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1 Gestão de Resíduos e Efluentes IndustriaisUniversidade Federal Fluminense Instituto de Química Departamento de Química Analítica Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Prof. Geraldo Fontoura geraldo_fontoura@id.uff.br Turma A1 4as feiras – 18h00 – 21h00 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Programação – 1o. Semestre de 2012 Aula Data Conteúdo 1 07.03 Apresentação do curso. Introdução. 14.03 Não haverá aula! 2 21.03 Resíduos: amostragem, classificação, segregação, armazenagem, minimização, reciclagem 3 28.03 A Produção Mais Limpa 4 04.04 Incineração de Resíduos 5 11.04 Co-processamento de resíduos 6 18.04 Exercícios de Revisão. 7 25.04 1ª. Avaliação 8 02.05 Aterro Industrial Orientação para a execução do trabalho 2 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Programação – 1o. Semestre de 2012 Aula Data Conteúdo 9 09.05 Tratamento de Efluentes Industriais 10 16.05 Transporte de Resíduos 11 23.05 Tratamento de Emissões Atmosféricas 12 30.05 Análises de Resíduos 13 06.06 Segurança no manuseio de resíduos. Convenção OIT 170 14 13.06 2ª. Avaliação 15 20.06 Verificação Suplementar Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais • INTRODUÇÃO •TRATAMENTOS FÍSICO-QUÍMICOS • TRATAMENTOS BIOLÓGICOS • TRATAMENTOS TERCIÁRIOS • ESTUDO DE CASO 3 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais • INTRODUÇÃO Por que tratar os efluentes industriais? Qual a diferença entre tratamento de água e tratamento de efluente? Qual a diferença entre tratamento de efluentes sanitários e tratamento de efluentes industriais? Tratamento simultâneo de efluentes sanitários e industriais. Classificação do tratamento de efluentes Tratamentos: Físico-químicos e Biológicos Tratamentos: Primário, Secundário e Terciário Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais � INTRODUÇÃO • TRATAMENTOS FÍSICO-QUÍMICOS • TRATAMENTOS BIOLÓGICOS • TRATAMENTOS TERCIÁRIOS • ESTUDO DE CASO 4 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais • TRATAMENTOS FÍSICOS-QUÍMICOS: Tratamentos Preliminar: a) Gradeamento: As grades são dispositivos constituídos por barras metálicas, paralelas, igualmente espaçadas e dispostas de forma inclinada ou perpendicular. Têm por objetivo reter sólidos grosseiros existentes no despejo. b) Peneiras: São utilizadas para remoção de sólidos finos e fibrosos. Os dispositivos de retenção são constituídos geralmente por telas ou malhas de aço de aberturas variáveis, conforme o tipo de material a ser separado. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais • TRATAMENTOS FÍSICOS-QUÍMICOS Tratamentos Preliminar: c) Caixa de Areia: São unidades destinadas a reter areia ou outro material com características similares. d) Separadores de óleos: São unidades destinadas a reter óleos e gorduras, que por serem menos densos que a água, flutuam na sua superfície após um tempo de relativo repouso. Podem, em outros casos, serem mais densos do que a água e ficarem retidos no fundo do separador. 5 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais • TRATAMENTOS FÍSICOS-QUÍMICOS Tratamento Primário: a) Decantação: A decantação consiste na remoção de partículas sólidas de uma suspensão por ação da gravidade. Em estações de tratamento de despejos, a decantação é aplicada para a remoção de sólidos orgânicos e inorgânicos do despejo bruto (decantadores primários) ou para a remoção dos sólidos formados nos reatores biológicos do efluente tratado (decantadores secundários). A adição de floculantes ou polieletrólitos aumenta a eficiência da decantação, pois os flocos formados no processo tendem a capturar partículas de pequenas dimensões e que não seriam removidas pela decantação simples. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais DECANTAÇÃO SIMPLES OBJETIVO: REMOÇÃO DE SÓLIDOS EM SUSPENSÃO. A2 V2/A2 ONDE A1 < A2 V2 < V1 A1 SUSPENSÃO V1 / A1 POR ADSORÇÃO OU ABSORÇÃO REDUZ A CONCENTRAÇÃO DE ALGUNS OUTROS POLUENTES (POR EX.: METAIS). (A diferença entre adsorção e absorção é que o primeiro é um fenômeno apenas de superfície.) 6 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais DECANTAÇÃO SIMPLES Fonte: Tratamento e Controle de Efluentes Industriais Eng. Gandhi Giordano Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais • PRECIPITAÇÃO DO FÓSFORO Fe+3 + [PO4 ]-3 FePO4 insolúvel (Fosfato Férrico) Al+3 + [PO4 ]-3 AlPO4 insolúvel (Fosfato de Alumínio) 3 PO4-3 + 5 Ca (OH)2 Ca5 (PO4)3 (OH)10 (Hidroxifosfato de Cálcio) DECANTAÇÃO (QUIMICAMENTE ASSISTIDA) 7 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais • PRECIPITAÇÃO DE METAIS – Formação de Hidróxidos Metálicos M + OH MOH A faixa de pH de precipitação de cada metal é variável • UTILIZAÇÃO DE AGENTES DE FLOCULAÇÃO INORGÂNICOS E POLIELETRÓLITOS. • CRIAÇÃO DE CONDIÇÕES PARA A FLOCULAÇÃO, COAGULAÇÃO E/OU PRECIPITAÇÃO. DECANTAÇÃO (QUIMICAMENTE ASSISTIDA) Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais • TRATAMENTOS FÍSICOS-QUÍMICOS Tratamento Primário: b) Neutralização: É um dos processos mais utilizados em tratamento de efluentes industriais. Entre os seus usos, podemos citar: - preparação para lançamento direto no corpo receptor, para posterior tratamento biológico, para processo de coagulação ou floculação; - precipitação de metais pesados etc. 8 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais • TRATAMENTOS FÍSICOS-QUÍMICOS Tratamento Primário: b) Neutralização: Em um processo de neutralização, tem de se levar em consideração: - formação de depósito, caso os sais formados sejam insolúveis; - possibilidade de liberação de gases; - liberação de calor nas reações de neutralização de ácidos por álcalis. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais • TRATAMENTOS FÍSICOS-QUÍMICOS Tratamento Primário: b) Neutralização: Quando uma indústria possui efluentes ácidos e alcalinos, pode- se promover a neutralização entre si, tomando o cuidado para evitar a emanação de gases tóxicos. 9 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais • TRATAMENTOS FÍSICOS-QUÍMICOS Tratamento Primário: b) Neutralização: Para a neutralização de efluentes ácidos, pode-se utilizar os seguintes agentes: leito de calcário, leite de cal, soda cáustica. A soda cáustica oferece a vantagem de uniformidade do reagente, apresentando elevada taxa de reação e o produto final da neutralização é solúvel. Para a neutralização de efluentes alcalinos podemos utilizar ácido sulfúrico e gás carbônico. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais • TRATAMENTOS FÍSICOS-QUÍMICOS Tratamento Primário: c) Processo de floculação e coagulação: Floculação: é um processo mecânico de agitação lenta que promove o desenvolvimento dos flocos, mediante a aglomeração de impurezas aos flocos iniciais e a própria aglomeração dos flocos. 10 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais • TRATAMENTOS FÍSICOS-QUÍMICOS Tratamento Primário: c) Processo de floculação e coagulação: Coagulação: é o processo de formação de flocos por meio de reação do coagulante para transformar as impurezas que se encontram em suspensão, em estado coloidal e, às vezes, em solução, em partículas maiores que possam ser removidas por sedimentação ou filtração. Os coagulantes mais empregados são: alumina (Al2O3), aluminato de sódio, sulfato ferroso, coagulantes férricos - sulfato férrico e cloreto férrico e óxido de magnésio. Cada coagulante apresenta uma faixa de pH mais apropriada para utilização e a escolha do coagulante a ser utilizado depende de resultados experimentais. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais • TRATAMENTOS FÍSICOS-QUÍMICOS Tratamento Primário: d) Flotação: É uma operação para separação de partículas sólidas ou líquidos de baixa densidade contidos em um meio líquido. A flotação é obtida introduzindo-se ar na massa líquida sob a forma de pequenas bolhas, que aderem às partículas, que se deseja separar,arrastando-as à superfície da câmara de flotação. 11 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais FLOTAÇÃO Fonte: Tratamento e Controle de Efluentes Industriais Eng. Gandhi Giordano Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais FLOTAÇÃO 12 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Remoção de óleos e graxas Tecnologias disponíveis Separadores Gravimétricos Separadores centrífugos (hidrociclones) Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais � INTRODUÇÃO � TRATAMENTOS FÍSICO-QUÍMICOS • TRATAMENTOS BIOLÓGICOS • TRATAMENTOS TERCIÁRIOS • ESTUDO DE CASO 13 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : O tratamento biológico de águas residuárias (efluentes), nos seus diversos processos, consiste em otimizar, sob condições artificiais, o fenômeno de degradação de matéria orgânica e de alguns compostos inorgânicos, que ocorre na natureza. A degradação de matéria orgânica é feita por microrganismos (bactérias, algas, protozoários e fungos) e consiste na quebra e oxidação dos compostos orgânicos, gerando compostos mais simples como CO2, H2O,NO3-,etc. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : Muitos tipos de microrganismos são ativos na degradação da matéria orgânica, e na resultante estabilização de um despejo. Esses microrganismos podem ser classificados de forma geral como aeróbios, facultativos e anaeróbios. Os organismos aeróbios necessitam de oxigênio para o seu metabolismo. Liberam gás carbônico (CO2). Os organismos anaeróbios sobrevivem na ausência de oxigênio e derivam sua energia de compostos orgânicos. Liberam metano (CH4). Os organismos facultativos comportam-se aerobicamente na presença de oxigênio e anaerobicamente na sua ausência. A maioria dos compostos encontrados nos processos biológicos de tratamento são do tipo facultativo. 14 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : Objetivos: - coagular e remover os sólidos coloidais não sedimentáveis, e - estabilizar a matéria orgânica. Os sólidos coloidais podem ser removidos tanto por atividade biológica (no caso de matéria orgânica), tanto pelo processo físico de adsorção pelos flocos formados pelas colônias de microrganismos. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : Objetivos: Para esgoto doméstico, o principal objetivo do tratamento é reduzir a quantidade de matéria orgânica. Para despejos industriais, o objetivo é a remoção ou redução de concentração de compostos orgânicos ou inorgânicos. Para o caso de despejos industriais existe, muitas vezes, a necessidade de pré-tratamento para a remoção de substâncias tóxicas ao desenvolvimento microbiano. 15 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : Processos Aeróbios de Tratamento Biológico: O objetivo do tratamento biológico de um efluente é o de converter moléculas complexas em produtos simples e biomassa com a utilização de uma mistura de microrganismos. Uma vez que o sucesso do tratamento depende da atividade biológica, é necessário que o sistema seja operado com o objetivo de estimular o crescimento microbiano. No caso dos tratamentos aeróbios, é necessário o fornecimento constante de oxigênio através da injeção de ar e também a agitação constante do meio para evitar depósitos que possam ocasionar condições anaeróbicas, além de garantir a distribuição uniforme do oxigênio no meio. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : Processos Aeróbios de Tratamento Biológico: Os despejos são tratados pela adição de oxigênio na presença de microrganismos, segundo a equação geral: bactérias Despejos + Oxigênio Despejos + novas + Gás tratados bactérias carbônico 16 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : a) Processos de Lodos Ativados: O processo do lodo ativado é o mais versátil dos processos biológicos de tratamento. Consiste basicamente na aeração de despejos biologicamente degradáveis, por um certo período de tempo, até que uma grande massa de flocos sedimentáveis é formada. Os sólidos sedimentáveis são na verdade massas de microrganismos e são chamados de Lodo Ativado. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : a) Processos de Lodos Ativados: Em outras palavras, no processo de Lodos Ativados, um certo despejo é estabilizado biologicamente em um reator sob condições aeróbicas, que são mantidas pelo uso de agitação mecânica ou pela difusão de ar. Após o tratamento no reator, a massa biológica é separada do líquido em um tanque de sedimentação. Parte dos sólidos biológicos é reciclada e parte é descartada do sistema. 17 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : a) Processos de Lodos Ativados: Na natureza, o principal papel das bactérias é o de decompor a matéria orgânica produzida por outros organismos vivos. No processo de Lodos Ativados, as bactérias são responsáveis pela decomposição da matéria orgânica do despejo. No reator, parte da matéria orgânica é utilizada por bactérias aeróbicas e facultativas para obtenção de energia usada na síntese de novas células e parte é oxidada a compostos mais simples de baixo nível de energia, como nitratos, sulfatos e gás carbônico. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : a) Processos de Lodos Ativados: O Lodo Ativado é formado simplesmente pela aeração de despejos líquidos na presença de bactérias até que estas tenham estabilizado a matéria orgânica. O Lodo Ativado não é formado por bactérias especiais e a formação de flocos é um fenômeno normal às bactérias. Existem dois métodos básicos de promover o contato entre o despejo e o ar para que haja transferência de oxigênio. O primeiro consiste na introdução de ar ou oxigênio puro abaixo da superfície por meio de difusores. O segundo método consiste na agitação mecânica da superfície do líquido para promover a transferência do oxigênio diretamente da atmosfera. Os dois métodos podem ser também combinados. 18 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Lodos Ativados Convencional Carga volumétrica: 0,3 – 0,6 KgDBO5/m³.d Tempo de detenção celular: até 10 dias Eficiência de remoção de DBO5: 80 – 95% Aeração prolongada Carga volumétrica: 0,1 – 0,4 KgDBO5/m³.d Tempo de detenção celular: 10 a 30 dias Eficiência de remoção de DBO5: 85 – 95% Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais LODO ATIVADO BIOMASSA MICROBIANA CONSTITUÍDA POR BACTÉRIAS AERÓBICAS QUE SE UTILIZAM DO SUBSTRATO (MATÉRIA ORGÂNICA) PRESENTE NO AFLUENTE PARA SE DESENVOLVER. Aglomeração dos microorganismos com a matéria orgânica em suspensão formando flocos biológicos. 19 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais BACTÉRIAS FILAMENTOSAS X BACTÉRIAS FORMADORAS DE COLÔNIAS EXCESSO DE FILAMENTOSAS: BULKING – PERDA DE LODO POR FLOTAÇÃO CARÊNCIA DE FILAMENTOSAS: PIN POINT – PERDA DE LODO POR ARRASTE Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais PARTE INTEGRANTE DA ETAPA BIOLÓGICA DO SISTEMA DE LODOS ATIVADOS REATOR: OCORREM AS REAÇÕES BIOQUÍMICAS DE REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA. DECANTADOR SECUNDÁRIO: OCORRE SEDIMENTAÇÃO DOS SÓLIDOS PERMITINDO QUE O EFLUENTE FINAL SAIA CLARIFICADO. RECIRCULAÇÃO: AUMENTA A CONCENTRAÇÃO DE BIOMASSA NO REATOR, QUE É RESPONSÁVEL PELA ELEVADA EFICIÊNCIA DO SISTEMA. DESCARTE DO LODO: DIRECIONA A IDADE DO LODO DO SISTEMA, DEIXANDO-O SEMPRE ATIVO. 20 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais PARTE INTEGRANTE DA ETAPA BIOLÓGICA DO SISTEMA DE LODOS ATIVADOS REATOR DECANTADOR SECUNDÁRIO RECIRCULAÇÃO DO LODO DESCARTE DO LODO Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais AERADORESDifusor Disco Difusor Dome Difusor Tubo Difusor Aerador de Superfície Aerador de Macro Bolha 21 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais FLUXOGRAMA DO PROCESSO GRAÚNA Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais EFICIÊNCIA DO TANQUE DE AERAÇÃO DEVIDO À ENTRADA CONTÍNUA DE ALIMENTO, OS MICRORGANISMOS ESTÃO CONTINUAMENTE CRESCENDO, SE REPRODUZINDO E CONSEQUENTEMENTE METABOLIZANDO A MATÉRIA ORGÂNICA. SISTEMA SEM DESCARTE IDADE DE LODO INFINITA LODO VELHO MÁ EFICIÊNCIA SISTEMA COM DESCARTE IDADE DE LODO DEFINIDA LODO ATIVO BOA EFICIÊNCIA 22 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais VARIANTES DO PROCESSO É DETERMINADA PELA QUANTIDADE DIÁRIA DA CARGA ORGÂNICA APLICADA AO SISTEMA. QUANTO MAIS ESTÁVEL, MELHOR PARA O SISTEMA. Kg DQO / d = DQO X Q CARGA ORGÂNICA Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais VARIANTES DO PROCESSO NUTRIENTES C : N : P 100 : 5 : 1 200 : 5 : 1 A DEFICIÊNCIA DE NUTRIENTES CAUSA METABOLIZAÇÃO ENDÓGENA, ENFRAQUECENDO O SISTEMA. 23 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais VARIANTES DO PROCESSO pH VALORES ALTOS, QUANDO O SISTEMA BIOLÓGICO ESTÁ FUNCIONANDO BEM, NÃO É PREJUDICIAL AO SISTEMA (pH SUPERIORES A 8,5). pH ENTRE 6,5 E 8,5: BACTÉRIAS PREDOMINAM. pH ENTRE 5,0 E 6,5: FUNGOS COMPETEM COM BACTÉRIAS. pH ENTRE 4,0 E 5,0: FUNGOS PREDOMINAM. pH INFERIORES A 4,0: MORTE DO LODO. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TDH THD = VTA / Q DIÁRIA VARIANTES DO PROCESSO TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DO EFLUENTE NO TANQUE DE AERAÇÃO, EXPRESSO EM DIAS. 24 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : b) Filtro Biológico: O Filtro Biológico é um reator aeróbio que consiste em um leito permeável através do qual faz-se percolar o despejo a ser tratado. Os microrganismos se desenvolvem em colônias que formam filmes que aderem ao material do recheio do filtro. Ao mesmo tempo que o efluente é tratado pelo contato com os microrganismos, sua ação hidráulica sobre o meio remove parte das células e forma o lodo a ser removido na unidade de sedimentação. Se o filme de biomassa não se solta do meio por um motivo qualquer, o seu acúmulo fatalmente irá ocasionar o entupimento do filtro e o colapso do tratamento. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : b) Filtro Biológico: A insuflação de ar, seja ela natural ou forçada, geralmente se dá na parte inferior do filtro, subindo o ar em contra corrente com o efluente. Deve-se ressaltar que o termo "Filtro" é mal aplicado, já que não ocorre filtração. O processo busca aumentar ao máximo o tempo de contato entre o despejo e a superfície do material do leito onde desenvolveram-se colônias de microrganismos. O material do filtro é geralmente composto por pedras, escória ou elementos plásticos, projetados com o intuito de apresentar uma maior área específica. 25 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : Processos Anaeróbicos de Tratamento Biológico Os produtos finais da degradação anaeróbica são gases tais como o metano (CH4), dióxido de carbono (CO2) e, em pequenas quantidades, gás sulfídrico (H2S) e hidrogênio (H2). As bactérias metanogênicas responsáveis pela maior parcela de estabilização do efluente no processo de anaerobiose, desenvolvem-se mais vagarosamente, em comparação aos microrganismos aeróbicos. É também necessário um maior intervalo de tempo para sua aclimatação a mudanças de carga orgânica, temperatura ou outras condições ambientais. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : Processos Anaeróbicos de Tratamento Biológico Uma outra necessidade para o processo de digestão anaeróbica é que sejam mantidas condições anaeróbicas (ausência de oxigênio). Pequenas quantidades de oxigênio podem ser prejudiciais ao desenvolvimento dos microrganismos metanogênicos e outros microrganismos anaeróbicos envolvidos. Isto, usualmente, condiciona a operação de anaerobiose a tanques de digestão fechados, o que é desejável a fim de que o gás metano produzido possa ser coletado para utilização posterior (geração de energia). 26 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : Processos Anaeróbicos de Tratamento Biológico O tratamento anaeróbico deve ser realizado nas seguintes faixas de pH : 6,6 - 7,6 7,0 e 7,2 (faixa ideal) Para que o processo de digestão anaeróbica proporcione bons rendimentos, é importante que haja quase ausência de materiais tóxicos no efluente a ser tratado. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : Processos Anaeróbicos de Tratamento Biológico Como funciona o Sistema de Tratamento Anaeróbico? O Tratamento Anaeróbico é um processo biológico, no qual os poluentes orgânicos são transformados por bactérias anaeróbicas em biogás rico em energia, pequena quantidade de lodo e um efluente tratado. Poluentes + bactérias → biogás (CH4) + lodo + efluenteOrgânicos anaeróbicas tratado O efluente industrial é distribuído uniformemente no fundo do reator, sendo conduzido em fluxo ascendente pelo leito de bactérias anaeróbicas, onde os poluentes orgânicos presentes são degradados. 27 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : Processos Anaeróbicos de Tratamento Biológico Como funciona o Sistema de Tratamento Anaeróbico? Na parte superior do reator é instalado um separador trifásico onde o biogás é coletado em câmaras específicas, o lodo retorna ao leito bacteriano sob a ação da gravidade e o efluente tratado é conduzido às calhas coletoras. BIOGÁS EFLUENTE TRATADO LODO BIOLÓGICO Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : Processos Anaeróbicos de Tratamento Biológico Como funciona o Sistema de Tratamento Anaeróbico? O lodo que retorna ao leito é incorporado à população ativa para tomar parte no processo biológico. BIOGÁS EFLUENTE TRATADO LODO BIOLÓGICO 28 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : Processos Anaeróbicos de Tratamento Biológico Como funciona o Sistema de Tratamento Anaeróbico? O biogás pode ser utilizado como combustível para a geração de energia (térmica, elétrica etc) ou para fins locomotivos. BIOGÁS EFLUENTE TRATADO LODO BIOLÓGICO Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : Processos Anaeróbicos de Tratamento Biológico Como funciona o Sistema de Tratamento Anaeróbico? O efluente purificado é conduzido a um sistema de pós-tratamento ou lançado no corpo receptor. BIOGÁS EFLUENTE TRATADO LODO BIOLÓGICO 29 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : a) Digestão do Lodo: A digestão anaeróbica do lodo, tornando-o estável, é realizada com a finalidade de permitir a sua utilização, quando estabilizado convenientemente, como fonte de húmus. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : b) Fossas Sépticas: A ausência, total ou parcial, de serviços públicos de esgotos sanitários nas áreas urbanas, suburbanas ou rurais, exige a implantação de algum meio de disposição dos esgotos locais com o objetivo principal de evitar a contaminação do solo e da água. Fossas sépticas são dispositivos de tratamento de esgotos, destinados a receber a contribuição de um ou mais domicílios e com capacidade de dar aos esgotos um grau de tratamento compatível com a sua simplicidade e custo. 30 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÄRIO OU BIOLÓGICO : b) Fossas Sépticas: São câmaras convenientemente construídas para deter os despejos domésticos, por um período de tempo especificamenteestabelecido, de modo a permitir a decantação dos sólidos e retenção do material graxo contido nos esgotos, transformando-os, bioquimicamente, em substâncias e compostos mais simples e estáveis. É importante salientar que as fossas sépticas não purificam os esgotos, apenas reduzem a sua carga orgânica a um grau de tratamento aceitável em determinadas condições. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÄRIO OU BIOLÓGICO : b) Fossas Sépticas: Assim, os sólidos não retidos são arrastados com o efluente, juntamente com o produto solúvel da decomposição do lodo. O efluente é escuro e com odor característico, causado pela presença de gás sulfídrico (H2S) e de outros gases produtores de odores. As bactérias estão presentes em grande quantidade. 31 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO SECUNDÁRIO OU BIOLÓGICO : c) Lagoas de Estabilização: Há séculos, existem lagoas naturais ou artificiais, que recebem despejos de animais, de usos domésticos e de pequenas comunidades, e que realizam fenômenos típicos e próprios de depuração das lagoas de estabilização. As lagoas de estabilização são sistemas de tratamento biológico em que a estabilização de matéria orgânica é realizada pela oxidação bacteriológica (oxidação aeróbia ou fermentação anaeróbia) e/ou redução fotossintética das algas. A maior dificuldade no emprego das lagoas de estabilização está na necessidade de áreas relativamente extensas para sua implantação. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais � INTRODUÇÃO � TRATAMENTOS FÍSICO-QUÍMICOS � TRATAMENTOS BIOLÓGICOS • TRATAMENTOS TERCIÁRIOS • ESTUDO DE CASO 32 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO TERCIÁRIO : O tratamento terciário algumas vezes é usado para tratar efluentes, cuja qualidade não se encontra satisfatória após a utilização dos tratamentos primários e secundários. Ou seja, após o tratamento secundário, o efluente ainda não atende aos padrões de legislação ambiental exigidos ou apresenta alguma característica indesejável à sua aplicação. Os tratamentos terciários geralmente são mais caros do que os demais, por utilizar técnicas mais avançadas no tratamento de efluentes, com utilização de produtos químicos. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO TERCIÁRIO : Como exemplos de tratamentos terciários, podemos citar: - a ozonização: que tem por objetivo reduzir a quantidade de material orgânico, através de sua oxidação com o gás ozônio (O3). 33 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TRATAMENTO TERCIÁRIO : Como exemplos de tratamentos terciários, podemos citar: - a adsorção com carvão ativo: que visa à remoção de carga orgânica por meio da utilização de carvão ativo, o qual apresenta grande capacidade de retenção de substâncias orgânicas em seus poros. Após a sua saturação, o carvão ativo deve receber um tratamento adequado, que pode ser a incineração ou a disposição em um aterro industrial, dependendo do caso. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais FILTRAÇÃO NORMAL FILTRAÇÃO TANGENCIAL ALIMENTAÇÃO FORÇA MOTRIZ ELEMENTO FILTRANTE FILTRADO ALIMENTAÇÃO FORÇA MOTRIZ ELEMENTO FILTRANTE PERMEADO CONCENTRADO PODEM SER UTILIZADOS NOS TRATAMENTOS PRIMÁRIOS E TERCIÁRIOS FILTRAÇÃO 34 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais TAMANHO DE PARTÍCULA PRESSÃO PSI EXEMPLOS MICRO FILTRAÇÃO 100 - 1000 10 COLÓIDES ULTRA FILTRAÇÃO 1 - 100 10 - 100 PROTEÍNAS NANO FILTRAÇÃO 1 50 - 225 SAIS DISSOLVIDOS OSMOSE REVERSA < 1 200 - 800 SAIS DISSOLVIDOS > 99% FILTRAÇÃO TANGENCIAL Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais OXIDAÇÃO e REDUÇÃO OXIDAÇÃO POR Ozônio (O3), Peróxido de Hidrogênio (H2O2), Dióxido de Cloro (ClO2), Hipoclorito de Sódio (NaOCl) REDUÇÃO POR Bissulfito de Sódio (NaHSO3) OBJETIVOS: TRANSFORMAR COMPOSTOS TÓXICOS EM NÃO TÓXICOS, COMO CIANETOS EM CIANATOS; TRANSFORMAR COMPOSTOS SOLÚVEIS EM INSOLUVEIS (Fe, Mn, ORGÂNICOS, …) OXIDAÇÃO DE SULFETOS A TIOSULFATOS 35 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Reações e Aplicação do Ozônio: • Remoção de Cor e Odor. • Redução dos teores de ferro e manganês. • Desinfecção no tratamento de águas de abastecimento. • Remoção de cianetos. • Remoção de fenóis e de outras substâncias orgânicas não biodegradáveis. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Oxidação de Cianetos: NaCN + NaOCl NaOCN + NaCl 2 NaOCN + 3 NaOCl + H2O 3 NaCl + 2 NaHCO3 + N2 Objetivo: Redução da toxicidade do efluente. Os cianetos em meio ácido formam o Ácido Cianídrico (HCN), gás letal se inalado Reação Química: 36 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais 4 H2CrO4 + 6 NaHSO3 + 3 H2SO4 2 Cr2 (SO4)3 + 3 Na2SO4 + 10 H2O Redução Química de Cromo Hexavalente: O cromo se apresenta em dois estados principais de oxidação: Cromo Trivalente (Cr+3) – Coloração verde; insolúvel em água. Cromo Hexavalente (Cr+6) – Coloração alaranjada; solúvel em água; tóxico; carcinogênico. Reação Química: Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais � INTRODUÇÃO � TRATAMENTOS FÍSICO-QUÍMICOS � TRATAMENTOS BIOLÓGICOS � TRATAMENTOS TERCIÁRIOS • ESTUDO DE CASO 37 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais 1979 - Planta Piloto de tratamento de efluentes líquidos em Belford Roxo. 1984 - Estação de Tratamento Biológico de Efluentes Líquidos em Belford Roxo. Vazão de Projeto: 150 m3/h O Tratamento de Efluentes na Bayer S.A. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Rio Sarapuí Tratamento Biológico B1 Equalização Gestão de Efluentes 38 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais ESTAÇÃO DE TRATAMENTO BIOLÓGICO DE EFLUENTES LÍQUIDOS Homogeneização Neutralização Decantação primária Tratamento com Lodo Ativado Decantador Secundário Adensamento Tratamento dolodo Filtração Efluente das fábricas Sobrenadante Lodo Primário Ar O2 Clarificado Lodo Corpo Receptor (Sarapuí) ClarificadoNaOH H2SO4 Filtrado Aterro Industrial Torta CaO Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí • Estação operada pela Haztec Geoplan (BOT). • Racionaliza o uso dos recursos naturais, por meio do tratamento das águas do Rio Sarapuí para utilização no processo do Complexo Industrial de Belford Roxo. • Transforma água do Rio Sarapuí em recurso hídrico industrial de alta qualidade para o Parque Industrial da Bayer em Belford Roxo. • A água passa por um tratamento que retira as impurezas, para obter, ao final do processo, uma água industrial de ótima qualidade. 39 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí • Investimento de R$ 4,5 milhões. • Captação de cerca de 110.000 m3/mês (200 m3/h) • Outorga (Portaria SERLA no. 414 de 23/08/2006). • Capacidade de tratamento: 80.000 m3/mês Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí • Captação: 100 m à jusante do descarte de efluente industrial da Estação de Tratamento da Tribel. 40 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais - Adição de dióxido de cloro para desinfecção. Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí 41 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais - Cisternas de 75 m³/cada para homogeneização por meio de injeção de ar. Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí 42 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais - Tanques de floculação e coagulação. Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí43 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais - Decantador. Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí 44 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais - Filtração com areia. Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí 45 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais - Filtração em filtros tipo cartucho. Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí 46 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais - Operação do sistema de Osmose Inversa. Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí 47 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Resultados da Água Industrial Comparativo dos resultados da caracterização da água captada no rio Sarapuí e o valor médio obtido no monitoramento Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Estação de Tratamento de Água do Rio Sarapuí Mais de 70 milhões de litros de água potável estão sendo economizados por mês pelo Parque Industrial da Bayer. Redução da carga orgânica do rio Sarapuí, em função do volume de água captado e tratado. 48 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Exercícios: 1. Explique a aplicação das seguintes técnicas preliminares de tratamento de efluentes: gradeamento, peneira e caixa de areia. 2. Explique a ação da adição de floculantes ou polieletrólitos na decantação primária. Cite uma aplicação desta técnica. 3. Explique a decantação quimicamente assistida. 4. Cite as aplicações da neutralização. Cite exemplos de ácidos e de bases utilizados na neutralização. Cite vantagens e desvantagens da utilização destes agentes de neutralização. 5. Por que a rigor o termo “neutralização” pode não ser o mais apropriado para a etapa de adição de ácidos e bases no tratamento de efluentes? Qual seria a melhor denominação para este processo? 6. Diferencie “coagulação”, “floculação” e “flotação”. 7. Explique os cuidados que são tomados no tratamento biológico aeróbico para se obter os melhores rendimentos na remoção de matéria orgânica. 8. Explique a diferença básica entre o tratamento aeróbico e anaeróbico, no tocante aos gases liberados pela ação dos microrganismos. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Exercícios: 9. Explique a importância do contato entre os microroganismos, o oxigênio e a matéria orgânica no tratamento biológico por lodo ativado. Cite duas maneiras de permitir este contato. 10.Explique a importância da etapa de decantação secundária no tratamento biológico. 11.Explique a importância das bactérias filamentosas no tratamento biológico do lodo ativado. 12.Demonstre, por meio de um diagrama de blocos, as etapas que podem ser utilizadas no tratamento de efluentes industriais: físico-químico e biológico. Descreva o tratamento proposto. 13.Explique a importância da manutenção da estabilidade da carga orgânica na alimentação do tratamento biológico. O que se pode fazer para consegui-la? Comente a importância do controle de toxicidade e seu efeito sobre o tratamento. 14.Explique o funcionamento de um filtro biológico. 15.Apresente as vantagens e desvantagens do tratamento anaeróbico de efluentes. 49 Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Exercícios: 16. Explique o funcionamento e aplicação das fossas sépticas. 17. Explique o funcionamento e aplicação das lagoas de estabiliação. Qual a sua principal desvantagem? 18. Normalmente quando se torna necessária a implementação de um tratamento terciário? 19. Comente 3 técnicas comumente utilizadas no tratamento terciário. 20. Explique o modelo empresarial denominado BOT. Cite um exemplo de aplicação deste modelo. 21. Explique o critério legal no Estado do Rio de Janeiro relativo à captação de água e lançamento de efluente tratado em corpo receptor. 22. Uma empresa dispõe de 2 estações de tratamento instaladas: uma para tratar o seu efluente industrial que depois é lançado em corpo receptor e outra que trata a água proveniente deste mesmo corpo receptor para uso industrial. Indique a quantidade de outorgas necessárias a esta empresa para legalização destas atividades, explicando as suas finalidades. Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais Exercícios: 23. Indique as etapas do tratamento de uma ETA que capta água de um corpo receptor, citando a finalidade de cada uma delas. 24. Uma empresa faz a captação de água de um corpo receptor para tratamento e uso industrial. Este corpo receptor apresenta condições ambientais bastante degradadas, em virtude da falta de saneamento básico na região. Indique o benefício que esta captação pode estar trazendo para o corpo receptor e o eventual malefício que o descarte do rejeito salino da etapa de osmose reversa da ETA pode trazer ao rio. Qual a forma de se determinar a dimensão deste possível impacto? 25. Indique a destinação do lodo biológico de uma estação de tratamento de efluentes industriais. Explique o motivo desta destinação.
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