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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA NELSON FERREIRA DE CASTRO JUNIOR E SARA JORDANA PEREIRA TAVARES PRESENÇA DE BACTÉRIAS NO AMBIENTE E CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS DE COLÔNIAS GOIÂNIA-GO 2018 NELSON FERREIRA DE CASTRO JUNIOR E SARA JORDANA PEREIRA TAVARES PRESENÇA DE BACTÉRIAS NO AMBIENTE E CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS DE COLÔNIAS Relatório encaminhado como critério de avaliação para a disciplina “Bactérias: Cultivo e identificação” da Universidade Federal de Goiás. Prof. Dra. Carla Afonso da Silva Bitencourt Braga GOIÂNIA-GO 2018 1 Introdução A cultura bacteriana é uma técnica dirigida e controlada do crescimento de colônias de bactérias, a fim de facilitar o seu estudo (SILVA, 2014). Tal método serve como catalisador, objetivando a melhoria no desempenho dos processos envolvidos. A técnica de cultura de bactérias consiste basicamente em promover a multiplicação de colônias de organismos microbianos in vitro (KALID, 2011). O crescimento dos micro-organismos nos diferentes meios de cultura utilizados fornece as primeiras informações para a sua identificação. É importante conhecer o potencial de crescimento de cada meio e adequar ao perfil bacteriano estudado (NICÉSIO, 2010). O meio de cultura consiste em substância líquida ou gelificada, simples ou complexa, que permite a nutrição, o crescimento e a multiplicação dos microrganismos (SILVA, 2014). Silva também destaca que os meios de cultura podem ser classificados de acordo com estado físico, composição e utilização, podendo ser líquidos ou gelificados, naturais, sintéticos, semi-sintéticos, meios de base, enriquecidos ou seletivos. A cultura bacteriana utiliza diferentes tipos de gel Ágar, sendo que cada um deles tem uma especificidade (SILVA, 2014). Alguns deles são Ágar Nutriente, Ágar Sangue e Ágar Chocolate. Silva (2014) define o Ágar Nutriente como um meio simples e muito usado em procedimentos laboratoriais. Dentre suas finalidades estão a análise de alimentos e água. Sobre Ágar Sangue, o meio oferece condições de crescimento para a maioria dos micróbios, isolando organismos não fastidiosos e verificando hemólise dos Streptococcus spp. e Staphylococcus spp. As técnicas de semeadura são o método pelo qual se transfere inóculos bacterianos de um meio de cultura ou material a ser analisado (secreções, alimentos) para um outro meio de cultura (CÂMARA, 2013). Câmara (2013) caracteriza um dos tipos de semeadura, Esgotamento em Estrias ou Estrias Múltiplas, como a transferência de uma alçada da cultura para a placa e estriar com a alça bacteriológica sobre esse meio. Assim, a placa é dividida em 4 quadrantes e a inoculação pode ser feita de dois modos: 1- Três estrias: Estriar na metade da placa com movimentos de zig-zag. Quando finalizar o estriamento da primeira metade, girar a placa em 90º e estriar até ¼ da placa, girando mais 90º posteriormente para estriar o meio restante. (FIGURA 1, ilustração 1.1). 2- Quatro estrias: Estriar até 2/3 da metade da placa, girar 90º, estriar ¼ da placa, girar 90º, estriar mais ¼, girar outra vez, completando a semeadura no restante da placa. (FIGURA 1, ilustração 1.2). O objetivo desse método é a obtenção de colônias isoladas. Portanto, é importante não cruzar as estrias (não tocar a alça na estria anterior), para reduzir o inóculo a cada estria e obter as colônias isoladas. Pode-se, alternativamente, flambar a alça entre as estrias e tocar a ponta da estria anterior, arrastando um pequeno inóculo para a próxima estria. Após a semeadura, a placa de Petri é incubada em um ambiente que favorece o crescimento das colônias bacterianas. Tal ambiente é caracterizado pela temperatura de 37º e placas permanecem nele por um período de 24 horas. O crescimento é seguido pela caracterização morfocolonial. As colônias são classificadas e descritas através de três critérios: forma, elevação e margem. (FIGURA 2). 1.1 Objetivo Geral O presente relatório tem por objetivo expor e discutir os resultados das aulas práticas dos dias 15 e 16 de março de 2018. Tais aulas tiveram como intuito isolar e caracterizar bactérias de diferentes ambientes, com a finalidade de se conhecer as diversas características macroscópicas das colônias isoladas. 2 Desenvolvimento Na aula do dia 15 de março de 2018, foi proposta aos alunos a feitura de semeadura em placas de Petri, cujo meio de cultura foi previamente preparado. Dividiu-se a turma em duplas que coletariam amostras de micro-organismos em torno do campus. As duplas coletaram amostras de solo, banheiro e bebedouro. Os materiais utilizados para a coleta consistiram de um béquer e uma espátula para a coleta de solo, swab e solução salina 0,9%. Para que a técnica de semeadura fosse realizada, utilizou-se placas com Ágar Nutriente, alça de platina e Bico de Bunsen. Fez-se o uso do método de esgotamento em estrias, mais especificamente o que é caracterizado pela realização de 4 estrias ao longo dos quatro quadrantes da placa. A cada nova estria, os alunos flambavam a alça de platina e procuravam não encostar a alça na estria anterior, de modo a alcançar inóculos isolados. As placas inoculadas pelos alunos foram incubadas em temperatura de 37º graus, durante um período de 24 horas para que houvesse o crescimento de colônias. Assim, a aula do dia 16 de março de 2018 foi marcada pela caracterização morfocolonial das placas preparadas no dia anterior. Os estudantes utilizaram lupas para realizar a caracterização, seguindo os critérios de cor, tamanho, opacidade ou brilho, formato e borda. 3 Resultados e Discussões A primeira placa de petri foi feita com amostra de solo próximo a entrada do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), na qual foram encontradas duas colônias com as seguintes características morfo coloniais: ● Primeira colônia: ○ - Tamanho: Pequena. ○ - Cor: acinzentada, com o centro em tom mais escuro e no halo mais claro. ○ - Opaca ou brilhante: Opaca. ○ - Forma:Redondo com borda regular. ● Segunda colônia: ○ - Tamanho: Grande. ○ - Cor: acinzentada, com o centro em tom mais escuro e no halo mais claro. ○ - Opaca ou brilhante: Opaca. ○ - Forma:Redondo com borda irregular. A segunda placa de petri também é uma amostra recolhida do solo na qual apresenta três colônias de bactérias, sendo duas delas iguais a primeira: ○ - Tamanho: Pequena. ○ - Cor: acinzentada com o centro em tom mais escuro e no halo mais claro. ○ - Opaca ou brilhante: Opaca. ○ - Forma:Redondo com borda regular. ● Segunda colônia: ○ - Tamanho: Grande. ○ - Cor: acinzentada, com o centro em tom mais escuro e no halo mais claro.○ - Opaca ou brilhante: Opaca. ○ - Forma:Redondo com borda irregular ● Terceira colônia: ○ - Tamanho: Média. ○ - Cor: amarelo claro. ○ - Opaca ou brilhante: Opaca. ○ - Forma: Estrelado com borda irregular. O grupo responsável pela placa de petri de número três (3), colheram sua amostra no banheiro do IPTSP, nesta cultura de bactérias foi encontrado apenas uma colônia com as seguintes características: ● Única colônia: ○ - Tamanho: Médio. ○ - Cor: cinza. ○ - Opaca ou brilhante: Opaca. ○ - Forma: Redondo com borda regular. A placa de petri de número quatro (4) foi feita com a mesma amostra de solo presentes nas placas de número 1 e 2. Apresentando somente uma colônia de bactérias com as seguintes características: ● Única colônia: ○ - Tamanho: Pequeno. ○ - Cor: amarelada. ○ - Opaca ou brilhante: Opaca. ○ - Forma: Redondo com relevo e borda regular. O bebedouro, localizado no hall de entrada do IPTSP, foi escolhido para a colheita de amostra para a preparação da placa de petri de número cinco (5). nesta placa foi encontrado apenas uma colônia de bactérias, descrita logo a seguir: ● Única colônia: ○ - Tamanho: Pequeno. ○ - Cor: Cinza ○ - Opaca ou brilhante: Opaca. ○ - Forma: Redondo com relevo e borda regular. A última placa de petri com o número seis (6) foi feita com a mesma amostra colhida na placa de número três (3). Nesta placa apresenta uma única colônia: ● Única colônia: ○ - Tamanho: Pequeno. ○ - Cor: Cinza amarelado ○ - Opaca ou brilhante: Brilhante. ○ - Forma: Redondo com relevo e borda regular. 4 Conclusão O presente relatório, serviu de base a introdução da disciplina de “Bactérias: cultivo e identificação’. Na qual, os estudantes tiveram a primeira as experiência nas coleta de amostra de diferentes ambientes, semeadura em placa de petri com ágar nutriente, incubação de forma correta e caracterização das colônias após o período de incubação. A caracterização realizada teve auxílio da professora em sala, à parte teórica da literatura trabalhada no relatório. Concluímos que para uma boa análise de caracterização morfo colonial, deve ser realizada um bom isolamento de colônia de bactérias. Na aula foi produzido 12 placas de petri, mas somente conseguimos aproveitar 6 placas. Este acontecimento é explicado por alguns alunos da disciplina ainda não tem prática na realização da semeação de bactérias. No mais a aula foi realizada de forma tranquila e proveitosa. 5 Referências Bibliográficas CÂMARA, Brunno. Descrição morfológica de colônias em microbiologia. Disponível em: <https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/08/descricao-morfologica-de-colonias-em.html> Acesso em: 17 de março de 2018. CÂMARA, Brunno. Técnicas de Semeadura. Disponível em: <https://www.biomedicinapadrao.com.br/2012/09/tecnicas-de-semeadura.html> Acesso em: 17 de março de 2018. NICÉSIO, Raphael Gonçalves. Conheça os principais meios de cultura. Disponível em: <http://www.biomedicinabrasil.com/2010/09/meios-de-cultura.html> Acesso em: 17 de março de 2018. KALID, Guilherme. Cultura Bacteriana. Disponível em: <https://www.infoescola.com/microbiologia/cultura-bacteriana/> Acesso em: 17 de março de 2018. SILVA, Débora. Entenda o que é a cultura bacteriana e pra quê serve. Disponível em: <https://www.estudopratico.com.br/entenda-o-que-e-a-tecnica-de-cultura-bacteriana-e-pra-que-serve/ > Acesso em: 17 de março de 2018.
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