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1
PREFÁCIO 
 
Esta apostila foi elaborada por alunos bolsistas do Projeto Institucional de Bolsas 
de Ensino de Graduação da Universidade Federal de Uberlândia com a finalidade de 
servir como um guia de aulas práticas da Disciplina de Sistemática de Criptógamas. A 
apostila traz um texto introdutório sobre Sistemática Vegetal, já que esta é a primeira 
Disciplina de Botânica, no currículo atual, ministrada para o Curso de Graduação em 
Ciências Biológicas da UFU, além de textos complementares antes de cada protocolo de 
aula prática. Anexos aos protocolos de aulas práticas, encontram-se chaves dicotômicas 
ilustradas (exceto para fungos) e glossários para cada um dos grupos abordados – 
fungos, algas, briófitas e pteridófitas. No final da apostila, apresentamos algumas 
sugestões de atividades práticas como um guia para trabalho de campo. 
Os grupos abordados na apostila são os tradicionalmente ensinados na Disciplina 
de Sistemática de Criptógamas, embora fungos e a maioria das algas não sejam 
considerados como Criptógamas nos Sistemas de Classificação atuais. Os fungos são há 
muito tempo estudados com as plantas por serem multicelulares e sésseis e continuam 
fazendo parte das Disciplinas de Botânica em boa parte das Universidades Brasileiras. As 
algas são um grupo artificial que engloba desde cianobactérias até protistas clorofilados 
uni- e multicelulares, além de alguns de seus parentes não-pigmentados. Briófitas e 
pteridófitas são os componentes mais basais do Reino Plantae e apresentam as 
características que foram fundamentais à colonização do ambiente terrestre. 
 
 
 2
SUMÁRIO 
 
Fundamentos em Sistemática Vegetal 
A Sistemática Vegetal ............................................................................................................... 03 
Sistemas de Classificação ........................................................................................................ 03 
Chaves de Identificação: um método de classificação artificial ............................................... 07 
Nomenclatura Botânica ............................................................................................................ 07 
Procedimentos em um Herbário ............................................................................................... 10 
Exercícios: Fundamentos em Sistemática Vegetal .................................................................. 14 
Fungos ................................................................................................................................................... 15 
Roteiro: Aula prática de fungos ................................................................................................ 19 
Glossário de fungos .................................................................................................................. 23 
Algas ...................................................................................................................................................... 25 
Roteiro: Aula prática de algas ................................................................................................... 28 
Chave dicotômica ilustrada de algas ........................................................................................ 34 
Glossário de termos de algas ................................................................................................... 70 
Reino Plantae ........................................................................................................................................ 74 
Briófitas .................................................................................................................................................. 74 
Roteiro: Aula prática de briófitas ............................................................................................... 77 
Chave dicotômica ilustrada de briófitas .................................................................................... 81 
Glossário de termos de briófitas ............................................................................................... 88 
Pteridófitas ............................................................................................................................................. 91 
Roteiro: Aula prática de pteridófitas.......................................................................................... 95 
Chave dicotômica ilustrada de pteridófitas ............................................................................. 102 
Glossário de termos de pteridófitas ........................................................................................ 110 
Sugestões de atividades práticas complementares ............................................................................ 115 
Construção de chaves dicotômicas ........................................................................................ 115 
Elaboração e desenvolvimento de projeto de pesquisa ......................................................... 115 
Referências Bibliográficas ................................................................................................................... 120 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3
FUNDAMENTOS EM SISTEMÁTICA VEGETAL 
A SISTEMÁTICA VEGETAL 
 
Os termos Sistemática e Taxonomia frequentemente se confundem no estudo da 
Botânica, embora possuam conceitos distintos. A Sistemática é a ciência que se ocupa da 
diversidade e relações de parentesco entre os organismos, enquanto a Taxonomia se 
atém às normas de nomenclatura e de classificação dos organismos. A Taxonomia é 
tratada como um ramo da Sistemática ou como uma ferramenta a ser utilizada em 
Sistemática Vegetal. 
As principais categorias taxonômicas são amplamente conhecidas por leigos e 
pesquisadores, Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie, mas categorias 
adicionais como, por exemplo, Subclasse, Subfamília, Secção, etc., podem existir 
dependendo do grupo a ser estudado. Um táxon (taxon em Latim) é um grupo formado 
por grupamentos de organismos como, por exemplo: Reino Plantae, Filo Lycopodiophyta, 
Família Lycopodiaceae, Gênero Lycopodium. A palavra táxon tem como plural táxons 
(taxa em Latim). 
Os termos Classificação e Identificação também geram confusão e devem ser bem 
compreendidos. A Classificação de um organismo consiste em enquadrá-lo em táxons 
apropriados, o que é necessário no caso do descobrimento de espécies novas ou de 
modificações na classificação já existente. A Identificação de um organismo consiste em 
verificar em que táxons o organismo está classificado, ou seja, deve ser um organismo já 
descrito anteriormente. 
 
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO 
 
Os Sistemas de Classificação e Nomenclatura devem conter as categorias 
taxonômicas organizadas hierarquicamente dentro das quais diferentes grupos de 
organismos devem ser situados. Os primeiros sistemas de classificação surgiram da 
necessidade de organizar as informações sobre a utilidade das plantas e de suas 
periculosidades, atualmente, levam em consideração as afinidades evolutivas entre os 
organismos. 
Sistemas Baseados no Hábito das Plantas 
Os primeiros Sistemas de Classificação foram elaborados na antiguidade e tinham 
como intuito informar as pessoas sobre a utilidade dessas plantas. Theophrastus (Ca. 370 
– 285 aC) é considerado o “Pai da Botânica”, classificou as plantas como árvores, 
 4
arbustos, subarbustos e ervas e muitos dos nomes atuais de plantas têm sua origem no 
nome dado por Theophrastus. Dioscórides (100 dC) foi um importante Botânico e uma de 
suas missões foi melhorar o serviço médico do Império Romano. Coletou plantas em toda 
a Europa e escreveu o livro “Materia Medica” com descrições deaproximadamente 700 
espécies de plantas medicinais. Durante a Idade Média houve pouco progresso no 
conhecimento das plantas na Europa, havendo algum progresso no mundo Islâmico. San 
Alberto Magno (1193-1280 aprox.) escreveu “De vegetabilis” com descrição detalhada de 
muitas plantas e supostamente foi o primeiro a distinguir monocotiledôneas e 
dicotiledôneas. Com o surgimento da imprensa nos séculos XVI e XVII, o interesse e 
difusão da Botânica aumentaram bastante com muitas publicações, principalmente na 
Alemanha. Curiosamente, as civilizações chinesa e hindu alcançaram o nível de 
conhecimento Botânico existente na Europa no século XVI muito antes deste período, 
desenvolvendo culturas importantes como as do arroz, feijão, laranja, pimenta do reino, 
dentre outras. No início do século XVI, os Herbalistas que se interessavam principalmente 
pelas características curativas das plantas, descreveram e ilustraram minuciosamente 
muitas espécies de plantas. Leonhart Fuchs destacou-se pela descrição de 500 espécies 
e pela elaboração de um glossário em sua obra “De historia stirpium commentarii 
insignes”. 
Sistemas Artificiais 
Os sistemas artificiais têm como único objetivo ser um meio conveniente de situar 
uma planta dentro de uma classificação e contribuir para sua identificação. Não tem 
qualquer preocupação de mostrar relações de afinidade. Caesalpino, Bauhin, Ray e 
Tournefort são pesquisadores de destaque nos séculos XVI e XVII. Adrea Caesalpino 
(1519-1624) reconheceu grupos considerados naturais nos dias de hoje. Caspar Bauhin 
(1560-1624) é autor de uma obra com descrição de 6000 plantas e seus sinônimos e 
distingue pela primeira vez os conceitos de gênero e espécie, conferindo grande 
importância à sua obra. John Ray (1627-1705) apresenta um Sistema de Classificação 
baseado principalmente nas características de estruturas reprodutivas, sendo o avanço 
mais importante na botânica teórica do século XVII. Ao utilizarem muitos caracteres, os 
grupos finais das classificações tendem a ser naturais e a maioria é reconhecida 
atualmente. Entretanto, ao utilizar o porte como o primeiro nível de classificação, dois ou 
mais grupos naturais encontram-se separados no sistema. Carl Linnaeus (1707-1778) é o 
pai da taxonomia como é conhecida atualmente, por ter criado o sistema binomial de 
nomenclatura. Em suas obras “Systema naturae”, “Genera plantarum“ e “Species 
plantarum” criou um sistema muito útil para identificação de plantas baseado apenas em 
 5
características reprodutivas (Sistema Sexual de Lineu), embora as relações naturais entre 
os grupos não tenham sido enfatizadas. Muitos dos importantes botânicos atuais foram 
alunos da escola Lineana, evidenciando a grande contribuição deste mito a essa ciência. 
Devido ao conjunto de expedições científicas realizadas na época e, sobretudo às obras 
de Tournefort, Ray e Linnaeus as ciências naturais sofrem uma profunda modificação. 
Sistemas Naturais 
Os sistemas naturais surgiram como fruto do enorme contingente de novas 
espécies que passaram a ser conhecidas, devido às numerosas coleções que chegavam 
à Europa provenientes dos Países tropicais. No final do século XVIII, muitos botânicos se 
dedicaram à busca de afinidades naturais entre as plantas, passando a utilizar um número 
de caracteres muito superior ao utilizado por Lineu para atingir este propósito. Entretanto, 
deve-se ter em mente que o Sistema Natural foi criado para refletir o plano criador de 
Deus ao invés das verdadeiras relações de parentesco. 
Apesar da grande influência de Linnaeus, alguns de seus contemporâneos 
seguiram as idéias de Ray e Tournefort, dentre os quais destacam-se Michel Adanson 
(1727-1806) e Antoine-Laurent De Jussieu (1748-1836). Michel Adanson em “Families 
des Plantes” dá o mesmo peso a cada caráter observado, empregando caracteres 
morfológicos, químicos, ecológicos e biológicos. Antoine-Laurent De Jussieu em “Genera 
plantarum” observa que certos caracteres têm maior peso na classificação. Agustin 
Pyramus De Candolle (1778-1841) baseou-se no sistema de Jussieu e separou algas e 
fungos de briófitas. Mais tarde, seu filho Alphonse De Candolle (1844) une as pteridófitas 
às briófitas. M. Wilkomm (1854) apresenta uma das melhores classificações de sua 
época, onde divide os vegetais em Criptógamas e Fanerógamas, é um dos primeiros a 
separar Gimnospermas de Angiospermas e considera Monocotiledôneas e Dicotiledôneas 
como classes de Angiospermas. 
Sistemas Filogenéticos 
O sistema filogenético é considerado o que mais se aproxima do ideal, já que 
procura agrupar os táxons conforme ancestralidade e descendência (Bicudo & Menezes 
1970) e considera tanto os vegetais atuais quanto os de outras eras geológicas. Ele se 
afirma na teoria da evolução e só pode surgir após a publicação de “Origem das 
Espécies” de Charles Darwin em 1859. Reconhece-se que o atual estado de 
conhecimento do homem não permite a reconstrução de um sistema filogenético perfeito. 
Os sistemas disponíveis representam uma tentativa com vistas a um objetivo filético, 
configurando-se numa combinação de evidências naturais e filéticas. Não perdendo de 
vista a busca de relacionamentos naturais entre os táxons. 
 6
Sistemas Gradistas - Classificações evolucionistas ou Darwinianas 
Durante a segunda metade do século XIX o estudo da Botânica se concentrou na 
Alemanha e a classificação era exclusivamente morfológica. August W. Eichler (1839-
1887) consolida as idéias de Wilkomm com a separação entre Criptógamas e 
Fanerógamas e de outras dicotomias importantes e estabelece grupos ancestrais ou 
derivados. Adolf Engler (1844-1930) baseou-se em Eichler para a elaboração de um 
Sistema de Classificação - Syllabus der Pflanzenfamilien - o qual é considerado o primeiro 
autenticamente filogenético e é base para a organização de grandes herbários. A obra 
conjunta com Karl Prantl, Die naturlichen Pflanzenfamilien é uma enciclopédia com 
abundantes referências sobre morfologia, anatomia e geografia que foi amplamente aceita 
pela sua elaborada forma de apresentação. No início do século XX, Bessey (1845-1915) 
publicou um sistema filogenético baseado nos princípios da evolução orgânica e 
juntamente aos seus discípulos estabeleceu diversas tendências evolutivas aceitas até a 
atualidade. 
A representação gráfica de uma classificação, um dendrograma, pode ser 
elaborado com as semelhanças entre os grupos e é denominado fenograma ou, se além 
dos dados fenéticos, levar em conta a idade dos grupos, denomina-se árvore filogenética 
ou filograma. A ordenação dos grupos se estabelece de acordo com caracteres 
considerados primitivos e derivados. Seguindo a tradição de Eichler, Engler, Prantl e 
Beesey, constituíram-se diversos sistemas de classificação de orientação filética durante 
o século XX. Dentre eles podem ser mencionados os de Sprone (1959), Benson (1962), 
Hutchinson (1969, 1973), Cronquist (1968, 1988) Cronquist et al. (1966), Thorne (1968, 
1976, 1992) e Takhtajan (1969, 1980, 1987, 1996), tendo grande aceitação e seguimentos 
consideráveis. As teorias sobre as tendências evolutivas de órgãos vegetativos e 
reprodutivos estabelecidas por Takhtajan foram amplamente aceitas por muitas décadas. 
As classificações de Cronquist abrangem caracteres histológicos e sobre metabólitos 
secundários e seus sistemas continuam sendo utilizados em muitas Universidades 
Européias. 
Taxonomia Numérica ou Sistemática Fenética 
Michel Adanson (1727-1806) é considerado o pai da taxonomia numérica. O 
procedimento supõe um grande esforço para compilar o maior número possível de 
caracteres, mas não se confere nenhum peso especial a nenhum dos caracteres. É 
baseada em similaridades fenéticas independentementedas considerações filogenéticas, 
na prática, não foi considerada pelos taxonomistas. 
Sistemas Cladistas-Cladística-Sistemática Filogenética 
 7
Como a taxonomia numérica, também surge com o objetivo de trazer mais 
objetividade à construção das classificações. Tem sua origem no trabalho do entomólogo 
alemão Willi Hennig (1950) e, a partir da segunda metade da década de 70, o número de 
seguidores e publicações em cladística cresce. Hoje o que se conhece como cladística 
reúne quase todas as tendências derivadas da prática filogenética, considera-se 
transformação o processo histórico real da evolução. Baseiam-se em sinapomorfias para 
construir grupos monofiléticos, e os demais grupos são arbitrários. Desde o falecimento 
de Arthur Cronquist em 1992, um crítico feroz da cladística, essa área da ciência 
diversificou muito seus métodos e está sendo melhor aceita pela comunidade científica; 
atualmente, tem o auxílio da reconstrução filogenética através da sistemática molecular. 
 
CHAVES DE IDENTIFICAÇÃO: UM MÉTODO DE CLASSIFICAÇÃO ARTIFICIAL 
 
Os Sistematas têm muitas ferramentas disponíveis para a identificação de plantas 
e a mais importante delas é a chave dicotômica. As chaves de identificação são muito 
antigas na história da Botânica, remetidas a John Ray (1682). Consistem num sistema de 
classificação cujo fim é servir de ajuda para a identificação dos distintos grupos 
taxonômicos, sendo frequentemente artificiais. Os caracteres têm de ser claros, menos 
plásticos e que necessitem de menos métodos ou materiais para sua identificação. As 
chaves são geralmente dicotômicas podendo ser escritas no formato identado ou 
pareadas. Ela apresenta ao usuário uma série de alternativas entre dois caracteres 
mutuamente exclusivos, se o usuário fizer a escolha correta ele será levado ao nome do 
objeto desconhecido. Também existem chaves de múltiplos acessos, as quais possuem 
um número muito maior de caracteres que podem ser consultados em qualquer ordem. 
Dessa forma, se alguma estrutura estiver faltando no exemplar, pode-se pular esse passo 
e obter um grupo de poucos nomes que podem corresponder ao exemplar em questão. 
Esta apostila traz chaves dicotômicas ilustradas após cada uma das seções de 
aulas práticas para gêneros de algas, gêneros e ordens de briófitas e famílias de 
pteridófitas. 
 
NOMENCLATURA BOTÂNICA 
 
Algumas regras básicas devem ser observadas para o uso correto da 
Nomenclatura Botânica para que haja a universalização dos nomes dados aos diferentes 
táxons. Os nomes científicos de plantas seguem o “Código Internacional de Nomenclatura 
 8
Botânica” que é atualizado durante os Congressos Internacionais de Botânica. Este 
código não é utilizado apenas para plantas terrestres, mas também para protistas, algas e 
fungos. 
O sistema nomenclatural é baseado em 6 princípios: 
1.Independência do Código Internacional de Nomenclatura Botânica: 
“A nomenclatura Botânica é independente da nomenclatura Zoológica” 
2.Princípio da Tipificação: “Tipo” vem de exemplar típico. Quando se descobre uma 
espécie nova, um espécime é depositado em um herbário e estará disponível para 
estudo. Ele é considerado o exemplar típico (tipo) do grupo e será a referência para o 
nome dado à espécie. Este conceito requer que o nome original da espécie seja aplicado 
à espécie à qual o espécime tipo pertence. 
 
Tipos nomenclaturais 
Holótipo: espécime eleito como tipo do nome na publicação original. 
Isótipo: outros ramos da mesma planta do holótipo, ou seja, duplicatas. 
Parátipos: qualquer espécime além do holótipo. 
Síntipos: espécime da descrição original onde não elegeu-se o holótipo. 
Isosíntipo: qualquer espécime além dos síntipos. 
Lectótipo: é um espécime selecionado entre isótipo, parátipo, sintipo ou isosíntipo quando não elege-se o 
holótipo ou este desapareceu. 
Paralectótipo: são os síntipos que remanesceram após a seleção do lectótipo. 
Neótipo: é um espécime novo que será coletado para colocar no local da série tipo quando esta se perder 
ou não existir mais. 
 
3.Prioridade na Publicação: O nome correto para um táxon é o primeiro nome que foi 
publicado de acordo com as regras de nomenclatura. Em alguns casos, os nomes mais 
utilizados não são os publicados primeiro, o que ocorre devido à sua ampla aceitação 
como é o caso de algumas famílias de angiospermas. 
4.Cada Táxon Tem Apenas Um Nome Válido 
Não são aceitas homonímias ou sinonímias. 
Sinonímia: nomes publicados tardiamente para um táxon já descrito ou nomes que 
não obedeçam às regras de nomenclatura. 
Homonímia: um nome já publicado validamente para um táxon que é dado 
posteriormente a outro táxon. 
5.Latim 
 9
Os nomes das espécies devem estar de acordo com o sistema lineano, onde o 
nome do gênero deve ser escrito com inicial maiúscula e o epíteto específico com inicial 
minúscula. Caso escritos à mão, devem estar sublinhados; se digitados, devem estar em 
itálico. Exemplo: 
 
Nomes para táxons superiores a gênero no Reino Plantae: 
Radical + Terminações recomendadas 
Filo ou Divisão 
Classe 
Subclasse 
Ordem 
Família 
Subfamília 
Tribo 
Subtribo 
phyta 
psida 
idea 
ales 
aceae 
oideae 
eae 
inae 
 
6.Retroatividade do Código 
As regras de nomenclatura são retroativas, a menos que expressamente limitadas. 
Ressalvas: 
Tautônimos: Não são válidos tautônimos como Rodobryon rodobryon 
Subespécie: apesar de não ser obrigatória, a abreviação subsp. pode ser usada entre os 
epítetos específicos. 
Ex: Jacaranda decurrens subsp. symmetrifoliolata 
Variedade: a abreviação var. torna-se necessária entre os epítetos específicos para se 
diferenciar de subespécie. 
Ex: Kielmeyera coriacea var. intermedia 
Híbrido: coloca-se o símbolo ‘x’ entre o binômio escolhido. 
Ex: Musa x paradisíaca 
Cultivar: insere-se entre aspas após o nome da espécie o nome dado ao cultivar. Não 
existem regras específicas para se nomear um cultivar, podendo, inclusive tratar-se de 
números. 
Ex: Lactuca sativa “moreninha-de-Uberlândia” 
Espécie nova: publicação válida 
I- Publicação efetiva: trabalhos publicados em revistas científicas amplamente disponíveis 
(disponíveis para venda, troca e doação). 
II- Obedece a regra de prioridade. 
 10
III- Nomes acompanhados de descrição ou diagnose em Latim. 
IV- Atualmente há a exigência do holótipo. 
 
PROCEDIMENTOS EM UM HERBÁRIO 
 
Um herbário é uma coleção de plantas composta por amostras secas de briófitas e 
pteridófitas com esporângios, ou de gimnospermas e angiospermas com ramos contendo 
folhas, flores e/ou frutos, fixadas num pedaço de cartolina. Esta amostra é chamada 
exsicata, a qual é acompanhada de uma etiqueta com dados sobre o nome científico e 
descrição da planta, a identificação, local e ambiente de coleta; coletor e data de coleta. A 
exsicata é a unidade básica de coleção de um herbário, pois constitui material testemunho 
referencial para futuros estudos. Ela é registrada e numerada antes de ser incorporada ao 
acervo. Um material herborizado funciona como um arquivo, que pode ser mantido por 
longo tempo, fornecendo informações a respeito não só da espécie herborizada como 
também da área de coleta. 
Um programa de coletas botânicas é dispendioso e necessita de financiamento, 
mas é indispensável para manter ativo o herbário, aumentando o interesse nacional e 
internacional em intercambiar material. 
Etapas para a incorporação de plantas em um herbário: 
Coleta - A coleta varia conforme o grupo de plantas, ou seja, o tipo de coleta de algas é 
diferente do utilizado para pteridófitas. O material a ser coletado deverá estar fértil, no 
caso de Criptógamas deveapresentar esporângios ou esporos e em boas condições. É 
importante também que haja pelo menos três duplicatas do espécime para garantia de 
conservação do material e permuta ou doação para outros herbários. Durante o trabalho 
de campo o pesquisador deve anotar em seu caderno de campo alguns dados, como 
coletor, data e local de coleta, local onde a planta está fixada, coloração, odor, presença 
de látex, dentre outros. Os Sistematas ainda devem utilizar um número de coleta para 
cada exemplar, que corresponde ao número de plantas que este pesquisador já 
incorporou em diferentes herbários. 
Prensagem, Secagem e Montagem das Exsicatas – Logo após a coleta, o 
material deve ser prensado entre folhas simples de jornal intercaladas por folhas de 
papelão e placa de alumínio corrugado entre duas grades de madeira e, então, amarrado 
com as cordas (figura 1). O número de coleta que foi anotado no caderno de campo deve 
constar no jornal de cada planta para sua posterior identificação. O material deve ir à 
estufa e o tempo em que permanecerá nesta depende do tipo de material coletado (figura 
 11
1). Deverá ser feita a troca regular dos jornais que estiverem úmidos no caso de plantas 
mais crassas. O material botânico é considerado seco quando apresentar-se rígido, sem 
flexionar ao ser suspenso e sem umidade ao toque. A secagem na estufa: é feita através 
de calor artificial e pode demorar de 12 horas a uma semana dependendo do material. O 
objetivo dessa técnica é retirar a água para que não haja proliferação de certos fungos e 
bactérias sobre o exemplar, além de tornar a planta laminar e fácil de ser guardada. 
Posteriormente, a exsicata será montada, o que consiste em colar envelopes com a 
planta inteira no caso de briófitas e nos demais casos colar ou costurar ramos com folha, 
flor e/ou fruto no centro de um pedaço de cartolina de 33 x 45 cm (figura 1). No canto 
superior esquerdo da cartolina, pode ser adicionado um envelope com pequenos 
fragmentos da amostra. No canto inferior direito é afixada a etiqueta do Herbário, onde 
estão registrados os dados da planta, do local e ambiente de coleta, e do coletor (figura 
2). Os espécimes devem ser fixados em cartolinas por cola ou costurados nas mesmas. 
Geralmente, as exsicatas são armazenadas em pastas separadas por gênero e em 
armários separados por família. O herbário não está invicto do ataque de insetos ou 
fungos, por isso as exsicatas devem estar armazenadas em locais apropriados e que 
evitem a umidade, além de serem tratadas com produtos químicos como cânfora, 
naftalina e gás cianídrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Esquema de prensagem, secagem e montagem das exsicatas elaborado pelo Prof. Dr. Paulo Eugênio A. M. de Oliveira 
 
 
 12
A ETIQUETA DO HERBÁRIO 
 
Figura 2: Esquema da etiqueta do Herbarium Uberlandense (HUFU) elaborado pelo Prof. Dr. Paulo Eugênio A. M. de Oliveira 
 
Algumas plantas, algas e fungos não podem ser preservados em exsicatas e 
precisam de um espaço separado nos Herbários para que possam ser armazenados. 
Esses são os casos das coleções úmidas e carpotecas (coleção de frutos). 
Coleta e Preservação de Criptógamas 
As coletas de Algas Continentais podem ser realizadas em diferentes pontos 
de rios ou lagos na porção superficial da coluna d’água. Os melhores pontos para coleta 
geralmente são aqueles em que a água está mais parada e apresenta lodo (massa de 
algas verdes). Antes de guardar o material coletado é aconselhável lavar o frasco 4 ou 5x 
com a água do próprio ambiente da coleta para retirar um pouco do álcali natural dos 
frascos feitos de vidro comum. O processo mais simples para a coleta consiste em passar 
um frasco aberto no meio da massa visível de algas enchendo-o até a metade. O 
substrato em que as algas perifíticas podem estar aderidas também deve ser coletado 
(folhas, animais, pedras, etc.). Para se obter uma amostra concentrada de algas arrasta-
se a rede de plâncton (figura 3A) no corpo d’água e as algas ficarão retidas no fundo da 
rede. Para amostragens quantitativas existem amostradores específicos (figura 3B) que 
descem abertos até o ponto desejado na coluna d água e ali são fechados. Algas 
coletadas em ambientes secos como troncos, barrancos, dentre outros, podem ser 
armazenados em sacos de papel ou envelopes. 
As amostras devem ser armazenadas com os frascos abertos em ambiente fresco 
e iluminado. Depois de aproximadamente 3 dias, os potes devem ser mantidos em 
geladeira. No caso de algas não fixadas, a identificação do material não pode demorar 
muito ou os cloroplastos começam a se degradar, dificultando a identificação. Algumas 
 13
amostras ainda devem ser fixadas na solução de Transeau na proporção de 1:1 com a 
água da amostra. As soluções de FAA 50%, FPA50% e Lugol (10% em relação ao volume 
da amostra) também podem ser utilizadas. A fixação deverá ocorrer no máximo 24hs 
após a coleta. A quantidade excessiva de material em um mesmo frasco pode provocar a 
degeneração precoce deste material e, portanto, deve ser fixado o mais rapidamente 
possível. Algas macroscópicas além de serem armazenadas em coleções úmidas 
também podem ser armazenadas secas como exsicatas. Para tal, a alga é colocada em 
um recipiente com água sobre uma folha de papel sulfite, onde se deve arranjar o talo da 
forma mais natural possível com o auxílio de um pincel. O papel com a alga são retirados 
com auxílio de uma lâmina de metal (figura 3C) e colocados entre folhas de papel 
impermeável, mata-borrão e papelão ondulado, posteriormente, devem ser secos em 
estufa por não mais que 5 horas. 
Para as coletas terrestres de Fungos, Liquens, Briófitas e Pteridófitas os métodos 
de amostragem devem ser definidos previamente (trilha, quadrante, transecto, etc.). No 
caso dos Fungos, a fixação é realizada em vidros com líquidos orgânicos (etanol, 
etanol/metanol, FAA, Carnoy) ou fazem-se cortes longitudinais para diminuir o volume e 
montar uma exsicata. 
No caso de Briófitas e Liquens, devem ser coletados indivíduos inteiros e 
colocados em envelopes de papel fino ou manteiga. Se o exemplar estiver muito úmido, 
pode-se prensar delicadamente entre folhas de jornal, deixando um tempo mais reduzido 
que para outros vegetais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3A: Esquema da rede de plâncton. 3B: Esquema do amostrador subaquático horizontal de van Dorn. 3C: Esquema da 
preparação de alga macroscópica de água doce para preservação a seco (Esquema retirado de Bicudo e Bicudo, 1970 e de Bicudo e 
Menezes, 2005). 
 
 14
No caso de Pteridófitas arborescentes, coleta-se a fronde com soros até a 
inserção do pecíolo. Durante a prensagem as folhas devem ser divididas em região 
apical, média e basal que serão colocadas em diferentes jornais com o mesmo número de 
coleta. As Pteridófitas de pequeno porte são coletadas inteiras, incluindo o rizoma. 
Exsicatas de plantas com megáfilos devem mostrar os lados ventral e dorsal das folhas e 
quando estas precisarem ser cortadas, o local de sua inserção deve permanecer 
evidente. 
As algas e os fungos, ou outros materiais conservados em vidros com soluções 
fixadoras, são guardados em uma coleção à parte. No caso de Briófitas e Liquens os 
envelopes são colados nas cartolinas das exsicatas e recebem uma etiqueta do herbário 
como qualquer outra planta. Pteridófitas são exsicatadas de forma padrão. 
 
EXERCÍCIOS: FUNDAMENTOS DE SISTEMÁTICA VEGETAL 
 
1) Qual a diferença entre Sistemática e 
Taxonomia? 
2) Se você faz o levantamento de plantas da 
Estação Ecológica do Panga, você irá identificar 
e/ou classificar as plantas? Por quê? 
3) O que sãoSistemas Artificiais e Sistemas 
Naturais de Classificação? 
4) Porque o Sistema Sexual de Lineu 
representou um grande avanço em relação aos 
sistemas de classificação anteriores? 
5) Qual o importante acontecimento no 
mundo científico que possibilitou o surgimento 
dos Sistemas Filogenéticos de Classificação? 
6) Crie duas situações em que os tipos 
nomenclaturais holótipo, lectótipo, isótipo, sintipo, 
isosíntipo e neótipo sejam aplicados em pelo 
menos uma das situações. 
7) Homonímias e Sinonímias não são 
aceitas pelo Código Internacional de 
Nomenclatura Botânica. O que significam esses 
termos? 
8) Considere os seguintes táxons ou taxa: 
Charales, Chlorophyta, Characeae. Escreva o 
nome dos táxons em ordem hierárquica 
decrescente, sublinhando as terminações pré-
estabelecidas a cada grupo e indicando, na frente 
de cada um, a categoria taxonômica a que 
pertence. 
9) Imagine que você descobriu uma espécie 
nova. Agora você deve nomeá-la. Apresente 
abaixo o nome completo da espécie que você 
descobriu e os passos que deve tomar para que 
este nome seja válido no meio científico. 
10) Quais as exigências para que um 
pesquisador possa incorporar uma exsicata num 
Herbário? 
11) Qual o procedimento mais simples para a 
coleta de algas microscópicas? 
12) O que significa coletar material fértil de 
briófitas e pteridófitas? 
13) Se você estivesse incluindo a exsicata de 
uma samambaia no Herbário, quais as 
características da planta você anotaria na ficha do 
Herbário? 
 15
FUNGOS 
Texto complementar 
O reino Fungi é composto por organismos heterotróficos que compõem o segundo 
maior reino, com aproximadamente 1.500 mil espécies. Esse reino possui características 
parecidas com os animais, como a presença de quitina e sua reserva de glicogênio. Em 
sua maioria são constituídos por filamentos microscópicos denominados hifas, que em 
conjunto formam o micélio. Podem viver livres na água ou no meio terrestre, onde há 
predominância de matéria orgânica. Para que possam absorver a matéria orgânica de que 
necessitam, os fungos mantêm três tipos de interações com outros seres vivos: 
saprofitismo, mutualismo e parasitismo. Os fungos, juntamente com as bactérias do solo, 
desempenham um importantíssimo papel na natureza ao atuarem como decompositores, 
além de serem colonizadores primários. As importâncias econômicas são muitas, como o 
uso direto na alimentação, na fermentação do pão, na produção de bebidas alcoólicas e 
na fabricação de antibióticos, além de serem causadores de prejuízo ao infectarem 
plantas e animais de interesse econômico. Muitas vezes são conhecidos apenas pela sua 
importância médica já que causam vários tipos de micoses importantes no ser humano 
O reino é composto por quatro filos (Chytridiomycota, Zygomycota, Ascomycota e 
Basidiomycota), além de um grupo artificial conhecido como Deuteromicetos e as 
leveduras que são apenas formas de crescimento: 
Filo Chytridiomycota: São os únicos fungos aquáticos e os únicos a apresentarem 
células móveis. Possuem organização multicelular e unicelular. Suas hifas são 
asseptadas e sua reprodução é feita por meiose espórica. Há representantes que 
acarretam problemas econômicos, como Synchytrium endobioticum, responsável pela 
verrugose preta da batata, ou Physoderma maydis, agente causal da mancha marrom do 
milho. Ainda são importantes parasitas de algas, protozoários, plantas e rãs. 
Filo Zygomycota: São terrestres e apresentam organização multicelular e unicelular 
(leveduras). Suas hifas são asseptadas. O zigoto fica contido em uma estrutura de 
resistência chamada zigosporângio e apresentam meiose zigótica. A produção de esporos 
sexuados ou assexuados dá-se dentro de esporângios. São conhecidos como o bolor 
negro, que parasita pães e morangos. Fungos deste filo ainda têm grande importância 
ecológica, pois participam da associação simbiótica com endomicorrizas. 
Filo Ascomycota: São terrestres e apresentam organização multicelular e unicelular 
(leveduras). Suas hifas são septadas. Sua reprodução assexuada é feita por esporos 
chamados conídios que não estão contidos em esporângios, enquanto a reprodução 
sexuada é feita por esporos chamados ascósporos contidos em ascos (parede celular 
 16
original da célula que passou pelo processo de meiose). Ascos e ascósporos estão 
localizados na região do himênio dos corpos de frutificação denominados ascomas 
(estrutura em forma de saco ou bolsa). Os ascomas possuem forma, número e cor 
variáveis para cada espécie e podem ser dos tipos: apotécio, peritécio e cleistotécio, 
dependendo de sua morfologia. O filo é muito conhecido pelas trufas comestíveis e 
morchelas, além das terríveis doenças causadas em vegetais. 
Filo Basidiomycota: São fungos terrestres e apresentam organização multicelular e 
unicelular (leveduras). Possuem hifas septadas com doliporos. O filo possui três classes: 
Classe Basidiomycetes: Mais conhecidos pelos cogumelos e orelhas-de-pau. 
Os corpos de frutificação são denominados basidiomas. Os basidiomas são 
compostos por píleo e estipe, podendo estar presentes volva e anel (figura 1). O 
píleo é composto pela região do himênio que pode ser constituída por lamelas ou 
poros. No himênio estão presentes estruturas chamadas basídios e basidiósporos, 
correspondentes aos ascos e ascósporos dos ascomicetos (figura 1). Os 
representantes deste filo produzem apenas esporos sexuados, os basidiósporos, 
esporos assexuados estão ausentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Esquema de basidioma compilado de www.enq.ufsc.br. 
Estão divididos em dois grupos artificiais, Hymenomycetes e Gasteromycetes: 
Hymenomycetes: possuem os himênios visíveis (cogumelos e orelhas-de-
pau). Muitas espécies desse grupo são comestíveis, como o difundido 
Champignon, e algumas espécies mais utilizadas na culinária japonesa que está 
em franca expansão no mundo ocidental, como Shimeji, Shiitake e Pleurotus. Os 
cogumelos tóxicos e alucinógenos podem causar alucinações ou até mesmo a 
morte. 
 17
Gasteromycetes: esse grupo não possui o himênio visível, e seus esporos 
localizam-se dentro dos corpos de frutificação envoltos pelo perídeo. 
Normalmente alguma pressão mecânica é necessária para que os esporos sejam 
dispersos. As diferentes formas observadas nos fungos mal cheirosos, bolotas e 
estrelas-da-terra e ninhos de passarinho chamam a atenção por sua beleza 
peculiar. 
Classe Teliomycetes: São de grande importância agronômica por causar 
doenças nos vegetais, conhecidos popularmente como ferrugem. Não possuem 
basidioma, os esporos aglomerados chamam-se soros e seus basídios são 
septados. São parasitas heteroécios, ou seja, necessitam de mais de um hospedeiro 
para completar o seu ciclo de vida, sendo um deles uma planta da família das 
Poaceae e o outro da família Berberidaceae. 
Classe Ustomycetes: Conhecidos como carvões por tornarem os grãos do milho 
hipertrofiados e acinzentados/enegrecidos devido ao desenvolvimento do micélio 
dentro do grão. Como os Teliomycetes, também não possuem basidioma e os 
esporos aglomerados chamam-se soros. São parasitas autoécios, pois necessitam 
de apenas um hospedeiro para completar seu ciclo de vida. 
Deuteromicetos e Leveduras 
Os deuteromicetos já foram considerados um filo à parte, mas constituem um grupo 
artificial de formas assexuais de espécies de Ascomycota, poucos Basidiomycota e 
Zygomycota. A fase sexuada pode não ser conhecida, não utilizada na classificação ou 
perdida no curso da evolução. A reprodução assexuada ocorre através da produção de 
conidióforos e conídios, que podem estar espalhados no micélio ou agrupados em outras 
estruturas.Algumas espécies de deuteromicetos são amplamente utilizadas em pesquisa 
biológica e, principalmente, em controle biológico. Entretanto, é no setor industrial que 
alcançam grande importância econômica, na culinária ressalta-se a produção de queijos, 
Missô, Shoyu e Saquê. Podem ser prejudiciais pela produção de toxinas, além de 
causarem doenças de pele. 
As leveduras são formas de crescimento unicelulares que ocorrem principalmente no 
filo Ascomycota, mas também nos filos Basidiomycota e Zygomycota. São seres 
unicelulares e eucariontes que não formam filamentos, são imóveis e possuem 
reprodução assexuada e sexuada. Estão presentes em solos, ar (esporos), flora do 
intestino de animais, casca de frutas, folhas, etc. A maioria não é patogênica, mas podem 
causar doenças como o sapinho. São agentes de fermentação alcoólica, atuando na 
 18
produção do álcool industrial e de todas as bebidas alcoólicas destiladas ou não 
destiladas e são utilizadas na panificação. 
Relações simbióticas com os fungos 
Liquens: O líquen é uma associação simbiótica entre um fungo, o micobionte, e 
um microorganismo fotossintetizante, o fotobionte. O fotobionte fornece à associação 
produtos da fotossíntese e, no caso de ser uma cianobactéria, fornece também nitrogênio. 
Os benefícios recebidos pelo fotobionte e proporcionados pelo micobionte são menos 
óbvios, mas podem incluir proteção à dessecação, à radiação excessiva, manutenção de 
uma alta pressão parcial de dióxido de carbono (em virtude da atividade respiratória) e a 
fixação e provisão de nutrientes minerais retirados do substrato. Os dois componentes 
dessa associação podem ocorrer isoladamente na natureza e se encontrarem ao acaso 
para a formação de um líquen. A proliferação de liquens também pode se dar por 
fragmentação ou por sorédios, que são a união de uma alga unicelular e de uma pequena 
hifa de fungo, liberados pelos liquens já estabelecidos. De qualquer modo, quando estão 
habitando ambientes extremos, a chance de sobrevivência só existe quando estão 
associados, o que faz deles importantes colonizadores do ambiente terrestre. São 
sensíveis a poluentes atmosféricos e, assim, constituem-se em excelentes bioindicadores 
e biomonitores da qualidade do ar. 
O nome científico dado ao líquen é o nome do fungo e 98% dos micobiontes são 
ascomicetos. Apenas 40 gêneros de fotobiontes já foram relatados. Os liquens são 
divididos em três formas de crescimento distintas, crostosa, onde o líquen é totalmente 
aderido ao substrato; folhosa, onde as extremidades do líquen se soltam do substrato e 
têm consist6encia folhosa; e fruticosa/arborescente, onde apenas uma pequena porção 
do líquen fica aderida ao substrato, enquanto a porção livre, semelhante a um caule, é 
ramificada, podendo ser ereta ou pendente. 
Micorrizas: São uma associação mutualística entre certos fungos do solo e as 
raízes das plantas. A planta fornece energia (carboidratos) para a sobrevivência e 
multiplicação dos fungos, enquanto estes fornecem água e sais minerais às plantas, além 
de protegerem as raízes contra determinadas injúrias. Os fungos absorvem água e sais 
minerais do solo através de suas hifas que têm uma superfície de contato muito maior que 
as das raízes das plantas e os transferem para as raízes, dessa forma, o aproveitamento 
de nutrientes em solos pobres é aumentado. Estas associações parecem ter sido 
importantes para a conquista do ambiente terrestre pelas plantas, pois na época das 
primeiras colonizações os solos eram muito pobres em nutrientes e as “raízes” pouco 
especializadas. 
 19
Existem dois tipos de micorrizas, as endomicorrizas e as ectomicorrizas. 
Endomicorrizas são o tipo mais comum, ocorrentes principalmente dentre os Zygomycota, 
onde as hifas formam um envoltório menos denso ao redor do ápice radicular e, ao 
penetrar a raiz, invadem o interior das células corticais formando arbúsculos ou vesículas. 
Nas ectomicorrizas as hifas formam um invólucro em torno das raízes, como um manto, e 
atingem a região cortical penetrando entre os espaços intercelulares, sem penetrar no 
interior das células. As raízes com ectomicorrizas não desenvolvem pêlos absorventes. 
Ocorrem prioritariamente em zonas temperadas e são representadas pelos Ascomycota e 
Basidiomycota. 
 
ROTEIRO DE AULA PRÁTICA: FUNGOS 
 
Nessa aula você irá estudar exemplares dos filos Zygomycota, Ascomycota e 
Basidiomycota. 
 
1- Inicialmente iremos trabalhar com estruturas microscópicas e, para isso, será 
necessária a confecção de lâminas histológicas com material a fresco. O material a ser 
utilizado são pães, morangos e tomates que estejam fungados, além de uma solução de 
água, açúcar e fermento biológico que permaneceu em estufa por aproximadamente 30 
minutos. Para a confecção de lâminas dos fungos do pão, morango e tomate, pingue uma 
gota de água na lâmina e com o auxílio de estiletes (feitos com agulhas), retire uma 
pequena porção do micélio dos alimentos, com cuidado para não pegar partes do 
alimento que irão dificultar a visualização das hifas, e coloque o material na gota de água 
cobrindo com lamínula. No caso do tomate, é difícil retirar as hifas sem retirar partes do 
substrato, então recomenda-se picar o tomate com as hifas em pedaços bem pequenos 
para a análise. Pingue uma gota da solução de fermento biológico em uma lâmina e cubra 
com lamínula para visualização de leveduras. 
Espera-se encontrar representantes de Zygomycota nos fungos do morango e do 
pão e de Ascomycota no fungo do tomate, mas existem casos em que mais de um tipo de 
fungo ocorrem no mesmo alimento, fique atento para representar todas as formas 
presentes. No caso das leveduras, é possível encontrar algumas se reproduzindo por 
fissão binária, o que foi estimulado pelo açúcar da solução e pela elevada temperatura da 
estufa. No seu relatório deve constar o desenho esquemático do fungo observado, 
evidenciando e nomeando o tipo de hifa e de estrutura reprodutora observados. Quando 
possível, diga se a estrutura reprodutora é de origem sexuada ou assexuada. Baseado 
 20
em suas observações, indique a que filo pertence o fungo observado. Caso não seja 
possível determinar o filo, indique a forma de crescimento observada (leveduras ou 
fungos conidiais/deuteromicetos). 
a) Fungo do morango ou do pão 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Fungo do tomate 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Leveduras 
 
 
 
 
 
 
2- Agora observe as estruturas macroscópicas provindas de material fresco ou fixado, 
pertencente à coleção didática de sua Instituição. Vocês irão observar os corpos de 
frutificação de representantes dos filos Ascomycota e Basidiomycota. Nas letras a e b 
faça desenhos esquemáticos de ascomas e basidiomas, nomeando as estruturas que os 
compõe. Diga se as hifas que constituem estas estruturas são haplóides, diplóides ou 
dicarióticas. Repare se região do himênio é formada por poros ou lamelas. Todo exemplar 
esquematizado deve conter o nome do filo a que pertence e, quando possível, da classe. 
 21
a) Filo ____________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Filo ____________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Alguns exemplares do filo Basidiomycota, da classe Basidiomycetes não possuem 
forma de cogumelo e nem de orelha-de-pau, eles são os Gasteromicetos. Esquematize as 
formas de Gasteromicetos disponíveis em seu laboratório, elas podem ser bolotas-da-
terra, estrelas-da-terra, ninhos-de-passarinho ou fungos mal cheirosos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22
3- Alguns exemplares de associações liquênicas estão disponíveis para observação.a) Esquematize os liquens observados e diga qual a forma de crescimento dos 
exemplares analisados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Você pode observar alguma estrutura semelhante aos corpos de frutificação 
esquematizados nos itens 2a e 2b? Em caso positivo, você saberia explicar porque isso 
ocorre? 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Você saberia dizer como os liquens podem ter ajudado as plantas a colonizarem o 
ambiente terrestre? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23
GLOSSÁRIO – FUNGOS 
 
Anel: restos do véu, que após a expansão do píleo, persistem em forma de um colarinho 
preso à parte superior do estipe. 
Apotécio: ascoma aberto. 
Asco: célula especializada, característica de ascomicetos, na qual dois núcleos haplóides 
se fundem produzindo um zigoto, que imediatamente se divide por meiose. Na maturidade 
contém os ascósporos. 
Ascoma: é o corpo de frutificação dos ascomicetos, também conhecido como ascocarpo. 
É uma estrutura multicelular que contém os ascos, podendo ser abertos ou fechados. 
Ascósporo: esporo produzido no interior de um asco. 
Autoécio: diz-se dos fungos referidos como ferrugens, que requerem apenas uma espécie 
de planta hospedeira para completar seu ciclo de vida. 
Basídio: célula reprodutiva especializada dos basidiomicetos, freqüentemente clavada, na 
qual a fusão nuclear e a meiose ocorrem. 
Basidioma: é o corpo de frutificação dos basidiomicetos, também conhecido como 
basidiocarpo. É uma estrutura multicelular, dentro da qual se formam os basídios. 
Basidiósporos: esporos dos basidiomicetos produzido internamente nos basídios. 
Células corticais da raiz: localizadas entre a epiderme e o cilindro vascular da raiz. 
Cleistotécio: ascoma fechado. 
Conidióforo: hifa na qual são produzidos um ou mais conídios. 
Conídio: esporo assexuado de fungo, que não está contido dentro do esporângio; pode 
ser produzido isoladamente ou produzido em cadeias; a maioria dos conídios é 
multinucleada. 
Doliporo: tipo de poro especial que ocorre nos septos das hifas de basidiomicetos. 
Esporângio: estrutura unicelular ou pluricelular no interior da qual os esporos são 
produzidos. 
Estipe: pedúnculo com função de suporte, tal como ocorre nos fungos himenomicetos, 
nos “cogumelos”. 
Fotobionte: organismo fotossintetizante de um líquen. 
Heteroécio: diz-se dos fungos referidos como ferrugens, que requerem duas espécies de 
hospedeiros diferentes para completar seu ciclo de vida 
Hifa: (do grego: hyphe, teia) filamento tubular simples de um fungo. Podem ser 
asseptadas (sem paredes celulares), constituindo cenócitos, ou septadas (com paredes 
celulares). 
 24
Himênio: termo usado para indicar a camada de conformação muito variada que recobre 
determinadas áreas dos esporocarpos. A camada de ascos num ascoma ou de basídios 
num basidioma, mais algumas hifas estéreis associadas. 
Lamela: pequenas lâminas ou placas que se encontram na face inferior do píleo de 
basidiomicetos. 
Micélio: o conjunto de hifas de um fungo. 
Micobionte: organismo heterotrófico de um líquen. 
Mutualismo: dois ou mais organismos vivendo juntos, numa associação que é 
mutuamente vantajosa. 
Parasitismo: fenômeno no qual um organismo vive sobre ou dentro de outro organismo de 
espécie diferente e obtém destes seus nutrientes, a associação é benéfica para o parasita 
e prejudicial para o hospedeiro. 
Perídeo: invólucro de um aparelho esporífero. 
Peritécio: ascoma com formato de garrafa. 
Píleo: parte superior expandida de muitos cogumelos (basidiomicetos), comumente 
referida como chapéu. 
Quitina: polissacarídeo rígido, resistente, contendo nitrogênio, que forma as paredes 
celulares de certos fungos. 
Saprofitismo: fenômeno no qual o ser heterotrófico obtém seus nutrientes diretamente de 
matéria orgânica não-viva. 
Sorédio: unidade reprodutora dos liquens, que consiste em algumas células de algas 
verdes ou de cianobactérias envolvidas por hifas de fungos. 
Soros: um grupo ou um conjunto de esporângios ou esporos. 
Volva: membrana que envolve o corpo de frutificação de certos Basidiomicetos e que se 
rompe pelo desenvolvimento do píleo, ficando na base do estipe com forma semelhante a 
uma xícara. 
Zigosporângio: um esporângio contendo um ou mais zigósporos. 
Zigósporo: Esporo de resistência formado no interior de um zigosporângio em 
Zigomicetos. O zigósporo passa por meiose durante a germinação do zigosporângio. 
Zoósporo: esporo móvel. 
 25
ALGAS 
Texto complementar 
As algas habitam ambientes terrestres úmidos ou meios aquáticos, de água doce 
ou salgada. Esses organismos dispostos na superfície oceânica compõem o fitoplâncton, 
que libera através do processo fotossintético cerca de 70 a 90% do oxigênio contido na 
atmosfera. As algas constituem um grupo artificial de organismos fotossintetizantes 
que não estão incluídos do reino Plantae. Têm como características gerais serem uni- ou 
pluricelulares, fotossintetizantes e diferenciados das plantas terrestres por não possuírem 
embrião e tecidos especializados. No estudo das algas estão reunidos desde as 
cianobactérias, que são seres procariontes, até os protistas fotossintetizantes e alguns de 
seus parentes não fotossintetizantes, os seres eucariontes. Algas multicelulares, incluindo 
as algas verdes, são parte do reino Protista na maioria dos Sistemas de Classificação 
atuais. Alguns Sistemas de Classificação consideram as algas verdes como parte do reino 
Plantae, visto que o ancestral das plantas terrestres provém de um dos representantes 
extintos das algas verdes. Nesta apostila adotamos o Sistema apresentado em Raven et 
al. (2007), em que as algas verdes fazem parte do reino Protista. 
As cianobactérias, cianofíceas ou algas azuis são microorganismos com 
características celulares procariontes e fazem parte do grupo Eubactéria ou do domínio 
Bactéria (Raven et al. 2007), porém apresentam um sistema de membranas 
fotossintetizante semelhante ao das algas eucarióticas. Segundo a teoria da 
endossimbiose, deram origem aos cloroplastos de todos os seres eucariotos. Seus 
pigmentos fotossintetizantes são a 
clorofila a, carotenóides e ficobilinas, 
e armazenam carboidratos em forma 
de glicogênio. Acredita-se que 
tenham tido um papel preponderante 
na formação do oxigênio da 
atmosfera do Planeta Terra e como 
produtor primário dos corpos d’água. 
São aquáticas ou terrestres, 
estabelecem várias relações 
simbióticas importantes e ainda têm 
um importante papel na fixação do 
nitrogênio que é disponibilizado às 
 26
demais formas de vida. Apresentam formas unicelulares ou coloniais simples e 
ramificadas. Quando coloniais, as células são unidas entre si por uma matriz mucilaginosa 
e possuem vida independente. As colônias possuem células especializadas como os 
esporos de resistência chamados acinetos, além dos heterocistos responsáveis pela 
fixação do nitrogênio. Florações tóxicas são comuns. 
As algas do reino Protista tiveram origem no evento de simbiose entre um protista 
primitivo e uma cianobactéria. O metabolismo das Rhodophyta ainda apresenta 
semelhanças marcantes com o das cianobactérias e podem evidenciar tal relação. Após o 
primeiro evento de endossimbiose, postula-se que endossimbioses secundárias 
ocorreram como a fagocitose de uma alga verde por representantes de Euglenophyta e a 
fagocitose de uma alga vermelha pelos ancestrais dos protistas que atualmente 
apresentam clorofilas a e c (figura 1). 
 
Figura 1: Cladograma evidenciando eventos de endossimbiose primária e secundária que resultaram no 
surgimento de todos os eucariotos fotossintetizantes. Retirado de Palmer et al. 2004. 
 
Dentre as característicasconsideradas na classificação das algas do reino protista, 
destacam-se o tipo de pigmento fotossintetizante e o tipo de substância de reserva 
armazenada no interior das células. As principais características de algas do reino Protista 
são abordadas na Tabela 1. 
 
Tabela 1: Principais filos de algas do reino Protista e características marcantes relacionadas a cada um 
deles. Modificada de Raven et al. (2007) 
Filo 
Metabolismo e 
pigmentos 
fotossintéticos 
Reserva de 
carboidratos 
Componentes da 
parede celular 
Habitat Características gerais 
Dinophyta 
(Dinoflagelados) 
Heterotrófico; com 
clorofilas a e c e 
carotenóides; ou 
mixotróficos 
Amido 
Placas celulósicas 
em alvéolos abaixo 
da membrana 
plasmática. 
Maioria 
marinha, 
alguns em 
água doce ou 
em relações 
simbióticas 
Unicelulares; flagelos 
ausentes ou 2 em sulcos, 1 
longitudinal e 1 transversal; 
mixotróficos; formam cistos 
de resistência durante a 
reprodução sexuada; 
causadores da maré 
vermelha. 
Euglenophyta 
Maioria 
heterotrófica; com 
clorofilas a e b, 
carotenóides 
Paramido 
Estrias protéicas sob 
a membrana 
plasmática. 
Maioria de 
água doce, 
alguns 
marinhos 
Unicelulares; cloroplastos 
originados de simbiose com 
algas verdes; plastos com 
pirenóide; 2 flagelos apicais, 
1 reduzido; estigma 
fotorreceptor; só a 
reprodução assexuada é 
conhecida. 
 27
Cryptophyta 
Heterotrófico; com 
clorofilas a e c, 
carotenóides e 
ficobilinas; ou 
mixotróficos 
Amido 
Placas protéicas sob 
a membrana 
plasmática. 
Marinhas e de 
água doce 
Unicelulares; 2 flagelos 
desiguais pinados; 
produtores importantes 
resistentes à sazonalidade; 
tamanho diminuto. 
Haptophyta 
Clorofilas a e c, 
carotenóides 
(fucoxantina) 
Crisolaminarina 
Escamas de 
celulose, algumas 
com escamas de 
matéria orgânica 
calcificada (cocólitos) 
Maioria 
marinha, 
poucas de 
água doce 
Unicelulares; flagelos 
ausentes ou 2 iguais; 
haptonema (estrutura 
sensitiva para captura de 
alimento); causam florações 
tóxicas. 
Oomycota* 
(antigos 
componentes do 
Reino Fungi) 
Heterotrófico Glicogênio Celulose 
Marinhos, de 
água doce ou 
terrestres 
Unicelulares ou filamentosos 
ramificados; flagelos do tipo 
heteroconta* em zoósporos; 
meiose gamética; gametas 
imóveis; importantes 
patógenos de plantas. 
Bacillariophyta* 
Diatomáceas 
Heterotrófico; 
clorofilas a e c, 
carotenóides 
(fucoxantina); ou 
mixotróficos 
Crisolaminarina 
Frústula com 1 par 
de valvas de sílica. 
Marinhos ou de 
água doce 
Unicelulares ou coloniais; 
flagelos ausentes ou apenas 
1 pinado em gametas 
masculinos; reprodução 
assexuada gera diminuição 
do tamanho celular e obriga 
a realização de reprodução 
sexuada. 
Crysophyta* 
Algas douradas 
Heterotrófico; 
clorofilas a e c, 
carotenóides 
(fucoxantina); ou 
mixotróficos 
Crisolaminarina 
Ausentes ou 
escamas de sílica 
que podem conter 
celulose. 
Maioria de 
água doce, 
algumas 
marinhas 
Unicelulares ou coloniais; 
flagelos ausentes ou do tipo 
heteroconta*; reprodução 
assexuada predominante; 
causam florações em águas 
de abastecimento (marés 
marrons). 
Phaeophyta* 
Algas pardas 
Clorofilas a e c, 
carotenóides 
(fucoxantina) 
Laminarina 
Celulose em matriz 
mucilaginosa de 
alginatos, algumas 
com presença de 
plasmodesmos. 
Quase todas 
marinhas 
Multicelulares de filamentos 
ramificados, 
pseudoparênquima 
(agregação de filamentos) ou 
parênquima; as 
parenquimatosas são as 
maiores algas existentes e 
podem apresentar vesículas 
de ar, crescimento intercalar 
ou células de condução; 
flagelos do tipo heteroconta* 
em células reprodutoras; 
meiose espórica ou 
gamética. 
Rhodophyta 
Algas vermelhas 
Clorofila a, 
ficobilinas e 
carotenóides 
Amidos das 
florídeas 
(molécula 
semelhante ao 
glicogênio) 
Celulose em matriz 
mucilaginosa de ágar 
ou carragenano 
(galactanos), muitas 
possuem deposição 
de carbonato de 
Maioria 
marinha e 
bentônica, 
poucas de 
água doce 
Poucas unicelulares, maioria 
multicelular filamentosa ou 
pseudoparenquimatosa que 
podem formar lâminas; não 
possuem centríolos nem 
células flageladas; meiose 
 28
cálcio (algas 
coralináceas). 
espórica; zigoto forma um 
carpoesporófito que 
dissemina carpósporos 
diplóides dando origem a 
muitos esporófitos; as 
coralináceas são importantes 
na manutenção dos recifes 
de coral. 
Chlorophyta 
Algas verdes 
Clorofilas a e b, 
carotenóides; ou 
mixotróficos 
Amido 
Glicoproteínas; 
celulose ou 
polissacarídeos não-
celulósicos, algumas 
com presença de 
plasmodesmos. 
Maioria 
aquática, de 
água doce ou 
marinha; 
algumas 
terrestres, 
muitas em 
simbiose 
Unicelulares, coloniais; ou 
multicelulares filamentosas, 
sifonáceas ou 
parenquimatosas; flagelos 
ausentes ou 2 do tipo liso; os 
3 tipos de meiose estão 
presentes 
*Constituem o grupo natural Heteroconta, característico pela presença de um flagelo liso e um pinado em 
alguma fase do ciclo de vida do organismo. 
 
O Filo Chlorophyta apresenta três classes principais: 
As Chlorophyceae são em sua maioria de água doce. São unicelulares 
flageladas ou não, coloniais móveis ou não, filamentosas ou laminares. A meiose é 
zigótica. 
As Ulvophyceae são marinhas, poucas ocorrem em água doce. Podem ser 
multicelulares filamentosas, parenquimatosas ou sifonáceas, podem apresentar 
paredes calcificadas. São em sua maioria bentônicas, fixas por apressório. A 
meiose pode ser gamética ou espórica. 
As Charophyceae ocorrem predominantemente em água doce. Podem ser 
unicelulares, coloniais, multicelulares filamentosas e parenquimatosas. Sua meiose 
é zigótica. Apresenta algumas semelhanças importantes com as plantas terrestres 
como, a quebra do envelope nuclear, fusos persistentes, precursores cutícula e 
esporopolenina. As ordens Coleochaetales e Charales são consideradas as 
mais próximas das plantas terrestres, nas quais se observam meristema apical; talo 
dividido em nós e entrenós, presença de fragmoplasto, placa celular, zigoto preso 
ao talo parental. 
 
 
ROTEIRO DE AULA PRÁTICA: ALGAS 
 
1- Inicialmente você deverá montar lâminas de algas microscópicas frescas, obtidas em 
 29
amostras de água doce e não fixadas. Para montar a lâmina, utilize uma Pipeta de 
Pasteur para pipetar em uma amostra de água a sua escolha, de preferência onde tiver 
uma maior concentração de matéria orgânica. Coloque uma gota desse material pipetado 
na lâmina cobrindo com a lamínula e retirando o excesso de água com papel filtro (caso o 
material pareça meio “embaraçado” utilize os estiletes – pontas de agulha - de sua 
bancada para dissociá-lo). Lembre-se de colocar pouco material na lâmina para que a 
lamínula não fique muito alta e prejudique sua observação. Você poderá encontrar algas 
unicelulares, coloniais e filamentosas. 
Nessa aula você deve identificar de 2 a 5 algas microscópicas utilizando a chave 
dicotômica “Algas Continentais do Estado de São Paulo” que encontra-se ao final deste 
roteiro de aula prática. Caso você não encontre algum gênero de alga presente em sua 
amostra nessa chave consulte o livro “Bicudo, C.E.M.; Menezes, M. 2005. Gêneros de 
algas de águas continentais do Brasil: chave para identificação e descrições. RIMA, 
São Carlos”. Para cada alga você devefazer um desenho fiel ao que observou, descrever 
os passos da chave que utilizou para chegar até o gênero e o nome do gênero. Você 
pode precisar montar mais de uma lâmina ou encontrar todo o material de que precisa em 
uma mesma lâmina, vai depender da amostra de água escolhida. 
 
 
a) Passos da chave: 
Gênero: 
Desenho esquemático: 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Passos da chave: 
Gênero: 
Desenho esquemático: 
 
 
 30
 
 
 
 
 
 
c) Passos da chave: 
Gênero: 
Desenho esquemático: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) Passos da chave: 
Gênero: 
Desenho esquemático: 
 
 
 
 
 
 
e) Passos da chave: 
Gênero: 
Desenho esquemático: 
 
 
 
 
 31
 
 
 
 
2- Agora você irá observar algas marinhas multicelulares em exsicatas, fixadas em 
solução de Formol 4% ou frescas, caso você resida em uma cidade litorânea. 
a) Filo Phaeophyta (algas pardas). Sugere-se a observação de dois gêneros de algas 
pardas: Sargassum e Padina. Observando sua morfologia, você poderia dizer se essas 
algas são filamentosas parenquimatosas? 
 
 
 
 
a1) Em Sargassum, podem-se observar vesículas de ar, esquematize estas estruturas e 
diga qual é sua função. 
 
 
 
 
 
 
a2) Em Padina (lâmina em forma de cauda de pavão) pode-se observar apressório, estipe 
e lâmina. Faça um desenho esquemático dessa “alga” evidenciando essas estruturas. 
Diga qual é a função do apressório e indique com uma seta a região onde ocorre o 
crescimento intercalar. Não deixe de evidenciar no desenho as características que dão ao 
gênero o nome Padina. 
 
 
 
 
 
 
 
b) Filo Rhodophyta (algas vermelhas). Sugere-se a observação de três tipos de algas 
vermelhas: filamentosa, laminar e coralinácea. 
 32
b1) Esquematize a estrutura dessas algas e diga qual a composição da parede celular de 
cada um dos tipos esquematizados. 
 
 
 
 
 
 
b2) Porque você acha que as algas vermelhas coralináceas são importantes para a 
sustentação e manutenção dos recifes de coral? 
 
 
 
 
c) Filo Chlorophyta (algas verdes). Sugere-se a observação de membros das classes 
Ulvophyceae e Charophyceae. 
c1) Os gêneros de Ulvophyceae sugeridos para estudo são Codium, Acetabularia e 
Caulerpa, todos de estrutura sifonácea com células grandes e cenocíticas, e o gênero 
Ulva, de estrutura parenquimatosa. Faça desenhos esquemáticos dos gêneros 
observados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33
c2) Agora você deve montar lâminas histológicas dos talos de Codium e Ulva. Para tal, 
você deve realizar cortes transversais finos no talo de Codium com o auxílio de uma 
lâmina de barbear e rasgar uma pequena porção da lâmina de Ulva. Coloque os 
fragmentos obtidos de Codium e Ulva em lâminas diferentes e cubra-os com uma gota de 
água e com uma lamínula. Observe ao microscópio as lâminas de Codium (em 4x) e Ulva 
(40x). Desenhe os tecidos dessas algas que você observou ao microscópio e descreva 
suas principais características, lembre-se que Codium apresenta estrutura sifonácea e 
Ulva parenquimatosa, diferencie-as. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c3) Sugere-se a observação de um exemplar da classe Charophyceae, e do gênero 
Chara, as algas verdes mais próximas evolutivamente das plantas terrestres. O exemplar 
dessa alga multicelular de água doce pode estar fresco, fixado ou em uma exsicata. Faça 
um desenho esquemático dessa alga e aponte duas características morfológicas que se 
assemelham às das plantas terrestres. 
 
 
Chave Ilustrada – Algas ALGAS do Estado de São Paulo
Chave artificial para identificação de alguns gêneros
Eurico Cabral de Oliveira Filho
1-Pigmentos difusos no citoplasma.
2-Talo filamentoso ou tricomatoso.
3-Filamentos com heterocisto.
4-Heterocisto terminal
pro4-Heterocisto terminal.
5-Células vegetativas com diâmetro uniforme em todo o filamento, geralmente 
com um grande esporo entre o heterocisto e as células 
vegetativas...........................................................................Cylindrospermum
otist.i.hosei.ac.jp 
w
5-Células vegetativas com diâmetro diminuindo a partir da parte basal, fixa,
(onde se localiza o heterocisto) para a parte terminal, livre................Calothrix
w
w
w
.m
su.edu 
4 Heterocisto intercalar
w
w
w4-Heterocisto intercalar.
6-Filamentos ramificados (ramificação falsa ou verdadeira).
7-Ramificação falsa. Filamentos unisseriados.
8-Ramificação simples, geralmente junto a um heterocisto............Tolypothrix
w
.nervousaxon.comm
 
34
8-Ramificação aos pares..............................................................Scytonema
vis-pc.plantbbio.ohiou.edu
7-Ramificação verdadeira. Filamentos uni ou multisseriados.
9-Filamentos unisseriados; células cilíndricas...........................Hapalosiphon
cyclot.hp.infoseek.co.jp 
w
w
9-Filamentos parcialmente multisseriados; células globóides........Stigonema
w
w
.kew
eenaw
algaee.m
tu.edu
6-Filamentos não ramificados.
10-Tricomas dentro de uma massa gelatinosa firme, de forma definida,
geralmente esférica...........................................................................Nostoc
35
10-Tricomas imersos em massa gelatinosa não consistente, sem forma 
d fi id A b
w
w
w
.m
icrog
definida........................................................................................Anabaena raphia.com
 
3-Filamento sem heterocisto.
11-Filamento ou tricoma não ramificado.
12-Tricoma torcido em espiral.
13-Tricoma não septado Spirulina
w
w
w
.spirulina.sg 13 Tricoma não septado..................................................................Spirulina
13-Tricoma septado.....................................................................Arthrospira
w
w
w
.rbgsyd.nsw
.ggov.au 
12-Tricoma ou filamento retilíneo.
14-Tricoma sem bainha mucilaginosa; movimento oscilatório característico
na porção terminal. (observar material vivo)...........................Oscillatoria
m
em
bres.lycos.fr 
36
14-Filamentos com bainha mucilaginosa evidente, sem movimento
oscilatório.
15 Bainha mucilaginosa com apenas um tricoma Bainha amarelo
w
w
w
.rbg15-Bainha mucilaginosa com apenas um tricoma. Bainha amarelo
acastanhado ou incolor, muitas vezes prolongando-se além do
tricoma.....................................................................................Lingbya
gsyd.nsw
.gov.au 
15-Bainha mucilaginosa com mais de um tricoma.
16-Tricomas torcidos..........................................................Microcoleus
m
icrobes.arcc.nasa.gov
16-Tricomas não torcidos................................................................Sirocoleus
11-Filamento ramificado.
17-Filamento com um único tricoma...............................................Plectonema
w
w
w
.rbgsyd.nsw
17-Filamento com mais de um tricoma.
w
.gov.au 
w
18-Filamento com poucos tricomas (poucos filamentos associados em
uma mesma matriz gelatinosa) ; células geralmente mais largas que
longas; célula terminal com caliptra ou capitada.................Hydrocoleum
w
w
w
.scielo.br 
37
biology
18-Filamento com muitos tricomas; células geralmente mais longas que
largas.....................................................................................Schyzothrix
y.m
issouristate.eduu 
2-Talo não filamentoso.
19-Algas firmemente aderidas ao substrato; geralmente epífitas.
20-Células globosas; gregárias com 4 ou mais endósporos.............Dermocarpa
w
w
w
.ibvf.cartuja.cssic.es 
w
w
w
.glerl.noaa.go
20-Célulasclavadas ou cilíndricas; isoladas com exósporos......Chamaesiphon
ov 
38
19-Algas não aderidas ao substrato, litófitas ou planctônicas.
21-Células isoladas ou em grupos pequenos (2-8).
w
w
w
.biltek.21 Células isoladas ou em grupos pequenos (2 8).
22-Envoltório gelatinoso incolor, lamelado...................................Chroococcus *
.tubitak.gov.tr 
silicasecchidisk
22-Envoltório gelatinoso colorido, lamelado...................................Gloeocapsa *
k.conncoll.edu 
21-Plantas formando colônias com muitas células.
23-Células dispostas em colônias tabulares ou cúbicas.
24 Colônias cúbicas Eucapsis
w
w
w
.kew
eenaw
a24-Colônias cúbicas.......................................................................Eucapsis algae.m
tu.edu 
24-Colônias tabulares............................................................Merismopedia
w
w
w
.nostoc.pt 
* o critério de separação entre os gêneros Chroococcus e Gloeocapsa é discutível e varia 
conforme o autor considerado.
39
23 Cél l di t lô i d f l bóid i l
serc.c
23-Células dispostas em colônias de forma globóide ou irregular.
25-Células cilíndricas, como cápsulas de vitaminas, imersas na matriz
gelatinosa da colônia..........................................................Aphanothece
arleton.edu
w
w
w
.
25-Células esféricas.
26-Células densamente dispostas dentro do envoltório
gelatinoso...........................................................................Microsystis
.dep.state.fl.us 
p
26-Células bem espaçadas dentro da matriz de
gelatina..........................................................................Aphanocapsa
protist.i.hosei.ac.jp
gelatina..........................................................................Aphanocapsa
40
1-Pigmentos localizados em plastos bem definidos.
27-Plantas de água doce ou aéreas (terrestres ou epífitas)
w
w
w
-biol27 Plantas de água doce ou aéreas (terrestres ou epífitas).
28-Algas de coloração alaranjada, crescendo sobre barrancos, troncos, postes,
etc.; talo filamentoso ramificado.....................................................Trentepohlia
28 Algas com outra coloração; predominantemente aquáticas
.paisley.ac.uk
28-Algas com outra coloração; predominantemente aquáticas.
29-Talo filamentoso.
30-Filamentos não ramificados.
31-Filamentos formados por células mais largas que longas, com uma
reetrância ou constrição mediana; ligeiramente torcidos e com
bainha gelatinosa................................................................Desmidium
31-Filamentos com células mais longas que largas, e sem constrição31 Filamentos com células mais longas que largas, e sem constrição
mediana.
32-Cloroplastos mais ou menos estrelados, 2 por células.
33-Cloroplastos nitidamente estrelados, pequenos; filamentos
longos.............................................................................Zygnema
w
w
w
.rbgsyd.nsw
.gov.au 
w
w
w
33-Cloroplastos entrelaçados ou irregulares, grandes, ocupando a
maior parte da célula; filamentos curtos....................Zygogonium
w
.glerl.noaa.gov 
41
32-Cloroplastos não estrelados.
34-Cloroplasto, 1 ou mais, em forma de fita, com bordo irregular,
dispostos espiraladamente.
35 Cloroplastos geralmente numerosos; espirais com
w
w
w
.biologie
35-Cloroplastos geralmente numerosos; espirais com
várias voltas...............................................................Spirogyra
.uni-ham
burg.de 
35-Cloroplastos 1 ou 2; espiral aberta quase não chegando
a completar uma volta............................................Sirogoneum
34-Cloroplasto não disposto em espiral.
36-Cloroplasto reticulado; estrias transversais presentes na
w
w
wp ; p
porção distal de algumas células; célula basal bem
diferenciada..........................................................Oedogonium
.rbgsyd.nsw
.gov.auu 
w
w
w
.rbgsyd
36-Cloroplasto não reticulado; ausência de estrias transversais;
sem célula basal diferenciada.
37-Cloroplasto axial, 1 ou 2, em forma de lâmina, com
vários pirenóides...................................................Mougeotia
.nsw
.gov.au 
w
w
wp g w.biologie.uni-ham
bburg.de
42
pkukm
w
eb.u
37 Cl l t i t l l t d f d l km.m
y 
37-Cloroplasto parietal, geralmente curvado em forma de anel
incompleto, com 1 ou mais pirenóides......................Ulothrix
w
w
w
.kew
eenaw
30-Filamentos ramificados.
38-Células microscópicas.
39-Filamentos imersos em uma matriz gelatinosa, formando um walgae.m
tu.edu
39 Filamentos imersos em uma matriz gelatinosa, formando um
talo globoso..................................................................Chaetophora
w
w
w
.botany.haw
ai
39-Filamentos não imersos em gelatina.
40-Parte basal com ramos prostrados; cerdas
presentes..................................................................Coleochaete
ii.edu
w
w
w
2.una.edu 
43
40-Plantas eretas com uma célula basal; com pêlos
silicasecc40 Plantas eretas, com uma célula basal; com pêlos
hialinos......................................................................Bulbochaete
chidisk.conncoll.edu
38-Células macroscópicas.
u 
w
w
w
.k
41-Internos não corticados; coroa do oogônio com 10
células....................................................................................Nitella
kew
eenaw
algae.m
tuu.edu
w
w
w
.
41-Internos corticados; coroa do oogônio com 5 células.............Chara
scientificillustrator.ccom
 
44
rydberg.biolo29-Talo não filamentoso. ogy.colostate.edu 
42-Células isoladas, móveis por meio de flagelos.
43-Células com um único cloroplasto..............................Chlamydomonas
43-Células com vários cloroplastos.
44 Células mais ou menos fusiformes plásticas (mudando de44-Células mais ou menos fusiformes, plásticas (mudando de
forma ao se locomoverem)...................................................Euglena
44-Células mais ou menos achatadas, com forma fixa...............Phacus
w
w
w
.nostoc.p, pt 
42-Células isoladas ou coloniais, imóveis.
45-Indivíduos isolados.
46-Células com uma incisão mediana delimitando duas semicélulas.
47-Células discóides (às vezes alongadas) com incisões periféricas
l b di t di l t Mi t ique separam lobos dispostos radialmente................Micrasterias
45
47-Células com outra forma.
48-Pólos arredondados com constrição muito tênue e
sutura mediana.............................................................Penium
w
w
w
.nies.go
48-Pólos geralmente truncados, constrições mediana acentuadas.
49-Células bem alongadas (2 a 6 vezes o diâmetro), com
uma dilatação em ambas as semicélulas acima da
.jp
w
w
incisão mediana.
50-Células bem alongadas (mais de 6 vezes o diâmetro),
sem incisão apical......................................Pleurotaenium
w
w
.plingfactory.de
w
w
w
.des
50-Células não tão longas, com incisão apical.......Euastrum
m
ids.nl 
w
w
w
49-Células não tão longas e sem a mencionada dilatação.
51-Células lisas, sem processos espiniformes podendo,
entretanto, apresentar ornamentação em forma de
pequenas saliências........................................Cosmarium
w
.dr-ralf-w
agner.de 
46
51-Semicélulas ornamentadas, com processos espiniformes
em número limitado e relativamente longos.
52-Com um espinho simples em cada ângulo da
él l St d
w
célula......................................................Staurodesmus
52-Sem espinhos simples, com processos angulares
w
w
w
.kew
eenaw
algap p , p g
ou espinhos complexos em vários pontos da célula.
53-Células com um espessamento na porção
mediana em vista frontal ou ornamentada com
granulações ou espinhos........................Xanthidium
ae.mtu.edu
sili
53-Célula sem espessamento ou ornamentos na
porção mediana.....................................Staurastrum
icasecchidisk.connccoll.edu 
46-Células sem incisão mediana.
54-Células em geral esféricas; só um cloroplasto,
sem pirenóide..................................................................Chlorella
io.uw
innipeg.cca 
47
w
w
w
.m
icrosc
54-Células alongadas.
55-Células em forma de lua em quarto crescente (as vezes
com extremidades muito alongadas), com vacúolos nas copy-uk.org.uk 
g ),
extremidades. Muitas vezes com parede celular
amarelada................................................................Closterium
55-Células com outras formas e sem vacúolos nas extremidades.
56-Cloroplastos com reentrâncias nos bordos; células mais
pro56-Cloroplastos com reentrâncias nos bordos; células mais
ou menos fusiformes.................................................Netrium
56-Cloroplastos com bordos lisos; células cilíndricas ou elípticas.
57 Cél l t (2 3 i l l )
otist.i.hosei.ac.jp
57-Células curtas (2 a 3 vezes mais longas que largas);
com um cloroplasto em cada semicélula;cloroplastos
com “costelas” longitudinais..................................Penium
57-Células várias vezes mais longas que largas; só um
cloroplasto tabular liso; freqüentemente vários indivíduoscloroplasto tabular liso; freqüentemente vários indivíduos 
em uma matriz gelatinosa............................Mesotaenium
w
w
45-Indivíduos agrupados em colônias.
58-Colônias com 4 a 8 indivíduos unidos lateralmente, formando
fileiras transversais.....................................................Scenedesmus
w
w
.m
icroscopy-uk.oorg.uk
48
58-Colônias geralmente com maior número de indivíduos, não
formando fileiras.
59-Colônia plana tabular de contorno circular ou
w
w
w
.etsm
re59 Colônia plana, tabular, de contorno circular ou
poligonal......................................................................Pediastrum
e.upv.es 
59-Colônia esferoidal ou sem forma definida.
60-Colônia sem forma definida; indivíduos em forma de lua
em quarto crescente..............................................Selenastrum
protist.i.hosei.acc.jp 
60-Colônia esferoidal; indivíduos não em forma de lua.
61-Indivíduos com contorno esférico ou
poligonal..............................................................Coelastrum
61-Indivíduos em forma de agulha....................Ankistrodesmus
49
w
w
w
.petm
e
27-Plantas marinhas ou de água salobra.
62-Talo formado por um eixo ereto, com um disco terminal, em forma de uma
taça rasa de pé muito longo...........................................................Acetabularia
ister.com
 
62-Talo com forma diferente.
63-Algas microscópicas, móveis por um flagelo anterior. Comuns em areias
úmidas de praias poluídas................................................................Euglena
cor
63-Algas macroscópicas, desprovidas de movimento no estado vegetativo.
64-Algas com deposição de carbonato de cálcio (testar com HCl 5%).
65-Talo crostroso, epífita ou litófita.
66-Crosta fina e delicada epífita; coloração rosa claro a esbranquiçada
rreia.m
iguel25.goog66 Crosta fina e delicada, epífita; coloração rosa claro a esbranquiçada,
quando vivas........................................................................Fosliella
glepages.com
 
66-Crosta espessa, geralmente litófita; coloração rosa intensa
quando vivas...............................................................................Goniolithon 50
65-Talo não crostroso.
67-Talo em forma de fita estreita, não segmentado
(articulado)........................................................................Galaxaura
67-Talo cilíndrico ou achatado, segmentado (articulado).
68-Segmentos terminais com um poro apical; segmentos medindo
até 7 mm comprimento por 1 mm de diâmetro..............Galaxaura
w
w
w
.herb
68-Segmentos menores e sem poro apical.
69-Ramificação pinada.....................................................Corallina
bariovirtual.ua.es ç p
69-Ramificação dicotômica ou irregular.
70-Segmentos bem achatados, alados, em forma de escudo
ou cordiformes Arthrocardiaou cordiformes............................................................Arthrocardia
70-Segmentos cilíndricos ou achatados, mas não cordiformes.
71-Ramos geralmente achatados; conceptáculos espalhados 
pelos segmentos férteis...............................................Amphiron
51
71-Ramos cilíndricos; conceptáculos no segmento basal
de uma dicotomia terminal........................................Jania
64-Algas sem deposição de carbonato de cálcio.
72-Plantas com talo cenocítico.
73-Talo com filamentos densamente justapostos formando ramos
cilíndricos, ou achatados e eretos ou apressos ao substrato, de
consistência esponjosa Codium
m
assbay.m
it.edconsistência esponjosa.........................................................Codium du 
h
73-Talo de forma diferente, não esponjoso.
74-Talo filamentoso.
75-Filamentos formando tufos emaranhados, sem ramos principais, 
com ramificação dicotômica........................................Derbesia
henge.bio.m
iam
i.ed
75 Filamentos com ramo principal prostrado ou ereto de onde
u 
75-Filamentos com ramo principal prostrado ou ereto de onde
partem ramos laterais opostos ou alternos.
76-Filamentos disticamente ramificados, em forma de pequenas
penas; sem trabéculas (filamentos que atravessam o lume
celular de uma parede à outra)................................Bryopsis
52
76-Filamentos com ramos em todos os planos; com
t bé l C ltrabéculas...............................................................Caulerpa
w
w
w
.ree
74-Talo não filamentoso, em forma de pequenos cachos de
uvas ou de folhas de palmeiras......................................Caulerpa
efcorner.com
 
72-Plantas com talo celular.
77-Talo filamentoso, unisseriado.
w
w
w
.ho
78-Filamentos não ramificados ou com ramificações muito raras.
79-Filamentos relativamente espessos e mais ou menos rígidos,
como os pêlos de um pincel; célula basal de cada filamento
bem diferenciada para a fixação, com formação de processos
rizoidais; paredes espessas Chaetomorpha
orta.uac.pt
rizoidais; paredes espessas..............................Chaetomorpha
53
w
w
w
.rbgsyd
79-Filamentos longos e finos, emaranhados e sem células basais
conspícuas..........................................................Rhizoclonium
d.nsw
.gov.au 
78-Filamentos com ramificações esparsas ou abundantes.
80-Ramos laterais jovens freqüentemente sem septos na região de 
contato com o ramo que lhe deu origem.....................Cladophoropsis
80-Ramos laterais sempre septados na porção de contato
com o ramo que lhe deu origem. 
m
sq g
81-Plastos reticulados, verdes; paredes
espessas.............................................................Cladophora
81 Plastos não reticulados não verdes; paredes não espessas
nucleus.org
81-Plastos não reticulados, não verdes; paredes não espessas.
82-Algas de coloração pardo-amareladas.
83-Plastos 1 a 2 por célula, estrelados; órgão de reprodução 
intercalares.............................................................Bachelotia
83-Plastos discóides ou alongadas, numerosos; órgão de
d ã l t l t b t i i
kentsim
m
on
reprodução lateralmente sobre um ramo ou terminais.
84-Plastos em forma de bastão ou fita
curta.........................................................Ectocarpus
ns.uw
innipeg.ca
w
w
w
.horta
84-Plastos discóides..........................................Giffordia
a.uac.pt
54
82-Algas de coloração avermelhada.
85-Filamentos com células visíveis a olho nu,
w
w
w
.ifrem
e
globulares ou cilíndricas..................................Griffithsiar.fr 
85-Filamentos com células microscópicas.
86 R i i l t86-Ramo principal ereto.
87-Plantas muito pequenas, usualmente epífitas nas 
algas “Chaetomorpha”, e produzindo
monoespoângio......................................Achrochaetium
f
w
w
w
.s
87-Plantas maiores, geralmente litófitas, produzindo
tetra ou polisporângios.
88-Ramificação verticilada......................Wrangelia
sinicearasy.cz 
w
w
88-Ramificação alterna.....................Callithamnion
w
w
.cultinfo.ru 
55
w
w
w
.m
bari.o
86-Ramo principal rizomatoso.
89-Ramificação esparsa, irregular; geralmente
com polisporângios.............................Spermothamnion
89 Ramificação ab ndante reg lar com
org89-Ramificação abundante, regular, com 
tetrasporângios.
90-Ramificação trística ou
alterna...........................................Antithamnion
90-Ramificação oposta, pinada...........Gymnothamnion
77-Talo, se filamentoso multisseriado, ou folheáceo, tubular, etc.
91-Talo em forma de filamentos curtos (1-3 cm), marrom escuros,
com grande célula apical e propágulos......................Sphacelaria
w
w
w
.botanycom grande célula apical e propágulos......................Sphacelaria
91-Talo com organização diferente.
92-Filamentos coalescentes no centro e livres na periferia;
algas de coloração marrom claro.......................................Levringea
92 Talo com organização diferente; de coloração esverdeada
y.haw
aii.edu
92-Talo com organização diferente; de coloração esverdeada,
avermelhada ou enegrecida.
93-Filamentos separados em nós e entrenós, pelo menos
nos râmulos laterais.
94-Eixo principal evidente e bem mais grosso que os
f S
w
w
w
.horta.uac.p
ramos laterais; ramificação alterna.......................Spyridia
pt
w
94-Sem eixo principal evidente; ramificação dicotômica.
95-Células pequenas apenas na região dos nós; sem
células espiniformes.....................................Ceramium
w
w
w
.m
bari.org
56
95-Células pequenas recobrindo todo o filamento; células
espiniformes abundantes..........................Centroceras
w
w
w
.horta.u
93-Talo com organização diferente.
96-Filamentos emaranhados, de coloração rósea; ramos
com segmentos formados por 2 3 células de
uac.pt
com segmentos formados por 2-3 células de
espessura....................................................Falkenbergia
w
w
w
.asturn
96-Talo não filamentoso ou, se filamentoso, com mais
de 3 células de espessura.
97-Talo filamentoso ou cilíndrico.
98-Talo filamentoso (diâmetro igual ou menos que 0,5 mm).
99-Talo com organização radial; râmulos em todos os
natura.com
 
g ç ;
planos.
100-Plantas mais ou menos rígidas,
enegrescidas........................................Bryocladia
100-Plantas delicadas, róseas ou vermelhas.
101-Ramos principais bem nítidos revestidos por
w
w
w
.rbg.vic.g101-Ramos principais bem nítidos, revestidos por
râmulos monossifônicos divididos
dicotomicamente............................Dasya
gov.au
101-Sem ramos principais evidentes; ramos de
última ordem polissifônicos (com ou sem
w
w
w
.koi2000.com(
pêlos)...................................Polysiphonia
m
 
57
99-Talo com organização dorsiventral ou bilateral.
102-Plantas de cor negra ou ligeiramente 
w
w
w
.bam
a.u
amareladas, com ramificação dística geralmente 
penada; bilateral............................Bostrychia
ua.edu
102 Cor avermelhada não penadas; dorsiventral102-Cor avermelhada, não penadas; dorsiventral.
103-Ramos eretos de tamanho determinado, não 
ramificado................................Ophidocladus
103-Ramos eretos de dois tipos, ramificados
w
w
w
.horta
ou não...............................Herposiphonia
a.uac.pt
98-Talo cilíndrico (diâmetro igual ou maior que 1 mm).
104-Talo oco, com cavidade contínua, tubular.
105-Tubo com uma camada de células,
verde.....................................Enteromorpha
w
w
w
.glerl.noaa.ggov
58
105 T b i d d
w
w
w
.bota
105-Tubo com mais de uma camada,
marrom-amarelado..................Rosenvingea
any.haw
aii.edu
104-Talo sólido, ou localmente oco.
106-Crescimento por uma célula apical (exposta
ou imersa).
107-Com ramos curtos revestindo os ramos
principais
w
w
w
.bprincipais.
108-Ramos curtos clavados; célula apical
em depressão...................Laurencia
botany.haw
aii.edu
w
w
w
.biol.ts
108-Ramos curtos fusiformes; célula apical
saliente..............................Chondria
sukuba.ac.jp
59
JC1
Slide 26
JC1 Existem três "108". Deveriam ser só 2...não consegui identificar onde é o erro.
Julia Costa; 7/4/2009
w
w
w
.botany.hhaw
aii.edu
108-Ramos curtos espinescentes,
em tufos.....................Acanthophora
w
w
w
.b
107-Sem ramos curtos especialmente
diferenciados.............................Hypnea
botany.haw
aii.edu 
106-Crescimento por várias células apicais.
109-Com medula completamente preenchidap p
por células arredondadas ou alongadas.
110-Consistência rígida como arame;
pouco ramificada.................Gelidiopsis
110-Consistência carnosa; bem ramificada.
111-Plantas pequenas de 2-4 cm;
w
w
w
.asturnatu111 Plantas pequenas de 2 4 cm;
dicotomias e politomias 
freqüentes..........Gymnogongrus
ura.com
 
60
111-Plantas maiores de até 20 cm;
com
enius.sus111 Plantas maiores, de até 20 cm;
com ramificação alterna
irregular.......................Gracilaria
squ.edu 
109-Com medula oca ou atravessada
por filamentos.
w
w
w
.ne
112-Talo formado por segmentos em 
forma de barricas, com diafragmas
celulares na região de contato entre
os segmentos....................Champia
e.jp 
w
w
112-Talo com outra forma.
113-Coloração escura, com células
w
w
1.ci.uc.pt
estreladas junto à medula, que é
densa e gelatinosa......Gigartina
61
113-Vermelho claro, com medula 
atravessada por poucos 
filamentos Agardhiella
w
w
w
.dnrecfilamentos................Agardhiella c.state.de.us 
97-Talo com outra forma (não filamentoso nem cilíndrico).
114-Talo folheáceo ou em forma de lâmina larga (1 cm), 
fendido ou inteiro.
115-Lâminas com uma camada de células
w
w
w
.seaw
ee115 Lâminas com uma camada de células
de espessura.
116-Talo verde intenso, plasto laminar
ou lenticular.....................................Ulvaria
dsofalaska.com
 
116-Talo vermelho ou marrom, com um plasto 
estrelado, nem sempre visível em material
w
w
w
.botany.haw, p
fixado...........................................Porphyra
aii.edu 
62
w
w
w
.botan
115 Lâminas com mais de uma camada de células
ny.haw
aii.edu
115-Lâminas com mais de uma camada de células 
de espessura.
117-Plantas verdes, com duas camadas
de espessura......................................Ulva
w
w
w
.nio.org 117-Plantas marrons (esverdeadas quando 
fixadas), com mais de duas camadas de 
espessura Spatoglossumespessura............................Spatoglossum
w
w
w
.beachw
114-Talo com forma diferente, se folheáceo com 
o bordo apical enrolado. w
atchers.w
su.edu
p
118-Talo em forma de crostas fortemente aderidas 
às rochas.
119-Crostas de coloração negra ou marrom 
escura.............................................Ralfsia
63
119-Crostas de coloração vermelha..................
............................................Hildenbrandia
w
w
w
.aquam
aax.de
w
w
w
.nio.org
118-Talo não crostoso.
120-Talo em forma de ventarola, com os 
bordos enrolados de coloração
marrom...........................................Padina ww
w
.biol.tsukuba
120 Talo com outra forma
a.ac.jp 
120-Talo com outra forma.
121-Talo em forma de pequenoarbusto, 
com ramos que simulam folhas; com 
ou sem vesículas esféricas..................
...........................................Sargassum
w
w
w
.naturalsciennces.org 64
w
w
w
.m
ar 121-Talo com outras formas.
122 T l f d í l b lh d i l dlin.ac.uk
122-Talo em forma de vesícula ou bolha, grandes e isoladas, ou 
pequenas e em grupos densos, de coloração marrom 
amarelada.....................................................................Colpomenia
w
w
w
.seaavegetables.com
 
122-Talo com outra forma.
123-Talo segmentado, como amarrado de salsichas; de
coloração negra..........................................................Catenella
w
w
w
.nio.org
123-Talo achatado, laminar ou em forma de fita.
124-Talo em forma de fita; ramificação dicotômica.
125-Com nítida nervura central...........................Dictyopteris
65
w
w
w
.biol.tsuk
125-Sem nervura central.
126-Pardo amareladas, estritamente 
dicotômicas................................................Dictyota
kuba.ac.jp 
126-Vermelhas, irregularmente dicotômicas.
lebrusc.c
127-Com uma camada de células de espessura e finais 
nervuras laterais............................Cryptopleura
chez-alice.fr 
w
w
w
.as
127-Com várias camadas de espessura e sem 
nervuras laterais............................Rhodymenia
sturnatura.com
 
66
vis-pc.plant 124 T l f dif ttbio.ohiou.edu
124-Talo com forma diferente.
128-Laminar formando segmentos elípticos, articulados e com 
nervura central..............................................Caloglossa
128-Talo com forma diferente.
129-Talo ramificado em vários planos Gracilaria
w
w 129 Talo ramificado em vários planos.....................Gracilaria
129-Talo achatado, ramificação em um só plano.
130-Ramificação pinada com um eixo principal mais 
largo e ramos laterais estreitos e curtos.............
.............................................................Bryothamnion
w
w
.sw
sbm
.com
 
130-Ramificação não pinada ou, se pinada com todos 
os ramos de diâmetro equivalente.
131-Ramificação irregular.
132 Medula filamentosa132-Medula filamentosa.
133-Cistocarpos em pequenas expansões do 
talo.......................................Gigartina
67
w
w
w
.horta.u
133-Cistocarpos minúsculos, completamente 
imersos no talo...................Grateloupia
ac.pt
132-Medula com células esféricas Gracilaria132-Medula com células esféricas..........Gracilaria
131-Ramificação pinada ou mais ou menos piramidal.
134-Ramos principais mais largos que os laterais, 
pectinados, e com crescimento simpodial. ....
...............................................Plocamium
w
w
w
.astuurnatura.com
 
134-Todos os ramos muito estreitos e com 
diâmetros semelhantes; crescimento
w
w
w
.ca diâmetros semelhantes; crescimento 
monopodial.
135-Plantas pequenas, com 1-2 cm de 
altura....................................Gelidium
anari.org 
68
w
w
w
.sinh
135-Plantas maiores, até 20 cm de altura... 
.........................................Pterocladia
hhocvietnam
.com
69
 70
GLOSSÁRIO – ALGAS 
 
Acineto: célula especial que aumenta de tamanho, estoca grandes quantidades de 
substância de reserva e espessa a parede. Funciona como um esporo de resistência e 
tem função na reprodução de cianobactérias. 
Alvéolo: pequenas cavidades envoltas por membrana sob a membrana plasmática. 
Apressório: porção basal de uma alga multicelular que a mantém presa a um substrato 
sólido, podendo ser unicelular ou constituído de uma massa de tecido. 
Axial: situado ao longo do eixo mediano da célula. 
Bainha mucilaginosa: camada mucilaginosa que envolve células ou tricomas formada por 
polissacarídeos excretados pelas células. 
Barricas: forma de pequeno barril. 
Bentônico: que vive no fundo ou associado a algum substrato. 
Caliptra: extremidade espessada e proeminente da célula apical do tricoma de 
cianobactérias. 
Captado: que tem um alargamento ou “cabeça” em um ou ambos os pólos. 
Carpósporo: tipo de esporo unicelular diplóide ou menos comumente haplóide, destituído 
de motilidade e produzido no carposporângio de certas Rhodophyta. 
Carpoesporófito: no ciclo de vida das Rhodophyta, é a geração diplóide constituída por 
filamentos que sustentam os carposporângios. 
Cenocítico: diz-se o tipo de talo unicelular multinucleado, destituído de septos 
transversais. 
Cisto: estágio ou célula de resistência com paredes normalmente espessadas produzidas 
pelo arredondamento de células reprodutivas. 
Clavado: em forma de clava. 
Cloroplasto: organela citoplasmática presente em células vegetais, onde ocorre a 
fotossíntese. 
Constrição: reentrância. 
Cordiforme: em forma de coração. 
Coroa do oogônio: roseta formada por 5 ou 10 células que estão ao redor do oogônio. 
Crescimento monopodial: onde o crescimento do eixo principal se dá pela atividade de 
uma única gema apical. 
Crescimento simpodial: onde várias gemas participam da formação de cada eixo. 
Crosta: camada superficial e dura que envolve um corpo, invólucro, casca. 
Crostoso: com aspecto de crosta. 
 71
Dicotomia: ramificação aos pares; 
Endósporo: tipo de esporo destituído de organela locomotora e produzido no interior da 
parede da célula-mãe por sucessivas divisões do seu protoplasto; 
Entrenó: região entre um nó e outro; 
Epífita: que vive sobre outra planta ou sobre uma alga maior que a alga epífita; 
Espinescente: que cria espinhos, diz-se dos órgãos vegetais que se transformam em 
espinhos, no caso de algas, projeções parecidas com espinhos; 
Estigma: nas algas flageladas a organela é constituída por grânulos de coloração 
laranjada a avermelhada, situada, em geral, na porção dianteira da célula, próxima à base 
do flagelo, e que tem a propriedade de orientar o deslocamento da célula. 
Exósporo (exócito): célula resultante da divisão celular em um único plano na extremidade 
livre de células sésseis; 
Fagocitose: absorção de materiais sólidos para dentro da célula através da invaginação 
da membrana plasmática. 
Filamento: arranjo linear de células intercomunicadas por plasmodesmos, em 
cianobactérias as células são interligadas pela matriz mucilaginosa e alinhadas em fileira 
(tricoma); 
Floração: multiplicação excessiva de uma ou mais espécies de cianobactérias ou outros 
tipos de algas fitoplanctônicas que produzem coloração visível a olho nu. 
Frústula: parte silícea da parede celular de diatomáceas composta por duas valvas 
geralmente ornamentadas. 
Fusiforme: em forma de fuso de tecer; 
Gregárias: o mesmo que agregados; 
Haptonema: estrutura sensitiva para captura de alimento presente em haptófitas; 
Heterocisto: célula especial das cianobactérias, onde ocorre a fixação de nitrogênio 
atmosférico. A parede é espessa e apresenta poros nas extremidades, os quais permitem 
a comunicação seletiva com as células vegetativas vizinhas; 
Hialino: incolor, transparente; 
Intercalar: inserido no meio de alguma estrutura; 
Lamelado: em forma de lâmina; 
Laminar: com a forma de lâmina, o mesmo que tabular. 
Lenticular: com a forma de um grão de lentilha, ou seja, com ambas as faces biconvexas; 
Litófitas: são plantas que crescem diretamente sobre rochas; 
Mixotróficos: organismos fotossintetizantes que também podem realizar endocitose de 
partículas orgânicas (ver fagocitose). 
 72
Monossifônico: diz-se do talo de uma alga ou de algumas de suas partes quando é 
formada por um tubo simples, articulado ou não, nunca formado por mais de uma fileira 
de células. 
Multisseriado: refere-se ao talo que apresenta mais de um filamento (uma fileira) de 
células. 
Nós: parte do talo de onde sai um ramo. 
Oogônio: órgão relacionadoà reprodução sexual, em que é produzido o gameta feminino. 
Parede celular: envoltório relativamente rígido situado externamente à membrana 
plasmática. 
Parênquima: tecido composto por células parenquimatosas que são células vivas, de 
paredes finas, com tamanho e formato variados e conectadas por plasmodesmos. 
Pseudoparênquima: falso parênquima, talo formado pela junção de vários filamentos, 
filamentos multisseriados. 
Parietal: situado próximo à parede celular. 
Pêlo: ver tricoma. 
Pinado: com forma de pena de ave. 
Pirenóide: corpo protéico existente nos cloroplastos e associado à reserva de alimento. 
Planctônica: que vive em suspensão na coluna d’água e é incapaz de vencer as correntes 
aquáticas. 
Plasmodesmo: filamento citoplasmático diminuto, que se estende através das aberturas 
nas paredes celulares e une os protoplastos de células vivas adjacentes. 
Plastídio: organela que contém o pigmento; termo geral utilizado para denominar os 
cloroplastídios (verdes) e cromoplastídios (demais cores). 
Polissifônico: diz-se do eixo ou parte do talo de uma alga formado por um feixe de células 
tabulares, são várias células pericentrais dispostas ao redor de outra central. 
Politomia: mais de três ramificações. 
Processo: o mesmo que protuberância nas paredes celulares. 
Prostado: que cresce rente ao substrato. 
Ramificação alterna: quando o ramo segue um padrão alternado no caule. Ex: em um nó 
o ramo sai do lado direito; no nó acima o ramo sai do lado esquerdo e assim 
sucessivamente. 
Ramificação dística: de cada nó partem dois ramos. 
Ramificação falsa: tipo de ramificação produzida quando não há mudança no plano de 
divisão celular em relação ao eixo principal do filamento. 
 73
Ramificação verdadeira: tipo de ramificação produzida quando há mudança no plano de 
divisão celular, que passa a ser paralelo ao eixo principal do filamento. 
Ramo: ver filamento. 
Râmulo: pequeno ramo. 
Reentrância: sulcos que se formam sobre a célula. 
Reticulado: em forma de rede. 
Semicélulas: cada uma das duas metades da célula, em geral, simétricas segundo um 
plano que corta transversalmente o istmo, a reentrância que compõe as células. 
Septo: parede que separa duas células após a citocinese. 
Sifonáceo: tipo de talo unicelular multinucleado, destituído de septos transversais; ver 
cenócito. 
Talo: corpo vegetal morfologicamente simples, não diferenciado em raiz, caule e folhas. 
Talo filamentoso: são células que se dispõe em fileiras formando um tipo de cordão. 
Tênue: fino, delgado. 
Tricoma: termo usado para indicar a fileira de células nas cianobactérias; 
Truncado: diz-se da estrutura que termina abruptamente na parte livre como se tivesse 
sido cortada por um plano. 
Unisseriado: refere-se ao talo que apresenta apenas uma fileira de células. 
Vesícula de ar: bolsas que armazenam ar em alguns representantes de Phaeophyta e 
propiciam a flutuação do talo na superfície da água. 
Zoósporos: esporo móvel encontrado em algumas algas, oomicetos e quitrídias. 
 74
REINO PLANTAE 
Texto complementar 
O conceito de reino Plantae adotado considera como seus representantes todas 
as plantas terrestres que abrigam um embrião em seu gametângio nos estágios iniciais de 
desenvolvimento (Raven et al. 2007). Acredita-se que as plantas surgiram de um grupo 
extinto de algas verdes da classe Charophyceae, possuindo como características em 
comum com este grupo a parede celular constituída de celulose, a presença de clorofilas 
“a” e “b” e carotenóides, armazenamento de amido, citocinese com ruptura da membrana 
nuclear, persistência do fuso mitótico, presença de fragmoplasto e placa celular, presença 
de nós e entrenós, meristema apical, oogamia e retenção do zigoto no talo parental. 
Diferentemente das Charophyceae, a meiose em todas as plantas terrestres é espórica 
com alternância de gerações heteromórficas. Para que as plantas pudessem colonizar o 
ambiente terrestre e sobreviver à falta de água, radiação solar, vento e pressões 
mecânicas, elas tiveram que desenvolver esporos resistentes à dessecação, gametângios 
e esporângios com células estéreis protegendo as células reprodutivas, embrião retido no 
arquegônio, rizóides, cutícula e poros ou estômatos. 
As plantas terrestres são divididas em dois grandes grupos: criptógamas (cripto-
escondido; gamae-gametas) e fanerógramas (fanero-visível; gamae-gametas). As 
criptógamas, por sua vez, são divididas em: 
•briófitas: criptógamas que não possuem vasos especializados para o transporte de 
seiva. 
•pteridófitas: criptógamas que possuem vasos especializados para o transporte de 
seiva. 
 
BRIÓFITAS 
Consideradas um grupo artificial, as briófitas são compostas pelos filos 
Hepatophyta, Anthocerophyta e Bryophyta, que em conjunto possuem aproximadamente 
18000 espécies. Apesar de ocorrerem preferencialmente em ambientes úmidos, podem 
ser encontradas em praticamente todas as regiões, inclusive em desertos, poucas 
espécies são aquáticas, mas nenhuma marinha. A fase dominante do ciclo de vida das 
briófitas é o gametófito haplóide, enquanto a parte efêmera é o esporófito diplóide que 
depende do gametófito para sua sobrevivência. Quando jovem, a cápsula do esporófito 
(esporângio) é protegida por um tecido chamado caliptra, derivado das paredes do 
arquegônio. 
 75
O filo Hepatophyta se subdivide em hepáticas talosas e folhosas. As hepáticas 
talosas possuem um gametófito taloso achatado, geralmente de ramificação dicotômica, 
que cresce rente ao substrato, onde se fixa através de seus rizóides unicelulares. 
Dorsalmente o talo pode apresentar poros que irão realizar as trocas gasosas com o 
ambiente, toda a superfície dorsal do talo é fotossintetizante. As hepáticas talosas podem 
se reproduzir assexuadamente por fragmentação ou pela produção de gemas no interior 
de conceptáculos. Durante a reprodução sexuada os gametângios (arquegônio e 
anterídio) localizam-se em estruturas especializadas, os gametóforos, onde o esporófito 
fica aderido durante todo o seu desenvolvimento após a fecundação. Os esporos são 
dispersos pelo vento com a ajuda de elatérios unicelulares. O gametófito das hepáticas 
folhosas é bastante ramificado, prostrado, cresce rente ao substrato e normalmente é 
encontrado em cascas de árvores ou sobre folhas. Possui rizóides para a fixação, 
caulóides (caulídeos) que dão sustentação e realizam fotossíntese juntamente com os 
filóides (filídios). Os filídios são dispostos em duas fileiras de filotaxia alterna dística e uma 
terceira fileira de filídios menores e ventrais, localizados no centro do caulídio. O 
arquegônio é sempre apical e envolto por uma bainha de filídios, enquanto o anterídio é 
lateral, ocorrendo abaixo do arquegônio e evitando assim a autofecundação. 
O filo Anthocerophyta é o menor dentre os três filos de briófitas. Seus 
gametófitos são talosos, achatados, fotossintetizantes e se assemelham a uma roseta. Os 
gametófitos possuem rizóides ventrais unicelulares, suas células possuem apenas um 
cloroplasto e o talo possui cavidades habitadas por cianobactérias (Nostoc) que fixam 
nitrogênio. Os gametângios estão localizados em depressões na superfície dorsal do talo 
e a fecundação cruzada é viabilizada pela maturação de arquegônios e anterídios em 
diferentes momentos. O esporófito é fotossintetizante quando jovem, é composto pelo pé 
que permite seu alongamento prolongado e por uma cápsula cilíndrica com cutícula e 
estômatos. A deiscência da cápsula se dá do ápice para a base e a dispersão dos 
esporos é realizada pelo vento com o auxílio de pseudo-elatérios multicelulares. 
O filo Bryophyta é composto por briófitas de gametófito folhoso, com rizóides, 
caulóide e filóides de filotaxiaalterna espiralada. Suas espécies estão distribuídas em três 
classes: 
A Classe Sphagnidae é composta apenas pelo gênero Sphagnum e suas 
espécies são conhecidas popularmente como “musgos-de-turfeira” (Turfa= Sphagnum + 
plantas secas em associação). O gênero teve grande importância durante a segunda 
guerra mundial por ser usado como curativo para os ferimentos dos soldados, uma vez 
que suas espécies possuem uma grande capacidade de retenção de água (20x o seu 
 76
peso seco), além de propriedades antissépticas. Ainda pode ser valioso economicamente 
como meio de cultivo para plantas ornamentais e é apreciado tanto como combustível 
industrial quanto doméstico, o que gera problemas ambientais pela diminuição drástica de 
umidade da área de extração das plantas e pela liberação de carbono na atmosfera 
durante a queima. O gametófito é ereto e os rizóides são multicelulares, os filídios 
possuem grandes células mortas com orifícios que são circundadas por células vivas e de 
menores dimensões. Os orifícios das células mortas provavelmente têm relação com a 
facilidade na absorção de água e as cavidades dessas células com a retenção da água. 
Arquegônios e anterídios são apicais, o esporófito fica elevado por uma estrutura 
chamada pseudopódio e é composto apenas pela cápsula e pelo opérculo, que possui um 
mecanismo de abertura explosivo ajudando na dispersão dos esporos. O protonema, 
quando presente, é semelhante ao talo em forma de disco de Coleochaete, no qual o 
gametófito folhoso é formado a partir de um meristema apical. 
A classe Andreaeidae é composta pelos gêneros Adreaea e Andreaeobryum e 
suas espécies conhecidas como “musgos-do-granito”. Ocorrem em regiões montanhosas 
ou árticas, sobre as rochas. Seu gametófito possui coloração verde enegrecida e os 
rizóides multicelulares são bisseriados (2 fileiras de células). O esporófito cresce no ápice 
do gametófito e é constituído por pé, seta e cápsula. A cápsula apresenta deiscência por 
meio de quatro fendas longitudinais que se abrem com pouca e fecham com o excesso de 
umidade. Após a germinação do esporo um protonema multicelular e bisseriado pode ser 
formado. 
A classe Bryidae concentra o maior número de espécies e seus representantes 
são conhecidos como musgos verdadeiros. Os gametófitos apresentam rizóides 
multicelulares e unisseriados, filídios com costa e caulídio com células de condução 
especializadas que também ocorrem na seta do esporófito. As células de condução 
especializadas são os hidróides, células mortas carentes de lignina, que transportam 
seiva bruta, e os leptóides, células vivas, sem núcleo, com poros nas paredes 
transversais, que transportam seiva elaborada. Os gametófitos são divididos em duas 
formas de crescimento, os do tipo almofada e os do tipo pena. Os do tipo almofada 
possuem um gametófito ereto e esporófitos terminais e os do tipo pena apresentam 
gametófitos rastejantes com uma ramificação que lhes dá aparência de pena e esporófitos 
laterais. O esporófito é fotossintetizante durante os estágios iniciais de desenvolvimento. 
Ele possui estômatos e é composto por pé, seta e cápsula que se abre por meio de um 
opérculo. Após a liberação do opérculo, um anel de dentes chamado peristômio, que se 
localiza na abertura da cápsula, auxilia na liberação dos esporos. Após a germinação dos 
 77
esporos forma-se o protonema, composto por uma fileira de células que é extremamente 
semelhante às algas verdes filamentosas e só pode ser distinto dessas devido às paredes 
celulares inclinadas entre as suas células. 
 
ROTEIRO DE AULA PRÁTICA: BRIÓFITAS 
 
Nessa aula você poderá observar exemplares dos três filos de Briófitas: Hepatophyta, 
Anthocerophyta e Bryophyta. Os exemplares podem estar frescos ou fixados em etanol 
70%, FAA ou outro fixador de uso corrente. Os exemplares fixados têm a desvantagem de 
perderem a sua coloração original, mas podem propiciar a observação de exemplares ou 
estruturas mais difíceis de serem coletados para aulas práticas. 
 
1) No filo Hepatophyta, observe os gametófitos de hepáticas talosas e folhosas. 
a) Esquematize um exemplar de uma hepática talosa evidenciando o tipo de ramificação 
do talo, a posição dos rizóides e a presença ou ausência de poros. Dê a função de cada 
uma das estruturas esquematizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Ainda sobre hepáticas talosas, você deverá observar e esquematizar exemplares do 
gênero Marchantia, onde podem-se observar os conceptáculos e suas gemas, além de 
gametóforos (arquegonióforos e anteridióforos). Para que servem as gemas dos 
conceptáculos? Como você consegue diferir um arquegonióforo de um anteridióforo? 
 
 
 
 
 
 
 
 78
c) Agora observe uma hepática folhosa e represente esquematicamente a disposição das 
três fileiras de filídios e suas diferenças morfológicas. Qual a filotaxia das duas fileiras de 
filídios maiores? 
 
 
 
 
 
 
2) Observando um exemplar do filo Anthocerophyta, você deverá esquematizar os talos 
em roseta e as regiões do pé e da cápsula no esporófito. Caso um exemplar de Anthocero 
possua apenas o gametófito, como você poderia distingui-lo do gametófito de uma 
hepática talosa? 
 
 
 
 
 
 
3) No filo Bryophyta você poderá observar exemplares das classes Sphagnidae e Bryidae. 
a) Na classe Sphagnidae, observe um exemplar de Sphagnum e, com o auxílio de pinças 
e estiletes (de ponta de agulha) retire alguns filídios do gametófito e coloque-os sobre 
uma lâmina com o auxílio de um pincel, pingue uma gota d’água e cubra com lamínula. 
Observe a lâmina na objetiva de 40x do microscópio disponível em seu laboratório. 
Esquematize as células mortas e as células vivas deste filídio, qual a função dos orifícios 
nas células mortas? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 79
b) Na classe Bryidae você terá uma diversidade maior de exemplares para sua 
observação. Retire alguns filídios de um dos exemplares disponíveis e monte uma lâmina 
da mesma maneira que você fez para Sphagnum. Observe a lâmina na objetiva de 4x do 
microscópio disponível em seu laboratório. Observe a costa dos filídios e faça um 
esquema geral do filídio observado. Você notou diferenças no número de camadas 
celulares e no formato das células entre a costa e das demais regiões do filídio? Quais? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Na classe Bryidae você ainda poderá observar exemplares com as formas de 
crescimento dos tipos almofada e pena. Faça esquemas evidenciando o tipo de 
ramificação dos gametófitos e os pontos de onde se originam os esporófitos para os dois 
tipos de crescimento. Escolha um dos exemplares acima e esquematize o gametófito 
indicando os filídios e o tipo de filotaxia, e o esporófito indicando seta, cápsula, opérculo e 
peristômio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 80
d) Como você diferenciaria um musgo do filo Bryophyta de uma hepática folhosa do filo 
Hepatophyta? 
 
 
 
 
4) Agora que você já anotou as principais características de alguns exemplares de 
briófitas, corra a chave dicotômica em anexo a este roteiro de aula prática e identifique os 
exemplares estudados até o nível de gênero ou ordem, dependendo do que a chave 
disponibilizar para cada exemplar. Coloque em cada item abaixo os passos da chave que 
você utilizou para a identificação do exemplar e o táxon. Caso você precise observar 
outras características dos exemplares para correr a chave, tenha lupas, microscópios e os 
equipamentos para a confecção de lâminas a fresco e à sua disposição o livro “Malcom B. 
& Malcom N. (2000) - Mosses and other bryophytes: an illustrated glossary; Micro-OpticsPress, New Zealand”, que é riquíssimo em ilustrações e definições de diversos termos e 
pode ajudar muito na identificação de exemplares de briófitas. 
 
a) hepática talosa 
 
 
b) hepática folhosa 
 
 
c) antócero 
 
 
d) membro de Sphagnidae 
 
 
e) musgo do tipo almofada 
 
 
f) musgo do tipo pena 
 
 
Chave Ilustrada - Briófitas
w
w
w
.a
1-Plantas talosas.
2-Plantas aquáticas flutuantes, com uma distinta linha mediana..........Ricciocarpus
anbg.gov.au 
2-Plantas não aquáticas.
3-Talo com poros no lado dorsal..........................................................Marchantia
w
w
w
.botany.ubc.ca 
3-Talo sem poros.
4-Rizóides densos como feltros nascendo ao longo de uma distinta linha
di D ti
w
w
w
.jbrj.gov.br mediana..........................................................................................Dumortiera
81
w
w
w
.anbg.g
4-Rizóides diferentes dos acima.
5-Talo em forma de roseta; esporófito verde desde a base, alongado, sem região gov.au 
dilatada no ápice.
6-Parede do esporófito sem estômatos....................................Dendroceros
w
w
w
.geocities.c
6-Parede do esporófito com estômatos.
7-Esporos pretos ou marrons Anthoceros com
 
7-Esporos pretos ou marrons..................................................Anthoceros
bryophytes.plant.si7-Esporos alaranjados ou amarelados....................................Phaeoceros u.edu 
p j
5-Talo não em forma de roseta, esporófito sempre incolor na base, distintamente
diferenciado em seta e cápsula (região dilatada).
8-Talo com ramificação bi- ou tripinada...........................................Riccardia
bryophytes.plant.siu.edu 
82
8-Talo, se ramificado, não como o acima.
w
w
w
.bryolog, ,
9-Talo medindo de 0,5 a 2,0 mm de largura no máximo..............Metzgeria
gy.org
9-Talo bem mais largo que o acima......................................Symphyogyna
w
w
w
2.auckland.acc.nz 
1-Plantas folhosas.
10-Filídios filiformes, espaçadas ao longo do talo cilíndrico......................Telaranea
w
w
w
2.aucklandd.ac.nz 
83
w
w
w
.azor
10-Filídios não-filiformes; há sempre pelo menos uma certa porção laminar, embora 
esta possa ser dividida de várias formas.
11 T l d fil i d filídi t d i ( ifi t bé resbioportal.angra.u
11-Talo com apenas duas fileiras de filídios em torno do eixo. (verifique também 
do lado ventral).
12-Filídios distintamente bilobadas, com o lobo menor dobrado por baixo do 
lobo dorsal (aparecendo então no lado ventral)..............................Radula
uac.pt 
w
12-Filídios não bilobadas como acima.
13-Talo distintamente 
folhoso Androcryphia ww
w
.societe.org.gg
folhoso.....................................................................................................Androcryphia
13-Talo apenas com lobos esboçados marginalmente
(folhas incipientes).........................................................Fossombronia
g 
11-Talo com pelo menos três fileiras de filídios em torno do eixo, ou são
w
w
w
.jbrj.gov.b11 Talo com pelo menos três fileiras de filídios em torno do eixo, ou são 
dispostas sem formar fileiras.
14-Filídios com porção laminar partida em vários segmentos.......Trichocolea
br 
84
w
w
w
.adkscieence.org 
14- Filídios inteiras ou lobadas, nunca com segmentos filiformes.
15- Filídios com apenas uma camada de células em espessura; estas de 
dois tipos: a) clorofiladas, longas e estreitas, e b) incolores, largas. 
Ambas dispõe-se formando um padrão característico.........Sphagnum
w
w
w
1.fccj.org
w
w
w
.a
15- Filídios com mais de uma camada de células em espessura; se com 
apenas uma camada, então todas células de um só tipo.
16- Filídios dispostas em 3 fileiras (duas dorsais e uma ventral).
17 Filídios súc bas (em “telhado”) Lophocolea
andrew
spink.nl 
17- Filídios súcubas (em “telhado”)...............................Lophocolea
17- Filídios incubas (a mais velha recobre a mais nova).
18- Filídios dorsais sem lobos no lado ventral.
w
w
w
.sou.edu 
19-Plantas regularmente ramificadas e também apresentando 
ramos mais ou menos sem filídios (ramos 
flageliformes)....................................................................................................Bazzanea 85
w
w
w
.uni-koe
19-Plantas não ramificadas ou irregularmente ramificadas, 
mas nunca com ramos flageliformes.................................................................Isotachis
18-Cada folha dorsal com pequeno lobo no lado ventral.
20 L b t l f d l d
eln.de 
20-Lobo ventral em forma de pequena urna alongada, quase 
livre da porção basal..........................................Frullania
w
w
w
.drehw
ald
20-Lobo ventral não urceolado, ligado em grande extensão à 
porção dorsal....................................................Lejeunea
.info
w
16-Filídios dispostas radialmente, não formando fileiras reconhecíveis.
21-Cápsula permanecendo fechada por uma membrana pleura após 
a queda do opérculo......................................POLYTRICHALES
w
w
w
.anbg.gov.au
w
w
21-Cápsula nunca fechada por membrana após a queda do opérculo.
22- Filídios distintamente abauladas, emborcadas 
dorsalmente...............................................FISSIDENTALES
w
w
.bioim
ages.org.ukk
86
en.w
ikipedia
22- Filídios diferentes das acima
a.org 
22- Filídios diferentes das acima.
23-Peristômio simples (não há uma fileira de 
dentes)......................................................FUNARIALES www
.m
iluethh.de
gastein-im
-b
23-Peristômio duplo (há duas fileiras de 
dentes)........................................................EUBRYALES
bild.info 
87
 88
GLOSSÁRIO – BRIÓFITAS 
 
Abauladas: de forma convexa. 
Anterídio: o tipo de gametângio que produz gametas masculinos, pode ser uni ou 
pluricelular, em plantas terrestres é multicelular. 
Arquegônio: o tipo de gametângio que produz gametas femininos. É uma estrutura 
multicelular onde é produzida apenas uma oosfera (gameta feminino), ocorre em briófitas 
e em algumas plantas terrestres vasculares. 
Bi e tripinada: dividido em dois e três segmentos respectivamente. 
Caliptra: espécie de capuz que envolve parcial ou totalmente a cápsula de algumas 
briófitas, é formada pela expansão da parede do arquegônio. 
Cápsula: região do esporófito responsável por produzir e liberar os esporos. Constitui o 
esporângio propriamente dito. 
Caulóide/caulídio: estrutura análoga ao caule, mas de maneira alguma homóloga a ele. 
Conceptáculo: nas hepáticas talosas, se refere a uma estrutura urceolada ou semilunar 
onde se alojam os propágulos (gemas). 
Cutícula: camada com cutina e cera encontrada na parede externa das células 
epidérmicas. 
Cutina: Substância graxa depositada em muitas paredes celulares de plantas e na 
superfície das células epidérmicas, formando a cutícula. 
Dorso: no caso de briófitas talosas constitui a região superior do talo, com ausência de 
rizóides. Em plantas folhosas, o dorso de qualquer estrutura é a face oposta ao eixo 
principal da planta. 
Eixo: em briófitas, refere-se ao caulídio. 
Elatério: célula alongada que apresenta espessamento de parede arranjado em hélice. 
Está presente no esporângio de Hepatophytas e tem a finalidade de lançar o esporo longe 
da planta mãe. 
Emborcar: Pôr de boca para baixo, virar de borco (uma vasilha, uma canoa, etc.) 
Entrenó: região entre um nó e outro. 
Esporângio: estrutura uni- ou pluricelular no interior da qual os esporos são produzidos. 
No caso de briófitas são multicelulares. 
Esporófito: em plantas que possuem alternância de gerações, constituia geração ou fase 
diplóide (2n), produtora de esporos. 
Estômato: estrutura da epiderme da planta constituída por células especializadas (células-
guarda). É responsável pelas trocas gasosas entre a planta e a atmosfera. 
 89
Feltro: espécie de estofo, de lã ou de pêlo, produzido por empastamento, e usado 
sobretudo na fabricação de chapéus, pantufos, etc. Termo usado para caracterizar o 
arranjo dos rizóides. 
Fendas: Abertura de maior ou menor extensão na superfície de um corpo, rachadura, 
rachadela, greta. 
Filídios/filóides: estrutura laminar análoga às folhas dos organismos superiores. 
Filiforme: delgado como um fio. 
Fragmoplasto: sistema de fibrilas de microtúbulos em forma de fuso, que se origina entre 
os dois núcleos filhos na telófase e dentro do qual a placa celular é formada durante a 
divisão celular. 
Gametângio: estrutura uni- ou pluricelular dentro da qual os gametas são formados. Em 
briófitas são multicelulares. 
Gametófito: em plantas que possuem alternância de gerações, constitui a geração ou fase 
haplóide (n), produtora de gametas. 
Gametóforo: Nas briófitas, uma haste fértil que sustenta os gametângios. 
Gemas: em briófitas constitui uma pequena excrescência de tecido vegetativo do talo, 
podendo desenvolver-se num novo organismo. 
Hadroma: O cordão central, constituído de células condutoras de água, encontrado nos 
eixos de alguns gametófitos e esporófitos de musgos. 
Hidróides: células que conduzem água no hadroma de um musgo. Assemelham-se aos 
elementos traqueais de plantas vasculares, mas não possuem os espessamentos de 
parede especializados. 
Incipiente: que está no começo, principiante. 
Incuba: os filídios mais velhos recobrem os mais novos, ou os filídios mais basais 
recobrem os apicais. 
Laminar: com a forma de lâmina, o mesmo que tabular. 
Leptóides: as células condutoras de alimento associadas aos hidróides em alguns 
gametófitos e esporófitos de musgos. Assemelham-se aos elementos crivados de 
algumas plantas vasculares sem sementes. 
Leptoma: o tecido condutor de alimento, constituído por leptóides, que se localiza ao redor 
do hadroma, nos eixos de alguns gametófitos e esporófitos de musgos. 
Lobo: parte arredondada e saliente de uma estrutura, produzida por uma incisão qualquer 
a partir das margens. 
Meristema: a região com tecido embrionário, responsável principalmente pela formação 
de novas células. 
 90
Meristema apical: o meristema no ápice da raiz ou do caule numa planta vascular. 
Nó: parte do talo de onde sai um ramo. 
Oogamia: reprodução sexuada na qual um dos gametas é grande e imóvel e o outro 
gameta é menor e móvel. 
Opérculo: é uma estrutura semelhante a uma tampa, separada do restante da cápsula por 
uma reentrância circular; presente na cápsula das briófitas. 
Pé: porção basal do esporófito de briófitas que se liga e prende o esporófito ao 
gametófito. 
Peristômio: em musgos, a franja denteada ao redor da abertura do esporângio. Ficam 
visíveis depois da queda do opérculo e auxiliam na liberação dos esporos. 
Placa celular: estrutura composta por vesículas do complexo de golgi que se forma na 
região equatorial do fragmoplasto durante a divisão das células das plantas e de algumas 
algas verdes. 
Planta talosa: em briófitas, planta onde não há diferenciação de caulídio e filídios, apenas 
de rizóides. A área fotossintetizante é chamada talo. 
Pleura: membrana. 
Poro: significa, genericamente, perfuração. 
Protonema: o primeiro estágio no desenvolvimento do gametófito de musgos e certas 
hepáticas, podem ser filamentosos ou talosos. 
Pseudo-elatérios: elatérios formados por mais de uma célula em antóceros. 
Pseudopódio: região apical do gametófito de Sphagnidae que eleva o esporófito. 
Ramos flageliformes: em forma de flagelo, ou seja, ramo delgado. 
Roseta: estrutura em forma de rosa, formando uma estrutura achatada. Centro, plano e 
bordas com oscilações. 
Rizóides: estruturas semelhantes a pêlos radiculares que ocorrem nos gametófitos de 
vida livre de briófitas e de algumas plantas vasculares. 
Seta: região que comunica a cápsula ao pé do esporófito e, conseqüentemente, ao 
gametófito. 
Sucuba: os filídios mais novos recobrem os mais velhos, ou os filídios mais apicais 
recobrem os basais. 
Urceolado: com a forma de urna. 
 91
PTERIDÓFITAS 
Texto complementar 
Características importantes na transição de plantas avasculares para 
plantas vasculares 
As pteridófitas são consideradas um grupo artificial composto por 4 filos extintos 
(Rhyniophyta, Zoserophyllophyta, Trimerophytophyta e Progymnospermophyta) e dois 
filos atuais (Lycophyta e Pteridophyta/Monilophyta) de plantas vasculares sem sementes 
(Raven et al. 2007). As pteridófitas distinguem-se das briófitas por possuírem vasos 
condutores de seiva especializados (xilema e floema) e, para isso, tiveram que 
desenvolver um composto muito resistente que é depositado na parede de algumas 
células do xilema e em células do esclerênquima, chamado lignina. A sustentação 
mecânica conferida pela lignina e a condução eficiente de seivas permitiu às pteridófitas o 
desenvolvimento de plantas de maior porte. Com a aquisição de um maior porte os 
esporófitos de pteridófitas adquiriram vida livre em relação aos gametófitos e puderam 
produzir um número muito maior de esporos que as briófitas, graças à ramificação do 
esporófito e à produção de múltiplos esporângios. Ao longo do tempo, o esporófito das 
pteridófitas tornou-se perene em relação ao gametófito efêmero, o que pode ter ocorrido 
devido aos gametófitos de briófitas e pteridófitas necessitarem da água para a sua 
reprodução, o que explica a manutenção dos gametófitos rastejantes de pequeno porte 
nas pteridófitas e aumento de complexidade apenas nos esporófitos. Além disso, o fato de 
o esporófito ser diplóide permitiu o surgimento de uma maior complexidade de 
características devido à possibilidade de combinação de diferentes alelos, o que conferiu 
uma vantagem adaptativa ao grupo, visto que é o esporófito que realiza a dispersão da 
espécie via esporos disseminados pelo vento. 
Os esporófitos das primeiras pteridófitas ainda não apresentavam diferenciação 
entre raiz, caule e folhas, sendo constituídos apenas por um eixo caulinar que produzia 
esporângios em suas extremidades. A ausência de raízes explica porque as micorrizas 
devem ter sido importantes durante a colonização do ambiente terrestre, sendo 
comumente encontradas em associações com os gametófitos das pteridófitas atuais que 
possuem rizóides. Os diferentes tipos de células do vegetal estão organizados em tecidos 
e estes nos sistemas de tecidos, dérmico, fundamental e vascular e é a forma com que os 
tecidos são distribuídos no corpo da planta que irão diferenciar seus órgãos (raiz, caule e 
folhas). O crescimento primário da planta ocorre através dos meristemas apicais da raiz e 
do caule promovendo o crescimento vertical da planta através da produção dos tecidos 
primários, a maioria das plantas vasculares primitivas e muitas plantas atuais são 
 92
formadas apenas pelos tecidos primários da planta. O crescimento secundário ocorre 
através dos meristemas laterais do caule e da raiz, o câmbio vascular, que irá produzir 
células do sistema vascular e o câmbio da casca, que irá produzir células do sistema 
dérmico, ambos promovendo o aumento em espessura do caule e da raiz. O crescimento 
secundário surgiu diversas vezes em diferentes grupos de plantas vasculares não 
relacionados. 
O caule aéreo ou o rizoma das pteridófitas em crescimento primário pode 
apresentar estelos (cilindros vasculares) de três tipos básicos: protostelo, sifonostelo e 
eustelo. O protostelo é constituído por um cilindro maciço devasos condutores envolto 
pelo córtex (sistema fundamental) e pela epiderme, atualmente ocorre no caule das 
Lycophytas e nas raízes de todas as plantas vasculares. O sifonostelo é constituído por 
um cilindro vascular preenchido por uma medula central (sistema fundamental) que é 
rodeada por um anel de vasos condutores e é encontrado no caule da maioria das 
Pteridophyta atuais. No eustelo, o cilindro vascular também é preenchido por uma medula 
central que é rodeada por vários feixes vasculares, esse tipo de estelo é encontrado no 
caule do grupo extinto das Progymnospermophyta e nas plantas vasculares com 
sementes. É possível que as raízes tenham se diferenciado num momento onde só existia 
o protostelo, justificando a presença deste tipo de estelo nas raízes de todas as plantas 
atuais. 
O surgimento das folhas nas pteridófitas se deu em dois momentos distintos. Num 
primeiro momento, plantas de caule do tipo protostélico originaram uma pequena 
protuberância no caule que foi posteriormente vascularizada. Essas estruturas são 
denominadas microfilas e são características pelas pequenas dimensões e por 
apresentarem apenas um feixe vascular não ramificado, ocorrem em três dos filos 
extintos, nas Lycophyta e nas Psilotales atuais, todas com o caule de cilindro vascular 
protostélico. Num segundo momento, plantas que apresentavam caules com sifonostelo 
originaram um sistema de ramos achatados que se fundiram lateralmente dando origem 
às megafilas, características por terem maiores dimensões, feixe vascular ramificado e 
associação com caules com estelos dos tipos sifonostelo ou eustelo. As megafilas 
ocorrem no grupo extinto das Progymnospermophyta e na maioria dos representantes do 
filo atual das Pteridophyta, conferindo a esses grupos a vantagem da maior superfície de 
contato para a absorção da energia luminosa. 
Os esporângios das pteridófitas podem ser de dois tipos, os eusporângios, mais 
primitivos, onde as células estéreis que protegem os esporos são distribuídas em várias 
camadas de células de espessura e os esporângios são sésseis. E os leptosporângios, 
 93
mais derivados, onde a parede de células estéreis consiste em uma única camada de 
células espessadas (ânulo) que promovem a abertura do esporângio e a dispersão dos 
esporos, esses esporângios são pedunculados. 
Todas as pteridófitas extintas são homosporadas (possuem apenas um tipo de 
esporo) e seus esporos dão origem a gametófitos bissexuados. Dentre as pteridófitas 
atuais apenas duas ordens de Lycophyta e duas de Pteridophyta são heterosporadas 
(produzem dois tipos de esporos-micrósporos que originam gametófitos masculinos e 
megásporos que originam gametófitos femininos), originando gametófitos unissexuados 
que favorecem a fecundação cruzada e aumentam a variabilidade genética. A 
heterosporia parece ter se desenvolvido várias vezes no curso da evolução, podendo-se 
citar uma vez em Lycophyta (ancestrais de Selaginellaceae e Isoetaceae), uma vez em 
Pteridophyta (ancestrais de samambaias aquáticas) e uma vez no ancestral das plantas 
vasculares com sementes (Progymnospermophyta), mostrando ser uma característica 
vantajosa pela sua manutenção em todas as gimnospermas e angiospermas. Embora 
apresente suas vantagens, a heterosporia restringe a dispersão dos grupos que a 
possuem, pois plantas homosporadas de gametófitos bissexuados não necessitam de 
outro gametófito para realizarem a reprodução sexuada e estabelecerem um novo 
esporófito. Plantas heterosporadas ainda apresentam endosporia (o gametófito se 
desenvolve no interior da parede do esporo), que representa um dos passos para o 
posterior desenvolvimento da semente. Para que tal passo evolutivo ocorresse, as 
gimnospermas heterosporadas e endospóricas ainda tiveram que manter os megásporos 
presos no megasporângio através do surgimento do tegumento da semente em torno do 
megasporângio. Dessa forma, o gametófito feminino é obrigado a se desenvolver dentro 
do megasporângio exigindo que o gameta masculino se locomova até esta região. O 
embrião é formado no gametófito feminino dentro da parede do megásporo, do 
megasporângio e da planta esporofítica e só será disperso no ambiente com a dispersão 
da semente, que consiste na dispersão do megasporângio, do gametófito feminino 
endospórico e do embrião contido em seu interior. 
Os filos extintos de pteridófitas Rhyniophyta, Zosterophyllophyta e 
Trimerophytophyta não possuíam diferenciação em raiz, caule e folha, sendo constituídas 
apenas por um eixo caulinar, possuíam esporângios globosos ou alongados terminais ou 
laterais, eram homosporadas e protostélicas. Embora Aglaophyton major (Rhyniophyta) 
compartilhe dessas características, suas células condutoras de seiva bruta são mais 
semelhantes aos hidróides dos musgos que aos traqueídes das plantas vasculares, além 
de seus gametófitos serem bem desenvolvidos, levando a crer que algumas dessas 
 94
plantas possuíam alternância de gerações isomórficas, sendo denominada de 
protraqueófita. As Zosterophyllophyta são supostamente os ancestrais das Lycophyta (filo 
atual), que também possuem esporângios laterais e xilema de diferenciação centrípeta 
(típico de raízes), oposto à diferenciação centrífuga (típico de caules) de Rhyniophyta e 
Trimerophytophyta, acredita-se que esse filo ainda tenha diferenciado raízes que 
auxiliavam na sustentação da planta. Enquanto Rhyniophyta e Zosterophyllophyta 
possuíam ramificação dicotômica, Trimerophytophyta possuía ramificação mais complexa 
incluindo ramos vegetativos e reprodutivos, além de maior porte, provavelmente 
englobando os ancestrais de outro filo extinto, Progymnospermophyta, e de um filo atual, 
Pteridophyta. As Progymnospermophyta são de grande importância no estudo da 
evolução das plantas vasculares com sementes (gimnospermas e angiospermas), pois 
apresentavam crescimento secundário a partir de um eustelo, algumas plantas 
heterosporadas e ramos achatados considerados megafilas. Dessa forma, tanto a 
produção do lenho como a heterosporia desenvolveram-se antes do surgimento das 
sementes. 
Os dois filos e as 10 ordens de pteridófitas atuais terão suas principais 
características apresentadas na Tabela 1. 
 
Tabela 1: Filos e ordens atuais de pteridófitas e características marcantes relacionadas a cada um deles. 
Filo Ordem Tipo de folha e caule 
Tipo de esporo e 
esporângio 
Habito e Habitat Características gerais 
Ly
co
po
di
op
hy
ta
 
Lycopodiales 
Microfilas de filotaxia 
alterna espiralada; 
protostelo num caule 
aéreo e subterrâneo de 
ramificação dicotômica 
Homosporada; 
eusporangiada; 
com estróbilos na 
maioria das 
espécies 
Plantas herbáceas; 
terrestres, de 
ambientes alagados 
ou epífitas 
A maioria das espécies 
possui trofófilos e 
esporofilos localizados em 
estróbilos; Huperzia possui 
trofoesporófilos em toda a 
planta 
Selaginellales 
Microfilas de filotaxia 
alterna dística; protostelo 
num caule aéreo e 
subterrâneo de 
ramificação dicotômica 
Heterosporada; 
eusporangiada; 
com estróbilos 
Plantas herbáceas; 
terrestres, de 
ambientes alagados 
ou epífitas 
Trofófilos distribuídos por 
toda a planta e 
trofoesporófilos nos 
estróbilos; lígula no lado 
dorsal do caule; plantas 
resistentes à seca 
Isoetales 
Microfilas dispostas em 
roseta; protostelo num 
caule subterrâneo com 
crescimento secundário, 
do tipo cormo 
Heterosporada; 
eusporangiada; 
sem estróbilos 
Plantas herbáceas; 
aquáticas ou de 
ambientes alagados 
Todas as folhas são 
trofoesporófilos de filotaxia 
alterna espiralada, 
dispostos em roseta; uma 
lígula está presente na basede cada folha 
Pt
er
id
op
hy
t
a Ophioglossales 
Megafilas; sifonostelo 
num rizoma 
Homosporada; 
eusporangiada 
Plantas herbáceas; 
terrestres 
Um único trofófilo e um 
único esporofilo por planta. 
 95
Psilotales 
Microfilas escamiformes, 
bífidas, de filotaxia 
alterna espiralada; 
protostelo num caule 
aéreo e subterrâneo de 
ramificação dicotômica 
Homosporada; 
eusporangiada; 
com sinângios 
Plantas herbáceas; 
epífitas ou terrestres 
Trofoesporófilos com 
sinângios; as raízes foram 
perdidas ao longo da 
evolução; associação com 
endomicorrizas 
Maratialles 
Megafila pinada de 
filotaxia alterna 
espiralada; sifonostelo 
num caule subterrâneo 
Homosporada; 
eusporangiada; 
com sinângios 
Plantas herbáceas; 
terrestres com 
folhas de mais de 
um metro de 
comprimento; 
Trofoesporófilos com 
sinângios na face abaxial 
da folha 
Pt
er
id
op
hy
ta
 
Equisetales 
Megafilas escamiformes 
fundidas na base e de 
filotaxia verticilada; 
sifonostelo de medula 
oca num caule 
subterrâneo e aéreo 
Homosporada; 
eusporangiada; 
estróbilos com 
esporangióforos 
contendo de 5 a 10 
esporângios 
Planta herbácea; 
ocorre em solos 
encharcados ou 
úmidos 
Trofófilos verticilados; caule 
fotossintetizante com 
estrias longitudinais e 
corpos de sílica na 
epiderme; elatérios 
formados pela parede do 
esporo 
Filicales 
Megafilas geralmente 
pinadas de filotaxia 
alterna dística; sifonostelo 
num rizoma subterrâneo 
Homosporada; 
leptosporângiada; 
esporângios 
reunidos em soros; 
Plantas herbáceas 
ou arbóreas, quando 
arbóreas ocorre um 
falso caule formado 
pelas bases das 
folhas; terrestres ou 
epífitas 
Trofoesporófilos de venação 
circinada denominados 
báculo quando ainda 
enrolados; esporângios 
reunidos em soros que 
podem estar cobertos por 
um indúsio ou não 
Marsileales 
Megafilas quadripinadas 
de filotaxia alterna 
espiralada; sifonostelo 
num rizoma subterrâneo 
delgado 
Heterosporada; 
leptosporângiada; 
esporângios 
reunidos em 
esporocarpos 
Planta herbácea; 
flutuante, aquática 
ou vive em solos 
lamacentos 
Conhecidas como trevo de 
quatro folhas devido às 
quatro pinas; esporofilos 
diferenciados em 
esporocarpos grande 
longevidade 
Salviniales 
Megafilas bilobadas ou 
de filotaxia verticilada; 
sifonostelo em caules 
delgados e flutuantes 
Heterosporada; 
leptosporângiada; 
esporângios 
reunidos em 
esporocarpos 
Planta herbácea; 
flutuante, aquática 
Em Salvinia trofófilos 
flutuantes e repletos de 
tricomas e esporófilos 
submersos e semelhantes a 
raízes; Em Azolla trofófilos 
bilobados que abrigam 
cianobactérias 
 
ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS: PTERIDÓFITAS 
 
1) a) Sobre o filo Lycopodiophyta caracterize exemplares de Lycopodium e Selaginella 
quanto ao tipo de folha (microfila ou megafila), filotaxia, quanto à presença de estróbilos, 
quanto à presença de esporófilos ou trofoesporófilos e quanto à presença de lígula. Utilize 
lupa quando julgar necessário. Faça um desenho esquemático de cada gênero apontando 
os caracteres listados. 
 
 96
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Isole um estróbilo de Lycopodium e faça um corte longitudinal (paralelo ao maior eixo 
da estrutura) com auxílio de lâmina de barbear para observação sob lupa dos esporófilos, 
esporângios e esporos. Isole um estróbilo de Selaginella e, com o auxílio de estiletes 
feitos de agulhas, retire os trofoesporófilos e observe os esporângios e esporos. Desenhe 
o que observou e caracterize as plantas como homosporadas ou heterosporadas. 
 
 
 
 
 
 
 
2) Sobre o Filo Pteridophyta, observe exemplares das ordens Psilotales, Equisetales, 
Marsileales, Salviniales e Filicales, utilizando a lupa sempre que julgar necessário. 
a) Faça um desenho esquemático de Psilotum, evidenciando o tipo de ramificação do 
caule, as folhas escamiformes bífidas, filotaxia e os sinângios. 
 
 
 
 
 
 97
 
 
 
 
 
b) Faça um desenho esquemático de Equisetum, evidenciando as folhas escamiformes, o 
tipo de filotaxia, nós e entrenós, estrias caulinares e esporangióforos em estróbilos. 
 
 
 
 
 
 
 
c) Quanto às pteridófitas aquáticas leptosporangiadas e heterosporadas, faça desenhos 
esquemáticos dos três gêneros: Marsilea-Masileales (coletadas flutuando sobre a água ou 
solo lamacento), Azolla e Salvinia-Salviniales (flutuantes). 
c1) Evidencie as folhas quadripinadas de Marsilea. Qual o nome vulgar dessa espécie? 
Caso esporocarpos estejam presentes, esquematize-os e abra-os com auxílio de lâmina 
de barbear para observar micro e megasporângios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
c2) Desenhe um indivíduo de Azolla sob corte longitudinal feito com auxílio de lâmina de 
barbear. Represente a diferença de coloração entre os lobos da folha e diga onde 
ocorrem colônias de cianobactérias. Agora pique a porção onde se encontram as 
cianobactérias, também com auxílio de lâmina de barbear, sobre uma lâmina de vidro, 
pingue uma gota de água e cubra com lamínula. Observe a lâmina sob microscópio óptico 
na objetiva de 40x e esquematize as colônias de cianobactérias observadas. Qual é a 
grande importância econômica e ecológica de Azolla? 
 98
 
 
 
 
c3) Em Salvinia, esquematize as folhas flutuantes e seus densos tricomas, a folha 
submersa semelhante a uma raiz e os esporocarpos que contém seus esporângios. Diga 
qual é o tipo de filotaxia dessa planta e porque a folha submersa não pode ser 
considerada uma raiz. Agora tente afundar esta planta e molhar suas folhas flutuantes. 
Você conseguiu? Por quê? 
 
 
 
 
 
c4) Retire um dos esporocarpos de Salvinia e abra-o sobre uma lâmina de vidro 
espalhando seu conteúdo sobre ela, pingue uma gota de água e cubra com lamínula. 
Observe a lâmina sob microscópio óptico nos aumentos de 10 e 40x, desenhe os 
esporângios observados, nomeie as suas partes constituintes e diga se tratam de 
eusporângios ou leptoesporângios e justifique. 
 
 
 
 
 
 
 
d) A ordem Filicales é composta pelas plantas que conhecemos popularmente como 
samambaias, avencas e rendas-portuguesas. 
d1) Pegue uma folha (trofoesporófilo) da samambaia fresca coletada pelo professor e diga 
se ela é simples ou pinada. Observe os soros sob a lupa e diga se eles são cobertos por 
um indúsio. Qual a função do indúsio? 
 
 
 
 
 99
 
d2) Retire alguns soros e ponha-os sobre uma lâmina dissociando-os com auxílio de 
estiletes feitos de agulhas, pingue uma gota de água sobre os soros dissociados e cubra 
com lamínula. Observe a lâmina sob microscópio óptico nos aumentos de 10 e 40x, 
desenhe os esporângios observados, nomeie as suas partes constituintes e diga se 
tratam de eusporângios ou leptoesporângios e justifique. 
 
 
 
 
 
 
 
 
e1) Observe agora o gametófito/protalo de uma samambaia. Ele é fotossintetizante? 
Esquematize o gametófito evidenciando seu formato e a localização dos rizóides. Você 
pode observar o desenvolvimento de algum esporófito jovem a partir deste gametófito? A 
partir de que região do gametófito este esporófito está se desenvolvendo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e2) Agora limpe a porção do gametófito que fica voltada para o substrato sobre uma placa 
de petri com auxílio de pincéis e água. Coloque o gametófito sobre uma lâmina com a 
região dos rizóides voltada para cima, pingueuma gota de água e cubra com lamínula. 
Tente observar ao microscópio óptico no aumento de 4x os arquegônios que ficam 
próximos às reentrâncias do gametófito e os anterídios que ficam entremeados com os 
rizóides, faça desenhos esquemáticos. 
 
 100
 
 
 
 
 
 
 
 
f) Observe alguns exemplares de samambaias em exsicatas ou frescos. Escolha três 
desses exemplares de samambaias e liste as características solicitadas abaixo. 
Posteriormente, entre na chave dicotômica disponível ao final deste roteiro de aula prática 
para identificar a família a que pertence cada exemplar. Em cada item, escreva os passos 
da chave utilizados, a família encontrada e faça um desenho esquemático das principais 
características de cada exemplar que foram úteis para a sua identificação. 
Características solicitadas: se as folhas são megafilas ou microfilas, simples ou 
compostas, folhas com dimorfismo (numa mesma folha existem alguns folíolos trofófilos e 
outros esporófilos) ou sem dimorfismo (todos os folíolos de uma folha são 
trofoesporófilos), quando com dimorfismo, diga se os esporófilos são formados no par 
apical ou no par basal de pinas, se a ráquis das folhas possuem ou não ramificação 
dicotômica e se os esporângios possuem ou não indúsio. Quanto à localização dos 
esporângios: esporângios nas margens das folhas/folíolos com indúsio formado pelas 
próprias margens, esporângios ao longo da nervura central das folhas/folíolos, 
esporângios no meio da lâmina foliar ou esporângios ao longo das nervuras secundárias. 
 
f1) Principais características: 
 
 
Passos da chave: 
Família: 
Desenho esquemático: 
 
 
 
 
 
 101
 
 
f2) Principais características: 
 
 
Passos da chave: 
Família: 
Desenho esquemático: 
 
 
 
 
 
 
f3) Principais características: 
 
Passos da chave: 
Família: 
Desenho esquemático: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chave Ilustrada – famílias de Pteridófitas
w
w
ww
.plant-identification
1-Esporófito com microfilas, escamiformes (até 2 cm) ou assoveladas quando
maiores (5 cm ou mais)
.co.uk 
maiores (5 cm ou mais).
2-Folhas estéreis planas, verticiladas, concrescidas formando uma ócrea; caule
articulado; esporângios reunidos em estróbilos terminais.............EQUISETACEAE 
calibaan.m
piz-koeln.m
pg.dde 
102
2-Folhas estéreis planas ou cilíndricas, inseridas em espiral ou aos pares; caule não
articulado
upload.w
ikim
earticulado.
3-Esporófilos bifurcados no ápice, menores que os esporângios........PSILOTACEAE
edia.org 
nlbif.eti.uv
3-Esporófilos com ápice agudo ou obtuso, maiores que os esporângios.
4-Plantas aquáticas ou palustres, heterosporadas; micrófilas com 5 cm ou mais de
comprimento, cilíndricas, com lígula................................................ISOETACEAE
va.nl
4-Plantas terrestres; microfilas com até 2 cm de comprimento, planas.
w
w
w
.saxifraga
5-Plantas homosporadas; folhas sem lígula. --------------------LYCOPODIACEAE
a.deg 
103
farm
4.static.
e4940a80b.j
5-Plantas heterosporadas; folhas com lígula.......................SELAGINELLACEAE
flickr.com
/3353/325
jpg
59838009_d
ussers.telenet.be/cr28
1-Esporófito com macrófilas de tamanho e forma variados.
6-Plantas heterosporadas; esporângios produzidos em esporocarpos; aquáticas ou
ó i d á
8796/S
alvM
ole.JP
G
próximas da água.
7-Plantas flutuantes; folhas com 1-2 pinas aéreas e uma submersa, ramificada ou
não; esporocarpos em cachos, submersos, contendo um megasporângio ou
numerosos microsporângios............................................................SALVINIACEAE 
sta
os/
G
atic.panoram
io.com
/
/original/11371896.j
104
/phot
jpg
6-Plantas homosporadas.
8-Esporângios soldados formando sinângios.
w
w
w
.nature-d8 Esporângios soldados formando sinângios.
9-Sinângios formados no ápice de espigas simples ou ramificadas,
diferenciadas a partir da base da lâmina foliar que pode ser inteira, recortada
ou pinada..........................................................................OPHIOGLOSSACEAE 
iary.co.uk
9 Si â i f d f b i l d lâ i f li í l 2 tí l
w
w
w
.botany.haw
ai9-Sinângios formados na face abaxial da lâmina foliar, pecíolo com 2 estípulas
basais.........................................................................................MARATTIACEAE
ii.edu 
105
8-Esporângios livres e espalhados sobre a lâmina foliar ou reunidos em soros.
w
w
w
.aqu
tliny/7763
10-Plantas anuais, aquáticas, flutuantes ou de pântanos; pecíolo intumescido,
com células esponjosas; folhas férteis e estéreis dimorfas......PARKERIACEAE
apage.cz/O
brazky/
3.jpg
/R
os
10-Plantas perenes, terrestres.
11-Lâmina foliar dividida dicotomicamente; esporângios reunidos em soros
nus..................................................................................GLEICHENIACEAE
w
w
w
.botany.haw
aii.edu
106
11-Lâmina foliar não dividida dicotomicamente.
12-Folhas ou pinas férteis diferentes das estéreis.
w
w
w
.jardin-m
up
13-Esporângios formados no par apical de pinas..........OSMUNDACEAE
undani.info
13-Esporângios formados no par basal de pinas ou em folha totalmente
dimorfa em relação à estéril......................................SCHIZAEACEAE
w
w
w
.bbg.orgç g
12-Folhas férteis e estéreis dimorfas ou não.
14 Pl t b t
w
w
w
.trevena
14-Plantas arborescentes.
15-Pecíolo com espinhos e escamas; soros na região mediana da
lâmina, com indúsio peltado, caduco....................CYATHEACEAE
across.co.uk
107
15-Pecíolo sem espinhos e com tricomas dourados; soros
marginais, com indúsio bilabiado......................DICKSONIACEAE 
static.panora
20.jpg
am
io.com
/photos/ori
14 Plantas não arborescentes
iginal/3647
w
w
s/M14-Plantas não arborescentes.
16-Soros marginais.
17-Soros contínuos ou interrompidos, com indúsio formado pela
margem da lâmina retroflexa...........................PTERIDACEAE
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obot.org/m
obo
M
adidi_3/im
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6.jpg
17 Soros lineares contínuos sem indúsio; folhas estéreis e férteis
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w
w
.plantsystem
at17-Soros lineares contínuos, sem indúsio; folhas estéreis e férteis
dimorfas..................................................PLAGIOGYRIACEAE
tics.org
108
16-Soros não marginais.
18-Soros oblongos a lineares, com indúsio.
19-Soros lineares acompanhando a nervura principal da folha
w
w
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srose19-Soros lineares, acompanhando a nervura principal da folha
ou das pinas, com indúsio; folhas férteis e estéreis com ou
sem dimorfismo.........................................BLECHNACEAE
enthal.com
19-Soros oblongos a lineares, em nervuras secundárias livres,
toptropicals.
A
splenium
_n
com indúsio...............................................ASPLENIACEAE
com
/pics/garden/m
nidus6629.jpg
1/list/
static.pan
18-Soros arredondados a alongados, sem indúsio; pecíolos
geralmente articulados ao caule..................POLYPODIACEAE
noram
io.com
/photoss/original/517129.jp
109
pg
 110
GLOSSÁRIO - PTERIDÓFITAS 
 
Alternância de gerações isomórficas: ciclo reprodutivo no qual ocorre uma fase haplóide 
(n), o gametófito, e uma fase diplóide (2n), o esporófito, semelhantes morfologicamente. 
Ânulo: uma fileira de células especializadas (espessadas) num leptosporângio. 
Assoveladas: com margens fortemente revolutas. 
Báculo: nome dado às folhas de samambaias que são produzidas enroladas sobre si 
mesmas e expandem-se à medida que se desenrolam. Este padrão é também conhecido 
como venação circinada. 
Bífida: fendido em duas partes, em geral na porção superiorou, no máximo, até a metade. 
Bifendido, bipartido. 
Bilabiado: que tem dois lábios; em angiospermas diz-se da corola cujas pétalas se distribuem 
claramente em dois lábios superpostos. 
Bilobado: que tem dois lobos ou lóbulos; bilobulado. 
Caduco: que cai. 
Cilindro vascular: no caule e na raiz, termo de conveniência aplicado aos tecidos 
vasculares e aos tecidos fundamentais associados. Refere-se à mesma parte do caule e 
da raiz denominada estelo, todavia sem as implicações teóricas do conceito de estelo. O 
mesmo que cilindro central. 
Concrescidas: o mesmo que aderidas. 
Cormo: caule subterrâneo, espessado, verticalmente posicionado e no qual se acumulam 
reservas, geralmente na forma de amido. 
Dimorfas: duas formas, vegetativa (trofófilo) e reprodutiva (esporófito) no caso de folhas 
ou folíolos de pteridófitas. 
Efêmero: de pouca duração; passageiro, transitório. 
Elatério: no caso de Equisetales, estrutura higroscópica, em forma de fitas, com origem na 
parede do esporo e que permanece aderida a ele auxiliando em sua dispersão pelo vento. 
Endosporia: desenvolvimento dos gametófitos masculino e feminino de pteridófitas no 
interior da parede dos esporos, os quais têm sua parede quebrada quando os 
gametângios atingem sua maturidade. Algumas vezes a proteção da parede do esporo é 
tão intensa que o megasporângio continua abrigando o megásporo mesmo com o 
gametófito feminino já maduro. 
Epífita: organismo que cresce sobre outro, mas não é seu parasita. 
Escamas: diz-se de qualquer formação que lembre escama de peixe. 
Escamiforme: em forma de escama. 
 111
Esclerênquima: tecido de sustentação composto por células de esclerênquima, incluindo 
as fibras e as esclereides. 
Espiga: no caso de pteridófitas, conjunto de esporângios inseridos ao longo de um eixo. 
Esporângio: estrutura uni- ou pluricelular no interior da qual os esporos são produzidos. 
No caso de pteridófitas são multicelulares. 
Esporangióforo: ramo que carrega um ou mais esporângios. 
Esporocarpo: estrutura globosa ou reniforme produzida por Marsileales, em cujo interior 
se desenvolvem vários soros. 
Esporófilo: folha modificada que produz esporos. 
Estelo: o cilindro central situado internamente ao córtex em raízes e caules de plantas 
vasculares. 
Estróbilo: estrutura reprodutora que consiste em certo número de folhas modificadas 
(esporófilos) que são agrupadas na porção terminal de um ramo caulinar. Os esporófilos 
originam esporângios em suas axilas. 
Estípula: formação laminar existente na base dos pecíolos de algumas plantas. 
Eusporângio: esporângio que se origina a partir de várias células iniciais e, antes da 
maturação, forma uma parede com mais de uma camada de células. 
Eustelo: estelo no qual os tecidos vasculares primários estão organizados em feixes 
isolados em torno da medula; típico de gimnospermas e angiospermas. 
Filotaxia alterna espiralada: arranjo das folhas no caule em que uma folha vem após a 
outra, em cada nó está presente apenas uma folha. Cada folha inserida em nó está 
ligeiramente deslocada lateralmente em relação àquela que está logo acima ou abaixo. 
Filotaxia alterna dística: arranjo das folhas no caule em que uma folha vem após a outra, 
em cada nó está presente apenas uma folha. Cada folha inserida em nó está 
perfeitamente alinhada em relação àquela que está logo acima ou abaixo. 
Filotaxia verticilada: arranjo de três ou mais folhas ao redor de um nó. 
Floema: tecido condutor de seiva elaborada das plantas vasculares, o qual é composto 
por elementos crivados, vários tipos de células parenquimáticas, fibras e esclereides. 
Heterosporada: diz-se da planta que produz esporos de tipos diferentes; aplica-se 
especialmente a certas pteridófitas que produzem micrósporos e megásporos. 
Homosporada: termo semelhante à isosporada, utilizado para designar, especialmente, o 
grupo de pteridófitas que produzem apenas um tipo de esporo. 
Indúsio: órgão geralmente laminar de forma característica para cada gênero de 
pteridófitas, o qual tem a função de proteger os esporângios. 
Intumescido: inchado, crescido, avolumado. 
 112
Leptosporângio: esporângio que se origina de uma única célula inicial e cuja parede é 
composta de uma única camada de células. 
Lignina: um dos constituintes mais importantes das paredes secundárias das plantas 
vasculares, embora nem todas as paredes secundárias contenham lignina. Depois da 
celulose, a lignina é o polímero vegetal mais abundante. 
Lígula: o mesmo que pequena língua; órgão em forma de fita; em Selaginella, pequeno 
apêndice pontiagudo na base da folha, na sua face dorsal. 
Lobo: parte arredondada e saliente de uma estrutura, produzida por uma incisão qualquer 
a partir das margens. 
Longo-peciolada: que possui longo pecíolo, sendo que este é a parte da folha que prende 
o limbo ao caule diretamente ou por meio de uma bainha. 
Megafila/macrofila: de folhas grandes, oposto de microfilo. Diz-se de folhas cujos traços 
deixam lacunas no cilindro vascular. 
Megasporângio: esporângio no qual megásporos são produzidos. Recebe também o 
nome de nucelo em plantas vasculares com sementes. 
Megásporo: em plantas heterosporadas, o esporo haplóide (n) que se desenvolve no 
gametófito feminino. Na maioria dos grupos, são maiores que os micrósporos. 
Meristema: a região com tecido embrionário, responsável principalmente pela formação 
de novas células. 
Meristema apical: o meristema no ápice da raiz ou do caule numa planta vascular. 
Meristema lateral: que dá origem a tecidos secundários, como o câmbio vascular e 
câmbio da casca (felogênio). 
Microfila: geralmente são folhas pequenas; oposto de macrófilo ou megáfila; diz-se de 
folhas cujos traços não deixam lacunas no cilindro vascular do eixo caulinar. 
Micrósporo: em plantas heterosporadas, o esporo que se desenvolve no gametófito 
masculino. 
Nervura: conjunto de elementos condutores que se distinguem, em geral, com grande 
nitidez nas folhas. 
Oblongos: estrutura laminar com ápice e base obtusos (ângulo maior que 90°) e margens 
paralelas. Possui uma razão comprimento:largura entre 2:1 e 3:2. 
Ócrea: formação com aspecto de bainha que envolve o caule, em certas plantas, 
resultando da fusão de estípulas axilares em ambos os bordos. 
Palustres: diz-se do vegetal que vive nos pântanos. 
Perene: que dura muitos anos; que não acaba; perpétuo, imperecível, imperecedouro, 
eterno; incessante, contínuo, ininterrupto. 
 113
Pinada: composta, folha que possui várias pinas ou folíolos, podendo possuir também 
pinas e folíolos compostos de pínulas ou foliólulos. 
Protostelo: o tipo mais simples de estelo, constituído de uma coluna sólida de tecido 
vascular. 
Quadripinada: folha composta por quatro pinas ou folíolos. 
Raque/ráquis: eixo de uma folha de pteridófita da qual as pinas se originam. 
Ramificação dicotômica: divisão ou bifurcação de um eixo em dois ramos. 
Retroflexa: que se curva para trás. 
Rizoma: caule subterrâneo que se dispõe mais ou menos paralelamente à superfície do 
solo. 
Roseta: Diz-se da disposição circular das folhas, a partir da extremidade de um caule. 
Sifonostelo: tipo de estelo constituído por um cilindro de tecido vascular preenchido por 
uma medula parenquimática. 
Sinângio: conjunto de esporângios de paredes espessadas, fundidos lateralmente em 
uma estrutura capsular com muitas câmaras, que sofre deiscência após a maturação dos 
esporos. 
Sistema dérmico: todos os tecidos que revestem externamente a planta, a epiderme ou a 
periderme. 
Sistema fundamental: todos os tecidos exceto a epiderme (ou periderme) e os tecidos 
vasculares. 
Sistema vascular: todos os tecidos vasculares em seus arranjos específicos em uma 
planta ou órgãovegetal. 
Soros: conjunto de esporângios. 
Traqueíde: célula do xilema, alongada, de parede espessa e com funções de condução e 
sustentação. Possui as extremidades afiladas e as paredes pontuadas sem perfurações, 
diferindo dos elementos de vaso. É encontrada em quase todas as plantas vasculares e é 
a única célula do xilema que ocorre em pteridófitas e na maioria das gimnospermas. 
Tricomas: formação epidérmica uni- ou pluricelular que apresenta diferentes funções. 
Trofófilo: folha que produz alimento, que faz fotossíntese. 
Trofoesporófilo: folha que produz alimento, que faz fotossíntese e também produz 
esporângios e seus esporos. 
Venação circinada: folhas de samambaias que são produzidas enroladas sobre si 
mesmas e expandem-se à medida que se desenrolam. 
Verticiladas: diz-se dos órgãos vegetais, principalmente das folhas, que se inserem em 
número superior a 2, no mesmo plano de um eixo (em geral, de natureza caulinar). 
 114
Xilema: tecido vascular complexo, através do qual a maior parte da água e dos sais 
minerais é conduzida na planta. É caracterizado pela presença de elementos traqueais. 
Xilema de diferenciação centrífuga: o protoxilema (tem células de menor calibre e 
diferencia-se antes de formar o metaxilema) está situado interiormente e o metaxilema 
(tem células de maior calibre e diferencia-se depois de formar o protoxilema) 
externamente 
Xilema de diferenciação centrípeta: o protoxilema (tem células de menor calibre e 
diferencia-se antes de formar o metaxilema) está situado perifericamente e o metaxilema 
(tem células de maior calibre e diferencia-se depois de formar o protoxilema) 
internamente. 
 
 115
 
 
 
 
 
 
A  B  C 
D  E 
G 
F
H  I 
SUGESTÕES DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
CONSTRUÇÃO DE CHAVES DICOTÔMICAS 
Elabore uma chave dicotômica para os nove organismos representados nas figuras 
abaixo. A espécie dos organismos corresponde às letras presentes em cada figura. Utilize 
caracteres de fácil observação em laboratório e lembre-se de que em cada dicotomia 
devem constar características opostas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELABORAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DE PESQUISA 
 
O professor poderá desenvolver um projeto de pesquisa com seus alunos em 
diferentes graus de complexidade dependendo do tempo disponível para trabalhar com a 
turma. Pode-se apenas solicitar a elaboração de um projeto de pesquisa com a finalidade 
de que os alunos enxerguem possíveis aplicações do conhecimento teórico adquirido 
durante o curso; ou realizar uma ou algumas saídas de campo com os alunos com a 
finalidade de aprendizado de técnicas de coleta de Criptógamas e de aquisição de 
material para utilização em aulas práticas; ou fazer um plano de coleta adequado com a 
turma, a partir do qual os alunos terão a oportunidade de identificar o material coletado e 
escrever um relatório científico. 
 
 116
Elaboração de projeto de pesquisa 
9 Capa: nome da Instituição, do Curso, do Professor, nome dos integrantes do grupo, 
local, data e título do projeto. 
9 Introdução: Deve trazer o estado da arte, informando o que está sendo feito nesse 
campo de pesquisa, para isso é imprescindível ler livros e artigos científicos sobre 
temas correlatos para auxiliar na apresentação do problema. Apresentar uma 
justificativa do trabalho – porque é importante a realização desse trabalho? E 
apresenta o objetivo do trabalho. 
9 Material e Métodos: Descrever detalhadamente a área, os materiais a serem 
utilizados (potes, prensas, envelopes, câmeras fotográficas, lupas, microscópios, 
chaves dicotômicas, etc.) e a metodologia utilizada para coleta dos dados. 
9 Orçamento: em um quadro apresentam-se os itens necessários ao 
desenvolvimento do projeto, o número de unidades necessárias, o preço estimado 
dos itens e o total a ser gasto com o projeto. 
9 Contrapartida da Instituição: caso sua Instituição possa, hipoteticamente, 
colaborar com o apoio logístico do projeto, diga com o que ela irá colaborar. 
9 Cronograma: em um quadro apresente os meses em que o projeto será realizado 
e quais atividades serão realizadas em cada mês. 
9 Referências Bibliográficas: Nesse item devem ser listadas as Referências 
Bibliográficas citadas ao longo do texto, seguindo as normas de alguma revista 
científica (a exigência é de que todas sigam o mesmo padrão, não precisa ser nas 
normas da ABNT). 
 
Trabalho de campo 
A sugestão de trabalho de campo tem como finalidade o aprendizado de técnicas 
de coleta de Criptógamas, bem como ser fonte de material para as aulas práticas da 
disciplina e para a realização de trabalho prático de pesquisa. O trabalho consistirá na 
identificação do material coletado, na apresentação dos dados obtidos e na entrega de 
um relatório final. A área para realização do trabalho de campo deve ser escolhida 
previamente pelo professor que deverá pedir uma autorização de coleta para os 
responsáveis pela área. Sugere-se a realização do trabalho em áreas próximas a cursos 
de água, onde podemos encontrar fungos, algas, briófitas e pteridófitas com maior 
facilidade. 
Algumas instruções básicas para o trabalho no campo devem ser 
 117
observadas: 
9 Utilizar trajes adequados: calça maleável mas resistente, camisa clara e de manga 
comprida, boné ou chapéu, tênis ou bota apropriada, meias compridas, perneiras e 
capa de chuva. 
9 Levar e utilizar protetor solar e repelente de insetos. 
9 Levar garrafa de água (fundamental!). 
9 Levar lanche para os trabalhos de campo que durarão dias inteiros (frutas, bolachas, 
cenoura, todinho, sanduíches leves, etc.). 
9 O trabalho de campo pode gerar bons resultados desde que bem planejado, 
organizado e realizado por uma equipe concentrada e com objetivos definidos. 
Portanto, os alunos devem evitar brincadeiras de mau gosto e comportamento de 
risco. 
9 No campo, nunca se distanciar do grupo. Se houver alguma emergência o aluno terá 
como ser socorrido. 
9 Observar com atenção onde pisa, senta e apóia as mãos. 
Alguns equipamentos e materiais de consumo serão necessários para o 
trabalho no campo com Criptógamas: 
9 GPS 
9 Máquina fotográfica 
9 Caderno de campo para anotações 
9 Lápis, borracha e estilete 
9 Sacos plásticos 
9 Vidros para fixação de material botânico. E vidros cobertos com papel ou plástico 
pretos para fixação de Algas 
9 Transeau (600ml água destilada + 300ml etanol 100% + 100ml formol 40%) para 
fixação de Algas 
9 Álcool 70% ou FAA 70 para fixação de Fungos e Briófitas 
9 Papel para anotar dados de material fixado em solução orgânica 
9 Etiquetas 
9 Envelopes para exsicatar Briófitas (papel fino ou papel manteiga) 
9 Jornais, papelão e prensa de madeira com cordas para exsicatar Pteridófitas 
9 Estufa de campo para secagem de exsicatas 
9 Tesoura de poda 
9 Canivete ou faca 
9 Lupa de bolso 
 118
O material coletado deve estar sempre fértil, com esporos e estróbilos, exceto as algas. 
Deve-se coletar duplicatas de uma mesma amostra, para permuta, ou substituição de 
material. Usa-se fazer de 3-5 duplicatas, no nosso caso 2 amostras serão suficientes. 
No caderno de campo devem constar as seguintes informações: 
9 Coletor (es) 
9 Número da coleta/número do coletor (amostras de um único indivíduo recebem 
mesmo número). O número do coletor é o número dado a cada planta que um 
sistemata inclui no herbário. 
9 Local (localização geográfica) 
9 Data 
9 Dados relacionados à planta que são perdidos na exsicata, que só podem ser 
observados no campo: Freqüência da espécie no local 
Hábito 
Cor 
Odor 
Outros 
 
Para saber como proceder durante a coleta, processar e conservar o material coletado 
consulte o texto sobre COLETA E PRESERVAÇÃOE CRIPTÓGAMAS, apresentado no 
texto introdutório da Apostila. 
 
Importante - Nunca se esqueça de anotar e etiquetar tudo. Depois de tanto trabalho é 
uma pena perder material por falta de alguma anotação. A gente pode pensar que lembra, 
mas na volta algumas coisas podem ser esquecidas. E aí é tarde. 
Redação do relatório de trabalho de campo 
Os trabalhos de pesquisa deverão trazer a identificação dos organismos coletados 
até a categoria taxonômica que constar nas chaves dicotômicas da apostila ou de outras 
chaves de identificação disponíveis, envolvendo uma problemática e uma justificativa para 
o trabalho. O trabalho de identificação do material será feito no laboratório da sua 
Instituição de Ensino em horários pré-estabelecidos pelo professor, onde os alunos 
poderão utilizar lupas e microscópios para identificação dos organismos. 
O relatório final deste trabalho deverá apresentar: 
9 Capa: nome da Instituição, do curso, do professor, nome dos integrantes do grupo, 
local, data e título do trabalho. 
 119
9 Introdução: Uma boa introdução apresenta ao leitor o assunto de que se trata o 
trabalho, informando o que está sendo feito nesse campo de pesquisa, deve-se ler 
sobre temas correlatos e utilizar referências bibliográficas para auxiliar nessa 
apresentação do problema. Apresenta uma justificativa do trabalho – porque é 
importante a realização desse trabalho? E apresenta o objetivo do trabalho. 
9 Material e Métodos: Descrever a área, o período de trabalho, os materiais 
utilizados (potes, prensas, envelopes, câmeras fotográficas, lupas, microscópios, 
chaves dicotômicas, etc.) e a metodologia utilizada para coleta dos dados. 
9 Resultados: todos os resultados obtidos entram aqui (o texto, tabelas e figuras). 
Não se esqueçam de colocar títulos nas tabelas e legendas nas figuras, gráficos são 
considerados figuras. 
9 Discussão: na discussão deve-se explicar e discutir os resultados obtidos, 
devendo utilizar referências bibliográficas para auxiliar e valorizar a interpretação dos 
resultados. 
9 Referências Bibliográficas: Nesse item devem ser listadas as Referências 
Bibliográficas citadas ao longo do texto seguindo as normas de alguma revista 
científica (a exigência é de que todas sigam o mesmo padrão, não precisa ser nas 
normas da ABNT). Dê uma olhada em artigos científicos recentes disponíveis na 
Internet e veja como se fazem citações bibliográficas. 
 120
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA E RECOMENDADA PARA ESTUDO 
 
 
Apezzato-da-Glória, B. & Carmelo-Guerreiro, S. M. 2003. Anatomia Vegetal. Editora UFV, Viçosa. 
Bicudo C.E.M. e Bicudo R.M.T. 1970. Algas de águas continentais brasileiras: chave ilustrada para 
identificação de gêneros. Fundação para o Desenvolvimento do Ensino de Ciências, S.P. 
Bicudo C.E.M. e Menezes M. 2005. Gêneros de algas de águas continentais do Brasil: chave para 
identificação e descrições. RIMA, São Carlos. 
Bold H.C. 1988. O Reino Vegetal. Trad. A. LAMBERTI. Edgard Blucher Ltda., SP. 
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Fronteira, RJ. 
Ferri M.G., Menezes N.L. & Monteiro W.R. 1981. Glossário ilustrado de Botânica. Ed. Nobel, SP. 
Font Quer, P. 1993. Diccionario de Botánica. Editorial Labor, S.A., Barcelona. 
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morfologia das plantas vasculares. Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, SP. 
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Izco, J., Barreno, E., Brugués, M., Costa, M., Devesa, J., Fernández, F., Gallardo, T., Llimona, X., Salvo, E., 
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Judd W.S., Campbell C.S., Kellogg E.A., Stevens P.F. & Donoghue M.J. 2008. Plant Systematics: a 
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Palmer, J.D.; Soltis, D.E.; Chase, M.W. 2004. The plant tree of life: an overview and some points of view. 
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Starling, M.F.V. 1999. Biologia das Criptógamas (Briófitas e Pteridófitas). Pontifícia Universidade 
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www.biota.org.br/pdf/v1cap05.pdf 
www.enq.ufrgs.br/cursos/grad/BioTec/aulas/aulas_3e4.doc 
www.uefs.br/disciplinas/bio221/aula_06_fungos_assexuais.rtf 
www.uefs.br/disciplinas/bio221/aula_08_liquens.rtf

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