Fermentação como produzir energia sem usar oxigênio

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Fermentação: como produzir energia
sem usar oxigênio
Os únicos combustíveis energéticos do corpo humano que podem ser quebrados sem o uso do gás oxigênio
são os açúcares, principalmente a glicose. Na ausência de oxigênio, as moléculas de piruvato formadas na
glicólise são convertidas a uma molécula chamada de lactato (ou ácido lático) no próprio citoplasma da
célula. Essa reação faz parte da degradação anaeróbica da glicose porque não utiliza oxigênio e é chamada
fermentação. No caso do corpo humano, chamamos de fermentação lática, pois o produto final dessa via
metabólica é o ácido lático. Esse processo começa com a degradação da glicose pela glicólise (ou seja,
começa igual ao processo aeróbico), mas o piruvato formado não é enviado para a mitocôndria. Esse
processo todo de degradação da glicose anaerobicamente no citoplasma da célula produz pouco ATP
(apenas 2 moléculas de ATP para cada glicose quebrada), mas é bem mais rápido do que a degradação
aeróbica da glicose que ocorre em grande parte na mitocôndria. Dois tipos de células utilizam esse
metabolismo anaeróbico: as hemácias e as células dos músculos.
Importância do Metabolismo Anaeróbico
Dois tipos de células humanas fazem o processo de fermentação:
Hemácias: São células sanguíneas (também chamadas de eritrócitos ou glóbulos vermelhos) que não
contêm núcleo nem mitocôndrias. Por isso, são células que não respiram, não utilizam oxigênio. Seu
metabolismo é totalmente anaeróbico. Sua principal função é o transporte de oxigênio do pulmão para os
tecidos e a proteína transportadora de oxigênio encontrada dentro dessa células á a hemoglobina. Dessa
maneira, as hemácias podem levar para os tecidos o O sem consumi-lo no meio do caminho.
Fibras musculares: Os músculos são células que tem a opção de utilizar os dois tipos de metabolismo:
aeróbico e anaeróbico. Durante exercícios de curta duração e alta intensidade os músculos utilizam mais o
metabolismo anaeróbico, pois a produção de ATP é mais rápida. Nos exercícios de longa duração e
intensidade moderada ou baixa, eles usam preferencialmente as vias aeróbicas, que produzem ATP mais
lentamente e consomem mais gordura do que açúcar.
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A reação que transforma piruvato em lactato é catalizada por uma enzima chamada de lactato
desidrogenase. Nessa reação, o lactato recebe 2 átomos de hidrogênio, a enzima retira da coenzima
reduzida NADH. Então, nesse processo ocorre a reoxidação do NADH, ou seja, as 2 moléculas de NADH que
receberam hidrogênio na glicólise perdem novamente os hidrogênios nessa última etapa, formando
novamente NAD . Esse é um processo de reciclagem muito importante porque, quando não há oxigênio, a
única via que produz energia é a glicólise, através do processo anaeróbico (fermentação). Por isso, a célula
não pode ficar sem o NAD , que é essencial para a glicólise. Se o NAD acabar, a via glicolítica pára e a
célula fica sem energia. Isso não acontece porque a enzima lactato desidrogenase utiliza o NADH formado
na glicólise, e assim ele pode ser reaproveitado. A outra maneira de reaproveitar a energia do NADH ocorre
na mitocôndria, mas somente quando temos oxigênio suficiente. Observe:
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