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Resposta caso concreto semana 4 AO JUÍZO DA VARA

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AO JUÍZO DA VARA ___ CÍVEL DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO – RJ (ART. 319, I c/c 
ART. 46 CPC) 
 
 
 
 
 JOAQUIM MARANHÃO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., 
portador da carteira de identidade n°..., expedida pelo..., inscrito sob o n° de 
CPF/MF..., com endereço eletrônico..., residente e domiciliado na rua..., n°..., bairro..., 
Nova Friburgo – RJ, CEP..., ANTÔNIO MARANHÃO, nacionalidade..., estado civil..., 
profissão..., portador da carteira de identidade n°..., expedida pelo..., inscrito sob o n° 
de CPF/MF..., com endereço eletrônico..., residente e domiciliado na rua..., n°..., 
bairro..., Nova Friburgo – RJ, CEP... e MARTA MARANHÃO nacionalidade..., estado 
civil..., profissão..., portador da carteira de identidade n°..., expedida pelo..., inscrito 
sob o n° de CPF/MF..., com endereço eletrônico..., residente e domiciliado na rua..., 
n°..., bairro..., Nova Friburgo – RJ, CEP..., vem por seu advogado infra-assinado em 
escritório na rua..., n°..., bairro..., cidade..., estado... CEP..., com endereço eletrônico, 
para fins do art. 77, inc. 5° do CPC, ajuizar 
 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO 
 
 Pelo rito comum, art. 318 do CPC em face de MANUEL MARANHÃO, 
nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da carteira de identidade n°..., 
expedida pelo..., inscrito sob o n° de CPF/MF..., com endereço eletrônico..., residente e 
domiciliado na rua..., n°..., bairro..., Nova Friburgo – RJ, CEP..., FLORINDA MARANHÃO, 
nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da carteira de identidade n°..., 
expedida pelo..., inscrito sob o n° de CPF/MF..., com endereço eletrônico..., residente e 
domiciliado na rua..., n°..., bairro..., Nova Friburgo – RJ, CEP... e RICARDO MARANHÃO, 
nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da carteira de identidade n°..., 
expedida pelo..., inscrito sob o n° de CPF/MF..., com endereço eletrônico..., residente e 
domiciliado na rua..., n°..., bairro..., Nova Friburgo – RJ, CEP..., pelos fatos e 
fundamentos que passa a expor. 
I – DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO – ART. 165, 3° CPC 
 Inicialmente cumpre informar que a autora tem interesse na realização 
de audiência de mediação prevista no art. 165, inc 3° do CPC. 
II – DOS FATOS 
 Ocorre que os dois primeiros réus pais dos autores, com o objetivo de 
ajudar o terceiro réu, seu neto que não possuía casa própria, venderam-lhe um de seus 
imóveis, um sítio situado na Rua Bromélia, n° 138, Centro, Petrópolis-RJ, por preço 
certo e ajustado em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). 
 Venda esta consagrada através da Escritura de Compra e venda lavrada 
no dia 29/09/2015, no cartório do 4° ofício de Nova Friburgo e devidamente transcrita 
no Registro de Imóveis Competente. 
 No entanto o negócio jurídico fora celebrado sem o expresso 
consentimento de seus descendentes, autores desta ação, que recorrem aos meios 
judiciais para invalidação da venda do imóvel no intuito de resguardarem seus direitos. 
 
III – DO MÉRIO 
 Insta esclarecer que o negócio jurídico celebrado, sob análise não deixa 
dúvidas sobre a passividade anulação, por inequívoco convencimento de que ocorrera 
a venda do imóvel sem o consentimento expresso dos demais descendentes, havendo, 
pois a possibilidade de anulação nos termos do artigo 496 do CC e jurisprudência 
pacificada no STJ. 
 Art. 496. É anulável a venda de ascendentes e descendentes e 
 o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. 
 
 RECURSO ESPECIAL Nº 9 53. 46 1 - SC (2007/ 0114207 -8) (f) 
 RELATOR: MINISTRO SIDNEI BENETI 
 RECORRENTE : PATRICK SANTOS GOMES 
 ADVOGADO : ALEX SANDRO SOMMARIVA 
 RECORRIDO : ARLEY GOMES E OUTRO 
 ADVOGADO : CRISTIANE 
 EMENTA 
 DIREITO CIVIL. VENDA DE ASCENDENTE E DESCENTE 
 SEM ANUENCIA DOS DEMAIS. ANULABILIDADE. 
 REQUISITOS DA ANULAÇÃO PRESENTES. 
 
1- Segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial 
majoritário, a alienação feita por ascendente à descendente 
é, Desde o regime originário do Código Civil de 1916 (art. 
1132), ato jurídico anulável. Tal orientação veio a se 
consolidar de modo expresso no novo Código Civil (CC/2002, 
art. 496) 
 
2- Além da iniciativa da parte interessada, para a invalidação 
desse ato de alienação é necessário: a) fato da venda; b) 
relação de ascendência e descendência entre vendedor e 
comprador; c) falta de consentimento de outros descendentes 
(CC/1916, art. 1132), d) a configuração de simulação, 
consistente em doação disfarçada (REsp 476557/PR, Rel. Min. 
NANCY ANDRIGHI, 3° T., DJ 22.3.2004) ou, alternativamente, 
e) a demonstração de prejuízo (EREsp 661858/PR, 2° Seção, 
REL. MIN. FERNANDO GONÇALVES, Dje 19.12.2008; REsp 
75149/AL, Rel Min. RAUL ARAÚJO, 4° T., 2.10.2010). 
 
3- No caso concreto estão presentes todos os requisitos para a 
anulação do ato. 
 
4- Desnecessidade do acionamento de todos os herdeiros ou 
citação destes para o processo, ante a não anuência 
irretorquível de dois deles para com a alienação realizada por 
avô a neto. 
 
5- Alegação de nulidade afastada, pretensamente decorrente de 
julgamento antecipado da lide, quando haveria alegação de 
não simulação de venda, mas, sim, de efetiva ocorrência de 
pagamento de valores a título de transferência de sociedade e 
de pagamentos decorrentes de obrigações morais e 
econômicas, a ausência de comprovação e, mesmo, de 
alegação crível da existência desses débitos, salientando-se a 
não especificidade de fatos antagônicos aos da inicial na 
contestação (CPC, art. 302), de modo que válido o julgamento 
antecipado da lide. 
 
6- Decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina subsistente, 
Recurso Especial improvido. 
 
 Deste modo, por todo exposto, requer os Autores, a declaração de 
anulação do contrato de compra e venda do imóvel aqui discutido. 
 
IV – DOS PEDIDOS 
 Diante do exposto requer a este juízo; 
a) Seja designada audiência de mediação com a citação e intimação do dos réus 
conforme art. 165, inc. 3° do CPC. 
b) A declaração de anulação do contrato de compra e venda do imóvel discutido 
nos termos do art. 496 do CC. 
V – DAS PROVAS 
 Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na 
amplitude dos art. 369 e seguinte do CPC, em especial documental superveniente, 
testemunhal, pericial e depoimento pessoal do réu. 
 
VI – DO VALOR A CAUSA 
 Dá-se a causa o valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), nos 
termos do art. 292, I do CPC. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Nova Friburgo, 18 de Março de 2018. 
 
Advogada 
OAB

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