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aula 02 poder executivo

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PODER EXECUTIVO 
ELEIÇÕES E POSSE DO 
PRESIDENTE 
PODER EXECUTIVO 
Eleição presidencial 
Sistema majoritário de dois turnos 
 
Primeiro turno de votação: ocorre sempre no primeiro 
domingo de outubro. Os candidatos buscam, nessa 
ocasião, a maioria absoluta dos votos, não computados 
os brancos e os nulos. 
PODER EXECUTIVO 
Eleição presidencial 
Exemplo: 100.000.000 de votos, dos quais 10.000.000 eram 
brancos e/ou nulos. 
 
100.000.000 – 10.000.000 = 90.000.000 
 
90.000.000 2 = 45.000.000 
 
45.000.000 + 1 = 45.000.001 
 
Presidente está eleito com o Vice! 
PODER EXECUTIVO 
Eleição presidencial 
Segundo turno de votação: ocorre sempre no último 
domingo de outubro. Nele concorrem os dois candidatos 
mais bem votados no primeiro turno. 
 
João: primeiro 
Maria: segunda 
José: terceiro 
 
PODER EXECUTIVO 
Eleição presidencial 
Segundo turno de votação: ocorre sempre no último 
domingo de outubro. Nele concorrem os dois candidatos 
mais bem votados no primeiro turno. 
 
João X Maria 
Morte 
 
Impedimento 
 
Desistência 
PODER EXECUTIVO 
Eleição presidencial 
Segundo turno de votação: ocorre sempre no último 
domingo de outubro. Nele concorrem os dois candidatos 
mais bem votados no primeiro turno. 
 
João X Maria 
Morte 
 
Impedimento 
 
Desistência José 
PODER EXECUTIVO 
Eleição presidencial 
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da 
República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro 
domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo 
de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao 
do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 
PODER EXECUTIVO 
Eleição presidencial 
 1º A eleição do Presidente da República importará a do 
Vice-Presidente com ele registrado. 
 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, 
registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de 
votos, não computados os em branco e os nulos. 
PODER EXECUTIVO 
Eleição presidencial 
 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na 
primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias 
após a proclamação do resultado, concorrendo os dois 
candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele 
que obtiver a maioria dos votos válidos. 
 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, 
desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-
se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. 
PODER EXECUTIVO 
Eleição presidencial 
 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, 
em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma 
votação, qualificar-se-á o mais idoso. 
PODER EXECUTIVO 
Posse presidencial 
A posse ocorre em primeiro de janeiro do ano subsequente 
ao das eleições e é feita no Congresso Nacional numa 
sessão legislativa extraordinária. Nesse dia podem ocorrer 
quatro possibilidades. 
PODER EXECUTIVO 
Posse presidencial 
Presidente Vice Presidente 
C C Posse 
F (10) F (10) Cargos Vagos 
C F (10) 
Posse para o 
Presidente 
F (10) C 
1) Posse para o VP; 2) 
VP substitui; 3) Após 
10 dias, VP sucede. 
PODER EXECUTIVO 
Posse presidencial 
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República 
tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, 
prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a 
Constituição, observar as leis, promover o bem geral do 
povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a 
independência do Brasil. 
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para 
a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de 
força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado 
vago. 
 
SUBSTITUIÇÃO E 
SUCESSÃO PRESIDENCIAL 
PODER EXECUTIVO 
Substituição presidencial 
A substituição é temporária, e ocorre em casos como 
doença, viagem, etc. 
PODER EXECUTIVO 
Substituição presidencial 
PR 
VPR 
PCD 
PSF 
PSTF 
Natos 
PODER EXECUTIVO 
Sucessão presidencial 
A sucessão é definitiva, e ocorre em casos como morte, 
renúncia, impedimento. 
 
Vagando o cargo de Vice, o Presidente continua o mandato 
normalmente. 
PR 
VPR 
PODER EXECUTIVO 
Sucessão presidencial 
Vagando o cargo de Presidente, o Vice assume. 
PR 
VPR 
PODER EXECUTIVO 
Sucessão presidencial 
“Dupla vacância” 
 
Vagando os dois cargos, há a dupla vacância e, nesse caso, 
há regras específicas para o preenchimento dos cargos nos 
dois primeiros anos do mandato e nos dois últimos anos do 
mandato. 
PODER EXECUTIVO 
Sucessão presidencial 
Dois primeiros anos do mandato (Art. 81, CF) 
 Novas eleições diretas. 
 Mandato: diferença 
 
 
 
 
 Prazo: 90 dias. 
 
1 2 
PODER EXECUTIVO 
Sucessão presidencial 
Dois últimos anos do mandato (Art. 81, parágrafo 1) 
 Novas eleições pelo Congresso Nacional, na forma da 
 lei (indiretas). 
 Mandato: diferença 
 
 
 
 
 Prazo: 30 dias. 
 
3 4 
PODER EXECUTIVO 
Substituição e sucessão presidencial 
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e 
suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente. 
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de 
outras atribuições que lhe forem conferidas por lei 
complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele 
convocado para missões especiais. 
PODER EXECUTIVO 
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-
Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão 
sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o 
Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal 
e o do Supremo Tribunal Federal. 
Substituição e sucessão presidencial 
PODER EXECUTIVO 
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente 
da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta 
a última vaga. 
 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do 
período presidencial, a eleição para ambos os cargos será 
feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso 
Nacional, na forma da lei. 
 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o 
período de seus antecessores. 
Substituição e sucessão presidencial 
ATRIBUIÇÕES DO 
PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA 
PODER EXECUTIVO 
Atribuições do Presidente da República 
As atribuições do Presidente estão inseridas no artigo 84 da 
Constituição. 
 
Em regra, as atribuições do Presidente são indelegáveis. 
 
Há, contudo, exceções colocados no artigo 84, incisos VI, XII 
e XXV (primeira parte) da Constituição. 
PODER EXECUTIVO 
Atribuições delegáveis Delegatários 
VI: decreto sobre a organização 
e funcionamento da 
Administração Pública 
 
XII: indulto e comutação de 
penas 
 
XXV: prover cargos federais 
Ministros de 
Estado 
 
Procurador-Geral 
da República 
 
Advogado-Geral da 
União 
Atribuições delegáveis do Presidente da República 
PODER EXECUTIVO 
Atribuições delegáveis do Presidente da República 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: 
a) organização e funcionamento da administração federal, 
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou 
extinção de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
Decreto Autônomo 
PODER EXECUTIVO 
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se 
necessário, dos órgãos instituídos em lei; 
 
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na 
forma da lei;Atribuições delegáveis do Presidente da República 
PODER EXECUTIVO 
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar 
as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, 
primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral 
da República ou ao Advogado-Geral da União, que 
observarão os limites traçados nas respectivas delegações. 
Atribuições delegáveis do Presidente da República 
PODER EXECUTIVO 
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; 
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção 
superior da administração federal; 
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos 
previstos nesta Constituição; 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como 
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; 
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; 
Atribuições indelegáveis do Presidente da República 
PODER EXECUTIVO 
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; 
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção 
superior da administração federal; 
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos 
previstos nesta Constituição; 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como 
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; 
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; 
Atribuições indelegáveis do Presidente da República 
PODER EXECUTIVO 
Decreto: fiel execução da lei (Art. 
84, IV) 
Decreto: organização e 
funcionamento da Administração 
Pública (Art. 84, VI) 
Indelegável Delegável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Constituição Constituição 
Lei 
Decreto 
Decreto 1 
2 
Atribuições indelegáveis do Presidente da República 
PODER EXECUTIVO 
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar 
seus representantes diplomáticos; 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, 
sujeitos a referendo do Congresso Nacional; 
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; 
X - decretar e executar a intervenção federal; 
Atribuições indelegáveis do Presidente da República 
PODER EXECUTIVO 
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso 
Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, 
expondo a situação do País e solicitando as providências 
que julgar necessárias; 
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, 
nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los 
para os cargos que lhes são privativos; 
Atribuições indelegáveis do Presidente da República 
PODER EXECUTIVO 
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os 
Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais 
Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-
Geral da República, o presidente e os diretores do banco 
central e outros servidores, quando determinado em lei; 
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros 
do Tribunal de Contas da União; 
Atribuições indelegáveis do Presidente da República 
PODER EXECUTIVO 
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta 
Constituição, e o Advogado-Geral da União; 
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos 
termos do art. 89, VII; 
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o 
Conselho de Defesa Nacional; 
Atribuições indelegáveis do Presidente da República 
PODER EXECUTIVO 
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, 
autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, 
quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, 
nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a 
mobilização nacional; 
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do 
Congresso Nacional; 
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; 
Atribuições indelegáveis do Presidente da República 
PODER EXECUTIVO 
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que 
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele 
permaneçam temporariamente; 
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o 
projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de 
orçamento previstos nesta Constituição; 
Atribuições indelegáveis do Presidente da República 
PODER EXECUTIVO 
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro 
de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as 
contas referentes ao exercício anterior; 
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos 
termos do art. 62; 
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta 
Constituição. 
Atribuições indelegáveis do Presidente da República 
RESPONSABILIDADE DO 
PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
O Presidente pode praticar crimes comuns ou crimes de 
responsabilidade. Há regras específicas de processamento 
para cada um deles. 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Crimes comuns: aqueles que podem ser praticados por 
qualquer um. O Presidente, contudo, goza de algumas 
prerrogativas/imunidade. 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Primeira prerrogativa: o Presidente da República só pode 
ser preso após sentença penal condenatória! 
 
Art. 86, 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, 
nas infrações comuns, o Presidente da República não estará 
sujeito a prisão. 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Segunda prerrogativa: durante o mandato, o Presidente da 
República somente pode ser responsabilizado por atos que 
se relacionam com a função presidencial. De outro lado, o 
Presidente não pode ser responsabilizado, durante o 
mandato, por atos que não tenham conexão com a função 
presidencial (ex: homícidio no trânsito) 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Art. 86, 4º O Presidente da República, na vigência de seu 
mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos 
ao exercício de suas funções. 
Crimes 
funcionais 
Não: a responsabilização ocorre apenas após o 
final do mandato. Não corre prescrição. 
 
 
 
 
Sim: a responsabilização é imediata. Ocorre 
durante o mandato! 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Crime Comum (funcional) 
Denúncia Procurador Geral da República 
Autorização Câmara dos Deputados (2/3) 
2/3 de 513 = 342 
Foro 
STF (Art. 102, inciso I, alínea “b” + 
Art. 86, CF) 
Recebimento da 
denúncia no STF 
Presidente da República é 
imediatamente suspenso por 180 dias 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Crime Comum (funcional) 
Não conclusão do 
processo em 180 
dias 
Presidente da República retorna ao 
cargo 
Penas Penas do tipo 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Crimes de responsabilidade: não é qualquer um 
que pode praticar. 
 
“Impeachment ou impedimento” 
 
Natureza jurídica: natureza penal ou infração 
político administrativa? 
 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente 
da República que atentem contra a Constituição Federal e, 
especialmente, contra: 
I - a existência da União; 
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, 
do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das 
unidades da Federação; 
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
IV - a segurança interna do País; 
V - a probidade na administração;VI - a lei orçamentária; 
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei 
especial, que estabelecerá as normas de processo e 
julgamento. 
 
Lei Especial  Lei Federal (Lei 1079/1950) 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Súmula Vinculante n. 46: “A definição dos crimes de 
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas 
normas de processo e julgamento são de competência 
legislativa privativa da União”. 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Crime de responsabilidade 
Denúncia Qualquer Cidadão 
Autorização Câmara dos Deputados (2/3) 
2/3 de 513 = 342 
Foro 
Senado Federal, presidido pelo 
Presidente do STF (Art. 52, inciso I + 
Art. 86 + Art. 52, parágrafo único, CF) 
 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Procedimento na Câmara dos Deputados: na Câmara dos Deputados 
o Presidente da Casa somente autoriza a colocação do processo em 
pauta. Caso aceite, será formada uma comissão especial com 65 
Deputados de todos os partidos (atendida a proporcionalidade). Na 
Comissão será elaborado um parecer sobre a instauração do 
processo. Se o parecer for favorável, o Presidente terá o prazo de 10 
sessões (encontros) para se defender (defesa feita pelo AGU). Após a 
defesa, a Comissão tem um prazo de 5 sessões para votar o relatório 
final criado pela Comissão. Em seguida, encaminha-se o processo 
para Plenário, no qual o quórum de 2/3 deve ser atingido para a 
abertura do processo. 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Crime de responsabilidade 
Recebimento da 
denúncia no 
Senado 
Presidente é suspenso por 180 dias 
Não conclusão do 
processo em 180 
dias 
Presidente da República retorna ao 
cargo 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Procedimento no Senado Federal: No Senado Federal é formada uma 
comissão com 21 Senadores e 21 Suplentes. Nesta Comissão haverá 
um relator que criará um parecer pela admissibilidade ou não da 
abertura do processo. Tal parecer vai à votação por maioria absoluta 
dos membros da Comissão. Em seguida, ocorre a votação em 
Plenário para a admissibilidade, o que é feito por maioria absoluta 
dos membros do Senado Federal. Se for arquivado, o processo é 
arquivado. Se for aceito, o Presidente é suspenso por 180 dias ante a 
instauração do processo. Neste momento, começam os 
interrogatórios e a apresentação das provas. Um novo parecer é 
criado e votado no âmbito da Comissão. 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Independentemente do parecer, o processo vai à Plenário onde uma 
nova votação é feita. Nesta votação, os Senadores se manifestam no 
sentido de ser procedente, ou não, a acusação. Se a votação for no 
sentido de inexistência de fundamento, o Presidente reassume e o 
processo é arquivado. Se a votação for no sentido de se admitir a 
acusação, há uma nova votação no Senado para decidir se a 
acusação é procedente ou não. Em caso negativo, arquiva-se. Em 
caso Com o parecer finalizado, há uma votação na própria Comissão, 
a qual se dá por maioria absoluta dos votos. 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Crime de responsabilidade 
Penas 
Perda do Cargo + Inabilitação para 
função pública por 8 anos 
(2/3) 
PODER EXECUTIVO 
Responsabilidade do Presidente da República 
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não 
poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se 
do País por período superior a quinze dias, sob pena de 
perda do cargo. 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
1. Crimes Comuns 
 
1.1.Crimes comuns: Tribunal de Justiça (Art. 29, X – 
crimes sujeitos à justiça comum). 
 
1.2.Crimes comuns de outras naturezes: 
competência do respectivo tribunal de segundo 
grau (Tribunal Regional Federal - TRF, Tribunal 
Regional Eleitoral - TRE). 
 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
2. Crimes de Responsabilidade 
 
2.1.Crimes de responsabilidade “próprios”: 
infrações político-administrativas julgadas pela 
Câmara de Vereadores e sancionadas com a 
cassação do mandato, nos termos do art. 4º do 
Decreto-Lei 201/1967. 
 
Art. 4º São infrações político-administrativas dos 
Prefeitos Municipais sujeitas ao julgamento pela 
Câmara dos Vereadores e sancionadas com a 
cassação do mandato: 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
I - Impedir o funcionamento regular da Câmara; 
II - Impedir o exame de livros, folhas de 
pagamento e demais documentos que devam 
constar dos arquivos da Prefeitura, bem como a 
verificação de obras e serviços municipais, por 
comissão de investigação da Câmara ou 
auditoria, regularmente instituída; 
III - Desatender, sem motivo justo, as 
convocações ou os pedidos de informações da 
Câmara, quando feitos a tempo e em forma 
regular; 
IV - Retardar a publicação ou deixar de publicar 
as leis e atos sujeitos a essa formalidade; 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
V - Deixar de apresentar à Câmara, no devido 
tempo, e em forma regular, a proposta 
orçamentária; 
VI - Descumprir o orçamento aprovado para o 
exercício financeiro, 
VII - Praticar, contra expressa disposição de lei, 
ato de sua competência ou omitir-se na sua 
prática; 
VIII - Omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, 
rendas, direitos ou interesses do Município 
sujeito à administração da Prefeitura; 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
IX - Ausentar-se do Município, por tempo 
superior ao permitido em lei, ou afastar-se da 
Prefeitura, sem autorização da Câmara dos 
Vereadores; 
X - Proceder de modo incompatível com a 
dignidade e o decoro do cargo. 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
Art. 5º O processo de cassação do mandato do 
Prefeito pela Câmara, por infrações definidas no 
artigo anterior, obedecerá ao seguinte rito, se 
outro não for estabelecido pela legislação do 
Estado respectivo: 
I - A denúncia escrita da infração poderá ser feita 
por qualquer eleitor, com a exposição dos fatos e 
a indicação das provas. Se o denunciante for 
Vereador, ficará impedido de votar sobre a 
denúncia e de integrar a Comissão processante, 
podendo, todavia, praticar todos os atos de 
acusação. Se o denunciante for o Presidente da 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
Câmara, passará a Presidência ao substituto 
legal, para os atos do processo, e só votará se 
necessário para completar o quorum de 
julgamento. Será convocado o suplente do 
Vereador impedido de votar, o qual não poderá 
integrar a Comissão processante. 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
II - De posse da denúncia, o Presidente da 
Câmara, na primeira sessão, determinará sua 
leitura e consultará a Câmara sobre o seu 
recebimento. Decidido o recebimento, pelo voto 
da maioria dos presentes, na mesma sessão será 
constituída a Comissão processante, com três 
Vereadores sorteados entre os desimpedidos, os 
quais elegerão, desde logo, o Presidente e o 
Relator. 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
III - Recebendo o processo, o Presidente da 
Comissão iniciará os trabalhos, dentro em cinco 
dias, notificando o denunciado, com a remessa 
de cópia da denúncia e documentos que a 
instruírem, para que, no prazo de dez dias, 
apresente defesa prévia, por escrito, indique as 
provas que pretender produzir e arrole 
testemunhas, até o máximo de dez. Se estiver 
ausente do Município, a notificação far-se-á por 
edital, publicado duas vezes, no órgão oficial, 
com intervalo de três dias, pelo menos, contado 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
oprazo da primeira publicação. Decorrido o 
prazo de defesa, a Comissão processante emitirá 
parecer dentro em cinco dias, opinando pelo 
prosseguimento ou arquivamento da denúncia, o 
qual, neste caso, será submetido ao Plenário. Se 
a Comissão opinar pelo prosseguimento, o 
Presidente designará desde logo, o início da 
instrução, e determinará os atos, diligências e 
audiências que se fizerem necessários, para o 
depoimento do denunciado e inquirição das 
testemunhas. 
 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
IV - O denunciado deverá ser intimado de todos 
os atos do processo, pessoalmente, ou na 
pessoa de seu procurador, com a antecedência, 
pelo menos, de vinte e quatro horas, sendo lhe 
permitido assistir as diligências e audiências, 
bem como formular perguntas e reperguntas às 
testemunhas e requerer o que for de interesse da 
defesa. 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
V – concluída a instrução, será aberta vista do 
processo ao denunciado, para razões escritas, 
no prazo de 5 (cinco) dias, e, após, a Comissão 
processante emitirá parecer final, pela 
procedência ou improcedência da acusação, e 
solicitará ao Presidente da Câmara a convocação 
de sessão para julgamento. Na sessão de 
julgamento, serão lidas as peças requeridas por 
qualquer dos Vereadores e pelos denunciados, e, 
a seguir, os que desejarem poderão manifestar-
se verbalmente, pelo tempo máximo de 15 
(quinze) minutos cada um, e, ao final, o 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
denunciado, ou seu procurador, terá o prazo 
máximo de 2 (duas) horas para produzir sua 
defesa oral; (Redação dada pela Lei nº 11.966, de 
2009). 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
VI - Concluída a defesa, proceder-se-á a tantas 
votações nominais, quantas forem as infrações 
articuladas na denúncia. Considerar-se-á 
afastado, definitivamente, do cargo, o 
denunciado que for declarado pelo voto de dois 
terços, pelo menos, dos membros da Câmara, em 
curso de qualquer das infrações especificadas na 
denúncia. Concluído o julgamento, o Presidente 
da Câmara proclamará imediatamente o 
resultado e fará lavrar ata que consigne a 
votação nominal sobre cada infração, e, se 
houver condenação, expedirá o competente 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
decreto legislativo de cassação do mandato de 
Prefeito. Se o resultado da votação for 
absolutório, o Presidente determinará o 
arquivamento do processo. Em qualquer dos 
casos, o Presidente da Câmara comunicará à 
Justiça Eleitoral o resultado. 
VII - O processo, a que se refere este artigo, 
deverá estar concluído dentro em noventa dias, 
contados da data em que se efetivar a notificação 
do acusado. Transcorrido o prazo sem o 
julgamento, o processo será arquivado, sem 
prejuízo de nova denúncia ainda que sobre os 
mesmos fatos. 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
2.2. Crimes de responsabilidade “impróprios”: 
crimes de responsabilidade julgados pelo TJ e 
sancionados com penas comuns (detenção ou 
reclusão), nos termos do art. 1º do Decreto-Lei 
201/1967): 
 
Art. 1º São crimes de responsabilidade dos 
Prefeitos Municipal, sujeitos ao julgamento do 
Poder Judiciário, independentemente do 
pronunciamento da Câmara dos Vereadores: 
I - apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou 
desviá-los em proveito próprio ou alheio; 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
Il - utilizar-se, indevidamente, em proveito 
próprio ou alheio, de bens, rendas ou serviços 
públicos; 
Ill - desviar, ou aplicar indevidamente, rendas ou 
verbas públicas; 
IV - empregar subvenções, auxílios, 
empréstimos ou recursos de qualquer natureza, 
em desacordo com os planos ou programas a 
que se destinam; 
V - ordenar ou efetuar despesas não autorizadas 
por lei, ou realizá-Ias em desacordo com as 
normas financeiras pertinentes; 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
VI - deixar de prestar contas anuais da 
administração financeira do Município a Câmara 
de Vereadores, ou ao órgão que a Constituição 
do Estado indicar, nos prazos e condições 
estabelecidos; 
VII - Deixar de prestar contas, no devido tempo, 
ao órgão competente, da aplicação de recursos, 
empréstimos subvenções ou auxílios internos 
ou externos, recebidos a qualquer titulo; 
VIII - Contrair empréstimo, emitir apólices, ou 
obrigar o Município por títulos de crédito, sem 
autorização da Câmara, ou em desacordo com a 
lei; 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
IX - Conceder empréstimo, auxílios ou 
subvenções sem autorização da Câmara, ou em 
desacordo com a lei; 
X - Alienar ou onerar bens imóveis, ou rendas 
municipais, sem autorização da Câmara, ou em 
desacordo com a lei; 
XI - Adquirir bens, ou realizar serviços e obras, 
sem concorrência ou coleta de preços, nos 
casos exigidos em lei; 
XII - Antecipar ou inverter a ordem de pagamento 
a credores do Município, sem vantagem para o 
erário; 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
XIII - Nomear, admitir ou designar servidor, 
contra expressa disposição de lei; 
XIV - Negar execução a lei federal, estadual ou 
municipal, ou deixar de cumprir ordem judicial, 
sem dar o motivo da recusa ou da 
impossibilidade, por escrito, à autoridade 
competente; 
XV - Deixar de fornecer certidões de atos ou 
contratos municipais, dentro do prazo 
estabelecido em lei. 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
XVI – deixar de ordenar a redução do montante 
da dívida consolidada, nos prazos estabelecidos 
em lei, quando o montante ultrapassar o valor 
resultante da aplicação do limite máximo fixado 
pelo Senado Federal; (Incluído pela Lei 10.028, 
de 2000) 
XVII – ordenar ou autorizar a abertura de crédito 
em desacordo com os limites estabelecidos pelo 
Senado Federal, sem fundamento na lei 
orçamentária ou na de crédito adicional ou com 
inobservância de prescrição legal; (Incluído pela 
Lei 10.028, de 2000) 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
XVIII – deixar de promover ou de ordenar, na 
forma da lei, o cancelamento, a amortização ou a 
constituição de reserva para anular os efeitos de 
operação de crédito realizada com inobservância 
de limite, condição ou montante estabelecido em 
lei; (Incluído pela Lei 10.028, de 2000) 
XIX – deixar de promover ou de ordenar a 
liquidação integral de operação de crédito por 
antecipação de receita orçamentária, inclusive 
os respectivos juros e demais encargos, até o 
encerramento do exercício financeiro; (Incluído 
pela Lei 10.028, de 2000) 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
XX – ordenar ou autorizar, em desacordo com a 
lei, a realização de operação de crédito com 
qualquer um dos demais entes da Federação, 
inclusive suas entidades da administração 
indireta, ainda que na forma de novação, 
refinanciamento ou postergação de dívida 
contraída anteriormente; (Incluído pela Lei 
10.028, de 2000) 
XXI – captar recursos a título de antecipação de 
receita de tributo ou contribuição cujo fato 
gerador ainda não tenha ocorrido; (Incluído pela 
Lei 10.028, de 2000) 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
XXII – ordenar ou autorizar a destinação de 
recursos provenientes da emissão de títulos 
para finalidade diversa da prevista na lei que a 
autorizou; (Incluído pela Lei 10.028, de 2000) 
XXIII – realizar ou receber transferência 
voluntária em desacordo com limite ou condição 
estabelecida em lei. (Incluído pela Lei 10.028, de 
2000) 
1º Os crimes definidos nêste artigo são de ação 
pública, punidos os dos itens I e II, com a pena 
de reclusão, de dois a doze anos, e os demais, 
com a pena de detenção, de três meses a três 
anos. 
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
 2º A condenação definitiva em qualquer dos 
crimes definidosneste artigo, acarreta a perda 
de cargo e a inabilitação, pelo prazo de cinco 
anos, para o exercício de cargo ou função 
pública, eletivo ou de nomeação, sem prejuízo 
da reparação civil do dano causado ao 
patrimônio público ou particular. 
RESPONSABILIDADE DO VEREADOR 
Art. 7º A Câmara poderá cassar o mandato de 
Vereador, quando: 
I - Utilizar-se do mandato para a prática de atos 
de corrupção ou de improbidade administrativa; 
II - Fixar residência fora do Município; 
III - Proceder de modo incompatível com a 
dignidade, da Câmara ou faltar com o decoro na 
sua conduta pública. 
 1º O processo de cassação de mandato de 
Vereador é, no que couber, o estabelecido no art. 
5º deste decreto-lei.

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