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PROSPECÇÃO DO PETRÓLEO 1 Prof. Patricia Braga Disciplina: Engenharia de Petróleo e Gás 2 1. Objetivos 2. Tipos de prospecção geológicos potenciais sísmicos Sumário 3 localizar dentro de uma bacia sedimentar as situações geológicas que permitam acumular petróleo. verificar, dentre essas situações, as que possuam condições de conter petróleo. Objetivos da Prospecção 4 Os métodos geológicos e geofísicos servem para indicar o local apropriado para a perfuração do poço. Os programas relacionados a prospecção fornecem grande quantidade de informações técnicas com custo relativamente baixo. Tipos de Prospecção 5 primeira etapa do processo de prospecção, a fim de reconstituir as condições de formação e acumulação de HC’s em uma determinada região. geologia de superfície aerofotogrametria e fotogeologia geologia de subsuperfície Métodos Geológicos 6 objetivo: delimitar e reconhecer bacias sedimentares capazes de acumular HC’s. bacias ígneas, metamórficas e pequenas bacias sedimentares são eliminadas da investigação. mapas geológicos são contiuamente construídos e atualizados. corroboram para a avaliação sísmica. Métodos Geológicos – Geologia de superfície 7 objetivo: obtenção de dados para a construção de mapas topográficos. Aerofotogrametria: consiste em fotografar o terreno utilizando avião equipado. Fotogeologia: consiste em determinar feições geológias a partir de imagens aéreas. Métodos Geológicos – Aerofotogrametria e Fotogeologia 8 Métodos Geológicos – Aerofotogrametria e Fotogeologia Figura 1. Interpretação fotogeológica de diferentes tipos de rochas. 9 Métodos Geológicos – Aerofotogrametria e Fotogeologia Figura 2. Cadeia de montanhas Zagros no Irã e parte do Golfo Pérsico. 10 objetivo: obter dados geológicos em um poço exploratório. técnicas comuns: descrição das amostras de rochas recolhidas durante a perfuração estudo das formações perfuradas e sua profundidade construção de mapas e seções estruturais através da correlação entre informações de diferentes poços identificação dos fósseis presentes nas amostras de rocha da superfície e subsuperfície, permitindo a correlação entre tipos de rocha de um bacia ou entre bacias Métodos Geológicos – Geologia de subsuperfície 11 importante métodos que permitem o reconhecimento e mapeamento de grandes estruturas geológicas que não aparecem na superfície. são métodos indiretos de análise. gravimetria magnetometria Métodos Potenciais 12 objetivos: obter estimativas da espessura dos sedimentos determinar presença de rochas com densidades anômalas (rochas ígneas e domos de sal) prever a existência de altos e baixos estruturais pela distribuição lateral desigual de densidades técnica que deve ser utilizada juntamente com outras técnicas geofísicas. Métodos Potenciais - Gravimetria 13 Métodos Potenciais - Gravimetria Figura 3. Mapa Bouguer da Bacia do Recôncavo Baiano. Embasamento mais profundo Embasamento mais raso 14 baseada nas pequenas variações do campo magnético da Terra. objetivo: detectar a presença de magnetita (Fe3O4) disseminada nas rochas Rochas básicas: alta suscetibilidade magnética Rochas ácidas: baixo suscetibilidade magnética técnica que deve ser utilizada juntamente com outras técnicas geofísicas. Métodos Potenciais - Magnetometria 15 Figura 4. Mapa aeromagnético do campo de petróleo Puckett, Texas. Métodos Potenciais - Magnetometria 16 baseados na geração de ondas elásticas, através de fontes artificiais, que se propagam no interior da Terra. essas ondas são refletidas ou refratadas nas interfaces das rochas de diferentes constituições petrofísicas. ao retornarem para a superfície são detectadas por equipamentos de registro. método sísmico de refração método sísmico de reflexão Métodos Sísmicos 17 registra ondas refratadas com ângulo crítico aplicação maior em sismologia, com uso restrito para prospecção de petróleo muito utilizado na década de 50 com refinamento por métodos potenciais (gravimetria e magnetometria) Método Sísmico de Refração 18 método de prospecção mais utilizado (90% dos investimentos em prospecção) alta definição das feições geológicas em subsuperfície custo relativamente baixo Método Sísmico de Reflexão 19 Método Sísmico de Reflexão Subsuperfície Geofones Dinamite ou vibrador Figura 5. Esquema exemplificando uma amostragem. 20 Método Sísmico de Reflexão Figura 6. Esquema ilustrativo de levantamento sísmico marítimo. Ponto de tiro Canal de recepção Subsuperfície 21 Método Sísmico de Reflexão Figura 7. Levantamento sísmico marítimo. 22 Método Sísmico de Reflexão Figura 8. Distribuição de velocidades comumente encontradas na prospecção de petróleo. No choque das ondas, parte da energia se reflete e parte se refrata. A quantidade de energia refletida depende da diferença das impedâncias acústicas dos dois meios e do ângulo de incidência (densidade x velocidade). 23 Método Sísmico de Reflexão Figura 9. Exemplo de seção de impedância acústica obtida pelo processamento de dados sísmicos de reflexão. 24 Técnica CDP (Common Depth Point) aquisição de um mesmo ponto da subsuperfície várias vezes (48 a 240) com diferentes posições de tiros e receptores. Avanços Tecnológicos do Método Sísmico de Reflexão Figura 10. Exemplo ilustrativo da técnica CDP. 25 Vantagens da Técnica CDP (Common Depth Point) acelerar a aquisição promover cobertura contínua mesmo com obstáculos ou impossibilidade de acesso na superfície (plataformas de petróleo e redes elétricas) atenuar reverberações em mar atenuar ruídos (vento, ondas, tráfego) Avanços Tecnológicos do Método Sísmico de Reflexão 26 ferramenta poderosa no direcionamento da perfuração normalmente se aplicada a sísmica 3-D e 4-D evidencia alterações nas características petrofísicas do reservatório deve ser realizada em intervalos de 6 a 12 meses Método Sísmico de Reflexão aplicado na perfuração e desenvolvimento da produção 27 Método Sísmico de Reflexão Figura 11. Seção de impedância acústica com velocidades intervalares em código de cores. Valores muito baixos de velocidade e de impedância são característicos de rochas com alta porosidade, podendo constituir-se em excelentes reservatórios de petróleo. 28 Não se pode prever, portanto, onde existe petróleo, e sim, os locais mais favoráveis para sua ocorrência.