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FACULDADE ASSIS GURGACZ AMAURI GHELLERE GARCIA MIRANDA BRUNO AMERICANO QUIOCCA FABIO FERNANDO DA SILVA JULIO CESAR PAIVA RELATÓRIO DE PRÁTICA EM LABORATÓRIO: PRÁTICA DILATOMETRO CASCAVEL-PARANÁ 2013 2 Faculdade Assis Gurgacz FACULDADE ASSIS GURGACZ AMAURI GHELLERE GARCIA MIRANDA BRUNO AMERICANO QUIOCCA FABIO FERNANDO DA SILVA JULIO CESAR PAIVA RELATÓRIO DE PRÁTICA EM LABORATÓRIO: PRÁTICA DILATOMETRO Trabalho apresentado como requisito parcial de conclusão da disciplina de Metrologia, do curso de Bacharelado em Engenhari Mecânica, da Faculdade Assis Gurgacz. Professor Orientador: Alexandre Victor Casella CASCAVEL-PARANÁ 2013 3 Faculdade Assis Gurgacz 1. OBJETIVOS DO EXPERIMENTO Determinar o coeficiente de dilatação térmica de um sólido. 2. OBJETIVOS ENVOLVENDO METROLOGIA Escrever corretamente o valor experimental de uma grandeza. Verificar o funcionamento prático do relógio comparador. Análise de propagação da incerteza. 3. RESUMO DA TEORIA Determinados materiais apresentam características na qual o fazem variar seu volume quando sujeitos a variação de temperatura [1]. Isto se da graças ao ganho ou perda de energia que acarreta no maior distanciamento de suas moléculas resultando em uma variação de volume. Tal fato é chamado por dilatação térmica ou expansão térmica. A relação da variação de temperatura do material com a variação de expansão linear é chamada de coeficiente de expansão térmica [1]. Tal valor é descrito por: Onde L é uma medida linear inicial do objeto e T está para temperatura, sendo que: e 4. INSTRUÇÕES PARA A TOMADA DE DADOS 4 Faculdade Assis Gurgacz A tomada de dados foi realizada pelo grupo, no qual também foi o responsável pela realização deste relatório. 5. CUIDADOS BÁSICOS DURANTE O MANUSEIO DOS INSTRUMENTOS - Pegar nos instrumentos com as mãos limpas. - Manusear cuidadosamente os recipientes de vidro. - Cuidado: a placa aquecedora e o Bico de Bunsen pode provocar queimaduras graves. - Avisar imediatamente o professor em caso de dúvidas ou problemas. 6. MATERIAL UTILIZADO Dilatômetro linear, termômetros, relógio comparador, chapa aquecedora e Bico de Bunsen. 7. FUNDO DE ESCALA E PRECISÃO DE CADA INSTRUMENTO Instrumento Menor leitura Maior leitura Incerteza Régua 1 mm 500 mm ±0,5 mm Relógio comparador 0,01 mm 1 mm 0,005 mm Termômetro 1 ºC 100 ºC ±0,5 ºC Tabela 1 - Instrumentos de medição. 8. TOMADA DE DADOS Faça a montagem abaixo indicada: 5 Faculdade Assis Gurgacz - Posicione o corpo de prova no dilatômetro (tubo de latão, cobre, etc), soltando o manípulo (parafuso) do alinhador do dilatômetro, coloque o corpo de prova com o tubo lateral de descarga do vapor do lado do relógio comparador. Neste momento, não deixe a ponta do corpo de prova tocar no relógio comparador. Fixe o corpo de prova, apertando o manípulo. - Monte as conexões entre o balão, o corpo de prova e o béquer, conforme a figura abaixo. - Introduza um termômetro no orifício da rolha e na mangueira de saída de vapor/água quente (cuidado para não introduzir o termômetro na parte metálica da conexão mangueira/tubo, poderá quebrar o termômetro). - Solte o manípulo e, com cuidado, avance o corpo de prova até que a ponta encoste na ponteira do relógio comparador, fazendo o ponteiro grande se deslocar dando uma pequena leitura inicial. Alinhe o corpo de prova corretamente e aperte o manípulo (parafuso) existente no topo do alinhador. Esta operação, por mais cuidado que se tome, deve acarretar um pequeno deslocamento do ponteiro no relógio comparador, garantindo que o extremo livre da haste está tocando no medidor. - Acerte o zero da escala maior do relógio comparador, girando o anel recartilhado até que o zero da escala fique alinhado com o ponteiro grande. - Fixe o balão volumétrico à pinça e posicione-o sobre a chapa aquecedora ou Bico de Bunsen. - Coloque água no balão volumétrico. - Aqueça a água utilizando a chapa aquecedora (ligue o botão na posição de máximo). Quando a água ferver, o vapor percorrerá o tubo metálico (corpo de prova), dilatando-o. - Espere até que a posição do ponteiro grande do relógio comparador se estabilize (momento em que a temperatura também estabilizou-se) para, então, fazer a primeira leitura dos mesmos. - O relógio comparador registrará a variação no comprimento do tubo em relação ao comprimento inicial. - Os termômetros T1 e T2 registrarão a temperatura na entrada e na saída de vapor do tubo, o que fornecerá a temperatura média do tubo. 6 Faculdade Assis Gurgacz -Anote nas tabelas dadas a seguir os resultados experimentais. - Para as outras leituras, deverá repetir todo procedimento cinco vezes. Desconecte a mangueira do tubo e retire-o. Resfrie o tubo em água fria (jarra plástica). Monte o conjunto novamente. Faça a nova leitura. 9. CORPO DE PROVA Material do tubo: Aço. Comprimento inicial do : L0 = (500 ± 0,5)mm. Temperatura inicial do tubo (antes de iniciar o aquecimento): T0 = (22 ± 0,5)ºC. Os seguintes dados foram coletados: Leitura L (mm) T1(ºC) T2 (ºC) 1 0,42 98 98 2 0,41 98 98 3 0,42 99 99 4 0,42 99 99 5 0,42 98 98 Tabela 2 - Dados coletados. 10. ANÁLISE DOS RESULTADOS Leitura L (mm) T1(ºC) T2 (ºC) Valor médio 42 98 98 Desvio padrão 0,004472 0,5477 0,5477 Valor experimental 0,42 98 98 7 Faculdade Assis Gurgacz - Calcule a temperatura final (após aquecimento) pela média entre T1 e T2 e propague o erro neste cálculo: Temperatura final foi 98 ± 0,5 ºC - Calcule a variação de temperatura e propague o erro neste cálculo: Variação de temperatura foi 97 ± 0,5 ºC - Calcule o coeficiente de expansão térmica linear α e propague o erro neste cálculo: Coeficiente de expansão é 1,1x10 -5 ± 0,018045 mm/ºC - Pesquise na literatura (bibliografia) o valor do coeficiente de dilatação linear, aceito para o material do corpo de prova utilizado nesta experiência, o qual será considerado como referência e calcule o erro percentual: Segundo matéria publicado pelo site The Engineering ToolBox [2], os materiais que possuem coeficiente de expansão térmica aproximado com o valor obtido neste ensaio são: Material Coeficiênte de dilatação térmica (mm x 10 -6 ) Cimento 10.0 Escândio 10.2 Térbio 10.3 Antimônio 10.4 Ferro fundido 10.4 Ardósia 10.4 Ítrio 10.6 Ferro fundido cinzento 10.8 Hólmio 11.2 Hastelloy c 11.3 Ferro forjado 11.3 Berílio 11.5 Arenito 11.6 Terne 11.6 8 Faculdade Assis Gurgacz Paládio 11.8 Tabela 3 - Materiais com similar coeficiente de dilatação térmica. [2] Se analisarmos o Hólmio ou o Ferro Fundido Cinzento, materiais com que o coeficiente de dilatação térmica mais se aproxima ao material analisado, verificou-se que a variação do resultado obtido em relação ao valor apresentado pela fonte é de 1,72%, para mais para o Ferro Fundido Cinzento e para menos para o Hólmio. 11. CONCLUSÕES Portanto, após ensaio realizado em laboratório, análise dos dados e pesquisa bibliográfica, verificou-se que o coeficiente de dilatação térmica linear constatado no experimento é coerente. O valor obtido no experimento foi de 1,1 x 10 -5 ± 0,018045 mm/ºC. Quando comparamosesta valor com o coeficiente de dilatação térmica do Ferro Fundido Cinzento, possível material de construção do corpo de prova, uma diferença de 1,72% é constatada. A incerteza do resultado obtido no experimento é alta. Tendo em vista que o valor da incerteza é proveniente diretamente do valor da incerteza dos instrumentos de medição e o termômetro e a régua possuem uma incerteza elevada quando comparada com a incerteza do relógio comparador concluirmos que: A incerteza do experimento poderia ser reduzida caso instrumentos com maior precisão fosse utilizados para mensurar o tamanho inicial do corpo de prova e as temperaturas. Sabemos que erros de medição podem ocorrer por três fatores. Estes erros pode ser erro do sistema, erro aleatório e erro grosseiro. Partindo do ponto em que os instrumentos de medição estão devidamente calibrados e aferidos podemos concluir que erros aleatórios e erros grosseiros sejam os únicos fatores duvidosos deste experimento. Erros duvidosos podem ter ocorrido quando incrementamos a possibilidade de uma possível folga nos pontos de fixação ter ocorrido. Erros grosseiros podem ter vindo a ocorrer por diversos fatores, porem, devido cuidado foi tomado e o máximo de atenção foi disposto no ensaio. O material responsável pela transferência de calor da chama ao corpo de prova foi a água, na forma líquida e vapor. Este material foi escolhido por ser de fácil obtenção, baixo custo e boa condutividade térmica. A temperatura deste material foi mensurada apenas em um ponto, 9 Faculdade Assis Gurgacz porem esta foi mantida por um determinado período a fim de que o corpo de prova possuísse a mesma temperatura em toda a sua extensão. Com isto a dilatação térmica sofrida pelo corpo fosse a mesma em qualquer ponto. Além de conhecimento teórico referentes metrologia, vivência prática se faz de suma importância. Isto se dá devido a metodologia de aprendizado onde experiências vividas, não apenas conhecidas, auxiliam para o pleno entendimento do material a ser aprendido. 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] J.L. Amorós, A. Blasco, J.V. Carceller e V. Sanz. Acordo Esmalte-Suporte (II) Expansão Térmica de Suportes e Esmaltes Cerâmicos. Instituto de Tecnología Cerámica, Universidad de Valencia, Asociación de Investgación de las Industrias Cerámicas. (A.I.C.E.), Castellón. Janeiro/Abril de 1997. [2] EngineeringToolBox, Coefficients Of Thermal Expansion. Disponível em [http://www.engineeringtoolbox.com/linear-expansion-coefficients-d_95.html], acessado em 25 de Setembro de 2013.
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