Buscar

PETIÇÃO INICIAL CASO CONCRETO 7

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE 
ARAÇATUBA/SP 
 
 
 
 
 
MARIA, viúva do Sr. Marcos, brasileira, residente e domiciliada na Rua Bérgamo, nº 123, 
apt. 205, na cidade de Araçatuba – SP, inscrita no registro geral sob o 
correspondente número:______ e no cadastro nacional de pessoas físicas sob 
o Nº___________, vem perante Vossa Excelência propor : 
 
AÇÃO DE REPARAÇÃO POR PERDAS E DANOS COM PEDIDO DE PENSÃO 
 
Pelo rito comum em face de Roberto ( Qualificação Completa), comerciante e proprietário de uma 
padaria , residente e domiciliado em Recife/PE , com base nos fatos e fundamentos que passa a 
expor: 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 
A autora é hipossuficiente não tendo como arcar com as custas processuais, com base na lei nº 
1.060 de 1950 no artigo 98 do Código de Processo Civil. 
 
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 
A autora tem interesse na realização da Audiência de conciliação que será designada. 
 
DOS FATOS 
O presente caso tem como tem como início o fato de que o Sr. Marcos, 
esposo da Senhora Maria, ora Autora, enquanto caminhava por uma Rua na 
cidade de Recife – PE, fora a tingido por um aparelho de ar -condicionado que 
era manejado pelo S r. Roberto, ora Réu, que é comerciante e proprietário de uma 
padaria localizada no local aludido. 
 
O Sr. Marcos, ainda vivo, mas gravemente ferido, fora encaminhado a um 
hospital particular. Contudo, em virtude da gravidade dos ferimentos, o mesmo veio a 
falecer após e star internado por um dia. A senhora Maria, esposa de Marcos, 
profundamente abalada pela perda repentina e trágica do seu esposo, tivera 
que se deslocar até a cidade de Recife – PE para poder efetivar o translado 
do corpo de volt a para casa, na cidade de Araçatuba – SP, onde ocorrera 
o sepultamento. 
 
O falecido não deixou filhos, sendo que o mesmo já possuía 50 anos de 
idade , era o único responsável pelo seu sustento e de sua esposa, com 
uma renda nunca superior a um salário mínimo, obtida através de muita valentia com 
serviços de pedreiro. 
 
Todo o desenrolar do caso resultou em gastos hospitalares que somaram o 
total de R$ 3.000,00, junto com os gastos com transporte do corpo e 
funeral cujo valor consolidou -se em mais R$ 3.000,00. 
 
Cumpre relatar que no desfecho do inquérito policial que fora instaurado por ocasião do 
fato, o laudo da perícia técnica apontou como causa da morte o traumatismo 
craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado. 
 O Senhor Paulo fora indiciado, sendo posteriormente denunciado e condenado em 
primeira instância como autor de homicídio culposo. É a suma dos fatos, 
passa -se agora à exposição d os fundamentos do direito material. 
 
 
DOS FUNDAMENTOS 
Excelência, no caso exposto, há uma inequívoca responsabilidade do Sr. 
Paulo sobre o ocorrido, quando deixou de manejar com prudência seu aparelho de 
ar-condicionado. Sendo um objeto sabidamente pesado, que a depender da altura 
em que caia, pode d e todo certo machucar gravemente a quem atingir. 
 
E este fora o evento trágico que ocorrera. Por exclusiva culpa do Réu, o 
referido objeto veio a despencar de uma altura considerável, atingindo em cheio 
o Sr. Marcos, que por um triste e infeliz acaso do destino vinha passando 
naquele exato momento. 
 
Aqui se demonstra o ato ilícito em que incorreu o réu , nos termos do 
artigo 186 do código civil brasileiro , valendo ainda ressaltar o teor d as 
disposições nos artigos 927 e 938 do mesmo regramento, vejamos: 
 
 
O fato é extremamente triste e toma contornos ainda mais lamentáveis 
quando a vítima, um senhor já de 50 anos, era o único provedor financeiro de 
sua companheira, a Sra. Maria. 
O parco dinheiro que conseguia, que jamais ultrapassava o valor de um 
salário mínimo, fruto de muito esforço de trabalhos como pedreiro, não 
trouxe qualquer luxo ou conforto na vida do casal. 
E naquele momento, depois de ter perdido tão repentinamente o seu marido, 
a Senhora Maria vira-se devedora de u m valor de R$. 6.000,00, já se incluindo os gastos com 
funeral e translado do corpo. 
 
Cabe lembrar que o episódio do caso em tela fora objeto de ação penal, 
quando se deu por sentença o reconhecimento da responsabilidade culposa 
do Réu no ocorrido, isto é, este fora condenado como autor de homicídio 
culposo . 
 
A vista disso, de modo feliz, o código civil traz os reflexos que a condenação 
penal tem em uma eventual indenização em ação civil reparatória. A 
disposição é expressa no artigo 948 do código civil brasileiro, ao nitidamente aduzir sobre o que 
consiste indenização. 
 
Deste modo, ínclito Julgador, nota-se que o caso é passível de indenização 
afim de que mitigue as despesas que a Senhora Maria sofrera, e que a 
mesma não é capaz de saldar. 
 
Não tão somente são de vidos os valores do s gastos referentes ao funeral 
e translado do corpo, de ordem de seis mil reais, mas também se resta 
cabido uma reparação contínua, do luto e das graves dificuldades que a 
Autora certamente virá a sofrer ao continuar , a gora sozinha, sua vida. 
 
Dito isto, requer-se, por ocasião de todos os danos sofridos e vindouros, 
a concessão d e pensão de caráter alimentício a viúva por período 
proporcional a duração de vida que a vítima teria, qual seja 74 anos de idade como média de 
vida no Brasil, segundo dados do IBGE , em prestação de valor equivalente ao 
salário mínimo ou, como vossa Excelência julgar, mostre-se adequado a senhora 
Maria para manter-se em uma vida digna. 
 
 
 
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: 
1) A concessão da gratuidade de Justiça; 
2) A citação do Réu para comparecer á audiência que será designada; 
3)A procedência do pedido de condenação do Réu ao pagamento da indenização; 
3) I. Pelos danos materiais, no valor de R$6.000,00; 
3)II. Pelos danos morais ocasionados á Autora no valor de R$...; 
4) A procedência do pedido de condenação do Réu ao pagamento de pensão á Autora de forma 
vitalícia, equivalente á 1(um) salário mínimo urgente a época do pagamento, no valor de R$ 
11.448,00; 
5) A procedência do pedido de condenação do Réu ao pagamento dos ônus sucumbenciais. 
 
DAS PROVAS 
Requer a produção de prova: Documental, Documental superveniente e o depoimento pessoal do 
Réu. 
 
DO VALOR DA CAUSA 
Dá à causa o valor de R$ 17.448,00 mais os danos morais. 
 
Pede Deferimento 
Local e Data 
Ass. Advogado 
nº OAB/UF

Continue navegando