PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL - Ergonomia

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ERGONOMIA E PSICOLOGIA
UVA – Psicologia Organizacional
Prof. Lurdes Domingos
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 O QUE É ERGONOMIA ?
E ERGOS = TRABALHO
NOMOS = LEI, REGRA
* Trabalho (lat.) = tripalium
	
Trabalhar = tripaliare 
(torturar com o tripalium)
	
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ERGONOMIA
DEFINIÇÃO
“É o conjunto de conhecimentos a respeito do desempenho do homem em atividade, a fim de aplicá-los à concepção das tarefas, dos instrumentos, das máquinas e dos sistemas de produção". 
(LAVILLE, 1977)
OBJETIVOS
“... estudar a atividade de trabalho, a fim de contribuir para a concepção dos meios de trabalho adaptados às características fisiológicas e psicológicas dos seres humanos, com os critérios de saúde e de eficácia econômica". 
(DANIELLOU,1991)
“... projetar e/ou adaptar situações de trabalho compatíveis com as capacidades e respeitando os limites do ser humano. Isto implica, portanto, reconhecer a premissa ética da primazia do homem sobre o trabalho, posto que um dado trabalho pode se adaptar ao homem, mas nem todos os homens podem se adaptar a um dado trabalho". 
(ABRAHAM em ALVES, 1995)
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FINALIDADE: MELHORAR QUESTÕES RELATIVAS AO TRABALHO
 Alto índice de acidentes de trabalho;
 Problemas potenciais para o desenvolvimento de doenças do trabalho;
 Redução da produtividade no local de trabalho, como alto índice de absenteísmo, retrabalhos, diminuição de motivação, etc;
 Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), visando não só um posto de trabalho melhor, mas também uma vida melhor no trabalho.
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ORIGEM E EVOLUÇÃO
O termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez, em 1857, pelo polonês W. Jastrzebowski, no artigo “Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho baseada nas leis objetivas da ciência da natureza”.
Murrel (1949) criou na Inglaterra a primeira sociedade nacional de ergonomia, a “Ergonomic Research Society”.
BRASIL: Em 31.08.1983 foi criada a “Associação Brasileira de Ergonomia”.
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DESENVOLVIMENTO ATUAL
Níveis de exigências:
	
Tecnológicas: técnicas de produção
Econômicas: qualidade e custo de produção
Sociais: melhoria das condições de trabalho
Organizacionais: gestão participativa
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NÍVEIS DE ATUAÇÃO
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ERGONOMIA PARTICIPATIVA
Os próprios trabalhadores estão envolvidos na implementação dos conhecimentos e procedimentos ergonômicos em seus postos de trabalho. 
A premissa é que os trabalhadores conhecem seus postos de trabalho melhor que qualquer outra pessoa e que este conhecimento permite-lhes desenvolver uma maior compreensão e aproximação com seu trabalho 
 
"A ação ergonômica consiste essencialmente em operar, partindo da atividade dos sujeitos, um deslocamento de pontos de vista, uma mudança de olhar, uma desmontagem de representações estereotipadas, o que pode renovar a abordagem de concepção dos sistemas técnicos e organizacionais, da formação, etc." 
Catherine Teiger, 1992, pg 18
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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO: ESFORÇO PARA RECONHECER A ATIVIDADE DO OPERADOR 
ATIVIDADE = Expressão do funcionamento do Homem na execução de sua tarefa. Conceito estruturante do trabalho para a ergonomia 
Método de análise do funcionamento real do trabalho, dos modos operatórios, agravantes, comunicações, do coletivo de trabalho, das competências requeridas pela função e aquelas que os operadores já possuem
PSICODINÂMICA DO TRABALHO:
Através do trabalho o sujeito busca preencher a lacuna entre o prescrito e o real
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AET: FASES DE DIAGNÓSTICO
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	ERRO HUMANO: FONTES GERADORAS
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TESTANDO OS CONHECIMENTOS
O trabalho prescrito ressalta as características do trabalhador, enquanto o trabalho real corresponde às suas habilidades, conhecimentos e experiências; 
O trabalho real considera as variabilidades na concepção de um projeto ou na situação de inovação tecnológica, o que propicia uma melhoria das condições de trabalho, flexibilizando e reduzindo a polarização imposta pelo trabalho prescrito, cuja referência é, geralmente, um operário médio, bem treinado, que trabalha em um posto estável.
O trabalho real executado em forte dissonância com o trabalho prescrito pode afetar a saúde do trabalhador e o desempenho da produtividade organizacional
A organização do trabalho, correspondente ao trabalho real, diz respeito à longa jornada de trabalho, carga intensa de trabalho, divisão das tarefas, salários, conflitos, conjuntura econômica e social.
A implementação de um projeto de automação/informatização dos postos de trabalho, baseada na análise ergonômica do trabalho, ressalta a contribuição da ergonomia ao processo de introdução de novas tecnologias que, além de modificar a natureza do trabalho, destaca uma produtividade que, muitas vezes afeta a saúde do trabalhador. Neste sentido é importante considerar-se a diferença entre a prescrição e a realidade. Sobre esta diferença é correto afirmar:
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: Ensaio sobre a afirmação e a negação no trabalho. São Paulo: Bontempo Editorial, 2002.
DEJOURS, C. A loucura do trabalho. Cap. 1. São Paulo: Cortez-Oboré, 1992. 
PIZO, C. & MENEGON, N. Análise ergonômica do trabalho e o reconhecimento científico do conhecimento gerado. Revista Produção, v. 20, n. 4, out./dez. 2010, p. 657-668. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/prod/v20n4/AOP_200902028.pdf 
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