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Imperfeições em Sólidos Aula 07 Prof. Me. Rodrigo S. Fontoura 2 Tipos de imperfeições • Defeitos pontuais • Defeitos de linha (discordâncias) • Defeitos de interface (grão e maclas) • Defeitos volumétricos (inclusões, precipitados) Discordância Aresta • Envolve um meio - plano extra de átomos; • O vetor de Burger é perpendicular à direção da linha da discordância; • Envolve zonas de tração e compressão. ● O cristal perfeito em (a) é cortado e um meio plano atômico extra é inserido (b); ● A extremidade da parte inferior do plano extra é uma discordância aresta (c); ● O vetor de Burgers b é necessário para fechar um circuito de igual espaçamento atômico ao redor da discordância. Discordância Hélice • Produz distorção na rede devido a tensão de cisalhamento; • O vetor de Burgers é paralelo à direção da linha de discordância. ● O cristal perfeito (a) é cortado e cisalhado em um espaçamento interatômico, (b) e (c); ● A linha ao longo da qual ocorre o cisalhamento é uma discordância em hélice; ● Um vetor de Burgers b é requerido para fechar o circuito de igual espaçamento interatômico ao redor da discordância. Discordância mista 1 . - Linha da discordanc.ia ... - - - --.... ..... Como se observa as discordância • Diretamente microscopia eletrônica de transmissão (MET); • Indiretamente microscopia eletrônica de varredura (MEV) e microscopia óptica (após ataque químico seletivo). DISCORDÂNCIAS NO MET Discordâncias e deformação plástica Considerações Gerais • A quantidade e o movimento das discordâncias podem ser controlados pelo grau de deformação (conformação mecânica) e/ou por tratamentos térmicos; • Com o aumento da temperatura há um aumento na velocidade de deslocamento das discordâncias favorecendo o aniquilamento mútuo das mesmas e formação de discordâncias únicas; • Impurezas tendem a difundir-se e concentrar-se em torno das discordâncias formando uma atmosfera de impurezas. 12 Defeitos Interfaciais 13 Defeitos interfaciais • Envolvem fronteiras (defeitos em duas dimensões) e normalmente separam regiões dos materiais de diferentes estruturas cristalinas ou orientações cristalográficas; • Essas imperfeições incluem: D Superfície externa; D Contorno de grão; D Fronteiras entre fases; D Maclas ou Twins; D Defeitos de empilhamento. 14 Superfícies externas • Um dos contornos mais óbvios é a sup. externa; • Na superfície os átomos não estão ligados ao nº máximo de vizinhos; • Então o estado energético dos átomos na superfície é maior que no interior do cristal; • A energia superficial é expressa em erg/cm2 ou J/m2; • Os materiais tendem a minimizar esta energia, e se possível, a área de sua sup. 15 Contornos de Grão • Corresponde à região que separa dois ou mais cristais de orientações diferentes; • No interior de cada grão todos os átomos estão arranjados segundo um único modelo e única orientação, caracterizada pela célula unitária. 16 Contornos de Grão Os átomos próximos aos contornos (a) não possuem uma distância de equilíbrio ou arranjo definido. Grãos e contornos de grão em uma amostra de aço inoxidável (b). Fonte: Donald R. Askeland; Pradeep P. Phulé - The Science and Engineering of Materials, 4th ed. 17 Contornos de grãos vistos por MO Fonte: material Profa. Eleani Maria da Costa DEM/PUCRS 18 Formação do Grão -A forma do grão é controlada: pela presença dos grãos circunvizinhos; -O tamanho de grão é controlado: Composição ou Taxa de cristalização ou solidificação; -Os átomos estão ligados de uma forma menos regular ao longo de um contorno de grãos; -Os contornos de grãos são quimicamente mais reativos do que os grão; -Com freq. os átomos de impurezas situam- se preferencialmente nos contornos. -Os grão crescem em T elevadas p/ diminuir a energia total dos contornos. 19 Contornos de macla (“twin”) Aplicação de tensão em um cristal perfeito (a) pode causar um deslocamento dos átomos, (b) resultando na formação de uma macla. Fonte: Donald R. Askeland; Pradeep P. Phulé - The Science and Engineering of Materials, 4th ed. 20 Contornos de Macla ● É um tipo especial de contorno de grão; ● Existe uma simetria em espelho da rede cristalina; ● As maclas resultam de deslocamento atômicos que são produzidos a partir de: ➢ Forças mecânicas de cisalhamento (maclas de deformação); ● São típicas nos metais de estrutura cristalina CFC. ➢ Tratamentos térmicos de recozimento realizado após deformação (maclas de recozimento). ● São observadas nos metais CCC e HC. 21 Defeitos interfaciais diversos • Falhas de empilhamento: ● São encontrados em metais CFC; ● Interrupção na sequência de empilhamento ABCABC... ● A magnitude da energia interfacial está relacionada ao tipo de contorno e varia de material para material; ● Normalmente, a energia interfacial será maior para superfícies externas. 22 Interfaces (fronteiras entre fases) Exemplos de interfaces: (a) um precipitado não-coerente não possui relação com a estrutura cristalina da matriz metálica; (b) um precipitado coerente se forma de modo a preservar a integridade da rede cristalina. Existe relação entre a estrutura do precipitado e da matriz metálica. 23 Defeitos Volumétricos 24 Defeitos volumétricos • São introduzidas no processamento e fabricação dos materiais; • São eles: ➢ Inclusões - Impurezas estranhas; ➢ Precipitado - são aglomerados de partículas cuja composição difere da matriz; ➢ Fases - forma-se devido à presença de impurezas ou elementos de liga (ocorre quando o limite de solubilidade é ultrapassado); ➢ Porosidade - origina-se devido a presença ou formação de gases. 25 Inclusões INCLUSÕES DE ÓXIDO DE COBRE (Cu2O) EM COBRE DE ALTA PUREZA (99,26%) LAMINADO A FRIO E RECOZIDO A 800 °C. 26 Porosidade COMPACTADO DE PÓ DE FERRO,COMPACTAÇÃO UNIAXIAL EM MATRIZ DE DUPLO EFEITO, A 550 MPa COMPACTADO DE PÓ DE FERRO APÓS SINTERIZAÇÃO A 1150 °C, POR 120min EM ATMOSFERA DE HIDROGÊNIO 27 Exemplo de partículas de segunda fase A MICROESTRUTURA É COMPOSTA POR VEIOS DE GRAFITA SOBRE UMA MATRIZ PERLÍTICA. CADA GRÃO DE PERLITA, POR SUA VEZ, É CONSTITUÍDO POR LAMELAS ALTERNADAS DE DUAS FASES: FERRITA (OU FERRO-A) E CEMENTITA (OU CARBONETO DE FERRO). PRINCÍPIOS DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS Propriedades Mecânicas dos Materiais Prof. Me. Rodrigo S. FontouraProf. Me. Rodrigo S. Fontoura OBJETIVO DA AULA Ao final desta aula, você deverá: 1.Saber o conceito de Tensão; 2.Conhecer a Lei de Hooke; 3.Identificar os esforços atuantes: Tração, Compressão, Cisalhamento, Flexão, Torção e Flambagem; • Tipos de deformações: Elásticas: Os átomos se afastam das posições originais sem ocuparem definitivamente novas posições. O material retorna às suas dimensões originais, quando é cessada o motivo da deformação. Processo de deformação em que a tensão e a deformação são proporcionais. INTRODUÇÃO • Tipos de deformações: Plásticas: Ao retirarmos o esforço, o material não retorna às suas dimensões originais. Suas dimensões originais ficam alteradas após cessar o esforço externo. Processo de deformação em que a tensão e a deformação não são proporcionais. INTRODUÇÃO PROPRIEDADES MECÂNICAS Estudo do comportamento mecânico dos materiais, utilizando o Ensaio de Tração e o Diagrama Tensão x Deformação. Ensaio Tração (Corpo de Prova): Considerando uma barra cilíndrica de área S0 e comprimento L0 submetida a um esforço externo P (uniaxial) na direção de seu eixo principal.PROPRIEDADES MECÂNICAS Ensaio Tração (Corpo de Prova): PROPRIEDADES MECÂNICAS ESFORÇOS DE TRAÇÃO E COMPRESSÃO Tensão é definida pela Carga perpendicular à seção transversal do corpo (N) pela área da seção transversal original. Tensão Deformação Deformação é definida pela diferença de comprimento (final – original) pelo comprimento original. Qual sua unidade??? Para a maioria dos metais submetidos a uma tensão em níveis baixos, a tensão e a deformação são proporcionais entre si. Essa relação é conhecida como Lei de Hooke. A constante de proporcionalidade entre tensão e deformação denomina-se módulo de elasticidade ou módulo de Young. S.I: Pa ou psi. σ ε= Tensão deformação=módulode elásticidade (E ) ELASTICIDADE ELASTICIDADE TIPOS DE ESFORÇOS EXTERNOS Tração; Compressão; Flexão; Torção; Flambagem; Cisalhamento. TIPOS DE ESFORÇOS EXTERNOS Tração:A força atuante tende a provocar um alongamento do elemento na direção da mesma. TIPOS DE ESFORÇOS EXTERNOS Compressão: pressão exercida por uma força sobre um corpo, tendendo a aproximar as partes que o compõem ou o efeito de reduzir o volume de uma substância por meio de pressão. TIPOS DE ESFORÇOS EXTERNOS Flexão: A força atuante provoca uma deformação do eixo perpendicular à mesma. TIPOS DE ESFORÇOS EXTERNOS Torção: Forças atuam em um plano perpendicular ao eixo e cada seção transversal tende a girar em relação às outras. TIPOS DE ESFORÇOS EXTERNOS Flambagem: É um esforço de compressão em uma barra de seção transversal pequena em relação ao comprimento, que tende a produzir uma curvatura na barra. TIPOS DE ESFORÇOS EXTERNOS Cisalhamento: Forças atuantes tendem a produzir um efeito de corte, isto é, um deslocamento linear entre seções transversais. Um cilindro de alumínio com comprimento de 300mm é puxado em tração com tensão de 280 MPa. Se a deformação é inteiramente elástica, qual será o alongamento resultante? Dados: Módulo de elasticidade do alumínio = 69 GPa Exercício 47 Bibliografia Callister Jr., W. D. Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução. LTC, 5ed., cap 3, 2002. Notas de aula da Profª. Dra. Daniela Becker Slide 1 Tipos de imperfeições Discordância Aresta Slide 4 Discordância Hélice Slide 6 Discordância mista Como se observa as discordância DISCORDÂNCIAS NO TEM Discordâncias e deformação plástica Considerações Gerais Defeitos Interfaciais Defeitos interfaciais Superfícies externas Contornos de Grão Contornos de Grão Slide 17 Formação do Grão Contornos de macla (“twin”) As maclas resultam de deslocamentos Defeitos interfaciais diversos Interfaces (fronteiras entre fases) Defeitos Volumétricos Defeitos volumétricos Inclusões Porosidade Exemplo de partículas de segunda fase Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Bibliografia
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