Buscar

cap 25 Pré eclâmpsia e Eclâmpsia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

25 Pré-eclâmpsia e Eclâmpsia 
Incidência 
Epidemiologia 
Etíopatogenía 
Fisiopatologia 
M:anifeSQções Cllnicas 
Predição 
Diagnóstico 
Classificação 
Pri-ulâmpsia 
Eclãmpsi• 
~-«:ltmps:ia Superposta ~ H.ipertrnsão Arterial 
Crõnic.a 
Hipertt'ndo Gestacional 
Formas Clínicas 
Forma Leve 
Fornu. Mode~:~ 
A pré·ecllmpsi.lCJ.ractcriu.·~.emnda.lmcnte, por inctrtcn~ dúvkbs, chve~"ncla.\ controvérsiu, qualquer que sep o aspecto cons:kkr.tdo. Tah"t"I, 
ror tsso mesmo, stj3 a. complic:ac:lo obstétrica m:ais estuda-
.;b.a que desperu nuis interes-se c nl.lis discu"-Sio ent re os 
~isadore.s. "IOdos n:speitam e temem cs.sc problem :a 
..nterrico. 
A despeito de tanto estudo, de tanto a\':1. nço, de tanto pro-
~ a. pn'\"Cnçio e o trat.Hnento OOC"''dod:;a pré-«llmpsil 
'C'daed.imp51a pcnnaneccm como um grJndc desafio aSO' 
~o,comoumd.flcilenigmaaset"dtofudo. 
Mário Dias Con"éajúnior 
1\1..irio Di.lS Corrêa 
FonnaGrave 
Prevenção de convulsões 
11-·feanlsmo de- Ação 
Consid~r.IÇÕCS sobrt> o Emprego do 
Sulfato de Magnésio 
Administração de hipotensores 
Síndrome HELLP 
Fislopatologia 
Sintoma.tologia 
Conduta 
Ecl~mpsia 
Conduta. 
Pré-eclâmpsia Superposta à Hipertensão 
Arterial Crónica 
Prevenção 
Sequelas em Longo Prazo 
R.esponsabiliu-~ por ele\-ad.u taxas de murhimorta~ 
hdade pelinatal .€ cawadora de comphc.~Çóts maternas 
gr.tves:: crise COO\"Uisiv.t, :;addentc v~l.u cerdnal, tdeJN 
~udo do pulmão. msufi~nci:~ renal agud<~, rotun. hepáti-
Q, di~túrbJQs de co"gul.tç.lo. dc~olamento prcm.,turo da 
pl:.ccntac mortt" matern;a antc, intra cpth-p:~rto. 
Oqocmaisintriga econfundcncssadoonç:a éo(<~todda 
serf~ch1sh-:J. cL. mullxr e somente quando g~vicb.lnkia-.se 
na SD"-idez., agr:-v.:~-~ du~nte wa e\"'luçio, complia-.se 
quoase~.Cmprenasw.fuc6naledeup:neceiOC.tlmcntcapós 
o término d.t t.rcst:açao, quase sempre sem ddursequdas.. 
' 
Outro~ JX''C\IIu.ridadt da domça é que S\IJ. n-oh)Çio r 
imprevi~\·c~ ~' wzes !cnt.a., gro~.duJI, :~.Iterando pouc:o ;~.s 
condiçües matl."rnas e fet:m, permitindo que a g.r::aY1dcz .~oi­
CJ.nceACu termo. Ou trai vezes., f)() enu.nto, ~u inicio é. pre-
coce, su" e~o"'Ouç.lo r:.ipicb, ~ól.sintom3toiOS13 o:ubcmnte, 
sua~ rcperc:uuóts drarn:itk.:u, coloc.1ndo en1 risco .l vida 
do feto, da ~-stJnte I!' da p.:artuoentc, cx.gindo$01uçlo ur-
gente e dcf.nitiV.ll; a interrupç3o da gravide-z.. 
Trat3. !.C de ~ndrom~ inconstante no micio, V.lln:h-el 
nas suas rmnifc!stações, impre\'isívd n.11 sua progress.lo e 
incur.h-d, a não wr peb mtcrrupçãoda gcstaçio! 
Doenc.tfJ.sdn.mte,;obtodososingulosemquc:-:cana 
hsc, m<X~"3 dis<usSócs mlind:h"ris:, htpóteses etiológica$ 
mirabolantes, antológicas. susc1t.11 medida!! U \'e?es fokló-
ricas nJ su:~. prt'\'tnçio, proptci..l o em prego de rt'CUrsos pm-
pnk\J.ti~ru ma i~ di\w:;os, qua~ Sl'mpre imprecisos, não 
con6ive~s c, Jin:~.lnu·nte, pcrrmte que w Cffiprt'gUC ru ~J. 
prl"-ençlo e truamento quao;e todo o arsenal terapêutico 
~·.tistentC na ;U\Ist~ncia ohstitriC3. Tudo isso liml SUCt:S!tO. 
).~ada alter... a C\'Oiuçio da dot:nç.a e a soluçX, t . sempre a 
l'rle~ma: .l mterrupção da grav•dez.. 
A pré-cdlm~ia é condiçio clínica que- :lp3ret:C stm si-
nais de .ll.trmt', tem vKia curta e, usualmente, não se rqx--
te.1 ,-\pré edim~a Jíncb se ~pons:tbil iu por 200.000 
mortt'S matt'f!U.., por ano no mundo e dctennin.l reptt-
cussóell $igniliati\"J.S na saódt da mãe e de M:U filhn.l É 
doença ki1opãt1ca, multissistCmka e cspedftcJ. dot gr.lvi 
dez e do puerproo. M.lls esp«1Ôamrote é uma doença 
da pbcenta.' 
INCIDt NClA 
Ain~ndadc prt ecllmp--&a varia segundo o local C3. 
popubçlo estud.tdos. A maiori.l. d().'l estudoo. cpidem1oló 
SJCO!o n."'SS3k:• incidênd3. variando entreS e~.~ 
Em uma coortc com 763.795 mulheres na Suécia. 
Hemandez.Di:az dai. ckmoostn.r:am que a incidtncia de 
prt:-ecl~mpsi.\ foi de 3,096 na popul..tç.\o em gtn.l, sendo de 
4,1% na prinli!Jta gestação c- de !,i% na.~ ~st:.çõcç subsc-
quentcs. f\a.s mulhe~ qu;: tivrram pré-t>dimpsia na pri 
nu•1ra gestação-o rio;co ck descn\"'hoer a doença 0;1 scgund• 
g~:"stação foi de 14,7'*' c o ri ~co na tcn:cin. ~ocnação ro1 de 
.ll,yqb se a.s duu primC'ir;~s tOr.lm afetadu.• 
402 
EPIDEMIOLOGIA 
DnTf'SOS fJ.torcs q'idemio\ógic(l;.'!: int1oend:a.m N in· 
ddtncia d.l prl!-cdlmpsl.l. ContudQ, o p.1pel c.k cub um 
deles i di~uth-d c nenhum eStodoconsq;uiu comprovar 
e quantificar a inOu~nda ~xata de-sses f:ttores. 
A pandade sempre foi conskierada f.ator c;a~z <k in-
fluenciar 0:1 incille!ncia d:~ pré-e-cl4mpsla, mais nas nulfpJ.· 
ras. l~o.contudo,idisanr"'\.--l; há~preriscodcrecorrCn­
cla1lJUC auml'nla 'luanOO a pré·ecl~mpsia se instalou mais 
prKOCt'mmtc na ge-staçao amerior7 
Rob1ll:ud tt a/.1 rcladon.lram como fatoc epidemiológi-
co nlo a p.lndadc JNternJ., m01s, sim. a p.~tema. A docnÇõl 
não seria mais Irc-quente- oa prim1paridade e slm na pnm i-
p;ltcrnid:a.dc. Assim, com o mesmo palt~ro, a inddtncia 
de pré-ed~mpsia lU~ primib"CStas kli de 11,996 e nas mul-
lJS~:ZS de 4,796. Quando a!'> mult'SCSf:a.S muda um de p.ar-
c-eiro,a incidench subiu p:~.r.J.24 , 1 %. 
Outmf.atorimport:mtcenc:onlt:ldo porc:ssdauttxet roi 
o tempo de ati~r·idadc- sexua~ com o mesmo p.1rt:dro, prcCt"· 
dendo :a gr.1.\1de1. Ele fo .n .. mwllX"nte propordonal i lnd 
dCnda de pt'é-edlmpsia: quanto mais tempo <k coabitaç~ 
scxwl, m.115 boaiu a inc.dtncia de ~-WJimpsLl. Conside-
rarKio mulheres com ati\idadc St'xual superior a I 2 mese~ 
como grupo de rcft'r&tcia, no grupodc Zt"ro:a qu:atro meses 
de- ath·idade ~xu.1l a o.:ldj ralio foi de 11,6; entre cinco e oito 
me.csdc5t9;e entrcfiO\-cc ll mcsesde-4,2. 
K.lOflofT d ai.' IÍ2.eram urn estudo tipo caso-controle 
comp.1.rando a incidêncQ da ~-«::ãmpsi~ nu mulheres 
que usaram mêtodo anticonccpdO!lal de b;m·cira (con· 
dom) antes d:z gc~-aç:ào. An;jlis:a.ram 110 primigestas com 
pr~ eclâmp~ia c 115 sem pré-eclâmpsi:l. Os rcsultidos 
mo5tr.1ra m nsco 2.4 \"C'tC" mais :alto naquelas usu:irw ck 
metodos quc impl!diam o oontato CJltr~ a s<"cn:çlo e~pcr­
millc:t e :a mucosa \';.agmal 
Uekh:·r'1 ~!"\-ou que o ~<!.lO or.tl (t-du:.~.ll incidÇncia 
de prt:-edlmps-i.l.f\as mulheres qui!' &1iam sexo oral, 18 
l!'lll 41 (4496) civerJ.m pré-ecl:\mpsia; no grupocontmlc. 
sem )eX:O oral. 36 cm 4-' primlgestas (S..~IJ6) IMram pre-
.cc~mpsia (p•O,Oll03). 
Gest:~çócs que resultaram de msemmação artifidal 
com esperma do doador ti\'er.lm risco duas vc2.e.,. m:.li~ 
alto de- de.-.cnwh-crcm pré--«lâmp.sia-O mesmo aconteceu 
C011\ s~t.I.ÇÔC5 COJll inSCJninaÇàO de OÓCifOS de doa.Jora,11 
Noç.6" Prkicn de Obstetrlcia 
D~ (o~m•lia~ ~serem que o ~nótrpo matemo 
rt'SponsabJiiz.He por tr.ln~m•tir su~ept1h1lidade paro l 
('ft-eclãmpsi.l." 
O risco aumcnt.1 aproximadamente quatro vezes ~ J. 
m.ie da gt! .~t~ ntc tC\'e prt'-ccll mpsi.t c seis ve7es se a acome-
b!i.l foi uma irn\l...1 
Tanto a mulher como o homtm que ru.scrram de ses· 
t.1çõrs com pré-cclãmpsi~ têm m~i~ possibilidndcs de pro 
cfut1rem gest.u;óes com cs.u comphcaçioobst~nu.n 
Q!undo o homem cup. mulher t e'\-"C pré--ed:.mpsia 
muda de parceira, esta também tem .:tlto risco de desem'O!-
"ft'.tdornca.•· 
Doenças maternas prévia$ também se corrcl.:t.ócm:un 
com nsco aumentado de pré-cd~mpsia. Revisão de 2005 
a!.cntou rL\Co (OR) de 3.56 p.u.- gestantes prevu.mmte 
Jubét!Cas, 2,37 par:~. h1pt"rtcn~as, 2,4i para obt."SJ.~ c 9,7 
~r.t p~dentc' com trombotili.u. Doen<a renal e docnÇ.:t..'!i 
.liUto.munn t.lmbem mostraram .usocUçlo com o <kscn-
-ro!Vlmcnto de pre-ed~tnp!>ia.1 ! 
Contrapondo-~ a tsscs f.:t.torts de ri."JCO de pré·ed,\m-
pw.. Clta·§Jr: um que teru. efeito protctor: o to~bagiuno. O 
tabagismo ~ associa ~ redução do risco de hipcrtCn\âO 
0.1 gravidC'2... fisse efeito procccor parece continu.tr mi.'Sma 
quando a mulher p.lf.l de fumar. Estudoo. prospcct1vos 
confirmaram \}\K' o tahõtgismon.-xluz. o ri.~o de hlpcrtcn-
\lo gest.lCion.JI c de prr ecl.\mp:;.~ A proceçlo ~ dose 
dtprndente: quôlnto maior a qUJntid.:t.dc c quôlnto m.ais 
ttmpo de tabagismo, mJ!s baixo o ris(o.u' 
England rt ai!' oonlirnuram os achadO$ dr outllJ$ trol-
b.alhos: ~-ou-st" redução do5 riscoo ck slndron1es hl-
pcrtcnsivas n~s fumantes . Contudo, não ~c encontr.1r::am 
~:as de ret!uçio do risco n.ts mulhcrtS que parar.tm 
de fumarantcsd.oa gr.tvidc-z. 
0 Qpadro2S.l ap«St!nta osfJtOtl!'sdcrlscoa\~i.ado:. 
.lpri'~d.impsiLuuH 
ETIOPATOGENIA 
Hipóteses existem cm <~hundlnci.l. As ~squis,u con-
tmuam intmSlmmtC', mas aindJ nl:o ~ ~bc- qu~ f.1co:-
ou f<~torC"S M! respon~:~hilium 1~ a rtklpJtC1genia da pré-
·«llmpsi:l. 
S..be-sc dc:s<k- o mlcio do s...'lculo XX, que a p!J.«nt.l 
tem p<~pd (undml('ntal na etiologia da PE. Car,actcri1:ula 
como dot:nç.l cxdu.m•a da g.._'St~.lo humana.. necesSlt.l do 
trofob!J.Sto, mas nãu ntcessario~mente do feto, p.ua se di.' 
sem'Oiwr, uma vez. que pode h.lvcr PE em geMações f»CCIa 
f'Cj;, QJ.Ianto mais mu.Sõl placentirla. mais .tlto o risço, fJ.to 
que pode ser compro~·JJo pela Jlla frequ~ncia em gcst.t-
çôes gcmcl.ires (Qpadro 25.1} Além disso, J Unic.1 intcr-
' ''COÇ:lO ~z de rrsolwr a PE é a retirada da pbcenta. 
E.studos da déc:~dJ. de SO cha m.tram .:. atcnç:iu paro~ a 
importincl.l dJ. im-:~$.10 trofohlhtK.t ~ artt'riob_~ ~pi­
r.dad.h na etlopat%-én('SC da rr:.~1 Durante a s~tJ.çio 
normJ.I, as céluil.'idn çholrolobbsto invadtom as artl!'rlolas 
c-spiDI.:t.d~<, substitumdo .u céh.llu cndotehau:. m•metl-
undo um nnvo cndc.1t~ho c dcstr\lindo a mu~ulaturõ\ da 
c:~omJda nnl:dia dessas :~.rtéri.u. E:t"US modificações promo· 
\~m .liUill('Rio no C':litb~ .utenal e permitem mais .tporte 
<k sanguC' para .l pb.cC'nt.:~. 
N.:t. stl'Staçáo norm::.l, o trofoblasto inv.tdC" u <~rtét1:a:il 
C'Spraladas no t.entido retrógrado c em duu ond.:t.<: na 
primc-1ra, o trofoblasto invatk o segmento dccidual d:~s 
artéri.u e, JU segunda, o miometrial N.:t.5 gestante..~ com 
pré-«limp~u, olS mucbn(u fi~ológKolS n.u arténas c\f'ira-
l.:.das se rcstrinsem ao~ocu segmento deddual. 
Com J 10\'ol.~ incomrfet.t,. as artérioas tcrkJ caltbre re· 
dur.ido; c o ;apnrtr sanguineo par.t a p4centa, consequcn· 
temente, ser~ mt'nor. podendo lcv:~.r ~ hipóxia placcnt.iria 
(11gur.o25.!). 
As ra1.óes pcl.:t...s CJUJ.is .1 implantação trofobli-.t•ca ·ni 
UCOtrcrJ~ m;ancira in,UfiCicllll!' em <~J.gurn.t.~ sestan\C\ não 
o::io conhecidas,I1U.) dws hip6t~ prinop,lls W :n-m-
t:~d.u: m3 .adapt3Ção 1munológk.1 c incompat ibilidade 
sl!'nética. 
Alguns d.aOO~ ep.dcm~~:Jlógicos d<1 PE faU.m a f.1\'or d.l 
h1pót&da mi-adaptaçlo imunológic<l: 
• P. nuis comum cm nulíp.-.rJ.s. 
r. ma1scomum com .. mudanç.:t.de parceiro e com 
menos tempo de coabitac;ao sexu::. l entre o.~ par-
ceiro~. 
O stxo oral e o ~o sem prnen-a!ivo çom o mes 
mo parceiro antes da conc<!pç~o .1gem como f.1tur 
deprotcç~o. 
O mcoé m.li$ .:t.hoemgt'$f.lÇÕl~CJue~m apó.s 
msem1nação artilltiJI <'om $émcn de 00Jdor. 
• Todas rssas c:uxtrri.'lticas sugcrtm que menos 
te-mpo de- expm1çâo aos .1.ntlgroos p.if~rnos aum~n­
tamo ri~codadoenr;a. 
403 
Quadro 25.1 I Fctores dl risco assoc.iJdos à pré·l'Cl\mpsia 
ExPQsição limitada ao esperma 8-10 
0-4meses 11,6 
5-6 meses 5,9 
9-12meses 4,1 
Trombofilias 10-40 
SAAF 9.7214,34 -21,75] 
Fator V de leiden lheterotigoto) 1,34 (1,56-3.51) 
Mlltação do gene da protrombina 1,54(1,52 -4,231 
Hiper-homoctsteinemia 3,49 (1,11 " 10,111 
Pré-eclâmpsia prévia 7,19 25 (5.85" 8.831 10·30 
Doençasautoimunes 6 9(1.1 -41,31 
10-15 
ClasseS-C 35 
ClasseF-R 
r iabelos 
Doeoçaronal ~- 1,94 15 1,93(1,04-4.1!1 10-10 Gestaçãogemelar 
1Primiparidade 2,91(1.28-6.6!1 6-7 
HistOria familiar de PE 2.90(1.70 -4,931 10-15 
IMC elevado pré·gestacionat 1.47(1,66- 3.671 10-15 f--- -
PAS <! 130 mmHgna te consulta 1.37(1.78 -3,15) 
PAO > 80 mmHg na 1' consulta 1,38(1,0! -1,87 
Idade ~ 40 anos [multíparasl 1,96(1.34 -1.87) 10-10 
Intervalo entre partos> 59 meses 1.83 11.71 - 1.941 
Idade:<! 40 anos (primfparas) !.6811.13- 1.191 10-10 
IMCelevadona 1' consulta 1,55(1,28 ·1,881 10-15 
PE abaixo de 28 semanas l 50 
Parc1:mo que teve PE com outra p&Celra lO 
OR · rxJ& ~OO;RH • ri~t? re'atlvo; IC~%• interl·<llodecor{~ar"oÇatk 95~ : p[ ,. Pf~· Dt:16rn~si.1 : 11-.'C • lftdicc d! rMs~a cOfpor~l S ... . \~ . ~h<!rcwr~ de 
anlicorpo$ OO(fos.fof(Jfrlcs 
Em rápida revis.io <;.obre os lipo'> de rcação intlamató-
ria1 é relevante 1-embrar<jUC os lmf6citos T estão envolvidos 
nas reaçôc<;. in 0amat6ria~ dos tipos I e 2. Os linfócitos T 
CD4+ sãorcsponsá,•cis pda rcaçlo inflamatória do tipo 2. 
que leva 3 i_rl(i:tlÇâo de imunidade hummal com formação 
de anticorpos e produção de várX:ls tipos de intcrlcucinas. 
Já os linfócitos T CDS+ ~·ão ser responsáveis pela rcação 
inflamatória do t ipo l com produç.lo de intcrkud na 2. 
intcrferon gama, fato r de necrose tumor.tl beta e imu nidJ-
de cclular.n 
Miomét1i0 
Decldua 
Figur.:t 25.ll lnvasiotruf0blástic.l..A - .l.u~ocia dcinv.r.~ão 
tmfobli~lx:<~; n- im·asio trofobl.httc<r. irx:umpltta; c - im'~·~ 
trcfoblãsti.:<~cornp~et:l •t 
Noções Pr:itic~s 00 Ob~tetrici~ 
Wcgnun tt a!., em 1993,cnf:ttrZJr.tm que n:l gcs.r:tçào 
de c~r-ol.uçlo normal ocorre pn.-domlnio d:t re:ação infla~m· 
tóri,, li o tipo 2 (R lt 2}. que é rc-spons:'wel por cstimu!J.r J. in 
\'.100 t:-ofohl.i~tiC.I sobrc .:t reaçao tipo I (RI!- I), que tende 
<I tnibi I:J.j.i 1W SCSl:l(ÓC'S de mulhern que dCSCO\"'Oh•eram 
pré-«l.imp..~a:t,.l reaç;iomtbmatóri.tdotlpo J focam.ai.sen· 
contr.1c:h. tsses .lU! ores b'.1nt:uam a h1pótcsc de que falhJ 
na mudJnça do ~rJil d.t re.tção ínflJmatónJ do tipo I p.JrJ 
o tipo 2 podrria ' eruma das origens das altcraçU...-... que lc· 
\'3riam à pré-ecl.!.mp.~ia.ll 
Pcsqms.as po'l'teriores ronscgmram demonstnr qnr 
3pós J deposJÇlo dr )imen JU muoos;a \-":lguul '-erific.l--st 
uma reaç..lo pch<oat:al prm-oc.uL pelo fator de-cresci~n 
to ~-I derh•ado d.l w.sfcula seminal. que \":li, por .su::a \'el., 
gerar um.J. rc:lçlo mflam:llória do tipo 2.H l:.sse f.l tn levou 
Robt!rtStlrl c111f. a conclu írem que J rNçlo 10fbmatóri::a 
provt.'<.}ch pela. depoli-ição do ~me~' na. v:agina ou na trJIO 
gasUOIOIC.stilu[, no caso do SCXO oral. rmsramari<l O Of• 
ganismo d11 mle a re.lSir .lOS antigeno-. paternos rom rea 
çáo inH3m:ltóm do t1po l,o que contnbuui;~ para limiur 
;r re~;io du tipo I vma nas mulhcn:~ 'ILIC desenvolvem 
p~-ed~mp~.1.n 
05 e-studos epidemiológicos t:~mbêm rc\"elam po.~sh•d 
onsem gcnéUC.I. da PE: 
P3~cntcs com história ramlliJr posttiv.a tem riçro 
lftS\"ttlt'Smai5altodeaprescnt\lr;l PE. 
O n-.co di! .ipre\l'flt::ar PE t~m ongt-'111 tanto ma ter 
na qu.íl.nto paterna, sendo trth vete~ ma1s alto n:a 
p:~c~entc cuj..1 mie tcYe PF. e duas ~'t'"l<'S mais ::alto 
quando o p.ti dJ. gcstaçlo atu::al também nJs«'U de 
um.a gi.'SU.~Jo com PF.. 
Ü1ste t..1mbfm o cham:ado ·homem de risco·. Se-
o cónjuge nu.~ulino Já tC'\'e h1stórK:o de gc.mç.\o 
que rtsuhou cm PE. nJ g.~t.tç.lo com novll-\ltCI.'tra 
o risco é AO% mais alto. 
V.i.rtosgcocs jj foramertud.xlosl\.1 tcnt.lti\·;r deidentiiÍ· 
car pacK'ntC'S com m.ais su.~phb~idade a desem"'OI'"-er I'E. 
Muitos de:sscs genes rno'>l:r.1r.tm de rato fl\socUç.1o rom3 
PE,maso~ maiori:adele~é rara c o custo be:nef'JCiodesc rca· 
l iur~~ pe~quisa rotindr.lmcnte nin compcm .. uu. 
Pcsqui.~J.( recentes r<-.1lç:~m -p<XMvd em-olvimento do 
sistema de recoclhecm1entode <tntíg.oo~ a partir dos :anti· 
genos kucoCit.itk>s humanos ou I I LA. S.1bc-sc que a~ Cé· 
luW do nouo Org:Jm~mo;rprtSCI'IUm CSSl"5 :mtigt!-noscm 
PTe·ecl~mpll.íl.eEdAmplla 
sua supc-rficie, como p:.rtc do rutema de 1\."'Conhcdmt'nto 
imunológico. Os tri:' subttpos mais comumc-ntc expressa· 
do~ são os HLA A. R c D. As células do cilotro!Oblasto e 
do smciciotrofoblasto n1o expre!.'-"53111 esse-ssubtip<» mais 
comuns. nus outreM subti~ o l-I LA C, C c E.. f.,'-.1 rx-
pressão diferenciad3 do HLA é fun&mcn: .. d p<tr:t q~r :a 
mãe nao reronlac-ç-3 o feto como ncr.-'íl!j r dcst\1 forma não 
comece re.otç..i.o de t('jtt c~o am tttidos fctais. u 
[.,.~::a~ pcsqulsas ffi().~trar.lm que os liniOcitos mlf1Jm1-
i·.ltrr (:N K) o:xcrcrm r:~pel fundJ.mcnt;.tl n::a ·:x:cit::ação" d,, 
gr.t\'idcz_ Eks se hgam con1 ~ HL-\s do citotn . .foblasto c 
l"~hmubm ..1 prodnç.to dr- citocinJS qiX', por \U;I \"\."'2, \'lo 
(..~;,-orcccr 3 1:-w.u.io trofUbUstica l ! 
Os )JKs repn.~nt.lm 15% dos linfócitos cm:ubnte~, 
m.u üo 70% dos linfócit~ presentes n:a dcddua no iníóo 
d,, gravide1. e n<t ép-ocJ. cm que ocorrem as ondas de im·a· 
s.\o trMJbláshc.t.l\"o fin,\1 da ~tação ~a concentração na 
úteroaidrutiC3.mente.1" 
Htbyr:alinfocmaram. cm 2004, queqtundo um sub-
til}\) cspcáfico d~ NK\ eonht\.,00 como AA se hg.wJ. .1 
um subttpo especifico dos H LA-C, cooheddo como C2, 
J. produç.:to da\ citocinas estimulatórias do trofoblasto 
era bem menor c essa combin~~o cs.p...··dfica de NK-:\A 
e HL~ ·C2 er.t cncont~da rn.ti.s frequentemente n:a5 mu-
l~m: que ~nvoMam prt. eclãmf'SiJ.. Como o ~e quc 
smtcti-1.1 o HL-\ ~ hcrdlldo do pai c o que sintet1ta o l\"K 
é ~rdo~do C.t nür1 eles )Ub'Crir.un que este poderi2 ser um 
dos mcrJm~mos em"<Jlvidos no p.1dr~o de herJMÇ;\ gené-ti-
c::ad::aprc!--ccllmJ"'i:l.!• 
Esses .1utores sublinhar.J.m, ainda, que (1( d1fercntes 
subllpcos de 111...-\-C tm combinação com os d tf~rmtes 
subt1po.s de- 1\K podtnam o timulu ou 1mbir a m\'2Sio 
trofol...,IJ.stica cm grau\d,fe~nt~ reforç.mdo 2 Klria de que 
a ocorrência do~ 1'.1:: V:\ I clrpm<kr tambe-m da compatibili· 
d:tdc gcn~tica do c.1~a l. !~ 
L>csta iõrm::a, 01 pr(.xhspostção genétic:l {n:bcion.tdJ, 
pnnópalmentc, ;\ intcr.tçio entre 0\ linfócitOS NKda mãe 
eaos.tntígmos Hl.J\do reta) usím como 2 m~·adapt.tç-.io 
lffi\lne (relation.-.d3 30 pouco tempo de- CO.lbita~o ~rua I 
que influencia na lxtixa Q:po-Qção m.Jtcrna .t anrlgenoo pa-
ternos b•Jndo .ltà1h::a n:~mudJ.nça de rr,lç5o lnll:amatóri::a 
do tipo 2 para n t) pc:x.km induzir a inva\50 trofobUuic:l. 
ddidcnte que, por (.uJ vez, \'J.I ~r fundamental pan esta-
bdccer a scquênci.l de C\'Cntosque ::acabaria eulmln.:mdo 
na PF.. (Figur2. 25.2} 
405 
Figura 25.1J Or~-eru gtOCttc.l ~ imunológia dJ inv.u.l.o 
trofobU~K::~ dehe~ente.. 
M:u 3 I'E otprescnt3 m.lni(estaçóes dinka~ mu1to \'.1.-
ri~\'\"t.<, indo desde um.l doenç3 gr.li\-e cnm ink:10 precoce 
c :~comclimcnto fetal importante. ~té um:~ docnç.1 bc, de 
Inicio tardio c sem comprometimento fetal stgnífKJti\"U. 
Além disso, .1. inv.uáo trofiJblastica ddic~ente, .\p<!S.lr de 
mliiiO frequente, não é l'flCOntr.lda cm rod.-.s as pJ.ciconte~ 
que .lpre~tam PE 
Os est\.OOs epidemiológicos. mau um.1 \"CZ, indicaram 
que mulher~es qu~e apresent.lv.lm algumasdoenc.as ~·i;as i 
~~t-:.ç.io tinh.tm nsco :tUfll('ntMiode desen,ul\'l'T PE, mdc--
pcndcntc-nlrntc-dt:' .1presentar~em '"'~~o trofobl.útiC.ll de~ 
ClC'ntc-ounào,comonoa~d.uduhitias,cb~lupcrtcnSJ.s, 
d.u ch.'S:Is, dup:tdcntcscom SAAF (Qwdro 251). 
IOdu essas obscn":J.ÇÕC:S kvanm l\"css c Robcru 3 Sll· 
genrm., em 1996, que existiriJm doi.! tii>OS de PE. t.:m de 
or~'(!m pl.!.cett:iriJ., que scril CJCplkado pela inw.\o.M' trofo· 
bl.istic;1 ddici~tt!, c um do:- origo:-m materna, <JUC ~er i <~ mai:<> 
C(nrmm cm po~.cicntcs com dol.'nç,u precxi ~tentc~. EssJ.s 
duas form.J.S de J'C teciam como mec;~ni.~mo comum a indu· 
ç~ d:~ hip6x1.1 placentária e a di~funçào cndotdial si.stémiu 
~uc. por sua ''C'Z. b-a rUm à~ nuniícsta~"tks clínicas d:. Pf;.. •• 
Em 1999. Rcodman, Sxh c !iaf'b"X"nl, baseado5 l.tmbém 
ncss.uob5t-n·.-.çõe;, concluíram que -A lm·as;\o trorobl.htica 
ckhocntc não er.1 f:~tor fund.unent;,l p.~ra o de.senvoln· 
mt'ntodJ. PE,m:as.tpcnasum ~ f.,tor aJc nsco." 
E..\.~ llll"Smm grupo prop<"as. também, que o 0\C'(':lnlSmo 
que ron«tav:t as dws condiçüe-; er.~m a hipóxia pb.cent.i· 
ria c .1 dLsfun câotr~dotelial e que cuas COildlc:ócs IC\-ari<~m 
ils manife~t;)ÇÔô clínicas da PE por inclu1..irem n:açlo in· 
406 
Ranutória stSttmica cxaceJba<h. .A. tt'.lÇlo inOamatória. 
ror sua \"el.. contnbuiri.õl par.ll :a disfunção mdotelial sistl· 
mK:l.agr.wando :~ir"b m.us o quadro."" 
1'\n:s;z teoria. c~s pesqms:~dortS "nm ClJXI~ de 
comproY.Jr que l;:tnlo os grJ.nu lócLIO$ qua ntu o.~ monódtos 
cost:n01m muito aumcnt:~Jos n:.s mulher~e ... com PE quando 
cnmp.uad.u com 3S g<'St:lCÔ<'S sem Pf: c çom a~ n.io g riv1· 
d.lll. A km disso, os níveis dcHc~ leucócitos eram comp.l ril· 
dos aos de p.1cientes ~éptic~ que estavam mtcrnados em 
terapia mtcnsiva. Ele~ identifi (::.r.un, alndJ, qn(• ml"smo na 
gc~taçâo ~em ilE a concentrõlÇ:.O de cCiulas in fl:.1mtórias é 
supcriOI" !I de mulhereo- nlo gr~vKb~ Com ISSO. cb sug:e· 
rir.~rm que a gnvidCL, por si só, Já t um estado inR.amatório 
e que ;a PE poderia ser .tptnas uma reaçlo txagcradJ.. um 
exlrt.--mo dessa rC'.lçio indamatóm que ocorreria iisiologl· 
Glmentc 0.1 gc-st.l(.\o. ' 1 
ln"c.sugando qua1s -.ersam ~ fatores que poderiam 
IC'\-ar a CSSJ reaçào infbn'l.l!Ón.l d:. gr.tndn .u pesquisa-S 
preconizam como possh,;l rcspons~wl a apoptQSl" d.u 
cdulas d:-t pbcenlal'Onl lilxr.1çlo n.\ corrente ~ngu inca 
de mlcro(rag~ntos dç SlllCKiotrofobl.lsto, denomin..:tdos 
peb :1uto res de "dcbris placenl ~rios ·.que po.xkm CJlLsar 
dano cndotdiJ.l c, possí\·elmenle, tem t:1mh.:m ação pró-
inflamatória. fsscs • dt'bns ·,que e\t:it> aumentados na gcs-
taçi() mxmal c muito Jumcntõkl~ na PE, e~tnnulariam J. 
n.!.l.Ç.iO mfl.1matÓTU ma1ern.1. [-.~ Xh:.Jos: pcrnutlr.lm J; 
da.bor.1~o de urm tcori.l qiX' COOl'(tasse os dois ttpm de 
ttf:, a plx~entiria e 01. n\.l!Crn.l.' 
~tmlo a h1pótde dos· dcbns placrotJrio•:, a in,aUo 
tro!CH:istio deficiente t dol'rl(".ls m:ucnus com acometi· 
mento nscul.u 1...'\'.ltiam ~ pcrfu~o rf:acenl.íria reduzid.t, 
que promm~rtJ. drstrmÇ.IO cdul:~r :Jum::ntadJ.. Gestações 
com massa placent.tria aum~·ntJda, como ~~tacões a ter-
mo. gestações em nmlhere\ diabéticas, gestações múltipl:~s 
c gt-st.tçõe~ mo!areil, :~pre~ntariam, por su.a \'<'Z, mais .1pop· 
tosedascdula" pl.tccntõ'lriu cm fu n(:to OO maior tamanho 
doi pbccnta. Essas duas ~itu:~çôe~ cur~ri:m1 com mai\ h-
bcraçio do:- • Jcbru" t'stmml:ando .i rc~t.1 inflan\Jtória 
sist~mic.l, .1 disfunçio endot~eli.11l e, consequentemente, .1 
PE. Os usos que CUNm rom sr:I\'C .KO!IIctlmcnto fct.J.I 
podcnam, n~sa h!J'Ólt"ôe k"''CxphC::Idos pelo ot~ oxi-
dativo pb.centoirio que aoontcct: nagest.lçao com pbcentas 
de tamanho anormalmente- pequeno. 'ii 
Ainda kguOOo a hípótrscde que a PE x ri.l urn.1 ri."'lç;lO 
intlamatória cx:~ccrbJda, .llgun~ aut<Jre' propu.scmm que 
quJiqucr fator que "mtribuí~:"C ))J.r;a dc$Cncadcar a reJ(.iQ 
Noç6u Pr:.t ic;n dt Obstetrícia 
1ndamatóna pockria ~também o gatilho pan o dt~en­
\"OI:\1~nto d:t PF_ Otsu (ortn;t, processos mf~, po-
denam ser a origmt do estímulo que culmm.uu com" PE. 
o~JY~~ corrobor.ld:& por estudos epidennológacos qlX' 
mck~trôlm rixo :&umcnt.ldo de PE em p;~cienle$ com dnu· 
~ t•po.< de in(ccçlo, tJiscomodo nato urinário (0Ra2,.S), 
perk>dontal (OR=2,J), por citomegakwfru~ (OR.-3,89) c 
herpes (OR=3,S7).'' 
As hipóteses mais recentes dassiticam a PE. cQmC) do-
ença de duas et.tpa.~ . A primeira etapa, prt-dfnicól, oc.t...~ iu· 
M-da pelos f.1 tores mencionados :tnteriorn){'nte e a et.tp;& 
clfnia, n.t qw.l ~\ manife'ilaçõcs stst~miCJ5 d:& doenç:ale· 
,·ui:am ao COIIjunto de sinau e smtomu conhecido C'OmO 
pré-cc:llmpsu.. O do funcbmcntal que liga cws duas tta· 
FW é a diSfunçlo endotdUI sistêmia e:'"""'~ disf'unçlo c.sU 
1ntriruea~nt" IJgad:~ a outr.~ hipótek .sobn: .ltllologuda 
lll:.,que ~a h1pótesc do!> fatore\ :;mtiang.~nicos.-" 
Os fat<nS angi~niros sJo .sccrct.ldos pelas c~ula-. 
eLa plx~ta c pelos lin!Ocitos NK na ~idua materna. Os 
priocip<tiSfatores envolvidos s.'\o o f.1tor de crescimento 
do endotélio \'ascular (VEGF) e o fator de ~;; rescimcnto 
p!Jccnt~rio (J' IGf). Hsses fotore:;, alêm Jc t.-stlmular o sur· 
guncnto de novos VJSOS, vã<) ter tombém o papel funda-
mental de manutenção da est.1bilidadc do cndotêho e de 
rep3f:IC1o de lesões endoteliais. [ s.ses faton."S cxC«"cm sua). 
funçOesapartird.t ligaçáocom rettp!orcsprt"SC01('5 tu su 
perfkic d.u dluln cndotcli:us, conhc-ddos como Flt· l ou 
fms-b.l-ctuo~mobnascdotipo t.ll 
M:aynnd ri ul. apurM.rnt. cm 2003, que N PJ:. apesar 
d.l conc~tr~ dO'i fatores a~JCOS e't:ar ;aumenta· 
d.t,des n?ao.sc hgJ.m M.n receptores porque :a cooccntrJçJ.o 
de urm varied.o~dc do receptor, que~ o rc«p!OC' solú1t'ti ou 
~Fit 1, estS muito aumcntad.l. E~scs reccoprores sohh·ei!!- se 
ligariam aos lâtorc ~ angiogCnicos, impcdmdo sua l.gaç~-, 
com m r~ceptores endoteliais c di minuindo sua açâo.l' 
Pesquisas subsequentes con~rmaram concentrJ.çlo 
aumcnt.lda dos fatores antiangiogênX:os nas mu lheres corn 
Pi:., mendonando. airxb, que aconc.cntrJção desses F.atortS 
m malsdeor.tda noscaSO')dePE.em~-staÇ'Õ('Spct·tcm,odo 
que nos caKJl :o~~ termo e, tlmbêm. que esses ~tens jJ. uta 
v.ameln·adosruc:orrnltcs:rng.ufnea.o~lsunu'~an.uo~ntcs 
do mk.io d;a PE cliruc:a. &sim, ru :~utcns: ~8'-"ttram que ('S. 
ses fatores pode rum ser utiliudM o:mo pred1totCS d:~l'E. '~ 
Outrofo~tora\':lhado I) e!> !>C mesmo estudo IOi .1cndoghna 
soM"d (sEng), t;~mbém potente fator :\rttungiog~niCO que 
mmtmu corrci:\Ç~ semelhante a do sFh I. E.1."' peS<jLUSJ 
Prt·rctamps!ae Ect~mp$ia 
mostrou. ainda. que quando o-. doi.s f:~tores CS'I.l\':lJn ~­
tc5.o nsrocora 30 vao m;~iç .alto do quequ.a,ndoapeu.ç um 
dclnna mcontr.o~do. mostrando potcnc:lalrzJçiodocfcito. ~ 
Üu1TO$ aspectos 1\:"akam a •mpordOOa dos f.J.torcs .:&!'1-
giogoênK:c)$ e antiangiogklicos n:a Pr:.: 
• O VEC.f induza p!OI.iU{~Q de óx1do nítrx-o c prm-
tacidinas q LK", por Hl a \'e'Z, dimmucm o tónus vJs-
cul:trca.l'A. 
• Estudos experimentli\ que utlliz.ar.lm o sF1t-1 em 
rJI.l S rnduziram <J !!-ursiruCntO de l'rxiotrliQ\e slo-
mcmlar. ksktcJ.r:tCh:ríMk.l d.a I'E. 
O VEGF foi c<~pa-,; de rocuperar ,, cndotehose \"3.~ ­
culu, que é all!'lo.io Cl.r~h.'I'ÍShca da PF., em e.~tudos 
expenment.tis. 
• lnibKioresdoVEGt-·queforam utrluuloscmlratl-
mrotos exrcrrmcntai.S p:ara clnctr por d.minufrcm 
;a neO\-ascul.uizac~o le\'ólram ao surgimroto ck sm· 
tom.l.tologi.l PE-/rkt,com hiptrtcns.loc proteimiria 
cm pacientes do sexo masculino. 
A nicotina diminui a produção do sflt-1, o que po-
deria indX:ar u mecanismo pdo qual a~ fumantes 
aprt>~WtJriam baixa lnciM:ncia PB. 
O descobrimento dos f.1rores anti:mg~'ll:niros estimu-
kro também o surgimento de n<.w.t hipótN" !ot'>bre a etiOlogia 
da PE, a hip..'\tcsc do conA110 de intt!r~~ entre .1. mie c o 
fcto. St.'gUndo essa hipót~ .1. pnfuslo pl.Kcntiri.1. diminu· 
fda b-ana ii hif'6xU. fdo~l c à nutn(lo f"ttõll dcfiocnte. O ~o. 
por sua ~ .õiO tentar melhorar su:1 <Wsmacáo ~ ntrtriçi1~ 
liberaria os fatore~ anti.Jng.ogtn.:osp.ln proYOC.õiJ hipcrten-
00 na mãe, o que podcfl.l melhorar a perfu~lu placentlria.z:-
0 sfkl ~ produzido ptlo dtotrofObl:&sto e estudos re-
feriram que a angiot~mina-2 estimula SUJ produ ção. P~s· 
<.jtlis~s recentes também dcscohrirv.m autOJIIlk.orpos que 
estimula m os receptores da OlngiotensinJ·2, conhecidos 
como .. ~TI. Em~~ auto.lnticorpos (A Tl·AA) potenciali-
''-.1m a ação daang10tcnsma-2 e parecem ext.on::er importan-
tep:apelnaetiopatogcmo~daprê ~dam~i.a.\6 
A endoglin.~. é o r<'CCptor para o fatord«! crtscimento te· 
cidualtipo bcta (iG~-~) e su.l \'l!rúo 110lú"'Cl (s.Eng) tam-
~m est3 :~umentad.t n:o~~ pri·«Umpsu c p.anxc tet" papel 
complementar ao do sFlt-1 nJ. ctlclogsa d:~. pr~edlmpo.ia. 
O TGF-p tem papel rornplemcntar ao do VEGF no rela-
xamento e nôl c.stabi.IKI.\dc cndotdial. IS 
A FigurJ 25.3 resumco as h1pótesr~ rNi~ atuais sobre a 
ctKJiogia da pré-ed.imf'llia. 
407 
-hiOCIÕe$ 
Pfscenta 
Grenda 
~- t j 
Disfunção - - - - - - - --! Reaçlo ntamotóna 
Endo!:elial S1stêmica 
Figura 25.3 ! 1lipllle$CS atuahsobre ~ etiologra d,l rre-edlmp~ia. 
A romprerosio da ebop.uogeni~ & pri-edlmps:ia me-
lhorou ffi\l ito no~ í1ltimos: anos, nu ent.mto, existem muit.u 
qut'Siô~ que perrn.1ne«m sem fe!:posb. P~ecUmpst~ 
c cdi mpsta prü\'ave llll("n\e $lo o reflexo final de dlfcren 
te~ doenÇàS primJrias qul' comhinJ.m ~ swceptibilidade 
genética, 3 pbcent3Çiao anormal e 2 di3;funçlo ~tch.~J 
J.mpla.1 
fiSIOPATOLO GI A 
Como tudo na pre-cd~mpsia. su~ llsiopatologia. tam 
Wm aiTxb não rst.\ complct;r.memc e.scl:ucdcb. Sabe-se 
que :1. doença é mulhs..;ist êrnk:a, opu de comprometer o 
funciona mcnto de vários órg~os e ~istcm.as d.1 gestante. A 
intmsicbdc ~ compmmttimento c .r.ua extensão \";\· 
mm de acordo com a forma c!Jnica, com o tempo de evo-
luçio d.1 doença c, indirctamente. com :a condut::a. 
A ~c:dlmpYJ k assoei :a <11 v:tsoc~~WK\ altSÕes v:tS· 
cu lares p.ltog!!nicas cm mtí!tiplos órg!'lo~ e sistemas, inclu-
SI\"e no lerto "-ascul.u útero-placentirio e au~nta a atR'.l· 
ç3o plaquctJria com ron.mmo de plaquetas c subsc'luentc 
ilth-ação do sistema de coogul.lÇ~nm microva~ 
408 
Medidu consen•.xforas propiciam cvoluçM> m:~is pro· 
longada e tendem a~ .l.'\Oeiar a comprometimento.~ mais 
gr.t"'tS e l lcs1o de elcv~o nUmero de órtlos.como se ob-
sen•a OJ C"d..l.mpsiJ.t> na síndrome HELLT'. 
D.:~do nurcntr c peculiar na hsiop;ltologia é qur, tC'I'-
mm:acU 2. ~n:aç~\o, ~par«cm qua<;e todas .u ;~lter-'ÇÓCS 
pnwocad.u pela doença c, na.s suas forma~ pm.;U,dt~ap.lrc­
cem sem ck-iur sequd::a~ As rncd.das clln1as usu.1fmcntl." 
recomendadas c adotadas pouco ou nad.'l interferem na 
sua IÍStopouologiJ. ou n;a,.su:t evoluc3.o. 
A disiunç.lo endotd1J.I ~mpenha papel-chave na 
fisi<1p.1rolosia da prt!--ed.\mpsiõl. O aumento da pcrmcJ.bi· 
lkiade cndotclial V:ti IC\·.u ~ surg;mento do edema c !U 
protc-inúria. A agreg.lÇlo plaquc-t.1ria aun'ICntada estimula-
da pelo endotélio disfuncion:al v;li levar a dístúrblos de Co.t-
gultçlo e i allcração N reb.çao trombouno-prosUddina 
<JUC', juntamente, com õl n.í.o perda d.t re;'l!lvídade V.\Scu!ar 
C' com oc.stlmuloaosistcnu. n>nina-.mgiolens.ina, vSokv.u 
.i h.pc:rtenslo:'~ 
O VEG!l é neccss.lrio p3r.1 o rep.tro capib.r, principal-
mente do endotélio (cn~\tr:ado, que é encontrado n()5: gl.o-
mtlrulo.~ ren.liS. •lO plcxocorukie- c nos sinu soides hcpjtkos 
- órg:.OS inctnumcnt~ afccados na prt-«<impsia. 11 
MANIFESTAÇÕES CLfNICAS ;att a síndrome HEU,P. Esta repn'S(nta dot-nc:a gr.a:\"' e --e 
assot"Hl i n"KJrbtdJde mat{'rna signihcJti\'J.•1 
As manifest.lÇÕf.'~ cl!nicas mais frcqutntcs da pré:· 
.of'(llmpsi.l ~o~ a prrs~artm:al, rins, fí~do,siitcnu 
nct"\I()$0Centr.l1 e .sistema de Co."\gulaç.lo. AL.ThRA(,:Ol:." NO StSTI'\ti\ ~[RVOSO cr,Tit.-\L. 
Aln: R!r.ÇÃo NA P~ttlSSÃOAitrllRI!r.l. 
~ a mah frequente, mais JX«<XCmentc idcntific~a c 
dccisi\•,, par;a o dtagnóslico de pré-«llm~i a. A clcvaç~o d:t 
prw.ão .uteri.:al na pré-«limpsU é dC\•ida princip;almentc 
.l reversão d.11 v:asodalat~io caracterísuca d.1~ gtst.lÇões de 
t!'i"Oiuçáo normal e substituída por aumento import.mtc d~ 
~stcrtcu ,-;ucular p<'fifériQ. Mulh~ com pré-edimp 
~a. cm~~ nlo manifestam hiJX"'ftensão fr.tnc.l antes tb 
~undJ metade da g.ravldc-l. Contudo, a infl~ncia deva-
soconstriçiopodcseVflilicarma•sccdo.11 
A pressão arterUI norm.diu-se no pós-p;~,rto, em geral, 
dentro de poucos dias. O retomo aos nÍ\-ci$ normais_, con-
tudo,pot.iclcv:~rdu;.u;aKISsenunas,espccialmmtcJU.1>fÕr­
m.u maisgrJ\'C~. Quantomats cedo c:omcç;a 2 pré-cd~n1p· 
.si.l, mais lnng.1 é :1. durJçlo da hipcrtcn.slo..l4 
.\1.1 tRAÇÕt-~ Rr:\A I ~ 
A lesão renal car.tcterística d2 pré·edãmpsi:~. é a en-
dotdiose glomerular. Tanto <1 filtração glomtrular como 
o fluxo sangutneo rroal d1mínucm, ~ndo qu~· o primtirod•mlnui m~ls que oscgundo,kvando à reduç~oda fr.lÇSO 
6ltr.3d.:. .... 
A pro1t>lf1Úrb pode .llp.tre<:rr mJ.is tarde na t!\o--oluc;Jo 
d / nica. A pré-ecl.\mpsi.:l se .umc:i~ à hipocalciUri:l., ao con-
tr.irio do qut acontece nas gest;~.c;Ors nomuis, cm que .1 
uc~ão uriniri.l de cllc:kl está aumentad.a.-o 
A ~.xueç~o de sódio na urinJ. pode c.star diminu(d.~~;, 
mquanto qut as conccntrações.sér.cas do pcptideo atn;al 
n.11triurétic:o {At\1') est.\o aumentada.~•· 
lnduem J hemorr.l&~ peripor~J.I, lesões l!i<(Uêmic:a~ c 
depostç.=io de fibrina. Elas podem variar de necrose hep;~­
tocclullr modcrad-1 com altcr.~.çoo nos nh.--eis de emim.u 
A~ nuis comuns sio a cefaleia e 05 distúrbiQS visu:tl!> 
(esCOI(Jmas). N:~ edámpsi;l oconcm as convulsões. 
Pode acont«er trombocitopen ia . Quanto mais grave l 
form;~, dínie.l, mais.KcntuJ.daa tmmbocitopenia. 
PREDIÇÃO 
A~ar dos muitos esforço~ despend idos, ainda n!\o 
existe método preci.w e confiivel de pn.'-diur qu.~:l paci<'ntc 
ir-1 dncrwoh•t>f J prê-ecUmpsU. 
Oiverso~ m~rc.ldore.( bioquímicos j.i foram estud.tdm, 
muíte» se :lSSOCiaram .to de5tnvoh·•menro d.~: doença, mas 
nc:nhum se mo~trou bom o suiicioote JUr.l: ser :~dot.ldo na 
prJtica (Qyadro 25.2.). 
Revislo d.~ Org.tninç.lo .\tundíal cL. S;~úde (OMS) 
que 3valiou 87 tràhalhos concluiu que em 200--1- .:~inda nlo 
e :ocisti.t métodoconfi~\'el de .se prrdizer a pn'-ecl\rnpsu.~' 
Esrudosmaisn."ttntestCmfocadopri~lmcnteosm.tr· 
cmres de-angrogt.~ediiunçjocndotelial como o VEGF, 
PIC.F, sF:C-1 c d:ng. p.ua t' r-Jstrcame-nto da pré tcltmpsi.l. ' 1 
Tanto o sAt-1 qwnto a sEngj.l se rncontr.am aument-a 
dos no segundo trimestre de gestaç.\o naquela~ padent~ 
que virão 3. dcscnvoh-cr .\ PE. A rdac;W srlt-1/P:GF 1.1:111· 
btmsc ahera pt\-'COC"flllcnteeessesmatadon:-' podem vir 
a ser utili:zado5 no futuro na pr..-diç~o da. PE." 
Mét~ biQfioiic~ como .1. dopplen'Clocimetru, t.1m 
N-m de5perum mmto mi~ dos pesqui.Udo~TS.A dop 
plcn·elodmctria permítc o estudo da circu l.aç.5<"1 mJtcrna e 
fcto-pla~::entirU. r: um tl'.Ste rápido,~m~es.,nlo im"'J.sJVO. 
A doppltrvdocimeuia das artéri.ui ut«ln.t.s pernute 
.1v:.!iar de m~ntirJ indiretaa in\'as.,o trofobUst!ca da.s ar-
tedolas cspirabdas. No inicio da gestaçio. as ;~rtéri;~.s utc--
nn;~s ôlprcscnnm 8uxo de J.lta rcsist~ncia. A medida que 
.l s~·mção .wança, a invuao trofoblástica tmnsform:l u 
artcdol.as esplr.lladu em vasos de b.1ix;~. resistência. A di-
409 
.. 
minuição da resistt!ncia nas ar}eríoiJS espiraladas pode Ser 
ob.~cn•ada a partir da queda nos índices de resi~tência (IR) 
c puls.at ilidack (lP) e no dt-sap.arecimento das incisuras 
protOOiastólic.J.s das artérias uterinas {paro~. mais informa-
çõe.s vc_iJ o c.apitulo 13 - Dopplcr 
Rcvis.lo de 27 estudos (n=l2.994) mostrou que gcs-
IJÇóes com dop~-l.cr de lltcrinas anormal no segundo tri-
TTh!stre tinham risco se1 ~ vezes mais alto de desenvolver 
pré-edàmpsia. F.nt retan to, o valor preditivo positi\'0 do 
método era baixo, variando de 6 a 40%.~~ 
QJtadro 25 . 21 1\'l.~rcJdoresempregJdos na tentativa de 
predi·tcr a pré-cdàmpsia 
Testesrelac1anadosa perfusão 1Jiacentar•a e a 
d1sfunç1ío da reslstênCiiiVascular 
PAM no segundo trimestre 
Ro/1-overteste-----------l 
Testedoexarcboisométrico 
' Infusão intravenosa de angiotensina !I 
li~ação entre plaquetas e angiotensina U 
Dosagem de renina 
Resposta docálcioplac-en--,-táf-:-io · à- a-rgin-ina ___ _ 
Ocppler de artérias uterinas 
Testesrelacmnados a d1sfunçaoendocnna da 
un1d ado feto placentana 
hCG 
AHíl·fetop!'oteina 
Estriol 
lnibinaA 
PAPP-A lprotefna plasmatica associada à gravidez) 
AtivinaA -- -
Hormônio liberadorda corticotropina 
Testes relac1onados à d1sfunçi;o renal 
Acidoúricosérioo 
Microatbuminúria 
Excreção urinária de cálcio 
Calicrefna urinária 
Microtransferrina 
N·acetii·B·glucosaminidase 
PAM • pressão Drtenal méd1a 
Continua 
.continuação 
Quadro 25.2 1 .l\·1Mcador<'s cmpccg.1dos n.1 tl"'ntativa de 
predizer a pré·ec::Ump!>ia 
Testes relac1onados a perfusão placenta na e a 
d1sfLmçâoda res1sténc1a vascu lar 
Contagem de plaquetas 
Citocinas 
Fibrooectina 
Endote!ina 
Prostaciclina 
N oçôt~ PrHicas de Ob~tetrida 
Estudos que .IY.J.h;)r.tm o doppkr de artêmot utcnnas 
no pnmeiro tritnC;(Irt (entre li e 14 seman;u) t:ambém 
encontraram alto rLKodc dC"~n,'Oiver PE naqud.u pacicn 
tes com IR c I I' .mmenl .1d~:'t A~ incisur-Js não devem !>ef 
utilit:J.dascomo pJ.ri meno no primeiro trinK'str~. pois ~eu 
~eh ado llC'SS3. fase r fisiológico. 
Quandous.tdoem pc!pul.!.çôe~dc alto risco p.lr.tde~n­
'-oh't'r I'E. (hiprrteng<;, d•:~l~ttcas, paocnt~s com p<m.;ado 
de: PF. ~'"e e porudoras de tromtx.lili;a!>), o dopplcr dC" 
.arttn~ .. uterinas :aprescntil mclhOJ ~nSJbilid:;~dc e CSfX'(~ 
6cicbde_~• 
Na pr:itic-1, o dopplcr dC" :utCri.15 uterina.<> n:ío de\"C scr 
uttliudo como llll~odode r.l~treamentu na popul:t.;:ào em 
geral. Em populaçóe5 de :1 h o risco, sua utilizaç~o podeM!· 
ledonar um subgrupo de p:adcntcs qlK' llC'C('Ssita de acom-
p.mlumento n13i5 rigoro~. 
DIAGNÓSTICO 
O di;tgnóstko de pre eclimpMa ~ l.icilrws g(.'stames que 
m1Crar,1m o pré·nat.al pn:·.:occmc-nlc c o fizerem corretamcn· 
te. ê difrcil nas que começam tardiamente ou entio n.ío rc(:C· 
~.tm qu.alquer tipo de <tSSiSl~ocia pré-natal. O diagnóstico 
~ fund.ament<~ m epidcmiolog~.t.-na smtomato~ díniC.a., 
no v.::~ me fí~co e em dc<cnnmados cume:; laboro~tori:u.s 
Tod~ ~ '>--an:ivt"ts pemutem nXJ apen::a~ dugnosuur, 
mJ.s tamhêm ident1hc:ar n v.in:a.) furnu.s dinx-asdJ. doenç1 
O dtagnósticoé est.a~I Kklo combinJ.ndo-se anamne 
se c ~XJmcs d inko r labor.~tori.1.is: 
• Epidm:iol&gm: a p;~rt i r dJ. ,\namnc.se procur::a-t.e ve-
rificar se cxiHc-m alguns do.s fa tores de risco para 
docnç.t, j.\ ck-scritos. 
Sit:fcm:ato.~1.1: cm :alguma etap;a da gesttçlo sur-
gem os stnats e smtoma' que c:ar:.dcrrum a do-
ença. t.1is como ufalcu, edema, distúrbios vi~u;m, 
epiga$tr.llgia, hip:rcxotah1hdade. A frequtncia, 
inten ~idadc c importlncia de c.:td<~ um dcl(•s slo 
\'ard.vcis c dí.scuth•cls. Contudo, devem :';Crnprc se-r 
pt>..quisados cv,,lonudos. 
• Examr ftrú:o: consider<1ndo-~ o cx.:un.:"' físicoaprn.as 
pau o diagnó-.ticCI da pre-cdlm(Kia. os dadO$ que 
mais intete\\.Jmsáoos nf ... "cis pres:sóricos antc-r10r!.'S 
e 0\ atuõlil. Outros como cdem:a.su.a louli1.aç;io c 
persiUI!ncia, ganho ponderai e p.adrão do cn.'SCt-
mento utcnno S30 utelS na defimção da knm.a cl1-
nica da doença. 
E:nm!ts l11ihh'~tti>lfa:s: p;~ro~. o diag.n6sticosolicltamo& 
.l dos..1sem de protc(nJ. da urina (proteinúria). Ou· 
tros cxJmes como hcmogr.lma, contagem de pla-
quetas e dcNb'Cm d~ '-'t\zim;~s hep.ltica~ slo pedidos 
na ruspeit<l de sindromc HLLLP. 
Odi;ab'llõslicodc prt-cd~mJ"''.lo n:;~m.Lioriad.u vrz~é 
d{mco. '\Ião~ d\7\\:' nem~ pode agu .. ud.u todas as m.r.n1 
l~açõe.~ cito1da~ para se c~gar ao dugnóstico; nem .K'm 
preela~ e~tão prC'S("tlf('5 ou s.io idt"ntifico~da~ pdo obstrtn. 
OadlJ.dod"hiperten~So (PA~ t40x90mmHg) apús 
a 20• sem .. 'lna dt: ~""estaçlo cm p.1dc,nte previ.ament~ !101'· 
mot.:"'US.'I, :.comp:mh<)(]o J~ prOI.:"'múria (z. 300 mg cm 24 
horas), tirm.a o di.a6n&..ticu de rn~"'-'CI.\mpsia. 
:-.Jo pu~o con)ldcr .. l\'..l·SC que o aumento de .\0 
mm I lg na press;\o sutóiiCJ f de IS mmHg na dJ:astól•ca 
também podcri:a ser uuhudo como cmério diagnóstl 
co de PE. porém, o lt'or*mg C.roup 011 High B!ood Prmurt 
(\·\'GHBP);"1 \-;~knclo-~c de t-vid~nci.u colhtd.1s 1b !itera· 
lUrJ., recotn('nda que 'e abJ.nJonc \'SSC cnté(io e que scíam 
utilizados a pena~ o~ vJlorcs absolutos da PA_ Também o 
OOcma ~o deve ser ''.lloriudo como critério di•goóst iCo, 
pois pode estar p~ntc cm mulheres com b-est;w;õcs nor-
nlillS e e marca.dor pouco cspcd6oo de pre-edlmpsia. 
Pa.r.~nós,css-.-sach.tdos{t'l~ç.iotbPAtt<knu)..llnd:r 
~e-rnm como bons sm:11~de :alerta. 
P;J.Ck'ntcs com hJperten,jo :l.ntcs d,, 20~ semana de 
~>c.~t:llj;\o, com ou sem pi'Qteimiri:l., pro\',welmcnte j~ er~1m 
hiJX'rtcmas antes da ~'\!lt:lÇlO. A ámca situar;ao na qual ;1 
pr~ edàmp~i..t pude OI.'Ortcr antes da 20• semana~ nl do-
t:nça trofoblástica gcst:ac»>nal. 
CLASSI FICAÇÃO 
Conceituar, Jciinir, dasSificJr a pré·edâm~iJ. é (un· 
damental para que ~ possa J.dotar a conduta ::adt:qtlada. 
E$ta varia conforme :1. forma clínica da doe nça. Trata·wdc-
tucfa irnport.lntc, porem d•f'ícil. l~o porque n.lo cx•strm 
lrmrtcs nitidos ~i~ bem·dcfin.Jos, qiJ(" permitam di 
l~rrocu.çio d.1r.1 entre a' rlru.s footw. faha consen.so até 
mesmo qu:anto :10 m'm1ero de lu e qumto às m.ls car:acte· 
ri'sflcas dinic.a"e lothor.JtOr~JS. 
~------------------------------------------------------------------------~~ 
c~a~~icament~ :1$ principais ~indrome$ hiperten ~lvas 
degr.avldez üo agrupadas da .;.eguinle maneira· 
• Pré-cclàmpsia - Ed1mP"iJ.; 
• Hiperten são artcri.d cró n lca.: 
• l're-rd ámpsia. supcrposta .l hipcrtcnsáo arteri;d 
crónKa; 
• Hipertensão gcstacion;tl 
Como critérios para o diagn~tico da prl:.eciJ.mp~a. o 
ll'orki11g Group m1 High B1Md Pm5!1rt'- • propõe: 
1M Prl'ssão artair1!: níveis pccssórkos superiores .l 14(} 
mmHg ru sistólica e 90 mm Hg na diastólkJ após 
20 semanas de gestação, em mulheres previamen-
te normoten ~as . Salientam, ainda1 que na pressão 
d iastólica ~e d eve considerar a fa~e V {cinc()) de Ku-
rotkoft A determinação d.1 pré'õ<tio $e fa1. com age-.-
tJnté a.~sentad.a e deve ser rnt.'dida no rnínimúduas 
wzcs, com intervalo de seis horJs entre os registras 
Protdmírio~: excreção minflria de proteína igua.l ou 
superior J 0,3 g na urina de 24 horas. bses \',tlores 
correspondem a aproximadamt'ntc 30 mg/d L (I + na 
leitura com a tita). Sempre que pmsívd,a protdm~ ria 
dt:veserdetermin<Ki a na urina colh id~ em 24 horas. 
Para o WCHBI)41, a ccrtcu do diagtlóstico de pr~­
-ecllmpsiJ. grave c.xistc quando estão presentes os seguin-
tcs<:ritérios: 
• Prt'ss.io artfriaf: pressão sistólic;\ iguJ.l ou supe-
rior a 160 mmHg e diastólica tgual ou superiCir a 
110mml-lgi 
• protcinúr.'a: igual ou superior a 2 g/24h ou 2- ou 3+ 
cm t."õpécime UnlcQ; 
., crwtinitw sérim: .1dma de 1,2 mg/dL, a não ser que 
ante:riormcnte já estivesse alterad.l; 
• (ont~ge»: dr p!il~J itrtils: inferior a 100.000 mm3e./ou 
0 HLelev'3da (anemia hemolitica mk roangiop..i.tica); 
CIJ.t.ima$ hr:páti,~t.~: TGO e/ou TGPelevadas; 
• $intonwlolagia: cefaleia pcr.l.iStentc ou outro~ dis-
túrb:os cerebrais c vi~uais c dor epigástrica per· 
sistcntc. 
~.l ausênci.:~ d es5es critérios d e gr.n-idade, a pré" 
-edimpsia é cla~sihcada como lf:'ve 
ECLÁMPSIA 
CXorr~ncia de convulsões que não poJem ser .;tribuí-
das ;1 ootras c.aus.1s cm nmlheres com pre-edimpsia. 
PRÉ-ECLÂMPSIA SUPERPOS'I'A 
À HIPE RT ENSÃO ARTBRIA L CRÓN ICA 
A pré-cdâmpsi.a p(x1c se desenvolver cm gcst.J.lttcscom 
hipertensão ártt:!rial crónica. A difercrx::i:tçito entre pré-
cdámpsia supcrposta c o agrlVilJlli:Jtto da hi~rtcnsio ar-
t<"rial crônka n;lo é f;icil. Os elementos sugeridos p.1ra o 
dJJgnóstxo de f'.E super posta ,\ HAC s.i.o: 
Surgimento de proteinúria ~ 0,3 g cm amostra de 
24 hcm na scgund.1 mct.~de d.~ gestação ,1e mulhe· 
res rreviamente hipertensas sem proteinúria; 
• nas mulhert.'':' com h ipertenüo e pmtcinUria ante<; 
de 20 ~manas o ap:uecimento de 
-Aumento súhit(J da proteinúria; 
-Amncnlo súbito da prcssàoartcriJ.I, cm mulheres 
c.om nivcis prcssóricos preo"iamente bem contro-
l<ldos; 
- Trombodtopcniacomcontagem de plaquetas 
.;b,,ixo de 100.000 mm\ 
Elevação da a h nina aminotransternse ou aspa r 
tJto aminot ransferase. atingindo nh-eis .tnornuis. 
H I PERTENS.l!.O GESTACIONA L 
Diagnóstico de hipertensão na seb"lmd a metade da 
gestação Sem prote inúria. ts~e é u m di<~gnóstk(J in~~pe­
cihco e pod ~ inclu ir de~de mul h~res <JUt' desenvolverá(l 
pré-edim~ia, com apart•cimento posterio~da proteinúriz 
até .lS çom hipertensão arteri.ll crónk .• l que não tinham 
diagnóstico prCvio. t\os casos em que .lo longo da gestação 
nâo surge protdmirla c os nh·eis pressóric.os retornam aos 
níve1s normais após o p.uto (até l2. seman.1s), o diagnósti· 
co de hiperten sãottan ~itória e ~rmado 
FORMAS CLÍNICAS 
)Joss.1 dassificaç,lJo d ifere um pouco da propost.:~ pelo 
WC.I-IBP tOrmale\'e egrave . t---ois acredit.amo~ queseli-
Noçõe-sPrática-sdtObstetrícia 
do J. pré-rcl1mpsi:l. um2 doençJ. ~dutiV3, SU.J. d.i\·1.Jo t'm 
bmas b~ modC"rad:a rgr<II\'C' fac&l&t.J.2 condut.t..A.d:l'!<oih-
açãoqiX" :t~Jt:~Camostascguinte: llf"~-cd1mpsiakvc,mt)(!e· 
r.a.da egravc,s!ndrome HELLP, ed .lmpsl.l c pri-ed~mpsia 
supcrposta à hipertenslo 3rtcri:.~l cr6n1Cl. 
FoRMA LEVE 
EtJ.PJo inki.1l da doença, como o propr;o nome p ~uge­
rt', ainda com manifcstaç6es clink:óls d iscret.u, bcs, que 
lpt'TUS permitem suspcit~r da c-xist~cb da docnç~ E~ 
MZSpeit:l comcç.t com alguns f2~s cpldemãoLógicos que 
tnqucntemc-ntc estio presentes na prt-cdim~ia: 
Prim:gtSia.muito;OI'(Itl - abaixo de l6.1nos- ouldo-
g ac:una de 3$ :1001; 
lusitnaf.nni.~:1rtladom(a - mie(!lllrm3ouentloda 
própria pactentc (multíparJ.): 
troe.\ de parceiro: 
mtrrwrrfflaaJ gtJilfbO,:aí.~ gcstJ..(lo mükipl.l. polid-
r1mnl0; 
condlcõcs socioCCOI:\ómicas dcsf.'\voráveis: 
prrs.W.() arttri.:ll': nlvds pre:l\Óncos de- at~ 140/90 
mml-lgoucle..-.~çlodc 1.0mmHgnasistólricdr 10 
mmlfgna di.t.stóhc.-. . Es~§ altrraçõc.~ ocorrrm tJ.r-
Ji.unentc, cm ~rJI J.pósJ. }P~matu dc~st~câo; 
rrc:tmúna; negJII\'.1 n:a Urin.tdc .IIT'IO.Sir.t úniacden-
trodosJimites<Í;,.nomuli<bdcn.t~UÍsart11rtada 
em mina colhid.t cm 24 hom,ou M!ja. até 0.3 g; 
alr111n: persistente, porém restnto aos mcmbro$ in· 
f"Titns. O edell\,l n:io di.'S2fX1rt«' com o rqxnuo; 
g.who 1100dnül: sem :~ltmçõcs; 
.sin!oma!otcgJa: nJ.dac1ueposs:. Cõ\r:ilc;:teüz::u a doença. 
I 0:-\IJlrA 
Persutindo a forma k\'f', .l gr;rvidv. pode evoluir aré o 
tníOo espont.\neo do p.~rto. Na .U~I!o(!ncia pri"'flat.d, ape-
rw de\ -c· se ~emprc procurar idcntiflc:ar qua~uer alteraç;\o 
ru rvoluçlo da gr:1videz. A gestante deve ~er oricnt.lda para 
q.x tamhim posS2 obsen·.u modihca~"S como :aumento 
do peso, cdcmJ: e crf2k1a. A avah;io d:u condições fct1ís 
ttgue .lS m)nnas usuai~ adotJ.-.h s na a"sist~ncia pré·n:.tat 
Em resumo. n2 formJ.lc~-e o que é necess.irio é umJ. bo.1 
~':illt~ pn.~nat.ll. 
Prt-edllmps~e Eclàmpsi.l 
FORMA MOOE.RADA 
Noll~ dasslfit::açôes usu:.lmcnte adotad.u não existe J. 
for nu móderadJ.; comider~m-sc :1pcn:as .lS tOrmas k\·e e 
gr.wt. ContudÚ) p.tr«e basunre útil, M>b o ponto de vista 
pr.itiCO, que St' considere também uma forma intermed\1-
ria, a que denomi 11:.mos de modem da. 
O rl'Conhccimrnto dJ. forma modcr;rda evita que se 
continue cons.dcnndo como b-e a pré-ccl:.mpsi.l que ji 
se :~gravou. por~m ainda nlo ;~presenta os nlores que Cl· 
r.1dert~am J. forma grave. Evita também qliC ,~e c;;ontinuc 
adou.ndo a condut.-. const'I'Y.ldorJ, própria da fOrma leve, 
quando na ''t:ftbdt: j1 se necesSita de mmto maís cuit:bdo 
e atcnçJo sem. contuckl, ser n«:cs..~.iria a conduta re~oluth•a 
d;~, tormagra,-e. Es$.1 subdivislo f.Kili t;~; a condut:t c, indire· 
ramrntc,inAui nos n.-sult...dospcrinatai,. 
As manift.st.lÇÕt'$ dfmca~ e Uboratoru..-. doll (orma mo 
dcracl.ll s~ m:tis nítidas, mais tfpi(:Js da dtx:nç.1 e m;~,is f.'kcis 
de ~.:rem idcntifll:xla~do que :a propostas par.~ a fOrma bt· 
~o lfrtmal: nh'l;!i~ p~sóricos > 140Í90 c s. 
160/100 mm f lg.A pr~slo .arterial oomeç,a a scck-
\'ilr m~is cedo do que !lil forma leve. Cm gt!ral, isso 
acontece: en\ torno ck 30 semana~~ 
prottmtírut: superior :~ O,J gc inÍt.'nora] gcm urina 
dc24t-.c.ras; 
tdtma: persistente, progrmívo. atingindo membro$ 
infenorcs. wpeoorcsc fxt; 
ganho de f'C"'<, j.i ultrapassa 400 g/semana. mas .ltn· 
dan:to .'ltingiu l.OOOg/scm:tna; 
Jit:fl)ltliltclogia: ainda ola ui~tem sintoma"' próprios 
d.u!<><n<~ 
rxamN la/toratorini1: hemogr.una., contagem de 
plaqucu.~ c enzhm s hcp~tKas dcnlrn do hmit(' de 
normal.d~ck. 
AsSistCnci:l prt--natal m:us OJida.do:u.. Consulra.s 11\,liOC 
frequeme.s, entre ,çetc c !O di.:.~: :1\'ali.\ç,\o mai ~ rigoros.'\dõts 
condições fetais c placentári.u: ~rtíl bioflsico fetal~ dop-
plm-.;locimetnJ. materna e kul quando se 1ulga.r neces-
~no, geralmente com intt'rv:l~ de ~ete a dez. di:ts. OriM· 
t~c:.o ciJ.rJ., precisa c CCKl::.:t:'llltc, no qu ~ :5e refere aos sinais 
c sintomas suge,tivos do :r.gr:av:1mento d.:. doenç.-.: cdl.'ma, 
gJ.nhode pt'.SO,ccfak;a. 
Sempre que (or ampossf\<eJ O KOillp3nhamtntO ade 
quado dó\ ge.uantc, é ma i~ prudente i ntcrn.i~la t! obscrv.i.-1<~. 
.lniC"S de decidir a condutõl.. 
Enqu<~nto permu.e<:e n~ mrma moderada e rorpoo;si\"d 
;\ mon~toraç:io d~.~ con~.liç~ m.ttcrna~. fetais e pbcent.l.· 
rias. pode S<." aguutbr o inkio espontâneo do p.~rto. úso 
hajJ: di6culdJ:dc ou 1mposs1btlidadc de se realizar~ moni-
tor<~çlo Jdcqllad.l, é m<~is prudente interromper a geslJ.çào 
depois de alonç.lcb a m~nuidade ftt.d cronológiCa. ou 
se~, mom de 37 S("manu. F.Jistindo condiç&~> p:u.1 .a in-
duç.io do parto, isto de,·e ~r realiz:~<k_,. Caso CC)lltr.\rio, ..1. 
intcrrupçlodt>\'t~rpcla vil abdominal 
Es1Udo mulltc:~ntrico com 7S6 pacientes rorn PAD 
~ 90 c proteimírla. ~ 300 nls/24 horo\S entre J6 c 41 se-
manas n."gi!\;trou bõlius tu.\S de complacaçõcs matem.n 
(RR- 0.71 IC9Sii4: O,.S9a0,86) no gn~poquetevcoparto 
induzido, quando COt:np;~rado ao grupo que f01 coiocado 
rm conduta c.xpectantc.-r 
FoRM A GRAVF. 
A prt-edâmpsí:t pode mani~t.:~r-sc na tOrm:t IC\-e e 
~-olu1r :tté :a fumu gm·~ ou cntio ji S<." m:anif'est.1rcom :;ao; 
caractcrístic.as d11 (onna gr.wc. Classicament~. a conccitu:a 
ç-.io da IQrma gr.n-c é a que .Sf SC"gut": 
Pm..'OWtJrttr'AI:nh:t>I~SUpt"norna 160/IOOmmHg; 
pro!wlllfilf: iStlal ou superior:\ J g em 24 horas; 
rikHJa:gcnc:r;aliz.ado,ahngindomemhrosmfcriores. 
wpmord, f:u:e c ab<Jonw.; 
grmho potldtru!: exccSSt\'tJ e tiipldo igual ou .superior 
a 1.000 g/scm.1na; 
m!umt tlfmdno: dtmtnuído, frequentemente mfe· 
riora600ml/24hor:.s; 
~nfilnWfologta: ccf~Je;a lntcn.~ eptrsistcnte, distúr· 
bios visuat~ escotomao;, dtplopli;a, epcg.utralgi.:~ c 
hlperexcit,lbilichde. Geralmente cs.u. ::;intomJto1o 
gu precedeu cri~' conv-uho1v:aSj 
rxmm::'i lal10ratoria~~ hcmoconc('ntração e pl.lqucto-
penia s.io comuns. 
A idCfltificaç:\o da forma gra,·~ e f.ici l quando as pacien-
te., tivcr.lm boa asslu.;nc:u ?"-'-natal e slo portador.L.~ d~ 
cntlo pre-nat;al corret.nnc-ntc preenchdo. Na pr.itka.. no 
l'ntanto, Isso nem sempre acontece 
414 
o dt:.gnó!.t.x:n r priman~ mtntc clínico. )13() ,o;e dcvc 
esperar que todo~ os sinJ.is l' sintom.u citados estcjJm prc· 
scntcspar.afirmí-lo. 
N.:1 (orma gr.wc a única condut.t. tficn c ddinitin é a 
lntcnupçlo d:a gr.mde7.. com a extr.lÇkl do feto e de 5WS 
ancx~. Todas a.~ ontr.u condutJ.5 s.lo JUiiatiV.l!i c perigo· 
sa.s.; nlo interrompem a t'\tJiuç:k> da doc:nca. Aparr:ntc-
mc:nt-.- ~lgunus mcdtd:u: d intc:as ~a'l nltlhor.~m as 
condlçOO matcrn.1s., porém a pré•ed.\mpsia continua ~ua 
t.'\'O!U(lo, pocleodo c.:hegar :\crises convulsi,"lls, ilxlus.i\-e 
com óbato fetal~. ls \~t.ec., m.ucrno. 
Nas formas gr.wc.~, com fcto.~ m.1duros. ~s opiniõc' 
com-ergtm: deve-se interromper a gt."'t.:lçlo. Hi conso\so 
unt\~l de SoC mttrromper .1 ge-staç-lo na pre-cd1mpsta 
grave, :~pós 34 scm.mas. antes de sur~írem e\' l~ncias de 
sofnmcntomatcrno e/ou fct:tl."" 
Contudo. em ~~~s longe do termo, prinop:tlment~ 
Jb:aixode 30sem,tnas, que~tiona:-sc Gual a mdluxcondutJ.: 
mantcor o (e to em Jmbicnte host1l:th~ qllf aiUlJ:l ~turid.J.dc 
oueJtra l-klprematuramentercuid:arcktT\"Cém-ru.sddoCtn 
locais apropriados? Dcntrv do Utcro a t'mtea med ida CJ.}'J:t. 
de ajud:n o (~'to é xdcr:u sw nutund.ade com rorticoidcs.. 
As outra~ m~thd.u só protcgt.'rn a g~st.\ntc e, ass:m mesmo. 
p:aret:\lnu:nte, c por pouco tempo. 
Co:~m.·:.( co,_ .. , 1:\~tt)()RA 
A cootluta con.scn-adQn propo~u por alguns pcsqui-
sadom$6 pode \ef"adot.xb em antros de rercn."ncia, com 
c:ood1ções de monitorar permanentemente as condiç&>s 
m.11ern:~~~ retais. P.lcientcscorn pré~cllmp5íagrJ~"C,aN•· 
xo de 34 soem.mu devem ser enc:.õllminlt.:~d:as p.~r.1 centros 
de refeltncia logo que .~e nzcr o di ~gnóstko . .A. conduta 
el.pt•d;mte com momtor:~çlo pcrmaoc:nte das condições 
nu.tl.'rnas e (ct:allli pode se-r benéfi.Cl cm grupos 11elec:iona-
dos. ma~ só é pt»sivel cm Cl'nlros tcrci~rios."' 
O objeti\-o princip.1l da ccmdut.l con:o;en~OC'.t na Pl: 
lonsc do temto é melhor.~r os resultados perinatais sem 
comprometer ~ saóde materna. O uso de rortkCiídcs cm 
gcstaçõc-s entre 2.4 e 3-4 senunas me:lhor.i ;lj condições; 
do re<êm-nascidoprcmaturo e d~mtnur a mortalidade nc· 
on.:.tal. Sempre que ~s cotKlk;:ões malcrnas permitirem, a 
NoçaH Pr~ticas ôt Ob~UtrKia 
ccrtK:otcro~pi..l de\'-e ser empregada caso o parto OlCOOtC'Çl 
"ntes do termo (pua wi~ mfOrJTh)Çóes \"tj.l u capitulo 21 
-Parto J'r~·tCrfT'I(J). 
Estudo r.lndomizado que a~';l l iou a cortkotcrapia em 
218 gt~antts com P( gm~ entre 26 e 34 selll..ltW rdatou 
rtd.ução na mddcrtcu dt sfndromr do desconforto re~r­
ratóriO (RR..::O,S3 - JC9S96: 0,35 ~ O,R 2.), de hcrnmragia 
Jntf':lwntricul.u(RR• 0,35 - IC9S%: O, IS d0,86) cdamor· 
uhwde n<ONt>l (RR-0,5- IC95%, 0,28 • 0,89)." 
Dois cstudm randomiudos a\·all.lr.:am il coodutJ. con-
servadora cm pacientes com Pf:. gr,wc c gl!staçào ab.1ixo de 
.\-Jseman.u. 
Oduldul tl al.'' conduli.r.1.m r\tudo cm 58 mulhtrrs 
com PE gravt entre 2R e 34 .seman.u ~ e11fatiuram pr\llon-
gamento médio de 7,1 dias nas pacientes com condut;J con· 
~dor.l.~ aUillCniON$ raxasdccomp!K.içOcs maternas 
e dimmu&ç3o rus taxas de R~s necess1t.lndo de vtnt•Llçio 
mcclnica(llx3S%). 'B impoct:mteobsrrvarque 20p:lcicntcs 
{.J..I.,S%) não pudcr.1m S(f' randomi1,~bs porqlk' ;~presentJ.­
r:un agr<ll't-amrotodo qtudro materno ou (cul, l'lt«SSltando 
de intcrr~ da gotaç.SO dentro d.u pnnxiras 48 horas. 
S1b.1.i ti (1(.'1 avaliaram 95 paciente$ com PE grave entre 
2Se 32 ~nunas. Após J.l' 4S hor.ls de ob.'ler"açlo inicial e 
corticot~ os .1utorc<t con~ir.1.m prolong:u a gtru· 
çlo, em média, em 15,4 dias no grupo da conduta coo~r­
n dora, possibilitando peso maior ao nJ.scimento (t.622g 
X 1.233g) t: tuas mais b..tius de admissão em UTI neo-
rutal (i6 X 100%). Ma1s uma \'("'L, 16" du p.tcicoto nao 
puderam ~r r.lndomizadas de\• Ido à in~abilidadc m;,tema 
ou fetal nJ..~ primciras 4 ~ horas. 
Esses .. -studru dcscrt\-eram que a conduta conSC'rYolldor.t 
por ma15 de~S hor.~saprcscnta altos riSCOS e §.6 ck\'t scrtcn-
t.ada cm centros terei:\ rios c cm pal'ient~ bem selccionadJ.s. 
O Qwdro 25.3 mosm J.S indioçóe's matcrna.5 e fc-t.tis 
pua mtem1pçJoda gnt~odcotrud:asprimcir.u4Shoras. ~1. 
Lo"lm.:TA RHol .llltVA 
Toda 8'-"'SI.J.ntc com fotma gra\'t: de pré--edoimp.su d~ 
Stt intern~a im~iaumente e W ter.i alta .t)X» a .nlerrup. 
ç;io da gravidc2. e mdhorJ. de M-O quadro clínico. Deverá, 
aind.t, r .. ·ceber sulfJ.tO de m.1gl"~Csio p.1r.t prevencão de con-
YUisõr.s c (.n.er uso de anti· hiperlensh'Oli, .se fOr ncccs;:driu. 
Na pd-«iàmpsia gra .. "C, o trat.1mcnto de6ntCJVOé a in· 
tcrrupçlo da gravidet. A conduta rcsolllli~·a pode ser por 
meio d;~ indução do parto ou, então, recorrendo· se .à cc-.s.i-
ru. Nas g~aÇÕC's pr6:c1mas do tcrmo c com cob moxluro 
~ vu vaghu.l pode SC!'tcnt;J.dOL Ez:tgc-~. no cnt.;mto_ .;a mOrll· 
tot.Jçào permanentedasrondJÇÕe .. m<ltcmJ..S c fetais, o que, 
na prática, nem \empre é possh'el. l\r,. maioria das \'C7.t:S a 
melhor soluçlo é a ,·ia trans:tbdomin.tl. 
Quadro 25.31 Condiçôts maternas C! ft:ta1s que mdicam 
a interrupçlo imediata da gcst:lç:io 
Hipertensão gravoe de difleil controllo (PAS l 160 mmHg 
ou PAD 2-: 110 mmHgl apesar da dose mâxtma de dois 
agentes anti-llipertensivos 
ecta~sia 
Edema pum.ro. 
O!igúria (<0,5 mi/kg/hora) não resolvida com adminislfação 
de fluidos 
Sinais de iminência de eclâflll~a (cefaleia grave e peJsiS· 
tenteou!HstUrbiosvisuais) 
Dor epigástrica persistente ou scnsibilidilde no quadrante 
~rdireJ_t• _ _ 
Deterioraçào rápida dos exames indicando S.:OOrome HElLP 
Comprometi monto fetal gravcftfesacelerações na CTG, 
oligodramnio gravo. PBF s 4, Oopp!er tom diástole revmsa 
na !ll'tffia 1111blhcal ou Ooppler venoso altcradol 
PAS · ~'miooiiS~PAD ·fWU$IodWtlif<;.l,.C"G•u~'XG11'1h. 
l'fJ"• ceittDflliiCOittíll 
O Qp~ro 2$.4 sinteiir.a .u n.rJ.cterhucas das forrrw 
dfntcas da PE, conforme nos.~;:~ dassiticaçlo. 
PREVENÇÃO OE CONVULSÕES 
lmcdiiltamentc após a hospitaLzaçlo inicia-se a admi· 
nistr~ Je rt'lt:<hcamcntos c.tp;i'ZCS de pmenir as cris..--. 
convulsivas que podem surg•r a qwlqucr momento. 
Pratkamcnte todos os anticl>nnllslvJ.ntcl> conhc:ckios 
já foram \lti lrz.ldo~ na pre-.~nç~ e controle das criM"S con-
vuls.ivas da prt-ccUmp$1a t da «llrn~ Apesar d~.> ~nf­
mentccficaus, dc:s determma.m cfeit~.» colttcrai~ indcsep-
\'CIS no feto c_, pri nc.ipalmcnte, no rccém·n ~scido. De todo~ 
0"1 tcst.Kk>s.o mais e6c.1:z c que menos int~...kre nas condt-
ç~dora:em-n.o~scidoeosulfatode rrugné.stO (MgSOJ. 
... 
Q!l:.dro2S.4 1 Formasclfnkas da pré-rcUmpsi:~. 
forma PA Proternur 11 Edema Gar1ho de peso Srntomns Volume tH111iH rn 
Met~nó.lisc de seis l'Studos com 11.444 p.tdcntescom· 
parando o uso do sulfato de m~nésiocom pbcebo na prc-
'r'eflÇlo du: rorwulsóel: edlmptteols C\idencJou reduçlo dr 
S!l!< no grupo estudo (RR•0,4I -IC9S!ó• 0,29 • 0,58) < 
1'\t-.'T (númeronccc~~iriop.lr.l. trJ.tar) de IOO,ousctJ,~ ~· 
ccss~río aphcar o Mg.<;O ~ p:m 100 pacientes para prevenir 
um~sodeed1mpsla.)J 
Qp.andocomp;lradoaou!rosrnedic.lmcncos.oMgSO~ 
mo5trou·.st nuischc.u m1 Pfe\"enir u COO\'uls6f.s eçUmp-
tia.s do qu..:- a fmitr:Mna (RR-O,OS - IC95%: O,OOa 0, 84~}, 
a nimoJipin.t (RR•0,33 IC9S%: 0,14, O,i7),.Sl o dine-
pai' (RR,0,45 - IC9.S%: 0,35 .1 0,58)S.. e o coquctd litico 
(RR•0.09- IC9S91• 0,03>0,24).~ 
Apcs:tr do MgSO, t.cr cficn, de flc'Jinunipu~J.o c 
aplicação e barato, ele nlo ~perfeito; ntm sempre C\'Íb 
as con\'ulsõcs c aind ~ pode cau~r intoxicaçlo. Por isso, é 
neccss.trK> que s.cj:ml CQnhecidas suas propriedade-!\ su:~s 
doses tcrolpeutru e tóxiclu ~ suoas \'i.u dr admini~ração. 
MECANXSMO OB AÇÃO 
Amd-1 não se S.tbc CX.\Iolmeote qual o mcunismo de 
a~o do sulf'ato de magnés;,o como :omliroswulsr.,.olnte.. r~ 
produz v:~sOOi.lar:~.c;\o $C'Ittin em \'.I.SOS ccrebr.ds, protcç.lo 
d:~~ células endoteli3i$ cuntra sualcslo por radicais livres, 
pn.'Vinc a rl'tirada. de dkio de cdulu i~u~micas c tem 
tfc110 ant.1gónico compct•ti\'o COI» os reaptoresdo gluco 
n~to N·metil-olSfJ!rtOlt~ que~ tpiktogbuco." 
O sulbto de m~nésio redu7. o indict pul~1til ~o fndtee 
de resistência da Jttéri~ cerebral ~dia d:~s ge.st;mte:t Seus 
efciltls vasodilatadores nos "·as.os cerebrais intram nianos 
dist:.•'i da.1rtéria cndml médi.t podem :~..liviar a isqul"ftlLl ct· 
n:br;a~ d.Jmmuiodo a .11hvKbdc com-uish".lnl~. l:stc podr sn 
odf1to miximo do sulf.no de rnagnélio na pré-edám~ia. 1~ 
Co~n.N rR.-\Çócs 
As COOC'C'ntr:~.ÇÕ(~ ungurnc.u lisJOiógic.t.<o do sul rato de 
JNgnésio osc1bm mtre 1,5 e 2.5 mEq/1 ... A.<o tcrJpéUtiCliJ 
entre 4,.Se 7,.S mf:q/1.; oonccntuc:óes entre 8 c 12m~q/L 
dclcrminam perda do rcncxo patelar; nivcis dl' 15 mE~ /t. 
produzem p;a rad;a rcspirJtótia; e de 2S mEq/L paracla ar-
dlau (Quadro 2S.S). 
1,5 - 2.5 mEq/l 
4,5-7,5 mEqJt 
1011fq!l 
Tó~icalpmada rospifatória \ 15mEqlt __j 
Tóxica{paradaeardlaca\ ~ 
OinX:K>dao~çlodomedK:anu:-ntoCMiaduraç-.iorcbci~ 
nam-scdiretamentccomJdoseeaviautiliz.1dasn.l<tdminis· 
tro1çlo (~•<Kim2.S.6).Assim, 2 g:'v(gSO ~ o~.20%porvia endo· 
YCnosa produ1.em conccnrraçOO s.anguincas de .smr.q/L 
drotro de cinco a lO m1nutos. Contudo, c.s.ses nh·eb de-
crescem lõlpid.uncntc_. estabilizando-~ cm l,.S m[q/L. 
.A. dose de 4 g;t 2(}16, t:~.mbém intr.wenu~a. no prno de 
c inco a lO minut~ ;~.t i ng..:-concentrar;ões d('S mEq/L,quc 
c.at>m ~\ln. 4 mF.q/ 1.. Dose-s de 10 g .t 50% intramuscubr 
:~tmS"'m nÍ\~1$ ter~JWuticos no pnro de- 60 minutru c pt"l' 
sistcm ror apro.-;m1adamente quatro 3 seis horas. F~\.\e t('nl· 
pode açio dcp..'O<k da diurest. 
lnfu~s cont!nu:~~dt: 2 gpcla vit~ intravl!nosa mant~m 
nh·eis de concentração e.~tá\'eiS. A vb intra~-enou produz 
nrvttS t~ut1coo; m.tis r.ipdos e .t intramuscuW nf\<oe1s 
tcr.tpéuticos por matS tempo. 
Noçôts Prátic~~ de Ob~trtrlcld 
Qpadro 25-61 Viasdc~hc~loXiníciodeaQoecoo­
centraçãostric.:l 
2ga20% EV 
4ga20'1. EV 
5
'
10 I 5.0mEq/l I mlrvJIOS~ 
!:u!~ 8.0 mEq/1. 
- f--IM __ ,• 60 1Tirut_os _ _ 4_.5_m_E.:;_qll_ 
5a tO 
minutos EV+1M G,OmEq/L 
VJ.rim esquem.u cxi$tem p.1n. o emprC:f-"'0 do sulf.1.t0 
de m:1gné~io na prco'l'OÇlO JJ.~ t:ri.se.s <:001r"Ulsht;.LS na pré· 
-«:lâmp:N ou o controle da~ t:on\'uiSÕC'.s na rcUmpSU 
(Qp.dro 2;.7}' .. 
Qu<~dro2S.7I tsquenwdcusodowlfatodenugOCsio 
Autor Dosr1 de AliHIIJe Maml\~.:nçrw 
Eastman 10gn50%,1M 5ga 50%, 1M. de 
6/6h 
P!ltchard 4g a20%.EVt 5ga50li..IM.dn 
IOga 20%. 1M 4/4h 
Zuspan e Ward 4a6ga20%, EV 2 g/hlra. EV. em 
infusão ar1Unoa 
Sibai 6gnml00m\EV 2 g/ha-a, EV, em 
infusão continua 
Norowlu 4a 6g,EV 1 a3g/h. EVou 
IOga 50%, 1M 
Coo !a 4ga 20%.EV I 4 g a 20'li..EV. de 
4/4hnu6/6h 
NA ~-edâmpsia pn.-fetltT\0!'1 adminisc:rar4 g a 2096 IV, 
segukias de mais 4 g a 2096 de quatro a SC'is hon.s, dcptn· 
dendo da diurese, d~ gravid.ldc do cas.o e principalmente 
do tempo parJ. se interromper a g~.-st3Ç.ió. 
O inconveniente d.1. via muscubr~ a dó r local -que pode 
str superada acrescentando-se .11nesté.sko ;MJ wlfato dê m:»g 
nHio-e .l form~ dc a~ · que podem .ser l'"V1t:xio.~ 
com o cumprinYnlo rigoroso da~ tknic.u de aplic.l~o. 
Qw.lquer que K'ja o t~ucm<~ ut1liudo, o sulf;~.to de 
nugnésio de\ -e serempr~do at~ 12 horas, no máximo 24 
horas, após ii intcrrupçio da gravOO. 
CONSI DER AÇÕES SOBRE O EMPREGO DO 
SULFATO DE MAGN ÉS IO 
• O sulf.tto de magné,io não trata a pré-ecllmpst.1. 
ou a edlmpsia. Seu emprego visa exdus.i\•,,mcntc a 
prevenir ou controbra$ criSt"S convuls.ivas c seu uso 
é per (cmpo lim1tado. Se a gra\'00 prossegue por 
diuou sem.mas, o sulfato de JN&néslo n~~·1t.t as 
ronvul~ 
o sulfi!to de JrugnHto n!o ~ hipoten50C" e nao <k-.·e 
M>r utiliudo com css.1 finalidade; 
seu t'mprego exise monltoraçào rigoro.u da .. con· 
diçõcs m.ttcrna~. j ~ CJUI.' existe risco de intoxk:açio 
com esse mcJko~rnento. A tlosc nào pode Sl'1' Tt!pe· 
tida sem queM! c:ompnwC' que as condu;õc~ m:tter· 
na.s 5;\o adc-qu:u.b.:t: d1urr~ su~rior J. IDO mi cm 
qwtro hons. rdkxo patelar pmill!nte ~ frrq~nàa 
resp;ratóriasupMota 12Jncursõe.sporminuto: 
não de\oe ~ t'l'tlprtgado cm pacientes com mi..ute-
niJ. gr01vis, pois pode precipitar cri~ mi.utên ic:.l; 
S\."'\.1 uso concomiu.nte com bloqtK'adorcs de canal dt 
cák1o plXlC ;.:kscnc.ldcar hip(ltenskl grave c refratiri.l.; 
é ne<ess.irio antldoto do sulfato de magnésio para 
emprego uncdJ:~oto 'e surgirem sinais de mtoxica· 
ç;io. O .lntfdoto ~o glucon:uo de cikio a 1006, p.a~ 
uso intravmoso. Dc1r-c ser :JPiiQclo 1 g lrot.l.mcntc 
(cincoa tO minutos); 
a arlicaç.io do sulf.no de magnésio por ,·ia i ntravcono· 
l.ldc\·escr lent.1, cerca de lO a 20 minutos_ A :~dmi nis· 
traçio ráp;d.~~ prm'N:.l efeitos colaterais indesej:lstis: 
scn.sJÇáo de C.!.lor, sudore'<e, taquk;udi.t. A aplkaçlo 
intramuscul.!.rc.tigc cuidadt>~ e'peciaioi : ap~caçlo na. 
regi.io ghitea, profund.lmcnte, esp;alhando-lt' o~ 
d.cammto em \'.\rios pontM -aplioçioem lrquc; 
prepa~ da soluçlo J. Stt <lpliada: na m.tiOrta 
dos centros ob~tttricos brasíleirossó existe o ~ul f"t · 
to de magnêsio .1. 509ío, em ampolas de lO ml Para 
se consegmr a d~ de 4 s a 20%, retiram-seS mi 
<lo sulfato de mJgné~io, ~os quais se acrescent:~.m 
12 mi de s.oro glicOS:\(.lO isotónico ou .ígua ckslib· 
da, obtcndo-j.e, a~1m, .11 concentração de:~e~a. J.í 
a soluçio de wlf:.to magnésio para.J(" apliar 2 glh, 
IV, é corucgu.da coloa.ndo-SC' 20 g (quatro ampo-
las de LO núa 5096) em -460 mldesoro.A 1r-docid.ade 
do gotejarl'K'nto d('\.'C ser de cerca de 20 gotas por 
minuto,aprm: imad.lmrc~tc 50 mi/h da soluçlo. 
4-17 
ADM IN!STRAÇÃO DE HlPOTENSORES 
t\:a form<~ grave raramente hl indicação para o uso de 
hipoknsores_ Isto se JUS.tificil nas crises hijX'rtcnsh•as ou 
quando se a dota conduta conservadora cm gestações longe 
do termo, o que ~()é possível em centros terciános. Nas cri-
ses hipcrtcmivas, enquanto se prep.:~ra ,, intcrmpção d,, gra-
\'kkz, .tdmini~trJ-Se o hip()tens.orpara se evitarem compli-
caçôe5 graves, priocipalmcntc o acidente vascular cerebral. 
Q\1estiona-sc a partir de que nh·d pn!Ssúrico deve-se 
usar o hipotcnsor, q uanto reduzir a pre~~ão e qual h ipoten · 
SC'T é mais indkado na gtJvidcz. O riséo de at·idenle vascu 
brccrt!hral relaciona-se d i reta mente .\ ckvação da pressão 
arterial ~istólica, porém não independente da d iastólica. A 
maioria dos pesq uis<~dores recomenda tratamento ape-nas 
quando a pressão di:lStólica é 51lperior a 1 OS a 110 mmHge 
a sistólica 160mmHgoumai~.~ 
Geralmente administra-se hipotensor quando a ]Xes• 
s:io di ~stólica ultra.p.1ssa 110 mmHg.. com o objetivo dt: 
rt<luli-la para 90 a 100 mmHg 
Ba~eado em sua longa história, na scgurançJ. c llJ. di· 
dci.l .. a hidr:tlazina ~o medicamento de escolha no tr . .U.l-
mcnto das crises hipcrtensivas na gravidez. É preparadJ. 
\~iluindo-sc uma :tmpóla de 20 mg (1 mI) em 19 mi de água 
Jcstilada,obt,mdct-sesoluç:io cçm 1 mg/ml..Adoscimcial 
édeS mgpdavia intrJ.venosa,seguldade mais.Sa 10mga 
cada 20 J 30 minutos. Se a dose de 30 mg n:io controlar a 
prcs~âo, de\·e-se muda r 1:-.1ra o utro hípotensor_ot:! 
Como segunda opção, gcr.llmcnlc administra-se o la-
beta lo!. Sua aç~o se inicia cm torno <k cinco minutos e n 
pico de concentração é entre 10 e 20 minutm, mJ.ntendo -se 
p0f 4S minutos a seis hora~. Administra-se em doses pro-
gre-ssi"\.\ts de 20,40 e 80 mg a cada lO m inutos, ate a dose 
m.ixim.l de300 mg ou quando a pre\Siodiastólic~ ;~tingir 
nível inferior a 100 mmHg.62 O !abctal(,l não está dispmú-
vc! cumercialmente no Bras1l 
A nitêdipina e um dos med icamentos mais usados no 
controle das criSes }Jipertensivas na pré--ecl.impsia, devido 
à suJ. fácil :tdministrJçjo_ Recomenda-se sua a<lminislr.l-
çlo pela via oral na Jose de 10 mg. repetida a cada 30 mi-
nutos até se rcduzü a pces&io diastólica a níveis in feriores 
a 110 mmHg. Nlo deve ser mada por vi:l sublinguaL pots 
!e>.· a a variações súbi.tas da prcss.l.o, p<Xicndo estar a\socia-
d.l a ~umento da morhi mort.11idade matcmJ. e fctaL63 
Q .. uestionHe a interaç~ da nitêd ipin.1 c do sulfato de 
magnésio usJdos na pré-echimp.~ iJ. gnwe, que poderia de-
418 
terminar bloqucio neuromuscular. ,\his de 200 pa<:~nt~ 
for.tm lratad..ts com .1. combinaç~\o de nifl-Jipina c o>ul&to 
de magnésX:l sem evXiências de bloqueio m,'\lrofnuscubr.64 
Contudo, a hipoten ~ão pro\·oc:Hia pela i15so<:iação nifcdipina 
- t-.·igS04 pode St'T gm-e, devendo tal ;v;sociaçâo ser utili-za-
da com cautd a 
SlNDROME HELLP 
N~ maiori.1 das vezes, essa síndrome manifc~ta-se em 
gestantes com pré-ccllmpsl.l. ;\síndrome HELLP é urna 
v.tri <:~nte da pré-ed:ímpsia gra~-e car.:~crerízad.t 1--"'0r anemia 
micm:mgiop.itica, disfunção hepatica etrombocitopcnia.*~ 
Podc-sc manifestar em qualquer momento durante J. 
grJvidez e no pucrpério, ma\, à .):emelh:mç~ da pré-ed.'!mp· 
siJ.,ê r.tra Jnh·sdc 20 semanas_ Umterçodo~ caso~ aconte· 
ce no pós-partoY; 
A denominac;Jo síndrome Hf:LLP rcbcion.a-se ;\salte-
rações bboratori.tis: H de hcmólisc, f.L (t!ewilld htoer) ele-
va~·ãode enzimas hepátlc3se LP (fow ~~atrlet} nú mero b.ü-
xo de pbquctas. A compn:JYação de sua incidência é difJCil. 
Aslndromc 1-!ELLP, muita\ das \'e·fe.):.éo agr.n":lmento 
da pré-l•dãmpsia t: quase sempre consequente a condutas 
conservadoras .1dotada.\ na pré·ed âmpsia gra\'e; 10% das 
gestações comt-.!icadas pela prê-cd.im~ia grave e edâmp-
si~ $-lo também comprometid as pda slndromc HELLP.u. 
A .):índrome HELlP respons.1biliza-sc por ck....,-adas 
taxas de morta!id.lde materna c perinatal. Relata-se mor· 
talidade maternJ de até 24% e pcrinJtJI cntrc 30 c 40%. 
Mesmo com intervençào obstétrica oportnn.t c cuidados 
especi.:lis no atcndintcnto, ainda a~sim podem ocorrer 
morbidadc c mortalidade matl'ma c perinataU~ 
O diagnóstico é b.ucado no achado d:t~ <:~l ter~óe~ la-
boratort;tis, próprias da slnd romc, encontradas cm gestan-
tes com a ~intomatologia da prC-ecl\mpsia. 
O Q\-ladro 2S.S descreve os achados hboratoriais ne-
ces:clrio~ p.1.ra o diagnóstko. 
Podc -~c. aind.a, classificar a ~rav;d.1de da síndrome 
HELL-P considerando-se o númc;o da~ plaqut:ta:s. Martin 
ft af. >~' S\lhdividcm o mímcrodas pllquct;lS cm tr~s dasscs: 
• Clas$tl: ntímero deplaqnct.lsinfcdor J. S0.000mm3 ; 
Ga;.K H: número de phquctas entre 50.000 c 
IOO.OOO mm-\ 
• C ltutt: l!I: número de pbquetas superior a 100.000 
e inferior a 150.000mm~. •t 
Noçõ es Pf.iticas de Obstetrlcia 
Quadro 2S.S I Criteri~ pua o diagnóstico da. s(ndrOtnc 
HELLP 
Hemol1se 
Esfr~aço do S30iJUe periférico anormal: equinócitos, 
esquizócitos 
Ent lmashcpátiCflselevadas 
Aspartato amifl()transfera se (.Ac.:_sn:..c>.:_7c:_O:::Uil--'----------; 
Desidrogeoase lática ILOH):!: 600 U/1. 
Plaquetass 100.0CKJ mml 
FISIOPA'I'OLOGIA 
Também na ~indromc- HELLP a. fi.siop.1tologia. não 
está inteir-amente esclarecida.. Como cm Olltra.s mkro.1n-
giopatias, a princil>al altcraç.ãoenvolvc a leslo endotelial.A 
ativaç.i.o d.u plaqucus libcr.l.subst,\n<ia.s \',mx:onstrit(M"a~, 
incluindo ,\ serotonina e o trombm:ane .-\2_ A agregação 
plaqueUria c.1\1S..1 mais lesões endoteliai.,, difteull:mdo J. 
prod\1ção de prosla<iclina. Há obstrução do-. sinusoidcs 
hep.íticos prodm:indo lesão hepatocelular, pode-ndo cau-
s.ar hemorragi ~ subcapsularedbr.e~ 
SINTOMATOLOGIA 
O quadro dlnico e bem variado. A sintomatologia 
pode sugerir também di,·ersas enfermidades d ínicas c CI-
rúrgicas em ôrgãos abdominais . A maioria das pacientes 
se quei ~ a de mal-estar, fadiga, náuseas c vómitos. Ocorrem 
ainda prurido, ir.:tedcia c dor epigástrica. 
O diagnóstico diferencial de'"-e ser teito com hepatite, 
col:.'-cisti!e, colelitiase, umlitfase.apt:ndi<ite, pUrpura trom-
bocitopêni<.o~ trombótlc<l, lúpus eritem.;ato.m sist~mico c 
esteatose hepáhca . .w 
A .síndrome HELLP surge, na maioria dJ.s vezes, dtl-
mntc a gr:widez, mas pode se manifest.lrt.1mbem no pós-
-parto. O p.lrto n.lo é sempre curativo, já que em 30% dos 
casos as pacientes aprcsent.lm m:mibtações d;~ doençà 
nos dois dias (çm mt-diJ.) subsequentes ao parto.6~ 
Pré-ecl:imp:>iaeEcl3mpsi~ 
CoNDUTA 
A conduta nas p.1CK'nte~ com sindr(lme HELLP é b.ls-
tantc polêmica. VáriJ.s são as medidas tcrapo.."uticas desoi-
tas p.lr.l rev.:-rter(•sse quadro. A maioria ddas é semelhante 
ãs adotadas na pré-ed~mpsi a gravt::, klnge do termo. 
A despeito de se afirmar que a conduta conserv-ado-
ra na síndrome HELLP pode ser bcnéfic,\, h.i cle\'ado 
ri ~co para a m .:lc e para o feto quando se protela a inter-
rupção: edema pulm01\M, descolamento prematuro da 
placenta, coagulação v.\scu!ar d isseminada, in'>nticien-
çia renal aguda, asfixia nconat.ll c mort.1 lidade materna 
e fetal!"' 
Nas l}'St.lções acima de 34 seman a~ predomina.! con-
duta rcsolutiva., 01.1 seja, .l interrupr,:áo imediatJ. da gr;widcz. 
N.1s gestações longe do termo a~ Opin;ôe., divcrg.:m. 
Com pouca~ exceçôt'~indica-se a interrupção imedia-
ta da grav idez, independentemente da idade ge$t::tóona!. 
A decisão de rctard;~r o p.uto para administrar-se a <lust! 
completa de mrticoidN dcw ser indiYidu.lliz.ada.H 
As pa..:ient.:-s com ~irn.:l.rome HE.LLP diüante do h::rmo 
devem ser em:aminh,1da s para centros terciários c o tr.lt.l-
mcnto sed igual ao adotado nos casos Jc pré-ed.\mpsi.'l 
gr.wc. A prioridade C avaliar e e~tabilizar as condições 
maternas. 
/\conduta comervadora na~ittdromc HELLP é diíki!, 
c a r .o~ e perigosa. Prolong;He por poucos \i ias a gestação e<)~ 
re~ultados perinatais são sernelhatltes ;;tOS obtido~ na con-
dutarc-.olutiva. 
A maiori<t dos autores não recomendJ a conduta con-
SCIYJ.dora .1lém d.u 48 horas de ohsen·a.ção iniciJ:l, 11.1 qu.tl 
se busca a e-;tabili:t.açàn da mãe c administração de corti-
coi.:ks para indutir a maturidade pulmonar fet:1.l.6~ 
T ERAPÉL"TICA CLÍ NH ... ,\ 
Precedendo a intcrmpç.ão d:1. gra~·ide1., faz-se neco.:ss.:iria 
a J.doçào de al~.tumas medidas clir1X:as "is;u\do mdhorJr ,.\S 
condições de ~e5tante e re<lmir ü~ riscos de complicações: 
• l'm·cr:(iio de wm•u.l$ót:S: o ri~co Je convulsões é se-
melhante ao que e;.;istt:! thl pré-cdàmpsi,, gr.wc, Por 
isso, logo após J. inl('rnação da gc<:tanre, i n k:ia-~e a 
ter;\p~utkJ. a.nticonvulsh-.mte. 1\quí r;;~mbém a <lp-
ção é o su!f.1to de magnésio. no'> meSm(l~ es-1uem;~~ 
.iá deswtos para. a pré-edãmpsia gravei 
419 
cr;mfrol: da prc.<;.<ilo artmal: nas JXJ.cicntcs com crisc.s 
hip.::rtensivas administra-se hipotemor. Os m~lis usa-
dos são a hidrabzina, o lahetalol e a nifedipina, t.!m-
bém nos mesmos e-squemas ôt<~dos anteriormente; 
correçtlc da plnq!ltlcpcnitr: quando fOr compro'"""Jdo 
acentuado decréscimo no número de plaqut:ta;o; 
recomenda-se sua administr.lç..lo antes da inter-
rupção da gravidez. Nos partos vaginais, os nlvcis 
de plaquet<~ ~ devem estar acima de 20.000/mm3 c 
na~ cesarianas acima. de 50.000/mm~. Com nlvcis 
mais baix(ls de\'C·~e adm inistrar seis a. Iú unidades 
de plaqueta$ antes do início da intervençao; e qu;m-
do o sangramento for maior, repe-te-se o e~quema 
no final do parto;.f1 
• mlmmittmç.io dt ccrhr.aidtt: nas ge'i.taçõcs i nfcr iore~ 
a 34 scman.u se .u condições maternas permitirem; 
dcve•<ie retardar a interrupção da. gr~widez para a 
administração dt! corticoides, visando induzir ou 
acek•rar a maturação puliTKJnar feta l. 
M.lgam & Martim~' recomendam a administração 
de 10 mg de dexametason.l, 1 V, logo que se diagnostique 
a sínclrome HELLP, repctindo a dose a cada 12 horas.1té a 
intermpçáo da gravidez. O ob,ictivo n.io é apena.~ induzir a 
m:~turaçào pulmonar fetal, mas também mdhor.lr J.S con-
d~õ~g materna~- No pós·p.arto empregam duas doses de 
lO mgde dexametJ .. mna pela vi a i ntravenos<~:, com interva-
lo de 12. hom entre d a11, c depois mais du.as doseS de 5 mg, 
também de 12 em 12 hor.1.~ - Com esse esquema a recuper;t· 
çâo das p~1cicntcs foí nu is r.ipkia, houve menos morbidadc 
e mt!nos necessidade de ter.1pi.1 intervencionista. 
Estudos mais recentes reportara m que apesar da dc-
XJmetasona b 'ar à rewperação m ais dpida da plaqucl<l· 
pcnia, da n.lo diminui a morbimortalidade m~terna, nlo 
devendo ser utilizada como rotina.66 
V IA DE PARTO 
Decidida a interrupção da gravidez, rest;~ determinar 
qu~l ;~via mais rtcomcnd.\vd,rom menos risco; -.c a trans-
pé!vlca cx1 a trans.1bdominal 
A síndrome H ELLP, por si só, n5.o exigt" CC5:triana. O 
parto pode ser induzido cm gestaç;\o superior a 32 scma-
n.u. Contudo, se a~ cond)çõe:> para induçâ<l forem de.sf.wo-
râveis, deve~ se considerar a realiza~·ão da ce~riana. ~~ 
420 
Em gestaçôe'> a termo, com colo maduro c condições 
maternas estiveis, pode .ser tcnt.lda a indução do parto. 
Nas gcst:l(.ôcs longe do termo, a melhor opç}to é o parto 
tramJbdominal. 
Nfagam & Martim relatam índ lcc dc<.e~.uianadc6S% 
em gestaçúes entre 30 e 34 sem~n:ts_; abaixo de 30 sema-
na.,, a taxa. de Ct!sariana atins:iu R7%.67 
A cesariana, opção fn:quentc na síndrume 1-IELLP, 
exige algum:ts medidas especiais na sua realizaçã(). A b-
parotomia mais rccomcndad:t é a. mcdi:~na in fraumbilical. 
Na Pf.mncnstid h.i mais possibilidade de sangramento c 
formação de hematomas. A histerotomJJ. nJ am~nci..\ dJ. 
exp.ansão :~dequ<~d a do ~gmento, o que e muito comum, 
não deve ~er ~ment:t r. A nossa opção é pela lmtcrotomia 
corporal se o segmento não estiver formado. Consider.m-
do-~c o devad<> risco de sangra mento na fúida operatória 
de até 10%, recomenda-se .t. cokx.:.aç.ão dt> drt>nos com suc-
ção contínua, peritoneal c mbcutãnro 
1'\o pós·pMto h:i. nc<:.c'i.sidadc de vigilância constan-
te em rela.ção J s.lng_rJmcnto e formação de hcmatornas. 
Quando ne<:ess.irio, adm inistrar p!.lquctas. 
ECLÂMPSIA 
A ecUmpsia é a etapa tínal da evolução da pré-edãmp· 
sia. Apesar de se afirmar que a ecllmpsta pode manifestar-
se sem sintom<~tologia prêvi.l, tipka da pré-ecl~mps!J._.acre­
ditamosque a sintomatologia sempre existe .• lpcnas não (oi 
identificada no momento <lportuno. 
A ccl:lmpsia, na maJoria da..: vezc$, é 11ma i Jtr~nia 
f.1lha na assistCncia f--'l"é·natal; falha da gestante, que não 
rrocurou a assisttnci.J. obstctrica no momi!nto certp; qu do 
prê-natalista, que nJ.o identificou ou n.i.o valorizou o~ ~in ai ~ 
e sintomas l1liC pnxxxicm J~ ctJses COJWulsivas 
Aaeditamos ser a edámp~ia M!mpre evitável, apcs.1r dr-
que nem t~xlos pt!nsem assim. 
Sibai~1 analisou retrospecti~·amente 254 casos de 
cd ãmpsi.l c ..:oncluiu que aproximadamt!nte 30% dele.s 
eram incvit:i.veis. 
A t!dãmpsi ~ caracteriz.He pela ocorrência de uma ou 
maiS COn\'uh:(les em gestantes com pré-edàmpsia, n.i.o 
portad("".U: de doenç;1s neurológica.s <JUe possam justificar 
as com·ulsôe"> 
.Exames de imagem mostr.l:m que .. a ..sim como na ence· 
(alop<Jtia hipertensiv.1, na e..:lámpsia cocorx perda da al;forx-
Noções Pi~tic.n de Obsu•:tflc~ 
gu\aç~ do tluxosJnguioeocefébral.com edem :~. vaS<lb.enico 
em93a 1 (}()%da spacientes:.Areasde i níart~e hemmrJgias 
kx:ai ~ também j;i for:~.m çh~ervada~ em autópsias. i i 
E.ti~tc-m, na atuJlidadc-, duJs tcoriJs qoc tentam ex-
plicar H COll i'UISÕt'i. ccJlmptkJS : hiperfJuxo C YaSOCSfX1S-
mo.b1 De acordo com a f-'timeira, o aumento da pressjo :.tr-
tcr~::t. l kva inicialmente à vasoconstrk;.lo . .Entretanto, uma 
vez que- o lümtc d.l atJtorcgu lação é atingido, veritlca·se a 
\'aSO<Iibtaçio cerebral. levando à hiperperfu.s.1o local com 
edema {interst:icial ou vasogénX:o) ~ubl;equente. 
De acordo com a te(..>ria do vasoespasmo, a hipcrtcnsJ.o 
arteri al leva à perda da autorregulação do !luxo cercbr.1l. 
com subsequente isquemia, edcmJ. citotóxico e mfarto.~1 
A mcidCnda dc ccllmps.iJ. C de quatro a cinco casos por 
10.000 nascidosvi·vos nos países desenvolvidos e de seis a 
100 c.lSOS por 10.000 n.lScidos \'i"l.-os nos países em desen-
O diagnó~tico da edàmp~ia, na maioria das V(>Zl"S, é f:._. 
cilc imedi:~.to: convul ~t~.~ em ge<>tanks com pré-edâmp~ia 
sem uso de anticom·uhlvantes, JS quais, no início, come-
çam c p.1ram cspont:J.nl'amcntc. São quase sempre prece-
didas de a·fal~ia intema c l----ersistente, de distürbios vi.HJais 
e de dor epigástrica. 
As crises conn Jlsi..,·.ts podem smgir na gravidez, no mo· 
mento do parto ou no pós-p.uto. Contudo, s.-i.o m<ais fre• 
quentes antes do parto 
AproxiTmd:unente nH::tade dos casos dc cdl mpsiJ 
acontece durJ.ntc a gravidez. Destes, cerca se 20%amcs de 
31 semanas de gest.1ção. Qpasc sempre .. J.s convulsões ccs· 
sam poucas horas após o parto. <.:onllldo, existe a cd.\mp· 
si.t tardia, que se m.tnifcsta com m.lis de 48 horas e menos 
de quatr(l }eman a~ .após. o part().'1 
COND U T A 
O tratamrnto delinitivo da edãmpsi.a é a ex! ração do 
feto e de seus anexos. ~-fas, durante a crise convulsiva, ooh-
jctivo é estabiliza r a m5e o mais

Continue navegando