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AS PARTICULARIDADES DO TRATAMENTO ENDODÔNTICO EM PACIENTES CARDIOPATAS E HIPERTENSOS

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Lauro de Freitas 
2017 
PAULO ANDREI COSTA COELHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS PARTICULARIDADES DO TRATAMENTO 
ENDODÔNTICO EM PACIENTES CARDIOPATAS E 
HIPERTENSOS 
 
 
 
Lauro de Freitas 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS PARTICULARIDADES DO TRATAMENTO 
ENDODÔNTICO EM PACIENTES CARDIOPATAS E 
HIPERTENSOS 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Faculdade de Ciências Agrárias e da Saúde da 
União Metropolitana de Educação e Cultura – 
FAS/UNIME, Lauro de Freitas, como requisito 
parcial para a obtenção do título de graduado 
em Odontologia. 
Orientador(a): Profa. Ma. Tamara Costa Lopes 
Schiavotelo 
 
 
 
PAULO ANDREI COSTA COELHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAULO ANDREI COSTA COELHO 
 
 
AS PARTICULARIDADES DO TRATAMENTO ENDODÔNTICO EM 
PACIENTES CARDIOPATAS E HIPERTENSOS 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Faculdade de Ciências Agrárias e da Saúde da 
União Metropolitana de Educação e Cultura – 
FAS/UNIME, Lauro de Freitas, como requisito 
parcial para a obtenção do título de graduado 
em Odontologia. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Profa. Ma. Tamara Costa Lopes Schiavotelo 
 
 
 
Profa. Dra. Susana Carla Pires Sampaio de 
Oliveira 
 
 
 
 
Lauro de Freitas, 08 de Dezembro de 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais e aos 
meus avós, que sempre me apoiaram 
durante toda a minha caminhada. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço aos meus pais, Simone e Sérgio Coelho, pelo apoio e incentivo em 
todos os momentos dessa longa caminhada. A minha avó, Ninfa Coelho, pelo carinho 
e pela confiança depositada em mim e em meu sonho. A todos os meus professores, 
que contribuíram de maneira excepcional para a minha formação, e a minha 
orientadora, a Mestra Tamara Schiavotelo, pela paciência, apoio e contribuição 
durante a realização deste trabalho. 
 
 
 
COELHO, Paulo Andrei Costa. As particularidades do tratamento endodôntico em 
pacientes cardiopatas e hipertensos. 2017. 34f. Trabalho de Conclusão de Curso 
(Graduação em Odontologia) – União Metropolitana de Educação e Cultura, Lauro de 
Freitas, 2017. 
 
RESUMO 
 
O tratamento endodôntico à pacientes crônicos envolve uma série de fatores de riscos 
que devem ser cuidadosamente observados pelo profissional, afim de se evitar 
adversidades durante e após os procedimentos odontológicos. Desta forma, este 
estudo se propôs a realizar uma revisão bibliográfica dos principais fatores de riscos 
associados ao tratamento endodôntico de pacientes cardiopatas e hipertensos, com 
o objetivo de identifica-los para que se torne possível a adoção de medidas 
preventivas com o propósito de evitar complicações que coloquem em risco a saúde 
e a vida destes pacientes. Para tanto, foi realizado um estudo qualitativo, através de 
revisão bibliográfica de 23 obras disponibilizadas na íntegra nas bases de dados 
fornecidas pelo Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde e no Google Scholar 
nos meses de março à julho de 2017. Concluiu-se que, para atendimento em 
consultório é necessário que estes pacientes estejam controlados, caso contrário, 
devem ser encaminhados para atendimento em âmbito hospitalar. Em pacientes 
cardiopatas as principais preocupações giram em torno da necessidade ou não da 
profilaxia antibiótica e quanto a realização de procedimentos que envolverá 
sangramento em pacientes anticoagulados. Em pacientes hipertensos, foi constatada 
a relevância da realização do controle da ansiedade e a importância da escolha 
correta do anestésico local. Para ambos os grupos, há necessidade de um cuidado 
maior para a prescrição medicamentosa, afim de se evitar interações entre os 
fármacos já utilizados por estes pacientes para controle da doença e possíveis 
complicações decorrentes das mesmas. 
 
Palavras-chave: Endodontia; Antibioticoprofilaxia; Anestésicos locais; Cardiopatias 
congênitas; Interações de medicamentos. 
 
 
 
 
 
COELHO, Paulo Andrei Costa. The particularities of endodontical treatment in 
heart disease and hypertensive patients. 2017. 34f. Course Completion Work 
(Graduation in Dentistry) – União Metropolitana de Educação e Cultura, Lauro de 
Freitas, 2017. 
ABSTRACT 
 
Endodontic treatment for chronic patients involves a number of risk factors that must 
be carefully observed by the professional in order to avoid adversities during and after 
dental procedures. Thus, this study proposed to perform a bibliographic review of the 
main risk factors associated with the endodontic treatment of cardiopath and 
hypertensive patients, with the objective of identifying them so that it becomes possible 
to adopt preventive measures in order to avoid complications which endanger the 
health and life of these patients. For this purpose, a qualitative study was carried out 
through a bibliographical review of 23 works made available in full in the databases 
provided by the Regional Portal of the Virtual Health Library and in Google Scholar 
from March to July 2017. It was concluded that, for clinical care, it is necessary that 
these patients be controlled, otherwise they should be referred for hospital care. In 
cardiopathy patients, the main concerns revolve around the need for antibiotic 
prophylaxis and how to perform procedures involving bleeding in anticoagulated 
patients. In hypertensive patients, it was verified the relevance of anxiety control and 
the importance of the correct choice of local anesthetic. For both groups, it is necessary 
a greater care for prescribed drugs, in order to avoid interactions between the drugs 
already used by these patients to control the disease and possible complications. 
 
 
Key-words: Endodontics; Antibiotic Prophylaxis; Anesthetics Local; Heart Defects 
Congenital; Drug Interactions. 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1 - Condições cardíacas associadas ao maior risco de resultados adversos 
da endocardite para a qual a profilaxia com procedimentos dentários é razoável ......13 
 
Quadro 2 - Regime profilático para procedimento odontológico ................................14 
 
Quadro 3 - Classificação dos antitrombóticos............................................................16 
 
Quadro 4 - Medidas hemostáticas locais e sistêmicas usadas em sangramento 
oral..............................................................................................................................17 
 
Quadro 5 – Classificação da pressão arterial ............................................................19 
 
Quadro 6 – Administração dos benzodiazepínicos ....................................................20 
 
Quadro 7 - Níveis sanguíneos de catecolaminas .......................................................21 
 
Quadro 8 - Princípios básicos para uso de anestésico local em cardiopatas e 
hipertensos ................................................................................................................22 
 
Quadro 9 - Gravidade da interação medicamentosa .................................................23 
 
Quadro 10 - Nível da interação medicamentosa ........................................................24 
 
Quadro 11 - Interação entre AINEs e anti-hipertensivos ............................................24 
 
Quadro 12 - Interações farmacológicas de anticoagulantes orais com medicamentos 
de uso corrente em Odontologia.................................................................................26LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
AHA American Heart Association 
AINEs Anti-inflamatórios não esteroidais 
AVC Acidente Vascular Cerebral 
CD Cirurgião-Dentista 
EDTA Ácido Etilenodiamino tetra-acético 
EI Endocardite Infecciosa 
HAS Hipertensão Arterial Sistêmica 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
IM Intramuscular 
IV Intravenoso 
NaClO Hipoclorito de Sódio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10 
 
1 O PACIENTE CARDIOPATA................................................................................. 12 
1.1 ENDOCARDITE INFECCIOSA E PROFILAXIA ANTIBIÓTICA ........................... 12 
1.2 CARDIOPATAS MEDICADOS COM ANTITROMBÓTICOS ................................ 15 
 
2 O PACIENTE HIPERTENSO ................................................................................. 19 
2.1 CONTROLE DA ANSIEDADE ............................................................................. 20 
2.2 ANESTÉSICO LOCAL ......................................................................................... 21 
 
3 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS .................................................................... 23 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 29 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 31 
APÊNDICE A – Interações Medicamentosas ...........................................................33 
 
 
 
 
 
 
 
10 
INTRODUÇÃO 
 
Na odontologia, é preconizado que cada atendimento seja individualizado, de 
forma a se evitar complicações durante o procedimento. Para tanto, é indicado que o 
Cirurgião – Dentista (CD) realize uma minuciosa anamnese do paciente afim de obter 
informações relevantes. Esta anamnese é ainda mais imprescindível no caso de 
atendimento a pacientes crônicos, uma vez que, a escolha incorreta do anestésico ou 
a falta de uma profilaxia antibiótica pode resultar em complicações durante e/ou após 
o procedimento. 
Para pacientes cardiopatas que necessitarão de tratamento endodôntico, é 
preconizado que em casos específicos seja realizada a profilaxia antibiótica com a 
finalidade de prevenir a endocardite infecciosa (EI) causada pela bacteremia que pode 
ocorrer durante a cirurgia parendodôntica ou a instrumentação endodôntica do canal 
radicular. 
No que se refere ao tratamento endodôntico em pacientes hipertensos, que 
muitas vezes é realizado em caráter de urgência e requer período mais prolongado 
para sua execução, a necessidade da escolha correta do anestésico local, que seja 
eficaz e que não traga complicações para o paciente durante o atendimento é 
controverso, pois, enquanto alguns médicos especialistas recomendam o uso do sal 
anestésico sem vasoconstritor, especialistas da área odontológica alegam que o uso 
do vasoconstritor prolonga o tempo de duração do efeito do anestésico, diminuindo as 
chances do paciente sentir dor, evitando assim, o estresse, que causaria a liberação 
de adrenalina endógena, aumentando a possibilidade de complicações se comparado 
com a possibilidade que se tem ao usar a adrenalina como vasoconstritor, tendo em 
vista que, a porcentagem de adrenalina usada no anestésico é bem pequena. 
O crescente número de pacientes com hipertensão arterial sistêmica (HAS) ou 
portadores de alguma cardiopatia em consultórios odontológicos torna imprescindível 
o conhecimento do CD acerca das particularidades exigidas no atendimento a estes 
pacientes, uma vez que, o CD deve estar apto a reconhecer as doenças e 
medicamentos que podem influenciar de alguma forma o tratamento odontológico ou 
trazer riscos para o paciente no decorrer do atendimento. 
Assim sendo, é de extrema importância que o CD esteja qualificado a não 
apenas saber escolher o melhor meio de tratamento para seu paciente, mas também, 
 
 
 
11 
reconhecer as situações que possam trazer riscos para o paciente e quais medidas 
devem ser tomadas para evita-los. 
Desta forma, este estudo tem como objetivo, responder a seguinte questão: 
Quais os principais fatores de risco durante o atendimento a pacientes cardiopatas e 
hipertensos que se submeterão tratamento endodôntico? 
Para tanto, foi realizado um estudo qualitativo, através de revisão bibliográfica 
sistematizada da literatura em livros didáticos de Odontologia de autores consagrados 
e em artigos, dissertações e teses publicadas em português e/ou inglês nos últimos 
15 anos e disponibilizados na íntegra nas bases de dados fornecidas pelo Portal 
Regional da Biblioteca Virtual em Saúde e no Google Scholar, utilizando os termos 
Endodontia; Antibioticoprofilaxia; Anestésicos locais; Cardiopatias congênitas; 
Interações de medicamentos; excluindo-se apenas os artigos que não estão 
relacionados com a área odontológica. O levantamento foi realizado nos meses de 
março à julho de 2017, utilizando-se um total de 23 obras. 
Contudo, este trabalho irá dissertar sobre quais particularidades envolvem 
estes pacientes durante o tratamento endodôntico. No capítulo 1 serão apresentados 
os cuidados que devem ser tomados durante o atendimento ao paciente cardiopata, 
tais como a profilaxia antibiótica e as devidas precauções a respeito dos pacientes 
medicados com antitrombóticos. No capítulo 2 será abordada a questão à respeito do 
controle da ansiedade e o cuidado na seleção e administração dos anestésicos locais 
em pacientes hipertensos. As possíveis interações medicamentosas entre fármacos 
de uso contínuo dos pacientes e fármacos prescritos pelo endodontista serão 
apresentadas no capítulo 3. 
 
 
 
12 
1 O PACIENTE CARDIOPATA 
 
Entre as doenças que mais causam morte no Brasil, as cardiovasculares estão 
entre as principais, e segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 
2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em convênio com o 
Ministério da Saúde, cerca de 6,1milhões de brasileiros sofrem de alguma cardiopatia, 
correspondendo a 4,2% da população nacional com mais de 18 anos. 
Dentre as cardiopatias, as congênitas e as isquêmicas são as que o 
endodontista necessita ter um maior conhecimento devido a possibilidade de 
complicações durante e após o atendimento, pois as cardiopatias congênitas e a 
doença arterial coronariana são fatores de risco para Endocardite Infecciosa (EI), e no 
caso de pacientes portadores de cardiopatia isquêmica, outro ponto relevante é o fato 
de alguns fazerem uso de medicamentos antitrombóticos, o que aumenta o risco de 
hemorragia durante e após os procedimentos. (SERRANO JR. et al., 2007) 
1.1 ENDOCARDITE INFECCIOSA E PROFILAXIA ANTIBIÓTICA 
As cardiopatias congênitas são decorrentes de defeitos embrionários que 
ocorrem durante o período de desenvolvimento do coração e afetam o correto 
desenvolvimento de suas estruturas, permitindo a comunicação entre elas; sua 
etiologia geralmente é desconhecida e ocorrem com maior prevalência em 
nascimentos prematuros. Já a doença arterial coronariana é uma doença sistêmica 
de natureza inflamatória que provoca a obstrução das artérias coronárias que irrigam 
o músculo cardíaco, levando a isquemia miocárdica devido ao desequilíbrio entre a 
oferta e o consumo de oxigênio pelo coração. Normalmente, essa redução do fluxo 
sanguíneo para o coração ocorre devido a vasoespasmos ou a obstrução das artérias 
causada por ateromas (placascompostas de lipídio e tecido fibroso).(SERRANO et 
al., 2007) 
Os pacientes portadores de doença cardíaca congênita, operados ou não, bem 
como os portadores de doença arterial coronariana e portadores prótese cardíaca, 
estão entre os grupos de risco (Quadro 1) listados pela Associação Americana de 
Cardiologia, que ao se submeter a procedimentos dentários que envolvem 
manipulação de tecido gengival, da região periapical dos dentes ou perfuração da 
 
 
 
13 
mucosa oral, devem realizar a prevenção da EI com a administração profilática de 
antibióticos. (WILSON, 2007) 
 
Quadro 1: Condições cardíacas associadas ao maior risco de resultados adversos da 
endocardite para a qual a profilaxia com procedimentos dentários é razoável 
 Válvula cardíaca protética ou material protético usado para reparo valvular 
cardíaco 
 IE anterior 
 Doença Cardíaca Congênita* 
 Comunicação interarterial cianótica não compensada 
 Doença cardíaca congênita completamente reparada com material protético 
ou dispositivo, seja realizada por cirurgia ou por intervenção do cateter , 
durante os 6 primeiros meses após o procedimento ᵀ 
 Doença arterial coronariana com defeitos residuais no local ou adjacente ao 
local de um remédio protético ou dispositivo protético (que inibe a 
endotelização) 
 Destinatários de transplante cardíaco que desenvolvem valvulopatia 
cardíaca 
* Exceto pelas condições listadas acima, a profilaxia antibiótica já não é recomendada para qualquer outra 
forma de doença cardíaca congênita 
ᵀ A profilaxia é razoável porque a endotelização do material protético ocorre em até 6 meses após o 
procedimento 
FONTE: AHA (2007, p. 1745) 
 
Assim, estes pacientes, considerados de risco, quando submetido a tratamento 
endodôntico onde será realizada a instrumentação do canal radicular ou cirurgia 
parendodôntica, devem sempre realizar a profilaxia antibiótica para prevenção da EI. 
A bacteremia, e a passagem de microrganismos a corrente sanguínea, que 
pode ser provocada, entre outras formas, por procedimentos odontológicos. A EI é 
uma doença sistêmica causada por bacteremia transitória que provoca a infecção do 
endocárdio e afeta as válvulas ou próteses cardíacas. O conhecimento do CD acerca 
desta doença é de extrema importância, uma vez que, a cavidade oral abriga uma 
série de microrganismos capazes de causar bacteremia. (LOPES & SIQUEIRA, 2004; 
CAMARGO et al., 2006; RATEIRO, 2015; CINTRA, 2015) 
 
 
 
14 
Os microrganismos mais propensos a causar EI são as bactérias do gênero 
Streptococcus do grupo viridans, que em sua maioria, estão presentes na cavidade 
oral, justificando assim, a necessidade da profilaxia antibiótica em casos específicos 
de tratamento dentário em pacientes de risco para o desenvolvimento da doença. 
(FILIPPO, 2012) 
É consenso que pacientes que apresentem condição de risco para EI que irão 
sofrer intervenções odontológicas que causam bacteremia, devem realizar a profilaxia 
antibiótica para prevenir infecções à distância. Desta forma, estes pacientes quando 
submetidos a instrumentação endodôntica ou cirurgia parendodôntica devem realizar 
a profilaxia, que consiste na administração de antibióticos a pacientes que não 
apresentam evidências de infecção, afim de prevenir a colonização de bactérias, e 
suas complicações no período pós-operatório. (ANDRADE, 2006; FILIPPO, 2012). 
Assim, o regime profilático indicado pela American Heart Association (2007) 
(AHA), estabelece a administração dos antibióticos de acordo com o (Quadro 2). 
 
Quadro 2: Regime profilático para procedimento odontológico 
Regime: Dose única, 30 a 60 minutos antes do procedimento 
Situação Agente Adultos Crianças 
Oral Amoxicilina 2g 50mg/kg 
Não é possível tomar 
medicação oral 
Ampicilina OU 
cefazolina ou 
ceftriaxona 
2g IM ou IV 50mg/kg IM ou IV 
Alérgicos a penicilina 
ou ampicilina-oral 
Cefalexina*ᵀ 
Clindamicina 
Azitromicina ou 
claritromicina 
2g 
600mg 
500mg 
 
50mg/kg 
20mg/kg 
15mg/kg 
 
Alérgico a penicilina ou 
ampicilina e incapaz de 
tomar medicação oral 
Cefazolin ou 
ceftriaxonaᵀ 
Ou clindamicina 
1g IM ou IV 
 
600mg IM ou IV 
50mg/kg IM ou IV 
 
20mg/kg IM ou IV 
IM indica intramuscular e IV indica intravenosa 
* Ou outra cefalosporina oral de primeira ou segunda geração em doses adultas ou pediátricas equivalentes 
ᵀ As Cefalosporinas não devem ser usadas em indivíduos com história de anafilaxia, angioedema ou 
urticária com penicilinas ou ampicilina. 
Fonte: AHA (2007, p. 1747) 
 
 
 
15 
 
A profilaxia antibiótica, quando realizada corretamente, é uma forma eficaz de 
prevenir o aparecimento da EI. Assim, tanto Lopes & Siqueira (2004) quanto Rateiro 
(2015) afirmam que para realização de uma adequada profilaxia antibiótica para EI 
vários fatores devem ser levados em consideração, como por exemplo, a condição 
geral do paciente, o risco aparente do procedimento a ser empregado causar 
bacteremia, possíveis reações adversas do agente antimicrobiano e a relação custo-
benefício do regime recomendado. 
Desta forma, segundo a AHA, portadores de cardiopatias congênitas, próteses 
valvares e doença arterial coronariana, que se submeterão a cirurgia parendodôntica 
ou instrumentação do canal radicular, devem realizar a profilaxia antibiótica, afim de 
prevenir que os micro-organismos presentes na região causem qualquer prejuízo à 
saúde do indivíduo ao cair na corrente sanguínea. (ANDRADE, 2006; AHA, 2007; 
RATEIRO, 2015) 
1.2 CARDIOPATAS MEDICADOS COM ANTITROMBÓTICOS 
Segundo Wannmacher & Ferreira (2007), as cardiopatias isquêmicas são 
causadas, ou pela oferta inadequada de oxigênio ao músculo cardíaco, muitas vezes 
decorrentes de uma trombose, ou pelo consumo excessivo de oxigênio pelo músculo 
cardíaco, como no caso de pacientes com hipertrofia miocárdica ou tireotoxicose. 
Entretanto, a principal causa é a trombose, e entre os principais fatores precipitantes 
da trombose, podemos citar a aterosclerose e a insuficiência venosa, desta forma, a 
prevenção primária para evitar a formação do trombo e, consequentemente, a 
isquemia cardíaca consiste, na adoção de medidas como práticas de exercício físico, 
controle da obesidade, abandono do hábito de fumar, alimentação saudável, e 
administração de antitrombóticos do grupo antiplaquetários, como por exemplo, o 
ácido acetilsalicílico, em cardiopatias isquêmicas, e os antitrombóticos dos grupos 
heparina e anticoagulantes orais em trombose venosa ou intracraniana, sendo estes 
fármacos também utilizados para prevenção secundária e tratamento das cardiopatias 
isquêmicas. São classificados de acordo com o Quadro 3. 
 
 
 
 
 
16 
Quadro 3: Classificação dos antitrombóticos 
GRUPOS COMPONENTES 
Antiplaquetários Ácido acetilsalicílico, ticlopidina, 
clopidogrel, prasugrel, dipiridamol, 
ticagrelor 
Heparina e heparinas de baixo 
peso molecular 
Heparina, enoxaparina, 
nadroparina, dalteparina, tinzaparina, 
logiparina, reviparina, ardeparina 
Anticoagulantes orais Varfarina, dicumarol, 
femprocumona 
Trombolíticos Estreptoquinase, uroquinase, 
alteplase (t-PA), anistreplase, 
tenecteplase, lanoteplase 
Antagonistas de trombina Hirudina, hirulog, ximelagatrana, 
dabigatrana 
Inibidores de receptores IIb-IIIa Lamifibana, tirofibana, 
xenlofibana, abciximabe, eptifibatida 
Inativadores diretos do fator Xa Fondaparinux sódico, 
rivaroxabana 
Fonte: Wannmacher e Ferreira (2007, p.893) 
 
Os principais efeitos adversos destes medicamentos são o sangramento e a 
trombocitopenia, caracterizada pela redução do número de plaquetas nosangue, que 
pode causar hemorragia em pacientes submetidos a procedimento odontológico onde 
há sangramento. (WANNMACHER; FERREIRA, 2007) 
De acordo com Lopes & Siqueira Jr. (2004), todo paciente que faz uso de 
anticoagulantes e que se submeterá a procedimentos onde ocorrerá sangramento, 
como a exemplo da cirurgia parendodôntica, deverá ter seu plano de tratamento 
cuidadosamente discutido entre o CD e o cardiologista, uma vez que, para a 
segurança do paciente durante o procedimento operatório odontológico, seria 
necessário que a administração do anticoagulante fosse suspensa 4 dias antes. 
Entretanto, a suspenção deste medicamento sem a devida avaliação e orientação 
médica pode trazer sérias consequências, como a formação de uma trombose de 
 
 
 
17 
prótese valvar, que segundo Bonow et al. (2008) é uma doença definida como a 
formação de um trombo próximo ou na superfície de uma prótese valvar, obstruindo o 
fluxo sanguíneo na região e interferindo no seu funcionamento. 
 Desta forma, o CD em conjunto com o cardiologista, deve analisar outras 
possibilidades, visto que, em muitos casos, quando analisado o risco de hemorragia 
em comparação ao risco que o paciente irá correr com a suspensão do medicamento, 
pode-se pensar na não suspensão do tratamento medicamentoso e adoção de outras 
medidas para reduzir o risco de sangramento no pós-operatório, como por exemplo, 
o uso de hemostáticos locais ou sistêmicos, apresentados no Quadro 4, sendo o uso 
de hemostáticos locais mais frequentemente aplicado, uma vez que, para 
intervenções odontológicas, estes, mostram atuação satisfatória. (WANNMACHER; 
FERREIRA, 2007) 
 
Quadro 4: Medidas hemostáticas locais e sistêmicas usadas em sangramento oral 
Locais 
Mecânicas: Múltiplas suturas com fio de seda, pressão no local 
Químicas: 
Gelatina absorvível 
Esponja de metilcelulose 
Rede de metilcelulose oxidada 
Colágeno microfibrilar 
Trombina bovina 
Cola, selante ou adesivo de fibrina 
Cola de cianoacrilato 
Ácido tranexâmico 
Sistêmicas 
Vitamina K 
Plasma fresco ou concentrado de protrombina ou concentração de fatores 
específicos da coagulação (para reposição) 
 
Fonte: Wannmacher e Ferreira (2007, p. 398) 
 
 
 
 
 
18 
Os agentes antifibrinolíticos, como o ácido tranexâmico, não devem ser 
administrados via sistêmica em pacientes anticoagulados, uma vez que, além de 
aumentar o risco trombótico, não atingem concentrações satisfatórias na saliva. O 
comprimido deverá ser macerado e acrescentado a um pouco de soro fisiológico, água 
filtrada ou anestésico local para confeccionar uma pasta que será colocada sobre a 
ferida cirúrgica, 2 a 3 vezes ao dia, por 5 dias. (SERRANO et al. 2007) 
Assim, é preconizado que, pacientes medicados com anticoagulantes que 
realizarão cirurgia parendodôntica não tenham a medicação suspensa, cabendo ao 
CD em consenso com o médico cardiologista estabelecer se poderá ser diminuída a 
dose do medicamento ou se será selecionada outra forma de reduzir o risco de 
hemorragia no pós cirúrgico, como o uso de suturas adicionais ou esponjas 
hemostáticas de gelatina absorvível. (WANNMACHER E FERREIRA, 2007; 
ANDRADE, 2014; MORETHSON 2015) 
Uma particularidade que deve ser pensada durante o atendimento endodôntico 
a estes pacientes é que, em relação ao tratamento de dentes infectados, a presença 
da infecção local pode aumentar o risco de hemorragia, além disso, a administração 
de antibiótico sistêmico nestes pacientes pode levar a quadros hemorrágicos leves. 
Assim o profissional deve estar preparado para controlar quadros hemorrágicos e 
orientar o paciente quanto a possíveis sangramentos no pós operatório e como ele 
deve proceder. (SERRANO et al,. 2007) 
 
 
 
 
19 
2 O PACIENTE HIPERTENSO 
 
A hipertensão arterial, segundo Serrano et al. (2007) é definida como sendo 
uma doença crônico-degenerativa de natureza multifatorial, que na maioria dos casos 
não apresenta sintomas, mas compromete o equilíbrio dos sistemas vasodilatadores 
e vasoconstritores que mantém o tônus vasomotor, fazendo com que a luz dos vasos 
diminuam causando danos aos órgãos irrigados por eles. Clinicamente a hipertensão 
é caracterizada por valores da pressão arterial sistólica acima de 140mmHg e/ou 
pressão arterial diastólica acima de 90mmHg. 
Segundo o IBGE, na última Pesquisa nacional de Saúde, realizada em 2013, 
aproximadamente 21,4% da população acima dos 18 anos sofriam de HAS, 
correspondendo a aproximadamente 31,3 milhões de indivíduos. 
A classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual é realizada 
de acordo com o Quadro 5. 
 
QUADRO 5 – Classificação da pressão arterial 
CLASSIFICAÇÃO 
PRESSÃO 
SISTÓLICA 
(mmHg) 
PRESSÃO 
DIASTÓLICA 
(mmHg) 
Ótima <120 <80 
Normal <130 <85 
Limítrofe 130-139 85-89 
Hipertensão 
estágio 1 
140-159 90-99 
Hipertensão 
estágio 2 
160-179 100-109 
Hipertensão 
estágio 3 
>180 >110 
Hipertensão 
sistólica isolada 
>140 <90 
FONTE: Serrano et al. (2007, p. 110) 
 
 
 
 
 
20 
O atendimento ao paciente não controlado apresenta um risco devido ao 
potencial de sangramento durante e após o procedimento bem como o risco de 
complicações como angina do peito, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral 
(AVC). Desta forma, pacientes hipertensos devem ter a pressão aferida a cada 
consulta, afim de se confirmar o controle da doença. (SERRANO et al., 2007) 
Embora não exista um consenso sobre a definição de valores de pressão 
arterial considerados seguros para o atendimento de urgência do paciente hipertenso, 
na prática odontológica adota-se valores de pressão arterial de 180x110mmHg 
(Hipertensão estágio 2) como valores limites para realização deste tipo de 
intervenção. Caso os valores aferidos estejam acima destes, o paciente não deverá 
ser atendido em consultório odontológico, devendo ser encaminhado para um serviço 
médico de urgência. (SERRANO et a., 2007) 
Devido ao fato do tratamento endodôntico requerer um tempo de execução 
maior e em muitos casos o paciente apresentar sintomatologia, o controle da 
ansiedade e a duração do efeito anestésico são de extrema importância para o 
atendimento a pacientes hipertensos. (LOPES & SIQUEIRA JR., 2004) 
2.1 CONTROLE DA ANSIEDADE 
Grande parte dos atendimentos em endodontia são realizados sob caráter de 
urgência (MACHADO, 2010), assim, estes pacientes que podem ter a pressão elevada 
devido ao quadro de dor e/ou ansiedade, é essencial que o profissional, antes de dar 
início ao tratamento, controle a ansiedade deste pacientes. (SERRANO et al., 2007) 
Para tanto, Lopes e Siqueira Jr. (2004) recomendam que o atendimento a estes 
pacientes seja realizado, preferencialmente pela manhã, quando se encontram mais 
calmos e tranquilos. Como medida complementar para combater a ansiedade, é 
indicado ainda o uso de fármacos do grupo benzodiazepínicos em dose única antes 
do início do atendimento, como o diazepam, lorazepam e alprazolam. (Quadro 6) 
 
QUADRO 6 - Administração dos benzodiazepínicos 
Diazepam 5 a 10 mg 30 a 45 minutos antes do 
atendimento Alprazolam 0,5 a 0,75 mg 
Lorazepam 1 a 2 mg 2 horas antes do atendimento 
FONTE: Lopes e Siqueira Jr. (2004, p. 167) 
 
 
 
21 
2.2 ANESTÉSICO LOCAL 
A escolha do anestésico local é um procedimento muito controverso tratando-
se de hipertensos devido a maioria dos médicos recomendarem o uso de anestésico 
sem vasoconstrictor. Entretanto, é necessário que dois pontos sejam levados em 
consideração na hora da escolha do anestésico para o tratamento endodôntico; 
primeiro: a concentração do vasoconstritor no tubeteanestésico utilizado na 
odontologia é muito pequena, e segundo: os atendimentos em endodontia costumam 
ter uma duração maior do que em outras especialidades, por este motivo necessita 
utilizar um anestésico que promova anestesia pulpar de maior duração, o que é 
alcançado apenas quando o vasoconstrictor está presente na solução. (LOPES E 
SIQUEIRA JR., 2004) 
Outro fator que deve ser levado em consideração, principalmente tratando-se 
de pacientes hipertensos, é que, caso não se alcance uma analgesia satisfatória, o 
paciente poderá sentir dor durante o procedimento, o que gerará estresse e, 
consequentemente, uma secreção endógena de catecolaminas pelas adrenais 40 
vezes maior comparadamente com um indivíduo em repouso (QUADRO 7), atingindo 
níveis sanguíneos muito maiores aos obtidos após a administração de um tubete de 
solução anestésica contendo epinefrina 1.50.000. (ANDRADE, 2014) 
 
Quadro 7 – Níveis sanguíneos de catecolaminas 
CATECOLAMINAS 
EPINEFRINA 
(ug/min) 
NOREPINEFRINA 
(ug/min) 
Secreção das 
adrenais de paciente em 
repouso 
7 1,5 
Secreção das 
adrenais em paciente sob 
estresse 
280 56 
Anestesia local 
com 1 tubete contendo 
epinefrina 1:50.000 
<1 - 
Fonte: Andrade (2014, p. 176) 
 
 
 
22 
É importante que, a injeção do anestésico não cause dor ao paciente, afim de 
prevenir um quadro de ansiedade que possa, consequentemente, elevar a pressão. 
Para tanto, existem medidas que podem ser aplicadas afim de reduzir o desconforto 
durante a injeção do anestésico, tais como; a aplicação de anestésico tópico na área 
que irá ser injetada, que apesar de não ter sua eficácia anestésica à injeção 
comprovada, traz ao paciente um conforto dado pelo poder de sugestão de que todas 
as medidas possíveis para se evitar a dor estão sendo tomadas; e a injeção lenta da 
solução anestésica, afim de permitir uma distribuição gradual que não cause pressão 
dolorosa; a vibração dos tecidos moles (lábio e bochecha) durante a injeção, afim de 
desviar o foco do paciente. (LOPES & SIQUEIRA JR., 2010) 
O uso de anestésico a estes pacientes deve obedecer alguns princípios 
básicos. (Quadro 8) 
 
QUADRO 8 - Princípios básicos para uso de anestésico local em cardiopatas e 
hipertensos 
 A injeção deve ser lenta e precedida de aspiração prévia; 
 Respeitar a quantidade máxima de 0,04mg de adrenalina (equivalente a 2 
tubetes); 
 Empregar vasoconstritor em concentrações mínimas – adrenalina 1:100.000 
ou 1:200.000 ou felipressina 0,03Ul/ml; 
 Havendo contraindicação absoluta do uso do vaso constritor, pode optar-se 
pela mepivacaína a 3% sem vasocontritor 
FONTE: Lopes e Siqueira Jr. (2004, p. 166) 
 
Desta forma, é consenso entre os profissionais de endodontia, que pela 
necessidade de se promover uma boa analgesia por um período maior, o anestésico 
de escolha é a Lidocaína a 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 utilizando-se 
no máximo 2 tubetes por sessão, correspondendo a 3,6 ml da solução. Casos de 
atendimento de urgência a pacientes descompensados, mas com medidas de 
pressão arterial inferior a 180x110mmHg e não possuir outras complicações 
sistêmicas, utilizando-se como anestésico de primeira escolha a Prilocaína a 3% com 
felipressina 0,003UI/ml, no máximo 3 tubetes por sessão, correspondendo a 5,4 ml da 
solução. (SERRANO et al., 2007; LOPES & SIQUEIRA JR., 2010; ANDRADE, 2014) 
 
 
 
23 
3 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
 
Entre os medicamentos mais prescritos pelos endodontistas, temos os 
analgésicos antipiréticos, os anti-inflamatórios não esteroidais e os antibióticos 
derivados da penicilina. (MACHADO, 2010) 
Um cuidado especial que deve-se ter ao atender pacientes cardiopatas e 
hipertensos é quanto a prescrição medicamentosa devido ao risco de interação destes 
medicamentos com os já utilizados pelo paciente. (ANDRADE, 2006) 
A interação medicamentosa é definida como uma modificação na intensidade 
ou na duração da resposta de um determinado medicamento, ao ser administrado 
simultaneamente a outro, tendo seus efeitos potencializados ou inibidos, prejudicando 
assim, o tratamento. (ANDRADE, 2014) 
Em endodontia, os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são fármacos 
amplamente utilizados, sendo de extrema importância o conhecimento do CD acerca 
das interações farmacológicas que podem ocorrer entre os AINEs e outros 
medicamentos utilizados pelo paciente. Sendo que, as interações podem ser 
descritas de acordo com a gravidade e o nível (BÉE, 2015), como apresentados nos 
Quadros 9 e 10. 
 
Quadro 9: Gravidade da interação medicamentosa 
Gravidade 
 
Descrição 
Contraindicado 
Os medicamentos são contraindicados 
para uso concomitante 
Importante 
A interação pode representar perigo à 
vida e/ou requerer intervenção 
Moderado 
A interação pode resultar em 
exacerbação do problema de saúde do 
paciente e/ou requerer uma alteração 
no tratamento 
Menor 
A interação pode resultar em efeitos 
clínicos limitados 
Fonte: Bée (2015, p. 19) 
 
 
 
24 
 
Quadro 10: Nível da interação medicamentosa 
Nível Descrição 
Estabelecido 
Comprovada a ocorrência em estudos 
controlados 
Provável 
Muito provável, mas não comprovado 
clinicamente 
Suspeito 
Pode ocorrer, alguns dados 
comprovam, mas são necessários mais 
estudos 
Possível 
Pode ocorrer, mas dados são muito 
limitados 
Improvável Não há boa evidência de efeito clínico 
Fonte: Bée (2015, p. 19) 
 
A prescrição de AINEs deve ser cautelosa, principalmente, se tratando de 
hipertensos, tendo em vista a grande quantidade de medicamentos anti-hipertensivos 
que sofrem alteração em seus efeitos, quando administrados simultaneamente a estes 
fármacos, como demonstrado no Quadro 11. 
 
Quadro 11- Interação entre AINEs e anti-hipertensivos 
FÁRMACO 
NÍVEL DE 
INTERAÇÃO 
PROBLEMA 
Hidroclorotiazida Possível Diminuição do efeito do anti-hipertensivo 
Propanolol Provável 
Diminuição do efeito do anti-hipertensivo 
+ insuficiência renal 
Metropolol Possível Diminuição do efeito do anti-hipertensivo 
Atenolol Provável 
Diminuição do efeito do anti-hipertensivo 
+ insuficiência renal 
Clortalidona Possível Diminuição do efeito do anti-hipertensivo 
Enalapril Possível Diminuição do efeito do anti-hipertensivo 
Fonte: Bée (2015, p.21) 
 
 
 
 
25 
Além dos AINEs, os analgésicos também podem interagir com alguns 
medicamentos hipertensivos, causando reações adversas, como a exemplo dos 
diuréticos Tiazídicos e De alça, que podem ter seu efeito anti-hipertensivo bloqueado, 
e os inibidores da enzima conversora de angiotensina, Captopril e Enalapril que 
sofrem redução em seu efeito anti-hipertensivo. 
Outra efeito indesejado dos AINEs ocorre quando eles são administrados em 
pacientes que fazem uso de anticoagulante oral, como a Varfarina, utilizado para 
prevenção de trombose venosa em pacientes com cardiopatia isquêmica. Os AINEs 
se ligam as mesmas proteínas plasmáticas que a Varfarina, fazendo com que a 
Varfarina livre circulante fique em uma concentração maior, potencializando seu 
efeito, podendo provocar hemorragia. Outro fármaco que também influência no efeito 
da Varfarina é o paracetamol, pois ele interfere no sistema de enzimas que 
metabolizam a Varfarina, aumentando sua concentração plasmática e exacerbando 
seu efeito, podendo também, provocar hemorragias.( WANNMACHER & FERREIRA, 
2007; ANDRADE, 2014; MORETHSON, 2015) 
Além dos anticoagulantes, os antiagregantes plaquetários, empregados na 
prevenção de infarto do miocárdio, também sofrem interferência dos AINEs, uma vez 
que, os AINEs inibem a síntese de tromboxanasdas plaquetas, diminuindo a 
agregação plaquetária, efeito que somado a ação dos antiagregantes plaquetários 
podem causar hemorragia no paciente. (ANDRADE, 2014) 
A interação farmacológica entre os vasoconstritores adrenérgicos contidos nas 
soluções anestésicas locais de uso odontológico e os betabloqueadores comumente 
prescritos para proteção cardíaca após infarto do miocárdio só ocorrem se a solução 
anestésica contiver uma alta concentração do vasoconstrictor, se ela for administrada 
em grandes quantidades, ou acidentalmente injetada pela via intravenosa (IV). Nesta 
condições, os receptores β1 e β2 já se encontram bloqueados pela ação dos 
betabloqueadores, permitindo a ação livre dos adrenérgicos nos α-receptores, 
elevando a pressão arterial, causando a crise hipertensiva. (ANDRADE, 2014; LOPES 
& SIQUEIRA JR, 2004) 
A digoxina é um fármaco utilizado no tratamento de problemas cardíacos, como 
arritmia e doença cardíaca congestiva, e podem interagir de maneira indesejada com 
antibióticos macrolídeos, como a eritromicina e a claritromicina. O uso simultâneo de 
 
 
 
26 
digoxina e macrolídeos faz com que os níveis de digoxina nos sangue se mantenham 
altos, causando toxicidade no paciente. 
Outro fator importante no que diz respeito a pacientes medicados com 
antitrombóticos, é a interação medicamentosa destes com os fármacos de uso 
odontológico. Visto que, alguns medicamentos de uso odontológico diminuem o efeito 
anticoagulante, enquanto outros, exacerbam, como demonstrado no Quadro 12. 
 
Quadro 12: Interações farmacológicas de anticoagulantes orais com medicamentos 
de uso corrente em Odontologia 
Potencialização do efeito anticoagulante 
Ácido acetilsalicílico Cefalosporinas 
Anti-inflamatórios não esteroidais Eritromicina 
Anti-inflamatórios esteroidais Metronidazol 
Paracetamol Penicilinas 
Diflunisal 
Fluconasol 
 
Oposição ao efeito anticoagulante 
Ácido ascórbico 
Barbitúricos 
Dicloxacilina 
 
Sem interferência sob o efeito anticoagulante 
Ibuprofeno 
Cetoconasol 
Vancomicina 
Fonte: Wannmacher e Ferreira (2007, p. 399) 
 
De acordo com Wannmacher e Ferreira (2007), quanto Morethson (2015), estes 
pacientes devem ser medicados no pós operatório com fármacos que não interfiram 
no efeito do antitrombótico, como a exemplo do Ibuprofeno, para controle da dor e da 
inflamação, e da vancomicina, para combater uma possível infecção bacteriana. 
 
 
 
27 
Não foram encontradas na literatura, nenhum documento que relate a interação 
entre soluções e medicamentos de uso tópico, empregados em endodontia, como o 
NaClO (hipoclorito de sódio), o EDTA (Ácido Etilenodiamino tetra-acético), o ácido 
cítrico, a clorexidina, o tricresol formalina ou o paramonoclorofenol, com fármacos 
utilizados para controle da doença por indivíduos cardiopatas ou hipertensos. 
Todas a interações medicamentosas aqui apontadas foram compiladas e 
apresentadas no Apêndice A. 
 
 
 
 
 
28 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Uma anamnese bem feita é o melhor caminho para se descobrir qualquer 
alteração sistêmica, sendo assim, ela nunca deve ser negligenciada, e nos casos em 
que houver algum comprometimento sistêmico, o CD deve trabalhar em conjunto com 
o médico na elaboração de um plano de tratamento que leve em consideração todas 
as particularidades deste paciente. 
Em pacientes cardiopatas, um ponto extremamente relevante é o risco do 
paciente contrair a EI, sendo assim, os pacientes portadores de cardiopatias 
congênitas, próteses valvares e doença arterial coronariana, que se submeterão a 
instrumentação do canal radicular ou cirurgia parendodôntica devem sempre realizar 
a profilaxia antibiótica conforme recomendado pela AHA. 
Pacientes que fazem uso contínuo de antitrombóticos, devem ser previamente 
avaliados quando submetidos a procedimentos onde há risco de sangramento, afim 
de se evitar um quadro hemorrágico. Podendo o profissional, lançar mão de medidas 
hemostáticas locais para controlar pequenas hemorragias. A medicação 
antitrombótica não deve ser suspensa devido ao risco de ocorrer formação de trombo, 
caso seja suspensa a medicação, ser maior do que o risco de hemorragia durante os 
procedimentos. 
Para atendimento à pacientes hipertensos, mesmo controlados, é importante 
que o profissional lance mão de medidas para controle da ansiedade, visando a 
diminuição do estresse, e consequentemente, um melhor controle da pressão arterial 
deste paciente. 
Pacientes com pressão arterial superior a 180x110mmHg, não devem ser 
atendidos em consultório odontológico, mesmo em casos de urgência, devendo-se 
encaminha-los para atendimento em âmbito hospitalar. 
Para pacientes controlados, mesmo havendo, em alguns casos, a indicação de 
anestésico local sem vasoconstritor por parte dos médicos, é consenso entre os 
profissionais da área de odontologia, que o anestésico de escolha seja a lidocaína a 
2% com epinefrina 1:100.00 ou 1:200.000, no máximo 2 tubetes tendo em vista um 
melhor e mais prolongado efeito anestésico. 
Em pacientes não controlados, mas com medida da pressão arterial inferior a 
180x110 mmHg, que necessitam de atendimento de urgência, o anestésico de 
 
 
 
29 
escolha é a mepivacaína a 3% com felipressina 0,003 Ul/ml, no máximo 3 tubetes. 
A prescrição medicamentosa de analgésico, AINE e antibiótico deve ser 
cautelosa, em vista do risco da interação medicamentosa entre estes medicamentos 
e os fármacos utilizados pelos pacientes para controle da doença sistêmica, que 
poderá trazer prejuízos à saúde e a vida destes pacientes. 
Contudo, cabe ao endodontista, após uma minuciosa anamnese, elaborar o 
melhor plano de tratamento para estes pacientes, incluindo todas as etapas do 
procedimento, seus possíveis riscos, e medidas a serem adotadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
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para dentistas. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2007. 545 p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
APÊNDICE A - Interações medicamentosas 
MEDICAMENTO PRESCRITO 
OU ADMINISTRADO PELO 
CIRURGIÃO-DENTISTA 
MEDICAMENTO DE 
USO CONTÍNUO DO 
PASCIENTE 
PROBLEMA 
AINES 
Hidroclorotiazida 
Os AINES interagem com 
estes medicamentos 
diminuindo seu efeito 
anti-hipertensivo 
Propranolol 
Metropolol 
Atenolol 
Clortalidona 
Enalapril 
Varfarina 
Os AINES competem 
pelos receptores com a 
Varfarina, o que acarreta 
em uma maior 
concentração de 
Varfarina livre na 
circulação, 
potencializando o efeito 
anticoagulante 
Antiagregantes 
plaquetários 
Os AINES inibem a 
síntese de tromboxanas 
nas plaquetas, 
diminuindo a agregação 
plaquetária. Em uso 
concomitante com 
antiagregantes 
plaquetários, 
potencializam a ação 
deste. 
Paracetamol Varfarina 
O paracetamol interfere 
no sistema de enzimas 
que metabolizam a 
Varfarina, causando um 
aumento de sua 
concentração na 
circulação sanguínea e 
consequentemente, 
potencializando seu 
efeito 
Antibióticos Macrolídeos Digoxina 
A digoxina pode interagir 
com os antibióticos 
macrolídeos, 
aumentando o nível 
sérico do digitálico, que 
pode causar um quadro 
de toxicidade no paciente 
 
 
 
33 
Vasoconstritores Adrenérgicos Betabloqueadores 
Em pacientes que fazem 
uso de 
betabloqueadores, caso 
ocorra injeção acidental 
do anestésico via IV, 
caso o anestésico seja 
utilizado em grande 
quantidade ou tenha 
grande concentração do 
vasoconstritor, o 
adrenérgico terá ação 
livre nos α-receptores, o 
que elevará a pressão 
arterial, podendo resultar 
em uma crise 
hipertensiva 
 
Analgésicos 
 
Diuréticos Tiazídicos 
ou De alça 
 
Bloqueio da ação anti-
hipertensiva 
Captopril e Enalapril 
Redução do efeito anti-
hipertensivo

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