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A TRANSFERÊNCIA NA CLÍNICA PSICANALÍSTA: A ABORDAGEM FREUDIANA Apresentação da obra O Artigo em questão discute o processo do conceito de transferência, formulado por Freud, visando discutir os tipos de transferência, e como isso é importante no setting terapêutico, explanando também o constructo desse conceito transferencial. Estrutura O artigo foi dividido em quatro partes, sendo essas: Introdução, O processo psicanalítico, A transferência segundo Freud e Considerações finais e guisa de conclusão. Cada uma dessas partes narra fatos sobre o processo de construção do conceito de transferência, visando trazer um bom entendimento para o leitor. Descrição de conteúdo A proposta do autor é trazer entendimento de como o conceito transferencial foi formulado, trazendo fatos históricos referencias da obra de Freud. Nesse processo Freud se interroga sobre a possibilidade de os pacientes sofrerem alguma influência terapêutica, que possa encorajar ao analisando um meio de supera os conflitos e assim recuperar a sua saúde psíquica. Esse processo de adoecimento se da por conta de uma repressão dos impulsos libidinais, experiências do inicio da infância, que por pertencerem ao passado nada se pode fazer para modificá-los, tais experiências se tornam complexas diante de um esforço terapêutico, já que fazem parte da historia de vida do sujeito. Quando os impulsos sexuais são reprimidos eles dão lugar aos sintomas, e assim a libido entra em conflito com a repressão, não sendo interessante que uma parte do conflito seja vitoriosa, já que sendo assim uma dessas partes ficariam insatisfeitas. Quando essas forças conflitantes se encontrarem em situação de igualdade, elas vão poder assim travar uma luta justa, para Freud ai reside à única tarefa que o tratamento analítico pode realizar. O caminho consiste na “tradução daquilo que é inconsciente para o que é consciente” (1916-1917 p.507). A analise permite ao individuo realizar a plenitude de suas potencialidades, trazendo assim para um conflito em igualdade onde a libido estaria em conjunto com a repressão, fazendo com o que o analisando pudesse sentir novamente essa liberdade. Depois que esses conteúdos inconscientes se tornam conscientes, não é papel do analista comunica-lo diretamente ao analisando, já que se tal coisa for feita, pode acontecer que todo o processo de analise seja perdido. “... o nosso conhecimento acerca do material inconsciente não é equivalente ao conhecimento dele; se lhe comunicarmos nosso conhecimento, ele não o recebera em lugar de seu material inconsciente, mas ao lado do mesmo; e isso causará bem pouca bem pouca mudança no paciente. Devemos, de preferência, situar esse material inconsciente topograficamente; devemos procurar, em sua memória, o lugar em que se tornou inconsciente devido a uma repressão. A repressão deve ser eliminada e a seguir pode efetuar-se desimpedidamente a substituição do material consciente pelo inconsciente. (...) Primeiro, a busca de repressão e, depois a remoção da resistência que mantém a repressão”.((1916- 1917ª, p.509) Os significados do analista e do analisando são completamente diferentes, então é muito importante que o analista deixe o próprio cliente entender os seus conteúdos já que essas interpretações vão ser bem distintas para ambos, ate que aja uma remoção dessa resistência por meio do cliente em uma livre associação. A relação transferencial se inicia quando o cliente passa a se interessar mais pelas questões do terapeuta para se desviar de sua própria doença, a relação transferencial é muito importante para o sustento de um processo de analise, essa transferência deve acontecer no primeiro contato do terapeuta com o cliente, em forma de empatia, trazendo um entusiasmo por parte do cliente nesse processo analítico. Quando acontece uma transferência positiva o processo de analise é facilitado, pois o paciente se torna mais maleável as influencias do analista, pois começa a nutrir por ele um sentimento de admiração, respeito e etc., fazendo assim baixar as resistências e se esforçando para associar livremente. Freud percebeu que também havia uma transferência negativa, e com essa transferência que o analista deve se preocupar, pois esse tipo de transferência levanta todas as barreiras dom cliente dificultado assim um processo de analise saudável, ela reflete o deslocamento de impulsos agressivos em vez de libidinais. O individuo acaba fazendo que todas as escolhas da sua vida sejam repetidas, fazendo com que todas as suas vivencias afetivas ao longo de sua vida se tornem iguais. A resistência é vista como condição inerente ao tratamento psicanalítico e o manejo da transferência é a arma que o analista dispõe para reprimir a compulsão á repetição. O paciente repete na transferência as situações reprimidas no passado como algo efetivamente pertencente ao presente. Analise crítica A proposta do autor no artigo é bem interessante, ele nos mostra os diferentes tipos de transferência e como isso implica numa analise saudável, mas eu achei que estrutura do artigo não é tão interessante, já que ele aborda coisas que não condiz com o titulo do mesmo, como a introdução que trás um texto interessante mas que não propõe muito sobre transferência. Ele foi muito cuidadoso em referenciar todas as suas citações. Deixando aberto uma possibilidade de uma procura mais fácil em caso de interesse maior pelo assunto. Faltou-me uma base de casos clínicos, teria sido muito melhor para entendimento de um conceito tão complexo como o de transferência, o autor poderia também ter tentado usar uma linguagem menos complexa para um melhor entendimento de sua obra, já que a obra do próprio Freud já tem uma linguagem que não é de tão fácil compreensão. Apesar de a linguagem ser complexa, ele consegue explanar bem o assunto abordado no artigo, deixando claro a abordagem central do artigo, foi uma leitura interessante e bastante enriquecedora academicamente. Recomendação da obra O presente artigo é recomendado para pessoas atuantes da área de psicologia e psicanalise, fazendo se interessante para o enriquecimento teórico embasado na abordagem psicanalista. Autor da obra: MANOEL ANTÔNIO DOS SANTOS Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto Autor da Resenha: Peterson Janiel Velozo da Silva Universidade Estácio de Sá – Fortalezam - CE
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