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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, MODALIDADE A DISTÂNCIA.
ESTUDO DA GESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA
DO MUNICIPIO DE LIMOEIRO DO NORTE-CE
Avaliações relativas, quanto as práticas estabelecidas e aplicadas na administração de saúde pública municipal
EQUIPE EXECUTORA:
Camila Carla Nogueira Ribeiro, CPF: 011.107.943-80
Macioneide da Silva Lima, CPF: 089.564.294-80
Maria Cleidenira Freire Carneiro, CPF: 718.667.603-00
Tiago Bernardino Nogueira Ribeiro, CPF: 016.032.153-01
Yhasmin Freitas Castro, CPF: 018.753.543-44
TUTOR(A): Morgana Melca e Hilana Regis
TURMA: 2015.2, Polo de Limoeiro do Norte
PERÍODO DE EXECUÇÃO: DATA DE INÍCIO: 02/2017 - DATA DA CONCLUSÃO: 05/2017
		
Limoeiro do Norte, maio de 2017
INTRODUÇÃO
A intervenção do Estado nos serviços de saúde, no Brasil, vem desde o período colonial, de maneira bagana, onde essa ciência era representada por uma pequena quantidade de médicos, cirurgiões e boticários, elitizados e formados na Europa, concentrados nas grandes cidades e província do país e que atendiam exclusivamente as famílias mais ricas. Assim, os escravos e os mais pobres eram auxiliados, em termos de serviços de saúde, apenas pela solidariedade das santas casas de misericórdia, instituições religiosas e curandeiros. Porém, já existiam algumas instância oficiais de saúde nos grandes centros.
Apesar de nesse período haver uma pequena intervenção estatal, a história da saúde pública, no Brasil, iniciou-se em 1808, com a chegada da Família Real Portuguesa, que determinou diversas mudanças na administração colonial, incluindo a área de saúde, com a criação de instâncias públicas de saúde para fiscalizar o ofício medicinal, autorizar novos interessados no exercício relacionado, multar os exercitantes sem autorização e garantir a salubridade na corte, que era o objetivo maior.
Somente no período republicano a intromissão do estado no setor de saúde foi efetivada, dando uma esperança de progresso ao povo brasileiro, pois com o forte desenvolvimento econômico, no início do século XX, o Estado garantiu o comprometimento de melhorar a saúde individual e coletiva como parte do projeto de modernização e desenvolvimento do país, já que somente uma pequena parte da população tinha direito a esse serviço.
A partir de 1930, já com Getúlio Vargas, o campo de saúde representou um grande avanço, com uma legislação que possibilitou a assistência médica a muitos que eram inteiramente desamparados, porém, apesar de haver outros avanços nos anos recorrentes, somente em 1953 deu-se um pulo gigantesco com a criação do ministério da saúde (MS), objetivando atender as atividades de saúde de caráter coletivo, onde consequentemente, em 1956, surgiu o Departamento Nacional de Endemias Rurais, com escopo de investigar as doenças parasitárias do país.
A partir daí a temática começou a ser mais discutida e planejada, passando, nos anos seguintes, a obter grandes estruturações e reformas com pensamento voltado a saúde pública e coletiva do país, com destaque para os acontecimentos de 1974 e 1988, como mostra os dois últimos parágrafos da publicação Do Sanitarismo à Municipalização, no Portal da Saúde do próprio ministério, disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/historico.
“(...) Destaca-se a reforma de 1974, na qual as Secretarias de Saúde e de Assistência Médica foram englobadas, passando a constituir a Secretaria Nacional de Saúde, para reforçar o conceito de que não existia dicotomia entre Saúde Pública e Assistência Médica...
Do final da década de 80 em diante, destaca-se a Constituição Federal de 1988, que determinou ser dever do Estado garantir saúde a toda a população e, para tanto, criou o Sistema Único de Saúde.”
Esses fatos são confirmados por Paim e Teixeira, no artigo Política, planejamento e gestão em saúde: balanço do estado da arte, publicado em 2006 na Revista Saúde Pública, que teve como finalidade examinar a aplicação da política e planejamento em saúde coletiva no Brasil de 1974 a 2005, marcado, no início, pela investigação econômica, política e social, além de alternativas formuladas. Logo, as formulações foram expandidas, chegando ao ordenamento jurídico para aplicabilidade, que coincide com o ato de 1988, citado acima. Depois disso destacou-se a organização do tema a cada parte do governo (tripartite) e as reformas do Estado, além da municipalização e do PSF, para que, só então, pensasse na regulamentação dos financiamentos, na organização dos modelos de gestão e na atenção dos serviços regionalizados.
O propósito de organizar os modelos de gestão está vinculado a importância que essa função tem dentro de qualquer organização, pois durante anos quem gerenciou as unidades de saúde foi o profissional de administração, porém, os administradores não estavam preparados para complexidade das atividades das instituições de saúde, que são compostas por diversos setores, com equipes multidisciplinares e com demandas muito específicas.
Embora, muitas vezes, um médico assumisse bem o papel das relações humanas e das práticas públicas de saúde, faltava a este a técnica administrativa para o bom desempenho da instituição. Daí surgiram os cursos de tecnologia – gestor hospitalar, com o intuito de interligar a prática e a teoria, onde, hoje, os profissionais de gestão em saúde, pelas suas diversas habilidades, tem um campo de atuação muito vasto, podendo desenvolver enormes competências.
Nesse intuito, diante do estudo da gestão de saúde, este trabalho aborda a eficiência ou não, dos gestores dessa área no município de Limoeiro do Norte – CE, nos anos 2013 e 2014, com utilização de dados de 2015 e 2016, avaliando as práticas características e aplicadas, e analisando qualitativamente e quantitativamente os motivos administrativos que influenciam ganhos ou fracassos sentidas na própria sociedade.
 Problematização
O problema explorado baseia-se no estudo da gestão de saúde, que de acordo com a lei 8.080 de 19 de setembro de 1990, Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, além de outras providências, resumindo, assim, no seguinte questionamento:
As ações da saúde pública, individual e coletiva, no município de Limoeiro do Norte – CE, estão sendo aplicadas, pelos gestores, de maneira eficiente e satisfatória à população?
Essas observações nos insere num campo de ação que nos deixa um conhecimento teórico que poderemos utilizar, no futuro, na própria administração pública.
 Justificativa
A saúde é essencial e primordial para o ser humano. Baseado nessa afirmativa, como requerido pela disciplina de seminário temático III, desenvolvemos um trabalho relacionado a gestão de saúde pública, abordando as práticas adotadas pelos gestores em todas as unidades de saúde presentes no município.
 Objetivos (geral e específico)
Objetivo geral
Propiciar a população municipal e a comunidade acadêmica, conhecimentos fundamentados, aplicados e dirigidos sobre a gestão de saúde pública, possibilitando aos participantes experiências teóricas na própria administração pública.
O intuito deste trabalho, através das informações colhidas, é permitir que a sociedade acadêmica identifique se as práticas dos gestores de saúde, no município, estão sendo aplicados de acordo com os estudos teóricos estabelecidos.
Objetivos Específicos 
Dentro de um contexto geral poderemos destacar os seguintes objetivos específicos:
Conhecer os papeis e as atribuições dos gestores na gestão pública de saúde;
Distinguir as responsabilidades e desafios das organizações de saúde pública;
Revelar as funções das Unidades Básicas de Saúde, PSF’s, postos, hospitais, UPA’s e etc.;
Conhecer as peculiaridades da gestão de saúde pública municipal;
Aferir as estruturas organizacional das instituições públicas que dão cobertura de saúde à populaçãoe
Avaliar procedimentos e conduta exercidos pelos agentes responsáveis por desempenhar ações na gestão da saúde pública municipal.
Avaliar indicadores e dados obtidos dos resultados do trabalho, interpretando qualitativamente.
Descrição do objeto pesquisado
Essa pesquisa tem como objeto de estudo a gestão em saúde pública da Cidade de Limoeiro do Norte-CE, sendo apresentadas características e modelos das organizações envolventes como: Unidades Básicas de Saúde, Postos de saúde, UPA’s e Hospitais.
1.5. Referencial teórico
Lei Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Brasília: DF. 1990. Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8080.htm >. Acesso em abril de 2017.
Vaghetti HH, Padilha MICS, Lunardi Filho WD, Lunardi VL, Costa CFS. Significados das hierarquias no trabalho em hospitais públicos brasileiros a partir de estudos empíricos. Acta Paul Enferm 2011;24(1):87-93.
METODOLOGIA
O referente trabalho tem caráter qualitativo e exploratório. Trata-se de um estudo de campo, onde o mesmo foi realizado por intermédio de uma entrevista com uma gestora, ex-secretária de saúde, no sua residência, com duração de duas horas, trinta e quatro minutos e dezessete segundos.
Para realização da entrevista utilizou-se um roteiro de 15 perguntas, desdobradas em outras, elaboradas pelo discente da disciplina, professor Howald Lopes Ribeiro Junior, para que assim, pudéssemos obter as informações necessárias para o desenvolvimento do trabalho. Além disso, empregou-se outros instrumentos de pesquisas para conhecimento e aprofundamento do conteúdo, aproveitando informações contidas no banco de dados da própria secretaria do município como: relatório quadrimestral das ações do ano de 2016 e os indicadores de cada unidade de saúde, com exceção da UPA, que está em construção.
O contato com o entrevistado se deu por meio de telefone, sendo que no primeiro momento a mesma alegou impossibilidade, por motivo de saúde, prontificando a nos atender na semana seguinte, no dia 05 de abril de 2017 a partir das 19:00 hs, em sua residência, onde sem a ocorrência de nenhum imprevisto, a entrevista ocorreu sucessivamente dentro dos prazos estabelecidos.
Análise de dados
A pesquisa abordou o tema de gestão em saúde pública afim de avaliar os aspectos que envolve o funcionamento do Sistema Único de Saúde – SUS. Assim, foi realizada uma entrevista com objetivo de descobrir o papel do gestor dentro de sua função e seus cumprimentos, na qual escolheu-se uma ex secretária de saúde para buscar as respostas de suas responsabilidades, atribuições e competências, além de nos dá entendimento do sistema em geral.
Sobre a entrevistada, Sra. Ruth Gomes de Menezes Maia, 66 anos, casada, 2 filhos, é formada em enfermagem e possui curso de especialização em gestão pública, gestão em locais de saúde e em pedagogia da enfermagem. Assumiu a secretaria municipal de saúde de Limoeiro do Norte de 2006 a 2010, retornando no ano de 2013 a 2014 e tem experiência de 20 anos como servidora pública na secretaria de saúde do estado.
Segundo a Sra. Ruth, através dos dados colhidos, a secretaria de saúde é estruturada conforme a lei 8.080/90, tendo a finalidade de coordenar o município na execução das ações de saúde prestada a população de forma individual e coletiva, onde cada município adequa a sua necessidade. Ela compreende vários departamentos que é gerido pelo secretário de saúde, podendo ter auxílio de um secretário adjunto, que não é o caso de Limoeiro. Dentro da secretaria existe um órgão deliberativo (conselho municipal de saúde) que auxilia o gestor na administração da própria secretaria.
Ela afirma que uma secretaria conta com outros departamentos como: assessoria jurídica, recursos humanos, recursos financeiro e administrativo, além de coordenações como: atenção básica, vigilância sanitária, coordenação de regulação controle e auditória, coordenação do CPD, assistência farmacêutica, compra e almoxarifado, endemias e zoonoses.
Quanto a atenção básica, o município conta com 18 PSF’s, 2 CAPS e 1 Centro de Reabilitação, onde, na sua gestão, todos funcionava. A unidade básica de saúde tem atendimento diário com 40 horas semanais, tendo como estrutura humana: médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, odontólogo e agente comunitário de saúde, sendo que município estudado é adicionado nutricionista, psicólogo, administrador e assistente social.
Diferente da Unidade de atenção básica de saúde, o posto de saúde presta assistência a população de forma programada ou não. Limoeiro possui dois postos de saúde, um na comunidade de Marias Dias e outro no Sitio Tomé.
Já a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que no município encontra-se em construção, funciona 24 horas por dia, atendendo grande parte das doenças e emergências e diminuindo, assim, as filas hospitalares. Nela existi apoio diagnostico de RX, laboratório, pediatra, leito de observações, médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e política de enfermagem.
Quanto ao Hospital público, ele é sustentado por uma esfera tripartite (Federal, Estadual e Municipal), tendo como função primordial a reabilitação e cura dos pacientes. O município de Limoeiro do Norte conta com 2 hospitais. Um regional, atendendo os 11 municípios da microrregião do vale do Jaguaribe e um filantrópico, hospital e maternidade São Camilo, que é conveniado com o SUS. O hospital possui como estrutura física: departamento gestor, contas médicas e terapêuticos, serviço de apoio e diagnostico, clínica médica, cirurgia, genecopediatria, ortopédica, traumatoperdia, nutrição, lavanderia, limpeza, farmácia, Banco de sangue e laboratório de enfermagem.
Agora com o pensamento voltado a prática de gerencia, gestão ou administração das organizações de saúde, segundo a entrevistada, esse profissional precisa ter no mínimo formação técnica em gestão de saúde, curso na área de gestão, experiência profissional na saúde, possuir características pessoais de liderança, acessibilidade, habilidade, perfil humano altruísmo e acima de tudo, ser solidário.
Com relação as Unidades Básicas de Saúde (UBS), em Limoeiro, quem administra são os enfermeiros, porém o ideal seria um técnico com formação administrativa. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tem que ser dirigida por uma pessoa que tenha curso de gestão, no entanto a cidade de Limoeiro do Norte ainda não beneficia a sua população com essa unidade, encontrando-se em construção. Já o Hospital é bem mais complexo e deve possuir administrador hospitalar; diretor técnico; gerencia de enfermagem e de nutrição; coordenação de limpeza, manutenção e laboratório e assistência básica farmacêutica, onde envolve a hospitalar e assistência básica. Segundo a mesma, o município de Limoeiro do Norte possui toda essa estrutura organizacional.
Com relação aos principais desafios, a estrutura organizacional de saúde no município enfrenta baixo recurso financeiro, falta de capacidade, escassez de profissionais médicos, falta de conhecimento gerenciais na área e desconhecimento por parte dos gestores em políticas públicas. Para resolver esses problemas, segundo a entrevistada, os profissionais devem recorrer ao secretário de saúde do município, prefeito e assessoria municipal de saúde do Estado. Para a Sr.ª Ruth, os principais entraves enfrentados se dão pelos processos ilícitos, que dificulta toda estrutura da secretaria de saúde. Segundo ela, um administrador público tem uma suma importância na gestão de saúde utilizando planejamento e identificando os desafios e dificuldades, priorizando os mais urgentes. Além de realizar planos, metas e analise institucional. Ela ainda enfatiza que tudo está ligado a gestão, buscar soluções, qualificações e cobranças.
Já os problemas de saúde, a ex gestora aponta que os principais são ocasionados por doenças vinculadas a mosquitos como dengue e Zica, além de outros como hipertensão, diabetes, AVC, obesidade precoce, enfarto, câncer e acidente com motos. Ela afirma que durante sua gestão trabalhou com os indicadores de saúde do município paradiminuir a mortalidade infantil e materna; trabalhou com o DEMUT e DETRAN, para diminuir os casos de acidentes de motocicleta; reativou o canil; realizou campanha de combate à dengue e, com o programa mais médicos do governo Federal, conseguiu 12 médicos para preenchimentos das 15 UBS. Quanto aos recursos humanos para enfrentar esses problemas, na sua gestão, dispões de médicos, enfermeiros, técnico de enfermagem, atendente de serviço em saúde, limpeza e administrativos. Já nas instalações físicas, buscou aperfeiçoar fazendo algumas construções objetivando a qualidade do atendimento e utilizando os recursos com o máximo de eficiência.
Quanto a alguns indicadores da população da cidade de Limoeiro do Norte –CE, segundo o IBGE, em 2016, a população estimada foi de 58.552, onde aproximadamente 72% é alfabetizada. O índice de desenvolvimento humano, no último senso, 2010, foi de 0,682 e de acordo com a autarquia municipal SAAE – Serviço Autônomo de Agua e Esgoto, XX% da população tem abastecimento de água tratada e XX% tem a cobertura dos sistema de saneamento básico, o que equivale a XX% da população urbana.
Agora alguns indicadores dos serviços de saúde pública no município:
	Realizações
	2014
	2015
	Puericultura
	3.340
	3.187
	Pré-Natal
	3.580
	5.333
	Diabéticos
	3.285
	2.404
	Hipertensos
	16.302
	16.903
	DST/AIDS
	158
	288
	Ginecológicas
	3.818
	2.674
	Tuberculose
	51
	92
	Hansenianos
	110
	33
	Encaminhamentos
	1.572
	1.136
	Atendimento do NASF
	2.641
	1.354
	Saúde mental
	849
	2.668
	Cuidado continuado
	13.642
	15.817
	Agendadas
	43.340
	25.504
	Urgência
	364
	105
	Demanda imediata
	213
	32
	Visitas dos ACS
	178.853
	178.700
	Atendimento domiciliar
	3.114
	2.663
	Procedimento domiciliar
	1.918
	1096
Tab. 1: Quantidades de atendimentos da atenção básica realizados em 2014 e 2015
	PROCEDIMENTOS
	2014
	2015
	Curativos
	1.391
	332
	Inalações
	235
	71
	Injeções
	1.588
	987
	Retiradas de pontos
	688
	415
	Educação em saúde
	349
	291
	Reuniões
	133
	91
Tab. 2: Quantidades de procedimentos da atenção básica realizados em 2014 e 2015.
Outro indicador relacionado foi a cobertura populacional estimada pelas equipes de atenção básica para o ano de 2016, onde a responsabilidade municipal como meta para o ano era cobrir 91,99% da população, porém os dados do primeiro quadrimestre do relatório anual de 2016, mostram que cobriu somente 85,32%.
	PROCEDIMENTOS
	1ºquadrimestre
	2ºquadrimestre
	3ºquadrimestre
	Consultas médicas
	26.902
	26.207
	18.332
	Eletrocardiogramas
	1.968
	1.706
	1.185
	Ultrassonografias
	1.679
	1.086
	629
	Exames laboratoriais
	26.068
	16.056
	18.764
	Raio-x
	7.483
	6.378
	1.897
	Inalação
	707
	505
	260
	adm.de medicamentos
	14.629
	15.463
	10.680
	Curativos
	1.988
	2.086
	1.796
	Retiradas de pontos
	207
	180
	123
	Cirurgias gerais
	668
	507
	119
	Pequenas cirurgias
	258
	200
	193
	Internações
	867
	782
	387
Tab. 3: Procedimentos do hospital nos 3 primeiros quadrimestres de 2014
	PROCEDIMENTOS
	1ºquadrimestre
	2ºquadrimestre
	3ºquadrimestre
	Consultas médicas
	19.458
	19.348
	16.376
	Eletrocardiogramas
	916
	1.468
	1.063
	Ultrassonografias
	157
	00
	112
	Exames laboratoriais
	17.612
	21.719
	17.597
	Raio-x
	00
	936
	3.014
	Inalação
	529
	515
	321
	adm.de medicamentos
	13.234
	13.352
	10.383
	Curativos
	1.852
	1.602
	1.312
	Retiradas de pontos
	44
	127
	64
	Cirurgias gerais
	00
	00
	00
	Pequenas cirurgias
	205
	446
	323
	Internações
	187
	140
	174
Tab. 4: Procedimentos do hospital nos 3 primeiros quadrimestres de 2015
RESULTADOS E APLICAÇÕES ESPERADAS DO DIAGNÓSTICO
Observou-se, após a análise de dados, tanto na entrevista como em pesquisas de aprofundamento, que a função de gestora, como secretária de saúde, proporcionada a entrevistada, foi aprovada de maneira positiva, pois nela compreende os requisitos para o desenvolvimento de um trabalho eficiente, já que tem habilidades na área de saúde e de gestão.
O que comprova isso é a sua formação como enfermeira e três especialização na área de gestão, além de 20 anos de experiência como servidora do estado na área de saúde. Estes foram fatores que ela própria apontou na entrevista: “O profissional na área de saúde precisa ter no mínimo formação técnica em gestão de saúde; curso na área de gestão; experiência profissional na saúde; possuir características pessoais de liderança, acessibilidade, habilidade, perfil humano altruísmo e acima de tudo ser solidário”.
Verificou-se ainda, a complexidade de gerir uma secretaria de saúde, pois ela é composta por vários departamentos e coordenadorias, e por isso, para que seu funcionamento seja eficaz, são necessários pessoas que se encaixe de maneira qualificada no grau das hierarquias e no desenvolvimento dos exercícios, como mostra Vaghetti HH, Padilha MICS, Lunardi Filho WD, Lunardi VL, Costa CFS, no artigo Significados das hierarquias no trabalho em hospitais públicos brasileiros a partir de estudos empíricos, publicado pela revista Acta Paul Enferm em 2011, na página 92.
“Entendemos também que modelos hierárquicos que produzam relações positivas entre os trabalhadores da saúde, de uma maneira geral, podem repercutir no atendimento e na assistência que é prestada nos hospitais e na produção e organização satisfatória do trabalho das diversas profissões que convivem cotidianamente nestas realidades.”
A atenção básica foi vista de maneira satisfatória, na sua gestão, em termos de estrutura e recursos humanos, pois o município contava com o funcionamento de 18 PSF’s, 2 CAPS e 1 centro de reabilitação, além de 2 postos de saúde, onde hoje, encontra-se em funcionamento somente 50% dos PSF’s, além dos outros citados.
Quanto a Unidade de Pronto Atendimento – UPA, que está em fase de construção, vê-se como uma necessidade extrema para o município, pois intermediará entre a atenção básica e o hospital, já que ela representa um local estratégico na rede de atenção à saúde, atendendo as necessidades secundárias. Porém, para que não ocorra os problemas citados por Roberta Mendes Von Randow, no artigo: Articulação com atenção primária à saúde na perspectiva de gerentes de unidade de pronto-atendimento, onde a UPA é vista por muitos como uma maneira facilitadora de entrada no SUS, é preciso que essa articulação seja realizada de maneira eficiente.
Em relação a hospital, a cidade é bem representada, pois possui um público com porte adequado à população, porém regionalizado, atendendo 11 municípios de maneira secundária, pois nos casos mais graves recorre-se à unidades de maiores porte, através de encaminhamento, localizados na capital, Fortaleza. Outro hospital que o município possui é filantrópico, São Camilo, conveniado com o SUS, onde acolhe pediatria e maternidade.
Quanto as formas de gestões, avaliou-se que a linha de administração realizadas dentro de cada instituição, unidades, departamentos ou coordenadoria, com administradores desqualificado pra cada área, é o que dificulta o desenvolvimento de um trabalho assistencial à sociedade, como cita a própria entrevistada em relação a administração do hospital: “a dificuldade aqui é essa, pois os prefeitos não reconhecem que o hospital tem que ser administrado por um gestor hospitalar”. Um exemplo disso é a administração do hospital do município, que é realizada por uma enfermeira. Então, como visto anteriormente, ela pode ter qualidade na gestão das relações humanas e saúde, mas falta técnica administrativas para gerir os problemas da institucionais, assim como também afetar os graus hierárquicos da organização.
Percebeu-se que, além dessa falta de conhecimento gerenciais, o município tem outros desafios, nas quais os principais citados foram o baixo recurso financeiro, a falta de capacidade e a escassez de profissionais médicos, e que os maiores entravespara solucionar esses desafios são os próprios processos ilícitos, que afeta toda estrutura da secretaria.
Já os problemas relacionados a saúde, procurou combater através de campanhas e trabalhos com outros órgãos, como foi o caso das doenças causadas por mosquitos e dos acidentes de motos e, talvez, o maior mérito, foi ter conseguido 12 médicos para preenchimento das unidades básicas de saúde, através do programa federal, mais médicos, atendendo ao desafio da escassez de profissionais, citado no parágrafo acima.
Agora, observando os indicadores, percebe-se que o município tem um abastecimento de água e um sistema de saneamento básico elevado, o que contribui em saúde, na prevenção de doenças. Tem um nível regular de alfabetização, porém um IDH baixo. Sabemos que, em todas as áreas, tem muito a melhorar.
Quanto aos indícios da saúde básica, mostra uma qualidade boa, cobrindo praticamente toda população com atendimento e procedimentos elevados, tendo o auxílio dos Agentes Comunitários de Saúde, que desempenham um papel importante na intermediação da população com os profissionais. Outros fatores que demostra essa qualidade são os altos números de reuniões e trabalhos de educação em saúde, nos anos de 2014 e 2015, como mostra a tabela 2.
Quanto aos índices do hospital público da cidade, é difícil analisar, pois o seu atendimento regionalizado, nos deixa sem parâmetros de comparação, porém, através dos dados, observa-se a falta de assumir casos mais complexos, o que diminuiria as transferências de pacientes para capital, o que poderia ser resolvido com a instalação de um leito de UTI, que o município não tem.
CONCLUSÃO
Conclui-se através desta pesquisa que a indicação para função desenvolvida pela entrevistada, como gestora da secretaria de saúde do município de Limoeiro do Norte, nos anos mencionados, foi qualificada de forma positiva e merecida, pois comparando com os referenciais teóricos e os estudos dos modelos de gestões em saúde, percebe-se que há vários requisitos qualitativos exigidos para o desempenho desse exercício e atendimento de toda sua complexidade. Porém, quando analisamos a administração das unidades de saúde, principalmente a do hospital, a visão passa a ser negativa, pois não correspondem as condições estabelecidas para uma execução eficiente, além de gerar problemas na cadeia hierárquica das próprias unidades.
Outro ponto positivo que podemos mencionar foi a atenção básica de saúde, na sua gestão, que contava com uma boa estrutura numeral, de estabelecimentos e recursos humanos, cobrindo a maior parte da sociedade, contudo, a situação hoje, é impresumível, pois grande parte da população só tem o hospital como entrada no SUS, já que 50% dos PSF’s estão sem funcionamento.
Mais um fator que se que se destaca é a construção da UPA, onde diminuirá as filas dos hospitais atendendo médias complexidades, entretanto, pra que o funcionamento do sistema seja eficiente, é necessário um atendimento total e satisfatório na unidade básica, para que a população não veja a UPA como uma porta de entrada para o SUS.
Os hospitais do município, público e filantrópico, tem um bom porte para população, porém o seu atendimento regionalizado e o baixo recurso financeiro, desqualifica o atendimento aos cidadãos Limoeirense. Além do mais, os atendimentos mais complexos são encaminhados para Fortaleza, capital do estado, pois o sistema de saúde da cidade não conta com nenhum leito de UTI, na qual se ver como uma necessidade, já que atende as maiores complexidades de 11 municípios da região Jaguaribara.
Grandes desafios e problemas foram encontrados, mas a gestora procurou sanar, através da reestruturação física e humana, com reformas e aparelhamentos e a adição de 15 médicos nas Unidades Básicas de Saúde, através do programa nacional mais médicos, além de realizar campanhas com auxílio de outros órgãos municipais, observando os indicadores de saúde da cidade, que é relativamente bom.
Por fim, percebe-se o quanto é complexo trabalhar com o atendimento à saúde pública, pois a nível municipal, já enxergamos as várias complicações existentes dentro do sistema, porém bem sabemos que a maior causa disso são os recursos financeiros inadequados ou, como citado, os processos ilícitos realizados pelos agentes públicos e administradores, além de suas desqualificações como gestores.
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