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7 ansiedade e somatização (1)

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Emoção vivida por todos os indivíduos e que, em alguns momentos da vida, se torna mais presente. 
Apreensão difusa e vaga associada a sentimentos de incerteza e desesperança. 
 Experimentada de forma subjetiva e comunicada de forma interpessoal. 
Resposta emocional à apreensão. 
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Sensação de apreensão, intranquilidade, incerteza ou medo, decorrente de uma ameaça real ou imaginária, cuja origem não é conhecida.
Resposta emocional subjetiva ao estresse.
Estado de intranquilidade ou desconforto, sentido em grau variado.
Um grau mais intenso de ansiedade é um sinal que está havendo um desequilíbrio, uma desadaptação e perturbações psicológicas 
*
A ansiedade é uma experiência universal.
Pode ser construtiva, e considerada normal.
Quando causa perturbação na vida diária, pode ser considerada patológica e, portanto, destrutiva.
Ocorre em variados graus: leve, moderada e grave.
É avaliada pelo comportamento do cliente e por suas expressões afetivas comunicadas.
*
Alguns fatores etiológicos levam à ansiedade:
a) ameaças à integridade física.
b) ameaças ao conceito de si mesmo e autoestima.
Alguns aspectos individuais podem levar à ansiedade: idade, estado de saúde, predisposição genética, experiências difíceis vividas anteriormente, número de estressores, maturidade.
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1) Manifestação de sintomas físicos ou comportamentais. 
2) Comportamento de evitação (coisas e pessoas). 
3) Vulnerabilidade biológica: hiperatividade do SNA, desequilíbrio dos níveis de neurotransmissores. 
4) Menor tolerância ao estresse, uso maior dos mecanismos de defesa. 
Não há causa específica determinada. Pode-se falar de combinação de fatores genéticos, bioquímicos, neuroanatômicos e psicológicos.
*
Níveis de ansiedade e seus efeitos (Peplau)
1) Ansiedade leve: está associada com a tensão da vida cotidiana. A pessoa está alerta e o campo da percepção aumentado, vê, ouve e aprende mais do que antes. Este tipo de ansiedade pode motivar a aprendizagem e produzir o crescimento e a criatividade.
2) Ansiedade moderada: a pessoa concentra-se apenas em suas preocupações imediatas. Envolve o estreitamento do campo da percepção já que a pessoa vê, escuta e aprende menos. Pode ser capaz de prestar atenção a algo específico, se solicitado.
 
*
3) Ansiedade intensa: a pessoa tende a focalizar um detalhe específico e a não pensar em qualquer outra coisa. Redução significativa do campo da percepção. Todo comportamento é voltado para o alívio da ansiedade, e é muito difícil direcionar a atenção para outra área.
4) Ansiedade grave ou pânico: associada com perplexidade, temor e terror. Os detalhes parecem fora de proporção. Perda total de controle, incapacitando de fazer qualquer coisa. Perda da capacidade de se organizar. Percepções distorcidas da realidade.
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Respostas fisiológicas à ansiedade:
Cardiovasculares: taquicardia, hipertensão arterial, tonturas, lipotimia, hipotensão, bradicardia.
Respiratórias: taquipneia, dispneia, sensação de pressão no tórax, respiração superficial, sensação de sufocamento, engasgos.
Gastrointestinais: perda o apetite, repulsa pela comida, desconforto abdominal, náusea, gastralgia, diarreia.
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Neuromusculares: abalos palpebrais, insônia, tremores, rigidez, inquietação, andar a esmo, tensão facial, fraqueza nos MMII ou generalizada.
Trato urinário: micção frequente, pressão para urinar.
Cutâneas: sudorese localizada (palma da mão) ou generalizada, rubor facial, prurido, ondas de calor e frio, palidez facial.
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Respostas comportamentais à ansiedade:
Tensão física, hipervigilância, discurso acelerado, inquietação, inibição, fuga, esquiva, isolamento social, tendência a acidentes, reação de sobressalto.
Respostas afetivas à ansiedade:
Impaciência, desconforto, tensão, medo, pavor, torpor, culpa, vergonha
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Respostas cognitivas à ansiedade: 
Bloqueio do pensamento, diminuição da atenção e da concentração, esquecimento, julgamento errôneo, preocupação excessiva, diminuição do campo de percepção, redução da criatividade e produtividade, medo de morrer, perda da objetividade, medo de perder o controle do comportamento, imagens visuais assustadoras, pesadelos.
*
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
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1) Fobia específica
2) Transtorno de ansiedade social (Fobia Social)
3) Transtorno do pânico
4) Agorafobia
5) Transtorno de ansiedade generalizada
6) Transtorno de ansiedade induzido por substância
7) Transtorno de stress pós trauma 
*
1) FOBIA ESPECÍFICA
Medo e ansiedade de uma situação ou objeto particular.
Medo e ansiedade intenso e grave; provocado sempre que há estímulo fóbico.
Categorias: Animal, Ambiente natural (altura, tempestade, água), Sangue, injeção, ferimentos, Situacional (avião, elevadores, locais fechados), Outro (asfixia, vômitos, sons altos, fantasias). 
Comum: múltiplas fobias.
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Outras características:
Esquiva ativa
Comportamentos óbvios e sutis
Medo e ansiedade são desproporcionais
Sofrimento e prejuízo são significativos
Pode iniciar após evento traumático pessoal ou de terceiros.
Ataque de pânico na situação temida
Início na infância (7 – 11 anos)
Mais comum em mulheres 2:1
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2) TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL)
Medo/ansiedade intensos em situações sociais.
Possibilidade de ser avaliado por terceiros.
Interações sociais e Situações de desempenho.
Ser observado comendo, bebendo, escrevendo....
Contexto escolar, acadêmico, profissional
Sintomas persistentes e intensos 
Fatores de risco: medo de avaliação negativa; maus-tratos na infância; inibição comportamental.
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Outras características:
Evitam banheiros públicos
Inadequadamente assertivos e muito submissos
Postura corporal muito rígida
Tímidos ou retraídos
Retardam a saída da casa dos pais (casamento)
Uso de álcool ou outras substâncias para desinibição
Início na infância (13 anos). Adolescentes com medo e esquiva. Na idade adulta início raro
Mais homens na amostra clínica
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3) TRANSTORNO DE PÂNICO
Pânico: é uma reação de medo intenso relacionada geralmente ao perigo imaginário de morte iminente, descontrole ou desintegração.
Ataques de ansiedade agudos e graves, recorrentes, que não estão restritos a qualquer situação ou circunstância. Principalmente o primeiro ataque é imprevisível e espontâneo. Duram menos de uma hora, quase sempre alguns minutos, atingindo o máximo de intensidade em dez minutos
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Denomina-se quadro de síndrome do pânico quando as crises são recorrentes, com desenvolvimento de medo de ter novas crises, preocupação com as implicações da crise e sofrimento subjetivo significativo.
A impressão de “ficar louco” ou de ter um ataque cardíaco é uma característica do ataque de pânico.
Pode haver pânico com ou sem agorafobia. 
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Epidemiologia: A prevalência do transtorno de pânico é de 1,5 a 3% e para os ataques de pânico isolados de 3 a 4%.
O início do transtorno pode ocorrer em qualquer idade, mas, em média surge em torno dos 25 anos.
As mulheres são mais vulneráveis que os homens (2-3:1) 
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Ataque de pânico:
Medo ou desconforto intenso e abrupto
Pico em minutos
Palpitação, sudorese, tremores ou abalos, falta de ar ou sufocamento, asfixia, dor ou desconforto torácico, náusea ou dor abdominal, tontura, instabilidade, vertigem, desmaio, calafrios ou ondas de calor, parestesias, desrealização, despersonalização, medo de perder o controle e medo de morrer.
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Outras características:
Início por volta dos 20 -24 anos. Depois de 45 anos incomum.
Ataques com sintomas completos (4 sintomas) 
Mais de um ataque para diagnóstico
Frequência e gravidade variam
Medo de novo ataque
Automedicação (benzodiazepínicos / álcool)
Incapacitação funcional, social e física.
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4) AGORAFOBIA
Medo e angústia relacionados a espaços amplos ou com muitas pessoas. Medo de estar em locais de onde seja difícil escapar ou de não ter auxílio rápido para sair.O medo é injustificado, associado à ideias catastróficas ou hipocondríacas. A prevalência é de 0,6 a 6%. Sem tratamento o transtorno pode se tornar crônico. Cerca de 75% das pessoas com agorafobia têm pânico. Mais comum em mulheres (2:1)
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Medo/ansiedade acentuado e intenso
Desencadeado por situação real ou prevista (2 ou mais): transportes (ônibus, trem, navio, avião, carro); espaços abertos (pontes, estacionamentos); locais fechados (mercado, cinema, teatro, loja); fila ou multidão; sair sozinho de casa.
Pensamento de que algo terrível vai acontecer
Medo/ansiedade toda vez que há contato com a situação.
Comportamento de esquiva. 
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5) TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)
Preocupação excessiva, crônica e abrangente, desproporcional ao estímulo, acompanhada por uma variedade de sintomas somáticos, que causam sofrimento significativo e comprometimento do desempenho social. Sintomas presentes por mais de 6 meses.
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Prevalência entre 4-6% da população. Predomínio no sexo feminino e alta taxa de comorbidade.
Pode iniciar em torno da segunda década de vida e é frequentemente relacionada a estresse ambiental constante.
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Ansiedade e preocupações excessivas (expectativa apreensiva) em diversos eventos ou atividades do cotidiano.
Intensidade, duração e frequência desproporcionais.
Dificuldade de controlar a preocupação ou evitar os pensamentos.
Adultos: trabalho, saúde, finanças, família
Crianças: competência, qualidade de desempenho
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Outras características:
Inquietação, “nervos à flor da pele”, fatigabilidade
Dificuldade de concentração, esquecimentos, “brancos”
Irritabilidade, tensão muscular, dor muscular
Insônia, sono não recompensador
Tremores, contrações, abalos, nervosismo
Sintomas somáticos: síndrome do cólon irritado, cefaleia.....
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6) TRANSTORNO DE ANSIEDADE INDUZIDO POR SUBSTÂNCIAS/ MEDICAMENTOS
Pânico/ansiedade em vigência do uso
Intoxicação ou Abstinência
Efeito da medicação/substância
Substâncias: álcool, cafeína, cannabis, alucinógenos (LSD), inalantes, estimulantes (anfetaminas, cocaína).
Abstinência: álcool, opióides, sedativos, hipnóticos, ansiolíticos, estimulantes
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Medicações: anestésicos, analgésicos, simpaticomiméticos, broncodilatadores, anticolinérgicos, insulina, hormônios tiroidianos, contraceptivos orais, anti-histamínicos, antiparkinsonianos, corticosteróides, anti-hipertensivos.
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Resposta mais tardia a um evento ou situação estressante. Poderá ser de longa ou curta duração e começar de algumas semanas até seis meses depois do trauma. É comum haver embotamento emocional, afastamento social, sonhos frequentes com a situação causadora, diminuição do interesse para com o ambiente, diminuição do prazer ou sua abolição total (anedonia) e evitação de situações 					recordativas do trauma. 
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Com frequência há também uma hipervigilância e insônia, sintomas de sobressaltos exagerados, distúrbios do sono, culpa, pesadelos, raiva, ansiedade e depressão. Como complicação se pode encontrar, nestes casos, um abuso excessivo de bebidas alcoólicas.
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Presença de sintomas físicos que sugerem uma condição médica geral não explicados por nenhum problema clínico, nem efeito de substâncias psicoativas ou outro transtorno mental. 
Tais sintomas causam sofrimento clinicamente significativo e/ou prejuízo no funcionamento social e ocupacional.
Os principais transtornos somatoformes são:
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1) Transtorno de somatização:
Múltiplas queixas somáticas recorrentes e clinicamente significativas que iniciam-se antes dos 30 anos e ocorrem por vários anos. Os critérios para diagnóstico são:
a) 4 sintomas dolorosos (cabeça, abdômen, costas, articulações, extremidades, tórax, reto, na menstruação, nas relações sexuais, durante a micção)
b) 2 sintomas gastrointestinais (náusea, inchaço, vômito, diarreia ou intolerância a alimentos)
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c) 1 sintoma sexual, que não dor (indiferença, disfunção erétil, irregularidades menstruais, sangramento menstrual excessivo, vômitos durante toda a gravidez)
d) 1 sintoma pseudoneurológico (prejuízo da coordenação e do equilíbrio, paralisia ou fraqueza localizada, dificuldade de deglutição, nó na garganta, afonia, retenção urinária, cegueira, surdez, convulsões, amnésia....)
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 2) Transtorno conversivo: presença de sintomas ou déficits afetando a função motora ou sensorial voluntária , que sugere uma condição neurológica.
São característicos os seguintes sintomas: prejuízo na coordenação ou equilíbrio, paralisia ou fraqueza localizada, afonia, dificuldade de deglutição, nó na garganta, perda da sensação de tato ou dor, diplopia, cegueira, surdez, alucinações, convulsões.
3) Transtorno doloroso: a dor é o foco predominante do quadro clínico. A pessoa recorre a vários atendimentos médicos e uso de medicações. Há perda da capacidade de 				exercer as atividades cotidianas.
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4) Hipocondria: preocupação com o medo ou a ideia de ter uma doença grave, com base em interpretações errôneas de sintomas ou funções corporais (batimentos cardíacos, sudorese, peristaltismo). A pessoa atribui sintomas (pequena irritação ou tosse ocasional) a uma doença grave, além de manifestar sensações somáticas vagas (coração cansado, veias doloridas) 
5) Transtorno dismórfico corporal: preocupação com defeito imaginário ou exagerado na aparência física.
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Clientes com transtorno de ansiedade são encontrados em todos os ambientes de atenção à saúde, hospitalares ou não.
Devem ser capazes de reconhecer os sintomas de ansiedade e encorajar os pacientes a encontrar melhores estratégias para enfrentá-los.
As ações de enfermagem devem ser apropriadas para a condição clínica específica e devem assegurar o 			atendimento das necessidades fisiológicas e 					psicossociais do cliente.

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