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CAPACIDADE JURÍDICA E INTEGRAÇÃO SOCIAL DO ÍNDIO Garantir a dignidade do indígena no âmbito jurídico e social é que a Constituição Brasileira em seu art. 231, prevê algumas garantias e direitos aos indígenas. Do mesmo modo o estatuto do índio criado em 1973 através da lei 6001, tem o mesmo objetivo de assegurar os direitos difusos do Silvícola. Situar desde o seu nascimento sob o regime de tutela por ser incapaz de agir na vida civil, tornando- os livres. Observando as relações de culturas distintas e respeita-las. Ao longo dos anos os índios foram duramente massacrados em seus direitos legais e sociais, não tinham garantias nas suas próprias terras, onde plantavam, colhiam e moravam. Lutaram duramente contra os Europeus, acredita-se que eram quase 5 milhes e hoje é provável que exista menos de 500 mil. Houve um grande massacre ao logo dos anos. Onde a raiz dos conflitos com os índios era motivada por disputa de terras. Acredita-se que algumas mortes foram puramente por discriminação, por achar o índio um ser de segunda classe. Os que resistiram, atualmente, são considerados pessoas de direitos, com medidas protetivas no âmbito jurídico nacional e internacional. São pautados a respeito dos direitos fundamentais e do estudo dos interesses e reivindicações dos Silvícolas instituídos legalmente. A presente concepção se perpetuou nas Constituições seguintes, impregnando inclusive textos e dispositivos infraconstitucionais voltados exclusivamente para tutela dos povos nativos, como o Código Civil de 1916 (artigo 6º) e o Estatuto do Índio (Lei n. 6.001/73) que logo em seu artigo 1º ao defender a preservação da cultura das comunidades indígenas defende, contraditoriamente, a integração progressiva e harmoniosa destas à comunhão nacional. O Estatuto do Índio, vigente atualmente, a contrário sensu constitui um entrave ao respeito e efetividade dos direitos indígenas em razão de estar eivado da intenção integracionista nos moldes aludidos, revela-se num texto incongruente, o qual em certos dispositivos tenta proteger os índios, seus valores culturais e em outros extermina a eficácia destes ao disciplinar o processo de integração do índio à comunhão nacional. Maral Tupã’i, (1980), Confirma que a sociedade brasileira nestes 500 anos de história de sua construção sobre os nossos territórios, que está sociedade, foi fundada na invasão e no extermínio dos povos que aqui viviam, foi construída na escravidão e na exploração dos negros e dos setores populares. Sendo uma história totalmente indigna. No atual diploma indígena vigente apesar de considerar válido ato praticado por índio que revele consciência e conhecimento sobre o ato conjugado com a inexistência de prejuízo, como resquício da política integracionista, considera de plano o índio como absolutamente incapaz. De acordo com certas proteções da FUNAI em relações aos indígenas como os relativos às suas terras, observa-se também que o mesmo acaba por prejudicar os interesses destas populações, as quais ficam proibidas de se autodeterminarem, só podendo exercer seus direitos com autorização da FUNAI que certas vezes, em razão do cumprimento de textos legais indigenistas, atende aos interesses governamentais em detrimento dos indígenas. No que abrange os direitos fundamentais acabam constituindo uma categoria jurídica, normatizada constitucionalmente cuja vocação se destina à proteção da dignidade humana em todas as dimensões, em outras palavras, são os direitos elementares à existência digna do ser humano, como aqueles relativos à sua liberdade, necessidade e proteção, os quais por tal relevância são disciplinados no texto maior de cada Estado sendo também complementados por leis esparsas. Ademais, nesse sentido, a tutela jurídica brasileira conferida aos direitos indígenas fundamentais como abordado passou por estágios evolutivos que se iniciaram no sistema de cunho exterminacionista caracterizado pela completa omissão de se proteger tais direito. No entanto, somente a partir da Constituição Federal de 1988 a tutela indígena que até então se baseava no mero reconhecimento de sua existência se ampliou para garantia do direito a diferença e preservação de suas identidades. O direito de fundamento acaba se tornando mais importante ainda, pois a educação nas comunidades indígenas são de suma importância, nas quais, na histórias dos índios, sempre estiveram expostas a imposição de valores alheios e negação de sua identidade e cultura, como reação a esta situação o legislador constitucional estabeleceu no artigo 210, § 2º da CF/88. “O acréscimo dos mecanismos próprios indígenas fortalece a idéia de preservação dos costumes, línguas, crenças e tradições dos silvícolas, indispensável em razão da inegável diferença cultural entre o homem civilizado a e comunidade indígena”. Abrange que, os direitos indígenas fundamentais têm a função não apenas de reconhecer a existência das comunidades nativas, mas, sobretudo, assegurar o respeito ao seu modo de interação com o mundo, sua organização social, sua identidade cultural. ACADEMICOS: CAMILA DAVY, CAMILA MENEZES, MOISES CRUZ, RAPHAEL ARAUJO.
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