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CASO PRATICO PROCESSO CIVIL

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Caso prático para petição
Rafael Silva e Marcos Santos, capazes, residentes e domiciliados em Arcos-MG, constituíram a sociedade empresária Silva e Santos Turismo cujo objeto é o transporte intermunicipal de passageiros, especificamente estudantes universitários. 
Para realizar o objeto da sociedade empresária, adquiriram dois micro-ônibus através dos quais, conduzem estudantes de Arcos, Japaraíba, Lagoa da Prata e Moema ao Centro Universitário UNA de Bom Despacho. 
No dia 12 de abril deste ano, ao trafegar pela Rodovia BR 262, altura do km 478, no município de Bom Despacho, um dos micro-ônibus foi atingido por um pneu que estava mal acondicionado na carroceria de um caminhão que seguia logo à frente. Com o impacto, o micro-ônibus sofreu avarias de média e grande monta. Já os passageiros sofreram inúmeras escoriações, sendo necessário acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. O caminhão era conduzido pelo seu proprietário, o Sr. Manoel Cabral, domiciliado em Nova Serrana.
 Em virtude do acidente, o micro-ônibus ficou em manutenção por mais de 60 dias, o que levou a Silva e Santos Turismo alugar um veículo para dar continuidade aos seus serviços. Ao procurar o Sr. Manoel Cabral para obter uma solução amigável para o prejuízo sofrido, os sócios descobriram que o mesmo estaria se desfazendo de seus bens, tendo vendido inclusive um de seus caminhões e colocado à venda dois lotes de terreno urbano no centro de Nova Serrana. 
Dias depois, a empresa Silva e Santos Turismo foi citada para ação de reparação de danos materiais e morais ajuizada pelo estudante universitário Juliano Garcia, um dos passageiros envolvidos no incidente ocorrido no dia 12/04/2016. Juliano reside em Lagoa da Prata, e ajuizou a ação em sua comarca.
Inconformados pela postura de Manoel e receosos dos desdobramentos da ação proposta por Juliano, os sócios Rafael e Marcos procuram o seu escritório para que sejam tomadas as providências jurídicas cabíveis.
Desta forma, analise o caso, verifique a possibilidade de requerimento de tutela provisória e elabore a peça processual de acordo com as regras previstas no CPC. 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA __.ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE 
LAGOA DA PRATA ESTADO DE MINAS GERAIS.
Processo nº 0066111.76.2015.8.13.0074
SILVIA E SANTOS TURISMO., pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob nº 02.508.004/0002-91., com sede na Av. Imaginaria n ° 1001, no Bairro da Imaginação, na cidade de Arcos, CEP 35600000,, representado por seu sócio diretor MARCOS SANTOS vem, por seu advogado, WILIAN AMANDO DOS SANTOS, ao final assinado (procuração em anexo), com endereço onde recebe citações e intimações, com base no artigo 297 e seguintes do CPC, à presença de Vossa Excelência, nos autos nº 0066111.76.2015.8.13.0074. De ação de danos morais, que lhe move JULIANO GARCIA, já qualificada nos aludidos autos, oferecer:
Contestação
No incidente de indenização por danos morais, pelos fatos e fundamentos que passa expor.
I – DOS FATOS 
Alega o Autor que no aos 12 dias do mês de abril deste ano, ao trafegar pela Rodovia BR 262, altura do km 478, no município de Bom Despacho, um dos micro-ônibus da empresa SILVA E SANTOS TURISMOS que são destinados ao transportes de estudantes ate o Centro Universitário UMA foi atingido por um pneu que estava mal acondicionado na carroceria de um caminhão que seguia logo à frente. Com o impacto, o micro-ônibus sofreu avarias de média e grande monta. Já os passageiros, inclusive um dele é a parte autora, sofreram inúmeras escoriações, sendo necessário acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. O caminhão era conduzido pelo seu proprietário, o Sr. Manoel Cabral, domiciliado em Nova Serrana.
Com fundamento nos artigos : “Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. E Art. 927. “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.” Parágrafo único. “Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.” do Código Civil .
Pleiteia danos materiais e danos morais pelo fato ocorrido.
II – DAS PRELIMINARES 
II-A) DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE 
Segundo preconiza o inciso III, do art. 70 do CPC, a denunciação à lide é obrigatória quando “àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda”. 
A par disso, doutrina e jurisprudência dos Tribunais pátrios contemporizaram a disposição legal, pacificando entendimentos, em diversas hipóteses, a possibilidade de denunciação da lide voluntária, por parte daqueles que também poderão ser responsabilizados, mormente nos casos de ações indenizatórias.
 Dolo, é certo, não há que se falar nesse caso, de quem quer que seja. Mas culpa sim, ou seja, o motorista do caminhão agiu com negligência em não conferir o pneu que estava mal acondicionado e concorreu para o evento danoso que culminou com o fatídico e trágico acidente de transito, vitimando a parte autora e causando danos de media e grande monta no Micro-Ônibus da empresa SILVA E SANTOS TURISMO. 
Nesse diapasão, imperativa a denunciação da lide da pessoa que, de alguma forma, concorre para com o evento danoso, porquanto também devera ser responsabilizada e suportar a indenização pretendida pelos autor. Se isso não ocorrer, a Ré não terá como usar o direito de regresso dessa pessoa, mesmo porque a culpabilidade deve, também, ficar comprovada nesse processo. 
“A denunciação da lide torna-se obrigatória na hipótese de perda de do direito de regresso prevista nos incisos I e II do art. 70/CPC, não se fazendo presente essa obrigatoriedade no caso do inciso III do mesmo dispositivo, onde tal direito permanece íntegro” (STJ-2ª T. Resp. 151.671, rel. Min. Peçanha Martins, j. 16.3.00, não conheceram, v.u. DJU 2.5.00, p. 130).
Cumpre destacar que a responsabilidade do denunciado não depende de dilação probatória, porquanto já está comprovado nos autos sua respectiva participação no evento, mesmo porque o denunciado trata-se do motorista do caminhão. 
Isto posta requer a Ré a denunciação da lide: 
DO MOTORISTA DO CAMINHÃO:
Manoel Cabral Esperto, brasileiro, divorciado, portador da Cédula de Identidade RG nº 10101101, inscrito no CPF sob nº 101.101.101-10, com residência na Rua das Esperteza, n°101, Bairro João Espertinho, na Cidade de Nova Serrana, Estado de Minas Gerais. 
II)B) REQUERIMENTO DE TUTELA CAUTELAR DE ARRESTO
DOS FATOS
Trata-se de ação ordinária indenizatória, movida pela autor Juliano Garcia contra este requerente, visando ao pagamento a título de perdas e danos causados por um acidente de transito conforme já descritos na inicial.
Ocorre que, neste lapso temporal entre o acidente e a notificação do processo foi realizado contato com o senhor Manoel Cabral Esperto, que segue no pedido de denunciação a lide, haja vista que Manoel foi o responsável pelo acidente, durante o contato com Manoel foi descoberto por este requerente que Manoel Cabral, estaria se desfazendo de seus bens, tendo vendido inclusive um de seus caminhões e colocado à venda dois lotes de terreno urbano no centro de Nova Serrana. Saliento ainda que em decorrência do acidente o micro-ônibus da empresa SILVA E SANTOS TURISMO ficou em manutenção por mais de 60 dias, o que levou a empresa a alugar um veículo para dar continuidade aos seus serviços emergindo com isso grande prejuízo. Ao pedir certidão junto aos Cartórios de Registro de Imóveis desta na cidadede Nova Serrana, encontrou-se em nome do Promovido dois imóveis em seu nome, quais sejam os de matrículas nº 334455 e nº 554433, ora carreadas. . 
Neste diapasão, ficou cabalmente demonstrado que o Réu pratica, ilegalmente, atos de dilapidação de todo patrimônio, procurando, destarte, lesar seus credores. 
 
II- DO DIREITO
A- DO FUMMUS BONI IURIS
Para a concessão do arresto é essencial a demonstração da verossimilhança do direito invocado, o que se consubstancia na sentença condenatória julgada procedente a favor da requerente, tornando à credora do quantum determinado.
CPC 2015:
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito. 
Urge demonstrarmos que, na hipótese, a parte Ré trouxe prova essencial à caracterizar o fumus boni iuris, qual seja, o dano sofrido pelo acidente, icluisive despesas com aluguel de outro veiculo. 
De outro compasso, no que tange ao requisito do periculum in mora, o Autor mostrou, por intermédio de prova documental, que o Ré intenta dilapidar todo seu patrimônio. 
Com efeito, o Promovido tem domicílio certo – o que constata-se pelas certidões de registros imobiliários imersas com esta peça vestibular -- e, mais, encontra-se praticando atos que, certamente, frustrarão os atos executórios futuros e lesará seus credores.
Nesse sentido, necessário se faz demonstrar o entendimento do ilustre professor Antônio Cláudio da Costa Machado que preconiza, in verbis: 
“Em seguida, encontramos previsão de transferência ou tentativa de transferência patrimonial a terceiros, que se revela pela celebração de contratos de compra e venda, compromisso, promessa de cessão, doação, dação em pagamento, etc. ou pela prática de atos preparatórios para a realização de qualquer desses negócios jurídicos. “ (MACHADO, Antônio Cláudio da Costa. Código de Processo Civil interpretado e anotado. 4ª Ed. São Paulo: Manole, 2012. P. 1495)
Portanto, os pressupostos para alcançar-se uma providência de natureza cautelar são, basicamente, dois: 
I - Um dano potencial, um risco que corre o processo principal de não ser útil ao interesse demonstrado pela parte, em razão do periculum in mora, risco esse que deve ser objetivamente apurável; 
II - A plausibilidade do direito substancial invocado por quem pretenda segurança, ou seja, o fumus boni iuris. 
Sobre o fumus boni iuris, esclarece-se que, segundo a melhor doutrina, para a ação cautelar, não é preciso demonstrar-se cabalmente a existência do direito material em risco, mesmo porque esse, freqüentemente, é litigioso e só terá sua comprovação e declaração no processo principal. Para merecer a tutela cautelar, o direito em risco há de revelar-se apenas como o interesse que justifica o "direito de ação", ou seja, o direito ao processo de mérito.
Nesse sentido, Nelson Nery Júnior e Rosa Maria Andrade Nery anotam que: 
"Para que a parte possa obter a tutela cautelar, no entanto, é preciso que comprove a existência da plausibilidade do direito por ela afirmado (fumus boni iuris) e a irreparabilidade ou difícil reparação desse direito (periculum in mora), caso se tenha de aguardar o trâmite normal do processo. Assim, a cautela visa assegurar a eficácia do processo de conhecimento ou do processo de execução (Nery, Recursos, 210).” (In, Código de Processo Civil Comentado e legislação processual civil extravagante em vigor. 5ª ed. São Paulo: RT, 2001. p. 1.228). 
No caso ora em análise, claramente restaram comprovados, objetivamente, os requisitos do" fumus boni iuris "e do" periculum in mora ", a justificar o deferimento da medida ora pretendida, sobretudo quanto ao segundo requisito a demora na prestação jurisdicional ocasionará gravame potencial à parte Ré, quando existe farta documentação provando que o Réu encontra-se dissipando os bens.
Diante disto, o Autor requer, sem a oitiva prévia da parte adversa, medida cautelar de arresto de bens, onde pleiteia-se:
a) instar a expedição de ofícios aos cartórios de registro de imóveis mencionados nesta exordial, determinando a inalienabilidade de imóveis em nome do Réu;
DOS PEDIDOS
POSTO ISTO, Como últimos requerimentos desta contestação, a então parte Ré requer que Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:
a) Realizar a denunciação a lide do real responsável pelo acidente, conforme descrito.
b) Conceder, inicialmente, a medida cautelar ora requestada, sem a oitiva prévia da parte contrária; 
c) julgar procedentes os pedidos formulados nesta contestação, nos termos do quanto pleiteado, acolhendo, por definitivo, a medida cautelar requerida;
Termos em que, 
Pede e espera deferimento.
Lagoa da Prata, 25 de julho de 2018.
WILIAN AMANDO DOS SANTOS
OAB DF 30.162

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