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HEREDOGRAMAS Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo PADRÕES DE HERANÇA • Os padrões de herança a ser identificado na análise de heredogramas depende principalmente de dois fatores: • Cromossomo onde está localizado o loco gênico – Em cromossomos autossômicos – Nos cromossomos sexuais (X ou Y) • Fenótipo dominante – Expresso quando apenas um cromossomo de um par porta o alelo mutante, a despeito de haver um alelo normal no outro cromossomo • Fenótipo recessivo – Expresso somente quando ambos os cromossomos de um par portam o alelo mutante PADRÕES DE HERANÇA • Autossômico – Autossômico dominante – Autossômico recessivo • ‡ Ligado ao X – Dominante ligado ao X – Recessivo ligado ao X HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE • Fenótipo • Presença e ausência de sardas • Alelos – S presença de sardas – s ausência de sardas • Genótipos • SS e Ss (S_) presença de sardas • ss ausência de sardas HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE • O fenótipo aparece em todas as gerações, e toda pessoa afetada tem um genitor afetado. • Qualquer filho de genitor afetado tem um risco de 50% de herdar o fenótipo. • Pais fenotipicamente normais não transmitem o fenótipo para seus filhos. HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE • Autossômica – Aparece igualmente em homens e mulheres – Pode ser transmitida diretamente de homem para homem • Dominante – Ocorre em todas as gerações (não há saltos de gerações) – Só os afetados possuem filhos afetados – Em média, um afetado tem 50% de chance dos seus filhos também serem afetados HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE • Homens e Mulheres têm a mesma probabilidade de transmitir o fenótipo aos filhos de ambos os sexos. • O fenótipo tem incidência semelhante em ambos os sexos. • O alelo mutado expressa-se em todos os indivíduos que o recebem. HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE • Doença de Huntington • Distrofia miotônica • Hipercolesterolemia familiar • Osteogênese imperfeita • Neurofibromatose de Von Recklinghausen (NF1) Heredograma mostrando herança típica de uma forma de surdez neurossensorial progressiva (DFNA) herdada como uma característica autossômica dominate. Dentinogênese imperfecta Padrão de heredograma de puberdade precoce limitada ao homem. Este distúrbio autossômico dominante pode ser transmitido por homens afetados ou por mulheres portadoras não afetadas. A herança de homem para homem mostra que a herança é autossômica e não ligada ao X. Como a característica é transmitida por mulheres portadoras não-afetadas não pode ser ligada ao Y. HERANÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA • O tipo mais provável de casamento onde ocorrerá prole afetada é aquele entre indivíduos normais fenotipicamente mas heterozigotos • Quanto mais rara a herança autossômica recessiva, maior a probabilidade de ser gerada por casamentos consaguíneos HERANÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA • Autossômica – Aparece igualmente em homens e mulheres – Pode ser transmitida diretamente de homem para homem • Recessiva – Há saltos de gerações – Os afetados, em geral, possuem genitores normais – Em média 25% dos irmãos de um afetado são também afetados – A característica aparece em irmãos e não em genitores ou netos dos afetados – Os genitores dos afetados normalmente são cosanguíneos CONSANGUINIDADE/ENDOGAMIA EM POPULAÇÕES HUMANAS • Filhos gerados de indivíduos que possuam um ancestral comum • Aumenta a probabilidade de ambos receberem o alelo para determinada característica • Normalmente associada a herança autossômica recessiva CONSANGUINIDADE/ENDOGAMIA EM POPULAÇÕES HUMANAS • Coeficiente de parentesco ou coeficiente de endogamia – É a probabilidade de que um homozigoto tenha recebido ambos os alelos em um loco da mesma fonte ancestral. – É também a proporção de locos nos quais uma pessoa é homozigota ou idêntica por descendência Coeficiente de parentesco ou coeficiente de endogamia • Cálculo do coeficiente de endogamia – Cada pessoa pode aparecer em uma via somente uma vez – Começar sempre com uma pessoa – Seguir para cima no heredograma até o ancestral comum – E então para baixo no heredograma até a outra pessoa afetada – O coeficiente de endogamia para uma via é dado por (1/2)n-1 • Onde: – n é o número de pessoas na via – Se existirem múltiplas vias (múltiplos ancestrais comuns), as probabilidades estimadas para cada via são somadas – O coeficiente de endogamia de uma pessoa é sempre igual ao coeficiente de endogamia dos genitores multiplicado por 1/2 HERANÇA LIGADA AO CROMOSSOMO X • Inativação do cromossomo X • Mulheres apresentam um dos cromossomos X inativo (corpúsculo de Barr) • Compensação de dosagem • Mulheres são mosaicos de cromossomo X inativos • Metade das células tem o cromossomo X de origem paterna inativa e a outra metade tem o cromossomo X de origem materna inativa HERANÇA LIGADA AO CROMOSSOMO X • A inativação do cromossomo X é um processo molecular que envolve a produção de um mRNA não codificante, a metilação de bases CpG e a acetilação de histonas HERANÇA LIGADA AO X RECESSIVA • Ligada ao sexo – Não se distribui igualmente nos dois sexos – Não há transmissão direta de homem para homem • Recessiva – Há mais homens afetados do que mulheres afetadas – É transmitida por um homem afetado, por intermédio de todas suas filhas (que são apenas portadoras do gene), para 50% de seus netos do sexo masculino; portanto, os homens afetados são aparentados pelas mulheres heterozigotas – Os homens afetados geralmente tem filhos normais (de ambos sexos) HERANÇA LIGADA AO X - DOMINANTE • Ligada ao sexo – Não se distribui igualmente nos dois sexos – Não há transmissão direta de homem para homem • Dominante – Há mais mulheres afetadas do que homens afetados – Os homens afetados tem 100% de suas filhas também afetadas, mas 100% de seus filhos do sexo masculino são normais; – Mulheres afetadas podem ter 50% de seus filhos de ambos os sexos também afetados HERANÇA MITOCONDRIAL • Células podem ter até 1000 mitocôndrias • Cada mitocôndria possui de 2 a 10 cópias de mtDNA • mtDNA – Molécula circular – 16569 pares de base – Região controle (1100 pares de base) – Restante codifica para 13 polipeptídeos,2 rRNA e 22 tRNA HERANÇA MULTIFATORIAL • Poligênica apresentam grande variação dentro da população • Vários pares de genes (poligenes) • Efeito final soma dos efeitos individuais associados a fatores do meio ambiente • Vários pares de genes em cromossomos diferentes (poligênicos) efeito cumulativo sem dominância e recessividade HERANÇA MULTIFATORIAL • Herança multifatorial cada gene exerce seus efeitos individuais contribuindo com uma parcela do defeito • Estatura, cor da pele, impressão dermatoglífica e a inteligência distribuição na população curva normal (curva de Gauss) • Quanto maior o número de loci envolvidos na herança, maior será o número de fenótipos diferentes e dua distribuição fica mais próxima de uma curva normal • Lábio leporini (fissura labial), espinha bífida, anencefalia interações genético-ambientais EXEMPLOS DE DOENÇAS AUTOSSÔMICA DOMINANTE DOENÇA DE HUNTINGTON (DH) • Manifestações clínicas – Demência progressiva – Movimentos coreicos – Início tipicamente na 5ª década de vida • Incidência – 4 a 8 por 100.000 • Genética – Autossômica dominante– Mutação raríssima – Expressão semelhante em heterozigotos e homozigotos – Gene 4p16 HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR (HF) • Manifestações clínicas – Nível elevado de LDL no plasma – Depósitos de colesterol nos tendões e pele (xantomas) e artérias na idade adulta – Doença das artérias coronárias no início da meia idade – Homozigotos manifestações clínicas aparecem mais cedo geralmente é fatal na infância • Incidência – Heterozigotos muito comum 1/500 – Homozigotos muito raros 1/1.000.000 • Genética – Autossômica dominante – Gene 19p13 NEUROFIBROMATOSE DE VON RECKLINGHAUSEN (NF1) • Manifestações clínicas – Manchas café-com-leite – Tumores cutâneos – Nódulos na íris – Risco de tumores malígnos • Incidência – 1/3.000 a 1/5.000 • Genética – Penetrância completa – Expressividade altamente variável – Gene 17q11.2 gene que é supostamente supressor de tumor ACONDROPLASIA • Manifestações clínicas – Nanismo de membros curtos – Fácies típica e caracterísiticas radiológicas da coluna vertebral diagnósticas • Incidência – 1/10.000 • Genética – Autossômica dominante – Fenótipo mais intenso em homozigotos – 80% dos pacientes são mutantes novos – Risco aumentado com idade paterna avançada EXEMPLOS DE DOENÇAS RECESSIVA LIGADA AO X HEMOFILIA A (HEMOFILIA CLÁSSICA) • Manifestações clínicas – Distúrbio da coagulação – Hemorragia dentro de articulações e músculos • Incidência – Cerca de 1 em 10.000 homens – Mulheres portadoras raramente apresentam evidências clínicas da doença • Genética – Recessiva ligada ao X – Gene Xq28 – Muitas mutações diferentes HEMOFILIA A (HEMOFILIA CLÁSSICA) • Defeito básico – Mutação no gene que codifica o fator VIII da cascata de coagulação – Formação defeituosa de fibrina DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE (DMD) • Manifestações clínicas – Fraqueza muscular progressiva – Pseudo hipertrofia dos músculos da panturrilha – Início princípio da infância – Letal em homens • Incidência – 1 em 3.000 a 1 em 3.500 meninos – Meninas portadoras 1 em 2.500 • Genética – Recessiva ligada ao X – 1/3 dos pacientes mutantes novos – 2/3 dos pacientes mães portadoras – Gene Xp21 DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE (DMD) • Defeito básico – Anormalidade do gene estrutural da distrofina mantém a integridade da musculatura DALTONISMO • Manifestações clínicas – Discromatopsia ou discromopsia – Incapacidade na distinção de algumas cores primárias – Verde ou vermelho marrom tipo de confusão daltônica mais comum dentre os casos existentes. • Genética – Recessiva ligada ao X DALTONISMO GENÓTIPO FENÓTIPO XHXH MULHER NORMAL XHXh MULHER NORMAL PORTADORA XhXh MULHER HEMOFÍLICA XHY HOMEM NORMAL XhY HOMEM HEMOFÍLICO SÍNDROME DO X-FRÁGIL ou SÍNDROME DE MARTIN-BELL • Lubus 1969 • Retardamento mental moderado hereditário mais comum • Sítio frágil no qual a cromatina não se condensa durante a mitose no cromossomo X (Xq27.3) • 1/1.500 nascimentos de meninos SÍNDROME DO X-FRÁGIL ou SÍNDROME DE MARTIN-BELL • Defeito básico causador da síndrome desconhecido • Mulheres portadoras podem ou não apresentar o retardamento mental – Podem ou não apresentar o sítio frágil em suas células cultivadas SÍNDROME DO X-FRÁGIL ou SÍNDROME DE MARTIN-BELL • Manifestações clínicas – Retardamento mental – Feições grosseiras e macroorquidia – Mulheres portadoras não são dismóficas mas 1/3 apresenta leve retardamento mental – Importante causa genética de retardamento mental em meninos • Incidência – 1/1.100 a 1/1.500 meninos – 1/2.000 a 1/3.000 meninas SÍNDROME DO X-FRÁGIL ou SÍNDROME DE MARTIN-BELL • Genética – Herança ligada ao X – Sítio frágil do cromossomo X Xq27.3 – Transmissão genética incomum – Taxa de mutação mais alta que qualquer outro gene humano • Defeito básico – Mutação do gene normalmente expressado no cérebro EXEMPLOS DE DOENÇAS AUTOSSÔMICA RECESSIVA ERROS INATOS DO METABOLISMO • Geneticamente determinado desordens metabólicas • Deficiências de atividades de enzimas essenciais • 200-300 erros metabólicos conhecidos • Sistema orgânico – Via principal rápida, imediata, eficaz – Via acessória alternativa • Mudança de uma única base nitrogenada desorganização ERROS INATOS DO METABOLISMO ENZIMA (FALTA) PRECURSOR (EXCESSO) PRODUTO (AUSÊNCIA) ERROS INATOS DO METABOLISMO • DNA RNAm enzima (reação) • Erros metabólicos deficiências de enzimas • Gene anormal – Nenhuma proteína – Outra proteína não funcional • Vida embrionária análise do produto excretado (via urinária fetal) • Nascimento manifestações clínicas precoces ou tardias • Odores – Urina – Glândulas sudoríparas (couro cabeludo ou corpo) – Halitose diferente ACATALASIA • Falta de catalase hemáceas e tecidos normais • Decompõem o peróxido de hidrogênio • Flora normal de regiões periodontais • Ausência da catalase acúmulo de peróxidos tecidos sensíveis à infecção bacteriana necrose de qualquer lesão mínima na boca Peróxido Catalase inativação ACATALASIA • Afecção antes dos 10 anos de idade úlceras gangrenosas nas gengivas cheiro desagradável febre afrouxamento dos dentes queda precoce da 1ª dentição • Gangrenas recorrentes tratamento • Dentes removidos cicatrização das úlceras pacientes livres dos sintomas • Famílias de origem japonesa FENILCETONÚRIA OU PKU • Fenilalanina não se converte em tirosina • Defeito enzimático fenilalanina-hidroxilase (fígado) • Hereditária autossômica recessiva • Teste do pezinho • Folling testes urinários irmãos normais evolução de manifestações de degeração neurológica com espasmos e convulsões FENILCETONÚRIA OU PKU • Gene autossômico recessivo 12q • EUA 1/10.000 nascidos vivos • Heterozigotos 1/50 • Testes – Níveis de aminoácido volta ao nível normal mais rápido nos homozigotos normais que nos heterozigotos • Altos níveis de fenilalanina retardamento da mielinização consequências neuromusculares e intelectuais • Crianças normais ao nascer dieta pobre em fenilalanina até os 7 anos desenvolvimento físico e mental normal FENILCETONÚRIA OU PKU • Quadro clínico • E.E.G. anormal • Comprometimento intelectual • Vômitos constantes recém nascidos má resposta aos tratamentos habituais • Irritabilidade acentuada choro constante no lactente • Urina com cheiro de rato ou de bicho • Defeitos físicos grosseiros pés planos, dentes incisivos afastados, epicanto, sindactilia parcial, cabeça pequena, FENILCETONÚRIA OU PKU • Cabelos loiros e finos, pele clara e delicada e olhos azuis 90% dos fenilcetonúricos déficit na formação de melanina • Manifestações neurológicas • Diagnóstico – Dectecção precoce antes das lesões nervosas irreversíveis (até o 5º mês de vida) • Tratamento – Dieta pobre em fenilalanina anomalia evitada ou atenuada • Tratamento e aconselhamento genético • Dosagem de fenilalanina no sangue GALACTOSEMIA • Açúcar do leite lactose galactose + glicose • Gene autossômico recessivo • 1/40 a 1/60 mil nascimentos • Acúmulo de galactose problemas grastointestinais e neurológicos • Vômitos, diarreias, ausência de ganho de peso, hipotonia, infecçõespor E. Coli • Diagnóstico laboratorial • Tratamento suspensão de leite e deriados Galactose Galactose-1-fosfato uridiltransferase Glicose MUCOPOLISSACARIDOSES • Metabolismo de mucopolissacarídeos • Ausência de determinadas enzimas lisossômicas • Acúmulo de mucopolissacarídeos tecido hepatoesplênico, nervoso, ósseo, cartilaginoso, glandular • Excesso eliminado na urina diagnóstico MUCOPOLISSACARIDOSES • Acúmulo progressivo de mucopolissacarídeos nos lisossomos células em espuma (múltiplos vacúolos com mucopolissacarídeos) perda das funções das demais organelas por cpmpressão espessamento dos tecidos comprometidos aumento do volume do citoplasma das células • Espessamento da córnea opacificação catarata MUCOPOLISSACARIDOSES • Espessamento da cartilagem limitação articular • Espessamento das células miocárdicas miocardia hipertrófica degenerativa bloqueio cardíaco • Comprometimento intelectual, auditivo e dos demais sistemas • Hepatoesplenomegalia 1º sinal • 7 tipos principais DIETA PROTEICA FENILALANINA (aminoácido) 1 TIROSINA (aminoácido) 2 MELANINA (Proteína) FENÓTIPO PARA COR DA PELE ÁCIDO FENILPIRÚVICO ÁCIDO HOMOGENTÍSICO 3 CO2 e H2O 1 = HIDROXILASE: Na falta desta enzima temos a FENILCETONÚRIA ou PKU 2= TIROSINASE: na falta desta enzima temos o ALBINISMO
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