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Apostila_de_Sistematica_de_Criptogamas2

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PREFÁCIO 
 
Esta apostila foi elaborada por alunos bolsistas do Projeto Institucional de Bolsas 
de Ensino de Graduação da Universidade Federal de Uberlândia com a finalidade de 
servir como um guia de aulas práticas da Disciplina de Sistemática de Criptógamas. A 
apostila traz um texto introdutório sobre Sistemática Vegetal, já que esta é a primeira 
Disciplina de Botânica, no currículo atual, ministrada para o Curso de Graduação em 
Ciências Biológicas da UFU, além de textos complementares antes de cada protocolo de 
aula prática. Anexos aos protocolos de aulas práticas, encontram-se chaves dicotômicas 
ilustradas (exceto para fungos) e glossários para cada um dos grupos abordados – 
fungos, algas, briófitas e pteridófitas. No final da apostila, apresentamos algumas 
sugestões de atividades práticas como um guia para trabalho de campo. 
Os grupos abordados na apostila são os tradicionalmente ensinados na Disciplina 
de Sistemática de Criptógamas, embora fungos e a maioria das algas não sejam 
considerados como Criptógamas nos Sistemas de Classificação atuais. Os fungos são há 
muito tempo estudados com as plantas por serem multicelulares e sésseis e continuam 
fazendo parte das Disciplinas de Botânica em boa parte das Universidades Brasileiras. As 
algas são um grupo artificial que engloba desde cianobactérias até protistas clorofilados 
uni- e multicelulares, além de alguns de seus parentes não-pigmentados. Briófitas e 
pteridófitas são os componentes mais basais do Reino Plantae e apresentam as 
características que foram fundamentais à colonização do ambiente terrestre. 
 
 
 2
SUMÁRIO 
 
Fundamentos em Sistemática Vegetal 
A Sistemática Vegetal ............................................................................................................... 03 
Sistemas de Classificação ........................................................................................................ 03 
Chaves de Identificação: um método de classificação artificial ............................................... 07 
Nomenclatura Botânica ............................................................................................................ 07 
Procedimentos em um Herbário ............................................................................................... 10 
Exercícios: Fundamentos em Sistemática Vegetal .................................................................. 14 
Fungos ................................................................................................................................................... 15 
Roteiro: Aula prática de fungos ................................................................................................ 19 
Glossário de fungos .................................................................................................................. 23 
Algas ...................................................................................................................................................... 25 
Roteiro: Aula prática de algas ................................................................................................... 28 
Chave dicotômica ilustrada de algas ........................................................................................ 34 
Glossário de termos de algas ................................................................................................... 70 
Reino Plantae ........................................................................................................................................ 74 
Briófitas .................................................................................................................................................. 74 
Roteiro: Aula prática de briófitas ............................................................................................... 77 
Chave dicotômica ilustrada de briófitas .................................................................................... 81 
Glossário de termos de briófitas ............................................................................................... 88 
Pteridófitas ............................................................................................................................................. 91 
Roteiro: Aula prática de pteridófitas.......................................................................................... 95 
Chave dicotômica ilustrada de pteridófitas ............................................................................. 102 
Glossário de termos de pteridófitas ........................................................................................ 110 
Sugestões de atividades práticas complementares ............................................................................ 115 
Construção de chaves dicotômicas ........................................................................................ 115 
Elaboração e desenvolvimento de projeto de pesquisa ......................................................... 115 
Referências Bibliográficas ................................................................................................................... 120 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3
FUNDAMENTOS EM SISTEMÁTICA VEGETAL 
A SISTEMÁTICA VEGETAL 
 
Os termos Sistemática e Taxonomia frequentemente se confundem no estudo da 
Botânica, embora possuam conceitos distintos. A Sistemática é a ciência que se ocupa da 
diversidade e relações de parentesco entre os organismos, enquanto a Taxonomia se 
atém às normas de nomenclatura e de classificação dos organismos. A Taxonomia é 
tratada como um ramo da Sistemática ou como uma ferramenta a ser utilizada em 
Sistemática Vegetal. 
As principais categorias taxonômicas são amplamente conhecidas por leigos e 
pesquisadores, Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie, mas categorias 
adicionais como, por exemplo, Subclasse, Subfamília, Secção, etc., podem existir 
dependendo do grupo a ser estudado. Um táxon (taxon em Latim) é um grupo formado 
por grupamentos de organismos como, por exemplo: Reino Plantae, Filo Lycopodiophyta, 
Família Lycopodiaceae, Gênero Lycopodium. A palavra táxon tem como plural táxons 
(taxa em Latim). 
Os termos Classificação e Identificação também geram confusão e devem ser bem 
compreendidos. A Classificação de um organismo consiste em enquadrá-lo em táxons 
apropriados, o que é necessário no caso do descobrimento de espécies novas ou de 
modificações na classificação já existente. A Identificação de um organismo consiste em 
verificar em que táxons o organismo está classificado, ou seja, deve ser um organismo já 
descrito anteriormente. 
 
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO 
 
Os Sistemas de Classificação e Nomenclatura devem conter as categorias 
taxonômicas organizadas hierarquicamente dentro das quais diferentes grupos de 
organismos devem ser situados. Os primeiros sistemas de classificação surgiram da 
necessidade de organizar as informações sobre a utilidade das plantas e de suas 
periculosidades, atualmente, levam em consideração as afinidades evolutivas entre os 
organismos. 
Sistemas Baseados no Hábito das Plantas 
Os primeiros Sistemas de Classificação foram elaborados na antiguidade e tinham 
como intuito informar as pessoas sobre a utilidade dessas plantas. Theophrastus (Ca. 370 
– 285 aC) é considerado o “Pai da Botânica”, classificou as plantas como árvores, 
 4
arbustos, subarbustos e ervas e muitos dos nomes atuais de plantas têm sua origem no 
nome dado por Theophrastus. Dioscórides (100 dC) foi um importante Botânico e uma de 
suas missões foi melhorar o serviço médico do Império Romano. Coletou plantas em toda 
a Europa e escreveu o livro “Materia Medica” com descrições deaproximadamente 700 
espécies de plantas medicinais. Durante a Idade Média houve pouco progresso no 
conhecimento das plantas na Europa, havendo algum progresso no mundo Islâmico. San 
Alberto Magno (1193-1280 aprox.) escreveu “De vegetabilis” com descrição detalhada de 
muitas plantas e supostamente foi o primeiro a distinguir monocotiledôneas e 
dicotiledôneas. Com o surgimento da imprensa nos séculos XVI e XVII, o interesse e 
difusão da Botânica aumentaram bastante com muitas publicações, principalmente na 
Alemanha. Curiosamente, as civilizações chinesa e hindu alcançaram o nível de 
conhecimento Botânico existente na Europa no século XVI muito antes deste período, 
desenvolvendo culturas importantes como as do arroz, feijão, laranja, pimenta do reino, 
dentre outras. No início do século XVI, os Herbalistas que se interessavam principalmente 
pelas características curativas das plantas, descreveram e ilustraram minuciosamente 
muitas espécies de plantas. Leonhart Fuchs destacou-se pela descrição de 500 espécies 
e pela elaboração de um glossário em sua obra “De historia stirpium commentarii 
insignes”. 
Sistemas Artificiais 
Os sistemas artificiais têm como único objetivo ser um meio conveniente de situar 
uma planta dentro de uma classificação e contribuir para sua identificação. Não tem 
qualquer preocupação de mostrar relações de afinidade. Caesalpino, Bauhin, Ray e 
Tournefort são pesquisadores de destaque nos séculos XVI e XVII. Adrea Caesalpino 
(1519-1624) reconheceu grupos considerados naturais nos dias de hoje. Caspar Bauhin 
(1560-1624) é autor de uma obra com descrição de 6000 plantas e seus sinônimos e 
distingue pela primeira vez os conceitos de gênero e espécie, conferindo grande 
importância à sua obra. John Ray (1627-1705) apresenta um Sistema de Classificação 
baseado principalmente nas características de estruturas reprodutivas, sendo o avanço 
mais importante na botânica teórica do século XVII. Ao utilizarem muitos caracteres, os 
grupos finais das classificações tendem a ser naturais e a maioria é reconhecida 
atualmente. Entretanto, ao utilizar o porte como o primeiro nível de classificação, dois ou 
mais grupos naturais encontram-se separados no sistema. Carl Linnaeus (1707-1778) é o 
pai da taxonomia como é conhecida atualmente, por ter criado o sistema binomial de 
nomenclatura. Em suas obras “Systema naturae”, “Genera plantarum“ e “Species 
plantarum” criou um sistema muito útil para identificação de plantas baseado apenas em 
 5
características reprodutivas (Sistema Sexual de Lineu), embora as relações naturais entre 
os grupos não tenham sido enfatizadas. Muitos dos importantes botânicos atuais foram 
alunos da escola Lineana, evidenciando a grande contribuição deste mito a essa ciência. 
Devido ao conjunto de expedições científicas realizadas na época e, sobretudo às obras 
de Tournefort, Ray e Linnaeus as ciências naturais sofrem uma profunda modificação. 
Sistemas Naturais 
Os sistemas naturais surgiram como fruto do enorme contingente de novas 
espécies que passaram a ser conhecidas, devido às numerosas coleções que chegavam 
à Europa provenientes dos Países tropicais. No final do século XVIII, muitos botânicos se 
dedicaram à busca de afinidades naturais entre as plantas, passando a utilizar um número 
de caracteres muito superior ao utilizado por Lineu para atingir este propósito. Entretanto, 
deve-se ter em mente que o Sistema Natural foi criado para refletir o plano criador de 
Deus ao invés das verdadeiras relações de parentesco. 
Apesar da grande influência de Linnaeus, alguns de seus contemporâneos 
seguiram as idéias de Ray e Tournefort, dentre os quais destacam-se Michel Adanson 
(1727-1806) e Antoine-Laurent De Jussieu (1748-1836). Michel Adanson em “Families 
des Plantes” dá o mesmo peso a cada caráter observado, empregando caracteres 
morfológicos, químicos, ecológicos e biológicos. Antoine-Laurent De Jussieu em “Genera 
plantarum” observa que certos caracteres têm maior peso na classificação. Agustin 
Pyramus De Candolle (1778-1841) baseou-se no sistema de Jussieu e separou algas e 
fungos de briófitas. Mais tarde, seu filho Alphonse De Candolle (1844) une as pteridófitas 
às briófitas. M. Wilkomm (1854) apresenta uma das melhores classificações de sua 
época, onde divide os vegetais em Criptógamas e Fanerógamas, é um dos primeiros a 
separar Gimnospermas de Angiospermas e considera Monocotiledôneas e Dicotiledôneas 
como classes de Angiospermas. 
Sistemas Filogenéticos 
O sistema filogenético é considerado o que mais se aproxima do ideal, já que 
procura agrupar os táxons conforme ancestralidade e descendência (Bicudo & Menezes 
1970) e considera tanto os vegetais atuais quanto os de outras eras geológicas. Ele se 
afirma na teoria da evolução e só pode surgir após a publicação de “Origem das 
Espécies” de Charles Darwin em 1859. Reconhece-se que o atual estado de 
conhecimento do homem não permite a reconstrução de um sistema filogenético perfeito. 
Os sistemas disponíveis representam uma tentativa com vistas a um objetivo filético, 
configurando-se numa combinação de evidências naturais e filéticas. Não perdendo de 
vista a busca de relacionamentos naturais entre os táxons. 
 6
Sistemas Gradistas - Classificações evolucionistas ou Darwinianas 
Durante a segunda metade do século XIX o estudo da Botânica se concentrou na 
Alemanha e a classificação era exclusivamente morfológica. August W. Eichler (1839-
1887) consolida as idéias de Wilkomm com a separação entre Criptógamas e 
Fanerógamas e de outras dicotomias importantes e estabelece grupos ancestrais ou 
derivados. Adolf Engler (1844-1930) baseou-se em Eichler para a elaboração de um 
Sistema de Classificação - Syllabus der Pflanzenfamilien - o qual é considerado o primeiro 
autenticamente filogenético e é base para a organização de grandes herbários. A obra 
conjunta com Karl Prantl, Die naturlichen Pflanzenfamilien é uma enciclopédia com 
abundantes referências sobre morfologia, anatomia e geografia que foi amplamente aceita 
pela sua elaborada forma de apresentação. No início do século XX, Bessey (1845-1915) 
publicou um sistema filogenético baseado nos princípios da evolução orgânica e 
juntamente aos seus discípulos estabeleceu diversas tendências evolutivas aceitas até a 
atualidade. 
A representação gráfica de uma classificação, um dendrograma, pode ser 
elaborado com as semelhanças entre os grupos e é denominado fenograma ou, se além 
dos dados fenéticos, levar em conta a idade dos grupos, denomina-se árvore filogenética 
ou filograma. A ordenação dos grupos se estabelece de acordo com caracteres 
considerados primitivos e derivados. Seguindo a tradição de Eichler, Engler, Prantl e 
Beesey, constituíram-se diversos sistemas de classificação de orientação filética durante 
o século XX. Dentre eles podem ser mencionados os de Sprone (1959), Benson (1962), 
Hutchinson (1969, 1973), Cronquist (1968, 1988) Cronquist et al. (1966), Thorne (1968, 
1976, 1992) e Takhtajan (1969, 1980, 1987, 1996), tendo grande aceitação e seguimentos 
consideráveis. As teorias sobre as tendências evolutivas de órgãos vegetativos e 
reprodutivos estabelecidas por Takhtajan foram amplamente aceitas por muitas décadas. 
As classificações de Cronquist abrangem caracteres histológicos e sobre metabólitos 
secundários e seus sistemas continuam sendo utilizados em muitas Universidades 
Européias. 
Taxonomia Numérica ou Sistemática Fenética 
Michel Adanson (1727-1806) é considerado o pai da taxonomia numérica. O 
procedimento supõe um grande esforço para compilar o maior número possível de 
caracteres, mas não se confere nenhum peso especial a nenhum dos caracteres. É 
baseada em similaridades fenéticas independentementedas considerações filogenéticas, 
na prática, não foi considerada pelos taxonomistas. 
Sistemas Cladistas-Cladística-Sistemática Filogenética 
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Como a taxonomia numérica, também surge com o objetivo de trazer mais 
objetividade à construção das classificações. Tem sua origem no trabalho do entomólogo 
alemão Willi Hennig (1950) e, a partir da segunda metade da década de 70, o número de 
seguidores e publicações em cladística cresce. Hoje o que se conhece como cladística 
reúne quase todas as tendências derivadas da prática filogenética, considera-se 
transformação o processo histórico real da evolução. Baseiam-se em sinapomorfias para 
construir grupos monofiléticos, e os demais grupos são arbitrários. Desde o falecimento 
de Arthur Cronquist em 1992, um crítico feroz da cladística, essa área da ciência 
diversificou muito seus métodos e está sendo melhor aceita pela comunidade científica; 
atualmente, tem o auxílio da reconstrução filogenética através da sistemática molecular. 
 
CHAVES DE IDENTIFICAÇÃO: UM MÉTODO DE CLASSIFICAÇÃO ARTIFICIAL 
 
Os Sistematas têm muitas ferramentas disponíveis para a identificação de plantas 
e a mais importante delas é a chave dicotômica. As chaves de identificação são muito 
antigas na história da Botânica, remetidas a John Ray (1682). Consistem num sistema de 
classificação cujo fim é servir de ajuda para a identificação dos distintos grupos 
taxonômicos, sendo frequentemente artificiais. Os caracteres têm de ser claros, menos 
plásticos e que necessitem de menos métodos ou materiais para sua identificação. As 
chaves são geralmente dicotômicas podendo ser escritas no formato identado ou 
pareadas. Ela apresenta ao usuário uma série de alternativas entre dois caracteres 
mutuamente exclusivos, se o usuário fizer a escolha correta ele será levado ao nome do 
objeto desconhecido. Também existem chaves de múltiplos acessos, as quais possuem 
um número muito maior de caracteres que podem ser consultados em qualquer ordem. 
Dessa forma, se alguma estrutura estiver faltando no exemplar, pode-se pular esse passo 
e obter um grupo de poucos nomes que podem corresponder ao exemplar em questão. 
Esta apostila traz chaves dicotômicas ilustradas após cada uma das seções de 
aulas práticas para gêneros de algas, gêneros e ordens de briófitas e famílias de 
pteridófitas. 
 
NOMENCLATURA BOTÂNICA 
 
Algumas regras básicas devem ser observadas para o uso correto da 
Nomenclatura Botânica para que haja a universalização dos nomes dados aos diferentes 
táxons. Os nomes científicos de plantas seguem o “Código Internacional de Nomenclatura 
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Botânica” que é atualizado durante os Congressos Internacionais de Botânica. Este 
código não é utilizado apenas para plantas terrestres, mas também para protistas, algas e 
fungos. 
O sistema nomenclatural é baseado em 6 princípios: 
1.Independência do Código Internacional de Nomenclatura Botânica: 
“A nomenclatura Botânica é independente da nomenclatura Zoológica” 
2.Princípio da Tipificação: “Tipo” vem de exemplar típico. Quando se descobre uma 
espécie nova, um espécime é depositado em um herbário e estará disponível para 
estudo. Ele é considerado o exemplar típico (tipo) do grupo e será a referência para o 
nome dado à espécie. Este conceito requer que o nome original da espécie seja aplicado 
à espécie à qual o espécime tipo pertence. 
 
Tipos nomenclaturais 
Holótipo: espécime eleito como tipo do nome na publicação original. 
Isótipo: outros ramos da mesma planta do holótipo, ou seja, duplicatas. 
Parátipos: qualquer espécime além do holótipo. 
Síntipos: espécime da descrição original onde não elegeu-se o holótipo. 
Isosíntipo: qualquer espécime além dos síntipos. 
Lectótipo: é um espécime selecionado entre isótipo, parátipo, sintipo ou isosíntipo quando não elege-se o 
holótipo ou este desapareceu. 
Paralectótipo: são os síntipos que remanesceram após a seleção do lectótipo. 
Neótipo: é um espécime novo que será coletado para colocar no local da série tipo quando esta se perder 
ou não existir mais. 
 
3.Prioridade na Publicação: O nome correto para um táxon é o primeiro nome que foi 
publicado de acordo com as regras de nomenclatura. Em alguns casos, os nomes mais 
utilizados não são os publicados primeiro, o que ocorre devido à sua ampla aceitação 
como é o caso de algumas famílias de angiospermas. 
4.Cada Táxon Tem Apenas Um Nome Válido 
Não são aceitas homonímias ou sinonímias. 
Sinonímia: nomes publicados tardiamente para um táxon já descrito ou nomes que 
não obedeçam às regras de nomenclatura. 
Homonímia: um nome já publicado validamente para um táxon que é dado 
posteriormente a outro táxon. 
5.Latim 
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Os nomes das espécies devem estar de acordo com o sistema lineano, onde o 
nome do gênero deve ser escrito com inicial maiúscula e o epíteto específico com inicial 
minúscula. Caso escritos à mão, devem estar sublinhados; se digitados, devem estar em 
itálico. Exemplo: 
 
Nomes para táxons superiores a gênero no Reino Plantae: 
Radical + Terminações recomendadas 
Filo ou Divisão 
Classe 
Subclasse 
Ordem 
Família 
Subfamília 
Tribo 
Subtribo 
phyta 
psida 
idea 
ales 
aceae 
oideae 
eae 
inae 
 
6.Retroatividade do Código 
As regras de nomenclatura são retroativas, a menos que expressamente limitadas. 
Ressalvas: 
Tautônimos: Não são válidos tautônimos como Rodobryon rodobryon 
Subespécie: apesar de não ser obrigatória, a abreviação subsp. pode ser usada entre os 
epítetos específicos. 
Ex: Jacaranda decurrens subsp. symmetrifoliolata 
Variedade: a abreviação var. torna-se necessária entre os epítetos específicos para se 
diferenciar de subespécie. 
Ex: Kielmeyera coriacea var. intermedia 
Híbrido: coloca-se o símbolo ‘x’ entre o binômio escolhido. 
Ex: Musa x paradisíaca 
Cultivar: insere-se entre aspas após o nome da espécie o nome dado ao cultivar. Não 
existem regras específicas para se nomear um cultivar, podendo, inclusive tratar-se de 
números. 
Ex: Lactuca sativa “moreninha-de-Uberlândia” 
Espécie nova: publicação válida 
I- Publicação efetiva: trabalhos publicados em revistas científicas amplamente disponíveis 
(disponíveis para venda, troca e doação). 
II- Obedece a regra de prioridade. 
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III- Nomes acompanhados de descrição ou diagnose em Latim. 
IV- Atualmente há a exigência do holótipo. 
 
PROCEDIMENTOS EM UM HERBÁRIO 
 
Um herbário é uma coleção de plantas composta por amostras secas de briófitas e 
pteridófitas com esporângios, ou de gimnospermas e angiospermas com ramos contendo 
folhas, flores e/ou frutos, fixadas num pedaço de cartolina. Esta amostra é chamada 
exsicata, a qual é acompanhada de uma etiqueta com dados sobre o nome científico e 
descrição da planta, a identificação, local e ambiente de coleta; coletor e data de coleta. A 
exsicata é a unidade básica de coleção de um herbário, pois constitui material testemunho 
referencial para futuros estudos. Ela é registrada e numerada antes de ser incorporada ao 
acervo. Um material herborizado funciona como um arquivo, que pode ser mantido por 
longo tempo, fornecendo informações a respeito não só da espécie herborizada como 
também da área de coleta. 
Um programa de coletas botânicas é dispendioso e necessita de financiamento, 
mas é indispensável para manter ativo o herbário, aumentando o interesse nacional e 
internacional em intercambiar material. 
Etapas para a incorporação de plantas em um herbário: 
Coleta - A coleta varia conforme o grupo de plantas, ou seja, o tipo de coleta de algas é 
diferente do utilizado para pteridófitas. O material a ser coletado deverá estar fértil, no 
caso de Criptógamas deveapresentar esporângios ou esporos e em boas condições. É 
importante também que haja pelo menos três duplicatas do espécime para garantia de 
conservação do material e permuta ou doação para outros herbários. Durante o trabalho 
de campo o pesquisador deve anotar em seu caderno de campo alguns dados, como 
coletor, data e local de coleta, local onde a planta está fixada, coloração, odor, presença 
de látex, dentre outros. Os Sistematas ainda devem utilizar um número de coleta para 
cada exemplar, que corresponde ao número de plantas que este pesquisador já 
incorporou em diferentes herbários. 
Prensagem, Secagem e Montagem das Exsicatas – Logo após a coleta, o 
material deve ser prensado entre folhas simples de jornal intercaladas por folhas de 
papelão e placa de alumínio corrugado entre duas grades de madeira e, então, amarrado 
com as cordas (figura 1). O número de coleta que foi anotado no caderno de campo deve 
constar no jornal de cada planta para sua posterior identificação. O material deve ir à 
estufa e o tempo em que permanecerá nesta depende do tipo de material coletado (figura 
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1). Deverá ser feita a troca regular dos jornais que estiverem úmidos no caso de plantas 
mais crassas. O material botânico é considerado seco quando apresentar-se rígido, sem 
flexionar ao ser suspenso e sem umidade ao toque. A secagem na estufa: é feita através 
de calor artificial e pode demorar de 12 horas a uma semana dependendo do material. O 
objetivo dessa técnica é retirar a água para que não haja proliferação de certos fungos e 
bactérias sobre o exemplar, além de tornar a planta laminar e fácil de ser guardada. 
Posteriormente, a exsicata será montada, o que consiste em colar envelopes com a 
planta inteira no caso de briófitas e nos demais casos colar ou costurar ramos com folha, 
flor e/ou fruto no centro de um pedaço de cartolina de 33 x 45 cm (figura 1). No canto 
superior esquerdo da cartolina, pode ser adicionado um envelope com pequenos 
fragmentos da amostra. No canto inferior direito é afixada a etiqueta do Herbário, onde 
estão registrados os dados da planta, do local e ambiente de coleta, e do coletor (figura 
2). Os espécimes devem ser fixados em cartolinas por cola ou costurados nas mesmas. 
Geralmente, as exsicatas são armazenadas em pastas separadas por gênero e em 
armários separados por família. O herbário não está invicto do ataque de insetos ou 
fungos, por isso as exsicatas devem estar armazenadas em locais apropriados e que 
evitem a umidade, além de serem tratadas com produtos químicos como cânfora, 
naftalina e gás cianídrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Esquema de prensagem, secagem e montagem das exsicatas elaborado pelo Prof. Dr. Paulo Eugênio A. M. de Oliveira 
 
 
 12
A ETIQUETA DO HERBÁRIO 
 
Figura 2: Esquema da etiqueta do Herbarium Uberlandense (HUFU) elaborado pelo Prof. Dr. Paulo Eugênio A. M. de Oliveira 
 
Algumas plantas, algas e fungos não podem ser preservados em exsicatas e 
precisam de um espaço separado nos Herbários para que possam ser armazenados. 
Esses são os casos das coleções úmidas e carpotecas (coleção de frutos). 
Coleta e Preservação de Criptógamas 
As coletas de Algas Continentais podem ser realizadas em diferentes pontos 
de rios ou lagos na porção superficial da coluna d’água. Os melhores pontos para coleta 
geralmente são aqueles em que a água está mais parada e apresenta lodo (massa de 
algas verdes). Antes de guardar o material coletado é aconselhável lavar o frasco 4 ou 5x 
com a água do próprio ambiente da coleta para retirar um pouco do álcali natural dos 
frascos feitos de vidro comum. O processo mais simples para a coleta consiste em passar 
um frasco aberto no meio da massa visível de algas enchendo-o até a metade. O 
substrato em que as algas perifíticas podem estar aderidas também deve ser coletado 
(folhas, animais, pedras, etc.). Para se obter uma amostra concentrada de algas arrasta-
se a rede de plâncton (figura 3A) no corpo d’água e as algas ficarão retidas no fundo da 
rede. Para amostragens quantitativas existem amostradores específicos (figura 3B) que 
descem abertos até o ponto desejado na coluna d água e ali são fechados. Algas 
coletadas em ambientes secos como troncos, barrancos, dentre outros, podem ser 
armazenados em sacos de papel ou envelopes. 
As amostras devem ser armazenadas com os frascos abertos em ambiente fresco 
e iluminado. Depois de aproximadamente 3 dias, os potes devem ser mantidos em 
geladeira. No caso de algas não fixadas, a identificação do material não pode demorar 
muito ou os cloroplastos começam a se degradar, dificultando a identificação. Algumas 
 13
amostras ainda devem ser fixadas na solução de Transeau na proporção de 1:1 com a 
água da amostra. As soluções de FAA 50%, FPA50% e Lugol (10% em relação ao volume 
da amostra) também podem ser utilizadas. A fixação deverá ocorrer no máximo 24hs 
após a coleta. A quantidade excessiva de material em um mesmo frasco pode provocar a 
degeneração precoce deste material e, portanto, deve ser fixado o mais rapidamente 
possível. Algas macroscópicas além de serem armazenadas em coleções úmidas 
também podem ser armazenadas secas como exsicatas. Para tal, a alga é colocada em 
um recipiente com água sobre uma folha de papel sulfite, onde se deve arranjar o talo da 
forma mais natural possível com o auxílio de um pincel. O papel com a alga são retirados 
com auxílio de uma lâmina de metal (figura 3C) e colocados entre folhas de papel 
impermeável, mata-borrão e papelão ondulado, posteriormente, devem ser secos em 
estufa por não mais que 5 horas. 
Para as coletas terrestres de Fungos, Liquens, Briófitas e Pteridófitas os métodos 
de amostragem devem ser definidos previamente (trilha, quadrante, transecto, etc.). No 
caso dos Fungos, a fixação é realizada em vidros com líquidos orgânicos (etanol, 
etanol/metanol, FAA, Carnoy) ou fazem-se cortes longitudinais para diminuir o volume e 
montar uma exsicata. 
No caso de Briófitas e Liquens, devem ser coletados indivíduos inteiros e 
colocados em envelopes de papel fino ou manteiga. Se o exemplar estiver muito úmido, 
pode-se prensar delicadamente entre folhas de jornal, deixando um tempo mais reduzido 
que para outros vegetais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3A: Esquema da rede de plâncton. 3B: Esquema do amostrador subaquático horizontal de van Dorn. 3C: Esquema da 
preparação de alga macroscópica de água doce para preservação a seco (Esquema retirado de Bicudo e Bicudo, 1970 e de Bicudo e 
Menezes, 2005). 
 
 14
No caso de Pteridófitas arborescentes, coleta-se a fronde com soros até a 
inserção do pecíolo. Durante a prensagem as folhas devem ser divididas em região 
apical, média e basal que serão colocadas em diferentes jornais com o mesmo número de 
coleta. As Pteridófitas de pequeno porte são coletadas inteiras, incluindo o rizoma. 
Exsicatas de plantas com megáfilos devem mostrar os lados ventral e dorsal das folhas e 
quando estas precisarem ser cortadas, o local de sua inserção deve permanecer 
evidente. 
As algas e os fungos, ou outros materiais conservados em vidros com soluções 
fixadoras, são guardados em uma coleção à parte. No caso de Briófitas e Liquens os 
envelopes são colados nas cartolinas das exsicatas e recebem uma etiqueta do herbário 
como qualquer outra planta. Pteridófitas são exsicatadas de forma padrão. 
 
EXERCÍCIOS: FUNDAMENTOS DE SISTEMÁTICA VEGETAL 
 
1) Qual a diferença entre Sistemática e 
Taxonomia? 
2) Se você faz o levantamento de plantas da 
Estação Ecológica do Panga, você irá identificar 
e/ou classificar as plantas? Por quê? 
3) O que sãoSistemas Artificiais e Sistemas 
Naturais de Classificação? 
4) Porque o Sistema Sexual de Lineu 
representou um grande avanço em relação aos 
sistemas de classificação anteriores? 
5) Qual o importante acontecimento no 
mundo científico que possibilitou o surgimento 
dos Sistemas Filogenéticos de Classificação? 
6) Crie duas situações em que os tipos 
nomenclaturais holótipo, lectótipo, isótipo, sintipo, 
isosíntipo e neótipo sejam aplicados em pelo 
menos uma das situações. 
7) Homonímias e Sinonímias não são 
aceitas pelo Código Internacional de 
Nomenclatura Botânica. O que significam esses 
termos? 
8) Considere os seguintes táxons ou taxa: 
Charales, Chlorophyta, Characeae. Escreva o 
nome dos táxons em ordem hierárquica 
decrescente, sublinhando as terminações pré-
estabelecidas a cada grupo e indicando, na frente 
de cada um, a categoria taxonômica a que 
pertence. 
9) Imagine que você descobriu uma espécie 
nova. Agora você deve nomeá-la. Apresente 
abaixo o nome completo da espécie que você 
descobriu e os passos que deve tomar para que 
este nome seja válido no meio científico. 
10) Quais as exigências para que um 
pesquisador possa incorporar uma exsicata num 
Herbário? 
11) Qual o procedimento mais simples para a 
coleta de algas microscópicas? 
12) O que significa coletar material fértil de 
briófitas e pteridófitas? 
13) Se você estivesse incluindo a exsicata de 
uma samambaia no Herbário, quais as 
características da planta você anotaria na ficha do 
Herbário? 
 15
FUNGOS 
Texto complementar 
O reino Fungi é composto por organismos heterotróficos que compõem o segundo 
maior reino, com aproximadamente 1.500 mil espécies. Esse reino possui características 
parecidas com os animais, como a presença de quitina e sua reserva de glicogênio. Em 
sua maioria são constituídos por filamentos microscópicos denominados hifas, que em 
conjunto formam o micélio. Podem viver livres na água ou no meio terrestre, onde há 
predominância de matéria orgânica. Para que possam absorver a matéria orgânica de que 
necessitam, os fungos mantêm três tipos de interações com outros seres vivos: 
saprofitismo, mutualismo e parasitismo. Os fungos, juntamente com as bactérias do solo, 
desempenham um importantíssimo papel na natureza ao atuarem como decompositores, 
além de serem colonizadores primários. As importâncias econômicas são muitas, como o 
uso direto na alimentação, na fermentação do pão, na produção de bebidas alcoólicas e 
na fabricação de antibióticos, além de serem causadores de prejuízo ao infectarem 
plantas e animais de interesse econômico. Muitas vezes são conhecidos apenas pela sua 
importância médica já que causam vários tipos de micoses importantes no ser humano 
O reino é composto por quatro filos (Chytridiomycota, Zygomycota, Ascomycota e 
Basidiomycota), além de um grupo artificial conhecido como Deuteromicetos e as 
leveduras que são apenas formas de crescimento: 
Filo Chytridiomycota: São os únicos fungos aquáticos e os únicos a apresentarem 
células móveis. Possuem organização multicelular e unicelular. Suas hifas são 
asseptadas e sua reprodução é feita por meiose espórica. Há representantes que 
acarretam problemas econômicos, como Synchytrium endobioticum, responsável pela 
verrugose preta da batata, ou Physoderma maydis, agente causal da mancha marrom do 
milho. Ainda são importantes parasitas de algas, protozoários, plantas e rãs. 
Filo Zygomycota: São terrestres e apresentam organização multicelular e unicelular 
(leveduras). Suas hifas são asseptadas. O zigoto fica contido em uma estrutura de 
resistência chamada zigosporângio e apresentam meiose zigótica. A produção de esporos 
sexuados ou assexuados dá-se dentro de esporângios. São conhecidos como o bolor 
negro, que parasita pães e morangos. Fungos deste filo ainda têm grande importância 
ecológica, pois participam da associação simbiótica com endomicorrizas. 
Filo Ascomycota: São terrestres e apresentam organização multicelular e unicelular 
(leveduras). Suas hifas são septadas. Sua reprodução assexuada é feita por esporos 
chamados conídios que não estão contidos em esporângios, enquanto a reprodução 
sexuada é feita por esporos chamados ascósporos contidos em ascos (parede celular 
 16
original da célula que passou pelo processo de meiose). Ascos e ascósporos estão 
localizados na região do himênio dos corpos de frutificação denominados ascomas 
(estrutura em forma de saco ou bolsa). Os ascomas possuem forma, número e cor 
variáveis para cada espécie e podem ser dos tipos: apotécio, peritécio e cleistotécio, 
dependendo de sua morfologia. O filo é muito conhecido pelas trufas comestíveis e 
morchelas, além das terríveis doenças causadas em vegetais. 
Filo Basidiomycota: São fungos terrestres e apresentam organização multicelular e 
unicelular (leveduras). Possuem hifas septadas com doliporos. O filo possui três classes: 
Classe Basidiomycetes: Mais conhecidos pelos cogumelos e orelhas-de-pau. 
Os corpos de frutificação são denominados basidiomas. Os basidiomas são 
compostos por píleo e estipe, podendo estar presentes volva e anel (figura 1). O 
píleo é composto pela região do himênio que pode ser constituída por lamelas ou 
poros. No himênio estão presentes estruturas chamadas basídios e basidiósporos, 
correspondentes aos ascos e ascósporos dos ascomicetos (figura 1). Os 
representantes deste filo produzem apenas esporos sexuados, os basidiósporos, 
esporos assexuados estão ausentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Esquema de basidioma compilado de www.enq.ufsc.br. 
Estão divididos em dois grupos artificiais, Hymenomycetes e Gasteromycetes: 
Hymenomycetes: possuem os himênios visíveis (cogumelos e orelhas-de-
pau). Muitas espécies desse grupo são comestíveis, como o difundido 
Champignon, e algumas espécies mais utilizadas na culinária japonesa que está 
em franca expansão no mundo ocidental, como Shimeji, Shiitake e Pleurotus. Os 
cogumelos tóxicos e alucinógenos podem causar alucinações ou até mesmo a 
morte. 
 17
Gasteromycetes: esse grupo não possui o himênio visível, e seus esporos 
localizam-se dentro dos corpos de frutificação envoltos pelo perídeo. 
Normalmente alguma pressão mecânica é necessária para que os esporos sejam 
dispersos. As diferentes formas observadas nos fungos mal cheirosos, bolotas e 
estrelas-da-terra e ninhos de passarinho chamam a atenção por sua beleza 
peculiar. 
Classe Teliomycetes: São de grande importância agronômica por causar 
doenças nos vegetais, conhecidos popularmente como ferrugem. Não possuem 
basidioma, os esporos aglomerados chamam-se soros e seus basídios são 
septados. São parasitas heteroécios, ou seja, necessitam de mais de um hospedeiro 
para completar o seu ciclo de vida, sendo um deles uma planta da família das 
Poaceae e o outro da família Berberidaceae. 
Classe Ustomycetes: Conhecidos como carvões por tornarem os grãos do milho 
hipertrofiados e acinzentados/enegrecidos devido ao desenvolvimento do micélio 
dentro do grão. Como os Teliomycetes, também não possuem basidioma e os 
esporos aglomerados chamam-se soros. São parasitas autoécios, pois necessitam 
de apenas um hospedeiro para completar seu ciclo de vida. 
Deuteromicetos e Leveduras 
Os deuteromicetos já foram considerados um filo à parte, mas constituem um grupo 
artificial de formas assexuais de espécies de Ascomycota, poucos Basidiomycota e 
Zygomycota. A fase sexuada pode não ser conhecida, não utilizada na classificação ou 
perdida no curso da evolução. A reprodução assexuada ocorre através da produção de 
conidióforos e conídios, que podem estar espalhados no micélio ou agrupados em outras 
estruturas.Algumas espécies de deuteromicetos são amplamente utilizadas em pesquisa 
biológica e, principalmente, em controle biológico. Entretanto, é no setor industrial que 
alcançam grande importância econômica, na culinária ressalta-se a produção de queijos, 
Missô, Shoyu e Saquê. Podem ser prejudiciais pela produção de toxinas, além de 
causarem doenças de pele. 
As leveduras são formas de crescimento unicelulares que ocorrem principalmente no 
filo Ascomycota, mas também nos filos Basidiomycota e Zygomycota. São seres 
unicelulares e eucariontes que não formam filamentos, são imóveis e possuem 
reprodução assexuada e sexuada. Estão presentes em solos, ar (esporos), flora do 
intestino de animais, casca de frutas, folhas, etc. A maioria não é patogênica, mas podem 
causar doenças como o sapinho. São agentes de fermentação alcoólica, atuando na 
 18
produção do álcool industrial e de todas as bebidas alcoólicas destiladas ou não 
destiladas e são utilizadas na panificação. 
Relações simbióticas com os fungos 
Liquens: O líquen é uma associação simbiótica entre um fungo, o micobionte, e 
um microorganismo fotossintetizante, o fotobionte. O fotobionte fornece à associação 
produtos da fotossíntese e, no caso de ser uma cianobactéria, fornece também nitrogênio. 
Os benefícios recebidos pelo fotobionte e proporcionados pelo micobionte são menos 
óbvios, mas podem incluir proteção à dessecação, à radiação excessiva, manutenção de 
uma alta pressão parcial de dióxido de carbono (em virtude da atividade respiratória) e a 
fixação e provisão de nutrientes minerais retirados do substrato. Os dois componentes 
dessa associação podem ocorrer isoladamente na natureza e se encontrarem ao acaso 
para a formação de um líquen. A proliferação de liquens também pode se dar por 
fragmentação ou por sorédios, que são a união de uma alga unicelular e de uma pequena 
hifa de fungo, liberados pelos liquens já estabelecidos. De qualquer modo, quando estão 
habitando ambientes extremos, a chance de sobrevivência só existe quando estão 
associados, o que faz deles importantes colonizadores do ambiente terrestre. São 
sensíveis a poluentes atmosféricos e, assim, constituem-se em excelentes bioindicadores 
e biomonitores da qualidade do ar. 
O nome científico dado ao líquen é o nome do fungo e 98% dos micobiontes são 
ascomicetos. Apenas 40 gêneros de fotobiontes já foram relatados. Os liquens são 
divididos em três formas de crescimento distintas, crostosa, onde o líquen é totalmente 
aderido ao substrato; folhosa, onde as extremidades do líquen se soltam do substrato e 
têm consist6encia folhosa; e fruticosa/arborescente, onde apenas uma pequena porção 
do líquen fica aderida ao substrato, enquanto a porção livre, semelhante a um caule, é 
ramificada, podendo ser ereta ou pendente. 
Micorrizas: São uma associação mutualística entre certos fungos do solo e as 
raízes das plantas. A planta fornece energia (carboidratos) para a sobrevivência e 
multiplicação dos fungos, enquanto estes fornecem água e sais minerais às plantas, além 
de protegerem as raízes contra determinadas injúrias. Os fungos absorvem água e sais 
minerais do solo através de suas hifas que têm uma superfície de contato muito maior que 
as das raízes das plantas e os transferem para as raízes, dessa forma, o aproveitamento 
de nutrientes em solos pobres é aumentado. Estas associações parecem ter sido 
importantes para a conquista do ambiente terrestre pelas plantas, pois na época das 
primeiras colonizações os solos eram muito pobres em nutrientes e as “raízes” pouco 
especializadas. 
 19
Existem dois tipos de micorrizas, as endomicorrizas e as ectomicorrizas. 
Endomicorrizas são o tipo mais comum, ocorrentes principalmente dentre os Zygomycota, 
onde as hifas formam um envoltório menos denso ao redor do ápice radicular e, ao 
penetrar a raiz, invadem o interior das células corticais formando arbúsculos ou vesículas. 
Nas ectomicorrizas as hifas formam um invólucro em torno das raízes, como um manto, e 
atingem a região cortical penetrando entre os espaços intercelulares, sem penetrar no 
interior das células. As raízes com ectomicorrizas não desenvolvem pêlos absorventes. 
Ocorrem prioritariamente em zonas temperadas e são representadas pelos Ascomycota e 
Basidiomycota. 
 
ROTEIRO DE AULA PRÁTICA: FUNGOS 
 
Nessa aula você irá estudar exemplares dos filos Zygomycota, Ascomycota e 
Basidiomycota. 
 
1- Inicialmente iremos trabalhar com estruturas microscópicas e, para isso, será 
necessária a confecção de lâminas histológicas com material a fresco. O material a ser 
utilizado são pães, morangos e tomates que estejam fungados, além de uma solução de 
água, açúcar e fermento biológico que permaneceu em estufa por aproximadamente 30 
minutos. Para a confecção de lâminas dos fungos do pão, morango e tomate, pingue uma 
gota de água na lâmina e com o auxílio de estiletes (feitos com agulhas), retire uma 
pequena porção do micélio dos alimentos, com cuidado para não pegar partes do 
alimento que irão dificultar a visualização das hifas, e coloque o material na gota de água 
cobrindo com lamínula. No caso do tomate, é difícil retirar as hifas sem retirar partes do 
substrato, então recomenda-se picar o tomate com as hifas em pedaços bem pequenos 
para a análise. Pingue uma gota da solução de fermento biológico em uma lâmina e cubra 
com lamínula para visualização de leveduras. 
Espera-se encontrar representantes de Zygomycota nos fungos do morango e do 
pão e de Ascomycota no fungo do tomate, mas existem casos em que mais de um tipo de 
fungo ocorrem no mesmo alimento, fique atento para representar todas as formas 
presentes. No caso das leveduras, é possível encontrar algumas se reproduzindo por 
fissão binária, o que foi estimulado pelo açúcar da solução e pela elevada temperatura da 
estufa. No seu relatório deve constar o desenho esquemático do fungo observado, 
evidenciando e nomeando o tipo de hifa e de estrutura reprodutora observados. Quando 
possível, diga se a estrutura reprodutora é de origem sexuada ou assexuada. Baseado 
 20
em suas observações, indique a que filo pertence o fungo observado. Caso não seja 
possível determinar o filo, indique a forma de crescimento observada (leveduras ou 
fungos conidiais/deuteromicetos). 
a) Fungo do morango ou do pão 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Fungo do tomate 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Leveduras 
 
 
 
 
 
 
2- Agora observe as estruturas macroscópicas provindas de material fresco ou fixado, 
pertencente à coleção didática de sua Instituição. Vocês irão observar os corpos de 
frutificação de representantes dos filos Ascomycota e Basidiomycota. Nas letras a e b 
faça desenhos esquemáticos de ascomas e basidiomas, nomeando as estruturas que os 
compõe. Diga se as hifas que constituem estas estruturas são haplóides, diplóides ou 
dicarióticas. Repare se região do himênio é formada por poros ou lamelas. Todo exemplar 
esquematizado deve conter o nome do filo a que pertence e, quando possível, da classe. 
 21
a) Filo ____________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Filo ____________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Alguns exemplares do filo Basidiomycota, da classe Basidiomycetes não possuem 
forma de cogumelo e nem de orelha-de-pau, eles são os Gasteromicetos. Esquematize as 
formas de Gasteromicetos disponíveis em seu laboratório, elas podem ser bolotas-da-
terra, estrelas-da-terra, ninhos-de-passarinho ou fungos mal cheirosos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22
3- Alguns exemplares de associações liquênicas estão disponíveis para observação.a) Esquematize os liquens observados e diga qual a forma de crescimento dos 
exemplares analisados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Você pode observar alguma estrutura semelhante aos corpos de frutificação 
esquematizados nos itens 2a e 2b? Em caso positivo, você saberia explicar porque isso 
ocorre? 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Você saberia dizer como os liquens podem ter ajudado as plantas a colonizarem o 
ambiente terrestre? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23
GLOSSÁRIO – FUNGOS 
 
Anel: restos do véu, que após a expansão do píleo, persistem em forma de um colarinho 
preso à parte superior do estipe. 
Apotécio: ascoma aberto. 
Asco: célula especializada, característica de ascomicetos, na qual dois núcleos haplóides 
se fundem produzindo um zigoto, que imediatamente se divide por meiose. Na maturidade 
contém os ascósporos. 
Ascoma: é o corpo de frutificação dos ascomicetos, também conhecido como ascocarpo. 
É uma estrutura multicelular que contém os ascos, podendo ser abertos ou fechados. 
Ascósporo: esporo produzido no interior de um asco. 
Autoécio: diz-se dos fungos referidos como ferrugens, que requerem apenas uma espécie 
de planta hospedeira para completar seu ciclo de vida. 
Basídio: célula reprodutiva especializada dos basidiomicetos, freqüentemente clavada, na 
qual a fusão nuclear e a meiose ocorrem. 
Basidioma: é o corpo de frutificação dos basidiomicetos, também conhecido como 
basidiocarpo. É uma estrutura multicelular, dentro da qual se formam os basídios. 
Basidiósporos: esporos dos basidiomicetos produzido internamente nos basídios. 
Células corticais da raiz: localizadas entre a epiderme e o cilindro vascular da raiz. 
Cleistotécio: ascoma fechado. 
Conidióforo: hifa na qual são produzidos um ou mais conídios. 
Conídio: esporo assexuado de fungo, que não está contido dentro do esporângio; pode 
ser produzido isoladamente ou produzido em cadeias; a maioria dos conídios é 
multinucleada. 
Doliporo: tipo de poro especial que ocorre nos septos das hifas de basidiomicetos. 
Esporângio: estrutura unicelular ou pluricelular no interior da qual os esporos são 
produzidos. 
Estipe: pedúnculo com função de suporte, tal como ocorre nos fungos himenomicetos, 
nos “cogumelos”. 
Fotobionte: organismo fotossintetizante de um líquen. 
Heteroécio: diz-se dos fungos referidos como ferrugens, que requerem duas espécies de 
hospedeiros diferentes para completar seu ciclo de vida 
Hifa: (do grego: hyphe, teia) filamento tubular simples de um fungo. Podem ser 
asseptadas (sem paredes celulares), constituindo cenócitos, ou septadas (com paredes 
celulares). 
 24
Himênio: termo usado para indicar a camada de conformação muito variada que recobre 
determinadas áreas dos esporocarpos. A camada de ascos num ascoma ou de basídios 
num basidioma, mais algumas hifas estéreis associadas. 
Lamela: pequenas lâminas ou placas que se encontram na face inferior do píleo de 
basidiomicetos. 
Micélio: o conjunto de hifas de um fungo. 
Micobionte: organismo heterotrófico de um líquen. 
Mutualismo: dois ou mais organismos vivendo juntos, numa associação que é 
mutuamente vantajosa. 
Parasitismo: fenômeno no qual um organismo vive sobre ou dentro de outro organismo de 
espécie diferente e obtém destes seus nutrientes, a associação é benéfica para o parasita 
e prejudicial para o hospedeiro. 
Perídeo: invólucro de um aparelho esporífero. 
Peritécio: ascoma com formato de garrafa. 
Píleo: parte superior expandida de muitos cogumelos (basidiomicetos), comumente 
referida como chapéu. 
Quitina: polissacarídeo rígido, resistente, contendo nitrogênio, que forma as paredes 
celulares de certos fungos. 
Saprofitismo: fenômeno no qual o ser heterotrófico obtém seus nutrientes diretamente de 
matéria orgânica não-viva. 
Sorédio: unidade reprodutora dos liquens, que consiste em algumas células de algas 
verdes ou de cianobactérias envolvidas por hifas de fungos. 
Soros: um grupo ou um conjunto de esporângios ou esporos. 
Volva: membrana que envolve o corpo de frutificação de certos Basidiomicetos e que se 
rompe pelo desenvolvimento do píleo, ficando na base do estipe com forma semelhante a 
uma xícara. 
Zigosporângio: um esporângio contendo um ou mais zigósporos. 
Zigósporo: Esporo de resistência formado no interior de um zigosporângio em 
Zigomicetos. O zigósporo passa por meiose durante a germinação do zigosporângio. 
Zoósporo: esporo móvel. 
 25
ALGAS 
Texto complementar 
As algas habitam ambientes terrestres úmidos ou meios aquáticos, de água doce 
ou salgada. Esses organismos dispostos na superfície oceânica compõem o fitoplâncton, 
que libera através do processo fotossintético cerca de 70 a 90% do oxigênio contido na 
atmosfera. As algas constituem um grupo artificial de organismos fotossintetizantes 
que não estão incluídos do reino Plantae. Têm como características gerais serem uni- ou 
pluricelulares, fotossintetizantes e diferenciados das plantas terrestres por não possuírem 
embrião e tecidos especializados. No estudo das algas estão reunidos desde as 
cianobactérias, que são seres procariontes, até os protistas fotossintetizantes e alguns de 
seus parentes não fotossintetizantes, os seres eucariontes. Algas multicelulares, incluindo 
as algas verdes, são parte do reino Protista na maioria dos Sistemas de Classificação 
atuais. Alguns Sistemas de Classificação consideram as algas verdes como parte do reino 
Plantae, visto que o ancestral das plantas terrestres provém de um dos representantes 
extintos das algas verdes. Nesta apostila adotamos o Sistema apresentado em Raven et 
al. (2007), em que as algas verdes fazem parte do reino Protista. 
As cianobactérias, cianofíceas ou algas azuis são microorganismos com 
características celulares procariontes e fazem parte do grupo Eubactéria ou do domínio 
Bactéria (Raven et al. 2007), porém apresentam um sistema de membranas 
fotossintetizante semelhante ao das algas eucarióticas. Segundo a teoria da 
endossimbiose, deram origem aos cloroplastos de todos os seres eucariotos. Seus 
pigmentos fotossintetizantes são a 
clorofila a, carotenóides e ficobilinas, 
e armazenam carboidratos em forma 
de glicogênio. Acredita-se que 
tenham tido um papel preponderante 
na formação do oxigênio da 
atmosfera do Planeta Terra e como 
produtor primário dos corpos d’água. 
São aquáticas ou terrestres, 
estabelecem várias relações 
simbióticas importantes e ainda têm 
um importante papel na fixação do 
nitrogênio que é disponibilizado às 
 26
demais formas de vida. Apresentam formas unicelulares ou coloniais simples e 
ramificadas. Quando coloniais, as células são unidas entre si por uma matriz mucilaginosa 
e possuem vida independente. As colônias possuem células especializadas como os 
esporos de resistência chamados acinetos, além dos heterocistos responsáveis pela 
fixação do nitrogênio. Florações tóxicas são comuns. 
As algas do reino Protista tiveram origem no evento de simbiose entre um protista 
primitivo e uma cianobactéria. O metabolismo das Rhodophyta ainda apresenta 
semelhanças marcantes com o das cianobactérias e podem evidenciar tal relação. Após o 
primeiro evento de endossimbiose, postula-se que endossimbioses secundárias 
ocorreram como a fagocitose de uma alga verde por representantes de Euglenophyta e a 
fagocitose de uma alga vermelha pelos ancestrais dos protistas que atualmente 
apresentam clorofilas a e c (figura 1). 
 
Figura 1: Cladograma evidenciando eventos de endossimbiose primária e secundária que resultaram no 
surgimento de todos os eucariotos fotossintetizantes. Retirado de Palmer et al. 2004. 
 
Dentre as característicasconsideradas na classificação das algas do reino protista, 
destacam-se o tipo de pigmento fotossintetizante e o tipo de substância de reserva 
armazenada no interior das células. As principais características de algas do reino Protista 
são abordadas na Tabela 1. 
 
Tabela 1: Principais filos de algas do reino Protista e características marcantes relacionadas a cada um 
deles. Modificada de Raven et al. (2007) 
Filo 
Metabolismo e 
pigmentos 
fotossintéticos 
Reserva de 
carboidratos 
Componentes da 
parede celular 
Habitat Características gerais 
Dinophyta 
(Dinoflagelados) 
Heterotrófico; com 
clorofilas a e c e 
carotenóides; ou 
mixotróficos 
Amido 
Placas celulósicas 
em alvéolos abaixo 
da membrana 
plasmática. 
Maioria 
marinha, 
alguns em 
água doce ou 
em relações 
simbióticas 
Unicelulares; flagelos 
ausentes ou 2 em sulcos, 1 
longitudinal e 1 transversal; 
mixotróficos; formam cistos 
de resistência durante a 
reprodução sexuada; 
causadores da maré 
vermelha. 
Euglenophyta 
Maioria 
heterotrófica; com 
clorofilas a e b, 
carotenóides 
Paramido 
Estrias protéicas sob 
a membrana 
plasmática. 
Maioria de 
água doce, 
alguns 
marinhos 
Unicelulares; cloroplastos 
originados de simbiose com 
algas verdes; plastos com 
pirenóide; 2 flagelos apicais, 
1 reduzido; estigma 
fotorreceptor; só a 
reprodução assexuada é 
conhecida. 
 27
Cryptophyta 
Heterotrófico; com 
clorofilas a e c, 
carotenóides e 
ficobilinas; ou 
mixotróficos 
Amido 
Placas protéicas sob 
a membrana 
plasmática. 
Marinhas e de 
água doce 
Unicelulares; 2 flagelos 
desiguais pinados; 
produtores importantes 
resistentes à sazonalidade; 
tamanho diminuto. 
Haptophyta 
Clorofilas a e c, 
carotenóides 
(fucoxantina) 
Crisolaminarina 
Escamas de 
celulose, algumas 
com escamas de 
matéria orgânica 
calcificada (cocólitos) 
Maioria 
marinha, 
poucas de 
água doce 
Unicelulares; flagelos 
ausentes ou 2 iguais; 
haptonema (estrutura 
sensitiva para captura de 
alimento); causam florações 
tóxicas. 
Oomycota* 
(antigos 
componentes do 
Reino Fungi) 
Heterotrófico Glicogênio Celulose 
Marinhos, de 
água doce ou 
terrestres 
Unicelulares ou filamentosos 
ramificados; flagelos do tipo 
heteroconta* em zoósporos; 
meiose gamética; gametas 
imóveis; importantes 
patógenos de plantas. 
Bacillariophyta* 
Diatomáceas 
Heterotrófico; 
clorofilas a e c, 
carotenóides 
(fucoxantina); ou 
mixotróficos 
Crisolaminarina 
Frústula com 1 par 
de valvas de sílica. 
Marinhos ou de 
água doce 
Unicelulares ou coloniais; 
flagelos ausentes ou apenas 
1 pinado em gametas 
masculinos; reprodução 
assexuada gera diminuição 
do tamanho celular e obriga 
a realização de reprodução 
sexuada. 
Crysophyta* 
Algas douradas 
Heterotrófico; 
clorofilas a e c, 
carotenóides 
(fucoxantina); ou 
mixotróficos 
Crisolaminarina 
Ausentes ou 
escamas de sílica 
que podem conter 
celulose. 
Maioria de 
água doce, 
algumas 
marinhas 
Unicelulares ou coloniais; 
flagelos ausentes ou do tipo 
heteroconta*; reprodução 
assexuada predominante; 
causam florações em águas 
de abastecimento (marés 
marrons). 
Phaeophyta* 
Algas pardas 
Clorofilas a e c, 
carotenóides 
(fucoxantina) 
Laminarina 
Celulose em matriz 
mucilaginosa de 
alginatos, algumas 
com presença de 
plasmodesmos. 
Quase todas 
marinhas 
Multicelulares de filamentos 
ramificados, 
pseudoparênquima 
(agregação de filamentos) ou 
parênquima; as 
parenquimatosas são as 
maiores algas existentes e 
podem apresentar vesículas 
de ar, crescimento intercalar 
ou células de condução; 
flagelos do tipo heteroconta* 
em células reprodutoras; 
meiose espórica ou 
gamética. 
Rhodophyta 
Algas vermelhas 
Clorofila a, 
ficobilinas e 
carotenóides 
Amidos das 
florídeas 
(molécula 
semelhante ao 
glicogênio) 
Celulose em matriz 
mucilaginosa de ágar 
ou carragenano 
(galactanos), muitas 
possuem deposição 
de carbonato de 
Maioria 
marinha e 
bentônica, 
poucas de 
água doce 
Poucas unicelulares, maioria 
multicelular filamentosa ou 
pseudoparenquimatosa que 
podem formar lâminas; não 
possuem centríolos nem 
células flageladas; meiose 
 28
cálcio (algas 
coralináceas). 
espórica; zigoto forma um 
carpoesporófito que 
dissemina carpósporos 
diplóides dando origem a 
muitos esporófitos; as 
coralináceas são importantes 
na manutenção dos recifes 
de coral. 
Chlorophyta 
Algas verdes 
Clorofilas a e b, 
carotenóides; ou 
mixotróficos 
Amido 
Glicoproteínas; 
celulose ou 
polissacarídeos não-
celulósicos, algumas 
com presença de 
plasmodesmos. 
Maioria 
aquática, de 
água doce ou 
marinha; 
algumas 
terrestres, 
muitas em 
simbiose 
Unicelulares, coloniais; ou 
multicelulares filamentosas, 
sifonáceas ou 
parenquimatosas; flagelos 
ausentes ou 2 do tipo liso; os 
3 tipos de meiose estão 
presentes 
*Constituem o grupo natural Heteroconta, característico pela presença de um flagelo liso e um pinado em 
alguma fase do ciclo de vida do organismo. 
 
O Filo Chlorophyta apresenta três classes principais: 
As Chlorophyceae são em sua maioria de água doce. São unicelulares 
flageladas ou não, coloniais móveis ou não, filamentosas ou laminares. A meiose é 
zigótica. 
As Ulvophyceae são marinhas, poucas ocorrem em água doce. Podem ser 
multicelulares filamentosas, parenquimatosas ou sifonáceas, podem apresentar 
paredes calcificadas. São em sua maioria bentônicas, fixas por apressório. A 
meiose pode ser gamética ou espórica. 
As Charophyceae ocorrem predominantemente em água doce. Podem ser 
unicelulares, coloniais, multicelulares filamentosas e parenquimatosas. Sua meiose 
é zigótica. Apresenta algumas semelhanças importantes com as plantas terrestres 
como, a quebra do envelope nuclear, fusos persistentes, precursores cutícula e 
esporopolenina. As ordens Coleochaetales e Charales são consideradas as 
mais próximas das plantas terrestres, nas quais se observam meristema apical; talo 
dividido em nós e entrenós, presença de fragmoplasto, placa celular, zigoto preso 
ao talo parental. 
 
 
ROTEIRO DE AULA PRÁTICA: ALGAS 
 
1- Inicialmente você deverá montar lâminas de algas microscópicas frescas, obtidas em 
 29
amostras de água doce e não fixadas. Para montar a lâmina, utilize uma Pipeta de 
Pasteur para pipetar em uma amostra de água a sua escolha, de preferência onde tiver 
uma maior concentração de matéria orgânica. Coloque uma gota desse material pipetado 
na lâmina cobrindo com a lamínula e retirando o excesso de água com papel filtro (caso o 
material pareça meio “embaraçado” utilize os estiletes – pontas de agulha - de sua 
bancada para dissociá-lo). Lembre-se de colocar pouco material na lâmina para que a 
lamínula não fique muito alta e prejudique sua observação. Você poderá encontrar algas 
unicelulares, coloniais e filamentosas. 
Nessa aula você deve identificar de 2 a 5 algas microscópicas utilizando a chave 
dicotômica “Algas Continentais do Estado de São Paulo” que encontra-se ao final deste 
roteiro de aula prática. Caso você não encontre algum gênero de alga presente em sua 
amostra nessa chave consulte o livro “Bicudo, C.E.M.; Menezes, M. 2005. Gêneros de 
algas de águas continentais do Brasil: chave para identificação e descrições. RIMA, 
São Carlos”. Para cada alga você devefazer um desenho fiel ao que observou, descrever 
os passos da chave que utilizou para chegar até o gênero e o nome do gênero. Você 
pode precisar montar mais de uma lâmina ou encontrar todo o material de que precisa em 
uma mesma lâmina, vai depender da amostra de água escolhida. 
 
 
a) Passos da chave: 
Gênero: 
Desenho esquemático: 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Passos da chave: 
Gênero: 
Desenho esquemático: 
 
 
 30
 
 
 
 
 
 
c) Passos da chave: 
Gênero: 
Desenho esquemático: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) Passos da chave: 
Gênero: 
Desenho esquemático: 
 
 
 
 
 
 
e) Passos da chave: 
Gênero: 
Desenho esquemático: 
 
 
 
 
 31
 
 
 
 
2- Agora você irá observar algas marinhas multicelulares em exsicatas, fixadas em 
solução de Formol 4% ou frescas, caso você resida em uma cidade litorânea. 
a) Filo Phaeophyta (algas pardas). Sugere-se a observação de dois gêneros de algas 
pardas: Sargassum e Padina. Observando sua morfologia, você poderia dizer se essas 
algas são filamentosas parenquimatosas? 
 
 
 
 
a1) Em Sargassum, podem-se observar vesículas de ar, esquematize estas estruturas e 
diga qual é sua função. 
 
 
 
 
 
 
a2) Em Padina (lâmina em forma de cauda de pavão) pode-se observar apressório, estipe 
e lâmina. Faça um desenho esquemático dessa “alga” evidenciando essas estruturas. 
Diga qual é a função do apressório e indique com uma seta a região onde ocorre o 
crescimento intercalar. Não deixe de evidenciar no desenho as características que dão ao 
gênero o nome Padina. 
 
 
 
 
 
 
 
b) Filo Rhodophyta (algas vermelhas). Sugere-se a observação de três tipos de algas 
vermelhas: filamentosa, laminar e coralinácea. 
 32
b1) Esquematize a estrutura dessas algas e diga qual a composição da parede celular de 
cada um dos tipos esquematizados. 
 
 
 
 
 
 
b2) Porque você acha que as algas vermelhas coralináceas são importantes para a 
sustentação e manutenção dos recifes de coral? 
 
 
 
 
c) Filo Chlorophyta (algas verdes). Sugere-se a observação de membros das classes 
Ulvophyceae e Charophyceae. 
c1) Os gêneros de Ulvophyceae sugeridos para estudo são Codium, Acetabularia e 
Caulerpa, todos de estrutura sifonácea com células grandes e cenocíticas, e o gênero 
Ulva, de estrutura parenquimatosa. Faça desenhos esquemáticos dos gêneros 
observados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33
c2) Agora você deve montar lâminas histológicas dos talos de Codium e Ulva. Para tal, 
você deve realizar cortes transversais finos no talo de Codium com o auxílio de uma 
lâmina de barbear e rasgar uma pequena porção da lâmina de Ulva. Coloque os 
fragmentos obtidos de Codium e Ulva em lâminas diferentes e cubra-os com uma gota de 
água e com uma lamínula. Observe ao microscópio as lâminas de Codium (em 4x) e Ulva 
(40x). Desenhe os tecidos dessas algas que você observou ao microscópio e descreva 
suas principais características, lembre-se que Codium apresenta estrutura sifonácea e 
Ulva parenquimatosa, diferencie-as. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c3) Sugere-se a observação de um exemplar da classe Charophyceae, e do gênero 
Chara, as algas verdes mais próximas evolutivamente das plantas terrestres. O exemplar 
dessa alga multicelular de água doce pode estar fresco, fixado ou em uma exsicata. Faça 
um desenho esquemático dessa alga e aponte duas características morfológicas que se 
assemelham às das plantas terrestres. 
 
 
Chave Ilustrada – Algas ALGAS do Estado de São Paulo
Chave artificial para identificação de alguns gêneros
Eurico Cabral de Oliveira Filho
1-Pigmentos difusos no citoplasma.
2-Talo filamentoso ou tricomatoso.
3-Filamentos com heterocisto.
4-Heterocisto terminal
pro4-Heterocisto terminal.
5-Células vegetativas com diâmetro uniforme em todo o filamento, geralmente 
com um grande esporo entre o heterocisto e as células 
vegetativas...........................................................................Cylindrospermum
otist.i.hosei.ac.jp 
w
5-Células vegetativas com diâmetro diminuindo a partir da parte basal, fixa,
(onde se localiza o heterocisto) para a parte terminal, livre................Calothrix
w
w
w
.m
su.edu 
4 Heterocisto intercalar
w
w
w4-Heterocisto intercalar.
6-Filamentos ramificados (ramificação falsa ou verdadeira).
7-Ramificação falsa. Filamentos unisseriados.
8-Ramificação simples, geralmente junto a um heterocisto............Tolypothrix
w
.nervousaxon.comm
 
34
8-Ramificação aos pares..............................................................Scytonema
vis-pc.plantbbio.ohiou.edu
7-Ramificação verdadeira. Filamentos uni ou multisseriados.
9-Filamentos unisseriados; células cilíndricas...........................Hapalosiphon
cyclot.hp.infoseek.co.jp 
w
w
9-Filamentos parcialmente multisseriados; células globóides........Stigonema
w
w
.kew
eenaw
algaee.m
tu.edu
6-Filamentos não ramificados.
10-Tricomas dentro de uma massa gelatinosa firme, de forma definida,
geralmente esférica...........................................................................Nostoc
35
10-Tricomas imersos em massa gelatinosa não consistente, sem forma 
d fi id A b
w
w
w
.m
icrog
definida........................................................................................Anabaena raphia.com
 
3-Filamento sem heterocisto.
11-Filamento ou tricoma não ramificado.
12-Tricoma torcido em espiral.
13-Tricoma não septado Spirulina
w
w
w
.spirulina.sg 13 Tricoma não septado..................................................................Spirulina
13-Tricoma septado.....................................................................Arthrospira
w
w
w
.rbgsyd.nsw
.ggov.au 
12-Tricoma ou filamento retilíneo.
14-Tricoma sem bainha mucilaginosa; movimento oscilatório característico
na porção terminal. (observar material vivo)...........................Oscillatoria
m
em
bres.lycos.fr 
36
14-Filamentos com bainha mucilaginosa evidente, sem movimento
oscilatório.
15 Bainha mucilaginosa com apenas um tricoma Bainha amarelo
w
w
w
.rbg15-Bainha mucilaginosa com apenas um tricoma. Bainha amarelo
acastanhado ou incolor, muitas vezes prolongando-se além do
tricoma.....................................................................................Lingbya
gsyd.nsw
.gov.au 
15-Bainha mucilaginosa com mais de um tricoma.
16-Tricomas torcidos..........................................................Microcoleus
m
icrobes.arcc.nasa.gov
16-Tricomas não torcidos................................................................Sirocoleus
11-Filamento ramificado.
17-Filamento com um único tricoma...............................................Plectonema
w
w
w
.rbgsyd.nsw
17-Filamento com mais de um tricoma.
w
.gov.au 
w
18-Filamento com poucos tricomas (poucos filamentos associados em
uma mesma matriz gelatinosa) ; células geralmente mais largas que
longas; célula terminal com caliptra ou capitada.................Hydrocoleum
w
w
w
.scielo.br 
37
biology
18-Filamento com muitos tricomas; células geralmente mais longas que
largas.....................................................................................Schyzothrix
y.m
issouristate.eduu 
2-Talo não filamentoso.
19-Algas firmemente aderidas ao substrato; geralmente epífitas.
20-Células globosas; gregárias com 4 ou mais endósporos.............Dermocarpa
w
w
w
.ibvf.cartuja.cssic.es 
w
w
w
.glerl.noaa.go
20-Célulasclavadas ou cilíndricas; isoladas com exósporos......Chamaesiphon
ov 
38
19-Algas não aderidas ao substrato, litófitas ou planctônicas.
21-Células isoladas ou em grupos pequenos (2-8).
w
w
w
.biltek.21 Células isoladas ou em grupos pequenos (2 8).
22-Envoltório gelatinoso incolor, lamelado...................................Chroococcus *
.tubitak.gov.tr 
silicasecchidisk
22-Envoltório gelatinoso colorido, lamelado...................................Gloeocapsa *
k.conncoll.edu 
21-Plantas formando colônias com muitas células.
23-Células dispostas em colônias tabulares ou cúbicas.
24 Colônias cúbicas Eucapsis
w
w
w
.kew
eenaw
a24-Colônias cúbicas.......................................................................Eucapsis algae.m
tu.edu 
24-Colônias tabulares............................................................Merismopedia
w
w
w
.nostoc.pt 
* o critério de separação entre os gêneros Chroococcus e Gloeocapsa é discutível e varia 
conforme o autor considerado.
39
23 Cél l di t lô i d f l bóid i l
serc.c
23-Células dispostas em colônias de forma globóide ou irregular.
25-Células cilíndricas, como cápsulas de vitaminas, imersas na matriz
gelatinosa da colônia..........................................................Aphanothece
arleton.edu
w
w
w
.
25-Células esféricas.
26-Células densamente dispostas dentro do envoltório
gelatinoso...........................................................................Microsystis
.dep.state.fl.us 
p
26-Células bem espaçadas dentro da matriz de
gelatina..........................................................................Aphanocapsa
protist.i.hosei.ac.jp
gelatina..........................................................................Aphanocapsa
40
1-Pigmentos localizados em plastos bem definidos.
27-Plantas de água doce ou aéreas (terrestres ou epífitas)
w
w
w
-biol27 Plantas de água doce ou aéreas (terrestres ou epífitas).
28-Algas de coloração alaranjada, crescendo sobre barrancos, troncos, postes,
etc.; talo filamentoso ramificado.....................................................Trentepohlia
28 Algas com outra coloração; predominantemente aquáticas
.paisley.ac.uk
28-Algas com outra coloração; predominantemente aquáticas.
29-Talo filamentoso.
30-Filamentos não ramificados.
31-Filamentos formados por células mais largas que longas, com uma
reetrância ou constrição mediana; ligeiramente torcidos e com
bainha gelatinosa................................................................Desmidium
31-Filamentos com células mais longas que largas, e sem constrição31 Filamentos com células mais longas que largas, e sem constrição
mediana.
32-Cloroplastos mais ou menos estrelados, 2 por células.
33-Cloroplastos nitidamente estrelados, pequenos; filamentos
longos.............................................................................Zygnema
w
w
w
.rbgsyd.nsw
.gov.au 
w
w
w
33-Cloroplastos entrelaçados ou irregulares, grandes, ocupando a
maior parte da célula; filamentos curtos....................Zygogonium
w
.glerl.noaa.gov 
41
32-Cloroplastos não estrelados.
34-Cloroplasto, 1 ou mais, em forma de fita, com bordo irregular,
dispostos espiraladamente.
35 Cloroplastos geralmente numerosos; espirais com
w
w
w
.biologie
35-Cloroplastos geralmente numerosos; espirais com
várias voltas...............................................................Spirogyra
.uni-ham
burg.de 
35-Cloroplastos 1 ou 2; espiral aberta quase não chegando
a completar uma volta............................................Sirogoneum
34-Cloroplasto não disposto em espiral.
36-Cloroplasto reticulado; estrias transversais presentes na
w
w
wp ; p
porção distal de algumas células; célula basal bem
diferenciada..........................................................Oedogonium
.rbgsyd.nsw
.gov.auu 
w
w
w
.rbgsyd
36-Cloroplasto não reticulado; ausência de estrias transversais;
sem célula basal diferenciada.
37-Cloroplasto axial, 1 ou 2, em forma de lâmina, com
vários pirenóides...................................................Mougeotia
.nsw
.gov.au 
w
w
wp g w.biologie.uni-ham
bburg.de
42
pkukm
w
eb.u
37 Cl l t i t l l t d f d l km.m
y 
37-Cloroplasto parietal, geralmente curvado em forma de anel
incompleto, com 1 ou mais pirenóides......................Ulothrix
w
w
w
.kew
eenaw
30-Filamentos ramificados.
38-Células microscópicas.
39-Filamentos imersos em uma matriz gelatinosa, formando um walgae.m
tu.edu
39 Filamentos imersos em uma matriz gelatinosa, formando um
talo globoso..................................................................Chaetophora
w
w
w
.botany.haw
ai
39-Filamentos não imersos em gelatina.
40-Parte basal com ramos prostrados; cerdas
presentes..................................................................Coleochaete
ii.edu
w
w
w
2.una.edu 
43
40-Plantas eretas com uma célula basal; com pêlos
silicasecc40 Plantas eretas, com uma célula basal; com pêlos
hialinos......................................................................Bulbochaete
chidisk.conncoll.edu
38-Células macroscópicas.
u 
w
w
w
.k
41-Internos não corticados; coroa do oogônio com 10
células....................................................................................Nitella
kew
eenaw
algae.m
tuu.edu
w
w
w
.
41-Internos corticados; coroa do oogônio com 5 células.............Chara
scientificillustrator.ccom
 
44
rydberg.biolo29-Talo não filamentoso. ogy.colostate.edu 
42-Células isoladas, móveis por meio de flagelos.
43-Células com um único cloroplasto..............................Chlamydomonas
43-Células com vários cloroplastos.
44 Células mais ou menos fusiformes plásticas (mudando de44-Células mais ou menos fusiformes, plásticas (mudando de
forma ao se locomoverem)...................................................Euglena
44-Células mais ou menos achatadas, com forma fixa...............Phacus
w
w
w
.nostoc.p, pt 
42-Células isoladas ou coloniais, imóveis.
45-Indivíduos isolados.
46-Células com uma incisão mediana delimitando duas semicélulas.
47-Células discóides (às vezes alongadas) com incisões periféricas
l b di t di l t Mi t ique separam lobos dispostos radialmente................Micrasterias
45
47-Células com outra forma.
48-Pólos arredondados com constrição muito tênue e
sutura mediana.............................................................Penium
w
w
w
.nies.go
48-Pólos geralmente truncados, constrições mediana acentuadas.
49-Células bem alongadas (2 a 6 vezes o diâmetro), com
uma dilatação em ambas as semicélulas acima da
.jp
w
w
incisão mediana.
50-Células bem alongadas (mais de 6 vezes o diâmetro),
sem incisão apical......................................Pleurotaenium
w
w
.plingfactory.de
w
w
w
.des
50-Células não tão longas, com incisão apical.......Euastrum
m
ids.nl 
w
w
w
49-Células não tão longas e sem a mencionada dilatação.
51-Células lisas, sem processos espiniformes podendo,
entretanto, apresentar ornamentação em forma de
pequenas saliências........................................Cosmarium
w
.dr-ralf-w
agner.de 
46
51-Semicélulas ornamentadas, com processos espiniformes
em número limitado e relativamente longos.
52-Com um espinho simples em cada ângulo da
él l St d
w
célula......................................................Staurodesmus
52-Sem espinhos simples, com processos angulares
w
w
w
.kew
eenaw
algap p , p g
ou espinhos complexos em vários pontos da célula.
53-Células com um espessamento na porção
mediana em vista frontal ou ornamentada com
granulações ou espinhos........................Xanthidium
ae.m

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