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TCC DE ADMINISTRAÇÃO 2018.

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Universidade Estácio de Sá 
Programa de Graduação em Administração 
 
 
ROGÉRIO BARCELOS FRANCISCO 
 
 
 
CAPITAL DE GIRO COMO PILAR DAS ATIVIDADES FINANCEIRAS NO 
MUNDO DO EMPREENDEDORISMO 
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Administração como parte dos requisitos 
para conclusão do curso 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2018 
 
 
ROGÉRIO BARCELOS FRANCISCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPITAL DE GIRO COMO PILAR DAS ATIVIDADES FINANCEIRAS NO 
MUNDO DO EMPREENDEDORISMO 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à Faculdade Estácio 
de Sá, como requisito parcial para obtenção 
de grau de Bacharel em Administração. 
 
Orientador: Professora Claudia Márcia 
Pereira Loureiro. 
 
 
Rio de Janeiro 
2018 
 
 
TERMO DE APROVAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EM 
ADMINISTRAÇÃO 
 
CAPITAL DE GIRO COMO PILAR DAS ATIVIDADES FINANCEIRAS NO MUNDO 
DO EMPREENDEDORISMO 
 
Por 
 
ROGÉRIO BARCELOS FRANCISCO 
 
O presente artigo científico intitulado CAPITAL DE GIRO COMO PILAR DAS ATIVIDADES 
FINANCEIRAS NO MUNDO DO EMPREENDEDORISMO foi aprovado em __ de ______ de 
2018, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração 
da Universidade Estácio de Sá, tendo sido aprovado com nota __ (______). 
 
Rio de Janeiro- RJ, __, _________ de 2018. 
 
 
ROGÉRIO BARCELOS FRANCISCO 
 
MARIA DO CARMO FIGUEIREDO CISNE 
 
 
 
 
 
 
 
CAPITAL DE GIRO COMO PILAR DAS ATIVIDADES FINANCEIRAS NO 
MUNDO DO EMPREENDEDORISMO 
 Rogério Barcelos Francisco¹ Maria do Carmo Figueiredo Cisne ² 
 RESUMO 
Esta pesquisa idealiza ratificar o quão o capital de giro, um dos fatores mais 
contundentes, para impulsionar as empresas para insolvência, e posteriormente, uma 
possível falência, em caso da falta do capital de giro, ou a insuficiência do mesmo, 
objetiva mostrar a responsabilidade do capital de giro em equilíbrio financeiro, e sua 
importância como ferramenta financeira e analise da mortalidade das MPEs por 
influencia da falta de administração do capital de giro, tal como identificar a 
necessidade do capital de giro (NCG) para as MPEs. Justifica-se que as empresas 
devem estar adaptadas e preparadas de maneira que seu desempenho financeiro, 
econômico e operacional, seja afetado o mínimo possível, sendo assim deve se manter 
o capital de giro equilibrado, a fim de suprir suas necessidades e garantir a estabilidade 
e expansão organizada no mercado. A elaboração deste trabalho foi de cunho 
pesquisa exploratória e teórica, baseada em diferentes materiais, como livros, sítios 
eletrônicos especializados e artigos científicos a fim de obter informações inerentes ao 
tema. Constatou-se através de tabelas e gráficos retirados de pesquisas realizadas 
pelo SEBRAE, que um dos fatores alegados pelos empreendedores, causadores da 
mortalidade das MPES, tanto no ano de 2000, quanto mais recentemente em 2004, é a 
falta de administração do capital de giro, chegando a se tornar o primeiro lugar no 
ranking correspondido a 42% do percentual do conjunto de fatores, logo se nota o quão 
é importante à administração do capital de giro. 
Palavras- chave: capital de giro, insolvência, falência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Dedico este trabalho a minha mãe Sr.ª Edite Barcelos, minha esposa Lúcia 
Alexandre, meus irmãos Valmir e Rosana, minha filha Dayane Barcelos e meus netos 
Isabelly e Pedro Henrique por se constituírem diferentemente enquanto pessoas, 
admiráveis em essência, estímulos que me impulsionaram a buscar vida nova a cada 
dia, meus agradecimentos por terem aceitado se privar da minha companhia pelos 
estudos, concedendo a mim a oportunidade de me realizar ainda mais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura1: Classificação das transações que envolvem caixa por atividades ................ 10 
Figura 2: Balanço patrimonial e capital de giro. ........................................................... 11 
Figura 3: Demonstração algebricamente .................................................................... 13 
Figura 4: Resultados da pesquisa com 2.000 empresas ativas/ inativas .................... 15 
Figura 5: Motivos alegados pelos empreendedores para que a empresa deixasse de 
funcionar...................................................................................................................... 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Causas das dificuldades e razões para o fechamento das empresas ......... 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
AC- Ativo Circulante 
ACL- Ativo Circulante Líquido 
CCL- Capital Circulante Líquido 
MPEs- Micro e Pequenas Empresas 
NCG- Necessidade de Capital de Giro 
PC- Passivo Circulante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 07 
1.1 TEMA .......................................................................................................... 07 
1.2 DELIMITAÇÃO ............................................................................................ 07 
1.3 PROBLEMATIZ ........................................................................................... 08 
1.4 QUESTÕES A INVESTIGAR ..................................................................... 08 
1.5 OBJETIVOS ................................................................................................ 08 
1.5.1 GERAL ............................................................................................. 08 
1.5.2 ESPECÍFICO ..................................................................................... 08 
1.6 JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 08 
1.7 METODOLOGIA .......................................................................................... 09 
1.8 EMBASAMENTO TEÓRICO ....................................................................... 09 
1.9 ESTRUTURA DO ESTUDO ........................................................................ 12 
2. A FERRAMENTA DE GESTÃO FINACEIRA CAPITAL DE GIRO .................. 12 
2.1 CONCEITO DE CAPITAL DE GIRO ............................................................ 13 
2.1.2 COMPOSIÇÃO ................................................................................... 13 
 2.2 A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL DE GIRO....................................................14 
 3. A MORTALIDADE DAS MPS POR INFLUÊNCIA DA FALTA DE 
ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO ............................................................... 16 
 4. COMO CALCULAR A NECESSIDADE DO CAPITAL DO GIRO (NCG) PARA SE 
AFASTAR DA LIQUIDEZ E PERMANECER NA ATIVA ............................................ 18 
 5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 20 
 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 21
7 
 
1. INTRODUÇÃO 
 1.1 TEMA: CAPITAL DE GIRO COMO PILAR DAS ATIVIDADES FINANCEIRAS NO 
MUNDO DO EMPREENDORISMO 
 1.2 DELIMITAÇÃO: 
Este trabalho vem investigar a importância do capital de giro nas MPEs, que 
apesar de existiremvários fatores contundentes a fim de impulsionar as empresas para 
insolvência1, e posteriormente, uma possível falência2, dentre todos os fatores, o mais 
comum, vem a ser a falta do capital de giro, ou a insuficiência do mesmo. Tal fator é tão 
relevante que se pode dizer que capital de giro, é como se fosse o oxigênio de uma 
empresa, que assim como no homem, esta anomalia acaba levando a morte. 
 Segundo a ADEMPE (1997, p. 130), onde foi feita uma analogia sobre o termo, o 
Capital de Giro de uma empresa é: Como a rotação do motor de um carro. Quanto mais 
giros tiver o motor, mais potência tem. Quanto menos giros tiver o motor, menos 
potência tem. Ou seja: quanto mais capital (dinheiro) girar a empresa, mais potência 
tem. Quanto menos capital (dinheiro) girar a empresa, menos potência tem. 
Segundo Assaf Neto; Silva (2017, p.1) “O capital de giro tem participação relevante 
no desempenho operacional das empresas, cobrindo geralmente mais da metade de 
seus ativos totais investidos”, como uma ferramenta de maior importância para o setor 
industrial. Uma empresa pode entrar em insolvência mesmo tendo lucro e permanecer 
em solvência ainda não o tendo, devido à capacidade da Necessidade de Capital de 
Giro (NCG), não esta em conformidade com suas despesas do período médio, como 
mão de obra, fornecedores, impostos, pagamentos e outras despesas correntes. 
Neste trabalho, será avaliado o quão é importante ter o montante do Capital de Giro 
na medida para suprir as despesas cíclicas de uma empresa. 
 
1 Insolvência é um estado em que o devedor tem prestações a cumprir superiores aos rendimentos que 
recebe. 
 
2 Falência é uma situação jurídica decorrente de uma sentença decretatória proferida por um magistrado 
onde uma empresa ou sociedade comercial se omite quanto ao cumprimento de determinada obrigação 
patrimonial e então tem seus bens alienados para satisfazer seus credores. 
 
8 
 
 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO 
 O capital de giro na medida certa é importante para o equilíbrio financeiro das 
empresas? 
 1.4 QUESTÔES A INVESTIGAR 
 1- A importância do capital de giro para as MPEs. 
 2- A mortalidade das MPEs por influência do capital de giro. 
 3- Saber identificar a necessidade do capital do giro (NCG) para se afastar da 
liquidez e permanecer na ativa. 
 
 1.5 OBJETIVO 
 1.5.1 GERAL 
Analisar o quão o capital de giro é responsável pelo equilíbrio financeiro das MPEs. 
 1.5.2 ESPECÍFICOS 
 1- Verificar a importância da ferramenta financeira capital de giro para as 
atividades financeiras das MPEs. 
 2- Analisar a mortalidade das MPEs por influência da falta de administração do 
capital de giro. 
 3- Identificar a necessidade de capital de giro (NCG) para as MPEs. 
 1.6 JUSTIFICATIVA 
Devido às alterações que ocorrem na economia, as empresas devem estar 
adaptadas e preparadas de maneira que seu desempenho financeiro, econômico e 
operacional, seja afetado ao mínimo possível. Sendo assim deve-se manter seu capital 
9 
 
de giro equilibrado, a fim de suprir suas necessidades operacionais e garantir a 
estabilidade e expansão no mercado, evitando a insolvência, e se distanciando cada 
vez mais de uma possível falência. Hong Yuh Ching (2010, p. 25) cita que uma gestão 
efetiva do capital de giro tem levado muitas empresas a conseguir reduções 
significativas nos custos financeiros e aumentos significativos nos fluxos de caixa. 
 1.7 METODOLOGIA 
 Conforme Barros; Lehfeld (2000, p. 2), “metodologia corresponde a um conjunto 
de procedimentos a serem utilizados na obtenção do conhecimento”. É a aplicação do 
método, por meios de processo e técnicas, que garante a legitimidade do saber obtido. 
A metodologia não procura soluções, mas escolhe as maneiras de encontra-las. A 
elaboração deste trabalho foi de cunho exploratório e teórico, baseado em diferentes 
materiais, tais como livros, sítios eletrônicos especializados e artigos científicos a fim de 
obter informações inerentes ao tema. Cervo; Bervian (1996) descrevem ainda que, a 
pesquisa exploratória realiza descrições precisas da situação e quer descobrir as 
relações existentes entre os elementos componentes da mesma. Requer um 
planejamento bastante flexível para possibilitar a consideração dos mais diversos 
aspectos de um problema ou de uma situação. 
 1.8 EMBASAMENTO TEÓRICO 
Conforme Assaf Neto; Silva (2017, p.2) “O termo capital de giro refere-se aos 
recursos correntes (curto prazo) da empresa, geralmente identificado como aqueles 
capazes de serem convertidos em caixa no prazo máximo de um ano”. Os elementos 
de giro são identificados como ativo circulante e passivo circulante (Figura 1). 
 
 
10 
 
 
 
Conforme Hong Yuh Ching (2010, p. 40) “As atividades de financiamento têm a 
ver com a maneira como a empresa irá se financiar como resultado das suas atividades 
operacionais e de investimentos”; as atividades operacionais são aquelas resultantes 
das operações da empresa em um horizonte de curto prazo, assim como as atividades 
de investimento são as resultantes das suas opções de estratégia em longo prazo. 
Segundo Assaf Neto; Silva (2017, p.15) “Toda empresa precisa buscar um nível 
satisfatório de capital de giro de maneira a garantir a sustentação de sua atividade 
operacional” (Figura 2). 
 
Fonte: Revista de Contabilidade e Finanças, vol.12 no. 25, 2001. 
 
Figura1: Classificação das transações que envolvem caixa por atividades 
11 
 
 
 
Uma das definições mais aceitas no mundo de hoje, é dada pelo autor estudioso 
Robert D. Hisrich, segundo ele: 
 
 “Empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com 
valor, dedicando tempo e esforço necessários, assumindo os riscos 
financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as 
consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal”. 
 
O empreendedorismo é considerado hoje um fenômeno global, dada a sua força 
e crescimento nas relações internacionais e formação profissional. Firmando-se no 
pensamento dos autores Peter Drucker e Idalberto Chiavenato, os quais defendem o 
empreendedorismo como atividade de enorme importância nas economias locais e 
mundiais. 
Segundo o economista austríaco Joseph A. Schumpeter, no livro “Capitalismo, 
Socialismo e Democracia”, publicado em 1942, associa o empreendedor ao 
Figura 2: Balanço patrimonial e capital de giro 
Fonte: Administração do capital de giro, 4. Ed, 2017, p.3. 
12 
 
desenvolvimento econômico. Sendo assim é bem salutar que o empreendedor, tenha 
em seu saber, o quanto a empresa necessita do capital de giro, que valor seria 
adequado para manter as atividades operacionais e financeira, bom para encontrar a 
solução do valor do capital de giro, é preciso ter consciência de todas as despesas, 
produzida pelas atividades operacional e financeira da empresa, podendo esta à frente 
e se precaver de todos os problemas gerados pela falta ou insuficiência do capital de 
giro, aos compromissos junto aos fornecedores, com mão de obra, governo e outros 
usando o capital de giro, aos compromissos gerados antes das datas de recebimento 
com o fantasma da insolvência e até mesmo, uma possível falência. 
 1.9. ESTRUTURA DO ESTUDO 
Este trabalho foi organizado em cinco capítulos. No primeiro capítulo, 
denominada introdução, apresenta-se a contextualização do estudo, tema, delimitação, 
problematização, objetivo geral e específico, juntamente com a justificativa e os motivos 
de escolha do tema, metodologiae embasamento teórico. 
No capítulo dois, refere-se ao conceito, composição e importância do capital de 
giro. 
No capítulo três, denominado de A Mortalidade das MPs por influência da falta 
de administração do Capital de Giro. 
Em seguida, observa-se o quarto capítulo, como calcular a Necessidade de 
Capital do Giro (NCG) para se afastar da liquidez e permanecer na ativa. 
Finalizando o quinto capítulo, contendo as considerações finais desta pesquisa, 
com o propósito de responder a questão problema e alcançar os objetivos. 
 
2 A FERRAMENTA DE GESTÃO FINACEIRA CAPITAL DE GIRO 
Usado como ferramenta, o capital de giro está efetivamente ligado ao sucesso 
das empresas, em uma espécie de provisão para preencher os espaços entre comprar 
e pagar, vender e receber, mantendo as atividades das empresas, funcionando com 
autonomia e propriedade, salvaguardado das dificuldades, geradas pelo período de não 
13 
 
entradas de receitas derivadas das vendas de bens á prazo e saídas de montantes 
para cobrir obrigações com vencimento muitas vezes de trinta a sessenta dias, antes 
dos recebimentos. 
 2.1 CONCEITO DE CAPITAL DE GIRO 
Conforme Assaf Neto; Silva (2017, p.2) “O termo capital de giro refere-se aos 
recursos correntes (curto prazo) da empresa, geralmente identificado como aqueles 
capazes de serem convertidos em caixa no prazo máximo de um ano”. Segundo Gitman 
(2004, p. 510), os ativos circulantes, comumente denominados de capital de giro, 
“representam a proporção do investimento total da empresa que circula, de uma forma 
para outra, na condução normal das operações”. Essa idéia envolve a transição 
repetida de caixa para estoques para contas a receber e de volta para caixa. 
 2.1.2 COMPOSIÇÃO 
Assaf (2017, p. 3) descreve que o capital de giro ou capital circulante é 
representado pelo ativo circulante, isto é, pelas aplicações correntes, identificadas 
geralmente pelas disponibilidades, valores a receber e estoques. 
 Os elementos de giro são identificados como ativo circulante e passivo 
circulante, vide (Figura 2). 
 O capital de giro (circulante) líquido- CCL- é mais diretamente obtido pela 
diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Representa o volume de 
recursos de longo prazo (patrimônio líquido) que financia os ativos correntes (de curto 
prazo) (Figura 3). 
 
 
 
 
Ou: 
 
CCL= Ativo Circulante – Passivo Circulante 
Figura 3: Demonstração algebricamente 
14 
 
 CCL= (Patrimônio Líquido + Passivo Não Circulante) – Ativo Não Circulante 
 
 
Capital de giro líquido negativo, ocorre quando o passivo circulante é maior que o 
ativo circulante. Essa situação revela a situação de aperto e liquidez da empresa. No 
entanto, para a maioria das empresas a presença de CCL positivo é básica a seus 
negócios. 
De acordo com Assaf (2017, p. 8) para uma boa administração do capital de giro 
envolve imprimir alta rotação (giro) ao circulante, tornando mais dinâmico seu fluxo de 
operações, proporcionando de forma favorável à empresa, menor necessidade de 
imobilização de capital no ativo circulante e consequente incentivo ao aumento da 
rentabilidade. 
2.2 A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL DE GIRO 
 Segundo Assaf (2017, p. 1) a participação do capital de giro é relevante para o 
desempenho operacional das empresas, cobrindo geralmente mais da metade de seus 
ativos totais investidos, logo uma administração inadequada pode levar a uma situação 
de insolvência. Observa-se que o capital de giro é uma ferramenta fundamental para o 
equilíbrio financeiro de uma empresa (Figura 4). 
 
 
 
Fonte: Administração do capital de giro, 4. Ed, 2017, p.5. 
15 
 
 
 
 
Apesar de diferentes fatores influenciarem na sobrevivência das MPEs, observa-
se que há uma diferença em mais de 15% nas empresas que administram o seu capital 
de giro, ou seja, têm um acompanhamento rigoroso receitas/despesas, sendo assim se 
mantêm sobreviventes (ativas). È um fator de tal relevância que acomete como um 
câncer sem dar alarde, quando é percebida a doença já está avançada. Isto pode 
acontecer quando o empreendedor tem baixa lucratividade, margens pequenas ou 
quando os sócios sem conhecimento e planejamento, acabam fazendo saques altos 
(retirada de valores do caixa) por acreditar que aquele montante (soma de capitais) 
fosse um produto do lucro e não um capital de reservas para cumprir as necessidades 
operacionais e financeiras de certo período com compras de insumos, contas a receber 
contas a pagar, e outros, devendo ter um prazo para toda esta sazonalidade (relativo à 
periodicidade, meses adequados para compra e venda de produtos) inativa em nenhum 
período. 
Figura 4: Resultados da pesquisa com 2.000 empresas ativas/ inativas. 
Fonte: Relatório SEBRAE, 2016. 
16 
 
 
3 A MORTALIDADE DAS MPS POR INFLUÊNCIA DA FALTA DE 
ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 
 O termo administração vem do latim, ad (junto de) e ministra 
tio (prestação de serviço), portanto, administração é uma ação de prestar um serviço. 
Atualmente, administração não é somente relacionado ao governo ou a condução de 
uma empresa, e sim todas as atividades que envolvem planejamento, organização, 
direção e controle. 
 
[...] a tarefa da administração é a de interpretar os objetivos 
propostos pela organização e transformá-los 
em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção 
e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em 
todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos de 
maneira mais adequada à situação. (CHIAVENATO, 1997, p.12). 
 
Segundo os resultados da pesquisa de campo com 2000 empresas do SEBRAE, 
vide (Figura 5) pode-se observar que a falta de administração do capital de giro está 
entre um dos três motivos mais alegados pelos empreendedores para que a empresa 
deixasse de funcionar, correspondendo a 25% do conjunto de fatores. Em uma 
pesquisa mais recente, realizada pela mesma entidade em 2004 observa-se que o 
capital de giro continua entre os principais fatores para a mortalidade das MPEs 
correspondendo ao primeiro lugar no ranking, um percentual de 42% (Tabela 1). 
Chiavenato (2008 p. 15) “Nos novos negócios, a mortalidade prematura é 
elevadíssima, pois os riscos são inúmeros e os perigos não faltam”. Sabendo-se disto, 
se faz fundamental a administração desta ferramenta financeira. 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Motivos alegados pelos empreendedores para que a empresa deixasse de funcionar 
Fonte: SEBRAE, 2016. 
Tabela 1: Causas das dificuldades e razões para o fechamento das empresas 
Fonte: SEBRAE, 2004. 
18 
 
Braga (1989) chama a atenção para a importância da administração do capital de 
giro, uma vez que envolve um processo contínuo de tomada de decisões voltadas 
especialmente para a salvaguarda da liquidez da empresa, afetando também a sua 
rentabilidade. O autor destaca que, as concordatas e falências constituem o 
encerramento natural para as soluções inadequadas dos problemas de gestão de 
capital de giro. Quando as empresas tornam-se insolventes devido ao excesso de 
imobilizações, é motivada pela ausência de planejamento de expansão da empresa, 
que não levaram em conta as necessidades adicionais de recursos para financiar o giro 
das operações. Entre tanto, mesmo a empresa tendo um ótimo lucro, obtendo um bom 
capital de giro, os problemas não vão, embora, caso as empresas percebam a 
necessidade de uma expansão exagerada, sem projetos e planejamento, e começam a 
fazer altíssimas compras de insumos, e muitas vezes com um prazo de recebimento, 
muito elástico, entrando em um overtrading3, que seriamtodas essas operações 
comerciais, sem recursos financeiros suficientes, por conta de todo este aparato de 
malfeitos, o empreendedor acaba por ir consumindo todo o capital de giro, mês a mês, 
até que o mesmo venha a findar, acarretando possivelmente uma falência direta, 
sobrepondo a insolvência que geralmente vem antes da falência. 
 
4 COMO CALCULAR A NECESSIDADE DO CAPITAL DO GIRO (NCG) PARA SE 
AFASTAR DA LIQUIDEZ E PERMANECER NA ATIVA 
O NCG é um indicador importante para a gestão financeira da empresa, já que é 
responsável por demonstrar a necessidade ou não de adquirir capital de giro de fontes 
externas, bem como o seu valor. A fórmula para seu cálculo dependerá basicamente do 
momento em que a empresa se encontra, podendo ser feita de maneira a pensar no 
balanço patrimonial ou no ciclo financeiro, vide (Figura 2). 
O jeito mais simples de calcular a NCG ainda é utilizando o balanço patrimonial, 
de maneira semelhante ao que acontece com o cálculo do capital de giro em si. Deve-
se considerar o valor das contas a receber (são os valores que serão pagos pelos 
 
3 Overtrading (emprega-se a palavra inglesa por ser o termo consagrado) é de definição simples: consiste 
em procurar manter um certo nível de operações comerciais sem recursos financeiros suficientes. 
19 
 
clientes referentes a compras parceladas) e das contas a pagar (já as contas a pagar 
dizem respeito às contas que serão pagas aos fornecedores, normalmente com prazo 
menor do que as que serão recebidas), estoque, os valores em caixa e no banco (além 
de empréstimos, se houver). 
Partindo do princípio dos elementos de giro identificados como ativo circulante e 
passivo circulante, vide (Figura 2). Dessa forma, a necessidade de capital de giro pode 
ser calculada pela seguinte fórmula: 
 
 
Se o valor da NCG for negativo, isso não significa que ela não precisa de capital 
de giro, e sim que ela precisa buscar fontes externas, já que as contas a pagar são 
mais caras do que as contas a receber. Outra análise benéfica para a necessidade de 
capital de giro diz respeito ao ciclo financeiro, ou seja, como ocorrem as vendas por 
parte da empresa. Isso é especialmente importante quando consideramos o fato de que 
muitas empresas vendem a prazo. Ao vender a prazo, a empresa está financiando essa 
dívida do cliente até receber o valor devido. Se, aliado a isso, a empresa tiver que 
pagar os fornecedores em um prazo menor do que aquele que recebe dos clientes, 
então a NCG é ainda maior para que a empresa sustente suas operações. 
Aqui a NCG leva em conta os prazos médios de recebimento e prazos médios de 
pagamentos, tendo como resultado o número de dias que falta para o negócio 
necessitar de mais capital de giro. Assim, a NCG fica calculada da seguinte forma: 
 
 
 
NCG = Contas a Receber + Estoque – Contas a pagar 
 
 
NCG = Prazos Médios de Recebimento – Prazos Médios de Pagamento 
20 
 
 É de suma importância o empreendedor saber calcular a necessidade de capital 
de giro, porém isso não será o bastante se não souber reconhecer as necessidades 
que a empresa apresenta. As perguntas que devem ser respondidas neste sentido da 
NCG são: “Quando eu terei que captar mais dinheiro?” ou “Quando o meu capital de 
giro atual acabará?”, isto ajudará para a conquista de uma gestão financeira de 
sucesso. 
5 CONCLUSÃO 
 O estudo teve como objetivo analisar o quão o capital de giro é responsável pelo 
equilíbrio financeiro das MPEs. 
Como parte do objetivo era verificar a importância da ferramenta capital de giro 
para as atividades financeiras das MPEs. Foi verificada que esta ferramenta financeira 
é relevante para o desempenho operacional das empresas, cobrindo geralmente mais 
da metade de seus ativos totais investidos, logo uma administração inadequada pode 
levar a uma situação de insolvência. 
Constatou-se através de tabelas e gráficos retirados de pesquisas realizadas 
pelo SEBRAE, que um dos fatores alegados pelos empreendedores causadores da 
mortalidade das MPEs tanto no ano 2000, quanto mais recentemente em 2004, é a falta 
de administração do capital de giro, chegando a se tornar o primeiro lugar no ranking 
correspondendo a 42% do percentual do conjunto de fatores, logo se nota o quão é 
importante à administração do mesmo, conforme Braga (1989) chama a atenção para a 
importância da administração do capital de giro, uma vez que envolve um processo 
contínuo de tomada de decisões voltadas especialmente para a salvaguarda da liquidez 
da empresa, o que afeta também a sua rentabilidade. 
Identificou-se que o NCG é um importante indicador de gestão financeira, já que 
é responsável por demonstrar a necessidade ou não de adquirir capital de giro de 
fontes externas, bem como o seu valor, por isso é fundamental calcular seu montante, a 
fim de identificar a situação real em que a empresa se encontra, levando em 
consideração balanço patrimonial ou no ciclo financeiro, o que também não é o 
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suficiente se o empreendedor não souber reconhecer as outras necessidades de sua 
empresa. Sendo- assim este estudo contribui no auxílio do crescimento das MPEs, 
onde orienta como se deve usar a ferramenta fundamental para sua sobrevivência no 
mercado financeiro. 
Para pesquisas futuras, sugiro um estudo comparativo entre o sucesso 
(sobrevivência) e insolvência (mortalidade) das MPEs. 
 
 
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