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Fichamento de Ciência Política Clássica sobre a ascensão da Igreja na Idade Média

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Universidade do Estado da Bahia
Bacharelado em Ciências Sociais
Ciência Política Clássica
Departamento de Educação - DEDC I
Discente: Deise Gabriela Carmo de Souza
Docente: Núbia Ramos
FICHAMENTO
NAY, Olivier, O pensamento político da Idade Média: da ordem cristã à “renascença” filosófica. In: História das ideias políticas. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 70-130.
Tema central: Império Romano e Cristianismo como religião política.
Ideia central do texto: A ascensão e a derrocada do Império Romano em meio ao fortalecimento do poder político da religião cristã.
RESUMO
O autor aponta o Império Romano como a fase mais decadente da história da civilização, em um contexto de muitas guerras, invasões bárbaras, mortes e muito dogmatismo religioso em meio a enorme ascensão política da Igreja Católica, baseada em pensamentos e doutrinas de Jesus, Paulo, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino..
PALAVRAS-CHAVE: Império Romano. Igreja Católica. Política.
Século VI – XI - extinção da política herdada da Grécia e Roma em substituição dos reinos bárbaros, após muitas invasões e conflitos, em um contexto de derrocada do império ao decorrer dos séculos.
A Idade Média é marcada pela expansão do cristianismo; com a cristianização, o político perde sua autonomia em prol da Igreja, que aos poucos, mesmo com a ideia de não misturar coisas terrenas com assuntos espirituais, ganhava espaço cada vez mais.
Pensadores cristãos usam concepções políticas de Jesus como método doutrinário sobre a sociedade, baseadas em falas dele durante suas pregações, como por exemplo sobre a Lei de Talião.
Em dois séculos de renovação na religião, que se rende ás contribuições da filosofia, do direito e das artes, expandem-se as primeiras doutrinas políticas, cujas seriam fundamentais para a ascensão da religião no poderio político.
O cristianismo rompe com o judaísmo quando separa religião e política e quando manda que assuntos de fé e da terra não sejam misturados, favorecendo a Igreja que mesmo com um discurso contrário, se aproximava do poder.
Nos três primeiros séculos o cristianismo, apesar de perseguido, ganha muitos fiéis, principalmente quando Constantino oficializa a religião como religião do Império Romano, após o Concílio de Nicéia.
Constantino organiza, em 325, já convertido ao cristianismo, o Concílio de Nicéia, com reunião de vários líderes de diferentes religiões, uma reunião ecumênica, para designar doutrinas e livros a serem estabelecidos como lei.
Após a morte do imperador Teodósio, o império racha e fica de um lado (Oriente) o cristianismo imperial, que integra política e Religião e de outro (Ocidente) o império cai e a Igreja se potencializa, dando ao Papa a autoridade.
Ao mesmo tempo em que a Igreja prega separação entre o secular e o terreno, ela confunde-se em meio a assuntos políticos, não seguindo, nem ela mesma, essa doutrina, já que se fortalece justamente com esse paradoxo.
Ao passo em que fiéis se dissipam da vida política como manda a Igreja, a própria Igreja se fortalece politicamente, pois depois de Constantino estabelecer cultos abertos, fica confirmada a parceria do império com a religião.
Os homens da Bíblia eram alheios aos assuntos políticos e sociais, pois acreditavam que a justiça era aplicada por Deus e que a cidade corrompia as pessoas. Ideia que remonta a mensagem de Jesus.
Para Jesus, a justiça dos homens difere da justiça de Deus. Recusa a Lei de Talião por entender que é um conjunto de reparação das falhas humanas, porém não condena os poderes terrestres.
A doutrina política da Igreja tem fundamento na frase de Jesus "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", em resposta a um fariseu que indagava sobre o pagamento dos impostos. 
A ideia de Paulo concebe, paradoxalmente, uma teoria da obediência ao poder civil, a partir da distinção de Jesus entre Reino de Deus e governo da cidade, ao passo em que, conseguinte, manda que todos se curvem ao império, ou seja, aos reis.
Paulo, na carta aos Romanos, afirma que todos devem se curvar aos reis e às autoridades que exerciam as eis, pois Deus está na origem de tudo, inclusive dos poderes terrenos, dando, mais tarde, uma ideia de sistema teocrático.
A afirmação de Paulo fez com que, em nome dessa obediência vinculada a Deus, a doutrina cristã se tornasse conservadora e não condenasse os governos absolutistas, por exemplo, mais tarde. Um enorme alcance político.
Com a conversão de Constantino em 313, a Igreja passa a pertencer ao Império Romano e os cultos tornam-se públicos, gerando controle político, que se torna autônomo no século V.
A cidade de Deus, livro escrito por Agostinho em 413, com objetivo de reforçar a autoridade espiritual da Igreja no império e defender a autonomia da religião frente a política.
Após a queda do império, Carlos Magno, em 800, reconstrói a ideia novamente. Apoia-se na autoridade da Igreja e difunde o cristianismo em busca de uma parceria política, atitude não muito diferentes de outros imperadores que o antecederam.
A república cristã nasce com o império carolíngio, lá na frente, após as invasões bárbaras dos vikings, muçulmanos e dos húngaros. Com a insatisfação das comunidades, nasce o desejo de um freio à violência, por meio da religião.
Com todos esses eventos, as populações locais se dispõem às tutelas dos senhores, criando, mais tarde, o sistema feudal, um modo de organização social em que a base é a servidão contratual e nasce da decadência do Império Romano.
Agostinho pregava a existência de duas cidades totalmente diferentes: a cidade de Deus, governada por leis eternas e a cidade dos homens, onde não teria espaço para atividades religiosas, cuja seria governada por homens.
Santo Agostinho, assim como apóstolo Paulo, recomendava a servidão e obediência, em nome do amor de Deus, ao poder local, pois os homens que governavam eram escolhidos por Deus como, por exemplo, os reis.
A Igreja, única instituição universal, sai fortalecida Império do Ocidente passa a desaparecer, em 476, apesar de começarem a se formar grupos bárbaros reais. O cristianismo ganha mais força.
Durante toda a Idade Média o feudalismo procurou meios para ratificar seu poder, criando mitos que justificassem a vontade de Deus por meio do poder real, fazendo de tudo, religiosamente, para manter tais ideias.
Os chamados vigários de Cristo, no século VIII, reis à frente dos povos cristãos, puseram seu cargo aos desígnios de Deus, pois corre em todos os reinos que eles devem deixar predominar a sua vontade.
Justamente por se pregar que o governo de Roma deveria estar sob os cuidados da Igreja, foi que Agostinho se opôs aos donatistas, que tidos como hereges, eram contra uma aliança da Igreja com o império.
Vivendo sob o êxtase de sacerdotar e governar, inciou-se uma espécie de cura pelo toque aos doentes, pelos reis-sacerdotes em todos os reinos, difundindo crenças populares e poderes sobrenaturais.
O rei Gregório VII promove a reforma gregoriana em que organiza, em meados do século XI uma grande reforma da doutrina cristã, participando muitos papas, doutores da Igreja e legados enviados por Roma para toda a Europa.
É instituído no século XII o direito canônico, um conjunto de leis e regulamentos feitos por líderes da Igreja para o governo da ordem cristã e seus membros com o intuito de reunir a comunidade cristã sob a lei da Igreja para a ressurreição de uma legislação com vocação universal.
Com o desenvolvimento das cidades sos séculos XI-XII, surge mudanças sociais nas camadas das novas elites, trazendo novas profissões como advogados e juízes e críticos do sistema feudal e cristão, criticados, principalmente, pelos goliardos.
Os goliardos escreviam poesias e relatos satíricos sobre a sociedade moralista e hierarquizada, exaltando prazeres da carne, sentimento, jogos, ridicularizam os camponeses e usam a imoralidade para provocar, causando grande indigestão na sociedade e recusavam o domínio de qualquer religião.
Noinício do século XIII surgem as uiversidades com faculdades de teologia, direito romano e canônico e artes liberais, porém se colocam sob tutela da Igreja, embora cobiçadas pelos reis e burguesia, mas sempre inclinada ao pensamento religioso.
Santo Tomás de Aquino tem por finalidade dissociar a corrente entre espiritualidade e política, defendida por Santo Agostinho, propondo uma nova teologia que concilie a revelação cristã com as fontes filosóficas pagãs.

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