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Civil IV - estudo dirigido - Matéria da AV1

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1- Dalva, viúva, capaz e sem filhos, decide vender para sua amiga Lorena um apartamento de 350 m2 que tinha com o marido em área urbana, o qual não visitava havia cerca de sete anos. Após a celebração do negócio, Lorena, a nova proprietária, é surpreendida com a presença de Roberto, um estranho, morando no imóvel. Este, por sua vez, explica para Lorena que “já se considera proprietário da casa” pela usucapião, pois, “conforme estudou”, apesar de morar ali apenas há 6 meses, “seus falecidos pais já moravam no local há mais de 5 anos”, o que seria suficiente, desde que a antiga proprietária “havia abandonado o imóvel”. Lorena, por sua vez, foi aconselhada por um vizinho a ajuizar uma ação pleiteando a sua imissão na posse para retirar Roberto da sua casa. Diante do exposto, responda aos itens a seguir.
A) Roberto tem razão ao alegar que já usucapiu o imóvel?
Roberto não tem razão por causa da insuficiência do prazo, devido ao tamanho do imóvel e/ou pela necessidade de moradia do autor durante todo o período, conforme o artigo 183, CRFB e artigo 1240 do Código Civil. O prazo de 5 anos só seria suficiente se a área usucapida tivesse no máximo 250 m² e se ele tivesse morado durante o período vigente no local. 
B) Está correta a sugestão feita pelo vizinho de Lorena? Por quê? Qual a ação judicial mais recomendável na hipótese?
Não, pois, considerando-se que Roberto não tem qualquer vínculo jurídico com Dalva, a imissão na posse é incabível. A medida recomendável é a ação pelo procedimento comum, artigo 318, CPC/15, com pedido reivindicatório, art. 1228, CC. 
2- Mauro ajuizou ação reivindicatória em face de Joabe, alegando ser proprietário de terreno com 1000m2, situado na cidade de São Paulo/SP. Citado, Joabe manifesta discordância com a pretensão autoral, alegando, em sua contestação, que, dos 1000 m², teria adquirido 600 m², por meio de escritura pública, e 400 m² lhe foram transferidos por Fernando, que possuía a referida porção do imóvel, sem qualquer questionamento, por aproximadamente 18 anos. Ocorre que Vânia, vizinha das partes litigantes, constatou que, na ação reivindicatória em que litigam Mauro e Joabe, especificamente a porção de 600 m² que ambos alegam ser proprietários, 200 m² são de sua propriedade. Com base na hipótese apresentada, responda: No tocante à metragem adquirida por Joabe junto a Fernando, qual alegação pode ser utilizada por Joabe para conferir propriedade originária sobre a área? 
Joabe poderá alegar a aquisição da propriedade sobre 400 m² por usucapião, na forma do artigo 1238 do CC ou do Enunciado 237 da Súmula do STF. A posse do antecessor Fernando poderá ser utilizada por Joabe, conforme artigo 1243, CC. 
3-(OAB/FGV 2015 – adaptada) Em ação petitória ajuizada por Marlon em face de Ana, o juiz titular da Vara Cível de Iúna/ES concluiu a audiência de instrução e julgamento, estando o processo pronto para julgamento. Na referida audiência, Ana comprovou por meio da oitiva do perito do juízo, ter ocorrido o desprendimento de porção considerável de terra situada às margens de rio não navegável, que faz divisa das fazendas das partes, vindo a, natural e subitamente, se juntar ao imóvel da requerida há, aproximadamente, um ano e oito meses. No dia seguinte à conclusão dos autos para prolatação de sentença. Diante do caso apresentado, responda apresentando o fundamento legal, conceito e justificativas: Verificado o desprendimento da porção de terras, Ana terá direito a permanecer com a porção acrescida mediante pagamento de indenização a Marlon? 
Ana poderá permanecer titularizando a avulsão, contudo, sem obrigação de indenizar, pois decorrido o prazo de um ano para reclame de Marlon, conforme artigo 1251, CC. 
4-(TJ/PR 2011) Aponte se as assertivas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F) e assinale a única alternativa CORRETA: 
(F) Ocorrendo turbação ou esbulho, o possuidor direto ou indireto tem o direito de ser mantido ou reintegrado na posse através dos interditos proibitórios.
(V) A ação de dano infecto é uma medida preventiva que o proprietário ou possuidor de um prédio pode propor contra o vizinho para assegurar segurança sossego e saúde aos moradores que o habitam. 
(V) A lei civil consagra a usucapião extraordinária o prazo de 15 anos, sem interrupção e sem oposição para a usucapião extraordinária geral; são de 10 anos quando o possuidor estabelecer moradia habitual, ou nele realizar obras e serviços de caráter produtivo, denominando usucapião extraordinária de forma abreviada. 
(V) O possuidor de área urbana com até 250 metros quadrados, que, por cinco anos ininterruptos e sem oposição, utilizar para guarnecer a sua família, poderá adquirir o domínio, desde que não seja proprietário de imóvel rural ou urbano. 
a. V,F,F,V. b. V,V,V,V. c. F,V,V,V . d. V,V,F,V.
Alternativa C.
5-(MP/AP Analista 2012) Considere: I. Clotilde é possuidora de um terreno na cidade de Macapá por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, não possuindo título e nem boa-fé. II. Vera Lúcia é possuidora de área de terra em zona rural com cem hectares, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, tornando-a produtiva pelo seu trabalho e tendo nela sua moradia, não sendo proprietária de imóvel rural ou urbano. III. Tatiana exerce, por três anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre um apartamento de cem metros quadrados na cidade de Mazagão que utiliza como sua moradia e cuja propriedade dividia com seu ex-cônjuge, Lindoval, que abandonou o lar, não sendo proprietária de outro imóvel urbano ou rural. De acordo com o Código Civil brasileiro, em regra, adquirirá o domínio integral dos respectivos imóveis aquelas indicadas APENAS em: 
a. I e III. b. II e III. c. I e II. d. I.e. III.
Alternativa B
6-(Procurador/Consulplan 2018) Sobre as regras da usucapião urbano constitucional, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 
b) A área deve ser de até duzentos e cinquenta metros quadrados e o possuidor deve utilizá-la para sua moradia ou de sua família.
c) O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
d) O possuidor deve estar na área por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição e adquirir-lhe-á o domínio, mesmo que seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (X)
Alternativa D
7-(Auditor/TCE 2018) A propriedade dos automóveis só se adquire com a(o): 
a) inscrição no DETRAN. 
b) pagamento do preço.
c) tradição. (X) 
d) quitação.
e) registro.
Alternativa C
8-(DPE/PE 2018) Francisco comprou, em janeiro de 2014, um lote de 240 m2 de Antônio, que se apresentou como proprietário do imóvel. Francisco construiu uma casa de alvenaria, instalando-se no local com sua família. Depois de três anos de posse mansa e pacífica, Danilo, o verdadeiro proprietário, ajuizou ação para reaver a posse do imóvel. Só então, Francisco descobriu que fora vítima de uma fraude, pois Antônio havia falsificado os documentos para induzi-lo a erro. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Francisco não poderá adquirir o terreno mediante pagamento de indenização a Danilo, ainda que a construção exceda consideravelmente o valor do terreno.
b) Não tendo observado a fraude no momento da contratação, Francisco não poderá pleitear indenização em face de Antônio.
c) Danilo perderá o terreno em favor de Francisco, cabendo-lhe apenas o direito à indenização.
d) Francisco adquiriu, em 2017, a propriedade do imóvel pela usucapião especial urbana, ficando, nesse caso, dispensado de pagar indenização a Danilo.
e) Francisco, que agira de boa-fé, perderá em favor de Danilo os direitos sobre as construções realizadas no terreno, devendo, no entanto, ser indenizado. (X)
Alternativa E
9-O que é obrigação “Propter Rem” ? Conceitue, dê exemplos e explique suas consequências.
A obrigação “propter rem” é aquela que deve ser realizada por uma pessoa, por consequência de seu domínio ou sua posse sobre algumacoisa móvel ou imóvel. Entre vários exemplos pode-se citar a obrigação que o proprietário do imóvel tem que pagar as despesas do condomínio, previsto no artigo 1345, CC. Uma vez que o adquirente do imóvel em condomínio edilício responde por tais débitos que acompanham a coisa. 
10-Diferencie “constituto possessório” e “traditio brevi manu”.
Constituto possessório, também conhecido como cláusula constituti, trata-se de uma operação jurídica que altera a titularidade na posse, de maneira que aquele que possuía em nome próprio passa a possuir em nome alheio. 
O inverso ocorre quando a pessoa que possui em nome alheio passa a possuir em nome próprio, neste caso, a cláusula será da traditio brevi manu.
11-Qual a diferença entre ação possessória e ação reivindicatória? Detalhe cada uma delas.
Na ação de reintegração da posse a pessoa tem a posse, mas é privada dela, seja por invasão de terra ou qualquer outro meio. Portanto, a saída é ingressar com uma ação de reintegração de posse.
No caso da ação reivindicatória, por sua vez a pessoa tem o título de propriedade, mas não a posse, que está sendo exercida por outra pessoa. 
12-Descreva as características dos Direitos Reais. Explique cada uma delas
Os direitos reais se apoiam na relação entre homem e coisa, sendo que esta deve possuir valor econômico e suscetível de apropriação. 
As principais características dos direitos reais são: taxatividade, oponibilidade “erga omnes”, sequela, exclusividade e preferência.
Taxatividade – os direitos reais já estão postos pelo legislador e as partes não podem criar novos direitos (art. 1225, CC); 
Erga Omnes – faculdade de se opor a quem lhe causa dano;
Sequela – o bem está marcado; é o direito que tem de perseguir a coisa/direito em seus últimos limites;
Exclusividade – não podem existir dois direitos reais idênticos sobre a mesma coisa, de modo a se excluir um direito;
Preferência – primazia que tem o credor ou titular do direito sobre outras pessoas.

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