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ANEMIA FALCIFORME (INTER)

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CURSO DE ENFERMAGEM
ATIVIDADE INTERDISCIPLICAR I
ANEMIA FALCIFORME
Phannia Olimpia Siebert Lobão; Bárbara dos Anjos de Souza; Libni Corrêa Marinho; Pâmela Barbosa Lima; Mariana Passos Seibert; Ana Clara Oliveira Carvalho; Elizabethe Pereira Miguel; Jéssika Rocha dos Santos.
OBJETIVOS: 
Conhecer e fornecer informações a respeito da anemia falciforme, integrar os conteúdos das disciplinas do 1º período do curso de enfermagem e associar o tema com o livro “Na minha pele” de Lázaro Ramos.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: 
 A anemia falciforme é uma doença hemolítica e hereditária, que é causada por uma mutação do gene da globina beta na hemoglobina. Essa mutação origina uma hemoglobina anormal, deixando as hemácias em forma de foice, fazendo com que fiquem com oxigênio insuficiente. A deformidade dessas hemácias afeta a passagem delas pelos pequenos vasos e capilares. Como consequência, ocorrem os fenômenos de fechamento de pequenos vasos, causando enfartes com lesões de diversos órgãos e dores.
 A anemia falciforme originou-se na África, estendeu-se para a península Arábica, Sul da Itália, chegando às Américas trazidos como escravos. No Brasil, a doença é predominante entre negros e pardos, porém também ocorre entre brancos. 
 Cerca de 40% da população africana equatorial é acometida pela anemia falciforme. Acredita-se que essa doença seja um dos melhores exemplos de seleção natural, pois considera-se que essa seja fruto de uma forma de resistência à malária, pois ao assumir a forma de foice, o eritrócito dificulta a invasão pelo Plasmodium sp.
 Uma das características dessa doença é a variabilidade genética. Enquanto alguns pacientes tem um quadro de grande gravidade, outros apresentam uma evolução mais benigna e, em alguns casos, quase não apresentam sintomas características da anemia falciforme. Esta variabilidade clínica depende tanto de fatores hereditários como de fatores adquiridos, como o nível socioeconômico, ou seja, as condições de moradia, trabalho e as qualidades de alimentação.
 A alteração da hemácia gera a sua destruição precoce e a obstrução do fluxo sanguíneo nos capilares, gerando por sua vez graves manifestações clínicas como: vaso-oclusão, necrose (morte celular/tecido) da medula óssea, sídrome torácica aguda, problemas esplênicos (baço), hemólise (Destruição dos glóbulos vermelhos), o paciente pode apresentar-se pálido e ictérico, etc. No entanto, durante os seis primeiros meses de vida, o indivíduo não apresenta sintomas. Porém, é possível a identificação precoce da doença pelo exame de triagem neonatal, fazendo com que o indivíduo afetado receba o tratamento adequado.
 O diagnóstico dessa doença é realizado por meio de diversos exames, tais como: exame hematológico (hemograma) e a eletroforese de hemoglobina acompanhada de um teste confirmatório para Hemoglobina S (HbS). Quanto maior a quantidade de hemoglobina com a deformidade, mais grave é a doença.
 Não há tratamento específico para a anemia falciforme, porém alguns procedimentos preventivos e paliativos são adotados para minimizar seus efeitos, como: introdução de hidroxiuréia, transfusões sanguíneas regulares, fitomedicamentos (reduz o grau de deformação das hemácias), etc.
 Existem registros de programas de aconselhamento genético no Brasil desde a década de 1950, mas era pouca explorada, e começou a ser priorizada pelo governo nos últimos vinte anos, devido a morbimortalidade decorrente da anemia falciforme. Os exames para identifica-los são de baixo custo, mas é necessário que a população conheça a doença. Dessa forma, o ministério da saúde investe em formas de orientar e informar a população dessa questão.
 A relatos de que pessoas com anemia falciforme ao estarem em altitudes elevadas ou voos com aeronaves apresentam dor abdominal intensa no quadrante superior esquerdo acompanhado geralmente de náuseas e vômitos, esse quadro é chamado de infarto esplênico. Uma tomografia computadorizada é possível evidenciar o local acometido, e raramente há necessidade de intervenção cirúrgica.
METODOLOGIA: -
CONSIDERAÇÕES FINAIS: -
REFERÊNCIAS:
ZAGO, MARCO A. Manual de doenças mais importantes, por razões étnicas, na população brasileira afro-descendente. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
MONTEIRO, Ana Carolina B. et. Anemia falciforme, uma doença caracterizada pela alteração no formato das hemácias. Saúde em Foco, 7.ed., 2015.
RAMOS, LAZARO Na minha Pele. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
MURAO, Mitiko e FERRAZ, Maria Helena C. Traço falciforme - heterozigose para hemoglobina S. Minas Gerais, 2007.
DINIZ, Débora e GUEDES, Cristiano. Anemia Falciforme: Um Problema Nosso. Uma abordagem bioética sobre a nova genética. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2003.

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