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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Fernando Henrique Cardoso MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Paulo Renato Souza SECRETARIA EXECUTIVA DO MEC Luciano Oliva Patrício SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR Antonio MacDowell de Figueiredo DEPARTAMENTO DE POLÍTICA DO ENSINO SUPERIOR Luiz Roberto Liza Curi Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Graduação RELATÓRIO-SÍNTESE I 2000 • Matemática • Medicina DEPES - Departamento de Política do Ensino Superior Diretor: Luiz Roberto Liza Curi Coordenador-Geral de Implementação de Políticas Estratégicas do Ensino Superior Eduardo Machado Chefe de Divisão de Avaliação Lécia Márcia Caixeta Viana Consultores Cosme Damião Bastos Massi Daniel de Aquino Ximenes Apoio Técnico Alessandra Lima dos Santos Andréa Vieira Alves Eliane Matos Moura Margley Machado Moura Sofia Nunes de Sá Ferreira Apoio Administrativo Ana Cândida Valério Santana André Luís Gontijo Resende Irismar Moraes dos Santos Alves Izabela Mendes de Rezende Janildes Pereira da Silva Júlio César Dias Motta Mary Lourdes Gonzaga Costa Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Ministério da Educação (Brasil). Secretaria de Educação Superior. Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Graduação: relatório-síntese I 2000/Secretaria de Educação Superior. - Brasília: MEC, SESu, 2000. 104p.: il; - gráf. 1. Ensino Superior. 2. Qualidade do ensino. 3. Avaliação do ensino. I. Título CDU: 378.001.7 AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE OFERTA DE CURSOS DE GRADUAÇÀO RELATÓRIO-SÍNTESE I 2000 COMISSÕES DE ESPECIALISTAS DE ENSINO DA SECRETARIA DE EDUCACÃO SUPERIOR MATEMÁTÍCA Ana Catarina Pantone Hellmeister Astréa Barreto Maria Helena Cautiero Horta Jardim Tânia Maria Mendonça Campos MEDICINA Dejano Tavares Sobral Myr iam Dumas Hahn Regina Ceies da Rosa Stella Vilma Lúcia Fonseca Mendoza William Saad Hossne Sumário SUMÁRIO Apresentação 11 Capítulo I A Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Graduação O sistema de avaliação do ensino superior 15 Organização do processo de avaliação 16 Procedimentos e indicadores 17 Conceituação 18 Apresentação dos resultados 19 Capítulo II Relatório-síntese da avaliação das condições de oferta Cursos de Matemática 23 Cursos de Medicina 47 Capítulo III Os resultados obtidos na avaliação das condições de oferta Matemática 83 Medicina 98 Apresentação A Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação traz a público o Re- latório-síntese I 2 0 0 0 com os resultados das avaliações dos cursos superiores de gra- duação em Matemática - bacharelado e li- cenciatura, incluindo Ciências com habilita- ção plena em Matemática, e Medicina, ofe- recidos pelas Instituições de Ensino Superior brasileiras. Este relatório dá continuidade à publicação dos resultados da Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Graduação submetidos ao Exame Nacional de Cursos, a partir do ano de 1996. A Avaliação do Ensino de Gradua- ção compreende três procedimentos princi- pais: a realização anual do Exame Nacional de Cursos, pelo Instituto de Estudos e Pesqui- sas Educacionais (INEP), do MEC; a Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Gra- duação submetidos ao Exame Nacional de Cur- sos, pela Secretaria de Educação Superior (SESu), do MEC; e a Avaliação de Cursos de Graduação pelas Comissões de Ensino da SESu, previamente às respectivas autorizações ou reconhecimentos. Aos cursos de graduação se somam os cursos seqüenciais de forma- ção específica, ou seja, cursos superiores de menor duração, tipicamente dois anos de es- tudos, voltados para habilitação de profissio- nais requeridos pela sociedade e pelo merca- do de trabalho, sem que um bacharelado seja necessário. A autorização e o reconhecimen- to desses cursos incluem, também, a prévia avaliação de suas condições de oferta em seus locais de funcionamento, mediante visitas de comissões de especialistas. O primeiro relatório-síntese, publica- do em 1998, apresentou os resultados da Avaliação das Condições de Oferta dos cur- sos superiores de graduação em Adminis- tração, Direito, Engenharia Civil, Enge- nharia Quimica, Medicina Veterinária e Odontologia. O segundo relatório-síntese, publicado em 1999, apresentou os resulta- dos de cursos superiores de graduação em Ciências Econômicas, Engenharia Me- cânica, Engenharia Elétrica e Comuni- cação Social - habilitação em Jornalismo. O próximo Relatório-síntese II 2000 da Ava- liação das Condições de Oferta, a ser publi- cado ao final do presente ano, incluirá os re- sultados das avaliações dos cursos superio- res de graduação em Agronomia, Biologia - incluindo Ciências com habilitação plena em Biologia -, Física - incluindo Ciências com habilitação plena em Física -, Letras - habili- tação em Língua Portuguesa e respectivas li- teraturas; Línguas Portuguesa e Estrangei- ra Moderna e respectivas literaturas, Línguas Portuguesa e Clássica e respectivas literatu- ras; Psicologia e Quimica - incluindo Ciên- cias com habilitação plena em Química. O processo de avaliação de cursos, cujos resultados estão apresentados no presente relatório, bem como os anteriores de 1998 e 1999, tem como objetivo principal indicar às instituições cujos cursos são submetidos ao Exame Nacional de Cursos os aspectos iden- tificados como passíveis de melhoria e aper- feiçoamento. Essa identificação é feita por meio das visitas de avaliação, das quais de- correm recomendações específicas. O cumpri- mento das recomendações é acompanhado pela SESu, por meio de novas visitas de avali- ação, após o decurso de um prazo suficiente para que sejam efetivadas. Os cursos que obtêm resultados insuficientes sucessivos no Exame Nacional de Cursos, ou que apresen- tam condições insuficientes na Avaliação das Condições de Oferta, são submetidos a pro- cesso de renovação do reconhecimento, que também inclui visitas de comissões de espe- cialistas. Os cursos a serem submetidos a ime- diata renovação do reconhecimento são rela- cionados por meio de portaria do Ministro da Educação. O processo de Avaliação das Condições de Oferta é orientado por um roteiro de visi- ta de verificação e pela aplicação de um ins- t rumento de avaliação, utilizados pelas co- missões a partir de informações verificadas localmente. Os resultados apresentados nes- te relatório foram sintetizados nos concei- tos atribuídos a cada um dos cursos, que agrupam os quesitos, indicadores e variá- veis considerados: qualificação do corpo docente, organização didático-pedagógi- ca e instalações (especialmente bibliotecas e laboratórios). Os conceitos definem as con- dições, em cada u m a dessas d imensões , como Muito Boas - CMB, Boas - CB, Regu- lares - CR ou Insuficientes - CI. Os resultados de avaliação que estamos apresentando neste relatório, j u n t a m e n t e com os demais já publicados, constituem uma clara reiteração do compromisso do Ministé- rio da Educação com a plena implementação do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior e da supervisão deste nível de ensi- no no interesse de toda a sociedade. Antonio MacDowell de Figueiredo Secretário de Educação Superior Capítulo I A avaliação das condições de oferta de cursos de graduação O sistema de avaliação do ensino superior O sistema de avaliação do ensino su- perior que vem sendo implementado pelo MEC, desde 1995, tem como base legal, prin- cipalmente, os dispositivos contidos na Lei n° 9.131, de 24 de novembro de 1995, que ins- tituiu a realização anual de exames nacionais de cursos; no Decreto n° 2.026, de 10 de ou- tubro de 1996, que estabeleceu procedimen- tos de avaliação de cursos e instituições de ensino superior; e na Lei n° 9.394,de 20 de dezembro de 1996, de diretrizes e bases da educação nacional, que estabeleceu em defi- nitivo o processo de avaliação permanente do ensino superior, a este subordinando to - dos os atos de periódica autorização e reco- nhecimento de cursos e de credenciamento de instituições. A avaliação periódica de cursos e insti- tuições de ensino superior, como determina a lei, deve utilizar-se de procedimentos e cri- térios abrangentes dos diversos fatores que determinam a qualidade e a eficiência das ati- vidades de ensino, pesquisa e extensão. Os procedimentos de avaliação do en- sino superior, conforme dispõe o Decreto n° 2.026, de 1996, compreendem: 1 - a análise dos principais indicadores de desempenho global do sistema nacional de ensino superior, por região e unidade da federação, segundo as áreas do conhecimen- to e o tipo ou a natureza das instituições de ensino; II - a avaliação do desempenho indivi- dual das instituições de ensino superior, com- preendendo todas as modalidades de ensino, pesquisa e extensão; III - a avaliação do ensino de gra- duação, por curso, por meio da análise das condições de oferta pelas diferentes insti- tuições de ensino e pela análise dos resul- tados do Exame Nacional de Cursos; IV - ava l i a ção dos p r o g r a m a s de mestrado e doutorado, por área de conheci- mento. A aval iação da pós-graduação em nível de mestrado e doutorado, realizada pe- riodicamente pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supe- rior (CAPES), do MEC, foi o primeiro p ro - cesso de avaliação a ser consolidado, mui to antes dos processos que vêm sendo imple- mentados em relação ao ensino de gradua- ção, que se iniciam em 1996, ou mesmo da avaliação institucional, que data de 1993. Essa avaliação abrange hoje todo o sistema de pós-graduação stricto sensu e seus resul- tados são periodicamente dados a público. A aval iação institucional, realizada no âmbito do Programa de Avaliação Insti- t u c i o n a l das Un ive r s idades Bras i le i ras (PAIUB), coordenado pela Secretaria de Edu- cação Superior (SESu), do MEC, foi reformu- lada para adequar-se ao sistema de avalia- ção previsto pelo Decreto n° 2.026, de 1996, e passou a responder pela avaliação do de- sempenho individual das instituições de en- sino superior neste previstas. Na medida em que se consolide nas instituições, o PAIUB deverá incorporar os resultados dos demais processos de avaliação implementados pelo MEC, integrando-os a um processo de con- tínuo aperfeiçoamento e de desenvolvimen- to da educação superior. O s i s tema integrado de in forma- ções educacionais, gerenciado pelo Insti- tu to Nacional de Pesquisas e Estudos Edu- cacionais, do MEC, entre outras informações e indicadores sobre todos os níveis de ensi- no, após proceder a uma extensa revisão nos procedimentos do censo anual que realiza, está capacitado a fornecer os indicadores de desempenho global do sistema de ensino su- perior. O INEP, desde 1996, realiza anualmen- te o Exame Nacional de Cursos, que vem abrangendo, a cada realização, novas áreas de cursos. Em 2000, chegaram a 18 os cur- sos abrangidos na avaliação anual. A Avaliação das Condições de Ofer- ta de Cursos de Graduação, conduzida pela SESu, teve início em 1997 e vem abrangen- do a avaliação, por especialistas em cada uma das áreas, dos cursos submetidos aos Exames Nacionais de Cursos desde 1996, por meio de visitas de verificação aos locais de funcionamento. Este relatório-síntese, j u n - tamente com os publicados em 1998 e 1999, inclui os resultado de 12 desses cursos. Os cursos já avaliados por meio de visitas de co- missões de especialistas, desde 1997, abran- gem cerca de 65,26% do total de alunos ma- triculados em todo o ensino superior brasi- leiro e cerca de 62,03% do total de concluintes de cursos superiores de graduação. O Sistema de Avaliação da Gradua- ção tem hoje todos os seus processos e p ro- cedimentos regularmente implementados. A Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Graduação soma-se ao Exame Nacional de Cursos e às avaliações cont inuamente realizadas pelas comissões de especialistas de ensino da SESu por ocasião da autoriza- ção ou do reconhecimento de cursos de gra- duação, incluindo sempre verificações pré- vias in loco das condições de funcionamen- to desses. Organização do processo de avaliação A preparação e a organização do pro- cesso de avaliação das condições de oferta dos cursos de graduação foram alicerçadas na rees t ru turação, procedida pela SESu, dos procedimentos de autorização e reconheci- mento de cursos e de credenciamento de ins- tituições de ensino superior. A reestruturação efetuada, a partir de 1997, teve como objetivo principal dar plena eficácia ao espírito e à letra da Lei n° 9.394, de 1996, que estabelece as diretrizes e as bases da educação nacional. Esta, em seu art. 46, determina que: "A autorização e o reconheci- mento de cursos, bem como o credenciamen- to de instituições de educação superior, terão prazos limitados, sendo renovados, periodica- mente, após processo regular de avaliação". A Lei n° 9.131, de 1995, que teve sua vigência mantida pela Lei n° 9.394, de 1996, já deter- minava, em seu art. 3o , que: "... o Ministério da Educação e do Desporto fará realizar avali- ações periódicas das instituições e dos cursos, fazendo uso de procedimentos e critérios CAPÍTULO I abrangentes dos diversos fatores que determi- nam a qualidade e a eficiência das atividades de ensino, pesquisa e extensão". A avaliação periódica, prévia à autori- zação, ao reconhecimento de cursos e ao cre- denciamento de instituições de ensino supe- rior, está hoje plenamente estabelecida, até para os cursos seqüenciais, ou seja, cursos superiores de formação específica de dura- ção inferior aos cursos de graduação e de for- mação de profissionais não bacharéis para atender outras necessidades sociais expres- sas pelo mercado de trabalho. As comissões de especialistas de ensino da SESu, nas di- versas áreas de cursos, desenvolveram pa- drões de qualidade e roteiros de verificação de cursos. Com base nesses padrões, foram desenvolvidos instrumentos de avaliação es- pecíficos para verificar as condições de ofer- ta dos cursos de graduação e, a partir do ano de 1999, dos cursos seqüenciais. Os instrumentos de avaliação aplica- dos nas verificações dos cursos de Adminis- tração, Ciências Econômicas, Direito, Enge- nharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenha- ria Mecânica, Engenharia Química, Comu- nicação Social - habilitação em Jornalismo -, Matemática, Medicina, Medicina Veterinária, Odontologia em 1997, 1998, 1999 e primei- ro semestre de 2000 foram organizados em três conjuntos. O primeiro consiste n u m a orientação para a coleta, por parte de cada instituição e curso, previamente à visita de cada comissão de avaliação in loco, de infor- mações e indicadores predefinidos. O segun- do consiste n u m questionário estruturado com quesitos e respectivas conceituações e ponderações, organizados em torno das três dimensões principais analisadas, ou seja: qualificação do corpo docente, organi- zação didático-pedagógica e instalações (físicas em geral, laboratórios, equipamen- tos e bibliotecas). O terceiro consiste de um roteiro de orientação das verificações e apli- cação do questionário. Os quest ionários es t ru turados , seus quesitos, ponderações e conceitos, foram objeto de amplas discussões nas comunida- CAPITULO I des acadêmicas e profissionais das diversas áreas e foram testados por meio de aplica- ções experimentais pelas respectivas comis- sões de especialistas. Uma vez calibrados os instrumentos de avaliação, as comissões de especialistas da SESu procederam ao treinamento de especia- listasselecionados em cada uma das áreas que, integrando comissões de avaliação, rea- lizaram visitas às instituições e aos cursos. Os questionários preenchidos e concei- tuados, a par dos relatórios das visitas e reco- mendações para o aperfeiçoamento dos cur- sos, foram analisados pelas comissões de es- pecialistas que revisaram e avalizaram seus resultados e elaboraram as recomendações fi- nais que foram enviadas a cada curso, junta- mente com os conceitos obtidos na avaliação. Em alguns casos, as comissões solicitaram informações adicionais ou recomendaram a realização de novas visitas de avaliação. A SESu vem acompanhando o cumpri- mento das recomendações feitas para cada curso e essas são levadas em conta por oca- sião do reconhecimento ou renovação do re- conhecimento dos cursos e do credenciamen- to ou recredenciamento das instituições. As comissões de especialistas elabora- ram, também, relatórios de análise dos re- sultados das avaliações em cada u m a das áreas de cursos, que integram este relató- rio-síntese. Procedimentos e indicadores O trabalho foi desenvolvido dentro de uma metodologia comum. Os procedimen- tos e instrumentos de avaliação, no entanto, respeitaram a diversidade e as especificidades das áreas abrangidas. As comissões de especialistas do MEC/ SESu, cujos integrantes são originários e in- dicados pela comunidade acadêmica e pro- fissional em cada área de conhecimento, ti- veram como objetivo central, neste proces- so, o de recomendar ações para a melhoria da qualidade do ensino dos cursos avaliados, propiciando, também, a disseminação dos padrões de qualidade das instituições mais bem conceituadas. Os procedimentos, os indicadores e as ponderações adotadas na Avaliação das Con- dições de Oferta dos cursos correspondem a uma perspectiva qualitativa de análise da adequação e da potencialidade dos cursos. Os indicadores foram organizados em três gru- pos, correspondentes às três dimensões ava- liadas: qualificação do corpo docente, or- ganização didático-pedagógica e instala- ções (físicas em geral, laboratórios, equipa- mentos e bibliotecas). Qualificação do corpo docente Os indicadores utilizados para a avalia- ção da qualificação do corpo docente foram organizados em dois grandes grupos. O pri- meiro grupo está dirigido para verificar a qualificação das atividades de ensino, pesqui- sa e extensão, entre estas a titulação formal, a produção científica e a experiência profis- sional não estritamente acadêmica, as quais, para a lgumas carreiras de nível superior, são fatores indiscutíveis de qualificação. O segundo grupo está dirigido para verificar as condições propiciadas para o desempenho docente, entre elas a existência de carreira docente organizada e o regime de trabalho. A coleta de informações e a verificação no local de cada instituição e curso incluiu quesitos referentes aos seguintes tópicos principais: • titulação acadêmica; • dedicação ao curso; • adequação da formação docente às disciplinas ministradas; • produção científica; • experiência de magistério superior; • experiência profissional não acadê- mica; • administração acadêmica do curso; • relação docente/alunos; • critérios para progressão funcional/ plano de carreira; • atividades acadêmicas extraclasse. Organização didático-pedagógica A avaliação da organização didático- pedagógica congregou tan to elementos de concepção e execução do currículo quanto a própria estrutura curricular, a pesquisa e a produção científica, organização do interna- to e residência médica, estágios desenvolvi- dos ou propiciados pelo curso e pelas ativi- dades permanentes de extensão. A coleta de informações e a verificação no local de cada instituição e curso incluiu quesitos referentes aos seguintes tópicos principais: • objetivos do curso; • es t ru tura curricular; • organização curricular; • estágio supervisionado; • internato e residência médica; • apoio didático-pedagógico; • auto-avaliação; • acompanhamento de egressos; • programa de extensão; • p rograma de iniciação científica e monitoria; • plano de ensino das disciplinas. Instalações A verificação realizada em cada institui- ção e curso avaliou suas instalações gerais e, especialmente, as bibliotecas, laboratórios, oficinas, salas de aula e equipamentos indis- pensáveis à boa execução do currículo. A coleta de informações e a verificação no local de cada instituição e curso incluiu quesitos referentes aos seguintes tópicos principais: Instalações gerais: • espaço físico disponível adequado às atividades acadêmicas em relação ao número de docentes, alunos e de- mais integrantes da instituição; • condições de manutenção e conser- vação; • planos de expansão; • recursos de informática. Instalações especiais: • laboratórios; • e q u i p a m e n t o s , i n s t r u m e n t o s e insumos de laboratório adequados à prática de ensino e à pesquisa; • auditórios, oficinas; • equipamentos de informática, nú - mero de computadores dedicados à pesquisa e ao ensino e acesso a re- des de informação; • plano de modernização de laborató- rios e informatização; • biotério; • hospital-escola; • serviço de clínicas; • política de modernização e expansão • serviços de manutenção e conserva- ção. Biblioteca: • títulos de livros para as diversas dis- ciplinas; • periódicos científicos indexados; • espaço físico para leitura; • turnos de funcionamento; • formas de catalogação do acervo; • acesso a redes de informação; • informatização do acervo e dos sis- temas de empréstimo; • qualificação técnica do pessoal; • plano de atualização e expansão do acervo. Conceituação Os resultados obtidos na Avaliação das Condições de Oferta, em cada uma das três dimensões finais agregadoras, qualificação do corpo docente, organização didático- pedagógica e instalações, são apresenta- dos na seguinte escala de conceitos em or- dem decrescente: CMB - Condições Muito Boas, CB - Condições Boas, CR - Condições Regulares, CI - Condições Insuficientes. O conceito final de cada uma dessas três dimensões referidas é decorrente da combinação da pontuação e ponderação di- ferenciada de diversos indicadores. Por exem- plo, na dimensão da Qualificação do Corpo Docente, indicadores como dedicação ao cur- so, titulação acadêmica, experiência de ma- gistério superior, experiência profissional não acadêmica, entre outros, são qualifica- dos a partir de pontuações específicas que, no seu conjunto, uma vez ponderadas, re- sultam no conceito final. Exemplificando, uma instituição que obteve o conceito final CMB numa das di- mensões, teve em torno de 70% dos indica- dores pontuados e avaliados com a concei- tuação máxima. O conceito CB atribuído a essa mesma dimensão indica que aproxima- damente entre 40% e 60% dos indicadores pontuados e avaliados atingiram a concei- tuação máxima na dimensão considerada. O conceito CR indica que aproximadamente entre 20% e 40% dos indicadores pontuados e avaliados obtiveram conceituação máxima na dimensão. O conceito CI indica que cerca de menos de 20% dos indicadores pontuados e avaliados obtiveram a conceituação máxi- ma na dimensão. Apresentação dos resultados Os resultados da Avaliação das Condi- ções de Oferta, relativos aos cursos de Ma- temática - bacharelado e licenciatura, inclu- indo Ciências com habilitação plena em Ma- temática e Medicina, que integraram o Exa- me Nacional de Cursos de 1999, são anali- sados no Capítulo II, por meio de relatórios para cada uma das duas áreas. No Capítulo III são apresentados os conceitos obtidos pe- los cursos avaliados. A apresentação dos conceitos obtidos pelos cursos é feita por áreas, regiõese de- pendência administrativa. O processo de ava- liação das condições de oferta ateve-se à ve- rificação de condições que não são expres- sas n u m único conceito ou nota final. Gran- de parte dos indicadores verificados é de na- t u r e z a q u a l i t a t i v a e ser ia i n a d e q u a d o apresentá-la ou consolidá-la por meio de es- calas numéricas ou por um conceito final. Relatório-síntese da avaliação das condições de oferta • Matemática • Medicina Capítulo II RELATÓRIO-SINTESE DA AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE OFERTA DOS CURSOS DE MATEMÁTICA O objetivo da avaliação não é simples- mente o registro de insuficiências nas con- dições de ensino. A identificação do potenci- al de elevação dos padrões de qualidade e a análise das informações permite definir com propriedade uma política a ser implemen- tada que vise à melhoria das condições de oferta do curso. O presente relatório tem por objetivo a divulgação e análise do resultado dos in- dicadores das condições de oferta dos cur- sos de Bacharelado, Licenciatura e Ciências com habilitação plena em Matemática. Os indicadores foram definidos pela Comissão de Especialistas de Ensino de Ma- temática e Estatística (CEEMAE) e sistema- tizados na forma de um roteiro, aplicado in loco por comissão verificadora constituída por dois avaliadores. Participaram dessas comissões 204 consultores ad hoc, or iun- dos de diversas instituições, sendo todos professores com titulação na área de mate - mática e com reconhecida competência e ex- periência. Os cursos de graduação de bachare- lado e licenciatura em Matemática têm di- retrizes próprias , estabelecidas para cada um deles, dadas suas na turezas distintas quanto ao perfil do profissional e compe- tências a serem desenvolvidas. A CEEMAE procedeu a avaliação dos cursos de Licenci- a tura e de Bacharelado por meio de instru- mentos distintos. Para a avaliação dos cur- sos de Ciências com habilitação em Mate- mática, foi utilizado o mesmo inst rumento dos cursos de licenciatura, já que ambos os cursos visam à formação do professor de matemática. Assim, os gráficos apresenta- dos referentes aos cursos de l icenciatura incluem t a m b é m os dados dos cursos de Ciências com habilitação em Matemática. O processo de avaliação inclui três as- pectos fundamentais que podem ser sinte- tizados em: • qualificação do corpo docente; • organização didático-pedagógica; • instalações. O inst rumento de avaliação utilizado, como qualquer outro instrumento com esta finalidade é suscetível de aperfeiçoamento. No entanto, de uma maneira geral, os seus resultados refletem o panorama atual das condições de ensino dos cursos de Matemá- tica no país. Os conceitos dados às condi- ções avaliadas são CMB = Muito Boas, CB = Boas, CR = Regulares e CI = Insuficientes. Não foram avaliados todos os cursos, a maioria destes por ser de instituição esta- dual ou municipal e alguns de instituições part iculares que t i nham curso de ciência com habilitação matemática que estavam em processo de extinção. Foram avaliados 307 cursos, sendo 37 em insti tuições estaduais , 76 cursos em Insti tuições Federais, 16 em inst i tuições municipais e 178 em instituições particu- lares. Ver quadro 1 abaixo. O número de alunos atualmente matriculados nas insti- tuições avaliadas é de 48.160, sendo 7.081 em instituições estaduais, 11.766 nas ins- tituições federais, 4.042 nas municipais e 25.271 nas particulares. QUADRO 1 - QUANTIDADE DE CURSOS POR DEPENDÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E REGIÕES TOTAL DE CURSOS AVALIADOS: 307 REGIÃO NORTE 13 NORDESTE 50 SUDESTE 162 SUL 55 CENTRO-OESTE 27 CONTINUAÇÃO DO QUADRO 1 - QUANTIDADE DE CURSOS POR DEPENDÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E REGIÕES REGIÃO SUL NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE TOTAL INSTITUIÇÃO ESTADUAL Bach. 1 5 6 Cienc. 3 8 1 1 13 Lic. 5 1 5 7 18 Total 9 1 13 1 10 37 INSTITUIÇÃO FEDERAL Bach. 4 2 10 2 9 27 Ciênc. 1 1 Lic. 6 9 11 11 11 48 Total 10 11 22 13 20 76 REGIÃO SUL NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE TOTAL INSTITUIÇÃO MUNICIPAL Bach. 1 2 3 Cienc. 1 2 2 1 6 Lic. 3 4 7 Total 5 0 2 2 7 16 INSTITUIÇÃO PARTICULAR Bach. 3 3 3 16 25 Ciênc. 9 4 2 41 56 Lic. 19 1 6 6 65 97 Total 31 1 13 11 122 178 QUADRO 2 - NÚMERO DE ALUNOS POR FORMA DE DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E MÉDIA DE ALUNOS POR CURSO Números de Alunos Média de Alunos/ Curso INSTITUIÇÃO ESTADUAL 7.081 191,38 INSTITUIÇÃO FEDERAL 11.766 154,81 INSTITUIÇÃO MUNICIPAL 4.042 252 INSTITUIÇÃO PARTICULAR 25.271 142 DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA POR REGIÕES DO PAIS Bacharelado era Matemática Foram avaliados 61 cursos de bacha- relado em Matemática, sendo 6 cursos de instituições estaduais, 27 de instituições fe- derais, 3 de instituições municipais e 25 de instituições particulares. Ver quadro 1. En- tre os cursos de bacharelado das insti tui- ções par t iculares , a grande maior ia é de Matemática com ênfase em computação. Qualificação do Corpo Docente A avaliação do corpo docente conside- rou a análise da titulação, dedicação ao cur- so, adequação, produção científica, política de qualificação, plano de carreira, experiên- cia em magistério superior e a administra- ção acadêmica do curso. A carga horária só foi contabilizada para os professores da área de matemática, porém a titulação não é ape- nas dos professores com formação em ma- temática, refere-se a todo o corpo docente em efetiva atividade no curso, considerando válida a titulação de mestre ou doutor, quan- do obtida em cursos credenciados pela CA- PES. Existe um grande número de professo- res com especialização, não existindo como diferenciar a qualidade desses cursos. Na ava- liação ficou evidenciada a carência significa- tiva de professores titulados com formação em matemática. Os gráficos 1, 2 e 3 fornecem o resulta- do da avaliação global do corpo docente, obti- do a partir da média ponderada dos conceitos nos itens acima citados. Para que uma insti- tuição obtenha conceito CMB em corpo do- cente é necessário que, além da média global estabelecida, tenha obtido conceito CMB em titulação e dedicação ao curso. Conceitos da Qualificação do Corpo Docente por Dependência Administrativa: Estaduais - 67% dos cursos têm concei- to CB ou CMB; Federais - 77% dos cursos têm concei- to CB ou CMB; Municipais - nenhum curso com concei- tos CB ou CMB; Particulares- 16% dos cursos têm concei- to CB ou CMB. No gráfico do corpo docente, para o ba- charelado, observamos que as Instituições Federais somara 77% com conceitos CB e CMB, enquanto as particulares somam 16% com conceitos CB e CMB. O corpo docente dos cursos de instituições estaduais tem con- ceito CMB ou CR, enquanto os 3 cursos de instituições municipais tiveram conceito CR no corpo docente. GRAFICO 2 - QUALIFICAÇÃO DO CORPO DOCENTE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Observar que na região Norte foram avaliados apenas 2 cursos de instituições fe- derais, não existindo conceito CMB; um curso recebeu conceito CB e o outro conceito CR. Na região Nordeste são 10 cursos em instituições federais e 3 cursos em instituições particula- res, os conceitos CB e CMB somam 62%. Na região Centro-Oeste foram avalia- dos 2 cursos em instituições federais e 3 cur- sos em instituições particulares. Na região Sul predomina o conceito CR, com soma 44% para CB e CMB, distribuídos entre 1curso de instituição estadual, 4 fe- derais, 1 municipal e 3 particulares. Na região Sudeste, também predomina o conceito CR com 59%, o gráfico representa o conceito referente a 5 cursos de instituições estaduais, 9 federais, 2 municipais e 16 parti- culares, com 45% de conceitos CB e CMB. GRAFICO 3 - QUALIFICAÇÃO DO CORPO DOCENTE POR REGlÃO Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Graduação Titulação do Corpo Docente A avaliação da titulação do corpo docen- te considera todos os docentes em efetiva ati- vidade acadêmica no curso, incluindo os pro- fessores de física, computação, estatística e outros. O conceito é obtido por meio da média ponderada considerando peso 4 para douto- rado, peso 3 para mestrado, peso 2 para espe- cialização e peso 1 para graduação. Como os gráficos do conceito global da qualificação do corpo docente são muito se- melhantes aos gráficos da titulação, porque este item tem peso 6 na média ponderada, con- sideramos que os gráficos 2 e 3 anteriores dão uma mostra mais realista do corpo do- cente do curso, pois ali estão considerados também os itens dedicação ao curso e ade- quação que se referem apenas aos professo- res da área de matemática. Organização Didático-pedagógica Na avaliação da organização didático- pedagógica foram consideradas a estrutura curricular do curso, atividades do corpo dis- cente (orientação acadêmica, programas de iniciação científica e monitoria) e informa- ções complementares (bolsas de estudo, par- ticipação em eventos científicos, acompanha- mento dos egressos e número de alunos por turma). O conceito final é obtido pela média ponderada destes três itens, com pesos, res- pectivamente, 7, 2 e 1. GRÁFICO 4 - ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA Estrutura Curricular Na avaliação da es t ru tura curricular foram analisados os conteúdos oferecidos no cu r so , c u m p r i m e n t o dos c o n t e ú d o s p r o g r a m á t i c o s , adequação da e s t r u t u r a curricular e das ementas, adequação da bi- bliografia, dimensionamento da carga h o - rária, atualização dos programas das dis- ciplinas e atividades complementares. Qualquer que seja a ênfase dada ao bacharelado, existe um mínimo de conteú- dos básicos essenciais à formação de um ba- charel de matemática que foram observados pelos avaliadores. GRAFICO 6- ESTRUTURA CURRICULAR POR REGIAO GRAFICO 5 - ESTRUTURA CURRICULAR Como os gráficos obtidos represen- tando os conceitos em organização didáti- co-pedagógica e em es t ru tu ra curr icular são mui to semelhantes, most raremos nos gráficos 6 e 7 o resultado da avaliação da es t ru tura curricular dos cursos de bacha- relado por dependência administrativa e por regiões do país. Dos 13 cursos da região Nordeste, 10 em instituições federais e 3 em instituições particulares, 7 cursos ficaram com concei- tos CB ou CMB e 2 com conceito Insufici- ente. Na região Norte, como são apenas 2 cursos de bacharelado, um está com con- ceito mui to bom e o out ro com conceito in- suficiente. Na região Centro-Oeste foram avalia- dos 5 cursos, sendo 2 federais e 3 particula- res. Observa-se que 3 desses cursos estão com sua estrutura curricular em condições insuficientes e 2 com estrutura curricular considerada muito boa. Na região Sudeste foram avaliados 32 cursos de bacharelado, sendo 5 estaduais, 9 federais, 2 municipais e 16 particulares. Ob- serva-se que 55% desses cursos tiveram con- ceitos CB ou CMB e 30% tiveram sua estru- tura curricular considerada insuficiente. Na região Sul foram avaliados 9 cur- sos, sendo 1 estadual, 1 municipal, 4 fede- rais e 3 particulares. Cinqüenta e seis por cento desses cursos receberam conceito CB e 44% receberam conceitos CR ou CI. Estrutura Curricular por Dependên- cia Administrativa: Estaduais Federais Municipais Particulares 83% dos cursos têm concei- to CMB e 0% CB; 77% dos cursos têm concei- to CB ou CMB; 33% dos cursos têm concei- to CB e 0% CMB; 23% dos cursos têm concei- to CB ou CMB. GRAFICO 7 - ESTRUTURA CURRICULAR POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Dos 6 cursos de instituições estaduais, 83% deles têm uma excelente estrutura cur- ricular e 17% têm condições insuficientes, daí concluímos que um desses cursos é mui to ruim. Já nos 3 cursos de instituições muni - cipais, 2 deles têm condições insuficientes na sua es t ru tura curricular. São 27 cursos nas instituições federais e 77% desses cursos foram avaliados com CB ou CMB, 2 deles com condições insuficientes na sua estrutura curricular. Nas instituições particulares foram avaliados 25 cursos, sen- do que metade deles tem u m a e s t ru tu ra curricular considerada péssima e apenas 5 deles têm conceitos CB ou CMB. Instalações O conceito global do item instalações é obtido pela média ponderada dos concei- tos obtidos na avaliação das instalações ge- rais, instalações especiais e biblioteca, com pesos respectivamente 2, 2 e 6. Portanto, um curso pode estar, em uma instituição, com excelentes instalações e, no entanto, seu conceito global neste item ser mais bai- xo devido à avaliação da biblioteca. GRÁFICO 8 - INSTALAÇÕES Em instalações gerais foram avaliadas a adequação do espaço físico, das salas de aula, laboratórios para ensino especializa- do, salas e gabinetes para os professores, salas de estudo para os alunos, área de cir- culação, de lazer e sanitários; instalação e equipamentos de informática para profes- sores e administração e informatização do serviço de controle acadêmico. Nas instala- ções especiais foram avaliadas a existência de audi tór io , computadores e softwares, acesso a redes de comunicação e base de da- dos, recursos audiovisuais, política de a tu- alização e expansão e serviços de manu ten- ção e conservação. Na biblioteca foram ava- liados a quant idade de livros-textos para atendimento aos alunos do curso, a exis- tência de livros constantes nas referências bibliográficas, a infra-es t rutura de apoio oferecida aos usuários, horário de funcio- namento , serviço de consulta e emprésti- mo, a política de atualização e expansão do acervo e dos sistemas de empréstimo, aces- so a redes de informação e a disponibilidade de periódicos e revistas. GRÁFICO 9 - INSTALAÇÕES A CEEMAE considera que a biblioteca é o mais importante na parte de instalações, por isso colocou como essencial para um curso só ter conceito CMB ou CB se tiver conceito CMB ou CB, respectivamente, no item biblioteca. Devido à essencialidade dada ao conceito obtido em biblioteca para a obtenção de CB ou CMB no conceito global de instalações, e pelo peso 6 atribuído a este quesito na média pon- derada global, verifica-se que aquelas institui- ções que têm conceito global mais baixo do que o obtido em biblioteca devem ter instalações gerais não muito boas. Isso só acontece nas instituições federais, onde o conceito CB ou CMB em biblioteca soma 81 % e no conceito glo- bal soma 74%. Nas demais dependências ad- ministrativas, o conceito da biblioteca é pre- dominante. GRÁFICO 10 - BIBLIOTECA GRAFICO 11 - BIBLIOTECA Licenciatura era Matemática Foram avaliados 246 cursos de Matemá- tica que visam à formação do professor de matemática, sendo 170 cursos de licenciatu- ra e 76 cursos de Ciências com habilitação em Matemática. Esses cursos estão distribuídos pelas dependências administrat ivas da se- guinte maneira: 18 cursos de licenciatura e 13 de Ciências em instituições estaduais; 48 cursos de licenciatura e 1 de Ciências em ins- tituições federais; 7 cursos de licenciatura e 6 de Ciências em instituições municipais e 9 7 cursos de licenciatura e 56 de Ciências em instituições particulares. Todos esses cursos foram avaliados por meio de um instrumento único, cujo objeti-vo é diagnosticar as condições de oferta dos cursos de formação de professores de mate- mática, que a partir da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) (Lei n° 9.394, de 20 /12 /1996) é competência dos cursos de licenciatura. Nos gráficos referentes aos cursos de licenciatura estão incluídos também os cur- sos de licenciatura em Ciências com habili- tação em Matemática. Qualificação do Corpo Docente A avaliação do corpo docente considerou a análise da titulação, dedicação ao curso, ade- quação, produção científica, política de quali- ficação, plano de carreira, experiência em ma- gistério superior e a administração acadêmi- ca do curso. A carga horária só foi contabili- zada para os professores da área de Matemá- tica, porém a titulação não é apenas dos pro- fessores com formação em Matemátíca, refe- re-se a todo o corpo docente em efetiva ativi- dade no curso, considerando válida a titulação de mestre ou doutor, quando obtida em cur- sos credenciados pela CAPES. Existe um gran- de número de professores com especialização, não existindo como diferenciar a qualidade desses cursos. Na avaliação ficou evidenciada a carência significativa de professores titula- dos com formação em Matemática. Os gráficos 1, 2 e 3 fornecem o resulta- do da avaliação global do corpo docente, obti- do a partir da média ponderada dos conceitos nos itens anter iormente citados. Para que uma instituição obtenha conceito CMB em corpo docente é necessário que, além da mé- dia global estabelecida, tenha obtido conceito CMB em titulação e dedicação ao curso. Conceitos da Qualificação do Corpo Docente por Dependência Administrativa: Estaduais Federais Municipais Particulares 27% dos cursos têm concei- to CB ou CMB; 64% dos cursos têm concei- to CB ou CMB; não existem conceitos CB ou CMB; 12% dos cursos têm concei- to CB ou CMB. GRAFICO 2 - QUALIFICAÇÃO DO CORPO DOCENTE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA GRÁFICO 1 - CONCEITO GLOBAL DA QUALIFICAÇÃO DO CORPO DOCENTE Nos gráficos, observa-se que somen- te nos cursos de instituições federais apa- rece um percentual superior a 50% de do- centes qualificados. As instituições part icu- lares, responsáveis pela maior par te dos cursos de formação de professores, apre- sentam somente 12% de seu corpo docente com qualificação. É bastante preocupante a qualificação docente nas instituições m u - nicipais. Do quadro 1 deste relatório, vemos que os cursos de formação de professor de matemática, estão assim distribuídos: QUALIFICAÇÃO DO CORPO DOCENTE POR REGIAO REGIÃO SUL NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE PARTICULAR 28 (61%) 1(9%) 10 (27%) 8 (36%) 106 (82%) FEDERAL 6 (13%) 9 (82%) 12 (33%) 11 (50%) 11(8%) MUNICIPAL 4 (9%) 0 2 (5%) 2 (9%) 5 (4%) ESTADUAL 8 (17%) 1(9%) 13 (35%) 1 (5%) 8 (6%) Nos gráficos por região, pode-se obser- var que na qualificação do corpo docente, pre- dominam os conceitos CR em todas as regi- ões do país. É importante observar que na região Sudeste, onde se concentra o maior núme- ro de cursos, com 82% desses cursos em instituições particulares, apenas 16% têm corpo docente recebendo os conceitos CB ou CMB. GRAFICO 3 - POR REGlÃO Titulação do Corpo Docente No gráfico aba ixo , que m o s t r a os conceitos globais referentes à t i tulação, a situação da qualificação do corpo docente parece melhor do que most rado nos gráfi- cos anteriores. Para a avaliação da titulação do corpo docente, consideram-se todos os docentes em efetiva atividade acadêmica no curso, incluin- do os professores de física, computação, esta- tística e os professores das disciplinas peda- gógicas, língua portuguesa e outros. O con- ceito é obtido por meio da média ponderada, considerando peso 4 para doutorado, peso 3 para mestrado, peso 2 para especialização e peso 1 para graduação. Já na avaliação da qualidade do corpo docente entram, além da titulação, a avaliação da dedicação ao curso e a adequação da titulação do docente com a disciplina que leciona. Apesar de a titulação ter um peso maior na média ponderada da qualificação do corpo docente, a falta de ade- quação e dedicação ao curso, produção cien- tífica e outros itens reflete-se no resultado do conceito global do corpo docente. O que mais foi observado pelos avalia- dores é que faltam, nos cursos, professores titulados em Matemática, o que se reflete ne- gativamente na qualidade dos cursos. Observa-se que, nos cursos de institui- ções federais, 65% dos docentes têm CB ou CMB na titulação. Nos cursos das institui- ções particulares 43% têm conceito CB e ape- nas 1% tem conceito CMB. Em 34% dos cursos das instituições es- taduais, os docentes têm t i tulação CB ou CMB. Nas municipais não existem cursos com conceito CMB e apenas 25% dos cur- sos têm docentes com titulação considera- da boa. Organização Didático-pedagógica Na avaliação da organização didático- pedagógica foram consideradas a estrutura curricular do curso, atividades do corpo dis- cente (orientação acadêmica, programas de iniciação científica e monitoria, estágio su- pervisionado) e informações complementa- res (bolsas de estudo, participação em even- tos científicos, acompanhamento dos egres- sos e número de alunos por turma). O con- ceito final é obtido pela média ponderada des- ses três itens, com pesos respectivamente 7, 2 e 1. A verificação do cumprimento do es- tágio supervisionado foi feita não só no item atividades do corpo docente, mas também como parte integrante da es t rutura curri- cular do curso. Verificaram-se a existência da supervisão desse estágio e a distribuição do tempo de estágio em cumprimento ao que determina a lei. Tanto o estágio como as GRÁFICO 5 - TITULAÇÃO POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA disciplinas didático-pedagógicas foram ava- liados dentro da adequação da estrutura cur- ricular e no dimensionamento da carga ho- rária do curso. Os avaliadores também ob- servaram a distribuição das disciplinas pe- dagógicas ao longo do curso de licenciatura, deixando a recomendação de que assim fos- se feito, sempre que necessário. Como o ins- t rumento de avaliação é o mesmo para cur- sos de licenciatura e Ciências com habilita- ção em Matemática, estão reunidas nos grá- ficos as informações desses 2 cursos. São 76 cursos de Ciências com habilitação em Ma- temática e 170 cursos de licenciatura em Ma- temática. GRÁFICO 6 - ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA Observa-se que a média global da orga- nização didático-pedagógica dos 246 cursos de licenciatura é muito insatisfatória, obten- do a soma de 72% nos conceitos CR e CI. Nas instituições federais existem 48 cursos de licenciatura e 1 de Ciências; ob- serva-se que a maioria dos cursos obteve conceito CMB nesse item, tendo a soma de conceitos CB e CMB atingido 63%. Nas instituições part iculares são 97 cursos de licenciatura e 56 cursos de Ciên- cias. Nos cursos destas instituições verifi- ca-se o contrário: a maioria dos cursos ob- teve conceito CI com 43%, sendo a soma de conceitos CR e CI da ordem de 82%. GRÁFICO 7 - ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Nas instituições estaduais foram ava- liados 18 cursos de licenciatura e 13 cursos de Ciências com habilitação em Matemática, existindo um forte predomínio dos concei- tos CR e CI. Nos 7 cursos de l icenciatura e 6 de Ciências com habilitação em Matemática de instituições municipais, o resultado é dramá- tico, com 94% dos cursos tendo conceito CR ou CI em organização didático-pedagógica. Estrutura Curricular Na avaliação da es t rutura curricular tanto de cursos de licenciatura como nos cur- sos de Ciências com habilitação em Matemá- tica, foram analisadosos conteúdos ofereci- dos no curso, cumprimento dos conteúdos programáticos, adequação da estrutura cur- ricular e das ementas, adequação da biblio- grafia, dimensionamento da carga horária, atualização dos programas das disciplinas e atividades complementares. Qualquer que seja a ênfase dada ao cur- so, existe um mínimo de conteúdos básicos essenciais à formação de um professor de ma temát ica que foram observados pelos avaliadores. A CEEMAE considera que a estrutura curricular de um curso é determinante na qualidade oferecida, e verificou-se que exis- te uma relação entre a qualificação do coor- denador do curso com a estrutura curricu- lar. A falta de matemáticos com experiência no magistério superior para a coordenação de cursos de licenciatura é um problema que se reflete nos conceitos obtidos. Observando o gráfico, verifica-se que 70% dos cursos de licenciatura no país rece- beram conceitos CR ou CI em estrutura cur- ricular. GRÁFICO 8 - ESTRUTURA CURRICULAR Estrutura Curricular por Dependências Administrativas Na Avaliação das Condições de Oferta dos cursos de licenciatura ficou bastante evi- denciado que os cursos que possuem estru- tura curricular capaz de preparar o profes- sor de matemática de forma adequada ain- da são aqueles das instituições federais e al- guns de instituições estaduais. Resumo dos conceitos em estrutu- ra curricular por dependência adminis- trativa: Estaduais - 38% dos cursos têm concei- to CB ou CMB; Federais - 63% dos cursos têm concei- to CB ou CMB; Municipais - 13% dos cursos tem concei- to CB e 0% CMB; Particulares- 21% dos cursos têm concei- to CB ou CMB. GRAFICO 9 - ESTRUTURA CURRICULAR POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Forarn avaliados 49 cursos em institui- ções federais, onde 63% dos cursos obtive- ram conceitos CB ou CMB em sua estrutura curricular. Nas insti tuições par t iculares foram avaliados 153 cursos e, ao contrário das fe- derais, nestas instituições 79% dos cursos têm u m a es t ru tura curricular regular ou insuficiente, tendo sido recomendado a 47% dos cursos a mudança imediata de sua es- t ru tura curricular, com conceito CI. Nos cursos das instituições estaduais, a situação também não é boa, visto que 62% estão com conceito CR ou CI. A estrutura curricular dos cursos das instituições municipais deve ser acompanha- da para u m a reformulação. Observa-se no gráfico que 62% dos cursos têm sua estru- tura curricular sem condições mínimas de qualidade; não existe curso com estrutura curricular muito boa e apenas 13% dos cur- sos apresentam u m a es t ru tura curricular considerada boa. Estrutura Curricular por Regiões Quando analisamos os gráficos refe- rentes aos conceitos obtidos em es t ru tura curr icular dos cursos de licenciatura em Matemática, observamos que em todas as regiões do país a soma dos conceitos CR ou CI é predominante. Norte - 73% dos cursos têm conceito CR ou CI; Nordeste - 73% dos cursos têm conceito CR ou CI; Centro-Oeste- 50% dos cursos têm conceito CR ou CI; Sudeste - 72% dos cursos têm conceito CR ou CI; Sul - 68% têm conceito CR ou CI. Na região Norte foram avaliados 11 cursos sendo 1 de licenciatura em instituição estadual, 9 de licenciatura em instituição fe- deral e 1 de licenciatura em instituição parti- cular; 64% estão com conceito regular e um desses cursos obteve conceito insuficiente na es t rutura curricular. Na região Nordeste foram avaliados 37 cursos, sendo 13 cursos em instituições es- taduais, 8 cursos de Ciências e 5 de licencia- tura; 12 cursos em instituições federais, sen- do um deles de Ciências; 2 cursos de Ciências em instituições municipais; 10 cursos em instituições particulares, sendo 4 de Ciências e 6 de licenciatura. Portanto, são 15 cursos de Ciências e 22 cursos de licenciatura. Dos cursos da região Nordeste, 73% têm conceito CI ou CR na estrutura curricular. Na região Centro-Oeste foram avalia- dos 22 cursos assim distribuídos: 1 de Ciên- cias em instituição estadual, 11 de licencia- tura em instituições federais, 2 de Ciências em instituições municipais e 8 cursos em instituições particulares. Na região Centro-Oeste, a metade dos cu r sos está com a e s t r u t u r a cu r r i cu l a r muito boa ou boa e a outra metade regular ou insuficiente, predominando o conceito CI em 32% dos cursos. Na região Sudeste foram avaliados 130 cursos, sendo 1 de Ciências e 7 de li- cenciatura em insti tuições es taduais ; 11 cursos de licenciatura em instituições fede- rais; 1 de Ciências e 4 de licenciatura em instituições municipais; 41 de Ciências e 65 de licenciatura em instituições particulares. Os conceitos da região Sudeste refletem o re- sultado global obtido no país, porque é nes- ta região onde se concentram mais os cur- sos em instituições particulares, tanto de li- cenciatura como os cursos de Ciências com habilitação em Matemática. Nesta região, 72% dos cursos estão com conceitos CR ou CI, relativamente à estrutura curricular. Na região Sul, foram avaliados 46 cur- sos, sendo 3 de Ciências e 5 de licenciatura em instituições estaduais, 6 de licenciatura em instituições federais, 1 de Ciências e 3 de licenciatura em instituições municipais e 9 de Ciências e 19 de licenciatura em institui- ções particulares. Na região Sul, 68% dos cursos tiveram conceitos CR ou CI na estrutura curricular. Instalações O conceito global do item instalações é obtido pela média ponderada dos conceitos obtidos na avaliação das instalações gerais, instalações especiais e biblioteca, com pesos 2, 2 e 6, respectivamente. Portanto, um cur- so pode estar em uma instituição com exce- lentes instalações e, no entanto, seu concei- to global neste item ser mais baixo por cau- sa da avaliação da biblioteca. Em instalações gerais, foram avaliadas a adequação do espaço físico, das salas de aula, laboratórios para ensino especializa- do, salas e gabinetes para os professores, salas de estudo para os alunos, área de cir- culação, de lazer e sanitários; instalação e equipamentos de informática para profes- sores e administração e informatização do serviço de controle acadêmico. Nas instala- ções especiais, foram avaliadas a existência de auditório, computadores e softwares, aces- so a redes de comunicação e base de dados, recursos audiovisuais, política de atualiza- ção e expansão e serviços de manutenção e conservação. Na biblioteca, foram avaliados a quantidade de livros-textos para atendi- mento aos alunos do curso, a existência de livros constantes nas referências bibliográ- ficas, a infra-estrutura de apoio oferecida aos usuários, horário de funcionamento, servi- ço de consulta e empréstimo, a política de atualização e expansão do acervo e dos sis- temas de empréstimo, acesso a redes de in- formação e a disponibilidade de periódicos e revistas. A CEEMAE considera que a biblioteca é o mais importante na parte de instalações, por isso colocou como requisito para um curso ter conceito CMB ou CB em instala- ções apenas se tiver conceito CMB ou CB, res- pectivamente, no item biblioteca. Observa-se que a porcentagem de cursos que têm CMB em biblioteca é igual à dos que têm CMB em instalações, isso porque um curso só recebe conceito glo- bal CMB em instalações se tiver CMB em biblioteca. GRÁFICO 11 - INSTALAÇÕES GRAFICO 13 - POR DEPENDENCIA ADMINISTRATIVA GRAFICO 12- BIBLIOTECA Observa-se que nos cursos das insti- tuições estaduais e das instituições federais a soma dos conceitos CB e CMB é maior em biblioteca, caindo esta soma nos conceitos globais de instalações. Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Graduação Sessenta e um por cento dos cursos de instituições federais têm conceitos CB ou CMB embiblioteca, caindo para 43% com conceitos CB ou CMB em instalações. Con- siderando o peso bem maior dado ao con- ceito biblioteca na média ponderada, isso significa que as instalações gerais das ins- tituições federais não estão boas. Comentários Finais Com base na análise do resultado da Avaliação das Condições de Oferta de Cur- sos de Graduação de Matemática, é possí- vel fazer algumas inferências. As instituições federais e estaduais, de modo geral, apresentam propostas pedagó- gicas e corpo docente avaliados com con- ceitos mais elevados. A situação dos cursos de licenciatura de Matemática, incluindo principalmente os cursos de licenciatura em Ciências com ha- bilitação em Matemática, é bastante preo- cupante. Tanto a qualificação do seu corpo docente como da est rutura curricular des- ses cursos precisam de um a c o m p a n h a - mento mais constante. Há necessidade de uma política efeti- va para formação de docentes qualificados com titulação em Matemática. O processo de avaliação já apresenta contribuições para a melhoria das condições de oferta dos cursos. Durante a realização das visitas foi observado que mui tas insti- tuições real izaram investimentos, princi- palmente no acervo das bibliotecas e nos la- boratórios de ensino especializado. A CEEMAE avalia que as visitas reali- zadas às instituições, por professores co- nhecidos e respeitados na comunidade m a - temática, contr ibuíram para a orientação de mudanças , principalmente da es t ru tu - ra curricular. A sugestão da CEEMAE aos avaliadores t em sido pa ra que a visita não seja simplesmente um registro de defici- ências e qualidades, mas u m a o p o r t u n i - dade de contr ibuição pa ra a melhoria das condições do ens ino de Ma temá t i ca no Brasil. RELATÓRIO-SINTESE DA AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE OFERTA DOS CURSOS DE MEDICINA Ao construir os ins t rumentos para a Avaliação das Condições de Oferta de Cur- sos de Medicina, a Comissão de Especialis- tas esteve norteada por dois princípios: 1) a avaliação deveria estar dirigida para a verificação do comportamento individuali- zado do curso, não importando sua posição relativa à totalidade das escolas médicas; 2) o i n s t r u m e n t o dever ia a p o n t a r para um ideal de curso médico, segundo um constructo elaborado a part ir de experiên- cias ocorridas em instituições reconhecida- mente mui to boas. Utilizou-se assim um inst rumento de medida referenciado a critérios, seguindo a terminologia de autor ia de Glacer (1963), ou seja, os cursos foram avaliados segundo um padrão predeterminado, indicativo dos objetivos educacionais pretendidos e os re- sultados refletem sua maior ou menor com- petência, independentemente do referenci- al formado pelo conjunto das escolas médi- cas investigadas. As comissões verificadoras estiveram formadas por professores, geralmente douto- res, com experiência em administração uni- versitária e/ou ensino médico. Buscou-se que em sua composição estivessem representadas as várias regiões do país e distintas especiali- dades. Essas comissões permaneceram, em média, três dias na instituição e tiveram opor- tunidade de entrevistar professores, alunos e funcionários escolhidos de forma aleatória. Além de diversificar as fontes de infor- mação, essa estratégia possibilitou a incorpo- ração, nos resultados da avaliação, do compro- misso individual e coletivo com o aperfeiçoa- mento da instituição. Observou-se que, de ma- neira geral, as instituições se esforçaram em dis- ponibilizar todas as informações necessárias ao trabalho e demonstraram um claro reconhe- cimento do sentido pedagógico da avaliação. Uma primeira análise dos relatórios produ- zidos mostrou a necessidade de operar um ajuste na pontuação dos critérios, corrigin- do assim um certo desequilíbrio entre os três eixos: corpo docente, organização didático- pedagógica e instalações. A qualificação do corpo docente, a orga- nização didático-pedagógica e as instalações dos cursos de Medicina submetidos ao Exame Nacional de Cursos foram avaliados ütilizan- do-se os parâmetros discriminados nas dimen- sões e quesitos apresentados abaixo: MEDICINA TOTAL DE CURSOS AVALIADOS: 79 Avaliação da Qualificação do Corpo Docente 1 - t i tu lação - área básica; 2 - titulação - área profissionalizante; 3 - titulação - prof. sem contrato docente; 4 - adequação da formação docente; 5 - dedicação ao curso; 6 - produção cientifica do pessoal docente; 7 - n° de dias na semana de atividades presenciais; 8 - tempo de exercício profissional; 9 - relação docente/aluno; 10 -critérios para progressão funcional; 11 - perfil acadêmico do coordenador do curso; 12 -atividades acadêmicas extraclasse. Avaliação da Organização Didático-peda- gógica 1 -organização curricular; 2 - internato 2.1 - orientação docente; 2.2 - fixação do interno à instituição; 2.3 - organização do internato; 3 - política de qualificação acadêmica e técnica administrativa; 4 - política de apoio e desenvolvimento dis- cente; 5 - extensão; 6-res idência médica; 7 - apoio didático-pedagógico e auto-avaliação. Avaliação das Instalações 1 - á r ea básica: instalações gerais; 2 - laboratório de anatomia; 3 - laboratório de histologia; 4 - laboratório de embriologia; 5 - laboratório de bioquímica; 6 - laboratório de biofísica; 7 - laboratório de fisiologia; 8 - laboratório de farmacologia; 9 - laboratório de parasitologia; 10 - laboratório de microbiologia; 11 - laboratório de patologia; 12 - laboratório de imunologia; 13 - laboratório de técnica Operatória e cirurgia; 14 -biotério; 15 -hospital-escola: aspectos qualitativos; 16 -hospital-escola: aspectos quantitativos; 17 - serviços de clínica médica; 18 -serviços de cirurgia; 19 -serviços de pediatria; 20-serviços de ginecologia/obstetrícia; 21 -biblioteca. Padrões de avaliação global: CMB = mais de 80% de conceitos A CB = mínimo de 70% de conceitos A e B CR = mínimo de 60% de conceitos A, B e C CI = menos de 60% de conceitos A, B e C CMB = Condições Muito Boas CB = Condições Boas CR = Condições Regulares CI = Condições Insuficientes Deve ser salientado que não foram utili- zadas na avaliação por dependência administra- tiva as instituições municipais, por serem ape- nas duas escolas, sendo somente consideradas no momento da avaliação global e por região. Registre-se que nas regiões Norte e Centro-Oeste o número total de escolas ava- liadas foi de 4. Qualificação do Corpo Docente As informações agregadas para o con- jun to dos cursos de Medicina avaliados no país mostraram, no que respeita à qualifi- cação do corpo docente, um predomínio de CR, em um percentual de 42% (gráfico 1). GRÁFICO 1 - CORPO DOCENTE Destaca-se a inexistência de CMB nos cursos de Medicina avaliados nas institui- ções particulares, enquanto os cursos das instituições estaduais e federais alcançaram o percentual de 25% e 21%, respectivamen- te, na dimensão qualificação do corpo do- cente. No que diz respeito ao conceito CI, identificamos um forte predomínio na qua- lificação do corpo docente nos cursos das instituições particulares, com um percen- tual de 43% (gráfico 2). GRAFICO 2 - QUALIFICAÇÃO DO CORPO DOCENTE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA A análise por regiões mostra um pre- domínio de CI nas regiões Sul e Sudeste, quando comparado com as regiões Nor- te, Nordeste e Centro-Oeste, refletindo, provavelmente, as diferentes proporções de dependências administrativas (federais, es taduais , municipais e par t iculares) (gráfico 3). GRÁFICO 3 - QUALIFICAÇÃO DO CORPO DOCENTE POR REGlÃO Titulação Acadêmica - Área Básica No que se refere ao conjunto dos cursos avaliados no item titulação acadêmica- área básica - observamos um percentual de 76% de CMB e de CB, e apenas 5% de CI (gráfico 4). GRÁFICO 4 - TITULAÇÃO ACADÊMICA A análise feita por dependência admi- nistrativa mostra um pequeno predomínio de CMB e CB nos cursos das instituições estaduais e federais, em comparação com as instituições particulares. Considerando- se isoladamente o conceito CMB, observa- se diferença nítida entre os percentuais ob- tidos entre as instituições estaduais (84%), federais (68%) e particulares (44%) (gráfico 5). A distribuição por região evidenciou diferença importante do conceito CMB nas instituições das regiões Sul, Sudeste e Cen- tro-Oeste, de um lado, e das regiões Norte e Nordeste, de outro (gráfico 6). GRÁFICO 6 - DISTRIBUIÇÃO POR REGlÃO Região Centro-Oeste GRÁFICO 6 - DISTRIBUIÇÃO POR REGlÃO Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Graduação GRÁFICO 5 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Titulação - Área Profissional Observa-se que, era t e rmos gerais , 50% dos cursos avaliados alcançaram CMB e CB na avaliação da titulação docente na área profissional (gráfico 7). GRÁFICO 7 - TITULAÇÃO - ÁREA PROFISSIONAL A análise deste indicador por depen- dência administrat iva demonstrou que os cursos de medicina com menor corpo do- cente t i tulado na área profissional foram os particulares, com percentuais de 40% de CI e apenas 38% com CMB e CB (gráfico 8). GRAFICO 8- DEPENDENCIA ADMINISTRATIVA Na região Norte, em que pese terem sido apenas 4 os cursos de Medicina avalia- dos, constatou-se 75% com CI e 25% com CB, enquanto nas demais regiões a propor- ção de CMB e CB manteve-se em torno de 50% (gráfico 9). GRÁFICO 9 - DISTRIBUIÇÃO POR REGlÃO Um outro dado importante foi o re- sul tado de 6 1 % de CMB em t i tulação na área básica contra 32% de CMB na área p ro- fissional, atribuível a vários fatores, entre estes, maior oferta de programa de pós-gra- duação stricto sensu na área básica e a pró- pria trajetória de formação. Dedicação ao Curso Observou-se que 62% dos cursos ava- liados obtiveram CMB e CB na variável de- dicação ao curso. Por out ro lado, 27% dos cursos obtiveram CI, significando menos de 30% dos docentes com dedicação integral e parcial (gráfico 10). A análise por dependência administra- tiva mostrou, de forma inequívoca, que as instituições particulares não proporciona- r am ao professor condições adequadas de dedicação ao curso, tendo em vista não te- rem obtido conceito CMB, mas registraram 50% de CI (gráfico 11). GRÁFICO 11 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA GRÁFICO 1 0 - DEDICAÇÃO AO CURSO De forma semelhante à avaliação do corpo docente, o estudo por regiões reve- lou nas regiões Sul e Sudeste maior predo- mínio de CI, quando confrontado com as regiões Norte , Nordeste e Centro-Oeste , refletindo provavelmente as diferentes p ro - porções de dependência a d m i n i s t r a t i v a (gráfico 12). GRÁFICO 12 - REGIAO ADMINISTRATIVA GRÁFICO 1 4 - DEPENDENCIA ADMINISTRATIVA Produção Científica Na análise global do item produção cientí- fica apenas 19% dos cursos apresentaram CMB, contrapondo-se aos 30% de CI (gráfico 13). GRÁFICO 1 3 - PRODUÇÃO CIENTÍFICA Os conceitos CMB predominaram nos cursos ligados às instituições federais e es- taduais com percentuais de 29% e 33%, res- pectivamente. As instituições particulares, além de apresentarem um alto índice de con- ceitos insuficientes (38%), obtiveram um percentual de CMB muito aquém do dese- jado (6%) (gráfico 14). A análise por região demonstrou, de forma clara, resultados melhores no item produção científica no Sul e Sudeste, decli- nando em direção ao Centro-Oeste, Nordes- te e Norte. Esse resultado reflete, possivel- mente, entre outros fatores, a concentra- ção de recursos de pesquisa nas regiões Sul e Sudeste, em comparação com as outras regiões (gráfico 15). GRAFICO 1 5 - REGlÃO ADMINISTRATIVA Relação Aluno/Docente No quadro geral, 35% dos cursos de Medicina avaliados obtiveram CI, signifi- cando u m a relação a luno/docente maior que sete (7) (gráfico 16). GRÁFICO 1 6 - RELAÇÃO ALUNO/DOCENTE Verificou-se nas instituições part icu- lares um alto percentual (68%) de CI, con- trapondo-se aos valores de 7% e 8% verifi- cados nas instituições federais e estaduais, respectivamente. Esse indicador diferencia instituições públicas e privadas, principal- mente quando consideramos que o percen- tual de CMB é de 75% nas primeiras e de apenas 13% nas particulares (gráfico 17). GRÁFICO 1 7 - DEPENDÊNCÍA ADMINISTRATIVA A análise por região revelou que o to - tal de CI obtido pelos cursos avaliados no Sul e Sudeste representou aproximadamen- te o dobro dos mesmos conceitos obtidos pelas escolas médicas das demais regiões, refletindo provavelmente o maior número de cursos de Medicina em instituições par- ticulares naquelas regiões (gráfico 18). GRAFICO 18 - REGlÃO ADMINISTRATIVA Organização Didático-pedagógica O quadro geral dos cursos de Medici- na avaliados most rou que 52% das escolas obtiveram índice CB e que apenas 18% al- cançaram o conceito CMB (gráfico 19). No estudo por dependência adminis- trativa, as instituições estaduais e federais foram as que alcançaram os maiores índi- ces de CMB e CB. Apenas 3% das escolas par- ticulares t iveram CMB (gráfico 20). GRÁFICO 1 9 - ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA GRAFICO 2 0 - DEPENDENCIA ADMINISTRATIVA A distribuição por região revelou que nas regiões Norte e Centro-Oeste não hou- ve o conceito CMB e que a maior concen- tração desse conceito foi verificada na região Sul (29%) (gráfico 21). GRAFICO 21 - REGIAO ADMINISTRATIVA Organização Curricular A maioria dos cursos de Medicina ava- liados apresentou resultados CMB e CB, al- cançando um percentual de 72%. Na orga- nização curricular foram avaliados os ob- jetivos, perfil de competências, e s t ru tu ra curricular, estratégias educativas, plano de ensino das disciplinas e sistema de coorde- nação (gráfico 22). Na análise por dependência adminis- trativa, o maior índice de conceitos indica- dores de qualidade foi alcançado pelas insti- tuições federais (gráfico 23). Quando analisado por região, destaca- se a inexistência do conceito CI nos cursos ava- liados do Centro-Oeste (gráfico 24). GRÁFICO 23 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA GRAFICO 24 - REGlÃO ADMINISTRATIVA GRÁFICO 26 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Fixação do Interno à Instituição Em relação à fixação do interno à insti- tuição, 15% dos cursos avaliados obtiveram CI, revelando que não se responsabilizam di- retamente pelo treinamento de um número expressivo de seus internos (gráfico 25). O estudo feito por dependência adminis- trativa mostra que 25% dos cursos das insti- tuições particulares obtiveram CI, contra ape- nas 4% das federais e 0% das estaduais. Esses índices sugerem que um número importante de cursos particulares de Medicina não ofere- ce condições para que o internato se desenvol- va na própria instituição (gráfico 26). GRÁFICO 25 - FIXAÇÃO DO INTERNO À INSTITUIÇÃO Organização do Internato Este item contemplou os seguintes cri- térios: distribuição da carga horária pelas qua- tro áreas; múltiplos cenários de treinamento; sessões clínicas; visitas às enfermarias sob supervisão e coordenação por áreas. Verificou-se que 70% do conjunto dos cursos de Medicina avaliados recebeu CMB para este indicador (gráfico 27). O estudo por dependência administrativa revela que os cursos de instituições federais apresen- tam um maior percentual de conceitos de excelência (89%) seguidas pelas estaduais (67%) (gráfico 28). Quanto à situação geo- gráfica, observa-se que na região Sudeste 10% dos cursos obtiveram CI, resultado provavelmente associadoao maior número de instituições de ensino superior particu- lares nessa região (gráfico 29). GRÁFICO 27 - ORGANIZAÇÃO DO INTERNATO GRÁFICO 28 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA GRÁFICO 29 - REGlÃO ADMINISTRATIVA Politica de Qualificação Acadêmica Em relação a este item, verificamos que 62% do conjunto dos cursos avaliados obtiveram CMB e CB (gráfico 30). Quando o estudo é realizado por de- pendência administrativa observamos que os cursos das federais e estaduais têm índi- ces de 75% e de 92% de CMB e CB, respecti- vamente. Apenas 44% das particulares ob- tiveram esses conceitos (gráfico 31). GRÁFICO 30 - POLÍTICA DE QUALIFICAÇÃO ACADÊMICA GRÁFICO 31 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Quanto à distribuição regional, obser- vou-se na região Nordeste um maior per- centual de CMB e CB (91%), seguida da re- gião Centro-Oeste (75%), Sudeste (61%), Sul (50%) e Norte (25%) (gráfico 32). GRÁFICO 32 - REGlÃO ADMINISTRATIVA Politica de Apoio e Desenvolvimento Dis- cente Neste item observamos que a política de apoio e desenvolvimento discente não está fortemente desenvolvida na maioria das escolas médicas (gráfico 33). GRÁFICO 33 - POLÍTICA DE APOIO E DESENVOLVIMENTO DISCENTE A análise por dependência administrati- va revelou maiores índices de CMB e CB nos cursos avaliados das instituições estaduais e federais e maior índice de CI nas particulares, embora as estaduais tenham revelado um ex- pressivo índice de CI de 33% (gráfico 34). GRÁFICO 34 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA O estudo por região mos t ra que no Nordeste encontramos um maior número de cursos avaliados (46%) desenvolvendo essa política com características de quali- dade (gráfico 35). GRÁFICO 35 - REGlÃO ADMINISTRATIVA Política de Extensão A análise deste item demonstrou que 66% do conjunto global das escolas médicas avaliadas desenvolve uma política de extensão considerada Muito Boa (gráfico 36). GRÁFICO 36 - POLÍTICA DE EXTENSÃO Mais de 80% dos cursos das instituições federais e estaduais obtiveram CMB nesse item, enquanto as particulares demonstraram ter uma menor articulação com a comunidade por meio dessas políticas, alcançando um percen- tual de 46% de CMB (gráfico 37). GRÁFICO 37 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Na distribuição por região, o menor índice de CMB foi observado na região Su- deste e o maior índice de conceito de qualida- de para esse item no Nordeste (gráfico 38). GRÁFICO 38 - REGlÃO ADMINISTRATIVA GRÁFICO 40 - DEPENDENCIA ADMINISTRATIVA Residência Médica A análise global revelou um índice de 71% de CMB e CB (gráfico 39). GRÁFICO 3 9 - RESIDÊNCIA MÉDICA Com relação à dependência administra- tiva, os cursos das instituições federais foram os que obtiveram o maior índice de CMB (72%) e o menor índice de CI (7%). Os cursos das ins- tituições particulares obtiveram 43% de CMB nesse mesmo indicador (gráfico 40). Avaliação Global das Instalações A avaliação do conjunto dos cursos de Medicina no item global das instalações reve- lou um índice de 54% de CMB e CB (gráfico 41). GRÁFICO 41 - AVALIAÇÃO GLOBAL DAS INSTALAÇÕES O resultado da avaliação por depen- dência administrat iva mostra um percen- tual semelhante de instituições com insta- lações insuficientes, ou seja, 11% nas fede- rais, 8% nas estaduais e 13% nas particula- res. As diferenças são observadas quando le- vamos em consideração a categoria CMB, contribuindo as federais e as estaduais com os maiores percentuais (gráfico 42). GRÁFICO 42 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA De forma geral, os cursos de Medici- na avaliados necessitam realizar melhorias em suas instalações; apenas na região Sul verifica-se a existência de 36% de CMB. No Nordeste nenhuma instituição obteve esse conceito, além de haver sido a região que apresentou o maior índice de CI (18%) (grá- fico 43). GRAFICO 43 - REGIÕES ADMINISTRATIVAS Área Básica: Instalações Gerais Neste item, 48% do conjunto dos cursos de Medicina avaliados obteve CMB (gráfico 44). Esses resultados se deram às expensas de ins- tituições de todas as dependências administra- tivas (gráfico 45). GRÁFICO 44 - INSTALAÇÕES GERAIS ÁREA BÁSICA GRAFICO 4 5 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Na distribuição regional, destacou-se a região Nordeste cora percentuais de CI igual a zero (0%), 18% de CMB e 73% de CB (gráfico 46). Laboratórios: Avaliação Global No quadro geral, 74% dos cursos de Medicina ava l iados a p r e s e n t a r a m CMB (gráfico 47). GRÁFICO 47 - LABORATÓRIOS Na análise por dependência adminis- trativa, não houve diferenças claras na dis- tribuição dos conceitos CMB. No entanto os cursos das instituições particulares apre- sentaram um maior índice de CI no item laboratórios (gráfico 48). No estudo por regiões, a região Sul apresentou ura menor n ú m e r o de cursos avaliados com CI (9%), enquanto as regiões Norte e Nordeste exibiram os maiores per- centuais de CI, semelhantes aos resultados obtidos na avaliação das instalações gerais (gráfico 49). Hospital-Escola: Aspectos Qualitativos Para a avaliação dos aspectos qualita- tivos, os seguintes itens foram considerados: salas de aula; ambulatórios; centro cirúrgi- co; serviços de exames complementares bá- sicos; serviços especializados; área física à disposição dos alunos; recursos audiovisu- ais; serviços organizados nas quatro gran- des áreas; serviço de emergência; comissões de residência médica, infecção hospitalar e ética médica; e recursos de informática. Na análise do conjunto, 70% dos cursos avaliados alcançaram CMB e CB (gráfico 50). GRÁFICO 50 - HOSPITAL-ESCOLA ASPECTOS QUALITATIVOS Com relação à distribuição por dependên- cia administrativa, não existiram diferenças im- portantes nos percentuais obtidos, havendo, no entanto, um discreto predomínio de CMB e CB nos cursos avaliados das instituições estaduais (gráfico 51). Também não ocorreram diferen- ças claras na análise por regiões (gráfico 52). GRÁFICO 51 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA GRAFICO 52 - REGIAO ADMINISTRATIVA Hospital-Escola: Aspectos Quantitativos A análise dos aspectos quanti tat ivos contemplou os seguintes critérios: atendi- men to ambula to r ia l mensal ; internações mensais; procedimentos cirúrgicos mensais; e número de profissionais de enfermagem. A avaliação do conjunto dos cursos neste item revelou que 77% obteve o con- ceito CMB (gráfico 53). Os cursos das insti- tuições estaduais revelaram os maiores ín- dices de CMB (gráfico 54). No que respeita à distribuição por região, 25% dos hospi- tais-escola do Norte do país apresentaram CI (gráfico 55). GRAFICO 54 - DEPENDENCIA ADMINISTRATIVA GRAFICO 55 - REGIAO ADMINISTRATIVA Biblioteca Neste item, os seguintes critérios fo- r am avaliados: títulos de livros para as di- versas disciplinas; n ú m e r o de periódicos científicos indexados ; i n f o r m a t i z a ç ã o e existência de rede interl igada à BIREME, LILACS ou MEDLINE; facilidade de acesso a periódicos indexados e disponibilizados pela Internet; espaço físico para leitura e t r a b a l h o em g r u p o ; pessoal técnico de apoio, tu rnos de funcionamento; e siste- ma de emprést imo. No quadro geral, apenas 35% dos cur- sos avaliados obtiveram CMB e 20% alcan- çaram CI (gráfico 56). Na análise por dependência adminis- trativa não houve diferenças importantes entre CMB e CB (acima de 60%). Ressalta- mos o alto índice de CI nos cursos avalia- dos das instituições estaduais (33%) (gráfi- co 57). Na distribuição por região observa- mos que os percentuais de CI v a r i a r a m entre 17% a 25% nas regiões Centro-Oes- te, Nordeste, Sudeste e Sul. A região Norte apresentou 50% dos cursos avaliados com conceitos CI (gráfico 58). GRAFICO
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