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23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/6 Classificação de interações medicamentosas NESTA AULA SERÃO APRESENTADAS AS CLASSIFICAÇÕES DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, A SABER: FARMACÊUTICAS, FARMACOCINÉTICAS E FARMACODINÂMICAS. NOSSO FOCO SERÁ EM FARMACOCINÉTICA, DESTACANDO TODAS AS ETAPAS DESSE PROCESSO, ESPECIALMENTE OS CONCEITOS DE INDUÇÃO E INIBIÇÃO ENZIMÁTICA. ALÉM DISSO, ESTA AULA TRATARÁ SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DE PREVISIBILIDADE DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS. As interações medicamentosas são classificadas em: farmacêuticas (ou físico-químicas), farmacocinéticas e farmacodinâmicas. No quadro a seguir, segue cada definição, e adiante veremos com mais detalhes sobre cada uma. Farmacêuticas: Quando um fármaco é físico ou quimicamente incompatível com outro. Farmacocinéticas: Quando um fármaco interfere na absorção, distribuição, biotransformação ou na excreção de outro fármaco. Farmacodinâmicas: Quando um fármaco modifica a atividade de um segundo fármaco, atuando em diferente ou igual local de ação. Interações Farmacêuticas As interações farmacêuticas são interações físico-químicas de um fármaco com uma solução de infusão intravenosa ou de dois fármacos na mesma solução, resultando em perda da atividade do fármaco envolvido. As interações consideradas farmacêuticas podem ser evitadas se alguns princípios forem seguidos, como: 01 / 05 23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/6 Administrar fármacos intravenosos na forma de injeção de bolo, ou por meio de bureta de infusão. Não acrescentar fármacos a soluções de infusão, a não ser glicose ou solução salina. Mesmo nessas soluções, alguns fármacos são instáveis, enquanto outros são fotossensíveis e devem ser protegidos da luz para evitar a rápida perda de sua atividade. Evitar misturar fármacos na mesma solução de infusão, a não ser que a mistura seja comprovadamente segura. Ler as instruções do fabricante e as advertências específicas, verificando se o fármaco é apropriado para administração intravenosa. Misturar o fármaco por completo na solução de infusão e verificar, posteriormente, durante a infusão se ocorreu alteração visível (turvação, precipitação ou mudança de cor). Todavia, a ausência dessas alterações não garante a ausência de uma interação. Preparar soluções apenas quando elas forem necessárias. Escrever claramente, no rótulo de todas as garrafas de infusão, o nome e a dose do fármaco adicionado e as horas de início e término de infusão. Utilizar dois locais separados para infusão, se houver necessidade de infusão simultânea de dois fármacos; a não ser que tenha a definição e a certeza de que não haverá interação (Grahame-Smith e Aronson, 2002). Diante dessa relação de princípios na infusão intravenosa, percebemos a importância do profissional farmacêutico, que deve ser consultado se houver qualquer dúvida. Interações Farmacocinéticas Fatores que contribuem com interações medicamentosas na farmacocinética: 02 / 05 23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/6 Um exemplo clássico de interação físico-química na absorção é a quelação do cálcio, magnésio e sais de ferro ocasionada pelas tetraciclinas. Na absorção, a redução da motilidade gastrointestinal diminui a taxa de absorção de fármacos, porém não afeta a extensão de sua absorção. Na distribuição, o deslocamento de um fármaco por outro, de seus sítios de ligação às proteínas plasmáticas, provoca um aumento na concentração circulante do fármaco não-ligado, com consequente potencial de efeito aumentado do fármaco deslocado (Grahame-Smith e Aronson, 2002). Na atualidade, considerando os conceitos de interações medicamentosas na farmacocinética, há um foco na biotransformação (conforme será abordado na aula 5), especialmente nas definições de: indução e inibição enzimática (resumidamente colocadas a seguir). 03 / 05 23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/6 Indução enzimática Aumenta a velocidade de biotransformação hepática do fármaco. Aumenta a velocidade de produção dos metabólitos. Aumenta a depuração hepática. Diminui a meia-vida sérica do fármaco. Diminui as concentrações séricas do fármaco. Diminui os efeitos farmacológicos se os metabólitos forem inativos. Inibição enzimática Diminui a velocidade de biotransformação hepática do fármaco. Diminui a velocidade de produção de metabólitos. Diminui a depuração total. Aumenta a meia-vida do fármaco. Aumenta as concentrações séricas do fármaco. Por fim, na excreção, destaca-se a competição pela secreção tubular renal, constituindo um importante mecanismo nas interações que alteram a excreção, como exemplo: o fármaco probenecida inibe a secreção tubular da penicilina, aumentando a sua concentração sanguínea e prolongando seus efeitos terapêuticos (considerada uma interação benéfica). Interações Farmacodinâmicas As interações farmacodinâmicas são as que ocorrem entre dois ou mais fármacos, por meio de seus próprios mecanismos de ação, ou competindo junto aos receptores específicos ou independentemente de receptores (Oga, 2003 citado por Storpirtis et al., 2008). Como forma de divulgar as interações existentes e conhecidas, pode-se adotar uma sigla para designar a previsibilidade, conforme segue no quadro a seguir: Interações medicamentosas com a classificação de previsibilidade AP: Altamente previsível. Ocorre interação em quase todos os pacientes aos quais se administra a combinação de fármacos que interagem. P: Previsível. Ocorre interação na maioria dos pacientes que recebe a combinação. NP: Não previsível. A interação só é observada em alguns pacientes aos quais se administra a combinação. NE: Não estabelecida. Dispõe-se de dados insuficientes para avaliar a previsibilidade. (Adaptado de: Greghi, 2002.) 04 / 05 23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/6 REFERÊNCIA GRAHAME-SMITH, D. G., ARONSON, J. K. Tratado de farmacologia clínica e farmacoterapia. 3. ed. Guanabara Koogan, 2002. GREGHI, C. M. Interações medicamentosas. 2002. Disponível em: www.psiquiatriageral.com.br (http://www.psiquiatriageral.com.br/). Acesso em: 2 dez. 2008. STORPIRTIS, S.; MORI, A. L. P. M.; YOCHIY, A; RIBEIRO, E; PORTA, V. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 05 / 05 23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/6
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