Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Geologia para Engenharia Unidade 4 Minerais e Rochas Rafael Sathler UNIDADE 4 - MINERAIS E ROCHAS 4.1 - Conceito e Propriedades dos Minerais 4.2 - Rochas 4.3 - Tipos de Rochas (Magmáticas; Sedimentares e Metamórficas) MINERAL Substância homogênea, inorgânica, de ocorrência natural com propriedades químicas e físicas definidas em estado sólido. Os elementos químicos naturais formam mais de 2.000 diferentes combinações químicas, que constituem o reino mineral. Ligações químicas iônicas União de cátions e ânions por cessão de elétrons. Exemplo Na1+ e Cl1- (NaCl). Ligações químicas covalentes Compartilhamento de elétrons entre átomos. Exemplos, átomos de carbono no diamante, átomos de hidrogênio e oxigênio na água. Ligações químicas de Van der Waals Mais fraca, une moléculas e unidades estruturais neutras. É rara. Exemplo: grafite, que apresenta átomos de carbono ligados por covalência em camadas Estas estão unidas entre si por ligações de Van der Waals Ligações químicas metálicas Compartilhamento de elétrons livres de átomo para átomo, na forma de nuvens. Tipico de elementos nativos ou metais (Au, Ag, Cu, Al). Formação dos minerais na natureza Série de Reação de Bowen Estabelece uma seqüência de cristalização de um magma de constituição homogênea, revelando a relação entre tempo de cristalização e tipos de minerais formados. série descontínua: reação mineral-solução origina mineral diferente; série contínua: reação não origina novos minerais, mas elementos + sódicos minerais na mesma linha horizontal possuem temperaturas de cristalização idênticas Minerais magmáticos Resultam da cristalização do magma e constituem as rochas ígneas. Os magmas podem ser considerados soluções químicas que originam fases cristalinas de acordo com as leis das soluções, sendo extremamente rara a cristalização gerar apenas uma fase cristalina; o normal é a presença de vários minerais com composições e propriedades diferentes. A formação dos minerais com o resfriamento e mudanças de pressão litostática ou de fluídos, é controlada especialmente pela concentração dos elementos e solubilidade dos constituintes na solução magmática. Minerais metamórficos Originam-se principalmente pela ação da temperatura, pressão litostática e pressão das fases voláteis sobre rochas magmáticas, sedimentares e também sobre outras rochas metamórficas. Muitos minerais dificilmente seriam formados por outros processos, como é o caso do diopsídio, wollastonita, idocrásio, granada, estaurolita, andaluzita, cianita, sillimanita, epidoto, tremolita, actinolita etc Minerais sublimados Formados diretamente da cristalização de um vapor, como também da interação entre vapores e destes com as rochas dos condutos. O enxofre, o gás carbônico, o cloro, o flúor, o boro e seus compostos voláteis, além de outros constituintes menores, aparecem muitos minerais sublimados. Minerais pneumatolíticos Formados pela reação dos constituintes voláteis oriundos da cristalização magmática, desgaseificação do interior terrestre ou de reações metamórficas sobre as rochas adjacentes. Nesse processo podem ser formados topázio, berilo, turmalina, fluorita, criolita, cassiterita, wolframita, flogopita, apatita, escapolita Minerais formados a partir de soluções Deposição por evaporação, variações de temperatura, pressão, porosidade, pH e/ou eH. Ocorre na superfície e em várias profundidades. Na superfície quando não ligadas a atividades magmáticas, normalmente possuem temperaturas do ambiente, sendo consideradas frias e diluídas, enquanto que aquelas que circulam lentamente em profundidades e/ou estão associadas a atividades vulcânicas são quentes e possuem grande quantidade de cátions e ânions dissolvidos, e podem gerar importantes depósitos minerais. Série de estabilidade de Goldich Relaciona taxas de intemperismo ou dissolução de minerais com sua seqüência de cristalização (série de Bowen). Minerais mais comuns na natureza Quartzo (SiO2) Minerais e outros elementos geológicos Os minerais são sólidos, sob condições normais de pressão e temperatura. Há quem considere a água e o mercúrio como minerais, mas a rigor não o são. A água passa para o estado sólido a 0 oC e o mercúrio a -39 oC. Portanto, a água só é mineral em gelo nas geleiras. A característica essencial do mineral é a sua ocorrência natural. Por exemplo, a substância química NaCl tanto pode ser encontrada na natureza como também pode ser produzida no laboratório. No primeiro caso é designada pelo nome mineralógico HALITA e no segundo caso não é designada como mineral, mas sim como produto químico Cloreto de Sódio (sal). MINERALÓIDE Possui todas as características dos minerais, porém não têm estrutura interna ordenada (amorfo). São substâncias formadas por processos orgânicos ou inorgânicos, que não desenvolvem estrutura interna cristalina. Formados por materiais inorgânicos: opala, vidro vulcânico, conchas, pedras nos rins, pérolas. Por materiais orgânicos: âmbar, turfa, linhito, hulha, antracito e petróleo (combustíveis fósseis). Âmbar (composição média C10H16O) Mineralóides ou “minerais artificiais” As substâncias produzidas em laboratório, com estrutura interna ordenada e composições químicas definidas, são denominadas cristais ou minerais artificiais ou sintéticos, e as sem estrutura interna, de vidro. Atualmente se reproduz em laboratório, com bastante semelhança, praticamente todos os minerais e gemas naturais. Ex.: diamante, safira, rubi, quartzo, espinélio, esmeralda etc. ROCHA É um agregado natural, formado de um ou mais minerais (ou mineralóides), que constitui parte essencial da Crosta Terrestre, nitidamente individualizada (representadas em mapas geológicos). Nelas os minerais se agregam obedecendo leis físicas, químicas ou físico-químicas, dependendo das condições em que se forma esta ou aquela rocha. Granito Minerais essenciais: quartzo, biotita e feldspato Minerais acessórios: granada, hornblenda, zircão etc Importância de minerais e rochas A Crosta é formada de rochas, que são constituídas de minerais e mineralóides (vidro vulcânico, carvão e outros de origem orgânica). É fundamental compreender o que é um mineral, um mineralóide e uma rocha, sobretudo para fins exploratórios (econômicos) e de engenharia (resistência de materiais). Mineralogia Principais propriedades dos minerais ►Composição química ►Densidade ►Cor ►Traço ►Hábito ►Dureza ►Brilho ►Clivagem ► Fratura Composição química Os minerais têm uma composição química, fixa ou variável dentro de limites bem definidos, que pode ser representada por uma fórmula química. A classificação de Dana e Hurlbut (1960), divide os minerais de acordo com o ânion dominante. Classificação de Strunz (1935) Mais usada, por melhor atender às necessidades científicas, pois considera a estrutura e composição química dos minerais. Divide os minerais em 12 grandes grupos (composição química) e os subdivide com base na organização estrutural. Dessa forma tem-se: elementos nativos; sulfetos; sulfossais; óxidos e hidróxidos; halogenetos; carbonatos; nitratos; boratos; sulfatos e cromatos; fosfatos, arsenietos e vanadatos; tungstatos e molibdatos, e silicatos (nesossilicatos, sorossilicatos, ciclossilicatos, inossilicatos, filossilicatos e tectossilicatos). Classificação de Strunz Haletos Ânions Cl-, F-, Br-, I-. Sulfatos: Ânion SO4 -2 + cátions metálicos Sulfetos: Ânion S-2 + cátions metálicos. Carbonatos: Ânion CO3 -2 + Ca+ ou Mg+. Óxidos ÂnionO-2 + cátions metálicos. Silicatos: Si + O-2 + outros cátions. Cor Alguns minerais, normalmente de brilho metálico, tem cor constante independente da amostra – idiocromáticos (ex. pirita) Outros, geralmente os de brilho não metálico, apresentam uma gama variada de cores – alocromáticos (ex. quartzo). Traço ou risca A cor quando reduzido a pó, corresponde ao traço ou risca. Mesmo quando a cor varia, geralmente o traço mantém-se constante. Pode ser diferente da cor do mineral (pirita: amarelo-latão e traço negro). Hábito cristalino ► Sistema cristalino: Cúbico Romboédrico Tetragonal Hexagonal Ortorrômbico Monoclínico Triclínico Cúbico (Pirita) Ortorrômbico (Topázio) Hexagonal (Apatita) Tetragonal (Rutilo TiO2) Trigonal (Córidon Al2O3) Relação hábito e estrutura cristalinos Estrutura cristalina de um cristal de sal (NaCl). Notar a ordenação dos átomos. Clivagem Essa propriedade física reflete a tendência que, através da aplicação de uma força mecânica, alguns minerais apresentam para se fragmentarem segundo superfícies planas e brilhantes, com direções bem definidas e constantes. Fratura É caracterizada pelo modo como um mineral se rompe quando não se parte segundo os planos de clivagem. Brilho Consiste no efeito produzido pela qualidade e quantidade de luz refletida pela superfície dos minerais. Alguns minerais são opacos, ou seja não apresentam qualquer tipo de brilho. Dureza Resistência ao ser riscado. Medida relativa, escala estabelecida pelo mineralogista Friedrich Mohs. Apresenta 10 termos, que permitem determinar a dureza de acordo com a facilidade ou dificuldade com que um mineral é riscado por outro. Principais minerais formadores de rochas Moscovita Silicato hidratado de potássio (grupo das micas) com fórmula molecular ideal: KAl2(Si3Al)O10(OH,F)2. É um filossilicato: minerais silicáticos com estrutura cristalográfica de tetraedros de SiO4 que se unem em duas dimensões resultando em um hábito em folhas (comum nas argilas também). Fraciona-se devido à fácil clivagem: presença abundante nos sedimentos. É resistente ao intemperismo químico (mesmo em clima quente e úmido): o potássio (aproximadamente 10%) que poderia ser nutriente não está disponível, não se altera. Biotita Classe dos silicatos, subclasse dos filossilicatos, grupo das micas e subgrupo ferromagnesianas. Composição: potássio (K), magnésio (Mg), ferro (Fe), flúor (F) e alumínio (Al). Fórmula química aproximada: K(Mg,Fe)3(OH,F)2(Al,Fe)Si3O10 A facilidade de decomposição decorre da sua riqueza em ferro, muito oxidável Como fonte de nutrientes supera a moscovita. Rochas ricas em biotita originam solos com bastante potássio. Granada Grupo dos silicatos, fórmula química geral A3B2(SiO4)3 , onde A pode ser cálcio, magnésio, mangânes ou ferro, e B pode ser alumínio, ferro férrico, titânio ou cromo. Não apresentam clivagem, mas mostram partição dodecaédrica. A fratura é concoidal a desigual; algumas variedades são muito resistentes e são valiosas para finalidades abrasivas. Feldspatos Aluminossilicatos, tendo como cátions átomos de potássio, sódio, cálcio e raramente bário, com fórmula química geral: (K,Na,Ca)(Si,Al)4O8 Participam na composição de rochas de cerca de 60% da crosta. São importantes pela sua abundância, quantidade de elementos úteis às plantas e facilidade de alteração colocando os elementos disponíveis: fonte de K+, Na+ e Ca++. Na decomposição dos feldspatos (e silicatos em geral), o agente mais ativo é o íon hidrogênio (hidrólise) Anortita: feldspato cálcico; albita: feldspato sódico; ortoclásio: feldspato potássico; > %An = < % de sílicatos. Quartzo: Dióxido de silício (SiO2) em estado cristalino. A sílica pode apresentar-se em minerais cristalinos (quartzo), criptocristalinos (calcedônia e ágata) e sílica amorfa (opala). Praticamente não se decompõe, geralmente se fragmenta. Por isso, se concentra na fração grosseira (areia e silte) formando arenitos e siltitos. Em comparação, feldspatos, micas, feldspatóides, são menos resistentes quimicamente, originando compostos coloidais que se distribuem nas partículas finas de solos e rochas sedimentares finas (argilitos). Silicatos ferro-magnesianos ► Piroxênio Fórmula geral BnCo/Si2O6. Posição B ocupada por cátions geralmente de Ca e Na; a posição C, por cátions de Mg, Fe, Fe3+, Mn, Al, Mn3+, Li, Ti ► Olivina ((Mg,Fe)2SiO4) ► Anfibólio AmXnYo/Z8O22(OH)2, posição A preenchida por cátions de K, Ba e Rb; a X principalmente por Ca, Na e mais raramente o K; a Y por cátions de Mg, Fe2+, Fe3+, Al, Mn, Ti, Li, Mn3+, Cr, etc. Piroxênio Olivina Alguns outros minerais encontrados em rochas Calcita Composição química CaCO3, com clivagem romboédrica perfeita. Cristaliza em grande variedade de formas e também como estalactites. Principal constituinte dos calcários e mármores, ocorrendo também em conchas, como cimento em rochas sedimentares e em carbonatitos. Magnetita Mineral magnético formado por óxidos de ferro II e III ( FeO.Fe2O3 ), cuja fórmula química é Fe3O4. É um material de dureza 5.5 - 6,5, quebradiço, fortemente magnético, de cor preta, de brilho metálico, com peso específico entre 5,158 e 5,180. Pirita Dissulfeto de ferro (FeS2), mineral acessório. Sob intemperismo, água e oxigênio, decompõe-se em sulfato ferroso e ácido sulfúrico. FeS2 + H2O + 7O FeSO4 + H2SO4 O enxofre é essencial para os vegetais, pequena quantidade de pirita é benéfica às plantas. Já o excesso é nocivo. Feldspatóides: Teor de sílica nitidamente inferior, em rochas onde o resfriamento do magma não foi suficiente para saturar todos os óxidos metálicos com sílica. Aluminossilicatos de sódio, potássio e cálcio. Leucita: K2O . Al2O3 . 4SIO2 Nefelina: NA2O . Al2O3 . 2SIO2 Em virtude do menor conteúdo em sílica, estes são mais prontamente decompostos que os feldspatos. Importantes na formação dos solos devido a sua fácil alteração associada aos elevados teores de elementos químicos úteis às plantas. ROCHAS Rochas Rochas Ígneas Gênese de rochas ígneas Formadas pelo arrefecimento de materiais fundidos que ascendem do interior do planeta. Podem ser: ► Magma – material fundido que sofre arrefecimento no interior da litosfera ► Lava – material fundido que ascende por condutos vulcânicos, extravasando em vulcões e escoando sobre a superfície da litosfera Ascenção de materiais fundidos na litosfera ► Cavidades preenchidas por magma; fusão parcial da rocha encaixante. ► Ascenção por condutos vulcânicos até a superfície Classificação Física (estrutura) Textura (tamanho dos grãos) Fanerítica: Grãos visíveis a olho nu. Grãos encaixados: Microestrutura advinda de uma cristalização lenta; Rochas intrusivas (plutônicas). Afanítica: Grãos microscópicos. Grãos finos ou estrutura vítrea: Advinda de uma cristalização rápida; Rochas extrusivas (vulcânicas). Classificação Química (mineralogia): Félsica (feldspato e sílica); Intermediária; Máfica (magnésio e ferro). Rochas plutônicas ou intrusivas Rochas ígneas formadas por arrefecimento de magma no interior da litosfera. Estrutura – geralmente não orientadas Textura - granulação grossa: Gabro ou Granito Rochas vulcânicas ou extrusivas Formadas por ascenção de material fundido que escoa como lava na superfície ou acumula-se muito próximo à superfície (hipoabissais – porfiríticas). Textura predominante: fina, pouco visíveis ou não visíveis a olho nu Estrutura: podem apresentar orientação conforme a “corrida de lava” Exemplos: basaltoe riolito. Erupções vulcânicas explosivas Comuns em magmas félsicos, ricos em água e gás, e de elevada viscosidade. Rochas sobrejacentes impedem a volatização: liberados explosivamente. ► Piroclastos: rochas vulcânicas ejetadas no ar. Cinzas vulcânicas: < 2mm. Bombas vulcânicas: > 2mm. Gera rochas do tipo: Tufos: fragmentos menores; Brechas vulcânicas: Maiores. Granito Basalto Gabro Riolito Classificação de rochas ígneas Nome Cor Química Textura Estrutura Tipo Porosidade Densidade Granito Leucocrata Félsica Fanerítica Encaixada Intrusiva Baixa Elevada Holomelano crata Máfica Afanítica Grãos dispersos Extrusiva Média Média HIpoabissal Alta Baixa Rochas Metamórficas Metamorfismo Transformação física e mineralógica, em estado sólido, das rochas, geralmente sem que mude a composição geral, como conseqüência de variações físicas (pressão e temperatura). Processo de metamorfismo: O calor e a pressão eliminam os poros da rocha, aumentando a sua densidade Os minerais instáveis são substituídos por minerais estáveis A ligações entre os constituintes das rochas são fortalecidas pela recristalização. Fatores de metamorfismo: ►Tensão ►Temperatura ►Fluidos de circulação ►Tempo Considerando as condições de pressão e temperatura, estão presentes diferentes graus de metamorfismo ► Metamorfismo de baixo grau ► Metamorfismo de médio grau ► Metamorfismo de elevado grau Pressão e Temperatura ► Temperaturas elevadas mas sem fusão, favorecem reações químicas. ► A pressão eleva a temperatura: a temperatura aumenta com a profundidade. ► Intrusões magmáticas também podem sobreaquecer rochas encaixantes. Fluidos de circulação Transportam átomos e íons que provocam a quebra das ligações das redes cristalinas. A composição química e mineralógica das rochas é alterada pela substituição de umas partículas por outras. Metamorfismo regional Pressões muito intensas e elevadas temperaturas, a que se juntam soluções aquosas a grandes profundidades da crosta terrestre. Metamorfismo de contato Pressão e a deformação podem ser menores, sendo a temperatura mais importante. Minerais cristalizam em rearranjo aleatório, sem foliação (meta-tipomorfos). Rocha típica: corneana (hornfels) Tipos de estrutura – foliação em metamórficas Não-foliada - rochas cujos minerais são normalmente equidimensionais e não apresentam nenhuma orientação preferencial – monomineralógicas ou corneanas. Foliada – minerais laminares em bandas alternadas. Diferenciam-se de acordo com a granulosidade e orientação de cristais em: Clivagem Xistenta Xistosidade Bandado Gnáissico Clivagem Xistenta Baixo grau de metamorfismo. Planos com superfície lisa, orientação de minerais microscópicos Ardósia: rocha sílico- argilosa Xistosidade Médio grau de metamorfismo. Cristais mais desenvolvidos. Planos de foliação, superfície irregular devido ao desenvolvimento dos cristais. Ex. Micaxisto Filádio (muscovita, caulinita, quartzo) Bandado gnáissico Metamorfismo de grau muito elevado. Minerais segregados em bandas alternadas claras e escuras Ex.: Gnaisses (ácidas) Granulitos (cálcio-alcalinas) Seqüências metamórficas Conjunto de rochas derivadas de mesmo tipo de rocha original, com grau crescente de metamorfismo. Ardósia Gnaisse Micaxisto Filádio Sequência Argilosa - Originada a partir de argilitos ou de siltitos Seqüência carbonatada Com inicio nos calcários, evolui para mármores. Calcários > Mármores Seqüência carbonácea Desenvolvida a partir de carvões fósseis: Antracito > Grafite Classificação de rochas metamórficas Nome Protólito Sequência metamórfica Grau de metamorfismo Textura Orientação Porosidade Densidade Gnaisse Granito (ou mica-xisto, etc) Alto Grosseira Bandado gnáissico Baixa Elevada Sedimentar, metamórfica , ígnea... Ex.: argilosa, carbonácea, carbonatada, quartzosa etc. Médio Media Xistosidade Média Média Sedimentar, metamórfica , ígnea Baixo Fina Clivagem xistenta Alta Baixa Rochas Sedimentares Rochas Sedimentares Intemperismo Erosão Transporte Deposição Sedimentos Litificação Formação de rochas sedimentares • Diagênese: Mudanças físicas, químicas e biológicas, que afetam o sedimento desde a deposição até a litificação. • Litificação: Sedimentos inconsolidados convertidos em rochas. Condições mais baixas de temperatura e pressão dentre os três tipos de rochas. Processos associados com a diagênese e litificação: Compactação, cimentação, recristalização, alteração química. Intemperismo Físico Quebra do material Intemperismo Químico As regiões secas tem a menor taxa de intemperismo devido a quase ausência de precipitação Em regiões com altas taxas de precipitação pode- se acompanhar os efeitos do intemperismo a partir dos monumentos Litificação Compactação e cimentação por elementos químicos Sedimento Rocha As condições de temperatura e pressão em que ocorre a litificação são baixas. Há redução na quantidade de água devido à compactação. Compactação Folhelho Cimentação A cristalização íons dissolvidos na solução intersticial forma o cimento. Ocorre em conjunto com a dissolução diagenética (por compactação). Os tipos mais comuns em rochas sedimentares são quartzo (SiO2), calcita (CaCO3), pirita (FeS2) e argilominerais. Identificação de rochas sedimentares Baseada em: ► Composição química Quais minerais compõem a rocha ► Aparência física (textura e estrutura) Forma, tamanho e orientação dos grãos que compõem a rocha Classificação geral ► Clásticas Maduras Imaturas ► Não clásticas Carbonatadas Evaporíticas Biogênicas Classificação de Rochas Clásticas Tamanho do Grão ► Pedregulho ► Areia ► Silte ► Argila Maturidade do Sedimento ► Arredondamento ► Selecionamento Tamanho do Grão •Pedregulho > 2mm •Areia = 2-0,05 mm •Silte = 0,05-0,002 mm •Argila < 0,002 Classificação baseada no tamanho do grão Fração areia: Arenito (maior permeabilidade) Fração pedregulho: Conglomerado Siltito Argilito (maior deformação) Tamanho Fino Classificação baseada na maturidade Brecha Conglomerado Conglomerado sofreu intenso transporte, brecha não sofreu intemperismo químico nem transporte considerável Classificação baseada na maturidade Maduro • Grãos bem arredondados • Mineral selecionado: ex. quartzo Arenito quartzoso Imaturo • Grãos angulares • Minerais variados (ex., com argila) Arenito arcósio Arenitos Arenito quartzoso (selecionada, grãos de quartzo) Arcósio (com argila) Arenito Lítico (com fragmentos de rocha) Grauvaca (pouco cimento, muita sílica, compressão tectônica ou glacial) Designações dependem da variação na composição e presença de minerais primários. Areia é sempre o principal constituinte Classificação de não clásticas Dificuldade de utilizar a textura em muitos casos Clásticas = textura detrítica vs. Carbonatadas e evaporíticas = em geral, textura cristalina Classificação de sedimentares não clásticas Geralmente baseada na composição química Composição 1.Calcita (CaCO3; carbonato de cálcio) 2.Halita (NaCl; cloreto de sódio, traços de bromo, ferro, iodo, silício, flúor) 3.Gipsita (Ca(SO4) • 2H2O). Sulfato de cálcio) 4.“Carbono” / Plantas Remanescentes Nome da rocha 1.Calcário 2.Rocha salina (evaporito) 3.Rocha de gipso (gesso) 4.Carvão Rochas sedimentarescarbonatadas e sobretudo evaporíticas Geralmente formadas em corpos de água com concentração de sais Rochas não clásticas carbonatadas O dióxido de carbono (CO2) sequestrado da atmosfera pelos oceanos reage com a molécula de água (H2O) para formar o ácido carbônico (H2CO3). Este é instável e se dissocia liberando cátions de H+ e ânions de bicarbonato (HCO3 -). O bicarbonato se dissocia liberando H+ e carbonato (CO3 2-). O carbonato pode se ligar a elementos tais como o cálcio (Ca2+), formando carbonato de cálcio (CaCO3). Transformação do soluto em sedimento – Precipitação química (ex.: evaporito) – Ação de organismos vivos (ex.: carapaça de moluscos) – Precipitação induzida por biota (ex.: mudança na concentração de CO2) Carbonatadas de cálcio Calcários: pelo menos 50% de CaCO3 (calcita). Reagem com HCl. Várias texturas e cores de acordo com variações de gênese e presença de outros elementos (argila, óxidos, carbono, sulfuretos). Marga (com argila) Calcário Cristalino (predomina CaCO3) Calcário Fossilífero Calcário negro (carbonoso ou com pirita) calcetaria Rochas não clásticas precipitadas Rocha de Gipso (Ca(SO4)•2H2O, sulfato hidratado de gesso)Rocha de Halita (NaCl) Formadas em uma bacia deposicional a partir de substâncias químicas em ambiente marinho ou lacustre com grande evaporação = evaporitos. Rochas não clásticas biogênicas Acumulação bioquímica de carbonatos, sílica e outras substâncias, ou deposição e transformação da própria matéria orgânica. Acaustobiólitos (não combustíveis): acumulação de estruturas silicosas de foraminíferos e diatomáceas (diatomitos); ou calcários de intervenção de certas algas e de acumulação de conchas, corais etc. Caustobiólitos (combustíveis): acumulação de matéria orgânica, juntamente com quantidade variável de argilosas ou calcários. Acaustobiólitos Calcário biogênico: carapaças e conchas de animais marinhos Estruturas cálcicas: Crustacea Estruturas cálcicas: Mollusca Estruturas silicosas: diatomáceas (“algas douradas”) Protista (unicelular, eucarionte: núcleo e membrana) marinho e água doce, parede silicosa externa à membrana ► Espécies pelágicas (livres) ► Espécies bentônicas (solo) Depósitos (diatomitos) usados na fabricação de abrasivos, cosméticos, tijolos Estruturas variadas: foraminíferos Protista (unicelular eucarionte: com membrana e núcleo) geralmente marinho, com teca calcária, silicosa ou protéica. ► Espécies bentônicas ► Espécies planctônicas (correntes) Tecas de planctônicos são depositadas massivamente no assoalho oceânico, mantendo-se no registro fóssil. Importância na indústria do petróleo Estudo de microfósseis identifica potencial de geração e acumulação de hidrocarbonetos. As tecas são formadas pelos elementos de oceanos antigos: a razão entre isótopos estáveis de O18 e C13 permite reconstruções paleoclimáticas e paleoprodutividade dos oceanos, respectivamente. Padrões geográficos de fósseis planctônicos permitem inferir antigas correntes marinhas. A razão entre bentônicos e planctônicos determina ambiente próximo ou distante da costa (quanto mais bentônicos, mais próximo da costa). Certas espécies e associações são típicas de alguns ambientes, sendo possível reconstruir precisamente o ambiente deposicional. Caustobiólitos Carvões. Orgânicas por excelência, pois predominam moléculas carbono. Acúmulo de materiais de fauna e flora em condições anóxicas ou em climas frios. Classificação de rochas sedimentares Tipo Tipo de formação Maturidade Composição química Cimentação Porosidade Densidade Textura Tamanh o do grão Detrítica Fragment os minerais Selecionamento mineralógico e arredondamento de grãos Importante, pode alterar o nome Grossa, média, fina Pedregul ho, areia, silte, argila Química Evaporaç ão ou precipitaç ão biogênica - Composição química determina o nome - - Biogênic a Formadas por atuação da biota - Quantidade de m.o. e estado de decomposição altera o nome - -
Compartilhar