila do Aço
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&ARQUITETURA AÇO 7 
No topo da página, lixeiras para a coleta 
seletiva revestidas com aço pré-pin-
tado. Acima, ponto de ônibus coberto, 
estruturado com perfis laminados
Acima, perfis em aço eletrosol-
dados utilizados como elementos 
estruturais em projeto residencial. 
Ao lado, casa estruturada com per-
fis leves em aço (Steel Framing). 
Abaixo, modelo de apartamento 
com estrutura em perfis laminados
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1. Edifícios habitacionais de 5 a 7 pavimentos com perfis estruturais formados a frio
Sistema construtivo que permite receber paredes industrializadas ou alvenaria convencional,
assim como diversos tipos de lajes. Na Vila do Aço, utilizou-se sistema de lajes steel deck.
2. Edifícios residenciais com perfis estruturais laminados
Sistema que utiliza perfis laminados como elementos estruturais para vigas e pilares. Trabalha com qualquer 
componente pré-fabricado ou com um mix de pré-fabricados e componentes da construção convencional.
3. Casa com parede de concreto
Este sistema utiliza formas metálicas pré-fabricadas para a moldagem in loco da vedação estrutural in loco da vedação estrutural in loco
em concreto, permitindo produção em escala com qualidade e economia.
4. Casa com colunas e vigas prontas e convencionais
Sistema que utiliza os convencionais vergalhões CA-50 e CA-60 em treliças 
e armaduras das colunas e vigas prontas.
5. Casas ou edifícios em light steel framing
Sistema que tem como estrutura perfis leves em aço galvanizado zincado ou com liga de alumínio-zinco.
Os perfis são distribuídos de forma a compor painéis estruturais. Os mesmos perfis são usados para engradamento de telhado.
6. Galpão em pórticos com perfis estruturais laminados
Com um pavimento, tem estrutura principal formada por um conjunto de pórticos rígidos com perfis estruturais laminados. 
Com menor número de elementos (2 vigas e 2 pilares), é de simples fabricação e montagem rápida, com ligações aparafusadas.
7. Telhas de aço
De grande resistência mecânica, baixo peso e em vários formatos, podem ser simples ou com isolamento termo-acústico. Podem 
ser usadas em telhados de baixa declividade, e resistem a sobrecargas de vento e de pessoas. Com diversos tipos de seção, 
permitem efeitos estéticos em fachadas.permitem efeitos estéticos em fachadas.
8. Telhas pré-pintadas
Em aço zincado ou revestido com liga alumínio-zinco, apresentam diversos acabamentos e cores. No caso específico
da telha de cor branca, pontua na obtenção da certificação LEED, pois auxilia na redução de consumo energético.
9. Telha tipo sanduíche
Composta por duas chapas de aço pré-pintadas com injeção de espuma de alta pressão, oferece alto isolamento termo-acústico,
dispensa laje ou forro, é de montagem rápida, reduz o peso da estrutura da cobertura, resiste ao fogo e é ecológica.
10. Telha de aço com acabamento em gravilha
Produzida com substrato em aço revestido de liga alumínio-zinco, estampada em formato de telha
para uso residencial, com acabamento granular que confere aspecto próximo ao das telhas cerâmicas.
11. Fachadas com aço pré-pintado
Fáceis de instalar e de simples manutenção, foram desenvolvidas especificamente para o segmento de revestimento
de fachadas e comunicação visual, com dupla proteção à corrosão por serem revestidas com liga alumínio-zinco.
A Vila do Aço
&ARQUITETURAARQUITETURA&ARQUITETURA&AÇOAÇO&AÇO&&AÇO& 9
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12. Estação de coleta seletiva
Fabricada em estrutura de aço com perfis laminados a quente e revestimento com aço pré-pintado, tem diversidade 
estética, de cores e principalmente longa vida útil.
13. Portas e janelas em aço – filme PVC com aparência de madeira
Fabricadas nas opções aço ao cobre, aço revestido e aço inox para portas e janelas. Para portas é possível aplicar uma película 
de PVC com aparência de madeira para efeito estético.
14. Passarela com estrutura em aço
Constituída de perfis tubulares, perfis laminados, soldados ou conformados a frio, proporciona travessias com vão livres que 
eliminam pilares no canteiro central das vias, rapidez na conclusão da obra e menos interferências no tráfego.
15. Fachadas em aço inox
Modulares e de fácil instalação, diversos sistemas de revestimentos em inox se adaptam à concepção do projeto arquitetônico. 
As peças podem ser perfuradas e instaladas em posição horizontal, vertical e curva.
16. Guarda-corpo em aço inox
Devido a sua versatilidade e durabilidade, o inox é adequado para guarda-corpos. Fabricados em diferentes tipos, formas e sistemas 
de fixação, são usados em corrimãos e grades e executados com tubos e chapas de aço inox de diferentes dimensões e acabamentos.
17. Piso podotátil em aço inox
Confeccionado por estampagem a partir de chapas de aço inox com 1 mm 
de espessura e acabamento microtexturizado, atende à NBR 9050 e pode 
ser aplicado em travessias de vias urbanas, acessos a elevadores, escadas 
e escadas rolantes, área de embarque de trens, metrô etc.
18. Elementos táteis em aço inox
Com sistema furo-cola ou furo-parafuso, podem ser instalados 
sobre pisos existentes e são ideais para reforma ou adaptação 
de edificações às normas brasileiras de acessibilidade com 
aplicação de alta performance.
19. Aquecedor solar com reservatório em aço inox
Composto por coletores solares com aletas soldadas por ultrassom e reservatórios térmicos com cilindros em
aço inoxidável, que proporciona maior qualidade ao produto. Gera uma economia de até 80% no consumo de energia.
20. Ponto de ônibus em estrutura de aço
Além de atender aos requisitos de resistência, durabilidade e estética, os pontos de ônibus com perfis estruturais 
laminados ou tubos garantem rapidez na montagem e desmontagem.
21. Coprodutos para pavimentos
Os agregados siderúrgicos de aciaria têm capacidade de carga elevada, alta resistência ao desgaste e peso próprio elevado. 
Para aplicação principalmente em pavimentação rodoviária, com redução de 40% no custo da obra.
22. Sistema drywall
Utilizado em paredes divisórias e forros, é constituído por uma estrutura de perfis de aço zincado, no qual são 
aparafusadas, em ambos os lados, chapas de gesso acartonado. Tem excelente desempenho acústico, térmico e mecânico.
10 &ARQUITETURA AÇO
Erigindo
Segundo eStimativaS do Ministério 
das Cidades, em 2007 o déficit habita-
cional brasileiro, um de nossos maiores 
problemas estruturais, correspondia a 
6,273 milhões de domicílios.
Especialistas defendem que o 
déficit deve-se a dificuldade de ges-
tão de obras, realizadas com sistemas 
não industrializados. Há, entretanto, 
investimentos de órgãos estatais e 
empresas privadas direcionados a se 
construir mais, com custos menores e 
maior velocidade.
Neste aspecto, a missão do setor 
da construção civil não é pequena. 
Encontrar soluções tecnológicas que 
CDHU investe em 203 eDifíCios, De CinCo oU sete pavimentos 
e Com estrUtUra em aço. o resUltaDo são 4.363 UniDaDes 
HabitaCionais De qUaliDaDe para famílias De baixa renDa Do 
estaDo De são paUlo
sonhos
Caminhão, carregado 
com as estruturas em 
aço pré-fabricadas, 
chega ao canteiro
Nas fotos de 1 a 10, o passo a passo da cons-
trução dos 203 edifícios da CDHU. Abaixo, 
imagem de um dos conjuntos habitacionais 
entregues pela estatal
Após o desembarque, as 
estruturas em aço são 
separadas conforme a 
sua numeração
Os baldrames foram executados 
enquanto as estruturas eram 
fabricadas e estão prontos para 
a montagem
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&ARQUITETURA AÇO 11 
regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, em diversos 
canteiros,totalizando mais de 230 mil m2 de construção e que se 
apresentam como um modelo de solução construtiva em aço.
Os apartamentos têm dois quartos, sala, cozinha, banheiro e 
área de serviço. No total, são 4.364 unidades, que atendem às 
necessidades de moradia de famílias de baixa renda em duas das 
maiores cidades do Estado de São Paulo.
Seguindo o padrão de arquitetura adotado pela CDHU, a prin-
cipal diferença entre eles está no tipo de estrutura em aço e nos 
engradamentos. Nos projetos Usiminas V052 e V072, os pilares são 
tubulares de seção circular e retangular, as vigas são em perfis de 
chapa dobrada, e os engradamentos em perfis conformados a frio.
Já no projeto Usiminas 5P, os pilares e vigas são em perfis de 
chapa dobrada duplo-cartola, formando uma espécie de H, que per-
mite o encaixe da alvenaria em quatro direções, com os engrada-
mentos em perfis U também de chapa dobrada. Nos três projetos, 
as paredes externas, e também as internas, são de alvenaria (tijolo 
cerâmico), e as lajes são pré-moldadas treliçadas.
melhorem a qualidade das habitações 
de interesse social e diminuam seus 
custos, em todas as fases do proces-
so de produção, são dois importantes 
passos para diminuir esse abismo no 
caminho do desenvolvimento do país.
Os sistemas construtivos em aço 
apresentam-se como uma das escolhas 
mais interessantes e acessíveis, princi-
palmente no que diz respeito à raciona-
lização de materiais e de mão-de-obra, 
alto grau de qualidade, menor prazo de 
execução, além de apresentar flexibili-
dade e reciclabilidade do material.
A Companhia de Desenvolvi-
mento Habitacional e Urbano (CDHU) 
de São Paulo construiu 203 prédios 
– de cinco e sete pavimentos – nas 
Detalhe de fixação 
do pilar de aço na 
base de concreto
Detalhe de 
montagem do pilar
Detalhe da ligação da 
viga com o pilar e o 
contaventamento
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As unidades habitacionais da CDHU em São Paulo e Campinas 
possuem dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.
12 &ARQUITETURA AÇO
Para o arquiteto Roberto Inaba, que 
participou do projeto da Usiminas, o 
principal diferencial do uso das estru-
turas em aço nos projetos de habitação 
de interesse social reside na “maior 
velocidade de execução, ajudando a 
reduzir mais rapidamente o déficit 
habitacional brasileiro e minimizando 
os desperdícios”.
Com modelos aplicados com suces-
so, a realidade da habitação de baixa 
renda começa a mudar no Brasil. Uma 
prova está na adoção pela CDHU de 
São Paulo, em 2008, dos conceitos do 
Desenho Universal da Habitação de 
Interesse Social em seus programas 
habitacionais. Estes projetos utilizam 
sistemas construtivos que permitem 
que as dimensões dos ambientes Elevação
Em projetos de habitação 
social, as estruturas em aço 
ajudam a reduzir o déficit 
habitacional brasileiro. 
Vista geral da montagem das 
estruturas dos edifícios
Escada pré-fabricada em aço 
e preenchida com concreto
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&ARQUITETURA AÇO 13 
Projeto Usiminas V052
> Projeto de arquitetura: arq. Jaime Gonçalves de Souza (Tecsteel 
Engenharia e Consultoria Técnica S/C Ltda.)
> Projeto estrutural: eng. Mauri Resende Vargas (Tecsteel Engenharia 
e Consultoria Técnica S/C Ltda.)
> Fabricação e montagem da estrutura metálica: Brastubo
> Aço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão 
atmosférica
> Área construída por prédio: 1.015,60 m²
> Área construída total: 29.452,40 m²
> Total de prédios: 29
> Total de apartamentos: 580
> Volume do aço: 800 t
> Local: região metropolitana da cidade de São Paulo e de Campinas
> Data do projeto: 2001
> Início da obra: 2002
> Conclusão da obra: 2005
Projeto Usiminas V072 (sete PaVimentos)
> Projeto de arquitetura: arq. Jaime Gonçalves de Souza (Tecsteel 
Engenharia e Consultoria Técnica S/C Ltda.)
> Projeto estrutural: eng. Mauri Resende Vargas (Tecsteel Engenharia e 
Consultoria Técnica S/C Ltda.)
> Fabricação e montagem da estrutura metálica: Brastubo
> Aço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão 
atmosférica
> Área construída por prédio: 1.552,87m²
> Área construída total: 59.009,06 m²
> Total de prédios: 38
> Total de apartamentos: 1.064
> Volume do aço: 1.800 t
> Local: região metropolitana da cidade de São Paulo
> Data do projeto: 2001
> Início da obra: 2002
> Conclusão da obra: 2005
Projeto Usiminas 5P (cinco PaVimentos)
> Projeto de arquitetura: projeto-padrão CDHU
> Projeto estrutural: Usiminas
> Fabricação e montagem da estrutura: Pórtico Construções Metálicas e 
Soufer Industrial Ltda.
> Aço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão 
atmosférica
> Área construída: 1.037,8 m²
> Área construída total: 141.140,80 m²
> Total de prédios: 136
> Total de apartamentos: 2.720
> Volume do aço: 3.200 t
> Local: região metropolitana da cidade de São Paulo
> Data do projeto: 2001
> Início da obra: 2002/2003
> Conclusão da obra: 2004
possam ser alteradas, de forma a aten-
der às necessidades e preferências dos 
diferentes usuários, admitindo ade-
quações e transformações. Para isso, 
os projetos devem prever a possibili-
dade de deslocamento de paredes, ou 
divisórias, para readequar os cômodos 
da moradia.
De acordo com a Gerente de 
Projetos da CDHU, Irene Rizzo, os sis-
temas industrializados de construção 
agilizam as obras no sistema em muti-
rão. Nestes projetos, as fundações, a 
estrutura e as lajes ficaram a cargo 
das empresas vencedoras da licitação. 
As vedações e acabamentos são feitos 
pelos mutirantes. Pela dinâmica obtida 
na obra, esta escolha se mostrou extre-
mamente acertada. (d.P.) M
Mutirante executa a vedação 
em bloco cerâmico
Conjunto semiacabado: 
vista dos prédios com a 
vedação em alvenaria
9
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14 &ARQUITETURA AÇO
OcupandO a cadeira de diretOr técnicO da Companhia de 
Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) do Estado de São 
Paulo desde janeiro de 2007, João Abukater Neto tem reforçado a 
adoção de práticas modernas para oferecer habitação de qualidade 
às famílias de baixa renda.
Dentre as ações de modernização dos processos habitacio-
nais estão o Qualihab, programa de qualidade da CDHU que tem 
materiais e sistemas construtivos industrializados aprovados 
a partir do cumprimento de exigências técnicas e de ensaios 
em laboratórios acreditados pelo Inmetro (Instituto Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), e que serviu 
de referência para o PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e 
Produtividade no Habitat). 
Para o Diretor Técnico, sistemas construtivos em aço são um 
caminho para atender à demanda por novas moradias e suprir o 
grande déficit habitacional brasileiro. A CDHU já possui várias uni-
dades construídas com estrutura em aço e apostou no steel framing 
para construir o primeiro Vila Dignidade, condomínio para ido-
Es
pa
ço
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a 
to
do
s
sos em Avaré, no interior de São Paulo. 
O modelo servirá para os outros dez 
projetos, com 24 unidades cada, sendo 
quatro já contratados e o restante em 
licitação (ver reportagem à página 16). 
A política habitacional que a CDHU 
tem colocado em prática prevê dobrar o 
número de unidades construídas, e sua 
diretoria espera que a indústria do aço 
participe com sua tecnologia e matéria- 
-prima, já que, como diz Abukater Neto, 
o Brasil é rico na produção de aço.
AA – Quais experiências a CDHU já teve 
com projetos construídos com estrutu-
ras em aço?
JAN – A CDHU talvez seja a empresa 
de construção que tem a maiorescala 
As indústrias do aço 
precisam ter interesse 
no mercado da 
habitação popular.
“
“ 
An
dr
é 
Si
qu
ei
ra
João Abukater Neto
&ARQUITETURA AÇO 15 
como diferenciais a velocidade na construção e a consequente dimi-
nuição dos custos indiretos, proporcionando retorno financeiro.
Temos, atualmente, escassez de mão-de-obra qualificada na 
construção civil – e não conseguiremos suprir nem a demanda 
atual, nem a demanda futura – e isso não pode impactar no aumen-
to do custo dos projetos. No processo industrializado isso não acon-
tece, pois sua mão-de-obra é qualificada.
AA – Pensando no custo total do empreendimento, como se compor-
ta um projeto construído em aço, comparativamente aos sistemas 
convencionais?
JAN – Qualquer sistema industrializado de construção só é compe-
titivo se tiver condições de ser produzido em escala. Nos programas 
habitacionais, a garantia são as escalas, uma vez que o déficit habi-
tacional é muito grande.
O custo do sistema em aço, como já disse, é competitivo nas 
questões prazo da construção, uso e manutenção, porque, às vezes, 
é mais caro manter uma obra do que construi-la.
AA – Em sua opinião, a indústria da construção em aço está prepa-
rada para atender adequadamente à demanda dos programas de 
moradia popular, considerando os aspectos de projeto, execução e 
manutenção durante a vida útil do empreendimento?
JAN – Isso quem sabe são as próprias empresas, mas espero que 
sim. E afirmo que as indústrias do setor precisam ter interesse no 
mercado da habitação popular. Se não houver interesse por parte 
das indústrias em absorver a nossa demanda, eu diria que este é 
um erro estratégico. Sinceramente, espero que a indústria do aço 
dê atenção às nossas necessidades, e não apenas ao fornecimento 
de vergalhões, mas também em estruturas, laminados e perfis, 
para contribuir com o crescimento da construção civil, tanto em 
sistemas abertos, fechados e mistos. Lembrando que o Brasil é rico 
na matéria-prima do aço, não podemos deixar de usar essa riqueza.
E se houve uma ausência da indústria do aço no passado nos 
programas do setor não foi por vontade nossa. Por isso, espero que 
o investimento das empresas do aço nos programas habitacionais 
se torne uma política permanente.
 
AA – E, por fim, qual a perspectiva do uso das estruturas metálicas nos 
projetos habitacionais de interesse social para os próximos anos?
JAN – O mercado é muito grande e, com certeza, tem espaço para 
todos! (d.p.) M
de empreendimentos feitos em estru-
tura metálica no país. São milhares de 
unidades construídas neste sistema.
AA – A performance dos projetos reali-
zados em aço atendeu às expectativas 
da CDHU?
JAN – As unidades construídas estão 
em pleno uso e as estruturas estão fun-
cionando bem, cumprindo seu papel. 
Tivemos alguns recalls, que foram fruto 
da própria falta de experiência dos 
construtores, que não estavam acostu-
mados com este sistema construtivo. 
Em resumo, a CDHU está preparada e 
aberta para as construções que utili-
zem a estrutura em aço.
AA – Os editais recentes da CDHU per-
mitem que as empresas licitadas optem 
pelos sistemas construtivos industria-
lizados. Neste caso, quais as principais 
características e diferenciais da constru-
ção em aço em relação aos demais siste-
mas? Quais benefícios o senhor pode 
destacar com a experiência da CDHU?
JAN – Historicamente e enquanto 
Estado, a CDHU sempre procurou a 
vanguarda de políticas públicas que 
tratem tanto das questões sociais do 
setor, quanto dos sistemas construti-
vos. Um exemplo é o PBQP-H, que nas-
ceu depois do Qualihab e foi criado com 
a experiência de São Paulo.
Os editais permitem que os siste-
mas construtivos concorram entre si, 
desde que sejam sistemas aprovados 
pela QualiHab, isto é, sejam certifica-
dos. As empresas que concorrem às lici-
tações estão pensando em construir, 
hoje, com sistemas industrializados. No 
caso das estruturas em aço, elas têm 
16 &ARQUITETURA AÇO
Vila Dignidade: 
o melhor para os idosos
O primeirO cOndOmíniO pOpular cOnstruídO em light steel framing nO 
estadO de sãO paulO fOi erguidO em curtO espaçO de tempO e permitiu 
atender às necessidades dOs mOradOres especiais nOs requisitOs 
cOnfOrtO térmicO e acústicO, e também na acessibilidade
Em AvAré, no intErior pAulistA, uma vila vem chamando a 
atenção por seu ineditismo. Além de oferecer assistência e abri-
go gratuitos a idosos de baixa renda da região, é um projeto de 
condomínio popular que causou impacto por ter sido erguido em 
light steel framing. Este sistema construtivo utiliza perfis de aço 
galvanizado de 0,80 mm a 1,25 mm, com revestimento mínimo de 
180 g/m2 de zinco, e entre suas vantagens – além da velocidade de 
execução e limpeza da obra –, está o conforto térmico e acústico das 
habitações, fundamentais para a proposta do projeto.
“Este sistema veio para ficar, prin-
cipalmente quando se trata de repe-
tição. Ganhamos muito em produ-
ção quando conseguimos fazer casas 
iguais. Isso realmente é um diferen-
cial. Em uma obra popular, consegui-
mos viabilizar a tão sonhada escala de 
produção que tende a baixar preços e 
aumentar a produtividade”, afirma o 
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Vila Dignidade: 
o melhor para os idosos
arquiteto Alexandre Mariutti, diretor 
da Construtora Sequência, responsável 
pela execução da obra. Ele conta que o 
contrato para a realização do empreen- 
dimento era de oito meses, mas com 
apenas três de trabalho as primeiras 
casas começaram a ser entregues.
Há 47 anos no mercado, a Cons-
trutora Sequência já construiu mais de 
três mil unidades de habitação de interesse social no sistema con-
vencional. E, apesar de trabalhar com o sistema construtivo steel 
framing há 12 anos, essa é a primeira vez que a empresa o utiliza 
em obras desse segmento. “Não foi preciso fazer nenhuma adequa-
ção para utilizá-lo nas casas populares. O que mudou, em relação 
às construções que costumamos fazer, foi o tipo de acabamento 
adotado, como os metais, as louças, cerâmicas e revestimentos, que 
nesse caso são mais simples do que aqueles para a classe média”, 
explica Mariutti.
Nas fotos abaixo, à esquerda, montagem 
da estrutura em light steel framing da Vila 
Dignidade, em Avaré, no interior paulista, e à 
direita, as casas prontas: conforto térmico e 
acústico são as características deste projeto 
que será replicado em outras cidades
18 &ARQUITETURA AÇO
Shed metálico permite entrada de luz e ventilação nas casas da Vila Dignidade, À esquerda. Na foto à direita, peças espe-
ciais nos banheiros para a segurança dos idosos
Nas fotos ao lado, preparação do 
sistema hidráulico e execução 
da fundação com sistema radier
> Projeto arquitetônico: CDHU - 
Companhia de Desenvolvimento 
Habitacional e Urbano do Estado 
de São Paulo
> Área construída: 1.160 m²
> Aço empregado: ZAR 230, chapa 
galvanizada 
> Volume do aço: 32 ton.
> Projeto estrutural: Micura Steel 
Frame
> Fornecimento da estrutura 
metálica: Construtora Sequência
> Execução da obra: Construtora 
Sequência
> Local: Avaré, SP
> Data do projeto: outubro de 2009
> Conclusão da obra: março de 2010
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&ARQUITETURA AÇO 19 
Foi também a primeira vez que 
a Companhia de Desenvolvimento 
Habitacional e Urbano do Estado de 
São Paulo (CDHU) utilizou o sistema 
em um projeto seu, adotando também 
as premissas da arquitetura univer-
sal, com unidades habitacionaisque 
apresentam vãos maiores de portas e 
piso antiderrapante, entre outros itens, 
para promover a segurança e a acessi-
bilidade ao usuário.
As 22 casas da Vila Dignidade são 
térreas, com sala conjugada à cozinha, 
um dormitório, banheiro, área de ser-
viço e uma pequena área externa nos 
fundos, que pode ser utilizada como 
jardim ou horta. O condomínio ainda 
tem infraestrutura completa e espaços de convivência, onde 
os moradores terão assistência social e atividades socioculturais 
e de lazer.
Todo o processo de montagem das residências foi dividido em 
três etapas. A primeira delas compreende a execução da fundação 
do tipo radier – uma laje simples e de fácil execução, a montagem 
dos perfis, que já vêm prontos de fábrica, e a montagem do telhado. 
“Em uma semana, a casa já está coberta”, lembra Mariutti. O passo 
seguinte foi revestir a parede externa com placas cimentícias, 
fazendo, ao mesmo tempo, a instalação hidráulica e elétrica da resi-
dência. Por fim, a construtora montou o drywall na parte interna e 
fez os acabamentos da casa.
A Vila Dignidade de Avaré é o primeiro de uma série de con-
juntos habitacionais da CDHU e ainda em 2010 serão construí-
dos projetos similares em Presidente Prudente, São José do Rio 
Preto e Araraquara, enquanto outros já estão em licitação em 
Caraguatatuba, Ribeirão Preto e Ituverava. (F.l.) M
O projeto da Vila Dignidade leva em consideração aspectos importantes do dia a dia dos moradores, como área de lazer para as ativi-
dades físicas dos idosos e aquecimento solar, iniciativas inéditas no Brasil
&20 &&ARQUITETURAARQUITETURA&ARQUITETURA&AÇOAÇO&AÇO&&AÇO&
Respeito
SiStemaS conStrutivoS induStrializadoS flexibilizam
unidadeS-padrão da cohab, no conjunto habitacional 
paulo freire, de forma a atender aS diferenteS
neceSSidadeS daS famíliaS contempladaS
às diferenças
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Autogestão e utilizAção de prin-
cípios construtivos mais sustentáveis 
são duas das grandes evoluções das 
habitações de interesse social ligadas à 
iniciativa pública. A autogestão envolve 
a participação, em todo o processo, das 
famílias que ocuparão os imóveis – desde a elaboração do projeto, 
a construção e a administração dos recursos, contribuindo na rea-
lização de algumas etapas da obra. As tecnologias construtivas em 
aço têm permitido realizações rápidas, de baixo impacto ambiental 
e com grandes possibilidades de adaptação às unidades.
Um exemplo da construção a partir de mutirão e autogestão é o 
conjunto Paulo Freire, da Cohab-São Paulo, entregue em 2010 às 100 
famílias da Associação de Construção Comunitária Paulo Freire, 
filiada à União dos Movimentos de Moradia.
Mutirão de autogestão no conjunto habitacional 
Paulo Freire, da Cohab-São Paulo: as 100 famí-
lias atendidas trabalharam nos fins de semana 
sob a orientação de um grupo de profissionais 
da Usina-ctah. Abaixo, modelo de planta das 
unidades habitacionais
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22 &ARQUITETURA AÇO
A Usina-ctah (centro de trabalhos para o ambiente habitado), 
grupo multidisciplinar de assessoria a movimentos e adminis-
trações públicas para a produção do ambiente construído, atuou 
em conjunto com a associação em todas as etapas do processo. 
Beatriz Tone, uma das arquitetas do grupo, que também conta 
com profissionais de outras áreas, diz que, originalmente, estava 
prevista a adoção de prédio-padrão da Cohab, que prevê 42 m2 
por unidade, e, neste caso, 50% das janelas dos quartos ficariam 
voltadas para face sul.
As famílias envolvidas não concordaram com o partido, uma vez 
que a estrutura-padrão não atenderia às diferentes necessidades 
dos contemplados. A arquiteta afirma que, graças ao uso do aço, 
foi possível viabilizar uma estrutura independente da vedação. “Só 
assim”, lembra Beatriz, “foi possível estabelecer uma ‘planta livre’ 
para as unidades. Cada família pode configurar os ambientes de 
acordo com suas necessidades e preferências.”
Além disso, os coordenadores da 
Usina-ctah consideraram que o uso da 
estrutura metálica agilizaria a obra, 
encurtando significativamente seu 
prazo de execução total. “Também 
diminuiria o trabalho não remunerado 
(em forma de mutirão) das 100 famílias 
integrantes durante os fins de sema-
na e facilitaria a execução das etapas 
seguintes, pelo fato da estrutura servir 
como referência de prumo, esquadro, 
nível, medidas em geral e, inclusive, 
reduzindo o transporte vertical de 
materiais e dos próprios trabalhado-
res, resultando em maior segurança no 
trabalho”, destaca a arquiteta. (D.P.) M
&ARQUITETURA AÇO 23 
CaraCterístiCas téCniCas
O conjunto Paulo Freire foi construído 
em um terreno de 3,7 mil m2, possui 
100 unidades de 55 m2 em edifícios de 
cinco e sete andares com estrutura 
metálica e cinco variações de planta 
livre, além de um centro comunitário.
Segundo Flávio Gibram, Diretor de 
Planejamento da Pórtico Construções 
Metálicas, responsável pelo cálculo 
estrutural, projeto básico e executivo, 
detalhamento e montagem da estrutu-
ra, a estrutura metálica é composta de 
colunas de seção retangular, formadas 
por dois perfis U enrijecidos 240 x 60 x 
20, formando colunas 240 x 120 mm. 
Já as vigas são tipo I enrijecido 190 x 
120 mm e 240 x 120 mm, trabalhando 
como vigas mistas, com conectores de 
cisalhamento tipo U, para interação 
com lajes pré-moldadas.
A fabricação dos perfis, sob medida 
e sem emendas, foi executada em 
perfiladeiras contínuas, e as soldas 
de fábrica feitas em processo MIG 
semiautomatizado. “A montagem foi 
feita em seis etapas, com o propósito 
de liberar frentes para a execução de 
lajes e alvenarias, em regime de muti-
rão administrado”, finaliza Flávio. 
> Projeto arquitetônico e 
estrutural: Usina-ctah - 
centro de trabalhos para o 
ambiente habitado
> Equipe: Beatriz Bezerra 
Tone (arquiteta), Flávio 
Ramos (engenheiro civil), 
Heloisa Diniz de Rezende 
(arquiteta), Irani Ramos 
(engenheiro civil), Jade 
Percassi (educadora), João 
Marcos de Almeida Lopes 
(arquiteto), Pedro Fiori 
Arantes (arquiteto), Eduardo 
Costa (arquiteto), Paula 
Constante (arquiteta), Tiaraju 
D’Andrea (cientista social) 
 > Colaboradores: Eder 
Camargo (historiador), 
Guilherme Petrella 
(arquiteto), Luciana Ferrara 
(arquiteta), Melina Andrade 
(cientista social), Renata 
Moreira (arquiteta), Yopanan 
Rebello (engenheiro civil)
> Projeto estrutural: Usina- 
-ctah e Pórtico Construções 
Metálicas
> Fornecimento e montagem 
da estrutura: Pórtico 
Construções Metálicas
> Projetos complementares: 
KML Engenharia
> Área construída: 7.070 m²
> Aço empregado: aço 
patinável de maior 
resistência a corrosão
> Volume de aço: 1,34 t
> Local: São Paulo
> Data do projeto: 2001-2003
> Início da obra: 2003
> Conclusão da obra: agosto 
de 2010
O uso do aço permitiu adequar a planta 
das unidades conforme a necessidade 
e preferência de cada família
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Na passagem de 2009 para 2010, o 
Brasil se assustou com o desastre que 
acometeu um dos mais belos destinos 
turísticos do país, Angra dos Reis, no 
Rio de Janeiro, quando o excesso de 
chuvas causou grandes enchentes e 
deslizamentos de morros e encostas, 
resultando na morte de dezenas de 
pessoas e em milhares de desabriga-
dos. Em dezembro de 2002, um epi-
sódio semelhante resultou em 1,5 mil 
desabrigados.
Naquele ano, as ações para recupe-
rar as moradias destruídas pelas chu-
vas foram bastante rápidas. Usando 
estruturas em aço, em apenas sete 
meses uma parceria entre a Usiminas, a 
Prefeitura de Angra e o governo federal 
levantou condomínios de casas popula-res que beneficiaram 510 famílias desa-
brigadas pelas enchentes.
De abril a novembro de 2003, foram 
construídos dois condomínios hori-
zontais com unidades habitacionais 
geminadas, o Morada do Areal, com 
110 unidades, e o Bracuí, com 400. Com 
projeto arquitetônico da Construtora 
Direta e execução da Construtora Pires 
do Rio, cada unidade tem 37 m2 de 
área construída e possui dois dormitó-
rios, sala, cozinha e banheiro. O aço foi 
utilizado na estrutura das casas e no 
engradamento dos telhados.
Projeto utiliza o aço Para 
levantar 510 unidades 
habitacionais em aPenas sete 
meses e beneficiar as famílias 
de angra dos reis desabrigadas 
Pelas chuvas de 2002
Ac
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ad
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Casas em Angra dos Reis são construídas a partir de um 
kit metálico padronizado, composto por uma estrutura 
de engradamento de telhado, colunas e vigas metálicas, 
com fechamento em alvenaria
24 &ARQUITETURA AÇO
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Condomínio horizontal no bairro Areal, em Angra 
dos Reis: uso das estruturas em aço permitiu 
abrigar 510 famílias em apenas sete meses
> Projeto arquitetônico: 
Construtora Direta
> Projeto estrutural: Usiminas
> Fornecimento da estrutura 
metálica: Pires do Rio, 
Citep – Ind. e Com. Ferro e Aço Ltda.
> Execução da obra: Construtora 
Pires do Rio
> Aço empregado: aço patinável de 
maior resistência à corrosão
> Volume de aço: 2,93 t
> Área construída: 18.870 m² 
(37 m² por unidade)
> Local: Angra dos Reis, RJ
> Data do projeto: abril 2003
> Conclusão da obra: novembro 2003
A rapidez com que os condomínios foram erguidos deve-se a 
uma tecnologia desenvolvida pela Usiminas. Segundo Orlando 
Braccaiolli, da Pires do Rio, a contribuição dessa tecnologia em 
soluções para a habitação de interesse social “reside no desenvolvi-
mento técnico de uma alternativa econômica, simples e de rápida 
execução quando comparada ao sistema convencional de constru-
ção de casas populares”.
Neste projeto, foi utilizado um kit metálico padronizado com-
posto por uma estrutura com engradamento de telhado, colunas e 
vigas metálicas que, quando montados, servem de guia para o ali-
nhamento das paredes. As peças da estrutura são perfis formados a 
frio em aço de maior resistência à corrosão, em chapas de 2 mm de 
espessura, o que torna a estrutura leve e resistente, com qualidade 
e durabilidade, de acordo com Braccaiolli.
As estruturas em aço contribuíram com diversos benefícios, 
tais como a velocidade de construção, limpeza na obra, redução 
no desperdício de material, e a possibilidade do uso de alvenaria 
apenas na vedação, proporcionando redução de custo em relação à 
alvenaria estrutural.
Há mais de 20 anos, a Usiminas vem pesquisando e desenvol-
vendo diversos sistemas construtivos baseados em estrutura de 
aço, que permitem a construção de prédios e casas em um menor 
espaço de tempo por associar a estrutura metálica a materiais 
complementares de fechamento e divisória. (e.F.) M
26 &ARQUITETURA AÇO
Microcosmo
Quase 7 mil casas implantadas em um lote de 1,68 milhão 
de m2: a escala monumental do megacondomínio chileno Ciudad 
del Sol, localizado em Puente Alto, na região metropolitana de 
Santiago, exigia a adoção de um sistema construtivo que, além de 
competividade de mercado, proporcionasse extrema racionalidade 
para a obra. Com todas as condicionantes do projeto devidamente 
calculadas e analisadas, a escolha natural da equipe técnica recaiu 
sobre o light steel framing.
O sistema adotado ofereceu aos construtores uma extensa lista 
de benefícios, como velocidade na execução, redução de mão-de- 
-obra, precisão dimensional e baixo desperdício de materiais. Com 
a industrialização da obra, o light steel framing ainda simplifi-
cou o controle dos trabalhos realizados nos canteiros e viabilizou 
a construção das casas em etapas, realizadas de acordo com as 
vendas das unidades – as primeiras saíram do papel em 2001; 
hoje, mais de 4 mil já foram entregues 
aos proprietários.
Dois renomados escritórios de 
arquitetura, Benkel/Larraín e Judson 
& Olivos, uniram suas pranchetas para 
conceber o projeto grandioso. Em uma 
parceria afinada, as duplas criaram 
nove tipos diferentes de residências, 
com plantas que variam entre 54 m2 
e 140 m2. Há opções inteiramente 
estruturadas em steel framing e outras 
que contam com o primeiro pavimento 
em alvenaria convencional e o segundo 
em aço. Este modelo híbrido de cons-
trução vem se tornando bastante 
urbano
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&ARQUITETURA AÇO 27 
Condomínio de mais de 6 mil Casas, no Chile, evidenCia uma promissora 
tendênCia: o uso do light steel framing na Construção residenCial em 
série. raCionalidade e segurança são pontos altos
Condomínio Ciudad del Sol: localizado em Puente Alto, próximo a Santiago, teve na utilização do light steel framing um importante 
diferencial para a execução de casas seguras e confortáveis, com alto desempenho termoacústico
popular no Chile, contabilizando exce-
lentes índices de aceitação, especial-
mente no mercado imobiliário resi-
dencial de médio padrão na região da 
Grande Santiago.
A construção do empreendimento 
ficou a cargo do conglomerado MBI, 
formado pelas empresas Inmobiliaria 
Manquehue, Brotec S.A. e Icafal, 
que padronizou o sistema light steel 
framing em todas as edificações do 
conjunto: sobre os frames metálicos, 
painéis estruturais OSB com revesti-
mento em siding vinílico fazem os fechamentos externos e, placas 
de gesso acartonado, a vedação interna, tendo ainda isolamentos 
termoacústicos em lã de vidro no interior das paredes.
Dividido em setores chamados de “microbairros”, o conjun-
to residencial Ciudad del Sol possui amplas áreas verdes, praças, 
pistas de corrida e caminhada, quadras poliesportivas, colégios e 
centro comercial com bancos, supermercado e lojas.
Em mais uma aposta nas soluções tecnológicas de ponta, o com-
plexo ganhou rede de distribuição subterrânea, que agrega cabos 
de eletricidade, telefonia, internet e TV. Tudo para gerar a menor 
interferência possível na paisagem e abrir ao máximo a vista para 
a Cordilheira dos Andes, que se descortina ao fundo do lote.
Dentro de casa, o conforto é garantido pelas propriedades acús-
28 &ARQUITETURA AÇO
ExEmplo chilEno
Estruturado em perfis de aço galvanizado, extremamente leves e 
resistentes, o light steel framing já havia conquistado países de 
Primeiro Mundo como os Estados Unidos e o Japão quando chegou 
ao Chile, no fim dos anos 1990, abrindo novas possibilidades para o 
incremento tecnológico da construção civil no país.
O desenvolvimento da cadeia de fornecedores foi impulsionado 
pelo centro de serviços metalúrgicos Cintac, que lançou uma linha 
completa de perfis para steel framing sob o nome de Metalcon. Em 
2001, o início das operações no Chile da LP, líder mundial na fabri-
cação de painéis do tipo OSB, utilizados em conjunto com o light 
steel framing, tornou o sistema ainda mais competitivo.
Em 2009, aproximadamente 35% das construções no Chile utili-
zaram o light steel framing. Com o sucesso da implantação chi-
lena, a perspectiva para o mercado brasileiro é promissora: uma 
vez que os sistemas convencionais não estão conseguindo aten-
der à demanda de nosso déficit habitacional, um sistema racional, 
veloz e flexível apresenta-se como uma alternativa certeira para 
suprir essa carência.
tica, térmica e, consequentemente, 
energética, dos materiais empregados.
Outro ponto de destaque é a alta 
resistência antissísmica do light steelframing, que ocorre porque a ligação 
entre seus perfis não é rígida. Além 
disso, a placa de OSB, que resiste bem 
ao cisalhamento, ajuda a aumentar 
o número de ligações por parafusos, 
reforçando as conexões, impedindo a 
movimentação do conjunto e evitando 
trincas ou rachaduras.
Para alívio dos moradores, o con-
domínio não sofreu danos durante o 
terremoto de 8,8° na escala Richter que 
atingiu boa parte do Chile – inclusive a 
localidade de Puente Alto –, em 27 de 
fevereiro deste ano. (c.p.) M
Além da versatilidade para atendimento a projetos diversificados, um dos grandes 
destaques do light steel framing é a alta resistência, inclusive antissísmica, que no 
caso de Ciudad del Sol garantiu a integridade das casas no terremoto ocorrido no 
início de 2010
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&ARQUITETURAARQUITETURA&ARQUITETURA&AÇOAÇO&AÇO&&AÇO& 29
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30 &ARQUITETURA AÇO
PAUTADA PELA NECESSIDADE DE SE COMPETIR com as casas 
comumente vendidas no mercado brasileiro, e tendo-se como 
público-alvo prioritário as famílias com renda entre oito e 12 salá-
rios mínimos, a solução deveria se parecer com a casa produzida 
com a tecnologia tradicional (alvenaria) de forma a aumentar o 
potencial de comercialização.
Caracterizado o público-alvo, foi possível estabelecer as carac-
terísticas funcionais e técnicas do produto, bem como definir um 
custo-meta adequado para atender à proposta do projeto. 
Com vistas à diminuição dos custos do terreno e de construção, 
optou-se por uma habitação de dois pavimentos, geminada duas a 
duas, passível de ser construída de forma isolada ou em condomí-
nios horizontais. As necessidades do 
público-alvo exigem habitações para 
apenas uma família por moradia, com 
ao menos duas unidades sanitárias 
internas e, no máximo, dois moradores 
por dormitório. 
Nas regiões metropolitanas onde o 
custo do solo é elevado, é comum adota-
rem-se áreas pequenas para os ambien-
tes, resultando em habitações com área 
total de 42 m2 a 65 m2 (dois dormitórios) 
e de 65 m2 a 90 m2 (três dormitórios).
Affordable house: a casa acessível
Autores do estudo: Prof. Dr. Francisco F. Cardoso; Prof.ª Dr.ª Mercia M.S.B. de Barros; 
Márcio Teixeira; Douglas Ito; Camila Conti; Lígia de Aquino; 
Daniel Gallardo-Alarcon; Herbert Gomes; Rosa M. Messaros.
FRUTO DE UM DESAFIO PROPOSTO À ESCOLA POLITÉCNICA DA USP PELA ARCELORMITTAL, POR MEIO 
DE SEU PROGRAMA INTERNATIONAL NETWORK OF SCIENTIFIC PARTNERS IN THE FIELD OF STEEL 
CONSTRUCTION, FOI DESENVOLVIDA A AFFORDABLE HOUSE, UMA HABITAÇÃO UNIFAMILIAR QUE EMPREGA 
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&ARQUITETURA AÇO 31 
O uso do aço neste projeto levou 
à adoção de tecnologias que permiti-
ram reduzir desperdícios, melhorar a 
produtividade e garantir a qualidade 
do produto. Em termos da sustentabili-
dade da obra, foi possível a redução de 
resíduos de construção pela racionali-
zação construtiva; redução do consumo 
de água, com equipamentos mais efi-
cientes e adoção de princípios de reuso; 
redução do consumo de energia, pela 
adoção do aquecimento solar e mini-
mização de refrigeração mecânica, com 
adequado projeto arquitetônico.
Para a estrutura, optou-se pelo sis-
tema do light steel framing, constituído 
por montantes e guias estruturais de 
perfis leves de aço galvanizado.
O fechamento externo é produzido 
com chapas de OSB, com revestimen-
to polimérico de 3 mm; fechamento 
interno em drywall; incorporação de 
isolamento termoacústico, quando 
necessário para atender a exigências 
de desempenho. Pisos inter-andares 
em placas de OSB, substituindo as 
Modelo da affordable house: casas com dois pavimentos geminadas em light steel 
framing, construídas com montantes e guias estruturais de perfis leves de aço galva-
nizado, fechamento externo com chapas de OSB e em drywall nas paredes internas
tradicionais lajes “pré” ou maciças. Esquadrias de aço ou de PVC 
estruturadas em aço. A estrutura da cobertura é feita com perfis de 
aço conformados a frio e telhas de aço com isolamento termoacús-
tico. Sistemas hidráulicos em PEX (polietileno reticulado).
Por se tratar de um método construtivo que utiliza materiais 
de custo mais elevado, a competitividade deste sistema frente aos 
tradicionais deve ser viabilizada com a produção em escala e com 
um processo adequado de gestão, uma vez que há um enorme 
incremento na produtividade.
Corte transversal Corte longitudinal
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&ARQUITETURA AÇO32
O artigo completo esta disponível no site do CBCA.
Com área de construção entre 70 m2 e 80 m2 para a casa de 
três dormitórios, e terreno de cerca de 100 m2, foram criadas duas 
opções de planta para o térreo e para o primeiro pavimento, de 
forma a aumentar a atratividade das casas. 
Apesar do valor final ainda ter ficado um pouco acima do limi-
te imposto pelo programa do governo federal Minha Casa Minha 
O uso do aço neste projeto levou à adoção de tecnologias que permitiram reduzir 
desperdícios, melhorar a produtividade e garantir a qualidade do produto
Vida, permaneceu na faixa de valor de 
mercado compatível com este padrão 
de construção. 
Além disso, podem-se considerar 
outras vantagens como a maior veloci-
dade de construção que permite alcançar 
as metas de produção do programa habi-
tacional brasileiro com maior facilidade; 
canteiro de obras mais organizado, com 
menos perdas, menor impacto ambiental 
e maior segurança do trabalho.
Assim, o estudo indica que esta 
solução tem condições de ser adotada 
no modelo de empreendimento que 
parece ser o que terá maior emprego 
no país: condomínios horizontais de 
habitações unifamiliares geminadas, 
além de poder ser usada também em 
unidades isoladas. M
Planta 1º pavimento
10_Tecnica e Servico_TERI_NOVO.indd 3210_Tecnica e Servico_TERI_NOVO.indd 32 8/26/10 1:27 PM8/26/10 1:27 PM
&ARQUITETURA AÇO 33 
Endereços
> Projeto De ArquiteturA
Companhia de Desenvolvimento 
Habitacional e Urbano
End.: Edifício Cidade I, 
Rua Boa Vista, n° 170, 
14º ao 16º andares
Centro, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3638-5100
www.habitacao.sp.gov.br
Companhia Metropolitana de 
Habitação (Cohab-São Paulo)
End.: Av. São João, n° 299, 
Centro, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3396-8989
www.prefeitura.sp.gov.br/
cidade/secretarias/habitacao/
cohab/
Direta Construções 
Serviços Ltda.
End.: Rod Rio-Santos, 
s/n, km 123, Vila do Frade, 
Cunhambebe (RJ)
Tel.: (24) 3369-2598
KML Engenharia 
e Projetos S/C Ltda.
End.: Rua Padre Chico, 
n° 85, conj. 62, Perdizes, 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3673-5584
Tecsteel Engenharia e 
Consultoria Técnica S/C Ltda.
End.: Al. Iraé, nº 620, conj. 37, 
Moema, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 5051-1160
E-mail: tecsteel@uol.com.br
Usina-ctah
End.: Rua Barão de Campinas, 
nº 693, Campos Elíseos, 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3225-0914
E-mail:usina@usinactah.org.br
www.usinactah.org.br
> Projeto eStruturAl 
Daruix Engenharia
End.: Rua Frei Caneca, nº 322, 
1º andar, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3151-3019/3020/3033
E-mail: daruix@daruix.com.br
www.daruix.com.br
Tecsteel Engenharia e 
Consultoria Técnica S/C Ltda.
End.: Al. Iraé, nº 620, conj. 37, 
Moema, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 5051-1160
E-mail: tecsteel@uol.com.br
Pórtico Construções Metálicas
End.: Av. N. Senhora do 
Carmo, nº 1.275, Sion, 
Belo Horizonte (MG)
Tel.: (31) 3284-4000
www.portico.ind.br
Usina-ctah
End.: Rua Barão de Campinas, 
nº 693, Campos Elíseos, 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3225-0914
E-mail: usina@usinactah.org.br
www.usinactah.org.br
Usiminas
End.: Rua Professor José 
Vieira de Mendonça, nº 3.011, 
6º andar, sala 15, Engenho 
Nogueira, CP 806, Belo 
Horizonte (MG)
Tel.: (31) 3499-8000
E-mail:
www.usiminas.com.br
> eStruturA MetÁliCA 
Brastubo
End.: Av. Brigadeiro Faria Lima, 
nº 1234, 13º andar, 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3035-4933
E-mail: comercial.aco@ 
brastubo.com.br
www.brastubo.com.br
Construtora Sequência
End.: Rua Oscar Freire, 
nº 1.836, Cerqueira César, 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3081-7633
E-mail: sequencia@ 
construturasequencia.com.br
www.construtorasequencia.
com.br
Pórtico Construções Metálicas
End.: Av. N. Senhora do 
Carmo, nº 1.275, Sion, 
Belo Horizonte (MG)
Tel.: (31) 3284-4000
www.portico.ind.br
Soufer Industrial Ltda.
End.: Av. Marginal Luiza 
Bodanio Farnetani, s/n, Distrito 
Industrial, São João 
da Boa Vista (SP)
Tel.: (19) 3634-3600
E-mail: soufer@soufer.com.br
www.soufer.com.br
Pires do Rio
End.: Rua Felipe Camarão, 
nº 559, Vila Prosperidade, 
São Caetano do Sul (SP)
Tel.: (11) 4225-9777
E-mail: vendas@piresdorio. 
com.br
www.piresdorio.com.br
> ConStrutorAS 
Pires do Rio
End.: Rua Felipe Camarão, 
 nº 559, Vila Prosperidade, 
São Caetano do Sul (SP)
Tel.: (11) 4225-9777
E-mail: vendas@piresdorio. 
com.br
www.piresdorio.com.br
Construtora Sequência
End.: Rua Oscar Freire, 
nº 1.836, Cerqueira César, 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3081-7633
E-mail: sequencia@ 
construturasequencia.com.br
www.construtorasequencia.
com.br
34 &ARQUITETURA AÇO
&ARQUITETURA AÇO 35 
36 &ARQUITETURA AÇO
expediente
Números aNte rio res:
Os núme ros ante rio res da revista 
arquitetura & aço estão dis po ní veis para 
down load na área de biblio te ca do site: 
www.cbca-iabr.org.br
PrÓXima eDiÇÃo:
Obras Metroviárias – dezembro de 2010
material Para Publi ca ÇÃo:
Contribuições para as próximas edições 
podem ser enviadas para o CBCA e serão ava-
liadas pelo Conselho Editorial de arquitetura 
& aço. Entretanto, não nos comprometemos 
com a sua publicação. O material enviado 
deverá ser acompanhado de uma autorização 
para a sua publicação nesta revista ou no site 
do CBCA, em versão eletrônica. Todo o mate-
rial recebido será arquivado e não será devol-
vido. Caso seja possível publicá-lo, o autor 
será comunicado.
É necessário o envio das seguintes informa-
ções em mídia digital: desenhos técnicos do 
projeto, fotos da obra, dados do projeto (local, 
cliente, data do projeto e da construção, autor 
do projeto, projetista estrutural e construtor) 
e dados do arquiteto (endereço, telefone de 
contato e e-mail).
Revista Arquitetura & Aço 
Uma publi ca ção tri mes tral da Roma Editora 
para o CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço)
CBCA: Av. Rio Branco, 181 – 28º andar
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Conselho Editorial
Catia Mac Cord Simões Coelho – CBCA/IABr
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Paulo César Arcoverde Lellis – Usiminas ("In memoriam")
Roberto Inaba – Usiminas
Ronaldo do Carmo Soares – Gerdau Açominas
Silvia Scalzo – ArcelorMittal Tubarão 
Supervisão Técnica
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Direção
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Redação
Carine Portela, Deborah Peleias, Érica Fernandes 
e Fernanda Lopes
Revisão
Érica Fernandes
Editoração
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Zanarelli e Rafael Carrochi (estagiários)
Pré-impres são e Impres são
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Av. Rio Branco, 181 – 28º andar
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cbca@quadried.com.br
É per mi ti da a repro du ção total dos tex tos, desde que men cio na da a fonte.
É proi bi da a repro du ção das fotos e dese nhos, exce to median te auto ri za-
ção ex pres sa do autor.
37 ARQUITETURA AÇO&
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Vallourec, é líder nacional na produção de tubos 
de aço sem costura. Fabricados através de um 
processo autossustentável, oferecem amplo 
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da construção civil.
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