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Classe hospitalar projeto

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Rua Basílio da Gama, 6/8 - 40.110-040 - Salvador-Ba. 
Tel. 0XX71. 3283.7968. Fax 0XX71. 32837964, e-mail: - pibic@ufba.br 
PIBIC
UFBA
 
Universidade Federal da Bahia 
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação 
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica 
Projeto de Pesquisa do Orientador 
 
Título do 
Projeto 
 
Produzindo conhecimento para a escolarização e o lazer adaptados 
na classe hospitalar do HUPES 
Nome do 
Orientador 
 
ALESSANDRA SANTANA SOARES E BARROS 
Grupo de 
Pesquisa 
(opcional) 
 
Educação de Pessoas Hospitalizadas e/ou doentes crônicas 
http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0291708PZT3AKV
Palavras 
Chave 
(até 3) 
educação especial; escolarização em hospitais; recreação e lazer 
Edital 
 
EDITAL PIBIC/UFBA 01/2009 
 
 
1. Objetivos e Justificativa 
 
A Classe Hospitalar é uma modalidade de atendimento prestada a crianças e adolescentes enfermos, internados em 
hospitais. Parte-se do reconhecimento de que esses jovens pacientes vivem sob risco de fracasso escolar e exclusão 
(1). Nos termos da política de atenção à diversidade do MEC, crianças e adolescentes hospitalizados são portadores 
de necessidades especiais. Assim, a resolução nº 41/95 do CONANDA, garantiu para esta parcela da população, o 
"direito a desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde e acompanhamento do 
currículum escolar, durante sua permanência hospitalar"(2). Além dessa referência legal, a resolução CNE/CEB, n. 
02/2001 que instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, também contemplou a 
categoria de atendimento Classe Hospitalar nas ações pretendidas pelo Ministério da Educação (3). Um mapeamento 
nacional feito pela UERJ mostra que o país conta hoje com classes em mais de 100 hospitais (4). Muitos destes 
estabelecimentos são Hospitais Universitários. A cidade de Salvador conta com classes hospitalares distribuídas em 
cerca de dez hospitais. Uma delas está no Hospital das Clínicas da UFBA, Centro Pediátrico Professor Hosannah de 
Oliveira – CPPHO, do complexo HUPES, ali mantida de 20002 a 2008 através da cessão de professores da Prefeitura 
de Salvador. 
 
A gestão desta Classe Hospitalar foi recentemente designada à Faculdade de Educação da UFBA que, através do 
Grupo de Estudos sobre Inclusão e Necessidades Especiais – GEINE e do Centro de Estudos sobre Recreação, 
Escolarização e Lazer em Enfermarias Pediátricas (www.cerelepe.faced.ufba.br) assumiu o compromisso de 
reestruturá-la do ponto de vista de suas práticas e projeto pedagógico. Neste contexto de reestruturação, a 
FACED vem mantendo na Classe Hospitalar do HUPES duas bolsistas de extensão do Programa PERMANECER, na 
condição de estagiárias de docência, uma bolsista PIBIC, e duas orientandas de mestrado bolsistas da CAPES, 
realizando a preceptoria das estagiárias e a coleta de dados para suas pesquisas de pós-graduação. 
 
 
 
Rua Basílio da Gama, 6/8 - 40.110-040 - Salvador-Ba. 
Tel. 0XX71. 3283.7968. Fax 0XX71. 32837964, e-mail: - pibic@ufba.br 
Esta Classe Hospitalar do CPPHO adotou ao alongo da gestão anterior (2002-2008) uma sistemática de trabalho que 
privilegiou o acompanhamento curricular dos programas das escolas de origem em detrimento da oferta de 
atividades de recreação e lazer. Assim o fez, por sua vez, sem o necessário investimento em diagnósticos 
psicopedagógicos que norteassem as práticas de ensino. Inexistiu um projeto político-pedagógico que contemplasse, 
verdadeiramente, o perfil sócio-educativo da clientela das enfermarias e as atividades de recreação e lazer, além de 
secundarizadas, eram empreendidas de modo espontaneísta e carente de reflexão teórico-conceitual. 
 
Desse modo, os objetivos da pesquisa cujo projeto é aqui apresentado são: 
 
 - produzir conhecimento que instrumentalize - no contexto da Classe Hospitalar – a tomada de decisões para um 
empreendimento mais adequado das práticas de ensino em alfabetização e letramento de crianças hospitalizadas ou 
doente crônicas; 
 
- prover aos professores da classe hospitalar do HUPES (atuais bolsistas de extensão e futuros profissionais de 
educação contratados) informações que permitam intervenções melhor focadas nas possibilidades verdadeiramente 
estimuladoras de jogos, brincadeiras e atividades rítmicas e expressivas, para além daquelas fundadas na percepção 
de senso comum acerca da recreação e do lazer. 
 
A pesquisa se justifica porque seus achados possibilitarão aos professores da classe hospitalar do HUPES circunstanciar 
sua prática pedagógica e a respectiva filiação teórica, de modo que possam refleti-la criticamente e não apenas 
reproduzir modelos prévia e arbitrariamente orientados. 
 
 
2. Metodologia 
Para produzir conhecimento que instrumentalize as práticas de ensino em alfabetização e letramento na Classe 
Hospitalar avaliaremos o desempenho de uma amostra de crianças hospitalizadas quando submetidas aos exames do 
Provinha Brasil. A Provinha Brasil se caracteriza como um instrumento de avaliação que tem por objetivo possibilitar a 
realização de um diagnóstico do nível de alfabetização das crianças das redes públicas de ensino após um ano de 
escolaridade. 
Esta amostra de crianças será escolhida a partir das suas freqüências à Classe Hospitalar do Hospital das 
Clínicas da Universidade Federal da Bahia, localizada no Centro Pediátrico Professor Hosanah de Oliveira 
– CPPHO do Complexo HUPES. Serão escolhidas crianças de idades entre 6 e 8 anos e cujas durações das 
internações forem superiores a 30 dias ou cujas internações se repetiram ao longo do ano por mais de 3 vezes. 
 
Os escores das crianças hospitalizadas serão cotejados aos resultados obtidos por crianças não hospitalizadas, de 
mesma idade ou tempo de escolarização no ensino regular. Serão tratados estatisticamente na busca de coeficientes 
de correlação. 
 
Para produzir subsídios teóricos para o empreendimento mais adequado de práticas de lazer e recreação na Classe 
Hospitalar do HUPES, se empregará uma metodologia mais qualitativa, qual seja aquela fundamentada na imersão 
etnográfica do pesquisador no cotidiano da enfermaria pediátrica. Os registros de diário de campo situarão variáveis 
como utilização do tempo e do espaço pelas rotinas hospitalares, qualidade das interações, do ponto de vista das 
hierarquias de poder entre os profissionais de saúde e os de educação, qualidade da relação entre crianças umas com 
as outras e com acompanhantes e profissionais. Este panorama situacional será desenhado segundo os princípios 
teórico-metodólogicos da Antropologia Médica e servirá de substrato para a elaboração – nos moldes de 
propostas-piloto – das atividades de jogos e brincadeiras adaptadas, que serão posteriormente julgadas em sua 
adesão pelo opinamento das próprias crianças e adolescentes hospitalizados. 
 
 
 
3. Viabilidade e Financiamento 
 
 
Rua Basílio da Gama, 6/8 - 40.110-040 - Salvador-Ba. 
Tel. 0XX71. 3283.7968. Fax 0XX71. 32837964, e-mail: - pibic@ufba.br 
A viabilidade para execução da pesquisa proposta está dada, em parte, pela disponibilização de um espaço de 
trabalho na Faculdade de Educação da UFBA, que dispõe de segurança, equipamentos, mobiliário, luz, telefone, 
acesso internet banda larga e wireless. Neste espaço está instalada uma estrutura de suporte - logístico e intelectual - 
de um centro de estudos dirigido pela pesquisadora proponente do projeto ora apresentado. Este centro de 
pesquisa e documentação, cujas atividades podem ser virtualmente acessadas no endereço 
www.cerelepe.faced.ufba.br, é voltado para o estudo da escolarização em ambiente hospitalar e para o estudo da 
reinclusão escolar de crianças e adolescentes doentes crônicos e/ou submetidos a hospitalizações prolongadas. O 
Centro reúne e organiza documentos e materiais diversos – impressose digitalizados e, assim, mantém um acervo de 
livros, periódicos, separatas, filmes, documentários, revistas. Neste sentido, difunde nova informação e compartilha 
aquela já existente na rede. Além disso, o referido Centro de Estudos oferta, periodicamente, cursos de capacitação 
voltados à comunidade externa. Mas, acima de tudo, produz conhecimento, por exemplo, sobre a aprendizagem da 
criança hospitalizada, sobre métodos e técnicas de ensino no ambiente adverso do hospital, sobre a formação de 
profissionais de educação para esse ambiente, sobre a receptividade dos hospitais a esse trabalho. Tais investigações, 
desse modo, já resultaram em dois artigos publicados em revistas qualificadas, em três monografias de conclusão de 
curso, no trabalho de pesquisa de uma bolsista PIBIC, na orientação – em curso - de três dissertações de mestrado e 
em consultorias para implantação de serviços de escolarização em ambientes hospitalares. Este Centro de Estudos 
corresponde ao Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq, denominado “Educação de Pessoas Hospitalizadas e/ou 
doentes crônicas” (http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0291708PZT3AKV) 
 
4. Resultados e impactos esperados 
 
 
Considerando a vocação de ensino e formação de um hospital universitário bem como recomendações recentes do 
MEC/MS de maior comprometimento dos hospitais-escola com outros cursos superiores, a classe hospitalar do 
CPPHO esta sendo explorada como campo de estágio pelo o curso de Pedagogia. Tal iniciativa foi favorecida a partir 
do Programa PERMANECER, da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil da UFBA, de sorte que, pelos próximos dozes 
meses, ali estarão estagiando duas alunas bolsistas da Faculdade de Educação. Logo, esta investigação proporcionará 
não somente a sustentabilidade deste, e dos próximos estágios curriculares demandados pela FACED, como também 
consolidará a problematização de um campo de pesquisa empírica, neste caso igualmente produtivo para os 
mestrandos e doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Educação. O estreitamento entre os saberes da 
educação e da saúde, produziria, no médio prazo, profícuo trânsito de conhecimentos a serem aplicados em favor da 
melhor adesão de crianças e adolescentes, por exemplo, a dietas balanceadas, a prescrições alimentares específicas, a 
programas de redução de peso, bem como, em favor da adequação nutricional e de custos dos cardápios nas escolas 
e ao adequado encaminhamento de programas de segurança alimentar, dirigidos a crianças e adolescentes em idade 
escolar. Tal medida não apenas favoreceria a sustentabilidade dos programas de Educação em Saúde do HUPES, 
como colocaria o hospital das clínicas da UFBA em sintonia com muitos outros hospitais universitários que ofertam a 
modalidade de atenção Classe Hospitalar, dentre os serviços prestados. 
 
 
 
 
5. Cronograma de execução 
 
• Submissão do projeto ao Comitê de ética em Pesquisa do HUPES. (agosto a outubro de 2009) 
 
• levantamento de literatura: acessar artigos de periódicos ainda não considerados na bibliografia 
do projeto(agosto a setembro/2009) 
 
• levantamento, junto ao INEP, de informações de rendimento e escores obtidos pelas escolas 
municipais de Salvador no Provinha Brasil. (julho a setembro/2008) 
 
 
Rua Basílio da Gama, 6/8 - 40.110-040 - Salvador-Ba. 
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• imersão etnográfica dos bolsistas no ambiente hospitalar da enfermaria pediátrica. 
(setembro a dezembro de 2009) 
 
• Solicitação à Secretaria Municipal de Educação das versões 2008 e 2009 dos testes do 
programa Provinha Brasil. (outubro de 2008) 
 
• Estudo exploratório dos estudos do INEP: apreciação panorâmica para eventual proposição de 
outras variáveis porventura não previstas no estudo ( novembro de 2008) 
 
• Participação do bolsista em reuniões periódicas: ler e debater a bibliografia selecionada, propor 
ajustes ao andamento do projeto junto à equipe (julho/2009 a julho/2010) 
 
• Seleção da amostra de crianças às quais se aplicará a Provinha Brasil (dezembro de 2008 e 
janeiro de 2009) 
 
• Seleção dos jogos, brincadeiras e atividades expressivas que serão adaptadas (dezembro de 
2009 e janeiro de 2010) 
 
• Aplicação dos jogos e brincadeiras adaptados (fevereiro a abril de 2010) 
 
• Realização de entrevistas com crianças, acompanhantes e profissionais de saúde( março a 
abril 2010) 
 
• Seleção das amostras de escolas regulares cujos desempenhos no Provinha Brasil serão 
cotejados àquele da classe hospitalar 
 
• Tratamento estatístico dos scores na Provinha obtidos pelas crianças da amostra ( fevereiro e 
março 2009) 
 
• Apresentação piloto dos resultados preliminares ( abril de 2009) 
 
• Confecção do relatório final: reunir os resultados e elaborar textos que subsidiarão os artigos 
futuros de divulgação em periódicos da área de educação especial e de saúde do escolar (julho de 
2009) 
 
 
6. Referências bibliográficas (máximo de 10 referências) 
 
 
1. FONTES, R. S.. Educación hospitalaria: un recurso frente al regazo escolar. Revista 
Latinoamericana de Estudios Educativos. Centro de Estudios Educativos. Distrito Federal, 
México. 2003; 23(1): 151-160. 
2. BRASIL. Direitos da criança e do adolescente hospitalizados. Resolução n.º41, de 13/10/1995. 
Brasília: Imprensa Oficial, 1995. 
3. BRASIL. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Resolução 
CNE/CEB N.2, 11 de setembro de 2001. Diário Oficial da União, seção 1-E, de 14 de setembro de 
2001. p.39-40. Brasília: Imprensa oficial, 2001. 
4. OLIVEIRA, C.; FERNANDES, T.; SOUSA, T. Além da escola: atendimento que inspira cuidados. 
Pátio Revista Pedagógica. Porto Alegre: ArtMed. ano XI, n. 41, fev/abr 2007. p. 52 – 55. 
 
Rua Basílio da Gama, 6/8 - 40.110-040 - Salvador-Ba. 
Tel. 0XX71. 3283.7968. Fax 0XX71. 32837964, e-mail: - pibic@ufba.br 
5. FONSECA, E.S. Implantação e implementação de espaço escolar para crianças hospitalizadas. 
Revista Brasileira de Educação Especial 8 (2): 205-222, 2002. 
6. LIZASOÁIN, O., OCHOA, B. y SOBRINO, A., Los pacientes pediátricos y la pedagogía 
hospitalaria en Europa, Acta Pediátrica Española, 57 (7), pp. 364-372, 1999. 
7. VAZ, A.F.;VIEIRA,C.L.; GONÇALVES, M.C. Educação do corpo e seus limites: possibilidades 
para a Educação Física na classe hospitalar. Movimento, Porto Alegre, v. 1 1, n. l, p.7 1 -87, janeiro/abril 
de 2005 
8. PIRES JUNIOR, H. et all. A perspectiva de profissionais de saúde sobre o atendimento educacional 
em classe hospitalar. Didática, São Paulo, n. 31, p.175-197, 1997. 
9. BITTENCOURT, S. A.; CAMACHO, L. A.B.; LEAL, M. C. O Sistema de Informação Hospitalar 
e sua aplicação na Saúde Coletiva. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(1):19-30, jan, 2006. 
10. NETO, G.V.; MALIK, A. M. Tendências na assistência hospitalar. Ciência & Saúde Coletiva, 
12(4): 825-839, 2007.

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