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Liivro O Paradgma do Éden

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O PARADIGMA DO ÉDEN 
 
 
Davi Araujo
              1                
 
 
 
Apresentação 
 
O livro “O Paradigma do Éden” é 
destinado especificamente a cristãos, 
porém não ficara restrito a dogmas e 
linguagens teológicas, o intuito é uma 
linguagem bem abrangente e não permitir 
que o leitor discirna religião e crença no 
livro, mas simplesmente o despertar de 
uma curiosidade, e uma quebra de 
paradigmas em relação á existencialidade 
da vida humana. Fazendo o leitor refletir e 
meditar a respeito de si mesmo e dos 
processos evolutivos do homem/sociedade 
e Deus/religião. 
Quero revelar ao leitor a ideia supérflua 
do Deus feito à imagem e semelhança do 
              2                
 
 
homem, desconfigurando a existência de 
um Deus segundo os processos naturais 
da nossa vida, deixando claro que "Deus 
não existe", pois o que existe é aquele que 
nunca existiu, mas passou a existir, Logo 
Deus não pode existir, pois seu reino é 
eterno e sua realidade de vida sempre 
esteve presente, "Ele É", e toda existência 
passa a existir dele, que é o grande "Eu 
Sou", simplesmente por que "ELE É O 
QUE É". 
 
Falarei sobre a instalação da teoria no 
paraíso, primeiramente como "fruto" e 
depois como desejo e curiosidade do 
oculto, e da possibilidade de uma nova 
consciência de existência através de um 
novo EU, sem os fundamentos do BEM 
como a verdade e o meu existir absoluto. 
Taxando um paradigma supremo pós-
expulsão do Éden. A saber, “A morte". 
              3                
 
 
 
Chegaremos à revelação total da obra “O 
paradigma do Éden", trataremos juntos os 
paradoxos supremos da existencialidade, 
morrer para viver, a morte que salta para 
vida, para quem crê é poder de Deus mais 
para outros é loucura. 
Falarei sobre a morte, não mais como um 
paradigma inquebrável como é para o 
homem/sociedade, mas agora na 
perspectiva de Jesus “O Homem que 
matou a morte". 
 
 
 
 
 
 
              4                
 
 
 
 Sumário 
1° Parte: Deus Existe?.......5 
 
 A Teoria............................13 
 O Paraíso..........................19 
 
2° Parte: Pós‐Éden..........22 
 
 A morte...........................26 
 Jesus e Chronos...............30 
 A morte da morte...........37 
 
              5                
 
 
Deus Existe? 
 
Acredite! 
“Deus não existe, e crer na sua existência 
seria no mínimo irracional e ilógico, crer 
que Deus tem vida é uma ignorância sem 
limites, não há como comprovar a 
existência de Deus nem tampouco os fatos 
descritos na bíblia, fazer tal façanha só 
nos leva aos debates chulos e as 
guerrinhas inúteis que propagam o ódio e 
desmoralizam a fé e a ciência”. 
Na leitura reflexiva do texto veremos que 
realmente Deus não existe, e vamos 
compreender que nem os gnósticos e nem 
os agnósticos conseguirão comprovar suas 
teses, pois essa se trata de algo muito além 
do conhecimento humano e da nossa 
              6                
 
 
ciência rasa, em relação aos processos da 
vida e existência do ser. 
Por que Deus não existe 
Deus não existe simplesmente por que ele 
“É”, ele não tem vida por que ele é a Vida. 
Como certo feito Deus se manifestou a 
Moises, quando este perguntou ao Senhor: 
Quem eu vou dizer que me enviou? E 
Deus o respondeu: ”O EU SOU”. Deus 
estava dizendo a Moisés que ele estava 
fora daquele conhecimento humano de 
existência, e se denominou como um EU 
não pertencente a essa atmosfera 
temporal humana, mas se promove como 
um ser superior ao qual se torna para o 
homem inatendível e incompreensível. 
Ora, não se pode falar que Deus existe, 
pois só existe quem um dia não existiu e 
passou a existir, dessa forma é ilógico 
              7                
 
 
dizermos que Deus existe, pois o que 
existe é o que dele foi criado, ele é a 
essência, a semente de todo viver, toda 
existência esta limitada a sua palavra e 
dele jorra todas as fontes de existências 
imagináveis e inimagináveis. 
Em Deus estão todos os processos 
evolutivos da natureza e da humanidade, 
ele sustenta todas as suas criações através 
dele mesmo, pois Deus é a matriz, a fonte 
de vida e existência que sustenta a criação, 
O seu espírito é a fonte de energia e fôlego 
de vida que sopra em tudo que existe e 
passa a ter vida. 
Não se pode comprovar sua existência 
Não existem métodos humanos que 
comprovem a Deus, pois Deus não se é 
comprovado por meio da ciência nem 
tampouco pela bíblia, tais aparatos servem 
              8                
 
 
somente como testemunhos de suas 
próprias teses, mas que se usadas para 
tentar lambiscar suas ideias, se tornam 
simplesmente em bizarrices antagônicas. 
Com a ciência o que se pode provar são os 
processos dessa vida e desse mundo, ela é 
capaz de destrinchar nossas historias, 
processos da sociedade, a lógica desse 
espaço/tempo, os processos de evolução 
da natureza e do homem, e muito mais, e 
sim, a maioria deles não crerão, pois eles 
estão certo nesse ponto de vista, Deus 
realmente não existe, enquanto sua fonte 
de busca para crer em um Deus se 
embasar em uma mísera vida existente 
como a minha e a sua, vão morrer com 
esta convicção ilusória de uma ciência 
restrita ao homem e ao seu modelo de vida 
terrena. 
              9                
 
 
Da mesma forma, a bíblia, não comprova 
a existência de Deus, pois ele mesmo não 
se coloca nessa condição, e nem a bíblia 
faz questão de provar e destrinchar tais 
processos sobre a existência de Deus, a 
bíblia não debate assuntos, ela somente 
afirma que ELE É O QUE É. 
Qualquer metodologia e conceito de 
ideias, mesmo que ainda faça sentido fica 
longe de realmente compreendermos 
quem é Deus, O que sabemos de Deus é o 
que foi revelado em Jesus, e no que se 
refere a Jesus, Deus e os homens, são as 
revelações dessa vida, tratasse do plano 
terreno de salvação do homem. 
Enfim chegamos a uma conclusão de que 
Deus não existe, Deus É Deus não tem 
vida, ele é fonte de VIDA, Deus é 
inimaginável, inatendível, 
incompreensível, suas ciências são 
              10                
 
 
inacessíveis a minha intelectualidade, são 
insuportáveis aos meus pensamentos e 
minhas interpretações de vida, ele é o que 
É ele é Deus, ele é espírito. 
Como crer que Deus é real? 
Deus se torna Real em nossas vidas 
quando eu experimento e coloco em 
pratica seus ensinamentos, quando eu 
pratico o amor ao próximo, e as 
experiências dessas ações permite que 
Deus invada os porões da minha alma e da 
minha consciência, Deus só pode ser 
comprovado individualmente naquele que 
vive a experiência do evangelho, logo, 
Deus só pode ser comprovado dentro de 
mim como evidencia se houver uma 
comunicação experimental entre o homem 
e o divino. 
              11                
 
 
Só assim o evangelho gerara frutos no 
meu ser, e minha consciência 
transcendera e crera Deus é real, e assim 
Deus passara a ser verdade lógica e 
absoluta, ao ponto das profundezas do 
meu ser jorrar fontes de águas vivas 
fluentes, essa é a única forma de vermos 
um Deus vivo, quando ele vive em mim, 
fora desse contexto não ha como 
comprovar sua vida. 
Precisamos nos despir das nossas 
interpretações de vida e existência, e 
entendermos por meio do amor que ele 
esta em um nível de interpretação 
absolutamente inacessível ao meu 
intelecto, e acessível ao meu espírito, eu 
conheço a Deus espiritualmente, quando 
eu vivo a experiência do espírito que 
vivifica minha carne e transborda em 
amor, que é a essência de tudo que foi 
              12                
 
 
criado, pois tudo foi criado por amor, e 
tudo o que foi feito e será feito, foi por 
amor,foi pelo seu espírito, para que o 
Deus inexistente existisse em mim, e 
minha vida fosse a sua vida. 
Todas as coisas foram feitas por ele, e 
sem ele nada do que foi feito se fez. 
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos 
homens. 
João 1:3,4 
 
Em Jesus, que é o que É, mas se fez vida 
igual à criação, para que sendo vida nos 
desse a verdadeira vida, e sendo morte se 
revestisse de toda gloria da criação. 
 
 
              13                
 
 
A Teoria 
A teoria do Bem e do Mal 
Todos sabem, que a humanidade em toda 
sua historia reserva dentro de si a 
existência de duas forças, o bem e o mal, 
estamos sujeitos a elas de forma que não 
conseguimos controlar tais ações em 
determinadas situações. O bem é algo 
mais racional, tem que ser algo pensado e 
meditado, dificilmente alguém faz o bem 
sem antes uma analise do beneficiado, ao 
contrario do mal, o mal geralmente está 
presente nas ações involuntárias, diante 
de uma circunstância que meche com os 
nossos dogmas intrínsecos, gera-se então 
nas entranhas da sociedade a “Teoria do 
bem e do mal”. 
 
              14                
 
 
O Principio do bem e do mal 
Faremos uma breve reflexão da existência 
desta realidade que assombra desde os 
humanos contemporâneos quanto aos 
primórdios. Essa tese não nasce com o 
homem, no homem ela somente se 
multiplica. 
Como base dessa reflexão, precisamos 
compreender que essa teoria nasceu com 
os anjos no céu, para ilustrar e forçar o 
nosso intelecto a refletir, usarei do livro 
apócrifo de Genesis, achado no Século XX 
aos redores do Mar Morto, juntamente 
com aproximadamente mais 800 
manuscritos, hoje exposto no Museu de 
Israel. lembrando este ser somente um 
subterfúgio para o alavanco de nosso 
pensamento. 
O Apócrifo de Genesis 
              15                
 
 
Nesta ilustração de Genesis repleta de 
poesia e literatura, explica-se que Lúcifer 
foi o primeiro anjo a ser criado por Deus, 
a ele foi dado mais honraria em formosura 
e conhecimento. Após criar a lúcifer Deus 
o mostrou todo o céu e toda beleza 
existente, revelou a ele o conhecimento de 
todo o bem e toda ciência que era boa, e 
alertou ao anjo sobre um pequeno pedaço 
de trevas existente para além das regiões 
celestes, dizendo: “não busque o 
conhecimento existente nas trevas”. 
Depois houve a criação dos outros anjos, 
lúcifer era responsável por ministrar a 
ciência do bem aos anjos e repassar as 
mensagens do soberano. 
Diz o livro oculto que Lúcifer viveu muitas 
eras preservando a ciência do bem e o 
amor ao seu criador, Lúcifer era admirado 
pelos outros anjos por seu conhecimento e 
              16                
 
 
inteligência ao ensinar a teoria de Deus, a 
teoria do bem. 
Certo feito, Lúcifer, em uma de suas 
viagens celestiais avistou de longe os 
territórios obscuros e sentiu curiosidade a 
respeito de que ciência guardava aquele 
lugar, passava-se então frequentemente e 
sempre avistando as trevas foi se 
alimentando do desejo de conhecer a 
ciência escondida nos lugares obscuros. 
A tese do Mal 
Certo dia, Lúcifer já embriagado com o 
desejo daquele conhecimento, decidiu 
verificar o que ali escondia, e dia a dia 
entrava-se no obscurantismo que outrora 
foi alertado por Deus para que o não 
compreendesse. Depois de algum tempo 
de analise e descobrimento da ciência 
escondida, Lúcifer cria a Teoria do Bem e 
              17                
 
 
do mal, julgando em seu intimo ser 
superior a as leis ministradas por Deus, 
que era somente embasada no bem. 
Sintetizando o assunto, Lúcifer ministra 
aos anjos sua teoria, faz muitos deles 
acreditar em seu novo governo, e sua 
teoria “O bem e o mal podem andar 
juntos” a mescla de dois extremos. Lúcifer 
e os anjos levaram a teoria ao soberano, 
Deus ordenou aos que acreditavam no 
novo governo de Lúcifer, que os seguissem 
fora dos estabelecimentos benignos, onde 
só havia espaço para o bem, pois ao lado 
do criador só ficariam os que aceitassem o 
seu governo e sua lei em torno da ciência 
do bem. Assim segundo o livro oculto 
nasceu à teoria do bem e do mal, e 
respectivamente a queda dos primeiros 
anjos. 
              18                
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Paraíso 
              19                
 
 
O mal na humanidade 
Genesis 2:17 ‐  Mas da árvore do 
conhecimento do bem e do mal, dela não 
comerás; porque no dia em que dela 
comeres, certamente morrerás. 
 
Certamente muitos conhecem a historia 
do fruto proibido, o fruto do 
conhecimento, o fruto da “Teoria do bem e 
do mal”, foi com esse pressuposto bíblico 
que nasce na humanidade a maldade 
existente antropologicamente na historia 
da sociedade. Com esse mesmo principio 
identificamos que toda procriação e 
reprodução, que provém do homem, 
sejam ela material ou física é gerado a 
partir do principio desta teoria. Toda 
criação do homem ainda com o intuito do 
bem, tem o tal poder de gerar o mal. 
              20                
 
 
Santos Dumont com o intuito do bem 
criou o avião, mas o intuito do mal o 
utilizou para a guerra, Nossos carros 
devastam o meio ambiente, atualmente 
vemos o auxilio da internet para soluções 
de casos judiciais e minimização do tempo 
para compras, pagamentos etc. Contudo 
vemos o avanço da imoralidade, a 
bestialidade esta a dois cliques, o homem 
esta virtual e menos real. 
O apostolo Paulo em Romanos 7:15;25, 
declara a essência humana como teoria 
benigna e maligna existente no ser, ele 
declara : O bem que desejo fazer não o 
faço, porém o mal que não quero esse 
pratico, logo percebo que com a minha 
consciência sirva a lei de Deus (Teoria do 
bem) e com os meus membros a lei do 
pecado (Teoria do mal). E nos deixa uma 
              21                
 
 
reflexão “Quem me livrará do corpo desta 
morte”? 
Em Romanos 3:10;28, Paulo afirma a 
nossa pulsão ao desejo maldoso, dizendo 
que não há ninguém que busque a Deus, 
não há um justo, não há ninguém que não 
esteja destituído da gloria de Deus, 
exatamente por que em nós habita duas 
essências existentes em curso, de modo 
que ainda que uma delas se sobressaia, 
não tem poder de aniquilar-se uma a 
outra. 
Estamos subjulgados a essência má 
latente em nossas ações e pensamentos, 
todos somos ruins mediante a lei de Deus. 
 
 
              22                
 
 
Pós Éden 
Mediante a lei de Deus, mediante sua 
teoria benigna, é possível sermos 
absolvidos, em vista de nossa consciência 
emaranhada com a tese do bem e do mal? 
ESPERANÇA E INVERSÃO EDÊNICA 
Agora, pois, mediante a lei de Deus, 
mediante sua teoria benigna, é possível 
ser absolvido? 
Do mesmo modo que a escolha da teoria 
do mal estava presente na teoria do bem, 
como representação de duas arvores 
existentes no éden, é possível que a teoria 
do bem esteja presente na teoria do mal 
existente na terra fora do Éden? 
Situação ao qual estamos sujeitos por 
conta da expulsão do Éden! 
              23                
 
 
Ora, a resposta é sim, de modo que no 
Éden o que existia em toda sua maioria 
era a existência do bem, tudo a volta do 
homem era teoria boa, somente no meio 
do jardim havia a arvore da teoria má, era 
necessário um deslocamento ao centro do 
Éden, era um ponto de referencia, não 
havia modo de não saber onde ela estava, 
estava bem ali no centro do Jardim, se o 
homem fosse até La, era por que 
certamente estava convicto daquilo que 
estava a procura. 
No pós-Éden a tipificação é contraria, por 
causa do conhecimento do mal, homem se 
torna mais mal do que bom, deste modo 
toda a terra fica rodeada pela maldade. No 
antítipo de Jesus, Deus ordena que se ergaum tabernáculo, este deveria ficar no 
centro do povo de Israel, fora do Éden 
              24                
 
 
haveria um ponto de busca intencional e 
de escolha. 
Sabemos que este Tabernáculo era a 
representação do Cristo Jesus, morto em 
Jerusalém pela maldade habitante nos 
homens, afim de que fossemos salvos pela 
sua bondade, e fossemos chamados santos 
pelas suas obras, no centro da terra ele 
regou com sangue a semente de Deus aos 
homens. 
No Éden a representação do mal era uma 
arvore no centro Jardim, na terra o bem 
esta representado por Jesus (arvore da 
vida) que morreu no centro do universo, 
não para que eu o busque no centro físico 
de algum lugar terreno, pois ele destruiu o 
templo que era sua tipificação física, e 
chama os homens para que deixemos 
habitar no centro das nossas consciências 
mediante a fé, que ele se fez arvore do 
              25                
 
 
bem, para que eu me alimente dele e 
preserve assim a minha vida eterna, pois 
eu sou bom quando entendo que não sou, 
e sou mal quando acho que sou bom, 
assim é que sou justificado pelo sangue do 
cordeiro. 
 
 
 
 
 
A morte 
              26                
 
 
A morte, Um paradigma gerado no Éden 
 
Não há engano em relação à morte, 
quando nascemos não somos informados 
em relação a nossa eternidade. Pois é, a 
morte chega para todos, e com o discorrer 
da vida experimentamos através da 
realidade presente, a certeza convicta da 
morte instalada em nossas consciências 
como verdade existente. 
 
Ora a morte assombra a humanidade, esta 
é a certeza mais convicta, não sabemos 
quando, onde ou como, mais sabemos que 
um dia chegara a nossa vez. 
Estranhamente a morte tem assombrado 
de forma espantosa aqueles que anunciam 
a vida eterna, um curioso paradoxo. Os 
budistas, hippies; espíritas; ateus; etc. 
Cada qual com sua tese sobre a morte, 
toda via lidam melhor com a pós-morte. 
 
A pós-morte deveria somente gerar o 
sentimento de saudade, e, principalmente 
              27                
 
 
aos cristãos, em vista que a pós-morte será 
julgada por Deus, esta deveria ser apenas 
um ciclo existencial dessa vida e não gerar 
o pânico, e indagações em relação aos 
processos naturais da vida, o “mas Deus” 
não deveria fazer parte de nosso 
vocabulário, pois a morte não gera a Vida? 
 
A Morte na visão do evangelho 
 
Conforme nos falou o apostolo Paulo em 
Hebreus 2:14,15 a morte na visão do 
evangelho é o desencadeamento de todos 
os temores, pois ela é o fim da caminhada 
, ela é quem mantém todo sistema que 
separa os momentos exatos de cada ação a 
ser tomada , tudo embasado na 
expectativa media de vida do homem, 
como por exemplo , pré ; ensino 
fundamental , ensino médio , ensino 
superior , estabilidade profissional , casar 
, ter filhos , aposentar-se ...tudo 
exatamente nesta sequencia , esse é o 
Paradigma criado a partir da morte. 
              28                
 
 
 
Paulo diz que por causa da morte, o medo 
da morte, estávamos sujeito à escravidão, 
aquela mesma morte, morte que foi 
gerada no Éden, através do primeiro 
pecado, O pecado Original como 
Agostinho assim falava, esse pecado 
iniciasse em Genesis 2:16,17 quando 
Deus diz ao homem que se comesse do 
fruto da teoria do bem e do mal 
certamente ele Morreria, ainda sem a 
consciência da morte , e o que ela 
representaria , o homem abriu a porta 
para o maior temor da humanidade. 
 
A primeira morte ainda que desencadeada 
pelo homem, não foi a do mesmo, porém a 
morte de um cordeiro foi necessário para 
vestir ao homem, que agora estaria sujeito 
as suas próprias escolhas, aquele 
cordeirinho inocente seria o antítipo do 
verdadeiro cordeiro que vestiria a 
vergonha humana, a saber, Jesus. Logo 
vemos em Genesis 4, uma outra vertente 
da morte , que não seria a morte natural, 
              29                
 
 
mas através de uma má escolha do 
próximo, nasce em Caim o homicídio, e 
daí em diante a terra gera seus frutos de 
morte conforme Genesis 4:11 , A terra se 
alimentou , a semente da morte foi 
lançada, e ela surgiria de varias formas. 
 
A humanidade então se desenvolve , 
evolui , cresce, mas a morte permanece ali 
presente em todos os séculos, a ciência 
dos povos mais desenvolvidos não 
conseguiu parar a morte. Mas Deus deu 
uma promessa ao Homem ainda no Éden, 
Genesis 3:15 - E porei inimizade 
entre ti e a mulher, e entre a tua 
semente e a sua semente; esta te 
ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o 
calcanhar. 
Jesus e Crhonos 
Crhonos é a definição do tempo 
cronológico e físico, compreendido como 
os anos, os meses, os dias, as horas, os 
              30                
 
 
minutos, os segundos e etc. A ele esta 
sujeita todas as nossas rotinas, por causa 
dele tudo tem sua programação e uma 
data exata para que tal ação aconteça, 
estamos totalmente condicionados a viver 
e pensar através de crhonos, pois ele é 
quem rege as regras da vida, e com ele é 
que conseguimos nos programar em todos 
os sentidos desta vida. 
Não temos controle sobre crhonos, mas 
ele tem controle sobre nós, toda 
humanidade esta sujeito a ele, de modo 
que não conseguimos o controlar, mas nos 
controlamos, para viver melhor nessa 
condição. 
O tempo está passando 
O fato é que o tempo físico esta passando, 
mais só nos apercebemos com decorrer de 
muito tempo, quando olhamos as 
              31                
 
 
lembranças do passado, quando vemos 
aquela foto antiga e dizemos: “Como eu 
estava diferente”. Sim, pois o dia a dia nos 
faz esquecer que estamos sujeitos ao 
tempo. 
A mulher do fluxo de sangue (Marcos 
5:25,34), será nossa referencia para essa 
reflexão, o evangelista Marcos afirma que 
havia uma mulher que padecia muitos 
anos de um fluxo de sangue, já há 12 anos, 
e tinha gastado todo seu dinheiro 
tentando amenizar sua dor e seu 
sentimento de morte que à atingia toda 
vez que via os fluxos sanguíneos intensos 
saindo do seu corpo. Ela sabia que o 
tempo estava passando e ela estava 
morrendo. 
É somente no evangelho de Marcos que à 
afirmativa de que ela “ouviu” falar de 
Jesus, Jesus foi anunciado no tempo e ela 
              32                
 
 
foi ao seu encontro. Aquela mulher 
enfrentou uma multidão e as leis de seu 
povo que a impedia de tocar em qualquer 
pessoa, pois era considerada impura 
diante da lei, enfrentou o cansaço físico 
por conta de sua doença, e foi ao encontro 
de sua cura. 
Aquela mulher foi ao encontro de Jesus 
por um único motivo, ela sabia que o 
tempo estava passando e que ela estava 
morrendo, a sua morte estava visível em 
seu físico que estava lutando contra o 
tempo para sobreviver, seu corpo estava 
se denegrindo aos poucos, ela sabia que 
não tinha mais opção, pois o tempo iria 
buscar o seu corpo tão sofrido e castigado, 
ela enxergava o processo natural da morte 
física se movendo de forma célere. 
crhonos não poupa ninguém! 
Kairós e crhonos (morte) 
              33                
 
 
Marcos 5:34 - E ele lhe disse: Filha, a tua 
fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste 
teu mal. 
 
Nesse momento de Marcos 5:34 ocorre 
um fenômeno inimaginável, ali é o 
encontro do tempo finito com o tempo 
infinito, crhonos e kairós, o transitório e o 
eterno, a “cura” e a “salvação”, é o 
retrocesso da morte e a anunciação da 
vida. 
Jesus não anuncia somente o seu poder 
sobre crhonos , quando ele diz: Sê curada. 
Mais anuncia algo inefável àquela mulher, 
ele diz: A tua fé te salvou. Jesus apresenta 
naquele momento kairós e sua soberania 
sobre os tempos, pois nele tudo acontece 
simultaneamente. Ali estavam em ação 
dois tempos diferentes, um é crhonos ao 
qual estou condicionado por conta do34                
 
 
pecado, é a morte e seus processos 
corpóreos e emocionais, o outro é o tempo 
espiritual ao qual sou condicionado 
somente por Jesus, que me leva ao 
ajuizamento da minha salvação por meio 
da fé. 
A cura é a representação do tempo 
crhonos, e a salvação a representação do 
tempo kairós, quando o tempo de Deus se 
manifesta em mim, sou liberto do 
esmagamento do tempo e espaço, e fico 
livre para viver a eternidade. 
Quem recebe a salvação, é transferido 
para o tempo kairós e não esta mais nas 
mãos de crhonos, não esta mais esmagada 
nesse mundo, não esta mais limitada ao 
tempo/espaço, mas habita junto ao Pai. 
Efésios 2:4-6 - Mas Deus, que é 
riquíssimo em misericórdia, pelo seu 
              35                
 
 
muito amor com que nos amou, 
Estando nós ainda mortos em nossas 
ofensas, nos vivificou juntamente com 
Cristo (pela graça sois salvos), E nos 
ressuscitou juntamente com ele e nos fez 
assentar nos lugares celestiais, em Cristo 
Jesus. 
Veja, Em Cristo já estamos assentados nos 
lugares celestiais, éramos mortos, agora 
vivemos, pois ressuscitamos com ele para 
juntos sermos eternos. 
Kairós me livre de crhonos e me liberte 
desta vida, para viver para sempre em 
sua eternidade! 
 
 
              36                
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Morte da Morte! 
 
“Da semente da Mulher seria gerado um 
salvador, este esmagaria a cabeça da 
serpente (morte), e esta lhe feriria o 
calcanhar”. 
Vejamos, pois, as duas expressões usadas, 
cabeça (topo) e calcanhar (inferioridade). 
Fica evidente que a semente sofreria sim, 
              37                
 
 
mas nada comparado ao esmagamento de 
uma cabeça. A semente mataria a morte, 
Sim! Jesus matou a morte. 
 
A morte na óptica de Jesus 
 
Vejamos, pois então, a morte na óptica de 
Jesus, a semente de Eva (Jesus) o divino- 
 
humano, nascido de mulher, mais sem o 
ato sexual, gerado sim Pelo espírito, mas 
nascido de mulher, a palavra viva que 
partilhou da carne e do sangue, afim de 
que fossemos resgatados da morte para a 
vida. A Morte para Jesus não era Morte, 
para Jesus era somente um sono, quem 
morria não morria, mas dormia, vemos 
isso registrado na filha de Jairo (Marcos 
5:39), em seu amado amigo Lazaro 
(João 11:11). 
 
Em Mateus 8:28, Jesus é ainda mais 
claro, “ Deixem que os mortos enterrem os 
mortos”, aqui Jesus é claro, dizendo que 
quem não compreendeu que ele aboliu a 
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morte , esta literalmente morto, pois 
quem da importância a morte, não 
entendeu que em Jesus a Morte é um 
Salto para vida. Em Pedro vemos a 
perplexidade existente no efeito da 
morte/vida (Mateus 16:21,22), Jesus 
estava falando da morte e ressurreição , da 
morte que brotaria vida, do sofrimento 
 
 
que geraria a alegria , do transitória que 
anunciaria a eternidade. 
 
Séculos se passaram e aquela 
perplexidade da morte que ainda estava 
instalada nele, passa-se de geração em 
geração, muitos ainda não 
compreenderam, uns por que não vem 
Jesus como o Cristo, outros dizem que 
veem, mais ainda estão na visão do 
antítipo edênico, do pobre cordeirinho 
morto para simplesmente nos vestir 
fisicamente. 
 
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O fato inegável, é, que para os que 
realmente creem que Jesus era anunciado 
pela lei e os profetas, a semente anunciada 
em Genesis 3:15, o cordeiro imolado em 
favor do homem, o intermediador entre 
Deus e homem , o aniquilador da morte. 
 
Em Jesus, a Morte física da um salto a 
vida eterna, por aquele que através da 
morte gerou a verdadeira vida. 
 
João 11:25 ‐ Disse-lhe Jesus: Eu sou a 
ressurreição e a vida; quem crê em mim, 
ainda que esteja morto, viverá.

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