Buscar

Resumo Civil III

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Contrato
É uma espécie de negócio jurídico, celebrado mediante um acordo de vontades, podendo ser bilateral ou plurilateral, de caráter eminentemente patrimonial.
 Partes (Bipolaridade)
Estrutura de um contrato: Imediato – Prestação
 Objeto 
 Mediato – Bem jurídico
Condições de Validade: 
Agente Tem que ser capaz.
Objeto Tem que ser lícito.
Forma Prevista, e não defesa por Lei.
Princípios Fundamentais do Regime Contratual:
Princípio da autonomia da vontade: O princípio da autonomia da vontade é um dos princípios contratuais clássicos. Desde o direito romano pessoas tem a liberdade de contratar escolhendo com quem, sobre o que e com o conteúdo que quiserem ao celebrar seu contrato. Tal princípio teve seu apogeu após a Revolução Francesa, com a predominância do individualismo e culto a liberdade em todas as áreas, incluindo o direito contratual.
Princípio da obrigatoriedade dos contratos:
(Pacta Sunt Servanda): O princípio da obrigatoriedade dos contratos representa a força vinculante das convenções, como ninguém é obrigado a contratar pelo princípio da autonomia da vontade, os que o fizerem serão obrigados a cumprir o contrato que celebraram se este for válido e eficaz, pois foram as partes que escolheram e aceitaram os termos e cláusulas descritos sem interferência do juiz.
(Intangibilidade): A força obrigatória significa a irreversibilidade da palavra empenhada, e tem por fundamentos a necessidade de segurança nos negócios jurídicos, que deixaria de existir se os contratantes tivessem a opção de não cumprir o que acordaram, e a intangibilidade ou imutabilidade do contrato, pois o acordo faz lei entre as partes.
(Excessiva Onerosidade): Fatos supervenientes inevitáveis, são casos imprevisíveis que tornam o cumprimento da obrigação extremamente difícil de ser cumprida pelo devedor mas não a torna impossível, não se encaixando nas situações de caso fortuito ou força maior. Para tal foram criadas diversas teorias: Cláusula rebus sic stantis (alteração das circunstâncias), teoria da pressuposição (presume-se como será a situação na hora do pagamento), teoria da imprevisão (libera o devedor no caso de fato superveniente imprevisível que tornou o pagamento impossível) e, por fim, teoria da excessiva onerosidade (evita que a parte mais forte tenha privilégio sobre a parte mais fraca).
Princípio da relatividade dos efeitos do contrato: O princípio da relatividade dos efeitos do contrato tem como premissa que o contrato somente produz efeito em relação às partes contratantes, isto é, àqueles que manifestaram sua vontade vinculando-os ao seu conteúdo, não afetando terceiros nem seu patrimônio. Tem como objetivo a satisfação das necessidades individuais.
Princípio do consensualismo: Este princípio resulta da concepção de que o contrato se aperfeiçoa a partir do acordo de vontades, ou seja, do consenso entre as partes, independentemente da entrega da coisa. As partes tem a faculdade de vincular-se pelo consenso, baseadas no princípio ético do respeito à palavra e na confiança recíproca entre as partes.
Princípio da função social do contrato: Entrando nos princípios modernos do direito contratual, o princípio da função social do contrato afasta as concepções individualistas do Código Civil de 1916 e segue orientação compatível com a socialização do direito contemporâneo, refletindo assim, a prevalência dos valores coletivos sobre os individuais.
Previsto no artigo 421 do Código Civil de 2002 a função social do contrato tem o objetivo de promover a realização de uma justiça comutativa, diminuindo as desigualdades substanciais entre os contratantes. Assim, tal princípio subordina a liberdade contratual para priorizar os princípios condizentes com a ordem pública.
Princípio da boa-fé objetiva: O princípio da boa-fé está previsto no Código Civil em seu artigo 422. Exige que as partes se comportem de forma correta não só durante as combinações, como também durante a formação e cumprimento do contrato.
Uma das funções mais importantes da boa-fé objetiva é a proibição de venire contra factum proprium, que proíbe qualquer uma das parte de agir em contradição com o que foi assumido anteriormente, visando a proteção da outra parte. A conduta contraditória entre os comportamentos da parte é vista como quebra de injustificada de confiança em prejuízo da contraparte, assim, a conduta posterior não tem eficácia.
Outros conceitos relativos à boa-fé são suppressio, surrectio e tu quoque, que respectivamente significam que: 1) um direito não exercido durante determinado lapso temporal deixa de existir e não poderá mais ser cobrado, 2) a prática continuada de certo ato gera nascimento de direitos e, por fim, 3) a proibição de que a uma das partes quebre o contrato e exija da outra o cumprimento de sua obrigação.
Formação dos Contratos: Art. 427 e 428 CC
Proposta Aceitação
Oferta Oblação
Policitação
Contrato entre presentes: O contrato entre presentes é aquele em que as pessoas mantêm contato direto, simultâneo. Nessa modalidade de contrato não há maiores complicações, visto que ambos contratantes estarão vinculados ao negócio na mesma ocasião. Se a proposta estipular prazo para a aceitação, esta deverá acontecer dentro dele, sob pena de haver a desvinculação do oblato. Caso não haja prazo para a aceitação, esta deverá se dar imediatamente.
Contrato Entre ausentes: O contrato inter absentes é aquele no qual os contratantes não tem contato direto, de forma que a aceitação se dá por algum meio indireto – carta, telegrama, fac-símile, radiograma, e-mail etc. Esta modalidade se reveste de uma maior complexidade, pois a resposta leva algum tempo para chegar ao conhecimento do ofertante, não é instantânea, e isso dificulta a determinação do instante em que a avença é tida por conclusa. Para estabelecer este momento, a doutrina elaborou duas teorias, a saber, Teoria da Cognição e Teoria da Agnição, desta ultima decorrem três outras sub-teorias: a da declaração propriamente dita, da expedição e da recepção.
Teoria da Cognição (NÃO USADA): Para esta teoria, o contrato só pode ter-se por formado quando o aceite chega ao conhecimento do proponente. Vale ressaltar, ainda, que se esta resposta for apresentada “fora do prazo, com adições, restrições ou modificações, importará nova proposta” (CC, art. 431).
Teoria da Agnição: Nesta teoria não há a necessidade que a resposta chegue ao conhecimento do proponente. Dela decorrem outras três sub-teorias:
Teoria da declaração propriamente dita - Para a teoria da declaração propriamente dita, o contrato é concluído quando há a redação da resposta, ou seja, quando o aceitante redige a epístola que comunicará ao oblato a aceitação. Esta teoria não pode ser tida como a mais adequada, pois além de difícil comprovação, deixa o consentimento ainda restrito ao âmbito do aceitante, o que denota bastante insegurança jurídica. Imagine-se que o aceitante datilografasse uma carta expressando seu consentimento e não a remetesse, mas guardasse em uma gaveta, mesmo assim reputar-se-ia por efetivado o acordo de vontades. Isso não pode ser admitido, pois se estaria deixando o proponente ao inteiro alvedrio do aceitante.
Teoria da expedição (É A REGRA) - Para esta teoria não é suficiente que a resposta seja apenas redigida, mas também expedida, só aí então dar-se-ia o acordo de vontades. Tem seu fundamento na não interferência dos contratantes, uma vez que a resposta já teria saído do alcance e controle do oblato. Nela, bastaria que o aceitante redigisse e postasse uma carta comunicando sua resposta para que a avença estivesse concretizada. Esta teoria é considerada por muitos a mais adequada e também a de maior potencial probatório, apresenta-se, porém, um pouco falha, pois qualquer intervençãoou interceptação da resposta durante seu trajeto rumo ao oblato seria suficiente para provocar maiores transtornos, uma vez que uma das partes saberia se o contrato havia sido concretizado ou não, devido à natureza da resposta, e a outra ainda estaria aguardando sabê-la. (Ex: Correios, E-mail, Etc)
Teoria da recepção - Das três, esta é a que apresenta maiores exigências, visto que nela não basta que o aceitante tenha redigido uma resposta e expedido, precisa-se também que o oblato a tenha recebido. Não significa dizer, contudo, que o contrato só será formado quando este tomar conhecimento do conteúdo da resposta, porém o será no instante do recebimento. Esta teoria também é a que proporciona maior segurança jurídica, além de ser de fácil comprovação, sendo para isso suficiente, por exemplo, apenas um AR (Aviso de Recebimento).
Retratação: Só produz efeito se chegar antes da proposta ou, ao menos, simultaneamente. Art. 428, IV e 433 do CC/02.
Obs: A celebração do contrato se dará no local em que for proposto. Art. 435 CC
Classificação dos Contratos
Quanto ao número de vontades:
Bilateral: 2 vontades. Só prestação, não há contraprestação. (Compra e Venda)
Plurilateral: Mais de 2 vontades. (Financiamento)
Quanto às vantagens patrimoniais:
Gratuitos (Simples): Doação, Comodato, etc...
Onerosos (Sinalagmáticos): Há reciprocidade. Prestação e contraprestação.
 Comutativos: As partes podem antever sacrifícios e vantagens.
 Aleatórios: As partes se sujeitam as fato de haver prestação e contraprestação em desequilíbrio através do risco.
 Por natureza: Não admitem outra espécie que não aleatórios. Nascem e morrem. (Ex: jogo, aposta, plano de saúde)
 Incidentais: São comutativos, mas por vontades das partes se tornam aleatórios. Art. 458 Emptio Spei (Compra de esperança) / Art 459 Emptio Rei Esperate (Compra de coisa esperada).
Quanto ao modo de existência:
Principal: Aquele que não necessita de qualquer outro instrumento para surtir os efeitos correspondentes.
Acessório: Caracteriza-se por ser dependente do principal. Normalmente celebrado para garantir a execução do principal, tendo por conteúdo estipulações próprias e diversas do contrato principal. (Ex: Fiança)
Derivado: Depende do principal, porém , decorrem das mesmas normas estipuladas no principal, ou seja, o que vale para o principal valerá para o derivado, também chamado de subcontrato.
Quanto à formalidade: 
Formais: Aqueles que a Lei estipula o tipo de instrumento que deva ser redigido para a validação do negócio jurídico.
Informais: Seguem a regra do não. Respeito a um instrumento previamente preconizado em Lei, ou seja, as partes seguem a forma livre de celebração de um contrato.
Quanto ao agente:
Pessoais (Intuito Personae): Somente o devedor deverá cumprir a obrigação ou por força de contrato.
Impessoais: A obrigação pode ser cumprida pelo devedor ou por outra pessoa qualquer.
Estipulação em favor de terceiro Art. 436 a 438
- Estipulante
 Contrato
- Promitente
- Terceiro (Beneficiário)
Promessa de fato de terceiro Art. 439
- Estipulante
 Contrato
- Promitente
- Terceiro (Devedor da obrigação)
Vícios redibitórios Art. 441
Alguma imperfeição na coisa que pode provocar o desfazimento do contrato.
Requisitos:
- Contrato comutativo
- Cláusula natural
- Defeito seja oculto
- Exista no momento da tradição
- Comprometa a substância ou lhe deprecie o valor significativamente
 Ação redibitória: Desfaz o contrato. (+Restituições recíprocas, +Perdas e Danos, + Despesas)
Ações Edilícias 
 Ação estimatória ou “quanti minoris”: Abate o valor.
Evicção
Trata-se da perda da posse ou da propriedade mediante uma sentença judicial ou um ato administrativo, os quais reconhecem melhor direito de outrem.
	- Evictor: Titular do direito, resgata o bem.
- Evicto: Sofre os efeitos da evicção.
- Alienante: Transfere a posse e vai responder.
Requisitos da evicção:
- Perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso.
- Onerosidade da aquisição.
- Ignorância pelo adquirente da litigiosidade da coisa.
- Anterioridade do direito do evictor.
Excluir a evicção: Cláusula de irresponsabilidade ou “non praestanda evictione”
Total: Quando o evictor for totalmente retirado do controle material sobre o bem.
Parcial: Quando a perda da posse ou propriedade se der em parte do bem.
Contrato com pessoa a declarar Art. 467
Este fenômeno jurídico se verifica quando uma das partes em consenso com a outra se reserva o direito de ser substituída por outra estranha à relação contratual, em momento futuro, desde que nomeada validamente, passando a assumir todas as obrigações e direitos inerentes ao contrato a contar da celebração do mesmo.
- Promitente: Aquele que reconhece a pessoa a declarar.
- Estipulante: Aquele que pactua em seu favor a cláusula de substituição. (É o que vai ser substituído).
Electus (eleito): Aquele validamente nomeado, aceitando a indicação, sendo esta comunicada ao promitente.
Obs: Na celebração do contrato, se não houver previsão temporal para indicação e nomeação, esta deverá ocorrer no prazo de Lei que é 5 dias a contar da celebração do contrato.
Contrato Preliminar Art. 462 a 466
“Pacto de Contraendo”
O objeto é o contrato definitivo. Propriedade resolúvel ou precária.
É minucioso e contém todos os dados que devem constar no contrato definitivo, mas não é obrigado a respeitar a forma.
Extinção dos Contratos
Modo Normal (Solução=Solutio): Extinção por cumprir o seu ciclo vital. 
Modo Anormal (Extinção sem cumprimento): “Ante Tempus”
É necessário distinguir a anulação do contrato de sua dissolução. A anulação ocorre quando causas anteriores a formação do contrato atuam de modo a extinguir a relação contratual, determinando sua anulação. Na dissolução, causas supervenientes a formação do negócio é que ensejam sua extinção.
            São formas de extinção dos contratos: A) resolução;  B) resilição; C) rescisão.
RESOLUÇÃO:
Surge de situações de inexecução das obrigações contratuais. (não cumprimento das obrigações; mora; cumprimento defeituoso.
Obs.: resolução é diferente  da suspensão (parcial ou total dos efeitos do contrato). Na suspensão há apenas interrupção temporária das relações contratuais, em caso de força maior, “exceptio non adimpleti contractus” ou mútuo consenso.
A causa da resolução é a inexecução relevante das obrigações de uma das partes, seja ela culposa ou involuntária, ou derivada de considerável  dificuldade na execução da prestação contratual em razão de onerosidade excessiva advinda das prestações. No primeiro caso, aquele que não cumpre com a obrigação pode ser compelido a cumpri-la, ou então a satisfazer as perdas e danos.
A.1) Resolução por inexecução voluntária e suas modalidades:
Pressupõe inadimplemento e extingue o contrato desde sua origem (salvo os contratos de trato sucessivo). As prestações cumpridas são restituídas, para que não ocorra o enriquecimento sem causa., arcando o inadimplente com o pagamento das perdas e danos.
A.2)  Resolução por inexecução involuntária:
      Ocorre por impossibilidade superveniente, total e definitiva, do cumprimento da prestação avençada. Segundo Orlando Gomes, é a impossibilidade que produz a resolução, e não a simples dificuldade de cumprir com a prestação.
      Neste caso a parte inadimplente libera-se do vínculo contratual, de pleno direito, estendendo-se os efeitos da liberação até a origem do contrato. Mas é facultado ao devedor que se responsabilize por indenizar as perdas e danos em caso de fortuito ou força maior, desde que o faça de forma expressa.
O devedor responde pelo fortuito ou força maior se estiver em mora.
A inexecução tem efeitos diversos deacordo com o tipo de contrato. Vejamos:
Contratos unilaterais: quem suporta o risco é o credor, parte que esperava a satisfação e não pôde receber por algum motivo.
Contratos bilaterais: resolvido o contrato as partes voltam a situação anterior, devolvendo inclusive o que tiverem pago umas as outras.
A.3) Resolução por onerosidade excessiva (rebus sic standibus)
      Ocorre nos contratos comutativos de execução diferida quando, em virtude de acontecimento extraordinário e imprevisível, surge onerosidade que dificulta muito o cumprimento das obrigações de um contratante. Note-se que apenas dificulta, mas não impossibilita a prestação. Requisitos: diferença de valor da prestação no momento da formação para o da execução do contrato; diferença causada por acontecimento imprevisível e extraordinário; contrato comutativo de execução diferida ou periódica.
      Aqui não opera propriamente a resolução, mas sim, quando possível,  a intervenção judicial para reequilibrar as prestações.
      Cabe a parte que sofre o desequilíbrio requerer pronunciamento judicial antes de seu inadimplemento, e a sentença, caso venha a resolver o contrato, terá efeito retroativo, eximindo o inadimplente inclusive das perdas e dados.
RESILIÇÃO:
Extinção dos contratos pela vontade de uma ou ambas as partes. Para que ocorra é necessário acordo das partes neste sentido,  partindo a vontade de um ou ambos os contratantes. Por isso falamos em resilição bilateral ou unilateral:
B.1) Distrato:
É a resilição bilateral na qual as partes resolvem, de comum acordo, dissolver o negócio rompendo a relação jurídica. Conforme a expressão de Orlando Gomes, “é um contrato para extinguir  outro”. Pode ocorrer através do distrato  ou estar prevista no contrato a autorização para que uma das partes dissolva o negócio sem a necessidade da outra (resilição convencional).
O distrato deve tomar a mesma forma do contrato quando esta integra a substância do ato. Caso não integre a forma a substância do contrato, podem as partes seguir a forma que lhes aprouver.
B.2) Resilição unilateral:
            Aceita-se a resilição unilateral não obstante o contrato derivar de um acordo de vontade. Tal resilição pode ser exercida: nos contratos por tempo indeterminado; nos contratos de execução continuada ou periódico; contratos onde  não tenham se iniciado os atos de execução; contatos benéficos; contratos de atividade.
            Poder de resilir é um direito potestativo, exercido mediante declaração de vontade da parte a quem o contrato não mais interessa. Tal declaração recebe o nome de denúncia.
            A denúncia, a princípio, não precisa ser justificada, e tem efeito liberatório com repercussão “ex nunc”.
RESCISÃO:
É a ruptura do contrato onde houver lesão e não seja possível restaurar o equilíbrio contratual. Aproxima-se tal hipótese da anulação, já que há necessidade de sentença judicial para sua declaração.
Há no contrato vantagem desproporcional obtida por uma das partes, em prejuízo da outra.
A sentença rescisória tem efeitos “ex tunc” e o que receber fica obrigado a restituir.
Efeitos dos Contratos. Contrato bilateral e suas regras (arras; “exceptio non adimpleti contractus”; vícios redibitórios; evicção; cláusula resolutiva tácita e expressa.)
Contratos em Espécie:
Compra e venda (Art. 481): Trata-se de um negócio jurídico ao menos bilateral, em que uma das partes se obriga a transferir determinada coisa a outrem mediante o recebimento de um valor em dinheiro.
 Res > Coisa
Pressupostos Pretiune > Preço > Moeda (Dinheiro)
 Consensum > Consenso
Compra e venda pura: O momento do aperfeiçoamento é quando houver o consenso. Não tem pacto acessório.
Obs: O Contrato é nulo se uma só das partes fixa o preço. (quando celebra o contrato e fixa o preço posteriormente).
Venda sob amostras (Art. 484): Tem as qualidades que a elas correspondem.
Venda de ascendente para descendente: De acordo com a Súmula 494, do STF: A ação para anular venda de ascendente a descendente, sem consentimento dos demais, prescreve em vinte anos, contados da data do ato, revogada a Súmula nº 152.
 Ad corpus: Corpo determinado. As dimensões são meramente enunciativas.
Vendas
 Ad mensuram: Medidas de determinado bem. Se a ≠ para menos for menor que 5% será ad corpus. (Ação “Ex Empto” para complementar área).
Cláusulas especiais à compra e venda
 São cláusulas acessórias que opcionalmente podem ser inclusas em um contrato de compra e venda. Como se disse, não são obrigatórias, mas se colocadas em um contrato de compra e venda restringirão os efeitos do negócio jurídico, subordinando-os às suas especificações.
Retrovenda: Trata-se de uma cláusula acessória mediante a qual o vendedor se reserva o direito de recomprar a coisa em certo tempo sob certo preço. (Só pode ser IMÓVEL e tem prazo máximo de 3 anos. Dá ao vendedor um direito potestativo. O preço da recompra deverá ser o mesmo da venda, admitindo a correção monetária quanto à época).
Venda a contento ou sujeita a prova: Venda “Ad gustum”. Opera sob condição suspensiva. O promitente comprador enquanto estiver com a coisa será o comodatário. A Lei não fixa prazo, ficando a critério das partes.
Preempção ou preferência: Bem móvel ou imóvel. Fica reservado o direito de recomprar pelo vendedor, se e quando o comprador quiser vender. O prazo nãpo poderá exceder 180 dias, se a coisa for móvel e 2 anos, se imóvel. Caso não tenha prazo, será de 3 dias para coisa móvel e 60 dias para imóvel (Art. 516). É um direito personalíssimo, não pode ser cessível nem transferível.
Reserva de domínio: Trata-se de um contrato de compra e venda, exclusivamente para bem móvel, mediante a qual o vendedor reserva para si a propriedade do bem até que o comprador quite suas prestações integralmente (Art. 521).
Venda sobre documentos: A tradição da coisa é substituída pela entrega de seu título.

Continue navegando