Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Os §§ 1º e 2º do art. 4º da LRF estabelecem que o PLDO deve conter Anexo de Metas Fiscais, em que serão definidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a: Receitas; Despesas; Resultados nominal e primário: o Resultado nominal – É a diferença entre as receitas totais e as despesas totais, e corresponde à necessidade de financiamento do setor público; o Resultado primário – Reflete o resultado das operações básicas do setor público e corresponde ao resultado nominal menos os juros nominais, apropriados por competência, incidentes sobre a dívida pública. O resultado primário, uma vez que não considera a apropriação de juros sobre a dívida existente, expressa o esforço fiscal do setor público; Montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes; Avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; Avaliação da situação financeira e atuarial: o Dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; o Dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. No que diz respeito aos resultados (nominal e primário) citados anteriormente, Paludo (2015, p.80) esclarece: No Brasil, a apuração das metas de resultado primário e nominal é feita pelo Banco Central, através da metodologia denominada abaixo da linha. Essa metodologia utiliza para o 2 cálculo a dívida líquida apurada no exercício (menos) a dívida líquida apurada no exercício anterior. Esse cálculo tem como base o regime de caixa (menos os juros que seguem o regime de competência). O mesmo autor também cita: Além do cálculo elaborado pelo Banco Central, a STN – Secretaria do Tesouro Nacional – também vem apurando esses resultados mediante cálculo que considera as receitas e despesas. O método utilizado pela STN, baseado nas receitas e despesas, é denominado acima da linha. Esse cálculo permite avaliar a fidedignidade e a integridade do cálculo realizado pelo Banco Central. (grifos do autor). As metas fiscais estabelecidas na LDO são cumpridas com a execução da LOA, o que é materializado pela diferença entre a arrecadação das receitas e o gasto das despesas. O § 3º do art. 4º da LRF estabelece que a LDO conterá Anexo de Riscos Fiscais, em que serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. De modo geral, os riscos fiscais podem ser classificados em duas diferentes categorias: Riscos orçamentários – Referentes à possibilidade de que as previsões de receitas e despesas não se concretizarem, levando ao desequilíbrio; e Riscos de dívida pública mobiliária – Referentes ao nível de endividamento, sujeitos à flutuação das taxas de juros, câmbio e inflação. O endividamento é mensurado em percentual do Produto Interno Bruto (PIB) e pode influenciar na solvência do setor público. O § 4º do art. 4º da LRF determina que a mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico: Os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis; e As metas de inflação para o exercício subsequente.
Compartilhar