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PRINCIPAIS TEORIAS PSICOSSOCIAIS AROLDO RODRIGUES 1. PRINCÍPIO DE EQUILÍBRIO (1946) FRITZ HEIDER PRINCÍPIO DE EQUILÍBRIO (1946) Baseado nas concepções gestaltistas relativas à percepção de pessoas. Assim simetria, boa forma, proximidade, semelhança seriam aplicados nas situações sociais. A percepção de um objeto x, e uma outra pessoa, o, formam uma relação unitária P gosta de x, p gosta de o, e o está unido a x, situação esta que constitui um todo harmônico, cuja boa forma é facilmente percebido por p. PRINCÍPIO DE EQUILÍBRIO (1946) Em se tratando de duas pessoas, se os sentimentos recíprocos entre os mesmos são idênticos, haverá uma situação harmoniosa, segundo Heider. Em caso contrário, isto é, se p gosta de o, mas o não gosta de p, a situação será desequilibrada e gerará tensão, caso não seja modificada através de mudança de atitude. Equilibradas p__________________________o o__________________________p P- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - o o- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - P Desequilibradas p __________________________ o p- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -o p- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - o o___________________________ p PRINCÍPIO DE EQUILÍBRIO (1946) Se em vez de duas entidades, tivermos três, por exemplo, três pessoas p, o e q, ou duas pessoas e um objeto p, o e x, teremos oito possíveis situações, que segundo Heider, seriam equilibradas, seriam equilibradas ou desequilibradas, conforme o número de sinais negativos que possuíssem seus elos. Assim, se uma relação tríadica possui três sinais positivos ou um número par de sinais negativos, será equilibrada. p/o p/x o/x + + + + - - - + - - _ + - - - - + + + + - + - + Princípio do Equilíbrio Heider postula que tendemos a situações de equilíbrio. Quatro são as maneiras de tornar-se uma situação tríadica desequilibrada em equilibrada. Mudança da relação p/o Mudança da relação p/x Mudança da relação o/x Diferenciação Teoria sobre Cooperação e Competição (1949) Morton Deutsch Influenciado pela Teoria de Campo de Kurt Lewin Situação cooperativa – objetivos possuem interdependência Situação competitiva – objetivos de um impede o objetivo de outros Teoria sobre cooperação e competição Indivíduos em situação cooperativas percebem que o atingimento de seus objetivos é, em parte, consequência das ações dos outros, enquanto que indivíduos em situações competitivas percebem que o atingimento de seus objetivos é incompatível com a obtenção dos objetivos dos demais integrantes. Membros de grupos cooperativos terão mais facilidade que membros de grupos competitivos em valorizar as ações dos companheiros conducentes aos objetivos destes, e a opor-se e reagirem negativamente a ações capazes de dificultar ou impedir a obtenção de tais objetivos. Teoria sobre cooperação e competição 3) Indivíduos em situações cooperativas são mais sensíveis às solicitações dos outros membros da situação que indivíduos em situações competitivas. 4) Membros de grupos cooperativos ajudam-se mutuamente com maior frequência que os grupos competitivos. 5) Após um certo período, verifica-se maior frequência de coordenação de esforços em situações cooperativas que nas competitivas. 6) Homogeneidade no que se refere à quantidade de contribuições ou participações é maior nas situações cooperativas que nas competitivas. Teoria sobre cooperação e competição 7) Especialização de atividades é maior em grupos cooperativos que nos competitivos. 8) Há maior pressão para realizações em grupos cooperativos que em grupos competitivos. 9) Há mais aceitação de intercomunicação e maior concordância em grupos cooperativos que competitivos. 10) A produtividade, em termos qualitativos, é maior nos grupos cooperativos que nos competitivos. 11) Há maior manifestação de amizade entre membros cooperativos que em membros competitivos. 12) Os membros de grupos cooperativos avaliam as produções de seus grupos mais favoravelmente que membros de grupos competitivos. Teoria de Comunicação Social Informal (1950) Leon Festinger Para que fim os membros de um grupo se comunicam. Em que situação um membro de um grupo se dirige a outro. A quem especificamente o membro do grupo dirigirá a sua comunicação. Que fatores propiciam a mudança na pessoa a quem a comunicação é dirigida. Que fatores influem na mudança na pessoa a quem a comunicação é dirigida. Que forças atuam nos membros de um grupo no sentido de fazê-los mudarem suas posições originais. A Teoria do Esforço em direção à Simetria (1953) de Theodore Newcomb Fundamenta-se na Teoria do Equilíbrio de Heider Desenvolveu uma formulação teórica acerca dos atos comunicativos que envolvem necessariamente duas pessoas, A e B, e um objeto atitudinal, X. Newcomb utilizou a palavra sistema para referir-se à unidade de análise constituída por A-B-X. Há dois tipos de sistemas A-B-X: sistemas individuais e sistemas grupais. Nos sistemas individuais é a relação entre os três elementos percebido por uma das pessoas. Nos sistemas grupais, por sua vez, envolve-se necessariamente as percepções de duas pessoas em relação a um objeto X., suas orientações em relação a este objeto e em relação uma a outra. Esforço em direção à simetria Haverá simetria num sistema A-B-X quando, no caso de A e B nutrirem sentimentos positivos, ambos possuem orientações semelhantes em relação à X. Não havendo simetria, surge nos integrantes do sistema um esforço em direção à simetria, tal como na teoria de Heider. Atração interpessoal, por exemplo, pode perfeitamente ser explicada em termos da teoria de Newcomb. Teoria em relação ao fenômeno de mudança de atitude (1953) de Hovland, Janis e Kelley Comunicação persuasiva ou mudança de atitude. Considerando que há uma intrínseca relação entre atitude e opinião Atitudes representam comportamentos específicos pró ou contra um objeto, enquanto as opiniões relativas a estes objetos influem na direção pró ou contra tais objetos. Como os comportamentos são seguidos de recompensa ou punição, as atitudes são aprendidas de acordo com os princípios da teoria da aprendizagem e tornam-se habituais. Fenômeno de mudança de atitude Três categorias principais de estímulos presentes em uma situação comunicativa que são capazes de produzir mudanças nos incentivos: Características do comunicador (aquele que apresenta a comunicação persuasiva) Características da comunicação (Unilateral ou bilateral, emocional ou racional, etc.) Características do recebedor da comunicação (inteligência, suscetibilidade, motivação, atitudes amparadas por outros grupos, etc.) Teoria dos processos de Comparação Social (1954) Leon Festinger Extensão da Teoria da Comunicação Informal. Existe uma tendência a comparar e avaliar suas opiniões e habilidades Dado que existe esta tendência de compararmos: Quando se faz a comparação? Com quem se faz a comparação? Quando não se fazem comparações? Quando a pressão para a comparação serámaior? Quais as implicações para a formação de grupos? Teoria da Dissonância Cognitiva (1957) de Leon Festinger Dissonância é um estado desagradável Ele ocorre pós-decisionalmente, antes tratava-se de um conflito Fugindo do arrependimento pós-decisional A dissonância cognitiva só pode ser reduzida ou eliminada através de acréscimos de novas cognições ou mudança das cognições existentes. Dissonância e responsabilidade Dissonância, engajamento e volição. A Teoria da Troca (1959) de Thibaut e Kelley O fenômeno da interdependência entre as pessoas. Explica como se formam as relações diádicas, como elas continuam ou terminam, quais os fatores que as influenciam e como elas são avaliadas por seus membros. A tem um repertório de comportamentos: a1, a2, a3.... B tem um repertório de comportamentos: b1, b2, b3... r (recompensa) e c (custo) fazem parte da interação entre ambos. Podem ser: negativos, nulos ou positivos. CL – Nível de comparação Teoria Funcional das Atitudes (1960) de Katz e Stotland Atitudes humanas formam-se para atendera determinadas necessidades. Entender a “necessidade geradora” da formação de uma atitude é indispensável para compreender as possibilidades de mudanças de atitudes. Funções das Atitudes: Função instrumental Função Ego-defensiva Função Expressiva de valor Função de conhecimento Teoria da Imitação Social (1959) de Albert Bandura Fortemente inspirado no Behaviorismo Aplicando-se no papel da socialização da criança, que tende a imitar modelos observados. O pensamento de Bandura foi, ao longo do tempo, evoluindo de uma posição behaviorista para um olhar mais cognitivista. Teoria da Inequidade ou Injustiça (1965) de Stacy Adams Autor dedica-se ao estudo da percepção da equidade na relação entre o que a pessoa investe e o que recebe em troca. Uma pessoa experimenta o sentimento de inequidade quando ela percebe que a razão de seus resultados para os investimentos e a razão dos resultados de outra pessoa para seus investimentos são desiguais. Sensação de desconforto, insatisfação emocional e desmotivação. Teoria da Atribuição (Diversas Contribuições) Grande valor heurístico Heider, em 1946 já salientava a necessidade que o ser humano tem de procurar explicações para os acontecimentos de que toma conhecimento. Esta busca de explicações para os eventos que nos rodeiam se verifica tanto em situações impessoais como interpessoais. Causalidade impessoal ou pessoal A Teoria da Atribuição Jones e Davis (1965) pesquisam a forma como os sujeitos fazem inferências sobre disposições a partir das considerações de atos de outra pessoa. Kelley (1967) tenta construir critérios objetivos de atribuição de causalidade. Jones e Nisbett (1972) observadores (internas) X atores (externas) Rotter (1966) Escala para situar no continuum internalidade/externalidade. Locus de controle interno, locus de controle externo. Tendência à percepção favorável: Causa externa insucessos X causa interna sucessos. Teoria da Reatância Psicológica (1966) de Jack Brehm Teoria explicativa do fenômeno de busca de liberdade ameaçada ou perdida. Sempre que somos limitados em nossa liberdade de realizar uma escolha livremente, experimentamos um desejo de recuperar a liberdade. Reatância psicológica é a tendência a recuperar a liberdade perdida. A magnitude da reatância dependerá de três fatores: importância absoluta do comportamento livre cerceado, importância relativa do comportamento livre cerceado comparado com a importância de outros comportamentos na ocasião do cerceamento e proporção de comportamentos livres cerceados.
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