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Teoria Geral do Processo aula 1 (2018) 
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Responda em poucas palavras:
1) O que são normas Jurídicas? Por quem são criadas as normas jurídicas? 
 Norma jurídica é uma regra de conduta imposta, admitida ou reconhecida pelo ordenamento jurídico. Norma e lei são usadas comumente como expressões equivalentes, mas norma abrange na verdade também o costume e os princípios gerais do direito.
A iniciativa das leis, diz respeito ao início da atividade legislativa, mais precisamente às pessoas envolvidas no processo legislativo, nos termos do art. 61 da Constituição, a iniciativa das leis cabe: A qualquer membro ou comissão da Câmara Federal ou do Senado Federal, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador Geral da República e aos cidadãos na forma de iniciativa popular. 
2) Para que servem as normas jurídicas? 
Tendem a dar nascimento a uma certa atitude e como os sujeitos aos quais se dirigem devem optar entre cumpri-las ou desrespeitá-las, segue-se que as normas devem anteceder os atos que formam o seu conteúdo, ou seja, os atos que lhes servem como fins e que resultam da opção realizada pelos sujeitos
3) Leia as frases abaixo e aponte qual delas se refere às normas materiais e qual se refere às normas processuais: 
a) “Regra geral, é possível afirmar que todas as normas que criam, regem e extinguem relações jurídicas, definindo aquilo que é lícito e pode ser feito, e aquilo que é ilícito e não pode ser feito, constituem...” .( WAMBIER, luiz rodrigues, e Eduardo Talamini, Curso avançado de Processo Civil - Teoria Geral do Processo e Processo de Conhecimento, Vol. 1, 13ª ed., Sâo Paulo, editora Revista dos Tribunais – RT., p. 47). ; Processual.
b) “(...) são as normas jurídicas voltadas ao regulamento da vida em sociedade. Por isso, servem para originar regras de conduta (direito e deveres), estabelecer pressupostos de existência e capacidade de pessoas naturais e jurídicas, além de requisitos de constituição e exercício dos direitos quanto aos bens e fatos jurídicos (situações jurídicas) e dos elementos dos status pessoais, o que podemos verificar por exemplo, no direito civil, comercial, do trabalho, administrativo, do consumidor, etc..” (ASSIS NETO, Sebastião, JESUS, Marcelo de, MELO, Maria Izabel de, Manual de direito civil, 2ª ed., Bahia, Jus PODIUM, 2014, p.54). ; Material 
 c) “(...) são as normas destinadas à disciplina dos procedimentos judiciais para a solução dos conflitos de interesses, visando à satisfação dos direitos já definidos pela lei material. Impõe meios coercitivos para o cumprimento dos deveres decorrentes desses direitos. (Direito Processual civil, Direitos processual penal e Direito processual do Trabalho, etc.)” (ASSIS NETO, Sebastião, JESUS, Marcelo de, MELO, Maria Izabel de, Manual de direito civil, 2ª ed., Bahia, Jus PODIUM, 2014, p.54. ; Processual
4) O que é norma processual? Qual a sua natureza jurídica? 
Disciplinam o exercício da função jurisdicional, dsciplinam a atuação das partes no processo, regulam a forma e os efeitos dos atos processuais.
Em decorrência da sua instrumentabilidade ao direito material, as normas processuais, na maior parte apresentam caráter eminentemente técnico. Entretanto, a neutralidade ética que geralmente se empresta a técnica não tem aplicação ao processo. Assim os princípios devem absorver as ordem básicas de ética e política que orientam o ordenamento jurídico por ele integrado. Dessa forma, o caráter técnico da norma processual fica subordinado a sua adequação a finalidade geral do processo.
5) Indique as espécies de norma processual, explicando-as: 
6) Com relação à eficácia da Norma processual no espaço, levando em consideração o Princípio da Territorialidade, qual norma processual deverá ser adotada no Brasil? 
No Brasil apenas são aplicáveis normas processuais brasileiras.
7) Com relação à eficácia da norma processual no tempo, mais especificamente no tocante à vigência da norma, estas se subordinam às regras ditadas pela lei de introdução ao Código Civil? Quando começa a vigorar a norma processual? Fundamente sua resposta. 
No tempo, as leis processuais estão reguladas na Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro – LINDB. Assim, em regra, começam a viger após o período de vacatio legis (quarenta e cinco dias depois de publicada)
a lei processual tem validade geral e posterior, não retroagindo. Dessa forma os atos processuais praticados na vigência da lei antiga não serão afetados pela lei nova, salvo no processo penal para beneficiar o réu.
8) O que quer dizer o PRINCÍPIO DO TEMPUS REGIT ACTUM em relação à eficácia da norma processual no tempo? 
Princípio esse que traduzindo a sua ideia central nos traz que ao ingressar uma nova norma processual em nosso ordenamento jurídico ela será aplicada imediatamente aos processos que estejam tramitando.
E não poderia ser diferente, posto que se entendemos que a nova norma surgiu para melhorar o sistema processual ela deve ser aplicada de plano.
 9) Coloque o efeito da lei processual nas situações abaixo: SITUAÇÕES DE APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NOVA: 
a) Processo exaurido: Nenhuma influência, em respeito à coisa julgada.
b) Processo pendente: São atingidos, mas respeitam atos já praticados. Isso em atenção ao ato jurídico perfeito.
c) Processo futuro: Segue totalmente a lei nova. 
8.a) Em qual das situações acima poderá haver conflito de normas processuais no tempo? Por que?
A regra é a irretroatividade no que diga respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e a coisa julgada, e a possibilidade da retroatividade no que diga respeito a casos pendentes e futuros. Logo, a regra é que a lei só pode retroagir, para atingir fatos consumados quando não ofender o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada, e quando o legislador, expressamente, mandar aplicá-la a casos passados, mesmo que a palavra “retroatividade” não seja usada.
Retroatividade média, que é aquela em que a lei nova atinge efeitos pendentes de atos jurídicos verificados antes da nova lei, como por exemplo, um contrato, em que uma prestação esteja vencida, mas ainda não foi paga.
Retroatividade mínima, também chamada de temperada ou mitigada, na qual a lei nova alcança e atinge os efeitos futuros de situações passadas consolidadas sob a vigência da lei anterior, como por exemplo, uma prestação decorrente de um contrato que não venceu e ainda não foi paga.
A retroatividade máxima não é aceita pela doutrina majoritária, pois os efeitos da lei nova atacariam os fatos pretéritos, prejudicando o direito adquirido e a coisa julgada.