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REVISÃO DE LITERATURA
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
A consciência fonológica é um conjunto de habilidades que variam desde a percepção do tamanho da palavra e de suas semelhanças fonológicas até segmenta-las e modificar sílabas e fonemas (Bryant & Bradley, 1985).
Segundo Morais (1995), para a consciência de fonemas é necessário basear-se em uma estrutura da escrita alfabética para que a criança consiga reconhecer que esta escrita se faz dos sons da fala. Para se desenvolver essa habilidade de transformar os sons da fala em escrita e vice-versa, deve-se trabalhar com a criança de forma que se torne esclarecedora esse processo.
Segundo Capovilla & Capovilla (2003), vários estudos têm demonstrado que a consciência fonológica se correlaciona com a aquisição da linguagem escrita trazendo resultados positivos aos trabalhos já realizados no Brasil que buscaram desenvolver a consciência fonológica e ensinar correspondências grafo-fonêmicas alcançando diversos níveis de consciência, sendo desde a consciência de rimas e aliterações até a consciência de fonemas (Capovilla & Capovilla, 2000b).
De acordo com Liberman (2010) quatro níveis de desenvolvimento da consciência fonológica são apontados: 
1. Sensibilidade à rima e à aliteração: corresponde a uma etapa inicial, caracterizada pela descoberta, por parte da criança, de que determinadas palavras apresentam um mesmo conjunto de sons em seu princípio (aliteração) ou fim (rima). Implica uma capacidade para detectar estruturas sonoras semelhantes em diferentes palavras. Embora não seja considerada um conhecimento fonológico, acredita-se que tal noção possibilite um melhor desenvolvimento da consciência fonológica e, assim, auxilie a aprendizagem futura da escrita, especialmente, ao facilitar as estratégias de leitura por analogia; 
2. Conhecimento silábico: corresponde a uma capacidade para segmentar e operar com as estruturas silábicas das palavras, que implica um processo de divisão da palavra em seus constituintes silábicos;
3. Conhecimento intrassilábico: envolve a compreensão de que as sílabas podem ser subdivididas em elementos menores do que elas mesmas e maiores do que um fonema;
4. Conhecimento segmental: as palavras são compostas por um conjunto de segmentos sequenciados denominados fonemas.
LETREMENTO
Para as práticas de saber codificar, decodificar e o domínio das “primeiras letras” é utilizada a denominação de alfabetização. Com a forma de trabalho da sociedade atual em relação à leitura e a escrita esse termo não é o mais adequado para definir essa competência, a partir da necessidade de nomear essa nova prática surgiu à denominação de letramento, que tem como definição segundo Soares e Batista (2005), o conjunto de conhecimentos, atitudes e capacidades envolvidos no uso da língua em práticas sociais e necessários para uma participação ativa e competente na cultura escrita.
Para Soares (1999) há uma diferença entre saber ler e escrever, ser alfabetizado, e viver na condição ou estado de quem sabe ler e escrever, ser letrado. Ou seja: a pessoa que aprende a ler e a escrever - que se torna alfabetizada - e que passa a fazer uso da leitura e da escrita, a envolver-se nas práticas sociais de leitura e de escrita - que se torna letrada - é diferente de uma pessoa que ou não sabe ler e escrever - é analfabeta - ou, sabendo ler e escrever, não faz uso da leitura e da escrita - é alfabetizada, mas não é letrada, não vive no estado ou condição de quem sabe ler e escrever e pratica a leitura e a escrita.
	CONDIÇÕES PARA O LETRAMENTO 
O nível de letramento de grupos sociais relaciona-se fundamentalmente com suas condições sociais, culturais e econômicas. O que demonstra a necessidade dos indivíduos de fazer o uso da leitura e da escrita, assim como envolver-se em práticas sociais de leitura e escrita. Segundo Soares (1999) é preciso, portanto, que haja as seguintes condições para o letramento:
Uma primeira condição é que haja escolarização real e efetiva da população - só nos demos conta da necessidade de letramento quando o acesso à escolaridade se ampliou e tivemos mais pessoas sabendo ler e escrever, passando a aspirar a um pouco mais do que simplesmente aprender a ler e a escrever. 
Uma segunda condição é que haja disponibilidade de material de leitura. O que ocorre nos países do Terceiro Mundo é que se alfabetizam crianças e adultos, mas não lhes são dadas as condições para ler e escrever: não há material impresso posto à disposição, não há livrarias, o preço dos livros e até dos jornais e revistas é inacessível, há um número muito pequeno de bibliotecas. Como é possível tornar-se letrado em tais condições( Isso explica o fracasso das campanhas de alfabetização em nosso país: contentam-se em ensinar a ler e escrever; deveriam, em seguida, criar condições para que os alfabetizados passassem a ficar imersos em um ambiente de letramento, para que pudessem entrar no mundo letrado, ou seja, num mundo em que as pessoas têm acesso à leitura e à escrita, têm acesso aos livros, revistas e jornais, têm acesso às livrarias e bibliotecas, vivem em tais condições sociais que a leitura e a escrita têm uma função para elas e tornam-se uma necessidade e uma forma de lazer.

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