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Estudo Dirigido Psicanálise

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Laureate International Universities
Centro Universitário Ritter dos Reis
Curso de Psicologia
Pensamento Psicológico II Psicanálise
Hericka Zogbi Dias 
Eva Bento Freire
	
Estudo Dirigido Grau B
1- O que é trauma?
Trauma é um termo que vem do grego; ferida. A psicanálise transpôs este termo para o plano psíquico, explicando o trauma como uma consequência de um acontecimento marcante, capaz de produzir efeitos sobre o psiquismo como todo. Esse acontecimento não necessariamente é ruim. O trauma pode vir de uma única vivência ou da somatória de experiências de grande impacto psíquico que se fixam e não conseguem ser metabolizadas pelo aparelho psíquico.
2- O que é pulsão? 
Carga energética que se encontra na origem da atividade motora do organismo e do funcionamento psíquico inconsciente do indivíduo, ou seja, energia psíquica. Necessidades biológicas com representações psicológicas. As formas de satisfação são variáveis e elas são insaciáveis uma vez que diz respeito aos desejos e não às necessidades.
3- Cite e explique as quatro características das pulsões e utilize um exemplo para ilustrar.
Fonte: Partes do corpo de onde nascem os estímulos. Cuja excitação é representada no psiquismo pela pulsão, por exemplo, quando um indivíduo sente prazer em cheirar sapatos. Força: Ponto de vista econômico; quantidade de energia que busca descarga. Finalidade: Satisfação obtida por meio da descarga ou do estímulo. Imagino que um exemplo de descarga de pulsão imediata visando prazer seria quando pessoas viciadas em exercícios físicos malham bastante principalmente quando têm problemas emocionais do cotidiano. Objeto: Aquilo em relação ao qual ou pelo qual a pulsão é capaz de atingir sua finalidade, retomando o primeiro exemplo, o objeto seria o sapato. 
4- Explique e diferencie os princípios do prazer e da realidade. 
Princípio do Prazer é uma pulsão que demanda gratificação imediata, satisfação alucinatória dos desejos, pela qual o bebê substitui o seio pelo dedo. A mente funciona de modo a alcançar prazer e evitar o desprazer.
Princípio da Realidade é a satisfação mágica e ilusória que sempre acabará sendo frustrante porque não suporta as exigências e necessidades da realidade, como exemplo o caso da fome real que não se satisfará com o polegar, o que vem determinar a instauração do principio da realidade. Os dois são necessários, pois precisamos ser criativos a ponto de substituir algo bom que está ausente, e a realidade vem para fortalecer e educar principalmente crianças para a vida adulta. Precisamos constantemente de doses moderadas dos dois. 
5- O que é o princípio da constância e o princípio da compulsão à repetição? 
Princípio da constância é um princípio anunciado por Freud, em que o parelho psíquico tende a manter a quantidade de excitação que continha em um nível tão baixo, ou pelo menos o mais constante possível. A constância é obtida mediante a descarga da energia já existente, ou, mediante a evitação do que podia aumentar a quantidade de excitação, e a defesa contra este aumento.
Princípio da compulsão à repetição é uma pulsão a mais para repetir situações de prazer e desprazer. Freud chamou assim pelo processo de reviver interminavelmente determinada neurose; assim sendo, quando alguém repetia um relacionamento ou acontecimento frustrado, seria uma tentativa de descarregar a energia acumulada ou represada até conseguir o êxito de sua missão. Ele associou tal complexo à pulsão de morte, pois o prazer absoluto ou a ausência da dor apenas seriam obtidos no retorno ao inanimado, que seria a morte.
6- Explique o processo de internalização dos objetos iniciais, proposto por Melanie Klein, indicando a fase em que ocorrem, as características e os processos. 
O termo "posição” foi preferido por Klein em relação a "estágio" porque ele enfatiza o efeito do ponto de vista da criança sobre suas relações de objeto, é a forma de o sujeito comportar-se na vida. Essa visão dá ênfase às relações primitivas do bebê com a mãe, através do objeto parcial seio, dividido na mente do bebê como bom ou mau (relacionado às pulsões). Ocorre na fase oral, o bebê ainda não sabe diferenciar, é caracterizado por sua percepção parcial. É com o tempo (aos 6 meses, aprox.) que esse processo se reverte e o bebê passa a ter uma percepção total, a mãe como boa e má. Sente culpa, e adquire uma necessidade de reparação. 
 
7- Explica todas as características do desenvolvimento psicossexual em todas as suas fases.
A fase oral é a que entramos ao nascer e se estende até 1 ano, aproximadamente. O foco da libido está na boca e é por ela que a criança estabelece contato com o mundo externo. O objeto de desejo nesta fase é o seio da mãe. 
Anal se estende de 2 a 4 anos. O foco da libido está no ânus, a criança descobre que não só produz algo como também pode controla-lo, passa a adquirir o controle dos esfíncteres. Fantasias de agressão contra os pais ou forma de presenteá-los, controle onipotente, gratificação, vergonha, culpa, humilhação, “obra” sua, de valor ou não.
Fálica, vai de 4 a 6 anos, foco nos genitais. Caracterizada pela resolução do complexo de Édipo. Masturbação com excitação e prazer. 
Latência, dos 6 aos 11 anos. Sublimação das pulsões na escolarização, atividades esportivas, aspirações morais, estéticas e sociais. Formação do caráter. 
Genital, maturação fisiológica do aparelho sexual. Transformações e crise da adolescência, busca de identidade individual, grupal e social. 
 
8- Quais são os mecanismos de defesa do início da vida, os mais primitivos e os menos primitivos? Cite e explique cada um deles de acordo com as categorias. 
Inicio da vida psíquica: Recalque/repressão: esconde, faz ser esquecidos sentimentos, acontecimentos. A Resistência se opõe a um fato não permitindo que algo se manifeste. Deslocamento: muda a percepção de um objeto mais ameaçador para um menos. Condensação: O inconsciente formula uma imagem que condensa todos os aspectos de uma pessoa ou situação 
Mecanismos de defesa primitivos: Regressão: o indivíduo, a fim de evitar a angústia, retorna a uma fase anterior do desenvolvimento, apresentando os padrões de comportamento daquela fase. Negação: o indivíduo não acredita em algo mesmo sendo real e tendo visto. Cisão: separar aspectos; bons dos maus. Identificação: o indivíduo se torna idêntico a outro pela assimilação de traços ou atributos daquele que lhe serve de modelo. Nesse processo o indivíduo, tanto pode assimilar aspectos de outra pessoa como também pode identificar em outros aspectos seus. Projeção: o indivíduo atribui a outro (pessoa ou coisa) sentimentos e desejos que seria penoso admitir como seus próprios.
Menos primitivos: Racionalização: busca de justificativas lógicas para encobrir feitos. Formação reativa: leva o ego a efetuar ações do Id: “você quer algo, mas faz o contrário”. Sublimação: Ameniza, esconde, deixa sintomas anteriores para poder socializar.
9- Do que se trata o narcisismo do ponto de vista psicanalítico? 
 Freud afirma que o sujeito toma seu próprio corpo como sendo fonte da libido. Como exemplo que foi citado em aula; casais obesos que se satisfazem (sexualmente) comendo juntos, ou o homem que tem fetiches por sapatos. (Do ego, “só para mim”). É uma fase do desenvolvimento que pode vir a ser uma patologia. Entre pré-edípico e edípico. 
Trata se de um aspecto fundamental para a constituição do sujeito. Um tanto de amor por si é necessário para confirmar e sustentar a autoestima, mas o exagero é sinal de fixação numa identificação vivida na infância. A ilusão infantil de que o mundo gira ao seu redor é decisiva nessa fase, mas para o desenvolvimento saudável é necessário que se dissipe, conforme deparamos com frustrações e descobrimos que não ser o centro do universo tem suas vantagens.  Passagem do autoerotismo, do prazer centrado no próprio corpo, para o reconhecimento e a busca do amor em outros objetos – diferentes de si. Passagem importante e cheia de inquietações já que implica a saída da gratificação por aquilo queé efeito apenas da própria imagem, para a vivência adulta: a possibilidade de viver, aceitar e trabalhar com a alteridade e, portanto, com as diferenças. 
10- Explica o funcionamento do complexo de Édipo nas crianças do sexo feminino e do sexo masculino. 
Ocorre no estágio fálico do desenvolvimento psicossexual. No complexo de Édipo do menino, o sujeito mantém a sua mãe como objeto erótico, já que essa satisfaz todas as necessidades da criança. Por outro lado, o pai surge como um ‘entrave’ nessa relação já que há um interesse desse pai para com a mãe e vice-versa. Ele tem o pai como rival e quer se ver livre dele, tomando o seu lugar. O modo como se manifesta esse desejo do menino por sua mãe vai variar; ele pode de fato verbalizar seu sentimento e sua vontade de tê-la só para ele ou agir de forma que demonstre “a natureza erótica de sua ligação com a mãe” (Freud, 1917/1996, p. 336), ao pedir para dormir com ela, ao observá-la trocando de roupa, etc. Acontece com especial frequência que o menininho seja ameaçado com a castração. O complexo de Édipo nas meninas “tem uma longa pré-história e constitui, sob certos aspectos, uma formação secundária” (Freud, 1925/1996, p. 280). Essa ‘troca’ de objeto acontece frente à decepção que acompanha a descoberta da diferença sexual, descrita por Freud da seguinte forma: “Elas notam o pênis de um irmão ou companheiro de brinquedo, notavelmente visível e de grandes proporções e, imediatamente o identificam com o correspondente superior de seu próprio órgão pequeno e imperceptível; dessa ocasião em diante caem vítimas da inveja do pênis” (Freud, 1925/1996, p. 280). 
11- Qual a diferença entre período narcísico e período edípico? Cite e explique. 
Período Narcísico (0-2 anos, dependência absoluta) é algo mais arcaico, onde há a representação coisa. Regressão a esta etapa no adulto (Psicose): algo mais dramático do tipo “ninguém me ama”. No desenvolvimento há o conflito confiançaXdesconfiança, pulsãoXambiente, é importante ser adquirido o conceito de alteridade desde essa fase. 
 No período Edípico (3-5 anos, dependência relativa) já há a representação palavra, ou seja, o aparelho já está mais amadurecido e organizado. A criança já sabe dar nome aos sentimentos (quando há fome, dor, pedir algo, etc.), por consequência pessoas que regridem a esta fase têm problemas menos dramáticos (Neurose). É onde se dá estrutura à personalidade.
12- O que pretende explicar a equação etiológica da psicanálise? Cita e explica os elementos da equação etiológica da psicanálise. 
Fatores inatos, constitucionais, inclusive vida uterina. Fatores ambientais da atualidade do sujeito, e experiências infantis precoces. A partir desses fatores pretende-se explicar o funcionamento do aparelho psíquico, quando pensamos em comportamentos de pessoas que para a maioria são inexplicáveis, ao analisar o conjunto, a equação etiológica, vemos então uma explicação para tal conduta. Ela não vem para justificar a conduta e sim para entender o que levou o indivíduo a ter esse comportamento, a psicanálise nos responsabiliza pelas nossas ações. 
13- Explica o funcionamento do aparelho psíquico a partir do ponto de vista da 1ª e da 2º tópicas, conceituando as instâncias e explicando o funcionamento.
O aparelho na primeira tópica é percebido como tendo uma parte inconsciente, onde habita a parte mais arcaica e primitiva do aparelho, onde existem as pulsões e as protofantasias (fantasia de que me atenda). Depósitos da repressão onde contém a representação coisa que não pode ser nomeada ou lembrada voluntariamente, é atemporal. Tendo o pré-consciente, articulado ao consciente, chamado barreira de contato, peneira do inconsciente para o consciente. E também o consciente, oposto do inconsciente, recebe informações do exterior e armazena de acordo com o conceito de prazer/desprazer.
Já na segunda tópica é Id, Ego, Superego. Sendo Id, a parte mais arcaica, primitiva, onde habita o reprimido, recalcado. Ego representa o aspecto racional, consciente da personalidade responsável pelo controle dos instintos. Superego, o aspecto moral da personalidade, produto da internalização dos valores e padrões recebidos dos pais e da sociedade.
14- Explica e situa no desenvolvimento psicossexual os fenômenos de sadismo e masoquismo. 
Para Freud (1920), o sadismo fazia parte da pulsão sexual como uma espécie de instinto de domínio, cujo objetivo seria o de ter a dominação, e posse dos objetos por meio do recurso de submetê-los à força. O masoquismo estaria visando a obtenção do prazer pelo desprazer, atendendo aos mandamentos internos da pulsão de morte, a qual de alguma forma/grau está sempre relacionada com a pulsão de vida. A presença dessa pulsão inata de morte no interior do psiquismo é responsável pela existência do que Freud denominou de masoquismo primário, o qual, quando defletido para o exterior, determina o surgimento do sadismo, que virtualmente sempre estaria ligado com a pulsão sexual. O masoquismo secundário instala-se em um segundo momento, decorre de fatores ligados à culpa, com as correspondentes necessidades de castigos, autopunições, ou induzir que outros os punam. É indispensável fazer essa ligação de sadismo/masoquismo com as fases do desenvolvimento, pois se essas questões estão associadas à culpa, é porque houve em certo momento do desenvolvimento, creio que na fase anal, um trauma (uma situação marcante) na vida do indivíduo para que ele queira sentir dor, se autopunir, ou fazer outra pessoa sentir para se satisfazer sexualmente. Cabe aos profissionais da psi investigar de onde vem tanta culpa/vontade de punir. 
15- Quais são as características do analista ético sugerido por Mondrzak? Qual delas te chama mais a atenção? Qual te parece mais fácil? Qual te parece mais difícil? Por quê? 
Um analista precisa ser uma boa pessoa, precisa ter um respeito visceral pela verdade, precisa crer na existência de processos inconscientes, precisa ser neutro, o analista ético precisa/não pode transgredir. 
A que me chama mais atenção é “o analista precisa ser uma boa pessoa”, pois todas as pessoas acreditam o ser, apenas lendo um texto como o de Mondrzak e vendo seus conceitos de uma boa pessoa que ela se põe a pensar e analisar se corresponde aos critérios. Ser neutro me parece mais difícil, pelo menos inicialmente, quando vemos algo tão explícito que o analisado não percebe, ou não vê problemas em certas situações. Mas imagino que com o tempo se torna fácil, pois é o papel do psicólogo ajudar a enxergar coisas que a pessoa tem dificuldades, a escolha no final sempre será dela, mesmo sendo uma escolha que o analista discorde internamente. E crer na existência de processos inconscientes parece ser o mais fácil, já que quem optou por psicanálise, no mínimo já crê nessa existência, é algo inicial, quando se já está atendendo em consultório essa não deve ser uma questão que gere dúvidas ou dificuldades em cumprir.
16- O que Mondrzak quer dizer com a expressão de que o analista “deve/não pode transgredir”? 
Não se pode transgredir o Setting, inconsciente e sexualidade infantil. Ele deve seguir conforme os princípios de Freud, se um analista nega um desses três requisitos, ele não está aplicando a psicanálise clássica de Freud, e deveria repensar sua linha de pensamento. Ele deve transgredir no sentido de empatia, para poder assistir a todo público. 
17- Qual a base da ética na psicanálise? 
O analista trabalhar dentro dos preceitos básicos da psicanálise. Respeitando o setting, inconsciente e sexualidade infantil. E que não seja uma ética estipulada de fora, que ele acredite nesses conceitos. 
18- Cite e diferencie as 7 escolas da psicanálise apresentadas por Zimerman. 
Escola Freudiana – Freud, Abranham, Ferenczi, W. Reich, Anna Freud. Estão ligados aos postulados metapsicológicos, teóricos e técnicos legados por Freud e seus seguidores diretos, tanto os seus contemporâneos quantos os posteriores a ele. Conserva a invariância de seus princípios básicos.
Escola das relações do objeto– M Klein. Ela parte dos princípios de Freud, mas se direciona a infância. Criou uma técnica própria de psicanálise com crianças e introduziu o entendimento simbólico contido nos brinquedos e jogos. Postulou a existência de um inato ego rudimentar, já no recém-nascido. 
Escola da psicologia do ego - Heinz Hartman e M. Mahler. Valorização do estudo das funções mentais processadas pelo ego, como os afetos, memória, percepção, conhecimento, pensamento, ação motora, etc. 
Escola da psicologia do self: Heinz kohut - Mahler. Heinz situa como o principal instrumento da psicanálise não o lugar da livre associação de ideias do analisando, mas sim, o da introspecção e o da recíproca, empatia. 
Escola francesa - J. Lacan. Para Lacan, a análise “não deve ficar reduzida à mesquinharia exclusiva do mundo interno”. 
Escola De Winnicott - D Winnicott. Quando as falhas ambientais precoces são repetitivas, há um congelamento da situação de fracasso, de modo que a instituição do setting analítico possibilita uma regressão útil e representa uma possibilidade daquele fracasso ser reexperimentado com analista e vir a se descongelado. 
Escola de Bion - W.Bion. O aprofundamento dos estudos concernentes à origem, na natureza e função dos processos de pensar, conhecer, linguagem e comunicação.

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