Buscar

Avaliação da implantação reforma universitária universidades federais, volume I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 412 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 412 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 412 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

VALIAÇÃO 
IMPLANTAÇÃO 
REFORMA 
UNIVERSITÁRIA 
UNIVERSIDADES FEDERAIS 
Patrocínio: 
Ministério da Educação e Cultura 
Departamento de Assuntos Universitários 
Planejamento e Execução 
Universidade Federal da Bahia 
Centro de Estudos Interdisciplinares 
Para o Setor Público—ISP 
Salvador — 1975 
EQUIPE EXECUTORA 
UFBA/ISP 
COORDENADOR GERAL — Prof. Jorge Hage Sobrinho 
Adjunto do Reitor para Assuntos de 
Planejamento e Administração — 
UFBA. 
Coordenador Geral dos Programai 
COORDENADOR — Iracy Silva Picanço 
Especialista em Educação 
COORDENADOR ADJUNTO — Nadya Araújo Castro 
Socióloga 
— Vicente José de Almeida Frederico 
Técnico em Administração 
T É C N I C O S 
Ana Christina de Souza Caldeira — Bibliotecária 
Alba Regina Neves Ramos — Socióloga 
Ciomara Paim Couto — Socióloga 
Francisco Leonardo da Silva Lessa — Licenciado em História 
Lúcia Maria da Franca Rocha — Técnica em Educação 
Luiz Henrique Azevedo Dias — Técnico em Administração 
Márcia Abigail Earbosa Carneiro — Técnica em Educação 
COLABORADORES ESPECIAIS 
NOME ÓRGÃO DE ORIGEM 
Antonio Geraldo Amaral Rosa (Pe.) PUC-PE 
Arthur Marinho Medeiros UFRN 
Edson Machado de Souza CNRH-MINIPLAN 
Eugênio Wedelstaedt Gruman UFRS 
Luiz Duarte Vianna UFRS 
Márcio Quintão Moreno UFMG/COMCRETIDE 
Maurício Lanski MEC/DAU 
Nelson Figueiredo Ribeiro UFPA 
Newton Sucupira CFE 
Raimundo José Miranda Souza MEC/DAU 
Roberto Figueira Santos CFE 
Samuel Levy CNRH-MINIPLAN 
C O L A B O R A D O R E S 
NOME ÓRGÃO DE ORIGEM 
Alberto Pastore Filho UFBA 
Alcina Maria Geiger de Pinho UFBA-ISP 
Alexandre Leal Costa UFBA 
Álvaro Rubin de Pinho UFBA 
Ana Maria Fixina UFBA-ISP 
Anete Brito Leal Ivo UFBA 
Angela Maria Menezes Andrade UFBA 
Angela Maria Pinho de S. Braga UFBA-ISP 
Antonio Celso Spinola Costa UFBA 
Antonio Luiz Machado Neto UFBA 
Antonio Plinio de Moura UFBA 
Arnaldo Murilo Nogueira Leite UFBA 
Arthur Marinho Medeiros UFRN 
Ary Guimarães UFBA 
Carlos Antonio Chenaud UFBA 
Célia Maria Leal Braga UFBA 
Delmar Ewaldo Schneider UFBA 
Dielson Martins Lima UFBA 
Divaldo Marques UFBA 
Edilusa Bastos Oliveira UFBA 
Edmilson Barros Lima UFBA 
Edvaldo Machado Boaventura UFBA 
Eliana Tereza de Oliveira Marques UFBA. 
Elvia Mirian de A. Cavalcanti UFBA-ISP 
Emanuel de Souza Muniz UFBA-ISP 
Emerson Spinola M. Ferreira UFBA 
Enaldo Nunes Marques MEC/DAU 
Ernst Widmer UFBA 
Erundino Pousada Presa UFBA 
Etlenete Marilza Guimarães Góes du Val UFBA 
Fabiola de Aguiar Nunes UFBA 
Fernando Jorge Lessa Sarmento UFBA/ISP 
Flávio José de Souza UFBA 
Friedhilde Maria K.Monolescu UFBA 
George Barreto Oliveira UFBA 
Georgeocohama D. A. Archanjo SEC — Bahia 
Gustavo Medeiros Neto UFBA 
Hailton José de Brito UFBA 
Hélio Carneiro Moreira UFBA 
Hermes Teixeira Melo UFBA 
Hernâni Sávio Sobral UFBA 
Jader Wilton Brasil Soares UFBA 
Joaquim Batista Neves UFBA 
Jorge dos Santos Pereira UFBA 
Jorge Ferreira Santos Laborda UFBA-ISP 
José Carlos Dantas Meirelles UFBA-ISP 
José Guilherme da Mota UFBA 
José Joaquim Calmon de Passos UFBA 
Joselice Macedo de Barreiro UFBA 
José Osório Reis UFBA 
José Romélio Cordeiro e Aquino UFBA 
José Zeferino da Silva UFBA 
Lauro Ribas Zimmer MEC-COMCRETIDE 
Leonor Pereira Dantas UFBA-ISP 
Lolita Carneiro Campos Dantas UFBA 
Lúcia Rosa de Queiroz MEC-COMCRETIDE 
Luiz Augusto Fraga Navarro de Brito UFBA 
Luiz Carlos Bottas Dourado UFBA 
Luiz Felipe Serpa UFBA 
Manuel Veiga UFBA 
Marfisa Cysneiros de Barros SUDENE 
Margarida Maria Costa Batista UFBA 
Maria Angélica de Matos UFBA 
Maria David de A. Brandão UFBA 
Maria do Carmo de Lacerda UNB 
Maria Ivete Ribeiro Oliveira UFBA 
Maria José O. Gonçalves UFBA 
Maria Lúcia P. Federico UFBA-SP 
Maria Norma Farias Viana UFBA-ISP 
Maria Perpétua G. Castro SETRABES-BA 
Marieta Barbosa Pereira UFBA-ISP 
Marle Campos de Oliveira SETRABES-BA 
Marly Magalhães de Freitas UFBA 
Maruzia de Brito Jambeiro UFBA 
Mercedes Kruschewsky UFBA 
Osmar Gonçalves Sepúlveda UFBA 
Othon Jambeiro Barbosa UFBA 
Paulo Guedes UFBA 
Paulo Miranda UFBA 
Pedro A. Calmon de Bittencourt UFBA 
Rachel Maria Araújo Andrade UFBA 
Raymundo da Silva Vasconcellos UFBA 
Regina Glória N. Andrade UFBA 
Romélia Santos UFBA 
Sérgio Cavalcante Guerreiro UFBA 
Sérgio Hage Fialho UFBA 
Sid Marques Fonseca UFRN 
Silvio Santos Farias UFBA 
Sólon Santana Fontes UFBA 
Stela Maria Santos de Sena UFBA 
Terezinha Machado Aguiar UFBA-ISP 
Thereza Maria de Sá Carvalho UFBA 
Yêda de Andrade Ferreira UFBA 
Yêda Matos F. de Carvalho UFBA 
Zahidée Machado Neto UFBA 
Zilma Parente de Barros UFBA 
Zinaldo Figueroa de Sena UFBA 
AUXILIARES TÉCNICOS 
NOME ÓRGÃO DE ORIGEM 
Antónia Célia C. de Albuquerque UFBA-ISP 
Antonio Cézar Chastinet Duarte UFBA-ISP 
Antonio Luiz de Castro UFBA-ISP 
Antonio Maia Diamantino UFBA-ISP 
Cidália Maria Chastinet Duarte UFBA-ISP 
Eduardo Fausto Barreto UFBA 
Eduardo Luiz Tinoco Melo UFBA 
Emir Omar Santiago de Castro UFBA-ISP 
José Walter Barreto UFBA-ISP 
Luiz Cézar Alves Marfuz UFBA-ISP 
Maria Bernadete R. Gonçalves e Capinam UFBA-ISP 
Maria Farias Campos UFBA-ISP 
Maria das Graças F. de Oliveira UFBA-ISP 
Osvaldo Almeida Bonfim UFBA-ISP 
Osvaldo Sepúlveda UFBA-ISP 
Paulo Calmon da Silva UFBA-ISP 
Reinilson Teixeira de Souza UFBA-ISP 
Suzana Maria Soares Meirelles UFBA-ISP 
Zenilda Machado Neves UFBA-ISP 
EQUIPE DE APOIO ADMINISTRATIVO 
NOME ÓRGÃO DE ORIGEM 
Asclepíades Antonio Soledade UFBA-ISP 
Carlota Soares de Magalhães UFBA 
Célia Marly Campos de Souza UFBA 
Edgar Moreira Rosa Filho UFBA-TSP 
Edson Calmon da Silva UFBA-ISP 
Heloisa Menezes Silva UFBA 
Julieta Braga Icó da Silva UFBA-ISP 
Manoel Brito Lima UFBA-ISP 
Maria Lisia Santos UFBA 
Vítor Meirelles Neto UFBA-ISP 
Wilson Garrido Santos UFBA-ISP 
Zuzana Camardelli Seko UFBA 
A P R E S E N T A Ç Ã O 
Após o decurso de quase um quinquénio do 
início da implantação da Reforma Universitária, 
elegeu o Departamento de Assuntos Universitários 
do Ministério da Educação e Cultura o conjunto 
de Universidades Federais, para realizar uma pri-
meira análise do processo de mudança do ensino 
superior, com o propósito de apreciar até que grau 
a instituição universitária assimilou os princípios 
diretores de sua nova concepção. 
Entregou o Departamento de Assuntos Uni-
versitários essa tarefa à Universidade Federal da 
Bahia, através do seu Centro de Administração 
Pública (ISP), atualmente denominado Centro de 
Estudos Interdisciplinares para o Setor Público 
(ISP), mediante convênio firmado em 27.06.73, 
entre as duas partes. 
Os trabalhos, desenvolvidos entre julho de 
1973 e fevereiro de 1974, visavam primordialmente 
à consecução de três objetivos: 
a) determinar o grau de implantação dos 
pressupostos básicos consignados na legislação da 
Reforma Universitária; 
b) evidenciar as principais dificuldades en-
contradas para esta implantação; 
c) buscar a avaliação dos resultados alcan-
çados nesse processo de transformação das Uni-
versidades Brasileiras. 
A investigação não se deteve em nenhum 
objeto de análise particular, mas abraçou toda a 
gama de aspectos do comportamento das Univer-
sidades Federais, tendo como uma preocupação 
maior dar uma visão panorâmica da realidade 
estudada. 
É natural que, a partir dessa perspectiva, de-
limitasse sua atenção ao grau de institucionaliza-
ção dos pressupostos básicos da Reforma traduzi-
dos na nova ordem legal. Se isto se constituiu 
numa limitação, por deixar de por à prova a pró-
pria validade desses pressupostos, em compensa-
ção o enfoque eleito se mostrou fecundo ao por à 
mostra inumeráveis aspectos críticos pouco con-
siderados e ao revelar grande número de proble-
mas a merecerem maior estudo. 
Apesar da intenção da Reforma Universitária 
orientar-se no sentido de desenvolver o ensino, a 
pesquisa e a extensão, dentro de uma pautaequi-
librada, a realidade, que a pesquisa fez emergir, é 
bem outra. 
O peso da tradição ou, porventura, outros fa-
tores de resistência à mudança mostram como a 
extensão e a pesquisa guardam, entre as atividades 
da Universidade, uma inexpressiva posição relati-
va qualquer que seja o indicador que se escolha 
para mensurar essa relação. 
O Departamento de Assuntos Universitários, 
ao divulgar na íntegra este relatório de pesquisa, 
pretende alcançar dois objetivos primordiais. Em 
primeiro lugar, oferecer às Universidades do País 
um conjunto de informações em que cada qual 
poderá encontrar fonte de inspiração para solucio-
nar seus próprios problemas. Em segundo lugar, 
espera o D AU leve este documento os estudiosos 
e pesquisadores sociais interessados no problema 
universitário brasileiro a aprofundarem e exauri-
rem os aspectos críticos porventura nele revelados. 
S U M A R I O G E R A L 
VOLUME 1 
METODOLOGIA 
CARACTERIZAÇÃO DO UNIVERSO ESTU-
DADO 17 
ASPECTOS METODOLÓGICOS DO DESENVOL-
VIMENTO DO PROJETO 24 
L — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO 
1.1 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA 44 
1.1.1 — Introdução 44 
1.1.2 — A Implantação Legal da Reforma 
Universitária 51 
1.1.3 — Os Modelos da Organização Estru-
tural nas Universidades Federais .. 52 
1.1.4 — As Coordenações Superiores 55 
1.1.5 — As Coordenações Setoriais Adminis-
trativas 98 
1.1.6 — As Coordenações Setoriais Acadê-
micas , 105 
1.2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DEPARTA-
MENTAL 124 
1.2.1 — O Departamento e a Legislação Re-
formadora '. 127 
1.2.2 — A Constituição dos Departamentos 126 
1.2.3 — O Funcionamento da Estrutura De-
partamental 133 
1.2.4 — A Departamentalização Segundo as 
Áreas de Conhecimento 155 
1.3 — ORGANIZAÇÃO PARA PLANEJAMENTO E 
ADMINISTRAÇÃO GERAL 284 
1.3.1 — Advertência Inicial 284 
1.3.2 — Introdução 284 
1.3.3 — Planejamento e Orçamento 285 
1.3.4 — Computação 294 
1.3.5 — Administração do Patrimônio 299 
1.3.6 — Administração de Material 301 
1.3.7 — Administração do Campus 304 
1.3.8 — Administração de Pessoal 309 
1.4 — ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA 318 
1.4.1 — Órgãos Centrais de Administração 
Acadêmica 320 
1.4.2 — Flexibilidade Curricular 321 
1.4.3 — Creditação 322 
1.4.4 — Matrícula por Disciplina 325 
1.4.5 — Registros Escolares 328 
1.4.6 — Avaliação do Rendimento Escolar .. 329 
1.4.7 — Diplomação 330 
1.4.8 — Orientação 330 
1.4.9 — Trancamento 331 
1.4.10 — Transferência 332 
1.4.11 — Jubilamento 333 
1.4.12 — Evasão 333 
1.4.13 — Seleção 333 
1.5 — SISTEMA DE BIBLIOTECA 334 
1.5.1 — Introdução 334 
1.5.2 — Estrutura e Organização 335 
1.5.3 — Funcionamento do Sistema 340 
2 — RECURSOS 
2.1 — RECURSOS HUMANOS 350 
2 .1 .1 — Considerações Gerais 350 
2.1.2 — Capacidade Docente das Universi-
dades 350 
2 .1 .3 — Pessoal Técnico de Nível Superior .. 368 
2.1.4 — Pessoal Técnico Administrativo . . . . 380 
2.2 — RECURSOS FÍSICOS 385 
2 .2 .1 — Considerações Gerais 385 
2.2.2 — Situação Atual 386 
2 .2 .3 — Perspectivas em Relação ao Espaço 
Físico 394 
2.3 — RECURSOS RINANCEIROS 401 
2 .3 .1 — Notas Preliminares 401 
2.3.2 — Receita por Origem 402 
2 .3 .3 — Mecanismos de Auto-Financiamento 409 
2.3.4 — Destinação da Despesa 413 
VOLUME 2 
3 — FUNÇÕES 
3.1 — ENSINO 422 
3.1.1 — Ensino de Graduação 422 
3.1.2 — Ensino de Pós-Graduação 405 
3.1.3 — Outros Ensinos 482 
3.2 — PESQUISA 494 
3.2.1 — Dimensão das Atividades da Pesquisa 494 
3.2.2 — Execução da Pesquisa e sua Integra-
ção com o Ensino 498 
3.2.3 — Ausência de Duplicação de Meios . . 507 
3.2.4 — Conclusão 508 
3.3 — EXTENSÃO 511 
3.3.1 — A Organização das Atividades de Ex-
tensão 511 
3.3.2 — Atividades de Extensão 517 
3.3.3 — Conclusões 520 
4 — O ESTUDANTE E A REFORMA 
4.1 — INTRODUÇÃO 524 
4.2 — REPRESENTAÇÃO ESTUDANTIL 525 
4.3 — MONITORIA 527 
4.4 — ASSISTÊNCIA AO ESTUDANTE 528 
4.5 — ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA 
REFORMA UNIVERSITÁRIA NA PERSPEC-
TIVA ESTUDANTIL 532 
5 — DIFICULDADES E FACILIDADES NA IMPLANTAÇÃO 
DA REFORMA 
5.1 — DIFICULDADES E FACILIDADES EM "ES-
TRUTURA E ORGANIZAÇÃO" 537 
5.1 .1 — Estrutura e Organização Acadêmica 537 
5.1.2 — Estrutura e Organização Adminis-
trativa 539 
5.1.3 — Estrutura e Organização Departa-
mental 541 
5.2 — DIFICULDADES E FACILIDADES EM "RE-
CURSOS" 543 
5 .2 .1 — Recursos Financeiros 543 
5.2 .2 — Recursos Humanos 543 
5 .2 .3 — Recursos Físicos 545 
5.3 — DIFICULDADES E FACILIDADES EM "EN-
SINO" 5 4 6 
5.4 — DIFICULDADES E FACILIDADES EM "PÓS-
GRADUAÇÃO", "PESQUISA" E "EXTENSÃO" 547 
5.5 — ELEMENTOS PROPRIAMENTE PROCES-
SUAIS 548 
5.6 — CONCLUSÃO 550 
6 — CONCLUSÕES 
6.1 — UNIVERSALIDADE DE CAMPO 555 
6.2 — ENSINO DE MASSA E ALTA CULTURA 557 
6.3 — ADEQUAÇÃO DA UNIVERSIDADE' 
AO MEIO 562 
6.4 — SISTEMA BÁSICO E SISTEMA PROFIS-
SIONAL 564 
6.5 — DEPARTAMENTALIZAÇÃO E INTERESCO-
LARIDADE 570 
6.6 — COORDENAÇÃO ACADÊMICA E FLEXIBI-
LIDADE CURRICULAR 578 
6.7 — COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA 581 
ANEXO I —ESTRUTURA BÁSICA DAS UNIVERSIDA-
DES FEDERAIS 587 
ANEXO II —AMOSTRA DOS ÓRGÃOS DE UNIVERSO 
VARIÁVEL 728 
ANEXO III —INSTRUMENTOS DE COLETA 874 
METODOLOGIA 
CARACTERIZAÇÃO DO UNIVERSO ESTUDADO 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
A partir de 1966 o crescimento do ensino superior brasileiro 
equivale a um desafio: um desafio voluntário e talvez estimulado 
pela Reforma Universitária. 
Em 6 anos, a matrícula nos cursos de graduação no Brasil 
passou de 180.184 estudantes universitários para 667.701. Um 
crescimento, portanto, de 270% 
Em 1966, as Universidades e estabelecimentos isolados de en-
sino superior ofertavam 1.304 cursos. Em 1972 este número é de 
2.804, o que importa em aumento superior a 100%. 
G R Á F I C O 1 
ENSINO SUPERIOR 
CRESCIMENTO DA MATRICULA EM GRADUAÇÃO 
SETOR PÚBLICO 
Levando-se em conta o desenvolvimento global da matrícula 
nas instituições oficiais (federais, estaduais e municipais) os nú-
meros passam a ser mais expressivos: 99.024 matriculados em 
1966 e 272.003 em 1972, destacando-se o crescimento na órbita 
municipal. 
O incremento no setor privado, porém, mostrou-se bem mais 
acelerado. Nos 6 anos considerados, o número de matrícula nesse 
setor cresceu em 344% . Estas totalizavam 89.110- alunos em 1966 
e atingem 395.698 em 1972. 
A distribuição de matrículas nos dois gráficos anteriores as-
sinala três formas distintas de comportamento: absorção relativa 
crescente de matrícula pelas instituições particulares, crescimen-
to da participação estadual e municipal e, finalmente, um decrés-
cimo relativo acentuado da capacidade de absorção das institui-
ções federais. 
Considerando conjuntamente o setor público (instituições fe-
derais, estaduais e municipais) e comparada sua oferta à do setor 
privado, dentro dos dois marcos escolhidos de tempo (1966 e 1972), 
o resultado apurado sublinhará a participação hegemónica das 
instituições particulares (de 45% para 59%) e o debilitamento 
progressivo da disponibilidade de matrículas nas instituições pú-
blicas, a despeito do crescimento absoluto constante, no período, 
para as diversas dependências. 
Um fato é incontestável: o ensino superior brasileiro cresceu 
muito nos últimos anos. Mas, é preciso identificar os componen-
tes e as características deste crescimento, como também cotejá-lo 
a outros índices que motivaram e orientaram a Reforma Uni-
versitária . 
COMPONENTES DO CRESCIMENTO 
Como já foi dito, em 1966 eram oferecidos em todo o Brasil, 
1.304 cursos, tendo este número mais que duplicado em 1972, to-
18 
Dentro deste contexto, a participação das instituições fede-
rais (1) que era, em 1966, bastante significativa com 73.037 alu-
nos, isto é, 41% do total, passa, em 1972 para 169?091, ou seja, 
apenas 25% do total. Não obstante esse decréscimona partici-
pação, o índice de crescimento alcançado atingiu a 231. 
G R Á F I C O 2 
ENSINO SUPERIOR 
DISTRIBUIÇÃO DA MATRICULA EM GRADUAÇÃO 
SETOR PÚBLICO E PRIVADO 
F O N T E : M E C / S E E C 
O crescimento da oferta de cursos mostrou-se uma constante 
nas várias dependências. A maior acentuação, entretanto, teve 
lugar nos estabelecimentos estaduais e municipais (172%) segui-
do do particular (107%), e do federal (100%). 
Esta oferta, entretanto, em relação às áreas de conhecimento 
sofre, também, apreciável modificação entre as diversas depen-
dências administrativas. É nas Ciências Exatas e Tecnologia onde 
se observam as maiores transformações nesta composição, pois, 
enquanto em 1966 o poder público federal oferecia 65% dos cur-
sos em funcionamento, em 1972 estes somam 38% do total, res-
pondendo a iniciativa particular por 44% no ano citado, e ape-
nas 23% em 1966. Observa-se que, na iniciativa federal, de 109 
cursos em 1966 passou-se a 290 em 1972. A iniciativa particular, 
que respondia por 39 cursos nesta área, passa a 336 em 1972, o 
que equivale a um aumento de mais de 900%. (Vide Quadro 2). 
DEPENDÊNCIAS 
Federal 
Estadual e/ou Municipal 
Particular 
Total 
ABSOLUTO 
464 
205 
635 
1304 
1966 
% 
35 
16 
49 
100 
1972 
ABSOLUTO 
927 
559 
1.318 
2.804 
% 
33 
20 
47 
100 
talizando 2.804. O Quadro 1 destaca, segundo as várias depen-
dências administrativas, a incidência deste fenômeno. 
QUADRO 1 
ENSINO SUPERIOR 
DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA (21 
QUADRO 2 
ENSINO SUPERIOR 
NÚMERO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO SEGUNDO AS ÁREAS DE CONHECIMENTO 
E DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA 
1 
ÁREAS DE 
CONHECIMENTO FEDE-
RAL 
ESTA-
DUAL 
1966 
MUNI-
CIPAL 
! 
NUMERO DE CURSOS 
PARTI- TOTAL FEDE- ESTA-
CULAR RAL DUAL 
1972 
| MUNI-
CIPAL 
PARTI- TOTAL 
CULAR 
A 
8 
S 
O 
L 
u 
T 
O 
% 
Ciências Exatas e Tecnologia 
Ciências Biolog. Prof. Saúde 
Ciências Agrárias 
Ciências Humanas 
Letras (*) 
Artes 
Outros 
T O T A L 
Ciências Exatas e Tecnologia 
Ciências Biolog. Prof. Saúde 
Ciências Agrárias 
Ciências Humanas 
Letras (*) 
Artes 
Outros 
T O T A L 
109 
82 
20 
218 
— 35 
-
464 
65 
46 
61 
26 
47 
— 
36 
17 
42 
9 
91 
— 6 
-
165 
10 
24 
27 
11 
8 
— 
13 
3 
— 
— 30 
— 
7 
-
40 
2 
— 
— 3 
10 
— 
3 
39 
54 
4 
512 
— 
26 
— 
635 
23 
30 
12 
60 
35 
— 
48 
168 
178 
33 
851 
-
74 
_ 
1.304 
100 
100 
100 
100 
100 
— 
100 
290 
194 
30 
288 
52 
65 
8 
927 
38 
43 
68 
26 
21 
36 
67 
33 
105 
83 
8 
140 
30 
30 
1 
397 
14 
18 
18 
13 
12 
17 
8 
14 
37 
10 
-
91 
16 
6 
2 
162 
4 
2 
— 
8 
6 
3 
17 
6 
336 
166 
6 
575 
156 
78 
1 
1.318 
44 
37 
14 
53 
61 
44 
8 
47 
768 
453 
44 
1.094 
254 
179 
12 
2.804 
100 
100 
100 
100 
100 
100 
100 
100 
FONTE: MEC/SEEC 
(*) Em 1966 a área de Letras encontrava-se integrada às Ciências Humanas. 
(2) O total apresentado neste tópico não sofreu nenhum processo d* sistema-
tização, razão porque se distancia em muito do número de cursos 
apresentado na Seção 3 deste trabalho 
19 
Observa-se que, em maior ou menor grau, iodas as dependên-
cias diversificaram a sua oferta de cursos. Onde esta diversifica-
ção já se verificava, ou seja, nas instituições federais, os impac-
tos, ainda que existentes, atingiram-nas em menores proporções. 
No entanto duas constantes ressaltam-se neste processo: em 
primeiro lugar nas diversas dependências, em termos de compo-
sição relativa, em cada uma delas, sob qualquer forma que esta 
diversificação tenha se operado, ela sempre se deu em prejuízo da 
oferta nas áreas das Ciências Humanas e das Letras. Este pre-
juízo foi relativamente maior entre as instituições particulares, 
onde estas áreas, em conjunto, decresceram de 81% (em 1966) 
para 55% (em 1972). A segunda constante diz respeito ao incre-
mento experimentado pelas Ciências Exatas e Tecnologia em to-
dos os tipos de dependência administrativa. 
A área das Ciências Biológicas e Profissões de Saúde, ainda 
que tenha experimentado crescimento, apresenta proporções sen-
sivelmente menos elevadas que as Ciências Exatas e Tecnologia. 
Em verdade, menos acentuado foi o crescimento dos cursos 
na Área das Ciências Agrárias, da ordem de 33 %, crescimento este 
concentrado nas instituições federais e particulares na ordem 
de 50%. 
O comportamento da matrícula oferece algumas indicações 
que o diferenciam do comportamento da oferta de cursos. A título 
exemplificativo, observa-se que, enquanto nas Ciências Exatas e 
Tecnologia, a participação relativa do poder federal se mantém 
coerente, seja em termos de cursos, seja de alunado, nas Ciências 
Agrárias se evidencia a queda da participação relativa das matrí-
culas de 64% do total em 1966 para 61% em 1972, a despeito do 
aumento do número de cursos no mesmo período 61% para 68%. 
(Vide Quadro 3) . 
QUADRO 3 
ENSINO SUPERIOR 
CURSOS DE GRADUAÇÃO - MATRÍCULA SEGUNDO AS ÁREAS DE CONHECIMENTO E 
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA 
A análise da participação do Governo Federal, separadamen-
te, nas 5 Regiões do país, permite observar-se (Vide Quadro 4) 
que enquanto nas Regiões Norte e Nordeste esta esfera de poder, 
já majoritária em 1966, revela ascensão em 1972, na Região Su-
deste ocorre fenômeno inverso, quando a hegemonia da iniciativa 
particular, marcante em 1966, se afirma ainda mais em 1972. A 
Região Sul experimenta, por sua vez, uma transferência do pre-
domínio federal para o particular. Na Centro-Oeste, contudo, em-
bora ocorrendo um decréscimo da participação federal nas ma-
triculas no período, esta continua, ainda, com a maior percen-
tagem. 
Considerado isoladamente o Setor Privado diante do Setor 
Público como um todo, este ainda predomina em todas as Regiões 
com exceção ún ica da Região Sudeste. (Vide Quadro 4). 
QUADRO 4 
ENSINO SUPERIOR 
DISTRIBUIÇÃO DA MATRÍCULA REGIONAL NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO 
SEGUNDO DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA 
(EM PERCENTUAIS) 
FEDERAL 
81,3 
64,3 
29,6 
47,1 
60,6 
40,5 
| ESTADUAL 
0.8 
3.8 
16,4 
7,5 
8,0 
12,1 
MUNICIPAL | 
_ 
0,9 
3.5 
0.8 
-2.4 
PARTICULAR 
17.9 
31.0 
50.5 
44.6 
31.4 
45.0 
TOTAI 
100 
100 
100 
100 
100 
100 
FEDERAL 
87.7 
64.7 
13,5 
33.4 
46.2 
25,3 
1972 
ESTADUAL 
7.6 
5.8 
12.1 
10.6 
9.5 
10,9 
MUNICIPAL 
_ 
2.6 
4,6 
6.8 
-4.5 
| PARTICULAR TOTAL 
4,7 100 
26,9 100 
69,8 100 
49,2 100 
44,3 100 
59,3 100 
REGIÕES | 
Norte 
Nordeste 
Sudeste 
Sul 
Centro Oeste 
T O T A L 
Por consequência, observa-se que, no período considerado, 
participação do Governo Federal evidencia um deslocamento rela-
tivo de esforços das Regiões Sudeste/Sul em direção ao Norte e 
Nordeste e Centro-Oeste, justamente as áreas do território na-
cional que podem se revelar menos atraentes à iniciativa priva-
da . ( Vide Quadro 5). 
QUADRO S 
ENSINO SUPERIOR 
DISTRIBUIÇÃO DA MATRÍCULA NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, SEGUNDO AS DEPENDÊNCIAS 
ADMINISTRATIVAS E SUA DISTRIBUIÇÃO PELAS REGIÕES 
(EM PERCENTUAIS) 
REGIÕES 
Norte 
Nordeste 
Sudeste 
_ Centro Oas» 
T O T A L 
FEDERAL 
3. ' 
25.5 
43.3 
23.4 
4.t 
100.0 
1966 
ESTADUAL 
0.1 
5,0 
80,5 
12.6 
1.8 
100.0 
MUNICIPAL 
_ 
6,3 
87.1 
6,6 
_ 100,0 
PARTICULAR] 
0,7 
11.1 
66.4 
19,9 
1.9 
100,0 
TOTAL 
1.9 
16,1 
59,2 
20,1 
2.7 
100,0 
| FEDERAL 
7.3 
29.0 
35.5 
21,3 
6.9 
100.0 
1972 
ESTADUAL | MUNICIPAL 
1.5 
6.06.5 
73,7 68,7 
15.6 24.8 
3.2 
100.0 100,0 
1 PARTICULAR 
0.2 
5.2 
78.4 
13,4 
. 2.8 
100.0 
TOTAL 
2,1 
11.3 
66,7 
16,2 
3.7 
100.0 
REGIÕES FEDERAIS PRIVADAS CRESCIMENTO GLOBAL 
DO ENSINO SUPERIOR 
Norte 
Centro-Oeste 
Nordeste 
Sul 
Sudeste 
BRASIL 
351 
289 
163 
111 
89 
131 
8 
618 
127 
228 
476 
387 
317 
409 
161 
198 
317 
270 
Constata-se, assim, que o comportamento da matricula no en-
sino superior acompanha, em grande margem, a aceleração de 
ordem geral no desenvolvimento do país. Registra-se neste parti-
cular, um incremento progressivamente crescente das institui-
ções federais e progressivamente decrescente do interesse da ini-
ciativa particular em direção às regiões mais pobres. Ressalte-se, 
entretanto que, apesar dos esforços federais junto a essas regiões. 
somente o Estado de São Paulo absorve 41% de todo o ensino su-
perior nacional e concentra 53% da iniciativa particular nesse 
nível de ensino. Aliás, excluído São Paulo, o crescimento das ins-
tituições federais no país, de 1966 a 1972, guarda a mesma taxa 
de 131%, enquanto o das instituições particulares se reduz de 
387% para 245%. 
QUADRO 6 
ENSINO SUPERIOR 
CRESCIMENTO DE MATRICULA DE GRADUAÇÃO NO PERÍODO 1966/1972 
(EM PERCENTUAIS) 
FONTE: MEC/SEEC 
CONCLUSÕES 
Entre 1966 e 1972, o crescimento do ensino superior brasilei-
ro foi de 270 %. Neste período, enquanto o ensino superior pri-
vado aumentou as suas matrículas em 3877c, as instituições fe-
derais alcançaram apenas um índice de incremento da ordem 
de 131%. 
Considerando as 6 áreas distintas do conhecimento, observa-
se um maior incremento de cursos em três delas: Ciências Exatas 
e Tecnologia, Ciências Biológicas e Profissões da Saúde e Artes. As 
duas primeiras áreas foram consideradas prioritárias pelo Plano 
Setorial de Educação e Cultura 1972/1974. 
Mas em termos absolutos, o conjunto das 2 áreas de Ciên-
cias Humanas e Letras detém ainda a hegemonia do número de 
cursos e de matrículas. Entre 1966 e 1972 constata-se nas insti-
tuições federais um maior índice de crescimento de matrículas e 
um maior incremento do número de cursos nestas áreas, em re-
lação às particulares. 
Por outro lado, se a expansão global das instituições parti-
culares é muito mais acelerada, a nível nacional, que o cresci-
mento das instituições públicas e, especificamente, das federais, o 
exame detalhado deste fenômeno, nas diferentes regiões do país, 
oferece outros dados aclaratórios. 
De fato, nas regiões do Norte e Nordeste, compreendendo 12 
Estados e um Território, o crescimento das instituições federais 
é muito superior ao das particulares. 
Este esboço de análise pretende apenas, a título de introdu-
ção, localizar o universo objeto da pesquisa realizada para ava-
liar a implantação da Reforma Universitária. Como se sabe, este 
universo se limita às Universidades Federais. 
O que elas representam no conjunto das instituições de en-
sino superior brasileiro, entretanto, não deve, por óbvias razões, 
ser aquilatado apenas pelos números do seu alunado e dos seus 
cursos. Acima de tudo é de ter-se presente serem as instituições 
oficiais (e em particular as federais, exceção feita ao Estado de 
São Paulo) justamente as de maior porte, complexidade, represen-
tatividade, penetração social, impacto e função social. 
ASPECTOS METODOLÓGICOS DO DESENVOLVIMENTO 
DO PROJETO 
O convênio MEC/DAU-UFBA/ISP, celebrado em 27 de junho 
de 1973, para Avaliação da Implantação da Reforma Universitá-
ria, visava ao atendimento de ires finalidades: 
a) determinar o grau de implantação dos pressupostos bá-
sicos consignados na legislação da Reforma Universitária; 
b) evidenciar as principais dificuldades encontradas para 
esta implantação; 
c) buscar a avaliação preliminar dos resultados alcançados 
neste processo. 
Constituíram-se, destarte, essas finalidades no objeto de aná-
lise deste trabalho, cujo universo de pesquisa foram as 29 (vinte 
e nove) Universidades Federais Brasileiras, além de 2 (duas) ins-
tituições de dependência administrativa não-federal mas que con-
tém, cada uma delas, uma Unidade Federal. 
Os trabalhos tiveram o seu início com o levantamento de in-
formações preliminares sobre as Universidades em estudo. Estas 
informações foram de três espécies: 
a) dados estatísticos gerais, constantes das publicações do 
MEC/SEEC; 
b) normas gerais e documentos de identificação solicitados 
antecipadamente às Universidades pesquisadas; são eles: Estatu-
tos das Universidades e das Fundações, Regimentos Gerais, Regi-
mentos das Reitorias, Regimentos das Unidades e de órgãos Su-
plementares, Catálogos e Guias de Matrícula, além de Relatórios 
de Atividades; 
c) levantamento da estrutura de cada uma dessas Universi-
dades, mediante composição de seus organogramas. 
Concomitantemente, tinha início a etapa de preparação dos 
instrumentos de coleta. 
Esta fase pode ser considerada uma das que demandou os 
mais exaustivos e acurados estudos da Equipe-Base. Neste perío-
do foi analisada, comentada e debatida toda a legislação emana-
da do Governo Federal a partir do Decreto-lei n. 53, de 18.11.1966 
e os demais diplomas legais normatizadores da Reforma Univer-
sitária. 
Foram igualmente levantados e estudados outros documen-
tos, pesquisas e artigos acerca da Reforma Universitária. 
Dentre estes, constituiu-se em documento básico para a pes-
quisa o Relatório do Grupo de Trabalho de Reforma Universitá-
ria instituido pelo Presidente Arthur da Costa e Silva, através do 
Decreto n. 62.937 de 02.07.1968. 
Para um desenvolvimento mais satisfatório desta fase foi ini-
cialmente elaborado um roteiro do conteúdo a ser pesquisado e de-
finido um esquema de reuniões, a diversos níveis, com o objetivo 
de estabelecer-se o modelo definitivo de realização da coleta e 
análise das informações. 
Dessas discussões resultou o que se denominou "Esquema 
Teórico do Trabalho", que pode ser visto adiante. 
Esse "Esquema" resultou do entendimento de que, no pon-
to de partida de qualquer tentativa de avaliação da implantação 
da Reforma Universitária, encontra-se a identificação dos prin-
cípios que a orientam. 
Da legislação transformadora das Universidades brasileiras e 
dos documentos provenientes dos seus autores intelectuais, de-
preendem-se dois grandes princípios: o da não duplicação de 
meios para fins idênticos ou equivalentes e o da integração entre 
as funções de ensino, pesquisa e extensão. 
Trata-se do que aqui se consideram princípios "críticos", "des-
trutivos" ou "negativos" da situação vigente até então nas insti-
tuições brasileiras de ensino superior. 
Tais princípios não cogitam diretamente dos objetivos últi-
mos da instituição "Universidade", na medida em que a Reforma 
pretendeu muito claramente atuar ao nível dos meios para a con-
secução desses objetivos Agindo então, como elemento capaz de 
remover óbices, de tal sorte que, por uma utilização mais racional 
dos seus recursos, a Universidade pudesse cumprir os seus obje-
tivos estendendo, porém, o seu atendimento a setores mais amplos 
da comunidade. 
Na origem de todas as mudanças estariam, assim, dois prin-
cípios que poderiam ser qualificados de axiomáticos: um deles re-
lativo ao âmbito administrativo — não duplicação de meios — e 
o outro ao âmbito acadêmico — integração do ensino, pesquisa e 
extensão. Vale ressaltar a estreita relação que mantêm entre st 
no sentido de que a integração ensino, pesquisa e extensão pode 
ser vista como propiciando, entre outros, instrumentos para a não 
duplicação de meios. Contudo o princípio da integração apre-
senta um modus operandi que lhe é próprio e que, não estando 
contido na questão da não duplicação, lhe assegura a individua-
lidade . 
Questionamentos poderiam ser interpostos à validadede con-
siderar-se um princípio do estilo "não duplicação de meios"; isto 
porque tal ênfase poderia ser considerada absolutamente inadequa-
da na medida em que toda e qualquer organização deveria, elemen-
tarmente, estruturar-se com observância desse requisito mínimo de 
administração de recursos. Contudo, a prática da Universidade 
Brasileira em sua perspectiva histórica parece explicar e justificar 
cabalmente essa ênfase da Legislação Reformadora. 
Este esquema de abordagem do problema baseou-se no modo 
de caracterizar a Reforma sugerida pelo próprio "Grupo de Tra-
balho" constituído para tal fim. Como princípios da mudança 
foram identificados, assim, elementos negadores da situação an-
terior, destrutivos daquilo que se considerava como os dois maio-
res óbices à realização dos objetivos da instituição: a duplicação 
de meios e a desvinculação entre o ensino, a pesquisa e a exten-
são. Todavia, segundo seus pensadores, a Reforma propôs-se ain-
da a proporcionar meios para quê a instituição universitária bra-
sileira, removidos os óbices existentes, pudesse realizar plenamen-
te os fins a que se propõe ou se deveria propor uma tal instituição. 
Estes meios, fornecidos a cada uma das Universidades pela legis-
lação, consubstanciam o que se denominou de "conteúdo" da 
Reforma. 
Os elementos de conteúdo, conforme identificados no esque-
ma adotado abrangiam dois subconjuntos diversos. Os três pri-
meiros definiam a dimensão sócio-cultural deste conteúdo, en-
quanto que os demais conformavam a dimensão organizacional 
da Reforma. Teriam, todos eles, caráter de elementos normati-
vos que, incidindo em certas áreas da instituição, possibilitariam 
que a mesma atingisse os seus fins de uma forma mais racional. 
Daí porque toda a estratégia de levantamento e análise das in-
formações esteve sempre baseada na busca dos elementos resul-
tantes da atuação do "conteúdo" da Reforma em "áreas de inci-
dência" determinadas. 
As informações resultantes, relativas a cada uma das Uni-
versidades, deveriam, assim, ser processadas com vistas a verifi-
car como estas diferentes realidades puseram em execução os ele-
mentos de conteúdo da Reforma de modo a propiciar o cumpri-
mento dos dois princípios básicos iniciais. Vê-se, assim, que estes 
princípios estiveram presentes tanto no início quanto na conclu-
são deste trabalho, funcionando os elementos do conteúdo deles 
decorrentes como os verdadeiros e últimos critérios de avaliação 
da implantação da Reforma Universitária. 
Teve-se em mente, ainda, durante todo o trabalho, que uma 
avaliação de "resultados" da implantação deveria ser vista com 
bastante cuidado. Isto porque, para tratar com exatidão esta 
questão, dever-se-iam centrar as atenções nos produtos dá insti-
tuição universitária, avaliando-se, removidos os óbices e propicia-
dos os meios para melhor execução dos seus fins, a Universidade 
Brasileira estava verdadeiramente cumprindo de forma quantita-
tiva e qualitativamente superior ao período antecedente à Refor-
ma, os objetivos a que se propõe. 
A precariedade de uma tal avaliação parecia, desde logo, evi-
dente por duas razões fundamentais. 
Primeiramente, sendo por demais reduzido o prazo decorrido 
a partir da implantação dos primeiros dispositivos legais, seria 
prematuro concluir acerca de uma discussão que só recentemente 
tem sido colocada. Por outro lado, a complexidade de uma tal 
avaliação sobrepassaria em muito, o tempo disponível para a rea-
lização da pesquisa. Por estas razões foi afastada das cogitações 
qualquer tentativa de avaliar a "produtividade" da Universidade 
Brasileira nas novas circunstâncias impostas pela Reforma. Li-
mitou-se o trabalho, assim, à verificação de como estavam sendo 
implantados os elementos de conteúdo característicos da Legisla-
ção Reformadora e que impactos, decorrentes desta implantação, 
eram gerados sobre as Universidades em sua estrutura e dinâmica 
de funcionamento, de modo que, lançando mão da maior racio-
nalidade na utilização dos recursos disponíveis, exercessem de for-
ma integrada as suas funções de ensino, pesquisa e extensão. Des-
ta forma poder-se-ia considerar, como um elemento adicional, 
que a fiel observância daqueles princípios, dado o seu próprio 
conteúdo, constituir-se-ia em indício forte de perseguição mais 
acentuada dos verdadeiros fins da instituição. 
AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DA REFORMA UNIVERSITÁRIA 
ESQUEMA TEÓRICO 
Dimensão Sócio-Cultural 3.1 - Estrutura e Organização 
2.1 - Universalidade de campo de 3.1.1 - Acadêmica 
1.1 — NÃO-duplicacâb de conhecimento 3.1.2 - Administrativa 
meios 3.1.3 - Departamental 
2.2 — Ensino de massa e alta cultura 3.2 — Recursos 
2.3 — Adequação de Universidades 3.2.1 — Financeiros 
ao meio 3.2.2 - Humanos 
3.2.3 - Físicos 
Dimensão Organizacional 
1.2 — Integração Ensino-Pesqui- 2.4 — Departamentalização 
sa-Extensão 
2.5 — Sistema básico comum 
. 3.3 — Ensino 
2.6 — Sistema profissional 
3.3.1 — Graduação 
2.7 — Flexibilidade curricular 3.3.2 — Pós-Graduação 
3.3.3 - Outros 
2.8 — Interescolaridade 
2.9 — Coordenação didática e 
administrativa 3.4 — Pesquisa 
3.5 — Extensão 
1. PRINCÍPIOS 2. CONTEÚDO 3. CAMPOS DE INCIDÊNCIA 
Com base, no esquema aqui exposto, descrito e fundamen-
tado, chegou-se, finalmente, e só então, a listagem dos elementos 
a serem pesquisados, segundo as diversas unidades de informa-
ção, ponto a partir do qual pode-se definir adequadamente o con-
teúdo dos instrumentos de coleta. Estes, por sua vez, assumiram 
três formas: 
1. Modelos de "Informações Gerais e Estatísticas": conjun-
to de 13 (treze) formulários encaminhado às Universidades atra-
vés dos entrevistadores, para seu preenchimento pelos setores res-
ponsáveis na instituição e posteriormente devolvidos ao Centro de 
Administração Pública (ISP), em Salvador, exceção feita às Uni-
versidades do pré-teste; 
2. Questionário para coleta direta: este conjunto de 13 
(treze) questionários foi aplicado aos responsáveis pelas unidades 
de informação identificadas para cada Universidade. Destes, 9 
(nove) são ditos "de universo fixo", diferentemente daqueles que, 
pelo grande número de informantes possíveis, tiveram que ser 
aplicados a unidades de informação amostradas, daí sua denomi-
nação "de universo variável"; são eles, os questionários aplicados 
aos Centros, às Faculdades e/ou Escolas e/ou Institutos, aos De-
partamentos e aos Colegiados de Curso. 
3. Ternários de reuniões amostradas, selecionados, aleato-
riamente, pelo entrevistador em campo, conforme instruções re-
cebidas quando do treinamento em Salvador. Foram os mesmos 
aplicados aos órgãos colegiados, sejam superiores, sejam setoriais. 
A relação final dos instrumentos dos tipos 2 e 3 ficou defi-
nida pelo conjunto aplicado nas seguintes unidades de infor-
mação: 
01 — Reitor 
02 — Conselho de Ensino e Pesquisa 
03 — Conselho Universitário 
04 — Conselho de Curadores 
05 — Conselho Diretor 
06 — Representação Estudantil 
07 — Administração Acadêmica 
08 — Administração Geral 
09 — Planejamento 
10 — Espaço Físico 
11 — Assistência ao Estudante 
12 — Biblioteca 
13 — Centro 
14 — Unidade de Ensino 
15 — Colegiado de Curso 
16 — Departamento 
Dentre estes questionários, como já se disse, 3 (três) não fo-
ram preenchidos mediante entrevistas com os responsáveis pelos 
órgãos em questão. Trata-se daqueles relativos aos Conselhos 
Universitário, Diretor e de Curadores (03, 04 e 05) onde se levan-
taram apenas ternários de algumas reuniões amostradas. Para 
o Conselho de Ensino e Pesquisa (02) processou-se o levantamen-
to de informações provenientes tanto das entrevistas com os diri-
gentes de suas Câmaras, quanto dos ternários, selecionados alea-
toriamente . 
Elaborados, em forma preliminar, os instrumentos de coleta, 
e definidos os mecanismos de obtenção das informações, o grupo 
executordecidiu pela realização do pré-teste destes instrumentos 
selecionando as Universidades a serem visitadas segundo os se-
guintes critérios: 
a) distribuição espacial no território brasileiro; 
b) Universidades criadas antes e após a legislação da Re-
forma Universitária; 
c) Universidades consideradas especializadas antes da Re-
forma Universitária; 
d) Matrícula e número de cursos segundo os grupamentos 
de tamanhos de Universidades definidas pela equipe. 
Assim, foram selecionadas as seguintes Universidades Fede-
rais: Pará, Sergipe, Fluminense e Pelotas. Estas Universidades 
foram objeto de levantamento, durante o período de 24 a 28 de 
setembro de 1973, por quatro equipes de 2 técnicos cada uma. 
Visou o pré-teste determinar a operacionalidade de conteúdo 
e forma dos instrumentos elaborados, em situações reais. 
Realizado o pré-teste, foi possível à equipe identificar os re-
quisitos fundamentais para a coleta de informações na totali-
dade do universo a ser pesquisado: as 27 Universidades, até en-
tão, não visitadas. Estes aspectos foram: 
1.° — Determinação da necessidade de permanência, em cada 
Universidade, por 5 (cinco) dias úteis, para realização das entre-
vistas diretas; 
2.° — Necessidade de, no mínimo, 2 (dois) entrevistadores 
em cada Universidade, variando para maior número segundo a 
complexidade da Instituição; 
3.° — Montagem de equipes por Universidade composta, pre-
ferencialmente, de professores e técnicos, com experiências diver-
sificadas e intercomplementares. 
Assim, foram recrutadas 56 (cinquenta e seis) pessoas, além 
da equipe-base e realizado treinamento intensivo nos dias 10, 11 
e 12 do mês de outubro de 1973. Pretendeu esse treinamento: 
a) transmitir informações sobre a pesquisa e as etapas já 
desenvolvidas; 
b) fornecer orientação sobre a fase de coleta a desenvol-
ver-se; 
c) propiciar o conhecimento e a análise dos formulários a 
serem levados a campo; 
d) aprimorar o domínio da técnica de entrevista; 
e) divulgar as experiências observadas nas 4 (quatro) uni-
versidades objeto do pré-teste; 
f) oferecer orientação para identificação dos órgãos a se-
rem entrevistados, em função da Universidade a ser visitada. 
Com base nas informações preliminares obtidas e devida-
mente atualizadas, foi possível à equipe-base da pesquisa defi-
nir as amostras para a aplicação dos questionários de universo 
variável. No volume de "Anexos" encontram-se todas as amos-
tras, tal como definidas em escritório pela equipe executora. As 
Universidades sobre as quais não se obteve nenhuma informação 
para cálculo das amostras, anteriormente à ida a campo foram: 
Fundação Universidade do Amazonas, Universidade Federal de 
Alagoas, Universidade Federal do Espírito Santo, Universidade 
Federal de Ouro Preto, Fundação Universidade de Uberlândia « 
Universidade Federal de Mato Grosso. A falta parcial de infor-
mações verificou-se para as Universidades Federais do Piauí, Bra-
sília e Rio de Janeiro. 
Os Quadros de n°s. 7 a 10, permitem visualizar a fração do 
universo que foi pesquisada nos quatro órgãos de universo va 
riável. QUADRO-
UNIVERSIDADES FEDERAIS 
DEPARTAMENTO: QUADRO DE APLICAÇÃO 
UNIVERSIDADE PREVISTOS E APLICADOS 
NAO PREVISTOS 
E APLICADOS 
PREVISTOS 
NÃO APLICADOS TOTAL EXISTENTE 
X ATINGIDO 
TOTAL APLICADO NO UNIVERSO 
FUAM 
UFPA 
FUMA 
UFPI 
UFCE 
UFRN 
UFPB 
UFPE 
UFRPE 
UFAL 
UFSE 
UFBA 
UFES 
UFMG 
UFJF 
UFV 
UFOP 
FUBER 
UNB 
UFGO 
UFMT 
UFRJ 
UFRRJ 
UFF 
UFSCAR 
UFPR 
UFSC 
UFRS 
UFSM 
FURG 
UFPEL 
T O T A L 
9 
8 
6 
4 
5 
5 
8 
10 
5 
8 
4 
9 
7 
9 
7 
5 
5 
8 
9 
7 
5 
15 
4 
7 
3 
9 
5 
10 
6 
4 
5 
211 
1 
2 
5 
3 
2 
1 
2 
1 
4 
21 
1 
1 
1 
1 
1 
2 
2 
1 
10 
49 
41 
36 
12 
41 
51 
74 
73 
18 
19 
34 
107 
28 
85 
56 
19 
13 
46 
35 
76 
12 
167 
30 
51 
7 
55 
32 
81 
41 
25 
50 
1 464 
9 
8 
6 
5 
7 
10 
8 
10 
5 
8 
4 
12 
7 
9 
7 
5 
5 
8 
9 
9 
5 
15 
5 
7 
3 
9 
5 
10 
8 
5 
9 
232 
18 
19 
17 
42 
17 
20 
11 
14 
28 
42 
12 
11 
25 
11 
12 
26 
38 
17 
26 
12 
42 
9 
17 
14 
43 
16 
16 
12 
19 
20 
18 
16 
Q
UA
DR
O
 
8 
U
N
IV
E
R
SI
D
A
D
E
S 
F
E
D
E
R
A
IS
 
U
N
ID
A
D
ES
 
D
E 
E
N
SI
N
O
: 
QU
AD
RO
 
D
E 
A
PL
IC
A
ÇÃ
O
 
QU
AD
RO
 
? 
U
N
IV
ER
SI
D
A
D
ES
 
FE
D
E
R
A
IS
 
C
EN
TR
O
S:
 
QU
AD
RO
 
D
E
 
A
PL
IC
AÇ
ÃO
 
QU
AD
RO
 
10
 
U
N
IV
ER
SI
DA
DE
S 
FE
D
ER
A
IS
 
CO
LE
G
IA
DO
S 
D
E 
CU
RS
O
S 
-
 
QU
AD
RO
 
D
E 
AP
LI
CA
ÇÃ
O
 
Vale ressaltar que a seleção das amostras destes quatro ór-
gãos — Departamento, Unidade de Ensino, Centro, Colegiado 
de Curso — teve algumas características diferenciais. Assim, 
orientou-se por, sempre que possível, pesquisar o universo dos 
Centros; sendo estes muito numerosos, empreendia-se, então, a 
amostragem, procurando assegurar a representatividade de todas 
as áreas de conhecimento em que atuasse a Universidade em 
questão. 
A amostra das Faculdades e/ou Escolas e/ou Institutos, aqui 
referidos pelo nome tradicional de "Unidades de Ensino", carac-
terizou-se por ser estratificada segundo dois critérios: o tipo de 
órgão existente (se Faculdade, Escola ou Instituto) e a área de 
conhecimento que se expressava, através deste elemento estrutu-
ral. Garantida a representatividade destes dois elementos, a 
amostra era então determinada aleatoriamente dentro de cada 
extrato. 
A seleção dos departamentos também se caracterizou por 
ser feita através de amostras estratificadas e aleatórias dentre 
de cada extrato. Estes levavam em conta a representatividade 
de todas as áreas de conhecimento em que a Universidade tivesse 
atuação. 
Este mesmo comportamento orientou a seleção dos cursos 
cujos órgãos de coordenação didática seriam pesquisados. Agre-
gou-se apenas um elemento neste caso: para aquelas Universi-
dades que Forneceram também a listagem dos seus cursos de pós-
graduação e que previam estatutariamente a existência de coor-
denação didática para os mesmos, foi também determinada uma 
amostra, segundo idênticos critérios. Um problema adicional teve 
lugar neste caso, haja visto quão problemático se mostrou o 
acesso a listagens dos cursos ofertados, seja qual fosse a sua 
modalidade. 
A determinação final do número de órgãos a serem pesqui-
sados em cada caso variou, ainda, segundo o porte da Universi-
dade e o número de entrevistadores deslocados para a mesma 
de sorte que nenhuma instituição, computados todos os órgãos 
a serem levantados, podia apresentar menos que duas ou mais 
que cinco entrevistas, por turno, (isto porque o número de en-
trevistadores por instituição variou entre dois e cinco). 
O panorama geral dos órgãos pesquisados pode ser visuali-
zado no quadro que se segue. 
34 
QUA
DRO
 
I 
I 
U
N
IV
ER
SI
DA
DE
S 
FE
D
E
R
A
IS
 
O
R
G
A
O
S 
D
E 
U
N
IV
ER
SO
 
FI
X
O
 
A
TI
N
G
ID
O
S 
PE
L
A
 
PE
SQ
UI
SA
 
D
IR
ET
A
 
UNIVERSIDADES NÚMERO DE 
UNIVERSI-
DADE 
NUMERO DE EN-
TREVISTADORES 
PORUNIVERSI- TOTAL 
PRÉ. TESTE 
UFPA. UFSE, UFF. UFPEL 
COLETA GERAL 
FUAM. FUMA, UFPI. UFRN. 
UFPB, UFRPE. UFAL, UFES. 
UFJF, UFV. UFOP. UFGO. 
UFMT. UFSC. UFRRJ, UFSCAR. 
FURG 
UFCE. UFPE, UFBA. UFMG, 
FUBER. UNB. UFPR, UFSM, 
UFRS 
UFRJ 
T O T A L 
4 
17 
9 
1 
31 
2 
2 
3 
5 
8 
34 
27 
5 
74' 
' 
ORGAO DE ORIGEM 
PROFESSOR 
ATIV IDADE 
TÉCNICO OU 
ASSESSOR 
TOTAL 
UFBA 
Outras Universidades Federais 
DAU/MEC 
Outras Instituições 
T O T A L 
20 
5 
25 
28 
5 
2 
35 
48 
5 
5 
2 
60 
Na fase do pré-teste as equipes haviam sido uniformemen-
te organizadas com dois técnicos, sendo a equipe mínima exe-
cutora, responsável maior pela sua aplicação. Na segunda fase, 
para aplicação nas demais Universidades, definiu-se como padrão 
mínimo o grupo composto por um docente e um técnico, sendo 
este mínimo acrescido de acordo com a complexidade ou dimen-
são de cada Universidade. A composição das equipes foi feita de 
acordo com o Quadro 12. 
QUADRO 12 
NUMERO DE ENTREVISTADORES POR UNIVERSIDADES 
Da fase de coleta, excluindo o pré-teste, participaram 60 (ses-
senta) pessoas, tendo a seguinte distribuição por atividade e ór-
gão de origem: 
QUADRO 13 
ENTREVISTADORES POR AT IV IDADE 
E ÓRGÃOS DE ORIGEM 
*10 (dez) dos entrevistadores visitaram 2 (duas) universidades em diferentes semanas e 3 (três) visitaram 3 universidades cada um. Des- I 
ta forma este total representa o número de viagens realizadas pelos entrevistadores. 
Coletadas as informações, teve lugar o exaustivo trabalho de 
processamento dos questionários com 'vistas à confecção dos vá-
rios quadros propiciadores da análise. Conforme o tipo de ques-
tionário, definiu-se a espécie de processamento a ser encaminha-
da. De tal sorte que as unidades de informação de universo fixo 
sofreram processamento manual, haja visto o seu reduzido nú-
mero. As unidades de universo variável deveriam, todas elas, so-
frer processamento por computador; contudo, excluiram-se deste 
conjunto os questionários aplicados aos centros e aos órgãos da 
coordenação didática (aqui nomeados genericamente como "cole-
giados de curso") vez que, a aplicação dos mesmos mostrou inú-
meros problemas que, como se viu em seguida, eram reflexo da 
própria problematicidade de implantação dos órgãos em apreço; 
esta peculiaridade fez com que estes questionários fossem pro-
cessados manualmente, ao contrário dos de "departamento" e 
"unidade de ensino" que foram objeto de processamento ele-
trônico. 
Os modelos de "Informações Gerais e Estatísticas" apresen-
taram um problema adicional que dificultou tanto o seu proces-
samento quanto a sua utilização. As Universidades, não estando 
administrativamente aptas a responder uma enquete da profundi-
dade destes modelos, registraram-se algumas dificuldades. Ape-
nas uma reduzidíssima minoria pôde enviá-los preenchidos satis-
fatoriamente no prazo previsto. Algumas atrasaram de tal modo 
a entrega que observou-se a chegada de formulários até o momen-
to, inclusive, em que já estavam prontos os relatórios parciais dos 
campos de incidência. Isto implicou no abandono destas infor-
mações. Outras (UFSCAR, UFPEL, UFJF) nunca chegaram a re-
metê-los. Mesmo entre aquelas que o fizeram em tempo hábil, no-
ta-se uma extrema inconsistência interna, de tal sorte que os vá-
rios modelos componentes do formulário dificilmente deixam de 
apresentar contradições. Por outro lado o preenchimento com-
pleto do mesmo não foi a regra; muitas Universidades deixaram 
de enviar respostas a vários dos modelos, ressaltando-se, em espe-
cial, o caso das pesquisas em andamento. 
O processo de análise dos instrumentos de coleta baseou-se 
em duas características primordiais. Inicialmente não se devia 
tratar de um estudo exaustivo de questionários, mas sim uma aná-
lise da situação dos elementos de conteúdo da Reforma nos vá-
rios campos de incidência, tal como definidos no "Esquema Teó-
rico", de sorte que os questionários tornavam-se meros insumos. 
Para tanto, operou-se inicialmente a alocaçáo de todas as per-
guntas no "Esquema Teórico", percorrendo o caminho inverso ao 
da elaboração dos instrumentos da coleta, como base para a di-
visão dos vários "campos de incidência" entre diferentes técnicos 
e professores, que se responsabilizariam, assim, pelos relatórios 
parciais. 
37 
GRUPOS DE 
UNIVERSIDADES UNIVERSIDADES NÚMERO 
Especial 
1º Grupo 
2º Grupo 
3º Grupo 
4° Grupo 
5º Grupo 
6º Grupo 
TOTAL 
FURG, FUBER 
UFPI.UFSE, UFMT 
UFRPE, UFRRJ, UFOP, UFV, UFSCAR, UFPEL 
FUAM, FUMA, UFRN, UFJF, UFAL, UFES 
UFPA, UFCE, UFPR, UNB, UFGO, UFSC, UFSM, UFPR 
UFPE, UFBA, UFF, UFMG, UFRS 
UFRJ 
2 
3 
6 
6 
8 
5 
1 
31 
Estes, por sua vez, deveriam perder a conotação de relatos 
acerca de cada uma das Universidades, haja visto que o convênio 
não objetivava numa avaliação de Universidades mas da proble-
mática da implantação da Reforma Universitária Brasileira. Com 
isto resolveu-se agrupar as instituições pesquisadas em dois con-
juntos: o primeiro, que, por meio de critérios combinados, definia 
o porte da instituição e o segundo que agrupava os vários tipos 
de organização estrutural. 
O primeiro tipo de grupamento pode ser visualizado no qua-
dro a seguir, tendo sido constituído pela combinação de caracte-
rísticas tais como: matrícula, cursos ofertados, ano de fundação 
e regime jurídico. 
QUADRO 14 
UNIVERSIDADES FEDERAIS 
GRUPAMENTO DE CRITÉRIOS COMBINADOS 
Dois grupos merecem ser justificados: o Especial e o 6o. Este 
é formado unicamente pela UFRJ, vez que a mesma se mostrou 
grandemente distanciada de todas as Universidades do 5o Grupo, 
em todos os indicadores quantitativos utilizados. Já o "Especial" 
recebeu este nome por conter aquelas duas instituições que se des-
tacam das demais por não serem propriamente Universidades Fe-
derais, tendo sido incluídas no estudo por conterem, cada uma de-
las, uma Unidade de dependência federal. 
Inicialmente tentou-se inserir nesta classificação o critério 
estrutural. Todavia observou-se que a opção por um tipo de es-
trutura nem sempre se dá com base em características relativas ao 
porte das Universidades. Assim, o resultado que se obteve foi que. 
em cada um dos Grupos, mesclavam-se os vários tipos estrutu-
rais, fato que acarretava uma relativa heterogeneidade interna em 
cada Grupo, o que, no caso, seria altamente indesejável. 
Assim, optou-se por montar uma outra classificação, com base 
no tipo de organização estrutural. Esta, pode ser visualizada no 
Quadro 15. 
GRUPOS 
ESTRUTURAIS 
Centros/Departa-
mentos (C/D) 
Unidades/Depar-
tamento (U/D) 
Centros/Unida-
des/Departamen-
tos (C'U) 
TOTAL 
UNIVERSIDADES 
UFPA. UFPI. UFCE, UFAL, UFES, UFMT, 
UFPR, UFSC, UFSM, FURG 
FUAM. UFRN, UFPB, UFPE, UFRPE, UFBA, 
UFMG, UFV, UFOP, FUBER, UNB, UFGO, 
UFRRJ. UFSCAR, UFRS, UFPEL 
FUMA, UFSE, UFJF, UFRJ, UFF 
TOTAL 
10 
16 
5 
31 
QUADRO 15 
UNIVERSIDADES FEDERAIS 
GRUPAMENTO SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL 
Um último ponto a ser destacado é a questão da classifica-
ção utilizada para áreas de conhecimento. Neste trabalho Foram 
adotadas duas delas, conforme o objetivo a ser alcançado. 
Sempre que se visava a um tratamento analítico acerca da 
estrutura departamental das instituições, usou-se uma classifi-
cação mais detalhada que poderia ser eventualmente reunida 
em duas dimensões: a das áreas básicas e a das áreas profissio-
nais. As áreas de conhecimento ficaram assim definidas: 
Conhecimentos fundamentais ou básicos 
a) Ciências Matemáticas, Físicas e Químicas 
b) Ciências Biológicas 
c) Geociências 
d) Ciências Humanas e Filosofia 
e) Letras 
f) Artes 
Conhecimentos profissionais ou aplicados 
a) Saúde 
b) Tecnologia 
c) Educação 
d) Ciências Sociais Aplicadas 
e) Ciências Agrárias 
No entanto quando se visava à análise da situação das ati-
vidades universitárias, e em especial ao tratamento dos cursos, 
adotou-se outra classificação onde, por razões óbvias, ter-se-ía 
que reunir os ramos básicos e profissionais de cada uma das 
áreas. A resultante foi: 
a) Ciências Exatas e Tecnologia 
b)Ciências Biológicas e Profissões da Saúde 
c) Ciências Agrárias 
d) Ciências Humanas 
e) Letras 
f) Artes 
Finalmente, deve-se destacar ainda que uma parte signifi-
cativa deste trabalho utilizou como fonte outro tipo de documen-
tação, que não aquela coletada na pesquisa direta em campo, por 
meio dos questionários aplicados. Trata-se do estudo das normas 
provenientes dos diplomas das Universidades pesquisadas, cons-
tante elemento de recurso em todo este trabalho e fonte precípua 
do estudo dos Conselhos Superiores. Como se verá adiante, o es-
tudo dos mesmos processou-se mediante uma análise de conteúdo 
dos documentos normativos das instituições pesquisadas, com vis-
tas a detectar o tratamento ali contido acerca das variáveis "com-
posição" e "atribuição". 
Esta análise de conteúdo do plano formal substituiu o tra-
tamento dos ternários que, se bem que se reconheça ser clara-
mente preferencial, pecou, na coleta, pela excessiva diversidade 
e heterogeneidade, de modo que, sendo o tempo disponível do 
projeto/convênio por demais exíguo, optou-se por substituir o 
material a ser analisado como alternativa preferencial ao enorme 
trabalho de compatibilizar as atas e ternários coletados. 
Note-se que toda a documentação complementar, fornecida 
pelas Universidades (tais como plantas, normas, ternários, atas, 
relatórios, etc.) foi organizada, por meio de uma publicação au-
xiliar, num sistema de anexos catalogado por instituição reme-
tente. 
A quantidade dos mesmos pode ser vista no Quadro que 
os discrimina por Universidade. 
Evidenciar as dificuldades na implantação da Reforma, foi 
explicitamente, um dos três objetivos do Convênio. Isso se fez, in-
diretamente, por contínuas sondagens em todo o universo sob aná-
lise : não se escolheram tempo e, lugar dos obstáculos. Diretamen-
te, porém recorreu-se a instrumento de captação que foi uma 
questão aberta, alcançando 12 dos 16 questionários individualiza-
dos por unidade de informação. Essa questão foi posta nos se-
guintes termos: 
"Como o entrevistado visualiza, a"partir de sua vivência nesta 
Universidade, o processo de implantação da legislação da Refor-
ma? (Esclarecer os elementos que facilitam e dificultam esta im-
plantação, sua receptividade na comunidade universitária, etc.)." 
O tratamento desta questão revestiu-se de caracteres espe-
ciais, desenvolvendo-se o seu relatório segundo os vários campos 
de incidência nos quais foram alocadas as respostas obtidas. A vis-
ta destas, fez-se necessário operar certas alterações nesses cam-
pos, vez que os campos de Pesquisa e Extensão e o sub-campo En-
sino de Pós-Graduação revelaram-se não-diretamente signifi-
cantes. 
Estabeleceram-se, por outro lado, para esta parte da análise, 
três noções adicionais, quais sejam: 
a) ocorrência: como sendo a quantidade de declarações de 
dificuldades ou facilidades; 
b) frequência: a quantidade de declarações do elemento; 
c) universalidade: a distribuição da frequência do elemen-
to nas 12 unidades de informação. 
Os resultados dessa análise foram consubstanciados em seção 
própria sob o título de "Dificuldades e Facilidades na Implan-
tação". 
Estes foram, assim, em relativa minúcia, os procedimentos 
observados pela equipe responsável, na execução do presente pro-
jeto. 
QUADRO 16 
UNIVERSIDADES FEDERAIS 
NÚMERO DE DOCUMENTOS FORNECIDOS PELAS UNIVERSIDADES AOS ENTREVISTADORES 
SIGLA DA UNIVERSIDADE 
FUAM 
UFPA 
FUMA 
FUFPI 
UFCE 
UFRN 
UFPB 
UFPE 
UFRPE 
UFAL 
UFSE 
UFBA 
UFES 
UFMG 
UFJF 
UFV 
FUFOP 
FUBER 
UNB 
UFGO 
UFMT 
UFRJ 
UFRRJ 
UFF 
UFSCAR 
UFPR 
UFSC 
UFRS 
UFSM 
FURG 
UFPEL 
TOTAL 
NÚMERO DE DOCUMENTOS 
43 
103 
26 
53 
78 
74 
83 
54 
116 
66 
56 
140 
25 
101 
46 
99 
23 
55 
75 
, 6 8 
35 
90 
28 
68 
39 
70 
112 
38 
66 
30 
47 
2.057 
1 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO 
1.1. — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA 
1.1.1. — INTRODUÇÃO 
A análise da estrutura e organização acadêmica das Univer-
sidades Federais Brasileiras deve levar em consideração, nos ter-
mos do esquema adotado por este trabalho, o fato de ser este o 
"campo de incidência", por assim dizer, típico da Legislação Re-
formadora. Isto porque as transformações experimentadas pelas 
Universidades Brasileiras, em decorrência da implantação dessa 
legislação, dizem respeito primordialmente a seus aspectos es-
truturais . 
Os chamados "princípios" da Reforma não cogitam direta-
mente de qualquer dos objetivos últimos da instituição universi-
tária, mas sua exata compreensão vai revelá-los como elementos 
capazes de remover óbices, propiciando meios para que a Univer-
sidade cumpra os seus objetivos últimos, utilizando de modo mais 
racional os seus recursos. Neste sentido fizeram-se necessárias 
transformações no âmbito organizacional de modo que o desem-
penho de suas funções se verificasse mediante um padrão ele-
mentar de racionalidade administrativa — a não duplicação de 
meios para fins idênticos ou equivalentes. 
O alcance dessas transformações estruturais foi de uma or-
dem tal que implicou no próprio questionamento do que se com-
preendia até então como "Universidade", ou seja, a junção de 
um número mínimo de Faculdades e/ou Escolas sob uma admi-
nistração comum e sob a égide normativa de um Estatuto único. 
Afora isso, subsistia a completa autonomia didático-científica das 
unidades associadas de modo que cada uma delas exauria, autar-
quicamente, o exercício das suas funções de administrar e minis-
trar os cursos dos quais detinha a propriedade, no sentido exato 
do termo. Numa organização universitária de tal modo fragmen-
tária, a duplicação dos meios mostrava-se como um óbice de vulto 
para a utilização racional dos recursos com vistas ao cumprimen-
to das funções que caracterizavam essas instituições. 
Na tentativa de identificar uma característica básica da Le-
gislação Reformadora acerca dessa situação, pode-se admitir, em 
tese, como válida a afirmação de um dos seus pensadores segundo 
o qual "o departamento é o único órgão de existência real na Uni-
versidade, operando ao mesmo tempo nos planos estrutural e f un-
44 
cional; tudo o mais são coordenações ou serviços criados em últi-
ma análise para assegurar maior organicidade e eficiência ao seu 
trabalho".. . (1) 
Contudo, este não foi sempre o tratamento dado aos depar-
tamentos ao longo dos próprios elementos legislativos que definem 
o corpo disciplinador denominado Reforma Universitária. 
Se se adota a periodização de Newton Sucupira (2), o depar-
tamento tem status deferenciados não só entre os períodos de "Re-
estruturação" e de "Reforma", como dentro do próprio período 
inicial por ele denominado de reestruturação. Assim, o Decreto-
lei n° 53, de 18.11.66 sequer impõe a sua existência enquanto as-
pecto característico da nova forma de organização das Universi-
dades Brasileiras. 
Com o Decreto-lei n° 252, de 28.02.67, surge a referência ini-
cial ao departamento, aí tratado como sub-unidade, "menor fra-
ção da estrutura universitária para todos os efeitos de organiza-
ção administrativa e didático-científica e de distribuição de pes-
soal" (art. 2o § 1o). 
Permanecia entretanto patente a ambiguidade gerada pelo 
ato de que até então não houvera sido formalmente abolida a 
cátedra, cuja existência fora unicamente omitida do corpo da 
Constituição de 1967, em seu. dispositivo específico; esta privava 
ainda os antigos catedráticos, do privilégio da vitaliciedade. Toda-
via, a existência simultânea de ambos os elementos era um obs-
táculo à implantação do mais novo deles — o departamento — 
elo próprio alcance dos privilégios de que eram dotados os então 
catedráticos, em que pese a transferência, pelo Decreto-lei 252, de 
certas atribuições dos mesmos aos departamentos (programação, 
'distribuição e coordenação dasatividades docentes). 
Com a Lei 5.540, de 28.11.1968, além de ficar abolida a ins-
tituição da cátedra, é tornada facultativa a existência de níveis 
estruturais interpostos entre o Departamento e a Administração 
Superior, tais como, Faculdades, Escolas, Institutos e Centros. 
Com isto, o Departamento torna-se a verdadeira e, como tal indi-
visível, unidade universitária (incorretamente denominada ainda 
de "menor fração" estrutural, conforme emenda aprovada no Le-
gislativo Federal). 
(1) Chagas Valnir, O Departamento na Organização Universitária, Universida-
de de Brasília, s/data, p. 6 — grifos nossos. 
(2) Sucupira. Newton, A condição atual da Universidade e o Reforma Univer-
sitária Brasileira — Ministério da Educação e Cultura, 1? Encontro de Rei-
tores das Universidades Públicas, Brasília, 1972, pp. 41.2 e 47. 
45 
Afora os Departamentos, "tudo o mais são coordenações". Na 
esfera da "administração de cursos", a Faculdade porventura exis-
tente, como o Instituto ou a Escola, será uma coordenação de de-
partamentos; o órgão setorial, se criado, será uma coordenação 
de faculdades; e a Administração Superior, será uma coordenação 
de órgãos setoriais, ou de faculdades, ou diretamente de departa-
mentos, conforme o plano adotado. Na esfera didático-científica 
a coordenação se fará por meio de colegiados próprios constituí-
dos de representantes das "unidades", compreendendo-se como 
tais as faculdades ou os próprios departamentos". (3) 
Dentre as coordenações referidas algumas têm que necessa-
riamente existir, enquanto que outras são facultativas. São exi-
gências indeclináveis'. 
a) a existência de órgão colegiado ao qual esteja afeta a 
administração superior da Universidade, composto medi-
ante a participação de representantes originárins de ati-
vidades, categorias ou órgãos distintos, de modo a que 
não subsista, necessariamente, a preponderância de pro-
fessores classificados em determinado nível, bem como 
pela presença de representantes da comunidade, incluin-
do as classes produtoras (Lei 5.540, art. 14 e parágra-
fo único); 
b) a existência, nas Universidades organizadas sob a forma 
de autarquias, de um Conselho de Curadores, responsá-
vel pela fiscalização econômico-financeira da entidade, 
composto, no seu terço por membros representativos da 
comunidade e do Ministério da Educação (Lei 5.540, ar-
tigo 15 e Decreto-lei 464, art. 15); 
c) a existência de órgãos centrais de supervisão das ativi-
dades de ensino e pesquisa, situados na Administração 
Superior da Universidade (Decreto-lei 53, artigo 2o, V e 
parágrafo único) com observância do princípio de uni-
dade das funções de ensino e pesquisa (Decreto-lei 252, 
artigo 7o) e constituídos mediante a participação de do-
centes dos vários setores básicos e de formação profissio-
nal (Lei 5.540, artigo 13); 
d) a coordenação didática de cada curso a cargo de um co-
legiado constituído de representantes das unidades (Lei 
n° 5.540, artigo 13, § 2o) que participem do respectivo 
ensino. 
Nota-se assim que se trata de coordenações funcionais de di-
ferentes tipos. Nos casos a e b, a referência do legislador nos pa-
rece claramente dirigida aos Conselhos Superiores de cunho niti-
damente administrativo — Conselho Universitário e Conselho de 
Curadores. Nos itens c e d está presente a problemática da coor-
denação didática que apenas se bipolariza em vista cio seu trata-
mento em dois níveis: o de coordenação didática de um curso (ope-
(3) Chagas, Valnir, op. cit., pp. 1-16. Grifos nosso*. 
46 
SUPERIORES I SETORIAIS 
ADMINIS 
ADMINISTRATIVAS ACADÊMICAS TRATIVAS ACADÊMICAS 
Õ '• 
B Conselho Conselho de Colegiados 
F Universitário Ensino e de Curso 
I 
G (CONSU) Pesquisa 
A Conselho de (CEP) 
T 
O Curadores 
R (CO: autarquias 
I 
A 
S 
F 
A
 Faculdades 
C 
U Escolas 
L Institutos 
T 
A Centros 
T 
I 
V 
A 
s 
A relevância dos níveis setoriais facultativos advém de que 
eram eles, na conjuntura que antecede à implantação da Refor-
ma, os órgãos de maior proeminência no seio da estrutura uni-
versitária . Mesmo com os Decretos 53/66 e 252/67, as tradicionais 
Faculdades e Escolas permanecem sendo consideradas como as 
verdadeiras unidades universitárias, apesar de prevista a existên-
cia dos Departamentos. Com isto foram associados de tal forma 
à noção de "Unidades de Ensino", que delas se tornaram sinóni-
mos. 
Tratados durante a fase dita de "Reestruturação" como ele-
mentos estruturais necessários, foi-lhes adscrita a função de "ad-
ministração dos cursos" (artigo 8o, § 1o, Decreto-lei 252/67). 
Todavia, com a Lei 5.540 (artigo 11, c e artigo 13, § 1o), a 
coordenação das unidades passa a ser apenas facultativa. Nestes 
termos, as antigas unidades deixam de ter um tratamento siste-
mático na nova Legislação, ao tempo em que a sua função precí-
pua não é sequer referida pela 5.540. Assim, embora não contra-
dite o Decreto-Lei 252/67, que deferia às Faculdades a "adminis-
tração dos cursos", a legislação do período propriamente de Re-
forma (Lei 5.540/68 e Decreto-Lei 464/69) não reafirma esta 
função. 
Ainda que se possa aceitar que juridicamente este elemento 
continue tendo validade, é difícil imaginar como as unidades (já 
aqui entendidas como sendo os Departamentos) possam ser os 
responsáveis pela administração de cursos; se nenhuma Faculda-
de, Escola ou Instituto podia exaurir todo um curso, em termos 
de disciplinas fornecidas, sem ferir o princípio de cooperação in-
terescolar, menos ainda um departamento poderá fazê-lo, por 
maior que seja o campo de conhecimento abrangido. Cremos que 
a atuação administrativa do departamento pode ser mais corre-
tamente compreendida no sentido da ministraçao de meios para 
a execução do ensino das disciplinas sob sua responsabilidade; 
nunca de cursos: neste último caso estariam em questão os prin-
cípios da cooperação interescolar e da não-duplicação de meios. 
Cremos ainda que uma tal dissociação entre as funções de 
administração e de coordenação didática de um mesmo curso pode 
acarretar problemas para a execução de uma ou outra função 
pelos órgãos responsáveis; talvez isto possa explicar as dificulda-
des de implantação dos Colegiados de Curso, vez que, onde sub-
sistem, as antigas Unidades reúnem uma grande dose de poder, 
na medida em que se responsabilizam pela "administração de cur-
sos", o que tende a reeditar, como vimos, antiga propriedade do 
curso por uma unidade de ensino. Nestes termos, dificilmente 
poderia ser exitosa a coordenação didática deste mesmo curso, se 
deferida a um órgão (o Colegiado de Curso) completamente des-
conectado, em termos estruturais, do órgão "administrador do cur-
so" (a Faculdade, Escola ou Instituto). 
Esta ambiguidade pode, ao nosso ver, explicar por que, em 
inúmeros casos, são os colegiados das Faculdades, Escolas ou Ins-
titutos (Congregações, Conselhos Departamentais e Similares) 
que operam a coordenação didática dos cursos (e não os Colegia-
dos de Curso). Antecipando um pouco os resultados, pode-se re-
velar que em 26% das Universidades pesquisadas encontrou-se um 
ou mais colegiados deste tipo respondendo, na prática, pela coor-
denação didática de cursos. Isto, ao nosso ver, reafirma a relação 
de "propriedade do curso" pela Unidade (Faculdade, Escola ou 
Instituto) dominante em termos de oferta de disciplinas. Esta re-
lação, por sua vez, pode ter suas origens ou seu suporte no disposi-
tivo que deferiu às antigas "unidades" a função de "administra-
ção dos cursos". 
48 
Ao lado disto podemos salientar, ainda com repercussão so-
bre a estrutura e organização das Universidades no que tange 
às coordenações setoriais, as exigências de que: 
a) cada unidade seja, simultaneamente, um órgão de en-
sino e pesquisa em seu campo de estudo (Decreto-lei 53, artigo 
2.°, I e Lei 5.540, artigo 11, c); 
b) as Faculdadesde Filosofia, Ciências e Letras deverão so-
frer a transformação necessária de modo a assegurar o princípio 
pelo qual "as unidades existentes ou parte delas que atuem em 
um mesmo campo de estudo formarão uma única unidade" (De-
creto-lei 53, artigo 4.°, parágrafo único); 
c) que se proceda à criação de uma unidade própria para 
a formação pedagógica de especialistas em educação (Decreto-
lei 252, artigo 4.°, § 2.°) ou à institucionalização do curso respec-
tivo, ministrado mediante a cooperação de várias unidades (Lei 
5.540, artigo 30, § 2.°); 
d) "os atuais institutos especializados, que figuram nos 
Estatutos em vigor como unidades universitárias, e que hajam 
atingido alto grau de desenvolvimento, poderão manter tal con-
dição "desde que não ponham em risco os princípios da não du-
plicação de meios e da unidade das funções de ensino e pesquisa" 
(Decreto-lei n.° 53/66, artigo 11). 
O tratamento da problemática dos níveis setoriais adminis-
trativos facultativos não estaria completo, entretanto, se fosse 
omitida a questão dos Centros. Visualizando-se a realidade das 
Universidades pesquisadas, verifica-se que 48% das mesmas pos-
suem Centros como um nível estrutural; das 15 instituições nes-
tas condições, 10 dispõem de Centros que coordenam Departa-
mentos, enquanto que nos demais casos a coordenação se efetua 
sobre "unidades mais amplas". 
Depreende-se da legislação que, no primeiro caso (estrutu-
ras do tipo Centro/Departamento), aplicar-se-íam aos Centros 
as normas que se destinam às chamadas "unidades mais am-
plas-' (conforme Lei 5.540, artigo 11, b ) . A correção deste racio-
cínio fica confirmada pelo Parecer n.° 1485/73 da Câmara de En-
sino Superior do CFE assinado, entre outros, pelos Conselheiros 
Newton Sucupira e Valnir Chagas. Nele afirma-se que a estru-
tura proposta pela Universidade Federal da Paraíba (C/D) "as-
senta-se plenamente em departamentos, reunidos em unidades 
mais amplas, cuja denominação foi unificada pelo nome de "cen-
tro' . Reduzidas a cinco e definidas como 'coordenações -de de-
partamentos afins', as novas unidades são as seguintes, 'resul-
tantes da transformação ou fusão dos institutos, escolas e facul-
dades' preexistentes". (4) 
(4) Valnir chagas (Relator), Parecer n. 1485/73 (Câmara de Ensino Supe-
rior — CFE), 14.09.73, mimeo., p. 1). 
49 
Vê-se, assim, que neste plano puramente formal os Centros 
têm o mesmo status de "unidades mais amplas" conferido às 
Faculdades, Escolas e Institutos, aplicando-se àqueles as parcas 
determinações existentes com relação a estas. 
Contudo, quanto às estruturas mais complexas, dotadas de 
Centros coordenadores de Faculdades, Escolas ou Institutos, ve-
rifica-se a quase completa omissão do corpo legislativo; esta omis-
são explica-se, vez que se trata de situações em que coexistem 
dois níveis setoriais facultativos. A Legislação Reformadora sim-
plesmente admite a sua existência, com funções deliberativas e 
executivas (Decreto-lei 252/67, artigo 7.°, parágrafo único e Lei 
5.540, artigo 13, § 1°) . 
Uma referência ainda deve ser feita às coordenações seto-
riais facultativas, de tipo acadêmico: os Conselhos Departamen-
tais e Congregações de Unidade. Sua origem advém do artigo 78 
da Lei de Diretrizes e Bases e desde então a sua condição de exis-
tência é questionada, podendo-se tomar como marcos para esta 
discussão os Pareceres 30/63, de 07.02.63 e 411/70, de l.°.06.70, 
ambos relativos aos Conselhos Departamentais. Neste último fica 
definitivamente esclarecido o seu caráter facultativo, em termos 
jurídicos, apesar de acentuada a sua relevância para a vida aca-
dêmica. Já se teve oportunidade de salientar o papel desses ór-
gãos na coordenação didática de cursos, o qual, embora distor-
sivo, é de grande relevância no cumprimento desta função pelas 
Universidades pesquisadas. Retomar-se-á a questão no corpo da 
análise. 
Um último elemento de repercussão estrutural inegável é a 
proposição de existência dos sistemas básico comum e profissio-
nal. Sua trajetória. ao longo da Legislação Reformadora, é bas-
tante curiosa. Referidos nos decretos iniciais (Decreto-lei 53/66, 
artigo 2.°, II e III e Decreto-lei 252/67, artigos 3.° e 4.°), desa-
parecem dos elementos legislativos competentes do período con-
siderado da Reforma propriamente dita, quais sejam, a Lei n.° 
5.540 e o Decreto-lei 464/69. 
Note-se porém que todas as noções associadas aos conceitos 
de sistemas básico comum e profissional são reafirmados seja por 
um, seja por outro instrumento legislativo. Em seu artigo 11, a 
Lei 5.540 refere-se, inclusive, à necessidade do "cultivo das áreas 
fundamentais dos conhecimentos humanos, estudados em si mes-
mos ou em razão de ulteriores aplicações e de uma ou mais áreas 
técnico-profissionais". Contudo, em nenhum momento faz a pro-
jeção desta imposição para o campo estrutural, tal como surge 
nos decretos iniciais, deixando de reafirmar as noções dos siste-
mas que conformam estas áreas no plano da estrutura universi-
tária. 
Não tendo sido revogados os dispositivos precedentes, volta-se 
aqui à circunstância, anteriormente referida, de permanência em 
vigor daquela norma. Contudo esta omissão, se associada à rea-
50 
firmação de outros princípios estruturais, revela uma mudança 
no modo de encarar os sistemas básico comum e profissional. 
Tal alteração transparece, uma vez mais, quando se analisam 
documentos normativos recentemente aprovados pelo Conselho 
Federal de Educação; podem-sé citar pelo menos quatro Univer-
sidades (UFPI, UFMT, UFOP e FURG) em cujos Estatutos, de 
recente aprovação pelo CFE, não há sequer uma referência aos 
sistemas básico comum e profissional. Assim sendo, a sua exis-
tência parece ter sido tornada facultativa. 
Como observação final, caberia salientar que foi mantido o 
tratamento dado no "Esquema Teórico" para o tópico "Estru-
tura e Organização Departamental", situando-o de forma autó-
noma. Evidentemente o nível departamental não se dissocia da 
"estrutura acadêmica" e a prova disso é que no tratamento desta 
são feitas constantes referências àquele. No entanto, esta sepa-
ração é de grande valia em termos operacionais, e na medida em 
que confere ao departamento o papel que lhe compete, enquanto 
"único órgão de existência real", qual seja, o de elemento sinte-
tizador dos planos acadêmico e administrativo. 
1.1.2 — IMPLANTAÇÃO LEGAL DA REFORMA UNIVERSITÁRIA 
A implantação legal da Reforma Universitária no que con-
cerne aos diplomas de cunho geral — Estatutos, Regimentos Ge-
rais e de Reitoria — encontra-se francamente em processo, nas 
instituições pesquisadas. Para alguns destes documentos legais 
a situação é de maior avanço que para outros. Tal é o caso dos 
Estatutos; apenas duas Universidades declararam, através de 
seus Reitores, não os terem revistos em decorrência da Reforma: 
UFPE e UFRJ. 
Já no que concerne aos Regimentos Gerais a situação não 
se mostra tão favorável; ainda assim, 51% das Universidades 
pesquisadas os têm já em acordo com a nova legislação federal. 
No que tange aos Regimentos de Reitoria, 29% das insti-
tuições entrevistadas sequer os possuem, e, dos que os possuem, 
apenas 32% dispõem deste documento legal em acordo com os 
requisites da Legislação Reformadora. 
Alguma!» Universidades estão ainda encaminhando esta im-
plantação pela elaboração de planos de reestruturação. São elas: 
FUMA, UFPE, UFES e UFPB. 
Nota-se que segundas reestruturações estão sendo encami-
nhadas com bastante frequência e têm tendido a operar-se com 
vistas à transformação da estrutura acadêmica em vigor para 
o modelo C/D. Tal é o caso da UFSE,'UFPB, FUMA, FUBER e 
UFRN, sendo que a primeira delas ainda está processando inter-
namente, os encaminhamentos necessários para tal. Já a UFAL 
reorganiza-se atualmente empreendendo remanejamento no mo-
delo que adotava (C/D). 
51

Continue navegando