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PODER EXECUTIVO ELEIÇÕES E POSSE DO PRESIDENTE PODER EXECUTIVO Eleição presidencial Sistema majoritário de dois turnos Primeiro turno de votação: ocorre sempre no primeiro domingo de outubro. Os candidatos buscam, nessa ocasião, a maioria absoluta dos votos, não computados os brancos e os nulos. PODER EXECUTIVO Eleição presidencial Exemplo: 100.000.000 de votos, dos quais 10.000.000 eram brancos e/ou nulos. 100.000.000 – 10.000.000 = 90.000.000 90.000.000 2 = 45.000.000 45.000.000 + 1 = 45.000.001 Presidente está eleito com o Vice! PODER EXECUTIVO Eleição presidencial Segundo turno de votação: ocorre sempre no último domingo de outubro. Nele concorrem os dois candidatos mais bem votados no primeiro turno. João: primeiro Maria: segunda José: terceiro PODER EXECUTIVO Eleição presidencial Segundo turno de votação: ocorre sempre no último domingo de outubro. Nele concorrem os dois candidatos mais bem votados no primeiro turno. João X Maria Morte Impedimento Desistência PODER EXECUTIVO Eleição presidencial Segundo turno de votação: ocorre sempre no último domingo de outubro. Nele concorrem os dois candidatos mais bem votados no primeiro turno. João X Maria Morte Impedimento Desistência José PODER EXECUTIVO Eleição presidencial Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) PODER EXECUTIVO Eleição presidencial 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado. 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. PODER EXECUTIVO Eleição presidencial 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar- se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. PODER EXECUTIVO Eleição presidencial 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. PODER EXECUTIVO Posse presidencial A posse ocorre em primeiro de janeiro do ano subsequente ao das eleições e é feita no Congresso Nacional numa sessão legislativa extraordinária. Nesse dia podem ocorrer quatro possibilidades. PODER EXECUTIVO Posse presidencial Presidente Vice Presidente C C Posse F (10) F (10) Cargos Vagos C F (10) Posse para o Presidente F (10) C 1) Posse para o VP; 2) VP substitui; 3) Após 10 dias, VP sucede. PODER EXECUTIVO Posse presidencial Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. SUBSTITUIÇÃO E SUCESSÃO PRESIDENCIAL PODER EXECUTIVO Substituição presidencial A substituição é temporária, e ocorre em casos como doença, viagem, etc. PODER EXECUTIVO Substituição presidencial PR VPR PCD PSF PSTF Natos PODER EXECUTIVO Sucessão presidencial A sucessão é definitiva, e ocorre em casos como morte, renúncia, impedimento. Vagando o cargo de Vice, o Presidente continua o mandato normalmente. PR VPR PODER EXECUTIVO Sucessão presidencial Vagando o cargo de Presidente, o Vice assume. PR VPR PODER EXECUTIVO Sucessão presidencial “Dupla vacância” Vagando os dois cargos, há a dupla vacância e, nesse caso, há regras específicas para o preenchimento dos cargos nos dois primeiros anos do mandato e nos dois últimos anos do mandato. PODER EXECUTIVO Sucessão presidencial Dois primeiros anos do mandato (Art. 81, CF) Novas eleições diretas. Mandato: diferença Prazo: 90 dias. 1 2 PODER EXECUTIVO Sucessão presidencial Dois últimos anos do mandato (Art. 81, parágrafo 1) Novas eleições pelo Congresso Nacional, na forma da lei (indiretas). Mandato: diferença Prazo: 30 dias. 3 4 PODER EXECUTIVO Substituição e sucessão presidencial Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente. Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais. PODER EXECUTIVO Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice- Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Substituição e sucessão presidencial PODER EXECUTIVO Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. Substituição e sucessão presidencial ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA PODER EXECUTIVO Atribuições do Presidente da República As atribuições do Presidente estão inseridas no artigo 84 da Constituição. Em regra, as atribuições do Presidente são indelegáveis. Há, contudo, exceções colocados no artigo 84, incisos VI, XII e XXV (primeira parte) da Constituição. PODER EXECUTIVO Atribuições delegáveis Delegatários VI: decreto sobre a organização e funcionamento da Administração Pública XII: indulto e comutação de penas XXV: prover cargos federais Ministros de Estado Procurador-Geral da República Advogado-Geral da União Atribuições delegáveis do Presidente da República PODER EXECUTIVO Atribuições delegáveis do Presidente da República Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: VI – dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; Decreto Autônomo PODER EXECUTIVO XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;Atribuições delegáveis do Presidente da República PODER EXECUTIVO Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. Atribuições delegáveis do Presidente da República PODER EXECUTIVO I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; Atribuições indelegáveis do Presidente da República PODER EXECUTIVO I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; Atribuições indelegáveis do Presidente da República PODER EXECUTIVO Decreto: fiel execução da lei (Art. 84, IV) Decreto: organização e funcionamento da Administração Pública (Art. 84, VI) Indelegável Delegável Constituição Constituição Lei Decreto Decreto 1 2 Atribuições indelegáveis do Presidente da República PODER EXECUTIVO VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; X - decretar e executar a intervenção federal; Atribuições indelegáveis do Presidente da República PODER EXECUTIVO XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; Atribuições indelegáveis do Presidente da República PODER EXECUTIVO XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador- Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; Atribuições indelegáveis do Presidente da República PODER EXECUTIVO XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União; XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; Atribuições indelegáveis do Presidente da República PODER EXECUTIVO XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; Atribuições indelegáveis do Presidente da República PODER EXECUTIVO XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; Atribuições indelegáveis do Presidente da República PODER EXECUTIVO XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. Atribuições indelegáveis do Presidente da República RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República O Presidente pode praticar crimes comuns ou crimes de responsabilidade. Há regras específicas de processamento para cada um deles. PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Crimes comuns: aqueles que podem ser praticados por qualquer um. O Presidente, contudo, goza de algumas prerrogativas/imunidade. PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Primeira prerrogativa: o Presidente da República só pode ser preso após sentença penal condenatória! Art. 86, 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Segunda prerrogativa: durante o mandato, o Presidente da República somente pode ser responsabilizado por atos que se relacionam com a função presidencial. De outro lado, o Presidente não pode ser responsabilizado, durante o mandato, por atos que não tenham conexão com a função presidencial (ex: homícidio no trânsito) PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Art. 86, 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. Crimes funcionais Não: a responsabilização ocorre apenas após o final do mandato. Não corre prescrição. Sim: a responsabilização é imediata. Ocorre durante o mandato! PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Crime Comum (funcional) Denúncia Procurador Geral da República Autorização Câmara dos Deputados (2/3) 2/3 de 513 = 342 Foro STF (Art. 102, inciso I, alínea “b” + Art. 86, CF) Recebimento da denúncia no STF Presidente da República é imediatamente suspenso por 180 dias PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Crime Comum (funcional) Não conclusão do processo em 180 dias Presidente da República retorna ao cargo Penas Penas do tipo PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Crimes de responsabilidade: não é qualquer um que pode praticar. “Impeachment ou impedimento” Natureza jurídica: natureza penal ou infração político administrativa? PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração;VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento. Lei Especial Lei Federal (Lei 1079/1950) PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Súmula Vinculante n. 46: “A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa da União”. PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Crime de responsabilidade Denúncia Qualquer Cidadão Autorização Câmara dos Deputados (2/3) 2/3 de 513 = 342 Foro Senado Federal, presidido pelo Presidente do STF (Art. 52, inciso I + Art. 86 + Art. 52, parágrafo único, CF) PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Procedimento na Câmara dos Deputados: na Câmara dos Deputados o Presidente da Casa somente autoriza a colocação do processo em pauta. Caso aceite, será formada uma comissão especial com 65 Deputados de todos os partidos (atendida a proporcionalidade). Na Comissão será elaborado um parecer sobre a instauração do processo. Se o parecer for favorável, o Presidente terá o prazo de 10 sessões (encontros) para se defender (defesa feita pelo AGU). Após a defesa, a Comissão tem um prazo de 5 sessões para votar o relatório final criado pela Comissão. Em seguida, encaminha-se o processo para Plenário, no qual o quórum de 2/3 deve ser atingido para a abertura do processo. PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Crime de responsabilidade Recebimento da denúncia no Senado Presidente é suspenso por 180 dias Não conclusão do processo em 180 dias Presidente da República retorna ao cargo PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Procedimento no Senado Federal: No Senado Federal é formada uma comissão com 21 Senadores e 21 Suplentes. Nesta Comissão haverá um relator que criará um parecer pela admissibilidade ou não da abertura do processo. Tal parecer vai à votação por maioria absoluta dos membros da Comissão. Em seguida, ocorre a votação em Plenário para a admissibilidade, o que é feito por maioria absoluta dos membros do Senado Federal. Se for arquivado, o processo é arquivado. Se for aceito, o Presidente é suspenso por 180 dias ante a instauração do processo. Neste momento, começam os interrogatórios e a apresentação das provas. Um novo parecer é criado e votado no âmbito da Comissão. PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Independentemente do parecer, o processo vai à Plenário onde uma nova votação é feita. Nesta votação, os Senadores se manifestam no sentido de ser procedente, ou não, a acusação. Se a votação for no sentido de inexistência de fundamento, o Presidente reassume e o processo é arquivado. Se a votação for no sentido de se admitir a acusação, há uma nova votação no Senado para decidir se a acusação é procedente ou não. Em caso negativo, arquiva-se. Em caso Com o parecer finalizado, há uma votação na própria Comissão, a qual se dá por maioria absoluta dos votos. PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Crime de responsabilidade Penas Perda do Cargo + Inabilitação para função pública por 8 anos (2/3) PODER EXECUTIVO Responsabilidade do Presidente da República Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 1. Crimes Comuns 1.1.Crimes comuns: Tribunal de Justiça (Art. 29, X – crimes sujeitos à justiça comum). 1.2.Crimes comuns de outras naturezes: competência do respectivo tribunal de segundo grau (Tribunal Regional Federal - TRF, Tribunal Regional Eleitoral - TRE). RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 2. Crimes de Responsabilidade 2.1.Crimes de responsabilidade “próprios”: infrações político-administrativas julgadas pela Câmara de Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato, nos termos do art. 4º do Decreto-Lei 201/1967. Art. 4º São infrações político-administrativas dos Prefeitos Municipais sujeitas ao julgamento pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato: RESPONSABILIDADE DO PREFEITO I - Impedir o funcionamento regular da Câmara; II - Impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam constar dos arquivos da Prefeitura, bem como a verificação de obras e serviços municipais, por comissão de investigação da Câmara ou auditoria, regularmente instituída; III - Desatender, sem motivo justo, as convocações ou os pedidos de informações da Câmara, quando feitos a tempo e em forma regular; IV - Retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essa formalidade; RESPONSABILIDADE DO PREFEITO V - Deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo, e em forma regular, a proposta orçamentária; VI - Descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro, VII - Praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na sua prática; VIII - Omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município sujeito à administração da Prefeitura; RESPONSABILIDADE DO PREFEITO IX - Ausentar-se do Município, por tempo superior ao permitido em lei, ou afastar-se da Prefeitura, sem autorização da Câmara dos Vereadores; X - Proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo. RESPONSABILIDADE DO PREFEITO Art. 5º O processo de cassação do mandato do Prefeito pela Câmara, por infrações definidas no artigo anterior, obedecerá ao seguinte rito, se outro não for estabelecido pela legislação do Estado respectivo: I - A denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer eleitor, com a exposição dos fatos e a indicação das provas. Se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre a denúncia e de integrar a Comissão processante, podendo, todavia, praticar todos os atos de acusação. Se o denunciante for o Presidente da RESPONSABILIDADE DO PREFEITO Câmara, passará a Presidência ao substituto legal, para os atos do processo, e só votará se necessário para completar o quorum de julgamento. Será convocado o suplente do Vereador impedido de votar, o qual não poderá integrar a Comissão processante. RESPONSABILIDADE DO PREFEITO II - De posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira sessão, determinará sua leitura e consultará a Câmara sobre o seu recebimento. Decidido o recebimento, pelo voto da maioria dos presentes, na mesma sessão será constituída a Comissão processante, com três Vereadores sorteados entre os desimpedidos, os quais elegerão, desde logo, o Presidente e o Relator. RESPONSABILIDADE DO PREFEITO III - Recebendo o processo, o Presidente da Comissão iniciará os trabalhos, dentro em cinco dias, notificando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia e documentos que a instruírem, para que, no prazo de dez dias, apresente defesa prévia, por escrito, indique as provas que pretender produzir e arrole testemunhas, até o máximo de dez. Se estiver ausente do Município, a notificação far-se-á por edital, publicado duas vezes, no órgão oficial, com intervalo de três dias, pelo menos, contado RESPONSABILIDADE DO PREFEITO oprazo da primeira publicação. Decorrido o prazo de defesa, a Comissão processante emitirá parecer dentro em cinco dias, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia, o qual, neste caso, será submetido ao Plenário. Se a Comissão opinar pelo prosseguimento, o Presidente designará desde logo, o início da instrução, e determinará os atos, diligências e audiências que se fizerem necessários, para o depoimento do denunciado e inquirição das testemunhas. RESPONSABILIDADE DO PREFEITO IV - O denunciado deverá ser intimado de todos os atos do processo, pessoalmente, ou na pessoa de seu procurador, com a antecedência, pelo menos, de vinte e quatro horas, sendo lhe permitido assistir as diligências e audiências, bem como formular perguntas e reperguntas às testemunhas e requerer o que for de interesse da defesa. RESPONSABILIDADE DO PREFEITO V – concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões escritas, no prazo de 5 (cinco) dias, e, após, a Comissão processante emitirá parecer final, pela procedência ou improcedência da acusação, e solicitará ao Presidente da Câmara a convocação de sessão para julgamento. Na sessão de julgamento, serão lidas as peças requeridas por qualquer dos Vereadores e pelos denunciados, e, a seguir, os que desejarem poderão manifestar- se verbalmente, pelo tempo máximo de 15 (quinze) minutos cada um, e, ao final, o RESPONSABILIDADE DO PREFEITO denunciado, ou seu procurador, terá o prazo máximo de 2 (duas) horas para produzir sua defesa oral; (Redação dada pela Lei nº 11.966, de 2009). RESPONSABILIDADE DO PREFEITO VI - Concluída a defesa, proceder-se-á a tantas votações nominais, quantas forem as infrações articuladas na denúncia. Considerar-se-á afastado, definitivamente, do cargo, o denunciado que for declarado pelo voto de dois terços, pelo menos, dos membros da Câmara, em curso de qualquer das infrações especificadas na denúncia. Concluído o julgamento, o Presidente da Câmara proclamará imediatamente o resultado e fará lavrar ata que consigne a votação nominal sobre cada infração, e, se houver condenação, expedirá o competente RESPONSABILIDADE DO PREFEITO decreto legislativo de cassação do mandato de Prefeito. Se o resultado da votação for absolutório, o Presidente determinará o arquivamento do processo. Em qualquer dos casos, o Presidente da Câmara comunicará à Justiça Eleitoral o resultado. VII - O processo, a que se refere este artigo, deverá estar concluído dentro em noventa dias, contados da data em que se efetivar a notificação do acusado. Transcorrido o prazo sem o julgamento, o processo será arquivado, sem prejuízo de nova denúncia ainda que sobre os mesmos fatos. RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 2.2. Crimes de responsabilidade “impróprios”: crimes de responsabilidade julgados pelo TJ e sancionados com penas comuns (detenção ou reclusão), nos termos do art. 1º do Decreto-Lei 201/1967): Art. 1º São crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara dos Vereadores: I - apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio ou alheio; RESPONSABILIDADE DO PREFEITO Il - utilizar-se, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, de bens, rendas ou serviços públicos; Ill - desviar, ou aplicar indevidamente, rendas ou verbas públicas; IV - empregar subvenções, auxílios, empréstimos ou recursos de qualquer natureza, em desacordo com os planos ou programas a que se destinam; V - ordenar ou efetuar despesas não autorizadas por lei, ou realizá-Ias em desacordo com as normas financeiras pertinentes; RESPONSABILIDADE DO PREFEITO VI - deixar de prestar contas anuais da administração financeira do Município a Câmara de Vereadores, ou ao órgão que a Constituição do Estado indicar, nos prazos e condições estabelecidos; VII - Deixar de prestar contas, no devido tempo, ao órgão competente, da aplicação de recursos, empréstimos subvenções ou auxílios internos ou externos, recebidos a qualquer titulo; VIII - Contrair empréstimo, emitir apólices, ou obrigar o Município por títulos de crédito, sem autorização da Câmara, ou em desacordo com a lei; RESPONSABILIDADE DO PREFEITO IX - Conceder empréstimo, auxílios ou subvenções sem autorização da Câmara, ou em desacordo com a lei; X - Alienar ou onerar bens imóveis, ou rendas municipais, sem autorização da Câmara, ou em desacordo com a lei; XI - Adquirir bens, ou realizar serviços e obras, sem concorrência ou coleta de preços, nos casos exigidos em lei; XII - Antecipar ou inverter a ordem de pagamento a credores do Município, sem vantagem para o erário; RESPONSABILIDADE DO PREFEITO XIII - Nomear, admitir ou designar servidor, contra expressa disposição de lei; XIV - Negar execução a lei federal, estadual ou municipal, ou deixar de cumprir ordem judicial, sem dar o motivo da recusa ou da impossibilidade, por escrito, à autoridade competente; XV - Deixar de fornecer certidões de atos ou contratos municipais, dentro do prazo estabelecido em lei. RESPONSABILIDADE DO PREFEITO XVI – deixar de ordenar a redução do montante da dívida consolidada, nos prazos estabelecidos em lei, quando o montante ultrapassar o valor resultante da aplicação do limite máximo fixado pelo Senado Federal; (Incluído pela Lei 10.028, de 2000) XVII – ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal, sem fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional ou com inobservância de prescrição legal; (Incluído pela Lei 10.028, de 2000) RESPONSABILIDADE DO PREFEITO XVIII – deixar de promover ou de ordenar, na forma da lei, o cancelamento, a amortização ou a constituição de reserva para anular os efeitos de operação de crédito realizada com inobservância de limite, condição ou montante estabelecido em lei; (Incluído pela Lei 10.028, de 2000) XIX – deixar de promover ou de ordenar a liquidação integral de operação de crédito por antecipação de receita orçamentária, inclusive os respectivos juros e demais encargos, até o encerramento do exercício financeiro; (Incluído pela Lei 10.028, de 2000) RESPONSABILIDADE DO PREFEITO XX – ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a realização de operação de crédito com qualquer um dos demais entes da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que na forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente; (Incluído pela Lei 10.028, de 2000) XXI – captar recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido; (Incluído pela Lei 10.028, de 2000) RESPONSABILIDADE DO PREFEITO XXII – ordenar ou autorizar a destinação de recursos provenientes da emissão de títulos para finalidade diversa da prevista na lei que a autorizou; (Incluído pela Lei 10.028, de 2000) XXIII – realizar ou receber transferência voluntária em desacordo com limite ou condição estabelecida em lei. (Incluído pela Lei 10.028, de 2000) 1º Os crimes definidos nêste artigo são de ação pública, punidos os dos itens I e II, com a pena de reclusão, de dois a doze anos, e os demais, com a pena de detenção, de três meses a três anos. RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 2º A condenação definitiva em qualquer dos crimes definidosneste artigo, acarreta a perda de cargo e a inabilitação, pelo prazo de cinco anos, para o exercício de cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação, sem prejuízo da reparação civil do dano causado ao patrimônio público ou particular. RESPONSABILIDADE DO VEREADOR Art. 7º A Câmara poderá cassar o mandato de Vereador, quando: I - Utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa; II - Fixar residência fora do Município; III - Proceder de modo incompatível com a dignidade, da Câmara ou faltar com o decoro na sua conduta pública. 1º O processo de cassação de mandato de Vereador é, no que couber, o estabelecido no art. 5º deste decreto-lei.
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