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Universidade Estadual de Maringá Centro de Ciências Exatas Departamento de Física Laboratório de Física Moderna INTERFERÔMETRO DE MICHELSON Acadêmicos: Guilherme Santana da Silva RA: 80825 Hugo Nasser Machado RA:99749 Gabriel Henrique Braga RA:99456 Professor: Prof. Dr. Anderson Reginaldo Sampaio Maringá, 25 de abril de 2018 Sumário Introdução 2 1 3 1.1 Desenvolvimento Teórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1.2 Materiais utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1.3 Métodos de Investigação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.4 Resultados e Discussões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.5 Análise dos Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Conclusões 8 Referências Bibliográficas 9 1 Introdução Nesse trabalho buscou-se verificar de forma experimental, pelo método de interfero- metria, o comprimento de onda de um laser e a partir disso medir o índice de refração do ar. 2 Capítulo 1 1.1 Desenvolvimento Teórico Um feixe de luz pode ser interpretado como uma onda eletromagnética. Quando dois feixes se encontram, pelo princípio da superposição, as ondas se combinam, de forma que, a resultante pode apresentar mínimos e máximos, devido a diferença de fase dos feixes [1]. Isso ocorre quando os caminhos percorridos pelos feixes são diferentes, se for um múltiplo inteiro de λ, que é o comprimento de onda, tem-se um máximo, caso contrário, a intensidade do feixe resultante diminui até que, pelo princípio da superposição, seja nula. Nesse caso tem-se um ponto de mínimo. Para medir o índice de refração do ar foi levado em consideração que a velocidade da luz em um meio depende do seu índice de refração, em outras palavras, a velocidade da luz em um copo d’água é diferente da velocidade da luz em copo de óleo. Essa diferença de velocidade, como será descrito, implicará na mudança de fase de um feixe em relação a outro, dando origem a um padrão de interferência. A pressão está relacionada com o índice de refração também de forma linear, pois, considerando um recipiente preenchido com ar, por exemplo, conforme o fluido é retirado o índice de refração diminui e também a pressão. 1.2 Materiais utilizados • Base do interferômetro com micrômetro embutido e pés niveladores • Espelho móvel • Divisor de feixes • Espelho fixo com três pontos de ajuste • Bomba de vácuo • Lente convexa com 18mm de distância focal • Suporte de Lente • Laser com feixe vermelho e comprimento de onda conhecido (632, 8nm) • Laser com feixe vermelho e comprimento de onda desconhecido • Trilho de Alinhamento • Tela de visualização 3 1.3 Métodos de Investigação O experimento foi feito a partir do interferômetro de Michelson e Morley que consiste em um espelho semi-refletor dividir um feixe de luz em outros dois, de forma que os feixes resultantes sejam refletidos por outros dois espelho posicionados perpendicularmente entre si e equidistantes em relação ao primeiro espelho. Esses feixes resultantes podem ser vistos por um anteparo. Após os devidos cuidados o padrão de interferência pode ser observado. Inicialmente o micrômetro foi calibrado através do número de franjas de interferência deslocadas após atingir a décima divisão em sua graduação, conhecendo o comprimento de onda do lazer. Conforme a "haste"do micrômetro é girada um dos espelhos é deslo- cado, ocasionando uma leve diferença no caminho óptico, fazendo com que as franjas se desloquem. Com o micrômetro calibrado,a partir do mesmo método descrito, foi descoberto o comprimento de onda de outro lazer. Note que, no primeiro caso era sabido o comprimento de onda e o número de franjas descoladas, para que com isso o micrômetro fosse calibrado. Já, no segundo caso, com o micrômetro calibrado e o número de franjas deslocadas foi possível descobrir o comprimento de onda da luz do laser. Tendo em mãos o comprimento de onda do laser, uma câmara de vácuo foi colocada entre um dos espelhos e o espelho divisor para que fosse contado o número de franjas que se deslocam conforme se retira o ar da câmara (a pressão também diminui). Quando o ar é retirado da câmara a velocidade da luz se aproxima de c, de outro modo, pode-se pensar que quanto menor a pressão dentro da câmara mais rápido a luz se propaga e consequentemente menor é o índice de refração. Quando a câmara estiver em totalmente em vácuo o índice de refração é 1 e a velocidade da luz é c. 1.4 Resultados e Discussões Para a realização do experimento, primeiro foi necessário a calibração do micrômetro que faz o deslocamento do espelho móvel. Para isso, foram realizados 5 medições com um lazer com comprimento de onda λ = 632, 8× 10−9m e com uma média de 29, 3 franjas a cada divisão do micrômetro. Os dados estão na Tabela a baixo. Com os dados obtidos, utilizamos a seguinte equação d = ∆mλ2 . (1.1) em que ∆m é a média do número de franjas obtidas nas 5 medições. Com isso, temos que d = 9, 27052× 10−6m para 10 divisões. Tabela 1.1: Dados para a calibragem do micrômetro Medições Divisões do botão do micrômetro Número de franjas 1 10 28,5 2 10 30 3 10 29 4 10 28 5 10 31 4 Com a calibração do micrômetro realizada, podemos agora calcular o λ de um laser qualquer. Foram feitas 5 medições novamente, mantendo a distância percorrida pelo espelho móvel constante, depois de feita a calibração do micrômetro, e realizamos uma média do total de franjas obtidas nessa parte do experimento, tendo como valor ∆m = 28, 7. Também utilizamos a equação (1.1) para calcularmos o λ do laser. Realizando os cálculos, constatamos que λ = 642, 03×10−9m. Nas especificações do laser, o comprimento de onda dele é em torno de 650× 10−9m até 670× 10−9m. Tabela 1.2: Dados para se determinar o λ do laser Medições Distância percorrida pelo espelho móvel (m) Numero de franjas 1 9, 27052× 10−6 28 2 9, 27052× 10−6 29,5 3 9, 27052× 10−6 28 4 9, 27052× 10−6 28 5 9, 27052× 10−6 30 Tabela 1.3: Dados para a confecção do gráfico de n×∆P ηi ∆P 1, 000002455 10 1, 000004906 20 1, 000007766 30 1, 000011034 40 1, 000014287 50 O índice de refração do ar foi calculado a partir da confecção de um gráfico de η×∆P [2]. Os dados são apresentados na Tabela 3. Sabemos que mi = 2d λi , (1.2) em que λi é o comprimento de luz dentro da câmara na pressão inicial. Quando é atingindo uma pressão final, temos que mf = 2d λf . (1.3) A diferença entre (1.2) e (1.3) é exatamente a quantidade de franjas que foram contadas quando se fez vácuo dentro da câmara, logo ∆m = 2d λi − 2d λf . (1.4) 5 Além disso, λi = ληi e λf = λ ηf , onde ηi e ηf são os valores iniciais e finais do índice de refração do ar dentro da câmara. Disso tiramos que ηi − ηf Pi − Pf = ∆mλ 2d Pi − Pf . (1.5) Realizando algumas operações algébricas, chegamos na seguinte equação ηf = ηi + ∆mλ 2d∆P Patm− P0. (1.6) Com o gráfico a seguir, podemos determinar o coeficiente angular (α) da reta linearizada. 2 0 4 0 1 , 0 0 0 0 0 2 1 , 0 0 0 0 0 4 1 , 0 0 0 0 0 6 1 , 0 0 0 0 0 8 1 , 0 0 0 0 1 0 1 , 0 0 0 0 1 2 1 , 0 0 0 0 1 4 1 , 0 0 0 0 1 6 D a d o s L i n e a r i z a ç ã o d a r e t a n D e l t a P ( c m H g ) E q u a t i o n y = a + b * x W e i g h t N o W e i g h t i n g R e s i d u a l S u m o f S q u a r e s 2 , 8 1 4 5 0 7 9 9 9 8 5 3 8 E -1 3 P e a r s o n ' s r 0 , 9 9 8 4 1 8 0 4 0 8 5 1 6 5 A d j . R - S q u a r e 0 , 9 9 5 7 6 2 5 7 2 4 0 0 1 7 V a l u e S t a n d a r d E r r o r n I n t e r c e p t 0 , 9 9 9 9 9 9 1 9 2 3 , 2 1 2 4 5 4 3 0 5 6 8 7 6 E -7 S l o p e 2 , 9 7 1 1 9 9 9 9 9 9 9 0 4 E -7 9 , 6 8 5 9 1 4 1 7 1 0 2 4 8 E -9 Figura 1.1: Gráfico de η ×∆P Tal coeficiente nos fornece α = ∆mλ2d∆P . (1.7) Com o valor do coeficiente angular do gráfico obtido, podemos calcular o valor do índice de refração do ar a partir da equação (1.6). Substituindo os valores na equação (1.6), temos que o índice de refração do ar é ηar = 1, 000022581. 6 1.5 Análise dos Resultados Comparando o resultado experimental 646, 03 × 10−9m com o valor do comprimento de onda do laser fornecido pelo fabricante, que varia entre 650 × 10−9m e 670 × 10−9m podemos então calcular o erro experimental do experimento realizado. O erro pode ser calculado conforme a seguinte equação erro = |V alorTeórico− V alorobtidoexperimentalmente| V alorTeórico 100 (1.8) Substituindo os valores na equação (1.8), teremos um erro de 0, 6108%. Esse desvio padrão é em relação ao valor mínimo que o comprimento do lazer apresenta. Já em relação ao maior valor o desvio percentual é de 3,582%. Para o índice de refração, considerando que o valor teórico é de 1, 000293 [3], temos um erro percentual de 0, 02703%. 7 Conclusões Conclui-se que o método de interferometria usado na determinação do comprimento de onda do laser é bastante eficiente mesmo que a forma de observação usada, muito suscetível a falhas, como não perceber algum deslocamento de franjas, contar deslocamnetos a mais e possíveis interferências externas como vibrações, que modificam o resultado. Em relação a segunda parte do experimneto pode-se atribuir os erros ao fato da câmara não se fixar à plataforma e a resíduos presentes na câmara. 8 Referências Bibliográficas [1] P. A. Tipler, Física para Cientistas e Engenheiros Volume 1. gen LTC, 2014. [2] P. Scientific, Instruction Manual and Experiment Guide for the PASCO scientific Model OS-8501, 1991. [3] H. M. Nussenzveig, Curso de Física Básica 4. Editora Blucher, 2010. 9 Introdução Desenvolvimento Teórico Materiais utilizados Métodos de Investigação Resultados e Discussões Análise dos Resultados Conclusões Referências Bibliográficas
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