Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET GRADUAÇÃO – Engenharia Civil APOSTILA DE PRÁTICAS DA DISCIPLINA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Jardim Martini Stefan Chaves Figueiredo Versão 2015/01 Belo Horizonte, Fevereiro de 2015. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 2 de 43 ��������� ������ ��� �� �� ���������� ������ � ��������� Apostila destinada às aulas práticas da disciplina Materiais de Construção do curso de Graduação em Engenharia Civil do Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET do Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH. Autores: Renata Jardim Martini & Stefan Chaves Figueiredo Versão 2015/01 Belo Horizonte, Fevereiro de 2015. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 3 de 43 INTRODUÇÃO Esta apostila apresenta uma série de práticas que devem ser aplicadas às aulas práticas da disciplina Materiais de Construção do curso de Graduação em Engenharia Civil do Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET do Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH. As práticas estão separadas em 04 (quatro) módulos que acompanham o conteúdo lecionado nas aulas teóricas, sendo elas: Módulo I: determinação das propriedades dos cimentos, Módulo II: determinação das propriedades dos agregados, Módulo III: argamassa e Módulo IV: concreto. Cada prática descreve as normas técnicas referentes à prática, conceitos básicos e definições para o entendimento, equipamentos necessários e procedimentos a serem seguidos. Ao final de cada prática o aluno deve ser capaz de analisar os resultados obtidos com base na matéria lecionada nas aulas teóricas da disciplina Materiais de Construção. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 4 de 43 COMO ELABORAR UM RELATÓRIO O relatório deve conter os seguintes elementos: Folha de rosto Sumário 1. Introdução 2. Materiais e Métodos 2.1. Materiais e Equipamentos utilizados 2.2. Procedimento de ensaio 3. Apresentação dos resultados 4. Conclusão 5. Referências Folha de rosto: contendo a identificação da instituição, curso, componente curricular, título do trabalho, nome dos alunos e do professor, a data da realização da prática e data de entrega do relatório. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 5 de 43 LISTA DE PRÁTICAS MÓDULO I: Determinação das propriedades dos cimentos – 04 aulas Aula 1 1º RELATÓRIO – DETERMINAÇÃO DA FINURA DO CIMENTO Aula 2 2º RELATÓRIO – DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DO CIMENTO Aula 3 3º RELATÓRIO - PASTA DE CONSISTÊNCIA NORMAL CIMENTO PORTLAND Aula 4 4º RELATÓRIO - DETERMINAÇÃO DE TEMPO DE PEGA DE PASTA DE CIMENTO PORTLAND MÓDULO II: Determinação das propriedades dos agregados – 03 aulas Aula 5 5º e 6º RELATÓRIO - DETERMINAÇÃO DE PROPRIEDADES DOS AGREGADOS - 5º MASSA UNITÁRIA E MASSA ESPECÍFICA + 6º MATERIAL PULVERULENTO Aula 6 7º RELATÓRIO - DETERMINAÇÃO DE PROPRIEDADE DOS AGREGADOS MIÚDOS - COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA - MÓDULO DE FINURA - DIMENSÃO MÁXIMA Aula 7 8º RELATÓRIO - DETERMINAÇÃO DE PROPRIEDADE DOS AGREGADOS GRAÚDO - COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA - MÓDULO DE FINURA - DIMENSÃO MÁXIMA MÓDULO III: Argamassa – 02 aulas Aula 8 9º RELATÓRIO - MOLDAGEM DE CORPO DE PROVA DE ARGAMASSA – CÁLCULO DO TRAÇO Aula 9 10º RELATÓRIO - ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA DE ARGAMASSA DE REVESTIMENTO MÓDULO IV: Concreto – 02 aulas Aula 10 11 e 12º RELATÓRIO - 11º MOLDAGEM CORPO DE PROVA CONCRETO + 12º “SLUMP TEST” Aula 11 13º RELATÓRIO - ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO CONCRETO Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 6 de 43 1 MÓDULO I: DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES DOS CIMENTOS NÚMERO MÁXIMO DE AULAS PARA FINALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 04 aulas. 1.1 NORMAS PARA APOIO • NBR NM 43 (2002) - Cimento Portland - Determinação da pasta de consistência normal; • NBR NM 23 (2000) - Cimento Portland e outros materiais em pó - Determinação da massa específica; • NBR NM 65 (2003) - Cimento Portland - Determinação do tempo de pega; • NBR 11579 (2012) - Cimento Portland - Determinação do índice de finura por meio da peneira 75 µm (nº 200). 1.2 OBJETIVOS Determinar, através de ensaios em laboratório as seguintes propriedades do cimento: • Finura; • Massa específica; • Consistência normal; • Tempo de pega. 1.3 DEFINIÇÕES: • Finura: No ensaio de finura do cimento Portland, calcula-se o percentual de material que ficou retido após peneiramento, utilizando a peneira com abertura de 75µm. • Massa específica: A massa unitária de um material representa a massa total que certo produto consegue ocupar em um volume determinado, em seu estado natural e seco. Portanto este tipo de densidade considera como volume total da amostra o volume efetivo dos grãos que a Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 7 de 43 compõe, além do volume de ar que existe entre esses grãos. Neste tipo de ensaio, qualquer compactação deve ser evitada, pois influencia diretamente no volume de ar existente entre as partículas do material. Já a determinação da massa específica tem como objetivo medir a densidade do produto, levando em consideração somente o volume efetivo dos grãos que compõe o material analisado e para isso, deve-se ocupar os espaços vazios (ar) entre os grãos. A incorporação de água em volumes conhecidos, até que se atinja a saturação do material, deve ser realizada, para que se possa obter o volume real dos grãos da amostra em análise. Tendo em vista a reatividade hidráulica dos cimentos não se deve utilizar a água para este fim e sim o querosene. • Tempo de pega: É definido como o momento em que a pasta de cimento Portland adquire consistência e se torna imprópria ao manuseio. O início e fim de pega são usados para se determinar o tempo que o cimento leva para começar a endurecer e quanto tempo ele leva para endurecer totalmente. • Pasta de consistência normal: É a pasta na qual a sonda de Tetmajer penetra uma distância de (6±1) mm da placa base. • Tempo de início de pega: É, em condições de ensaio normalizadas, o intervalo de tempo transcorrido desde a adição de água ao cimento até o momento em que a agulha de Vicat correspondente penetra na pasta até uma distância de (4±1) mm da placa base. • Tempo de fim de pega: É, em condições de ensaio normalizadas, o intervalo de tempo transcorrido desde a adição de água ao cimento até o momento em que a agulha de Vicat penetra 0,5mm na pasta. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IETLABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 8 de 43 1.4 PRÁTICAS A SEREM REALIZADAS MÓDULO I: Determinação das propriedades dos cimentos – 04 aulas Aula 1 1º RELATÓRIO – DETERMINAÇÃO DA FINURA DO CIMENTO Aula 2 2º RELATÓRIO – DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DO CIMENTO Aula 3 3º RELATÓRIO - PASTA DE CONSISTÊNCIA NORMAL CIMENTO PORTLAND Aula 4 4º RELATÓRIO - DETERMINAÇÃO DE TEMPO DE PEGA DE PASTA DE CIMENTO PORTLAND Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 9 de 43 MÓDULO I – PRÁTICA 1 - DETERMINAÇÃO DA FINURA DO CIMENTO EQUIPAMENTOS • Peneira nº200 (75µm) com fundo e tampa • Balança • Pincel • Haste metálica • Recipiente metálico • Concha ou pá • Cimento Portland Figura 1: Equipamentos utilizados na prática (Acervo pessoal do autor, 2015). PROCEDIMENTOS 1º) Peneiramento (Eliminação de finos) • A peneira deve estar seca, limpa e encaixada no fundo. • Colocar (50±0,05)g de cimento sobre a tela da peneira. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 10 de 43 • O operador deve segurar o conjunto com as duas mãos e imprimir-lhe um movimento suave de vaivém horizontal com os pulsos, de maneira que o cimento se espalhe sobre a superfície da tela. • Deve-se evitar qualquer perda de material. • Peneirar até que os grãos mais finos passem quase que totalmente pelas malhas da tela, o que geralmente ocorre no intervalo entre 3min e 5min. 2º) Etapa intermediária • Tampar a peneira, retirar o fundo e dar golpes suaves no rebordo exterior do caixilho com o bastão para desprender as partículas aderidas à tela e ao caixilho da peneira. • Limpar com o auxílio do pincel médio toda a superfície inferior da tela da peneira encaixando-a no fundo após a limpeza deste com a flanela. • Retirar a tampa e continuar o peneiramento com suaves movimentos de vaivém horizontais, durante 15min a 20min, girando o conjunto e limpando a tela com o pincel médio a intervalos regulares. • Nesta operação, o material deve movimentar-se de maneira que fique uniformemente espalhado sobre toda a superfície da tela. • No final do período, colocar a tampa e limpar a tela e o fundo como indicado anteriormente. • O material passante deve ser desprezado. 3º) Peneiramento final • Colocar a tampa e o fundo na peneira, segurar o conjunto com as duas mãos e, mantendo-o ligeiramente inclinado, imprimir-lhe movimentos rápidos de vaivém durante 60s, girando o conjunto de mais ou menos 60º a cada 10s. • Completado esse período, limpar a tela da peneira com auxílio do pincel médio, recolhendo todo o material e transferindo-o para o fundo. • Juntar todo o material do fundo (passante), recolhendo todos os grãos nele contidos com auxílio do pincel pequeno e passando-o para um recipiente (vidro-relógio) para ser pesado com precisão de 0,01g. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 11 de 43 • Se a massa do material passante for superior a 0,05g, desprezá-la. • Repetir esta etapa do ensaio até que a massa de cimento que passa durante um minuto de peneiramento contínuo seja inferior a 0,05g (0,1% da massa inicial). CÁLCULOS E RESULTADOS: Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 12 de 43 MÓDULO I – PRÁTICA 2 - MASSA ESPECÍFICA EQUIPAMENTOS: • Querosene • Funil metálico • Papel para limpeza • Balança • Frasco de Le Chatelier • Cimento Portland Figura 2: Equipamentos utilizados na prática (Acervo pessoal do autor, 2015). PROCEDIMENTOS: • Para a determinação da massa específica, deve-se utilizar o frasco de Le Chatelier; • Colocar o querosene no frasco com auxílio de um funil, em quantidade suficiente para que seu volume esteja compreendido entre as marcas 0cm3 e 1cm3; Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 13 de 43 • Secar o colo do frasco volumétrico, na parte acima do nível do líquido, com papel absorvente; • Submergir o frasco no banho termorregulador até que seja obtido o equilíbrio térmico. • Anotar a leitura inicial; • Determinar a quantidade de amostra a ser ensaiada. Esta quantidade deve ser suficiente para causar um deslocamento do líquido entre as marcas de 18cm3 e 24cm3; • Com auxílio do funil, lançar cuidadosamente a amostra no frasco volumétrico. Terminada esta operação, inclinar ligeiramente o frasco, que deve estar apoiado em uma superfície plana e horizontal e submete-lo a movimentos pendulares até que, voltando-se o frasco na posição vertical, não haja imersão de bolhas de ar do interior da camada do material depositado no fundo do frasco; • Submergir o frasco volumétrico no banho termorregulador até que seja atingido o equilíbrio. • Anotar a leitura final. CÁLCULOS E RESULTADOS: Massa do cimento: __________________ Leitura 1: _________________________ Leitura 2: _________________________ A massa específica de um material, dá-se pela equação abaixo: ME= Massa de cimento Volume real do cimento ME= Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 14 de 43 MÓDULO I – PRÁTICA 3 - DETERMINAÇÃO DE PASTA DE CONSISTÊNCIA NORMAL EQUIPAMENTOS • Argamassaderia • Concha ou pá • Vasilha metálica • Cimento Portland • Aparelho de Vicat • Molde metálico tronco-cônico Figura 3: Equipamentos utilizados na prática (Acervo passoal do autor, 2015). PROCEDIMENTOS Preparação da pasta de consistência normal: • A massa de cimento a ser utilizada na preparação da pasta deve ser de (500,0±0,5)g; Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 15 de 43 • A massa de água deve ser determinada por tentativas e ser medida com exatidão de 0,5g; • Com o misturador parado, em posição de iniciar o ensaio, verter a água na cuba, adicionar o cimento e deixar 30s em repouso; • Misturar durante 30s em velocidade lenta, desligar o misturador e raspar as paredes da cuba com a espátula de borracha, fazendo com que toda a pasta a elas aderida fique no fundo; realizar essa operação em 15s; • Imediatamente misturar durante 1min à velocidade rápida. Determinação da consistência normal • Colocar o molde com sua base maior apoiada sobre a placa base e, utilizando a espátula metálica, enchê-lo rapidamente com a pasta preparada. A operação de enchimento do molde pode ser facilitada sacudindo-o suavemente. Tirar o excesso de pasta e rasar o molde com a régua metálica, colocando-a sobre a borda da base menor e fazendo movimentos de vai-e-vem sem comprimir a pasta. • Colocar o conjunto sob o aparelho de Vicat,centrar o molde sob a haste, descer a haste até que o extremo da sonda entre em contato com a superfície da pasta e fixá-la nessa posição por meio do parafuso. Após 45s do término da mistura, soltar a haste, cuidando para que o aparelho não esteja submetido a nenhuma vibração durante o ensaio. • A pasta é considerada como tendo consistência normal quando a sonda se situa a uma distância de (6±1) mm da placa base após 30s do instante em que foi solta. Caso não se obtenha este resultado, deve ser preparado diversas pastas de ensaio variando a quantidade de água e utilizando uma nova porção de cimento a cada tentativa. Observação: Não é permitido efetuar mais de uma sondagem na mesma pasta. CÁLCULOS E RESULTADOS: Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 16 de 43 MÓDULO I – PRÁTICA 4 - DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE INÍCIO E FIM DE PEGA EQUIPAMENTOS • Argamassaderia • Concha ou pá • Vasilha metálica • Cimento Portland • Aparelho de Vicat • Agulha de Vicat • Molde metálico tronco-cônico Figura 4: Equipamentos utilizados na prática (Acervo pessoal dos autores, 2015). PROCEDIMENTOS Para determinação dos tempos de início e fim de pega do cimento, deve-se utilizar pasta de cimento de consistência normal preparada conforme Prática 3 do Módulo I. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 17 de 43 Determinação do tempo de início de pega • Verificar se a agulha de Vicat está corretamente instalada no aparelho para a realização do ensaio. • Depois de um tempo mínimo de 30min após o enchimento do molde, colocá-lo com a placa base no aparelho de Vicat, situando-o sob a agulha. Fazer descer suavemente a agulha até que haja contato desta com a pasta. Aguardar 1s a 2s nessa posição, evitando qualquer ação sobre as partes móveis, para que a agulha parta do repouso. Soltar rapidamente as partes móveis, permitindo que a agulha penetre verticalmente na pasta. Ler a indicação na escala quando houver terminado a penetração ou 30s após o instante em que a agulha foi solta, o que ocorrer primeiro. • Anotar a leitura na escala e o tempo contado a partir do instante em que a água e o cimento entram em contato. Repetir o ensaio de penetração no mesmo corpo-de-prova em posições convenientemente separadas, que distem no mínimo 10mm da borda do molde e entre elas, a intervalos de tempo convenientemente espaçados, de, por exemplo, 2min. Limpar a agulha de Vicat imediatamente após cada penetração. • Anotar os resultados de todas as penetrações e, por interpolação, determinar o tempo em que a distância entre a agulha e a placa base é de (4±1)mm. • A precisão requerida é de 2min e pode ser garantida reduzindo o intervalo de tempo entre determinações sucessivas à medida que se aproxima o final do ensaio. Determinação do tempo de fim de pega • Substituir a agulha de Vicat para a determinação do tempo de início de pega pela agulha de Vicat para a determinação do tempo de fim de pega, cujo acessório anular facilita a observação exata de penetrações pequenas. Inverter o molde cheio de forma que os ensaios para a determinação do fim de pega sejam realizados na face oposta do corpo- de-prova, que estava originalmente em contato com a placa base. • Os intervalos de tempo entre ensaios de penetração podem ser ampliados para até 30min, por exemplo. • Registrar, com aproximação de 15min, o tempo transcorrido a partir do instante zero, até que a agulha penetre pela primeira vez apenas 0,5mm na pasta, como tempo de fim de Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 18 de 43 pega do cimento. Este é o momento em que o acessório anular não provoca nenhuma marca no corpo-de-prova, a precisão do ensaio pode ser maior reduzindo o intervalo de tempo entre penetrações próximas ao final da determinação e observando se os resultados de ensaios sucessivos não variam excessivamente. CÁLCULOS O resultado do tempo de início de pega é expresso em horas e minutos, com aproximação de 5 min, é o valor obtido em uma única determinação. O mesmo critério de aplica ao resultado do tempo de fim de pega, com aproximação de 15 min. RESULTADOS Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 19 de 43 2 MÓDULO II: DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES DOS AGREGADOS NÚMERO MÁXIMO DE AULAS PARA FINALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 03 aulas. 2.1 Normas para apoio: • NBR NM 45 (2006) - Agregados - Determinação da massa unitária e do volume de vazio; • NBR NM 52 (2009) - Agregado miúdo - Determinação da massa específica e massa específica aparente; • NBR NM 248 (2003) - Agregados - Determinação da composição granulométrica; • NBR NM 46 (2003) - Agregados - Determinação do material fino que passa através da peneira 75 um, por lavagem. 2.2 OBJETIVOS Determinar, através de ensaios em laboratório as seguintes propriedades dos agregados: • Massa unitária e específica; • Percentual de material pulverulento. • Composição granulométrica; • Módulo de finura; • Dimensão máxima; 2.3 DEFINIÇÕES: • Massa unitária e específica: A massa unitária de um material representa a massa total que certo produto consegue ocupar em um volume determinado, em seu estado natural e seco. Portanto este tipo de densidade considera como volume total da amostra o volume efetivo dos grãos que a compõe, além do volume de ar que existe entre esses grãos. Neste tipo de ensaio, qualquer compactação deve ser evitada, pois influencia diretamente no volume de ar existente entre as partículas do material. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 20 de 43 Já a determinação da massa específica tem como objetivo medir a densidade do produto, levando em consideração somente o volume efetivo dos grãos que compõe o material analisado e para isso, deve-se ocupar os espaços vazios (ar) entre os grãos. A incorporação de água em volumes conhecidos, até que se atinja a saturação do material, deve ser realizada, para que se possa obter o volume real dos grãos da amostra em análise. • Material pulverulento: Partículas minerais com dimensão inferior a 0,075 mm, incluindo os materiais solúveis em água presentes nos agregados. • Composição granulométrica: Determinação da quantidade de material retido em cada uma das peneiras da série normal e intermediária. • Módulo finura: Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100. • Dimensão máxima do agregado: Grandeza associada à distribuição granulométrica do agregado, correspondente à abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira da série normal ou intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa. 2.4 PRÁTICAS A SEREM REALIZADAS MÓDULO II: Determinação das propriedades dos agregados – 03 aulas Aula 5 5º e 6º RELATÓRIO - DETERMINAÇÃO DE PROPRIEDADES DOS AGREGADOS - 5º MASSA UNITÁRIA E MASSA ESPECÍFICA+ 6º MATERIAL PULVERULENTO Aula 6 7º RELATÓRIO - DETERMINAÇÃO DE PROPRIEDADE DOS AGREGADOS MIÚDOS - COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA - MÓDULO DE FINURA - DIMENSÃO MÁXIMA Aula 7 8º RELATÓRIO - DETERMINAÇÃO DE PROPRIEDADE DOS AGREGADOS GRAÚDO - COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA - MÓDULO DE FINURA - DIMENSÃO MÁXIMA Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 21 de 43 MÓDULO II – PRÁTICA 1 - DETERMINAÇÃO DA MASSA UNITÁRIA EQUIPAMENTOS: • Agregado miúdo e graúdo • Água • Recipiente metálico (conforme especificado abaixo) • Concha ou pá • Régua • Balança PROCEDIMENTOS: • Para a realização da aferição da massa unitária de um agregado, deve-se utilizar um recipiente com as dimensões segundo a tabela abaixo. Tabela 1: Dimensões do recipiente para determinação da massa unitária Dimensão máxima do agregado (mm) Dimensões mínimas Volume mínimo (dm³) Base (mm) Altura (mm) ≤ 4,8 316 x 316 150 15 > 4,8 e ≤ 50 316 x 316 200 20 > 50 447 x 447 300 60 • Pesar e registrar a massa e volume do recipiente metálico utilizado; • O recipiente é cheio por meio de uma concha ou pá, sendo o agregado lançado de uma altura de 10 a 12cm do topo do recipiente; • Observação: devem ser tomados todos os cuidados para prevenir uma eventual segregação das partículas que constituem a amostra; • A superfície do agregado é alisada com uma régua quando se tratar do agregado miúdo. No caso de agregado graúdo a superfície é regularizada de modo a compensar as saliências e reentrâncias das pedras; Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 22 de 43 • O recipiente é pesado com o material nele contido. A massa do agregado solto é a diferença entre a massa do recipiente cheio e a massa do recipiente vazio; • A massa unitária no estado solto é dada em Kg/dm³, com aproximação de 0,01Kg/dm³. CÁLCULOS E RESULTADOS A massa unitária de um material dá-se pela equação abaixo: MU = Massa do agregado Volume aparente do agregado Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 23 de 43 MÓDULO II – PRÁTICA 2 - DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA EQUIPAMENTOS: • Agregado miúdo e graúdo • Água • Frasco de Chapman (para agregado miúdo) • Recipiente metálico (para agregado graúdo) • Folha de Papel • Funil • Proveta graduada • Concha ou pá PROCEDIMENTOS: • A determinação da massa específica do agregado miúdo é feita com auxílio do frasco de Chapman; • Colocar água no frasco até marca de 200cm³, deixando-o em repouso, para que a água aderida às faces internas escorra totalmente; em seguida introduzir, cuidadosamente, 500g de agregado miúdo seco no frasco o qual deve ser devidamente agitado para eliminação das bolhas de ar. A leitura do nível atingido pela água no gargalo do frasco indica o volume, em cm³, ocupado pelo conjunto água-agregado miúdo, alertando-se para que as faces internas devam estar completamente secas e sem grãos aderentes. • No caso dos agregados graúdos, não deve-se utilizar o frasco de Chapman. Utilize o mesmo recipiente usado na obtenção da massa unitária e o encha até a saturação do agregado. Conhecendo o volume de água adicionado ao recipiente, calcule o volume real dos grãos do agregado em teste; Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 24 de 43 CÁLCULOS E RESULTADOS: A massa específica de um material dá-se pela equação abaixo: ME= Massa do agregado Volume real do agregado Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 25 de 43 MÓDULO II – PRÁTICA 3 - DETERMINAÇÃO DO PERCENTUAL DE MATERIAL PULVERULENTO EQUIPAMENTOS: • Agregado miúdo e graúdo • Água • Recipiente metálico • Concha ou pá • Proveta graduada • Haste metálica • Conjunto de peneiras • Estufa PROCEDIMENTOS: • Coleta-se a massa mínima de material, de acordo com a dimensão máxima do agregado. Massa mínima por amostra de ensaio Dimensão máxima do agregado (mm) Massa mínima da amostra de ensaio (Kg) ≤ 4,8 0,5 > 4,8 e < 19 3 > 19 5 • Secar previamente as amostras de ensaio em estufa a 105°C – 110°C até constância de massa. Determinar suas massas secas. • Colocar a amostra no recipiente e recobrir com água. Agitar o material, com o auxílio de uma haste, de forma a provocar a separação e suspensão das partículas finas, tomando o cuidado de não provocar abrasão no material. • Despejar a água cuidadosamente através das peneiras para não perder material. Utilize a peneira com abertura de 1,2mm para proteger a peneira de abertura 0,075mm. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 26 de 43 • Lançar o material retido nas peneiras de volta ao recipiente e repetir a operação de lavagem até que a água de lavagem se torne límpida. Fazer a comparação visual da limpidez entre a água, antes e depois da lavagem. • Ao terminar a lavagem, colocar o material no recipiente, recobrir com água e deixar em repouso o tempo necessário para decantar as partículas. Retirar a água em excesso com auxílio de bisnaga para facilitar a posterior secagem em estufa, tomando o cuidado de não provocar perda de material. • Secar o agregado lavado em estufa a (105 - 110)°C até constância de massa e determinar sua massa final seca. CÁLCULOS E RESULTADOS: • Calcule o percentual de material pulverulento dos agregados testados. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 27 de 43 MÓDULO II – PRÁTICA 4 - DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA EQUIPAMENTOS: • Agregados Graúdos e Miúdos • Conjunto de peneiras • Peneirador mecânico • Balança • Recipiente metálico • Concha ou pá PROCEDIMENTOS: • De acordo com a dimensão máxima do agregado, deve-se coletar a massa mínima de material pra o início do peneiramento, de acordo com a tabela abaixo. Massa mínima por amostra de ensaio Dimensão máxima do agregado (mm) Massa mínima da amostra de ensaio (Kg) ≤ 4,8 0,5 6,3 3 > 9,5 e < 25 5 32 e 38 10 50 20 64 e 76 30 • Encaixar as peneiras previamente limpas, de modo a formar um único conjunto de peneiras, com abertura de malha em ordem crescente da base para o topo. Prover um fundo de peneiras adequado para o conjunto. Utilize as peneiras das séries intermediárias e normais, descritas na tabela abaixo; Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 28 de 43 Abertura das peneiras (mm) A gr e ga doG ra úd o Série normal Série intermediária A gr e ga do M iú do Série normal Série intermediária 76 - 4,75 - - 64 2,36 - - 50 1,18 - 37,5 - 0,60 - - 31,5 0,30 - - 25 0,150 - 9,5 - - 6,3 • Certifique-se de que o conjunto de peneiras está bem fixo ao peneirador e inicie o peneiramento por 10min; • Remover o material retido na peneira para uma bandeja identificada. Escovar a tela em ambos os lados para limpar a peneira. O material removido pelo lado interno é considerado como retido (juntar na bandeja) e o desprendido na parte inferior como passante; Determinar a massa total de material retido em cada uma das peneiras e no fundo do conjunto. O somatório de todas as massas não deve diferir mais de 0,3 % da massa seca da amostra, inicialmente introduzida no conjunto de peneiras. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 29 de 43 CÁLCULOS E RESULTADOS • Proceda com os cálculos e determine as porcentagens de material retido em cada peneira, porcentagem de material passante acumulado, módulo de finura e dimensão máxima do agregado. • Faça o gráfico de Percentual retido acumulado X abertura das peneiras; • Classifique o agregado quanto a sua dimensão máxima. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 30 de 43 Tabelas para classificação do agregado Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 31 de 43 3 MÓDULO III: ARGAMASSA NÚMERO MÁXIMO DE AULAS PARA FINALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 02 aulas. 3.1 NORMAS PARA APOIO • NBR 13276 (2005) - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Preparo da mistura e determinação do índice de consistência 3.2 OBJETIVOS Determinar, através de ensaios em laboratório, o índice de consistência de argamassa de revestimento, determinação da quantidade de materiais necessárias para dosagem de argamassa, moldagem de corpos de prova de argamassa e análise das suas propriedades. 3.3 DEFINIÇÕES: • Argamassa Segundo a NBR 13281, argamassa é a mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em instalação própria (argamassa industrializada). • Traço Traço é a proporção em volume ou em massa entre os componentes, no caso das argamassas: cimento e areia, que varia de acordo com a finalidade e as características desejadas da argamassa. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 32 de 43 • Fator água/cimento (fa/c) Relação entre o peso da água e o peso do cimento dentro de uma mistura. A água deve ser empregada na quantidade estritamente necessária para envolver os grãos, permitindo a hidratação e posterior cristalização do cimento. • Índice de consistência É a maior ou menor facilidade da argamassa deformar-se sob ação de cargas. Argamassa Seca: A pasta aglomerante somente preenche os vazios entre os agregados, deixando-os ainda em contato. Existe o atrito entre as partículas que resulta em uma massa áspera. Argamassa Plástica: Uma fina camada de pasta aglomerante “molha” a superfície dos agregados, dando uma boa adesão entre eles com uma estrutura pseudo-sólida. Argamassa Fluida: As partículas de agregado estão imersas no interior da pasta aglomerante, sem coesão interna e com tendência de depositar-se por gravidade (segregação). Os grãos de areia não oferecem nenhuma resistência ao deslizamento, mas a argamassa é tão líquida que se espalha sobre a base, sem permitir a execução adequada do trabalho. 3.4 PRÁTICAS A SEREM REALIZADAS MÓDULO III: Argamassa – 02 aulas Aula 8 9º RELATÓRIO - MOLDAGEM DE CORPO DE PROVA DE ARGAMASSA – CÁLCULO DO TRAÇO Aula 9 10º RELATÓRIO - ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA DE ARGAMASSA DE REVESTIMENTO Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 33 de 43 MÓDULO III – PRÁTICA 1 - MOLDAGEM DE CORPO DE PROVA DE ARGAMASSA EQUIPAMENTOS • Agregado miúdo, cimento Portland, água • Desmoldante • Balança • Concha ou pá • Argamassadeira • Recipientes metálicos • Moldes de corpo de prova 5x10cm • Haste metálica • Espátula • Etiqueta de identificação do corpo de prova PROCEDIMENTOS • Calcular a quantidade de material para o traço da argamassa de 1:5 e fa/c = 1,0L/Kg para preenchimento de 1 (um) corpo de prova; • Separar e pesar os materiais; • Com auxílio de uma espátula misturar o material seco no recipiente metálico, em seguida acrescentar a água. Executar a mistura até tornar-se homogênea; • Preencher 01 (um) dos moldes de 5cmX10cm com a mistura e adensá-lo com 10 golpes. • Separar novamente o material para preenchimento dos 02 (dois) outros moldes de corpo de prova, da mesma maneira executada anteriormente. • Identificar cada corpo de prova com etiqueta, com nome do grupo, data de execução da prática, identificação do traço utilizado, turma e nome do professor. • Ensaiar à compressão os corpos de prova de argamassa na semana seguinte para análise da resistência. CÁLCULOS E RESULTADOS Descrever o Traço e as Quantidades de material utilizadas na prática: Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 34 de 43 MÓDULO III – PRÁTICA 2 – DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO EQUIPAMENTOS • Agregado miúdo, cimento Portland, água • Desmoldante • Balança • Concha ou pá • Argamassadeira • Recipientes metálicos • Molde tronco-cônico • Flow-table • Haste metálica • Espátula • Régua PROCEDIMENTOS • Pesar e separar os materiais necessários para traço da argamassa de 1:5 e fa/c = 1,0L/Kg para preenchimento do tronco cônico; • Cada grupo receberá um valor de fa/c diferente para análise comparativa dos resultados; • Com auxílio da argamassadeira, misturar de maneira homogênea todos os materiais, 30 segundos em velocidade baixa. Desligar o equipamento e realizar raspagem do fundo do recipiente metálico. • Em seguida misturar por mais 60 segundos em velocidade rápida na argamassadeira para finalizar; • Limpar o tampo da mesa do equipamento para ensaio; • Posicionar o tronco cônico no centro do tampo da mesa. • Preencher o molde com a argamassa misturada em 03 (três) camadas sucessivas, interrompidas pelo adensamento de 5, 10 e 15 golpes respectivamente com auxílio do soquete; • Em seguida desmoldar e acionar a manivela do equipamento 30 vezes sucessivamente durante 30 segundos de maneira constante e uniforme; • Imediatamente após a última queda da mesa, medir com o paquímetro o espalhamento do molde tronco-cônico original de argamassa. Estas medidas devem ser realizadas em Centro Universitário de Belo Horizonte – UNIBH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 35 de 43 três diâmetros tomados em pares de pontos uniformemente distribuídos ao longo do perímetro. Registrar as cinco medidas. • O índice de consistência da argamassa corresponde à média das três medidas de diâmetro, expressa em milímetros e arredondada ao número inteiro mais próximo. CÁLCULOS E RESULTADOS Grupo: Leitura 1 = Demais dados: AREIA = fa/c = Leitura 2 = Leitura 3 = Leitura 4 = Leitura 5 = MÉDIA = Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 36 de 43 4 MÓDULO IV: CONCRETO NÚMERO MÁXIMO DE AULAS PARA FINALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 02 aulas. 4.1 NORMAS PARA APOIO: • NBR 5738 (2003) - Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova • NBR 5739 (2007) - Concreto - Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos • NBR NM 67 (1996) - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone 4.2 OBJETIVOS Através de ensaios em laboratório, objetiva-se moldar corpos de prova cilíndricos de concreto e realizar o ensaio de resistência à compressão, além de determinar a consistência do concreto pelo abatimento de tronco de cone. Realizar análise comparativa dos resultados entre os grupos. Cada grupo receberá um traço, bem como um fa/c diferente. 4.3 DEFINIÇÕES: • Concreto O concreto é um material composto, constituído por cimento, água, agregado miúdo (areia) e agregado graúdo (pedra ou brita), e ar. Pode também conter adições (cinza volante, pozolanas, sílica ativa, etc.) e aditivos químicos com a finalidade de melhorar ou modificar suas propriedades básicas. Esquematicamente pode-se indicar que a pasta é o cimento misturado com a água, a argamassa é a pasta misturada com a areia, e o concreto é a argamassa misturada com a pedra ou brita, também chamado concreto simples (concreto sem armaduras). Mega Pascal (MPa) = 1 milhão de Pascal = 10,1972 Kgf/cm². Resistência Característica do Concreto à Compressão (fck) Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 37 de 43 4.4 PRÁTICAS A SEREM REALIZADAS MÓDULO IV: Concreto – 02 aulas Aula 10 11 e 12º RELATÓRIO - 11º MOLDAGEM CORPO DE PROVA CONCRETO + 12º “SLUMP TEST” Aula 11 13º RELATÓRIO - ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO CONCRETO Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 38 de 43 MÓDULO IV – PRÁTICA 1 - MOLDAGEM CORPO DE PROVA CONCRETO EQUIPAMENTOS • Agregado miúdo, agregado graúdo, cimento Portland, água • Desmoldante • Balança • Concha ou pá • Betoneira • Recipientes metálicos • Moldes de corpo de prova 10x20cm • Haste metálica • Espátula • Etiqueta de identificação do corpo de prova Figura 5: Fotos dos equipamentos utilizados na prática PROCEDIMENTOS • Pesar e separar os materiais necessários para traço do concreto de 1:2:3 e fa/c a ser definido pelo professor; • O professor poderá definir traços diferentes para cada grupo afim de realizar análise comparativa dos resultados obtidos • Com auxílio da betoneira, misturar de maneira homogênea todos os materiais, por aproximadamente 5 minutos até consistência homogênea. • Deve-se primeiramente adicionar na betoneira toda a brita e metade da quantidade de água, em seguida deve-se lançar os demais materiais; • Despejar a mistura no carrinho de mão; Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 39 de 43 • Preencher os moldes de corpo de prova em 03 (três) camadas sucessivas, adensadas com 25 golpes uniformemente distribuídos a cada camada; • Com auxílio da haste nivelar a superfície do molde, identificar com o nome do grupo e data. • Desmoldar após 24 horas e armazenar para posterior utilização no ensaio de resistência a compressão do concreto. CÁLCULOS E RESULTADOS Descrever o Traço e as Quantidades de material utilizadas na prática. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 40 de 43 MÓDULO IV – PRÁTICA 2 - DETERMINAÇÃO DA CONSISTÊNCIA PELO ABATIMENTO DO TRONCO DE CONE – “SLUMP TEST” EQUIPAMENTOS • Agregado miúdo, agregado graúdo, cimento Portland, água • Base metálica e Molde tronco- cônico • Balança • Concha ou pá • Betoneira • Recipientes metálicos • Haste metálica • Espátula • Etiqueta de identificação do corpo de prova Figura 6: Equipamentos utilizados na prática (Fonte: http://www.humboldtmfg.com) PROCEDIMENTOS • Pesar e separar os materiais necessários para traço do concreto de 1:2:3 e fa/c a ser definido pelo professor; • O professor poderá definir traços diferentes para cada grupo afim de realizar análise comparativa dos resultados obtidos • Com auxílio da betoneira, misturar de maneira homogênea todos os materiais, por aproximadamente 5 minutos até consistência homogênea. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 41 de 43 • Limpar e umedecer o molde, colocá-lo sobre a placa metálica, igualmente limpa e umedecida. • Com o molde fixo pelos pés do operador, preenchê-lo com três camadas de concreto em volumes iguais, com o auxílio do complemento tronco cônico, sendo que a última deve preenchê-lo totalmente. • Cada camada deve ser adensada com 25 golpes da haste de adensamento, distribuídos uniformemente. • Após o adensamento, retira-se o complemento tronco cônico, remove-se o excesso de concreto com o auxílio da colher de pedreiro, limpando-se após isto, a placa metálica em torno do molde. • Eleva-se o molde pelas alças, levantando-o pela posição vertical, com velocidade constante, num tempo de (8 + 2) s. • O abatimento do tronco de cone é a distância da base superior do molde ao centro da base da amostra, medida através da régua metálica. • O resultado deve ser expresso em mm, com aproximação de 5mm. Figura 7: Etapas da prática (Fonte: http://www.lmcc.com) CÁLCULOS E RESULTADOS Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 42 de 43 MÓDULO IV – PRÁTICA 3 - ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO EQUIPAMENTOS • Máquina de capeamento de corpo de prova • Máquina de Prensa • Régua • Corpo de prova preparado conforme Prática 1 do Módulo IV PROCEDIMENTOS • Inicialmente o corpo de prova de concreto é "capeada", suas superfícies são niveladas com auxílio da máquina; • Fazer medição dos diâmetros das superfícies e das alturas. Registrar e calcular as relação h/d; • Posicionar o corpo de prova na máquina de prensa. Verificar se o Corpo de Prova está bem posicionado e nivelado• Ligar a máquina para que o Corpo de Prova possa receber a carga gradual até atingir sua resistência máxima. • Se a prensa não for automática, interromper o ensaio ao som do primeiro estalo. Este fenômeno indica a ocorrência da ruptura por compressão. • Registrar o valor da força máxima atingida no momento da ruptura. • Com base na relação h/d, determinar o fator de correção h/d. Determinar a Força máxima corrigida. • Determinação da tensão de resistência à compressão máxima em kgf/cm². Tensão ´o resultado da razão entre força e área. CÁLCULOS E RESULTADOS Força de Ruptura à Compressão = Tensão de Ruptura à Compressão = Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH Instituto de Engenharia e Tecnologia – IET LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Autores: Renata Martini & Stefan Figueiredo Página 43 de 43 REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS NBR NM 43 (2002) - Cimento Portland - Determinação da pasta de consistência normal; NBR NM 23 (2000) - Cimento Portland e outros materiais em pó - Determinação da massa específica; NBR NM 65 (2003) - Cimento Portland - Determinação do tempo de pega; NBR 11579 (2012) - Cimento Portland - Determinação do índice de finura por meio da peneira 75 µm (nº 200). NBR NM 45 (2006) - Agregados - Determinação da massa unitária e do volume de vazio; NBR NM 52 (2009) - Agregado miúdo - Determinação da massa específica e massa específica aparente; NBR NM 248 (2003) - Agregados - Determinação da composição granulométrica; NBR NM 46 (2003) - Agregados - Determinação do material fino que passa através da peneira 75 um, por lavagem. NBR 13276 (2005) - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Preparo da mistura e determinação do índice de consistência NBR 5738 (2003) - Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova NBR 5739 (2007) - Concreto - Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos NBR NM 67 (1996) - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone COUTO, Carmen ; PINTO, J. D. DA S. ; STARLING, T. . Materiais de Construção Civil. 4ª. ed. Belo Horizonte: UFMG, 2013. v. 1. 112p . GOMES, A. O., Caderno de Aulas Práticas, Escola Politécnica, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia, 2008. OLIVEIRA, A. A., Apostila para as aulas práticas de materiais de construção, Depto. de engenharia estrutural e construção civil, Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Ceará, 2007. http://www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/cimento_4.html http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfrokAE/relatorio-tempo-pega http://aquarius.ime.eb.br/~webde2/prof/ethomaz/cimentos_concretos/Tempo_de_pega_do_ cimento.pdf http://www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/fck.html http://i00.i.aliimg.com/photo/v0/110653672/Concrete_Cylinder_Mould.jpg http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/41/imagens/i301065.jpg http://www.humboldtmfg.com/product-images/H-3645_lg.jpg http://www.lmcc.com/concrete_news/0801/images/0801-16.gif
Compartilhar