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Prévia do material em texto

Planejamento 
e Avaliação de 
Impactos Ambientais
Cristiano Alves de Carvalho
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Planejamento e Ava-
liação de Impactos Ambientais, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao 
aprendizado dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila 
é propiciar aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidi0car seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, 
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, 
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado e0ciente e prazeroso, concorrendo para 
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido in4uencia sua vida pro0ssional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
1 IMPACTO AMBIENTAL ........................................................................................................................ 7
1.1 Aspecto Ambiental .........................................................................................................................................................7
1.2 Aspectos Legais ................................................................................................................................................................8
1.3 AIA .........................................................................................................................................................................................9
1.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................11
1.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................12
2 O PROCESSO DE AIA ......................................................................................................................... 13
2.1 Critérios e Métodos para Identi$cação e Avaliação de Impactos – Como Analisar os Impactos 
Ambientais .....................................................................................................................................................................15
2.2 Classi$cação e Avaliação de Impactos .................................................................................................................16
2.3 Métodos de AIA .............................................................................................................................................................19
2.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................22
2.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................24
3 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL – AIA/LICENCIAMENTO ..................................................... 25
3.1 Conteúdo do EIA ...........................................................................................................................................................29
3.2 Conteúdo do RIMA .......................................................................................................................................................31
3.3 Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) .....................................................................................37
3.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................38
3.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................38
4 O LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO ESTADO DE SÃO PAULO – ESTUDO 
DE CASO ....................................................................................................................................................39
4.1 EAS .....................................................................................................................................................................................39
4.2 RAP .....................................................................................................................................................................................43
4.3 EIA e RIMA........................................................................................................................................................................44
4.4 Sistema de Licenciamento Ambiental Simpli$cado (SILIS) ..........................................................................45
4.5 Estudo de Caso ..............................................................................................................................................................47
4.6 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................49
4.7 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................49
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 51
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 55
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5
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a)!
Vamos iniciar o estudo do Planejamento e Avaliação de Impactos Ambientais, que é uma das dis-
ciplinas do curso de Engenharia Ambiental, na modalidade a distância. O estudo desta disciplina vai nos 
levar a conhecer os aspectos que envolvem a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), veri$cando seus 
aspectos desde a implementação até o seu estudo em nível internacional e nacional. 
Vamos estudar os objetivos da AIA, seus principais termos e seus conceitos mais relevantes para a 
elaboração de estudos ambientais que irão fornecer elementos para subsidiar a tomada de decisão no 
âmbito da AIA, bem como estabelecer critérios e métodos para fazer a avaliação, identi$cação e interpre-
tação dos impactos ambientais. Ainda, iremos apresentar os conteúdos básicos exigidos pela legislação 
para a elaboração desses estudos ambientais e, com isso, entenderemos como devem ser realizados os 
Estudos de Impacto Ambiental (EIAs). Alguns exemplos de EIA serão apresentados, a $m de facilitar sua 
compreensão.
Cristiano Alves de Carvalho
Puritano
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Puritano
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Puritano
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7
IMPACTO AMBIENTAL1
Caro(a) aluno(a),
Vamos iniciar o estudo dos impactos am-
bientais. De acordo com o art. 1º da Resolução 
CONAMA nº 001/1986, impacto ambiental é
qualquer alteração das propriedades fí-
sicas, químicas, biológicas do meio am-
biente, causada por qualquer forma de 
matéria ou energia resultante das ativida-
des humanas que afetem diretamenteou 
indiretamente:
x� A saúde, a segurança, e o bem estar da 
população; 
x� As atividades sociais e econômicas; 
x� A biota; 
x� As condições estéticas e sanitárias am-
bientais; 
x� A qualidade dos recursos ambientais.
Com isso, concluímos que essa de$nição 
está atrelada a qualquer alteração signi$cativa 
causada por um empreendimento, podendo ser 
negativa ou positiva. 
A seguir, iremos apresentar uma classi$ca-
ção dos impactos ambientais. 
Quadro 1 – Classi$cação dos impactos ambientais.
x� Diretos e indiretos. x� Imediatos e a médio e longo prazo.
x� Temporários e permanentes. x� Reversíveis e irreversíveis.
x� Bené$cos e adversos. x� Locais, regionais e estratégicos.
Fonte: São Paulo.
1.1 Aspecto Ambiental
A Revolução Industrial trouxe para a socie-
dade uma nova maneira de viver em sociedade. 
Os anos se passaram e as formas de trabalho, bem 
como as demandas por bens e serviços, evoluí-
ram no sentido da busca contínua de minimizar 
cada vez mais o impacto gerado nas atividades de 
produção.
A de$nição de aspecto ambiental está asso-
ciada aos elementos produzidos nas atividades, 
produtos ou serviços de uma organização que 
podem interagir com o meio ambiente. Podemos 
citar alguns exemplos de aspectos ambientais 
que não são os objetivos primeiros das atividades 
humanas e, sim, consequências do desenvolvi-
mento de diversas atividades, como a geração de 
eGuentes, de resíduos ou de ruídos e a emissão de 
poluentes atmosféricos.
Note que temos que ter o cuidado para não 
confundir aspectos ambientais com impactos 
ambientais. Por exemplo, podemos achar que a 
geração de esgoto e ruídos e a emissão de gases 
na atmosfera são impactos quando, na verdade, 
Puritano
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Puritano
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Cristiano Alves de Carvalho
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8
não são. Na verdade, são exemplos de aspectos 
ambientais que podem desencadear os impactos 
caso não seja tomada nenhuma atitude, tanto 
para evitar ou reduzir a geração/emissão quanto 
para minimizar os impactos prováveis.
Figura 1 – Impactos ambientais.
Fonte: Sanchéz (2008, p. 33).
Podemos ter também os aspectos associa-
dos à utilização dos recursos naturais, como, por 
exemplo, o consumo de água (recurso renovável), 
que, com o tempo, terá sua disponibilidade re-
duzida para outros usos ou di$cultado/limitado 
o atendimento de todas as funções de uso desse 
recurso.
Para Sanchéz (2008, p. 27), a degradação 
ambiental “[...] refere-se a qualquer estado de al-
teração de um ambiente e a qualquer tipo de am-
biente. O ambiente construído degradasse, assim 
como mos espaço naturais. Tanto o patrimônio 
natural como o cultural podem ser degradados, 
descaracterizados e até destruídos”. No Brasil, a 
Política Nacional do Meio Ambiente de$ne degra-
dação ambiental como “[...] alteração adversa das 
características do meio ambiente” (BRASIL, 1981, 
art. 3º, inciso II). Concluímos então que, ao ocor-
rer uma alteração nas características do meio, que 
após não retorna ao seu estado original, temos 
a geração do impacto e é nesse momento que 
constatamos que o ecossistema foi prejudicado.
1.2 Aspectos Legais
No território nacional existe a União, esta-
dos/Distrito Federal e municípios como partes do 
governo. A abordagem das questões ambientais 
é tratada em diferentes níveis de acordo com a es-
fera em questão. Vamos abordar cada uma delas 
a seguir. 
A União estabelece as diretrizes gerais, bem 
como as responsabilidades próprias, dos estados 
e municípios. As duas outras esferas estabelecem 
as normas complementares, podendo ser mais 
restritivas (nunca o contrário). 
AtençãoAtenção
Os pro"ssionais que trabalham na área am-
biental têm de estar atentos e conhecer as 
exigências, normas e procedimentos legais 
federais, estaduais e/ou municipais para a 
instalação e funcionamento de um deter-
minado empreendimento (BARROS; MONTI-
CELLI, 1998).
Puritano
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Puritano
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Puritano
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Puritano
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Planejamento e Avaliação de Impactos Ambientais
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9
A seguir, temos um quadro mostrando o 
funcionamento do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente (SISNAMA). Veja:
Quadro 2 – Estrutura do SISNAMA.
ORGÃOS FINALIDADE
ÓRGÃO SUPERIOR 
Conselho do Governo
A sua função é auxiliar o Presidente da República na formulação da 
Política Nacional do Meio Ambiente.
ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO 
-CONAMA - Conselho Nacional do Meio 
Ambiente
A $nalidade do CONAMA é estudar e propor diretrizes e políticas 
governamentais para o meio ambiente e deliberar, no âmbito de 
sua competência, sobre normas, padrões e critérios de controle 
ambiental. O CONAMA assim procede através de suas resoluções.
ÓRGÃO CENTRAL
Ministério do Meio Ambiente, dos 
Recursos Hídricos e da Amazônia Legal
Encarregado de planejar, coordenar e supervisionar as ações 
relativas à Política Nacional do Meio Ambiente. Como órgão federal 
implementa os acordos internacionais na área ambiental.
ÓRGÃO EXECUTOR
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis
Entidade autárquica, dotada de personalidade jurídica de direito 
público e autonomia administrativa, é a encarregada da execução 
da Política Nacional para o Meio Ambiente e sua $scalização.
ÓRGÃOS SECCIONAIS
São entidades estaduais responsáveis pela execução de programas 
e projetos de controle e $scalização das atividades potencialmente 
poluidoras (Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e entidades 
supervisionadas como a Companhia de Tecnologia de Saneamento 
Ambiental – CETESB, no estado de São Paulo, e a Fundação Estadual 
de Engenharia do Meio Ambiente – FEEMA, do Rio de Janeiro).
ÓRGÃOS LOCAIS
Entidades ou Órgãos Municipais
São órgãos ou entidades municipais voltadas para o meio ambiente, 
responsáveis por avaliar e estabelecer normas, critérios e padrões 
relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente 
com vistas ao uso racional de seus recursos, supletivamente ao 
Estado e à União.
Fonte: IPT/CEMPRE (1995).
Caro(a) aluno(a), você sabe o que é a AIA? 
É uma ferramenta política de planejamento am-
biental que tem como principal objetivo prevenir 
danos ambientais, sendo, assim, utilizada mun-
dialmente. No território nacional, está prevista na 
Política Nacional do Meio Ambiente, conforme é 
apresentado a seguir:
Art. 9º - São Instrumentos da Política Na-
cional do Meio Ambiente:
1.3 AIA
I - o estabelecimento de padrões de qua-
lidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental; (Regula-
mento)
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de ativi-
dades efetiva ou potencialmente polui-
doras;
V - os incentivos à produção e instalação 
de equipamentos e a criação ou absorção 
Puritano
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Cristiano Alves de Carvalho
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de tecnologia, voltados para a melhoria 
da qualidade ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais espe-
cialmente protegidos pelo Poder
Público federal, estadual e municipal, tais 
como áreas de proteção ambiental, de 
relevante interesse ecológico e reservas 
extrativistas; (Redação dada pela Lei nº 
7.804, de 18.07.89)
VII - o sistema nacional de informações 
sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Ativi-
dades e Instrumento de Defesa
Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou com-
pensatórias não cumprimento das medi-
das necessárias à preservação ou corre-
ção da degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualida-
de do Meio Ambiente, a ser divulgado 
anualmente pelo Instituto Brasileiro do 
MeioAmbiente e Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA; Inciso incluído pela 
Lei nº 7.804, de 18.07.89.
XI - a garantia da prestação de informa-
ções relativas ao Meio Ambiente, obri-
gando-se o Poder Público a produzi-las, 
quando inexistentes; Inciso incluído pela 
Lei nº 7.804, de 18.07.89.
XII - o Cadastro Técnico Federal de ativi-
dades potencialmente poluidoras e/ ou 
utilizadoras dos recursos ambientais. Inci-
so incluído pela Lei nº 7.804, de 18.07.89. 
(BRASIL, 1981).
Um dos objetivos da AIA é garantir o exame 
sistêmico dos impactos ambientais de uma ação 
proposta, bem como buscar alternativas cujos re-
sultados, por meio de uma linguagem simples e 
acessível, devem ser repassados aos responsáveis 
pelas tomadas de decisão e, principalmente, ao 
público em geral. Todos esses procedimentos vi-
sam a garantir a adoção de medidas de proteção 
ao meio ambiente. Para realizar a implantação 
de um projeto, faz-se necessária a elaboração de 
estudos ambientais, a $m de subsidiar o proces-
so de tomada de decisão. A principal $nalidade 
da realização desses estudos é a identi$cação, a 
interpretação e a prevenção de todos os efeitos 
ambientais de projetos ou ações que porventura 
possam ameaçar ou afetar a saúde e o bem-estar 
do homem, ou seja, os ecossistemas em que o ho-
mem vive, sendo necessário manter a sua quali-
dade ambiental.
Saiba maisSaiba mais
“A construção, instalação, ampliação e funcio-
namento de estabelecimentos e atividades uti-
lizadoras de recursos ambientais, considerados 
efetiva ou potencialmente poluidores, bem 
como os capazes, sob qualquer forma, de causar 
degradação ambiental, dependerão de prévio li-
cenciamento de órgão estadual competente, in-
tegrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente 
– Sisnama, e do Instituto Brasileiro do Meio Am-
biente e Recursos Naturais Renováveis – Ibama, 
em caráter supletivo, sem prejuízo de outras li-
cenças exigíveis” (BRASIL, 1981, art. 10º).
Segundo Sanchéz (2008), a utilização des-
ses estudos, além de garantir a proteção do meio 
ambiente em que o homem vive, pode atender a 
outros objetivos, tais como:
�ƒ subsidiar decisões dentro do processo 
de licenciamento de atividades, no âm-
bito de órgãos de governo, organismos 
de $nanciamento e empresas;
�ƒ auxiliar na concepção de projetos, in-
Guindo na escolha do local para a insta-
lação do empreendimento e do proces-
so tecnológico a ser adotado;
�ƒ servir como instrumento de gestão am-
biental para garantir a implantação das 
medidas de proteção ao meio ambien-
te estabelecidas e avaliar o acerto das 
previsões, tanto dos impactos ambien-
tais quanto da e$ciência das medidas 
mitigadoras propostas;
�ƒ ser um instrumento de negociação so-
cial em consequência dos mecanismos 
de participação pública que os inte-
gram, permitindo a participação do pú-
blico em diferentes níveis.
Planejamento e Avaliação de Impactos Ambientais
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11
Com essas informações, percebemos que 
o intuito da AIA é a descrição de todos os danos 
ambientais originados pela atividade humana 
que porventura possam vir a alterar o ambiente 
de maneira negativa. A AIA também realiza um 
estudo chamado avaliação de dano ambiental ou, 
ainda, avaliação de passivo ambiental, que signi-
$ca o estudo de impactos ambientais de projetos 
ou atividades implantados no passado. 
Para Sanchéz (2004), uma AIA pode ter 
como objetivos:
�ƒ prever os impactos potenciais que um 
projeto de engenharia poderá ocasio-
nar após sua implantação;
�ƒ estudar as alterações ambientais ocor-
ridas em um local ou região, em decor-
rência de uma atividade individual ou 
de uma série de atividades humanas, 
passadas ou presentes;
�ƒ identi$car ou interpretar os “efeitos e 
impactos ambientais” decorrentes das 
atividades de uma organização, nos ter-
mos das normas técnicas da série ISO 
14000;
AtençãoAtenção
“A Avaliação de Impacto Ambiental envolve 
atividades para as quais são de"nidas muitas 
siglas. Para evitar confusões acerca da com-
preensão dos conceitos em inglês e em por-
tuguês apresentam-se aqui alguns termos 
muito utilizados:
• Em inglês: EIA – Environmental Impact 
Assesment = em português: AIA – Ava-
liação de Impacto Ambiental;
• Em inglês: EIS – Environmental Impact 
Statement = em português: EIA – Estudo 
de Impacto Ambiental” (SANCHÉZ, 2004, 
p. 8). 
�ƒ analisar os impactos ambientais de-
correntes do processo de produção, da 
utilização e do descarte de um determi-
nado produto, sendo também denomi-
nada análise de ciclo de vida.
São muitos os objetivos a ser alcançados 
pela AIA e, por isso, muitas são as ferramentas e 
metodologias utilizadas pelos agentes privados e 
públicos para sua execução. O que deve $car claro 
é que a AIA deve antever as consequências sobre 
a qualidade ambiental de decisões tomadas hoje.
1.4 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a),
Aqui, apresentaremos as principais informações contidas neste capítulo, mas não se esqueça de 
que todas as informações são importantes! Bons estudos!
Neste capítulo, foi possível compreender alguns conceitos e termos importantes relacionados à 
AIA, à evolução da preocupação com os impactos ambientais e à geração de impactos. Vimos que, de 
acordo com o art. 1º da Resolução CONAMA nº 001/1986, impacto ambiental é
qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, biológicas do meio ambiente, causada por 
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que afetem diretamente 
ou indiretamente:
x� A saúde, a segurança, e o bem estar da população; 
x� As atividades sociais e econômicas; 
x� A biota; 
Cristiano Alves de Carvalho
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12
x� As condições estéticas e sanitárias ambientais; 
x� A qualidade dos recursos ambientais.
Foi possível perceber a diferença entre os conceitos de impacto ambiental e aspecto ambiental, 
estando a de$nição de aspecto ambiental associada aos elementos produzidos nas atividades, produtos 
ou serviços de uma organização que podem interagir com o meio ambiente.
Os aspectos legais são muito importantes; por isso, segundo Barros e Monticelli (1998), os pro-
$ssionais que trabalham na área ambiental têm de estar atentos e conhecer as exigências, normas e 
procedimentos legais federais, estaduais e/ou municipais para a instalação e funcionamento de um de-
terminado empreendimento.
Abordamos também o conceito de AIA, que é uma ferramenta política de planejamento ambiental 
que tem como principal objetivo prevenir danos ambientais, sendo, assim, utilizada mundialmente.
1.5 Atividades Propostas
1. Diferencie impacto ambiental de aspecto ambiental e exempli$que.
2. Mostre o funcionamento do SISNAMA, identi$cando cada setor e suas respectivas atribuições.
3. O que é a AIA? Quais são seus principais objetivos?
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13
Caro(a) aluno(a),
O processo de AIA segue uma sequência 
ordenada de atividades. Com isso, podemos fazer 
uma análise crítica sobre os possíveis impactos 
ambientais que um determinado empreendimen-
to ou atividade poderá causar ao meio ambiente. 
Todo esse processo é regulamentado pelos ór-
gãos estaduais, que de$nem os procedimentos a 
ser executados. As peculiaridades de cada jurisdi-
ção são respeitadas, priorizando um ou outro pro-
cedimento. Vale a pena ressaltar que existem três 
etapas básicas que devem ser realizadas:
�ƒ etapa inicial;
�ƒ etapa de análise detalhada;
�ƒ etapa pós-aprovação.
Chegou o momento de entendermos um 
pouco mais sobre cada uma delas.
Etapa Inicial
 
Esta etapa determina a necessidade de rea-
lizar um estudo minucioso que possui como$na-
lidade antever os possíveis impactos ambientais 
de uma futura ação. É dividida em:
�ƒ apresentação da proposta;
�ƒ triagem; 
�ƒ determinação da abrangência e do es-
copo do EIA.
O PROCESSO DE AIA2
Vamos tratar com mais detalhes cada uma 
dessas fases.
Apresentação da proposta
É um documento que deve apresentar a ini-
ciativa em linhas gerais, indicando a localidade do 
projeto ou a abrangência do plano, programa ou 
política. Nesta etapa, iniciamos o processo de AIA.
Triagem
Nesta fase, faz-se uma seleção de todas as 
atividades humanas que podem causar ou que 
possuem potencial de causar impactos signi$-
cativos. Segundo Sanchéz (2004, p. 3), o procedi-
mento empregado nesta etapa é de
[...] enquadramento do projeto em três 
categorias: 
(a) São necessários estudos aprofunda-
dos; 
(b) Não são necessários estudos aprofun-
dados; 
(c) Há dúvidas sobre o potencial de cau-
sar impactos signi$cativos ou sobre 
medidas de controle.
 
Vale a pena ressaltar que temos alguns cri-
térios para o enquadramento das atividades, a 
saber:
�ƒ listas positivas: são listas de projetos 
para os quais é obrigatória a realização 
de um estudo detalhado;
�ƒ listas negativas: aqui são enquadra-
dos os projetos que causam impactos 
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
14
pouco signi$cativos ou para os quais é 
conhecida a e$cácia de medidas e téc-
nicas para mitigar os impactos negati-
vos. São listas de exclusão;
�ƒ critérios de corte: são baseados no 
porte do empreendimento e devem ser 
aplicados para as listas positivas, bem 
como para as listas negativas;
�ƒ localização do empreendimento: 
ocorre com a realização de estudos 
completos em áreas consideradas sen-
síveis;
�ƒ recursos ambientais potencialmente 
afetados: utilizados em todos os proje-
tos que afetam os ambientes que deve-
mos proteger (como cavernas).
Determinação da abrangência e do escopo do EIA
“Quando é julgada necessária a realização 
de um estudo detalhado de impacto ambiental, 
deve-se, antes de iniciá-lo, estabelecer seu esco-
po, ou seja, a abrangência e a profundidade dos 
estudos a serem realizados” (SANCHÉZ, 2004, p. 
3). A conclusão desta etapa ocorre com a elabora-
ção de um documento em que são estabelecidas 
as diretrizes dos estudos a ser executados. O do-
cumento é chamado Termo de Referência (TR) ou 
instruções técnicas.
Quando se julga que não é necessário um 
EIA prévio, Sanchéz (2004, p. 1-2) a$rma que exis-
tem
[...] outros instrumentos que permitem 
um controle governamental sobre essas 
atividade e seus impactos ambientais [...] 
como entre outras, normas e padrões de 
emissões de poluentes, de destinação de 
resíduos sólidos, regras que determinam 
a manutenção de uma certa porcenta-
gem de cobertura vegetal e o zoneamen-
to, que estabelece condições e limitações 
para o exercício de uma série de ativida-
des em função da sua localização.
Etapa de Análise Detalhada
A aplicação desta etapa se faz necessária 
quando temos casos em que as atividades pos-
suem potencial de causar impactos signi$cativos. 
A etapa possui muitas atividades que iniciam com 
a de$nição do conteúdo do EIA e vão até a even-
tual aprovação.
Elaboração do EIA
A etapa realiza, por meio de uma equipe 
multidisciplinar, a atividade central do processo 
de avaliação ambiental. É este o momento em 
que estabelecemos as bases que darão subsídios 
para a análise da viabilidade ambiental do em-
preendimento. Devemos ressaltar que devem ser 
feitas propostas de alterações no projeto, com o 
objetivo de reduzir e até, se possível, eliminar os 
impactos negativos.
O relatório $nal do EIA deve ter uma lingua-
gem não técnica, para comunicar os resultados a 
todas as pessoas interessadas. No Brasil, a confec-
ção desse relatório é obrigatória e ele é chamado 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
Análise técnica do EIA
O principal objetivo da análise técnica é rea-
lizar a veri$cação da conformidade do EIA com 
os TRs, regulamentação ou procedimentos apli-
cáveis, devendo uma terceira parte analisar esse 
estudo.
De maneira geral, quem realiza esse estudo 
é a equipe técnica do órgão governamental en-
carregado de autorizar o empreendimento.
Consulta pública
É um processo que pode ser realizado em 
diferentes momentos do processo de AIA, por 
meio de diferentes procedimentos. Normalmen-
te, logo após a conclusão dos estudos, é realizada 
a consulta pública, o que possibilita ter um qua-
Planejamento e Avaliação de Impactos Ambientais
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
15
dro mais amplo sobre as possíveis implicações da 
decisão a ser tomada.
Decisão
Segundo Sanchéz (2004, p. 5),
[...] a decisão $nal pode caber: (i) à au-
toridade ambiental; (ii) à autoridade da 
área de tutela na qual se subordina o 
empreendimento (por exemplo decisões 
sobre um projeto Gorestal cabem ao mi-
nistério responsável por este setor), ou 
(iii) ao governo (através de um conselho 
de ministros ou do chefe de governo). 
Há ainda o modelo de decisão colegiada, 
através de um conselho com participação 
da sociedade civil, muito usado no Brasil, 
onde esses colegiados são subordinados 
à autoridade ambiental.
Entre os tipos de decisão $nal, estão:
�ƒ não autorizar o empreendimento;
�ƒ aprovar o empreendimento incondicio-
nalmente;
�ƒ aprovar o empreendimento com con-
dições, solicitando modi$cações ou a 
complementação dos estudos apresen-
tados.
Etapa Pós-Aprovação
Após a aprovação do empreendimento, faz-
-se necessária a continuidade da AIA, com a apli-
cação de medidas de gestão para monitorar os 
impactos reais causados pela atividade.
Acompanhamento e monitoramento
Todas as conclusões apontadas no EIA de-
vem ser acompanhadas e monitoradas para de-
terminarmos com exatidão a con$rmação ou 
não de todas as previsões. Para os casos em que 
a avaliação de implantação do empreendimento 
é positiva, o trabalho consiste na veri$cação de 
medidas de eliminação, mitigação ou compensa-
ção dos impactos negativos e na valorização dos 
impactos positivos que estão sendo executados. 
Esse processo deve ocorrer todo tempo, ou seja, 
desde a implantação da obra até a fase de desati-
vação ou encerramento.
2.1 Critérios e Métodos para Identi)cação e Avaliação de Impactos – Como 
Analisar os Impactos Ambientais
No território nacional, todos os critérios para 
a análise dos impactos ambientais estão de$nidos 
no art. 6º da Resolução CONAMA nº 001/1986, em 
que está determinado que deve acontecer
[...] através de identi$cação, previsão da 
magnitude e interpretação da importân-
cia dos prováveis impactos relevantes, 
discriminando: os impactos positivos e 
negativos (bené$cos e adversos), diretos 
e indiretos, imediatos e a médio e longo 
prazos, temporários e permanentes; seu 
grau de reversibilidade; suas proprieda-
des cumulativas e sinérgicas; a distribui-
ção dos ônus e benefícios sociais.
Concluímos que é responsabilidade da 
equipe técnica selecionar métodos adequados 
para a realização do EIA. Ainda, a AIA deve ser rea-
lizada pensando nos impactos não apenas sobre 
os meios bióticos e físicos, mas também sobre o 
meio socioeconômico. Os impactos devem ser 
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analisados não somente na área de implantação 
direta do empreendimento; temos, então:
�ƒ Área de In+uência Direta (AID): pode 
ser um bairro próximo ao empreendi-
mento;
�ƒ Área de In+uência Indireta (AII): pode 
ser uma área onde provavelmente reGe-
tirão os impactos indiretos decorrentes 
de instalação e operação doempreen-
dimento;
�ƒ Área Diretamente Afetada (ADA): são 
as áreas a ser ocupadas pelo empreen-
dimento.
Muitas vezes, o empreendimento gera im-
pactos que extrapolam as fronteiras físicas de sua 
localização e até os limites geográ$cos municipais, 
sendo, assim, fundamental o diagnóstico para a 
proposição de medidas preventivas e mitigadoras 
visando à proteção ambiental, manutenção e/ou 
melhoria da qualidade de vida de todos os afeta-
dos pela implantação do empreendimento.
2.2 Classi)cação e Avaliação de Impactos
Devemos avaliar a extensão do impacto, sua 
duração, entre outros aspectos, para que possam 
ser feitas as propostas de medidas mitigadoras e 
de prevenção. Alguns impactos não poderão ser 
evitados ou mitigados, podendo acarretar a invia-
bilização da obtenção das licenças.
Fazer a classi$cação e interpretação dos im-
pactos tem como $nalidade a identi$cação das 
ações de prevenção e/ou de mitigação que são 
prioritárias. A equipe deve considerar os impac-
tos adotando critérios cientí$cos que avaliem o 
prejuízo à qualidade de vida da população afe-
tada. Não devemos buscar um padrão para as 
AIAs, visto que existem metodologias para cada 
caso, o que nos permite uma melhor avaliação do 
contexto analisado. Os critérios para a classi$ca-
ção dos impactos variam de acordo com a equipe 
envolvida com a AIA, mas sempre se deve deixar 
clara a justi$cativa das escolhas feitas.
AtençãoAtenção
Beanlands (apud SANCHÉZ, 2008) defende 
que deveriam, ao menos, ser considerados 
signi"cativos os impactos que:
a) afetam a saúde ou a disponibilidade de 
empregos ou recursos à comunidade local;
b) afetam a média ou variância de determina-
dos parâmetros ambientais;
c) modi"cam a estrutura ou a função dos 
ecossistemas ou colocam em risco espécies 
raras ou ameaçadas (signi"cância ecológica);
d) são considerados importantes para o pú-
blico.
Feita a identi$cação dos possíveis impactos 
em todas as fases do empreendimento (quando 
no caso do licenciamento ambiental), podemos 
utilizar os seguintes aspectos para classi$cá-los:
�ƒ magnitude: indica a dimensão do im-
pacto. A magnitude de um impacto 
pode ser: grande, média ou pequena;
�ƒ ocorrência: registra a possibilidade de 
manifestação do impacto. Temos dois 
modos: impacto efetivo (ocorre quan-
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17
do podemos observar ou medir o efeito 
negativo) e impacto provável (ocorre 
quando o impacto pode vir a ocorrer);
�ƒ fonte: temos duas possibilidades para 
a origem de um impacto. São elas: im-
pacto localizado (ocorre quando a fonte 
pode ser identi$cada) e impacto difuso 
(ocorre quando a fonte não pode ser 
identi$cada);
�ƒ valor ou sentido: em alguns casos, um 
impacto pode trazer benefícios. Temos, 
então, impacto positivo ou bené$co 
(ações que resultam na melhoria da 
qualidade dos parâmetros ambientais) 
e impacto negativo ou adverso (ações 
que resultam em danos à qualidade de 
parâmetros ambientais);
�ƒ ordem ou origem: este quesito faz 
uma relação de causa e efeito entre a 
geração, a ação e o efeito do impacto. 
Temos, então, impacto direto (impacto 
proveniente de uma simples relação de 
causa e efeito) e impacto indireto (im-
pacto proveniente de uma cadeia de 
reações, ou seja, resultante de uma rea-
ção secundária em relação à ação);
�ƒ extensão espacial: este quesito rela-
ciona-se às áreas de inGuência. Temos, 
então, impacto local (ações afetam o 
próprio sítio e suas imediações), im-
pacto regional (ações afetam além das 
imediações do próprio sítio) e impacto 
estratégico (ocorre quando o recurso 
ambiental afetado tem relevante inte-
resse coletivo ou nacional);
�ƒ desencadeamento: este quesito repre-
senta o tempo decorrido entre a ação e 
o aparecimento do impacto. Temos, en-
tão, impacto imediato (o efeito surge no 
instante em que se dá a ação), impacto 
de curto prazo (o impacto se manifesta 
até 1 ano após a ação), impacto de mé-
dio prazo (o impacto se manifesta certo 
tempo após a ação – de 1 a 10 anos) e 
impacto de longo prazo (o impacto se 
manifesta muito tempo após a ação – 
de 10 a 50 anos);
�ƒ frequência (em função da forma): 
ocorre com a manifestação, em inter-
valos de tempo determinados. Temos, 
então, impacto sazonal (o impacto se 
manifesta em determinada época do 
ano) e impacto casual (o impacto se 
manifesta aleatoriamente);
�ƒ frequência (em função da intensida-
de): ocorre com relação à quantidade/
frequência de vezes que um impacto é 
sentido. Temos, então, impacto de fre-
quência alta (ocorre de forma bastante 
intensa), impacto de frequência média 
(ocorre de vez em quando) e impacto 
de frequência baixa (ocorre raramente);
�ƒ estado evolutivo: este quesito repre-
senta as possibilidades de o impacto 
cessar logo após a sua geração ou não. 
Temos, então, impacto estacionário (o 
impacto não apresenta riscos de expan-
dir), impacto retroativo (o impacto ten-
de a cessar ou diminuir) e impacto ex-
pansivo (o impacto tende a aumentar);
�ƒ distribuição: corresponde à extensão 
dos impactos entre os atores afetados 
por eles. Temos, então, impacto regular 
(ocorre de forma regular entre os en-
volvidos) e impacto irregular (ocorre de 
forma irregular entre os envolvidos);
�ƒ duração: corresponde ao tempo pelo 
qual os efeitos são sentidos. Temos, en-
tão, impacto de curto prazo (quando 
seus efeitos têm duração de até 1 ano), 
impacto de médio prazo (quando seus 
efeitos têm duração de 1 a 10 anos) e 
impacto de longo prazo (quando seus 
efeitos têm duração de 10 a 50 anos);
�ƒ acumulação: alguns impactos podem 
ter sua intensidade aumentada por 
sucessivas adições de outras ações. Te-
mos, então, impacto linear (os efeitos 
se acumulam linearmente) e impacto 
exponencial (os efeitos se acumulam 
exponencialmente);
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�ƒ sinergia: ocorre quando há a ação de 
dois ou mais impactos, fazendo com 
que o efeito resultante seja maior que 
a soma dos efeitos individuais. Ela pode 
estar presente ou ausente;
�ƒ importância: esta classi$cação é mui-
to subjetiva, pois devemos ponderar 
o grau de importância de um impacto 
em relação ao fator ambiental afetado. 
A classi$cação é dividida em: importan-
te, moderada e fraca;
�ƒ temporalidade: este quesito represen-
ta o tempo de duração no qual os efei-
tos e os impactos são sentidos. Temos, 
então, impacto temporário (os efeitos 
de um impacto têm duração determi-
nada) e impacto permanente (os efeitos 
não cessam sua manifestação quando a 
ação é executada);
�ƒ reversibilidade (em função da inten-
sidade): este quesito relaciona-se à 
capacidade de resiliência do meio de 
sofrer uma perturbação e retornar ao 
estado de equilíbrio original. Temos, 
então, grande, média e baixa;
�ƒ reversibilidade (em função da for-
ma): este quesito relaciona-se ao retor-
no ao equilíbrio original, logo após ces-
sar o impacto. Temos, então, impacto 
reversível e impacto irreversível.
A utilização de quadros sinópticos, como o 
que será apresentado a seguir, auxilia na aplica-
ção de regras de combinação de atributos.
Quadro 3 – Critérios para avaliar a importância de impactos ambientais por meio de um quadro sinóptico.
DURAÇÃO EXTENSÃO MAGNITUDE OU INTENSIDADE
Momentânea Pontual Fraca Fraca Fraca Média
Momentânea Local Fraca Fraca Média Média
Temporária Pontual Fraca Fraca Média Média
Temporária Local Fraca Fraca Média Forte
Momentânea Regional Fraca Média Média Forte
Permanente Pontual Fraca Média MédiaForte
Temporária Regional Fraca Média Forte Forte
Permanente Local Fraca Média Forte Forte
Permanente Regional Média Forte Forte Forte
Fonte: Adaptado de Sanchéz (2008).
Magnitude ou Intensidade
No quadro anterior, foram utilizados os atri-
butos “duração” e “extensão”, mas outros podem 
ser utilizados dentro dessa metodologia.
Saiba maisSaiba mais
Ponderação de atributos
“[...] dar pesos a cada um dos atributos selecio-
nados e, em seguida, combiná-los segundo uma 
função matemática predeterminada. Assim a 
principal diferença entre a combinação e a pon-
deração de atributos é que, nesta última, os atri-
butos são ordenados segundo sua importância 
para o critério de avaliação, com os atributos 
maiores recebendo maiores pesos” (SANCHÉZ, 
2008, p. 299).
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A AIA fala da importância ou signi$cância 
das modi$cações ambientais. Para realizá-la, não 
há um único e melhor método a ser adotado. De-
vemos considerar:
�ƒ recursos técnicos e $nanceiros;
�ƒ tempo de duração;
2.3 Métodos de AIA
�ƒ dados e informações existentes ou pos-
síveis de obter;
�ƒ requisitos legais;
�ƒ TR a ser atendido.
 
Veja, agora, os principais métodos de AIA:
Figura 2 – Principais métodos de AIA. 
Fonte: Adaptado de Santos (2007).
Métodos Ad Hoc
São realizados por meio de painéis ou reu-
niões com especialistas. Suas principais caracte-
rísticas são:
�ƒ avaliações em tempo curto e quando 
há carência de dados;
�ƒ rapidez e baixo custo;
�ƒ não permite análise sistemática dos im-
pactos;
�ƒ alto grau de subjetividade dos resulta-
dos.
Listagens de Controle
São divididas em:
�ƒ listagens de controle simples: listam 
somente os fatores ambientais e seus 
indicadores; 
�ƒ listagens descritivas: apresentam a 
relação de parâmetros ambientais e 
podem ter a forma de um questionário 
para a análise dos impactos;
�ƒ listagens de controle escalar: apre-
sentam atribuições de valores numéri-
cos ou em forma de símbolos (letras e 
sinais) para cada fator ambiental.
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Matrizes de Interação
São compostas de duas listagens de contro-
le. Nas colunas, são dispostas as ações ou ativida-
des impactantes (causa) e, nas linhas, os fatores 
ambientais e sociais que podem ser afetados por 
essas ações (efeito). Nessas matrizes, cada célu-
la de interseção representa a relação de causa e 
efeito geradora do impacto. A matriz mais utiliza-
da no âmbito da AIA é a de Leopold, que é uma 
representação que utiliza uma listagem de 100 
ações ou atividades impactantes e 88 fatores ou 
atributos ambientais, resultando em 8.800 intera-
ções. Veja:
AtençãoAtenção
Atividades/empreendimentos sujeitos ao 
licenciamento com AIA
• Parques temáticos e aquáticos.
• Complexos turísticos e hoteleiros.
• Hidroelétrica.
• Linhas de transmissão ou subestação.
• Abertura de barras e embocaduras.
• Canalização, reti"cação ou barramento de 
cursos d’água.
• Sistema de irrigação.
• Transposição de bacias hidrográ"cas.
• Sistema de abastecimento de água.
• Aeroportos.
• Portos.
• Terminal de cargas.
• Ferrovias.
• Rodovias.
• Corredor de transporte metropolitano.
• Oleoduto.
• Gasoduto.
• Projeto agrossilvopastoril.
• Projeto de assentamento rural e de colo-
nização.
• Loteamento ou conjunto habitacional.
• Loteamento misto com uso industrial.
• Distrito ou loteamento industrial.
• Zona estritamente industrial.
• Agroindústria – destilaria de álcool e usina 
de açúcar.
• Depósito ou comércio atacadista de pro-
dutos químicos ou in?amáveis.
• Complexo industrial.
• Aterro industrial e de codisposição.
• Aterro sanitário.
• Sistemas de tratamento de resíduos sóli-
dos urbanos.
• Sistemas de tratamento de resíduos sóli-
dos industriais, associados ou não a insta-
lações industriais.
• Sistemas de tratamento e disposição "nal 
de resíduos de serviços de saúde.
• Transbordo de resíduos sólidos.
• Atividade minerária.
• Sistema de tratamento e disposição de es-
goto sanitário.
• Centrais termoelétricas.
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Figura 3 – Matriz de Leopold.
Temos, também, outros tipos de matriz. São 
elas:
�ƒ matriz de correlação;
�ƒ matriz cromática. 
Veja um exemplo de matriz cromática:
Quadro 4 – Matriz cromática.
FATORES DE IMPACTO AO AMBIENTE Meio Antrópico Meio Físico Meio Químico Meio Biológico
1. Geração de empregos
2. Implantação de infraestrutura
3. Mudança das características das águas
4. Vetores de doenças
5. Alteração do relevo natural
6. Ocorrência de erosão
7. Obtenção de material de cobertura
8. Alteração de espécies da fauna e Gora
9. Tráfego
10. Geração de biogás
11. Odores
12. Mudança dos níveis de ruído
13. Alteração da paisagem
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Legenda
IMPACTO COR
POSITIVO BAIXO
MÉDIO
ALTO
NEGATIVO BAIXO
MÉDIO
ALTO
INDIFERENTE
Superposição de Cartas
 
O método utiliza a superposição de cartas 
em transparência visando à obtenção da distri-
buição espacial dos impactos e sua extensão em 
termos geográ$cos. A superposição resulta em 
uma carta-síntese de aptidão da área e respec-
tivos fatores ambientais com os usos propostos, 
possibilitando a identi$cação e a avaliação quali-
tativa de prováveis impactos.
Modelos de Simulação
Ocorrem com a utilização de modelos mate-
máticos computadorizados que irão representar 
o funcionamento dos sistemas ambientais. Suas 
aplicações se estendem a diagnósticos e prog-
nósticos sobre a qualidade ambiental da área de 
inGuência do projeto.
Redes de Interação
Este método apresenta uma grande vanta-
gem, que é a boa visualização da interação entre 
os componentes, além do fato de não se restrin-
gir aos efeitos diretos; as redes de interação sim-
ples são as mais empregadas para o diagnóstico 
e prognóstico. O método utiliza Guxogramas ou 
grá$cos da sucessão de impactos, por meio da co-
nexão entre ações e fatores ambientais. 
2.4 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a),
Aqui, apresentaremos as principais informações contidas neste capítulo, mas não se esqueça de 
que todas as informações são importantes! Bons estudos!
Vimos que o processo de AIA segue uma sequência ordenada de atividades. Com isso, podemos 
fazer uma análise crítica sobre os possíveis impactos ambientais que um determinado empreendimento 
ou atividade poderá causar ao meio ambiente. Vale a pena ressaltar que existem três etapas básicas que 
devem ser realizadas:
�ƒ etapa inicial;
�ƒ etapa de análise detalhada;
�ƒ etapa pós-aprovação.
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A AIA deve ser realizada pensando nos impactos não apenas sobre os meios bióticos e físicos, mas 
também sobre o meio socioeconômico. Os impactos devem ser analisados não somente na área de 
implantação direta do empreendimento.
Fazer a classi$cação e interpretação dos impactos tem como $nalidade a identi$cação das ações de 
prevenção e/ou de mitigação que são prioritárias. Feita a identi$cação dos possíveis impactos em todas 
as fases do empreendimento (quando no caso do licenciamento ambiental), podemos utilizar os seguin-
tes aspectos para classi$cá-los:
�ƒ magnitude;
�ƒ ocorrência;
�ƒ fonte;
�ƒ valor ou sentido;
�ƒ ordem ou origem;
�ƒ extensão espacial;
�ƒ desencadeamento;
�ƒ frequência (em função da forma);
�ƒ frequência (em função da intensidade);
�ƒ estado evolutivo;
�ƒ distribuição;
�ƒduração;
�ƒ acumulação;
�ƒ sinergia;
�ƒ importância;
�ƒ temporalidade;
�ƒ reversibilidade (em função da intensidade);
�ƒ reversibilidade (em função da forma).
Para realizar a AIA, não há um único e melhor método a ser adotado. Devemos considerar:
�ƒ recursos técnicos e $nanceiros;
�ƒ tempo de duração;
�ƒ dados e informações existentes ou possíveis de obter;
�ƒ requisitos legais;
�ƒ TR a ser atendido.
 
Vimos, então, os principais métodos de AIA:
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Figura 4 – Principais métodos de AIA.
Fonte: Adaptado de Santos 2007.
2.5 Atividades Propostas
1. Como funciona o processo de AIA?
2. Qual é a $nalidade da classi$cação e interpretação dos impactos ambientais?
3. Quais são os principais métodos de AIA?
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Caro(a) aluno(a),
A seguir, vamos apresentar a legislação am-
biental referente à AIA, ao licenciamento e à pre-
venção contra a poluição no estado de São Paulo 
e em nível federal.
Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 
Federal nº 6.938, de 31 de Agosto de 1981)
 
O art. 10º determina que a instalação de 
atividades que utilizem recursos ambientais, con-
siderados efetiva e potencialmente poluidores, 
bem como os capazes, sob qualquer forma, de 
causar degradação ambiental, dependerá de pré-
vio licenciamento de órgão estadual competente, 
sem prejuízo de outras licenças exigíveis.
Constituição Federal de 1988
 
O inciso VI do art. 225 determina a possibili-
dade de ser exigido EIA prévio para instalação de 
atividades ou obras potencialmente poluidoras 
causadoras de signi$cativa degradação ambien-
tal, na forma estabelecida pela legislação regu-
lamentar (Resoluções CONAMA nº 237/1997 e 
001/1986).
Constituição do Estado de São Paulo (1989), 
Acrescida das Alterações das Emendas 
Constitucionais
O art. 192 estabelece que a execução de 
obras, atividades, processos produtivos e em-
preendimentos e a exploração de recursos natu-
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL – AIA/
LICENCIAMENTO3
rais de qualquer espécie, quer pelo setor público, 
quer pelo privado, será admitida se houver res-
guardo do meio ambiente ecologicamente equi-
librado.
Resolução CONAMA nº 001, de 23 de Janeiro 
de 1986
Art. 2º Dependerá de elaboração de Es-
tudo de Impacto Ambiental e respectivo 
Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, a 
serem submetidos à aprovação do órgão 
estadual competente, e do IBAMA em ca-
ráter supletivo, o licenciamento de ativi-
dades modi$cadoras do meio ambiente 
[...].
Resolução CONAMA nº 009, de 3 de Dezembro 
de 1987
Determina a realização de audiência públi-
ca sempre que esta for considerada necessária ou 
quando for solicitada por entidade civil, pelo Mi-
nistério Público ou por 50 ou mais cidadãos. O ór-
gão de meio ambiente, a partir da data do recebi-
mento do RIMA, $xará em edital e anunciará pela 
imprensa local a abertura do prazo, que será no 
mínimo de 45 dias, para solicitação de audiência 
pública. No caso de haver solicitação de audiên-
cia pública e na hipótese de o órgão estadual não 
realizá-la, a licença concedida não terá validade.
Resolução CONAMA nº 237, de 19 de 
Dezembro de 1997
Dispõe sobre o licenciamento ambiental, 
estabelecendo critérios para a de$nição de com-
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petências e lista as atividades sujeitas ao licencia-
mento.
Lei Federal nº 9.605, de 12 de Fevereiro de 
1998
Dispõe sobre as sanções penais e adminis-
trativas para as condutas e atividades lesivas ao 
meio ambiente. O art. 60 considera crime am-
biental a construção, ampliação, instalação e fun-
cionamento de estabelecimentos e obras poten-
cialmente poluidores sem licença ou autorização 
dos órgãos ambientais competentes.
Lei Estadual nº 997, de 31 de Maio de 1976
Dispõe sobre o controle da poluição do 
meio ambiente e condiciona a instalação de fon-
tes de poluição à prévia autorização do órgão es-
tadual de controle da poluição do meio ambiente, 
mediante expedição de Licença Ambiental Prévia 
(LAP), de Licença Ambiental de Instalação (LAI) e/
ou de Licença Ambiental de Operação (LAO).
Decreto Estadual nº 8.468, de 8 de Setembro 
de 1976
Aprova o regulamento da Lei nº 997, de 31 
de maio de 1976, e estabelece em seu art. 57 as 
atividades consideradas “fontes de poluição” para 
efeito de obtenção de LAI e LAO.
Resolução CONAMA n°9/1987
Dispõe sobre os procedimentos para as au-
diências públicas.
Resolução CONAMA n° 10/1990
Dispõe sobre normas especí$cas para o li-
cenciamento ambiental de extração mineral da 
classe II.
Resolução CONAMA n° 9/1990
Dispõe sobre normas especí$cas para o li-
cenciamento ambiental de extração mineral das 
classes I a IX, exceto a classe II.
Resolução SMA n° 42, de 29 de Dezembro de 
1994
Determina que o pedido de licença será 
analisado desde que instruído com o Relatório 
Ambiental Preliminar (RAP), sendo facultado ao 
órgão exigir a apresentação de EIA/RIMA ou dis-
pensá-la.
Deliberação CONSEMA nº 6, de 21 de Junho 
de 1995
Regulamenta a Resolução SMA nº 42/1994 
e estabelece a forma e o padrão de publicação 
dos requerimentos de licença para atender ao 
princípio da publicidade.
Resolução SMA nº 19, de 22 de Março de 1996
Estabelece critérios e procedimentos para 
o licenciamento ambiental dos sistemas urbanos 
de esgotamento sanitário.
Resolução SMA nº 55, de 13 de Outubro de 
1995
O art. 1º trata da criação, na Coordenadoria 
de Licenciamento Ambiental e Proteção de Re-
cursos Naturais (CPRN), de um grupo técnico de 
apoio às unidades de licenciamento, com a atri-
buição de analisar e emitir pareceres técnicos, a 
$m de subsidiar o processo de licenciamento.
Resolução CONAMA nº 237/1997
Dispõe sobre os procedimentos e critérios 
utilizados no licenciamento ambiental e no exer-
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cício da competência, bem como as atividades e 
empreendimentos sujeitos ao licenciamento am-
biental.
Resolução SMA nº 30/2000
Dispõe sobre o cadastro e o licenciamento 
ambiental de intervenções destinadas às áreas de 
apoio de obras rodoviárias em locais sem restri-
ção ambiental.
Resolução SMA nº 41/2002
Dispõe sobre procedimentos para o licen-
ciamento ambiental de aterros de resíduos iner-
tes e da construção civil no estado de São Paulo.
Resolução SMA nº 33/2002
Dispõe sobre a simpli$cação do licencia-
mento ambiental das intervenções destinadas 
à conservação, manutenção e pavimentação de 
estradas vicinais que se encontrem em operação.
Resolução SMA nº 32/2002
Dispõe sobre os procedimentos de licencia-
mento em Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
Resolução SMA nº 4/2002
Estabelece os procedimentos para o cadas-
tro e o licenciamento ambiental de estruturas 
localizadas nas margens e nas águas interiores e 
de mar aberto, destinadas ao acesso de pessoas 
e coisas às embarcações de esporte e recreio e ao 
acesso destas e daquelas às mesmas águas no es-
tado de São Paulo, e dá providências correlatas.
Resolução SMA nº 54/2004
Dispõe sobre procedimentos para o licen-
ciamento ambiental no âmbito da Secretaria do 
Meio Ambiente.
Resolução SMA nº 49/2004
Dispõe sobre procedimentos para o licen-
ciamento ambiental no âmbito da Secretaria do 
Meio Ambiente.
Resolução SMA nº 39/2005
Altera o valor do custo das horas técnicas 
despendidas em análises para expedição de li-
cenças, autorizações, pareceres técnicos e outros 
documentos, na forma do Decreto n° 47.400, de 4 
dedezembro de 2002.
Resolução SMA nº 33/2005
Dispõe sobre procedimentos para o geren-
ciamento e licenciamento ambiental de sistemas 
de tratamento e disposição $nal de resíduos de 
serviços de saúde humana e animal no estado de 
São Paulo.
Resolução CONAMA n° 378/2006
De$ne os empreendimentos potencialmen-
te causadores de impacto ambiental nacional ou 
regional para $ns do disposto no inciso III, § 1º, 
art. 19 da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, 
e dá outras providências.
Resolução CONAMA n° 377/2006
Dispõe sobre o licenciamento ambiental 
simpli$cado de sistemas de esgotamento sanitá-
rio.
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Resolução SMA nº 56/2006
Estabelece a gradação de impacto ambien-
tal para $ns de cobrança de compensação am-
biental decorrente do licenciamento ambiental 
de empreendimentos de signi$cativo impacto 
ambiental.
Resolução SMA nº 51/2006
Disciplina o licenciamento ambiental das 
atividades minerárias no estado de São Paulo, in-
tegrando os procedimentos dos órgãos públicos 
responsáveis.
Resolução SMA nº 42/2006
Estabelece critérios e procedimentos para o 
licenciamento ambiental prévio de destilarias de 
álcool, usinas de açúcar e unidades de fabricação 
de aguardente.
Resolução SMA nº 54/2007
Dispõe sobre o licenciamento ambiental e 
regularização de empreendimentos urbanísticos 
e de saneamento básico considerados de utilida-
de pública e de interesse social e dá outras provi-
dências.
Resolução SMA nº 22/2007
Dispõe sobre a execução do Projeto Am-
biental Estratégico “Licenciamento Ambiental 
Uni$cado”, que visa a integrar e uni$car o licencia-
mento ambiental no estado de São Paulo, altera 
procedimentos para o licenciamento das ativida-
des que especi$ca e dá outras providências.
Resolução SMA nº 5/2007
Dispõe sobre procedimentos simpli$ca-
dos para o licenciamento ambiental de linhas de 
transmissão de energia e respectivas subestações 
no território do estado de São Paulo.
Resolução SMA nº 88/2008
De$ne as diretrizes técnicas para o licen-
ciamento de empreendimentos do setor sucroal-
cooleiro no estado de São Paulo.
Resolução SMA nº 73/2008
Estabelece os procedimentos para o licen-
ciamento ambiental das atividades de manejo de 
fauna silvestre, nativa e exótica no estado de São 
Paulo e dá providências correlatas.
Resolução SMA nº 67/2008
De$ne as diretrizes técnicas para o licen-
ciamento de empreendimentos do setor sucroal-
cooleiro no estado de São Paulo.
Resolução SMA nº 21/2008
Estabelece os procedimentos para o licen-
ciamento ambiental de estruturas de apoio desti-
nadas ao acesso de pessoas e cargas às embarca-
ções de esporte e recreio no estado de São Paulo 
e dá providências correlatas.
Resolução SMA nº 03/2008
Dispõe sobre procedimentos do licencia-
mento ambiental de empreendimentos e ativida-
des localizados na Região Metropolitana de São 
Paulo e sujeitos ao regime do Balcão Único.
Resolução SMA nº 80/2009
De$ne critérios do licenciamento ambiental 
de utilização de cascalheiras nos casos especi$ca-
dos.
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Resolução SMA nº 22/2009
Dispõe sobre a apresentação de certidões 
municipais de uso e ocupação do solo, sobre o exa-
me e manifestação técnica pelas prefeituras muni-
cipais nos processos de licenciamento ambiental 
realizado no âmbito do Sistema Estadual de Ad-
ministração da Qualidade Ambiental, Proteção, 
Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e 
Uso Adequado dos Recursos Naturais (SEAQUA) e 
sobre a concessão de LAO para empreendimentos 
existentes e dá outras providências.
Leis Orgânicas e Planos Diretores Municipais
Podem exigir a obtenção de licenças para a 
implantação de obras ou atividades que possam 
degradar o meio ambiente e prejudicar a saúde e 
o bem-estar das pessoas.
3.1 Conteúdo do EIA 
Como já foi abordado, a Resolução CONA-
MA nº 001/1986 (art. 6º, inciso I) estabelece o con-
teúdo obrigatório para o EIA da área de inGuência 
do projeto, incluindo toda a descrição, bem como 
uma análise dos recursos ambientais e suas inte-
rações. Temos os seguintes conteúdos:
�ƒ meio físico: subsolo, águas, ar e clima, 
destacando os recursos minerais, topo-
gra$a, tipos e aptidões de solo, corpos 
d’água, regime hidrológico, correntes 
marinhas e correntes atmosféricas;
�ƒ meio biológico e ecossistemas na-
turais: fauna e Gora, destacando as 
espécies indicadoras da qualidade am-
biental, de valor cientí$co e econômico, 
raras e/ou ameaçadas de extinção e as 
de preservação permanente;
�ƒ meio socioeconômico: uso e ocupa-
ção do solo, da água e socioeconômi-
ca, destacando os sítios e monumentos 
arqueológicos, históricos e culturais da 
comunidade, relações de dependência 
na sociedade local e potencial utiliza-
ção futura desses recursos.
Saiba maisSaiba mais
A Resolução CONAMA nº 001/1986 (art. 6º, incisos 
II, III e IV) também determina a obrigatoriedade 
dos seguintes conteúdos: 
• análise dos impactos ambientais do projeto, 
com a identi"cação dos impactos positivos 
e negativos/diretos e indiretos, a previsão 
da magnitude dos impactos imediatos e ge-
rados em médio e longo prazo, temporários 
e permanentes, e o grau de reversibilidade 
desses impactos. Esta é a ação relativa à previ-
são e à avaliação dos impactos que constitui 
a elaboração do prognóstico explicado por 
Sánchez (2008), que tem nos estudos de base 
(diagnóstico) os subsídios necessários à sua 
formulação;
• de"nição das medidas mitigadoras dos im-
pactos negativos.
• elaboração do programa de acompanhamen-
to e monitoramento dos impactos positivos e 
negativos, indicando os fatores e os parâme-
tros a ser considerados.
Cristiano Alves de Carvalho
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A equipe deve descrever, logo na fase de 
identi$cação e análise dos impactos ambientais 
do projeto, todas as intercorrências ambientais e 
sociais durante a construção e a operação de uma 
atividade dentro da realidade diagnosticada, le-
vando em consideração as relações de causa e 
efeito que todas as atividades irão desencadear. 
Os aspectos que devem ser gerenciados, bem 
como todas as atividades, necessitam ser listados, 
com o objetivo de minimizar os impactos possí-
veis. Durante a fase de identi$cação de impactos, 
a equipe pode contar com:
�ƒ experiência prévia da equipe técnica;
�ƒ veri$cação de efeitos em casos de em-
preendimentos semelhantes;
�ƒ pesquisa bibliográ$ca;
�ƒ consulta a trabalhos similares;
�ƒ visita a campo para conhecer o local do 
empreendimento; 
�ƒ consulta a mapas topográ$cos da re-
gião e cartas temáticas disponíveis;
�ƒ visita a empreendimentos similares;
�ƒ elaboração de uma lista das atividades 
que compõem o empreendimento (re-
lação causa e efeito), em que as ações 
tecnológicas são a causa de alterações de 
processos ambientais, que, por sua vez, 
modi$cam a qualidade do ambiente.
Assim, é possível analisar os impactos iden-
ti$cados e a metodologia utilizada para a realiza-
ção da atividade, além do diagnóstico do meio 
físico, biológico e socioeconômico. Por meio des-
ses dados, estabelecem-se as medidas mitigado-
ras para os impactos identi$cados e o plano de 
monitoramento. Todas essas informações e análi-
ses fazem parte do conteúdo do EIA e são a base 
para a obtenção das licenças.
Outros aspectos devem ser apresentados 
pelo EIA antes do conteúdo do diagnóstico, do 
prognóstico (identi$cação e avaliação de impac-
tos ambientais) e do programa de monitoramen-
to. Inicialmente,a redação de um EIA deve pos-
suir:
�ƒ alternativas tecnológicas e de localiza-
ção, levando em consideração a hipó-
tese da não realização do empreendi-
mento;
�ƒ objetivos e justi$cativas do projeto;
�ƒ localização geográ$ca (planta, bacia hi-
drográ$ca);
�ƒ planos e programas governamentais 
relacionados;
�ƒ descrição do projeto: insumos, mão de 
obra, fontes de energia, processos e téc-
nicas operacionais, eGuentes, emissões, 
resíduos e geração de empregos dire-
tos e indiretos.
O conteúdo pode variar em função das ca-
racterísticas de cada atividade e, consequente-
mente, das exigências técnicas legais que devem 
ser seguidas. Vamos exempli$car, a seguir, o con-
teúdo para a caracterização de aterros sanitários 
ou industriais.
Caracterização de Aterros Sanitários e/ou 
Industriais
�ƒ Apresentação de uma alternativa de 
localização (nascentes e divisores de 
águas).
�ƒ Apresentação de um projeto geotécni-
co (terraços, taludes).
�ƒ Origem de material de cobertura.
�ƒ Técnicas de drenagem do percolado e 
destino do lodo.
�ƒ Impermeabilização da base.
�ƒ Quantidade e procedência dos resíduos 
recebidos.
 
O empreendedor deve ter conhecimento 
de que o EIA deverá ser realizado por uma equi-
pe multidisciplinar capacitada e habilitada, que 
não tenha vínculos de dependência com o pro-
ponente. Além de pagar o preço das licenças, o 
proponente deverá arcar com a hora técnica da 
equipe e, também, com todas as despesas neces-
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sárias para o desenvolvimento dos estudos, que 
envolvem:
�ƒ coleta e aquisição dos dados e informa-
ções;
�ƒ inspeções e trabalhos de campo;
�ƒ todas as análises de laboratório;
�ƒ acompanhamento e monitoramento 
dos impactos;
�ƒ estudos técnicos e cientí$cos dos im-
pactos;
�ƒ elaboração do RIMA e fornecimento de, 
pelo menos, cinco cópias.
 
A equipe terá de seguir um roteiro e as 
orientações contidas em alguns documentos, a 
saber:
�ƒ roteiro básico estabelecido pela Resolu-
ção CONAMA nº 001/1986;
�ƒ roteiros detalhados dos fatores ambien-
tais de$nidos pelos órgãos ambientais 
estaduais;
�ƒ TR aprovado pelo órgão ambiental es-
tadual (plano de trabalho);
�ƒ planejamento do conteúdo com a equi-
pe técnica em função da natureza e ca-
racterísticas básicas do empreendimen-
to;
�ƒ delimitações preliminares das áreas de 
estudo e de inGuência.
3.2 Conteúdo do RIMA
O RIMA deve conter todas as conclusões do 
EIA e ser elaborado em linguagem simples, com 
o objetivo de facilitar a comunicação dos resul-
tados entre a equipe técnica do proponente e a 
comunidade interessada em participar da toma-
da de decisão quanto à viabilidade ambiental do 
empreendimento, que terá a oportunidade de 
analisar o estudo antes de sua participação na au-
diência pública.
AtençãoAtenção
A Resolução CONAMA nº 001/1986 (art. 9º) determina que o RIMA, no mínimo, deve apresentar o seguinte con-
teúdo:
• os objetivos e justi"cativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e pro-
gramas governamentais;
• a descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especi"cando para cada um deles, nas 
fases de construção e operação, a área de in?uência, as matérias-primas, a mão de obra, as fontes de energia, 
os processos e técnicas operacionais, os prováveis e?uentes, emissões e resíduos de energia, os empregos 
diretos e indiretos a ser gerados;
• a síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico ambiental da área de in?uência do projeto;
• a descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade, considerando o pro-
jeto, suas alternativas e os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas 
e critérios adotados para sua identi"cação, quanti"cação e interpretação;
• a caracterização da qualidade ambiental futura da área de in?uência, comparando as diferentes situações da 
adoção do projeto e suas alternativas, bem como a hipótese de sua não realização;
• a descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos, men-
cionando aqueles que não puderam ser evitados e o grau de alteração esperado;
• o programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
• a recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral).
Cristiano Alves de Carvalho
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Para melhor entendimento, vamos analisar 
um exemplo.
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Cristiano Alves de Carvalho
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Cristiano Alves de Carvalho
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Planejamento e Avaliação de Impactos Ambientais
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Medidas Mitigadoras
Por de$nição, mitigar o impacto é uma ten-
tativa de evitar o impacto negativo e, sendo im-
possível evitá-lo, procurar corrigi-lo, recuperando 
o ambiente. É função do EIA fazer a de$nição de 
todas as medidas mitigadoras dos impactos ne-
gativos. Nessa de$nição, deve constar uma lista-
gem com todos os equipamentos de controle e 
também todos os sistemas de tratamento de des-
pejos, em que será avaliada a e$ciência de cada 
um deles.
De acordo com o Decreto Federal nº 
95.733/1988, “identi$cados efeitos negativos de 
natureza ambiental, cultural ou social, os órgãos 
ou entidades federais incluirão, no orçamento de 
cada projeto ou obra, dotações correspondentes, 
no mínimo, a 1% do mesmo orçamento destina-
das à prevenção ou à correção desses efeitos”.
Medidas Compensatórias
O EIA, entre as medidas mitigadoras pre-
vistas, prevê a compensação dos possíveis danos 
como forma de indenização. De acordo com a Re-
solução nº 10/1987, para todo licenciamento de 
empreendimentos que podem causar a destrui-
ção de quaisquer ecossistemas, devemos prever 
alguma medida compensatória, como, por exem-
plo, a construção de um parque ecológico.
3.3 Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)
O PRAD foi de$nido pelo  Decreto Federal 
nº 97.632/1989, que determina a apresentação e 
aprovação pelo órgão ambiental competente de 
um plano de recuperação de área degradada no 
caso de empreendimentos voltados à exploração 
mineral e institui como objetivo do PRAD garantir 
a recuperação visando ao retorno do sítio degra-
dado a uma forma de utilização.
O PRAD também se aplica a outras ativida-
des potencialmente degradadoras do meio am-
biente, incluindo o desmatamento de matas cilia-
res e áreas de reserva legal para práticas agrícolas 
e pecuárias.
Cristiano Alves de Carvalho
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Caro(a) aluno(a),
Aqui, apresentaremos as principais informações contidas neste capítulo, mas não se esqueça de 
que todas as informações são importantes! Bons estudos!
Abordamos, neste capítulo, a legislação ambiental referente à AIA, ao licenciamento e à prevenção 
contra a poluição no estado de São Paulo e em nível federal. Vimos que o Conselho Nacional do Meio Am-
biente (CONAMA) é o órgão consultivo e deliberativo do SISNAMA e foi instituído pela Lei nº 6.938/1981, 
que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto nº 99.274/1990. O 
CONAMA é composto por Plenário, Comitê de Integração de Políticas Ambientais (CIPAM), grupos asses-
sores, câmaras técnicas e grupos de trabalho, é presidido pelo ministro do MeioAmbiente e sua secreta-
ria executiva é exercida pelo secretário executivo do mesmo ministério.
De maneira resumida, podemos caracterizar o EIA/RIMA da seguinte forma:
�ƒ informações gerais: localizam, informam, sintetizam e identi$cam o empreendimento;
�ƒ caracterização do empreendimento: refere-se ao planejamento, implantação, operação e 
desativação da obra;
�ƒ área de in+uência: limita sua área geográ$ca, representando-a em mapa;
�ƒ diagnóstico ambiental: caracterização ambiental da área antes da implantação do empreen-
dimento;
�ƒ qualidade ambiental: expõe as interações e descreve as inter-relações entre os componentes 
bióticos, abióticos e antrópicos do sistema, apresentando-os em um quadro sintético;
�ƒ fatores ambientais: meio físico, meio biótico, meio antrópico, sua pormenorização dependerá 
da relevância dos fatores em função das características da área onde se desenvolverá o projeto;
�ƒ análise dos impactos ambientais: identi$cação e interpretação dos prováveis impactos ocor-
ridos nas diferentes fases do projeto. Leva-se em conta a repercussão do empreendimento so-
bre o meio;
�ƒ medidas mitigadoras: por de$nição, mitigar o impacto é uma tentativa de evitar o impacto 
negativo e, sendo impossível evitá-lo, procurar corrigi-lo, recuperando o ambiente.
Já o PRAD é o plano que quali$ca os impactos ambientais causados pelo empreendimento e indica 
quais atividades devem ser implementadas para a recuperação da área, identi$cando as medidas mitiga-
doras que devem ser desenvolvidas para a diminuição desses impactos.
3.4 Resumo do Capítulo
3.5 Atividades Propostas
1. Qual é o conteúdo obrigatório para o EIA?
2. O que o RIMA deve conter? Qual é sua relação com o EIA?
3. O que são medidas mitigadoras e compensatórias?
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Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, iremos trabalhar com o 
exemplo do estado de São Paulo, que utiliza, para 
fazer o licenciamento ambiental de empreendi-
mentos, os estudos de meio ambiente de$nidos 
nas Resoluções CONAMA nº 01/1986 e 237/1997 
e na Resolução SMA nº 54/2004, considerando 
que a última especi$ca as ações e os procedimen-
tos para o estado e institui dois instrumentos pre-
liminares ao EIA/RIMA: o RAP e o TR.
O LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO 
ESTADO DE SÃO PAULO – ESTUDO DE 
CASO 
4
O passo inicial para fazer a solicitação do 
licenciamento é o pedido da LAP, que pode ser 
solicitada após a apresentação dos seguintes es-
tudos:
�ƒ Estudo Ambiental Simpli$cado (EAS);
�ƒ RAP;
�ƒ EIA.
Este tipo de documento é necessário para 
todas as atividades que podem gerar ou geram 
impactos pequenos e não signi$cativos. A seguir, 
estão listadas algumas atividades que devem 
apresentar um EAS:
�ƒ parques temáticos; 
�ƒ obras hidráulicas;
�ƒ pequenas centrais hidroelétricas;
�ƒ rodovia;
�ƒ terminal portuário;
�ƒ linha de transmissão e subestações;
�ƒ pistas de pouso.
Logo após a realização da análise do EAS, os 
órgãos competentes poderão:
�ƒ indeferir o pedido de licença;
�ƒ deferir o pedido de licença;
4.1 EAS
�ƒ exigir a apresentação de RAP;
�ƒ exigir a apresentação de EIA e RIMA. 
Para solicitação de LAP, devemos considerar 
os seguintes procedimentos:
Cristiano Alves de Carvalho
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DOCUMENTAÇÃO BÁSICA PARA REQUERIMENTO DA LICENÇA PRÉVIA
Para protocolização dos pedidos de Licença Prévia, instruídos com EAS, RAP ou EIA deverão ser 
apresentados:
1- Formulário SD preenchido (a $cha com o formulário encontra-se logo abaixo)
2- Apresentação dos Estudos Ambientais, ou seja:
a) 03 vias em papel e uma via digital, quando o licenciamento for realizado com EAS
b) 04 (quatro) vias em papel e uma via digital, quando o licenciamento for realizado com Relatório 
Ambiental Preliminar – RAP;
c) 06 (seis) vias em papel e uma via digital, quando o licenciamento for realizado com EIA/Rima.
3- ART - Anotação de Responsabilidade Técnica - Referente à elaboração do estudo ambiental (EAS, 
RAP ou EIA).
4- Declaração da Prefeitura Municipal quanto a sua posição em relação à questão ambiental do 
empreendimento, e sua impossibilidade técnica para efetivar o licenciamento.
5- Certidão da prefeitura municipal relativa ao uso do solo, nos termos da Res. Conama 237/97, ar-
tigo 10,§1º. Certidões sem prazo de validade só serão aceitas até 180 dias após sua emissão.
6- Comprovante de pagamento do preço de análise de EAS, exceto quando o interessado for isento 
do pagamento (Decreto Est. 48.919/2004). Neste caso apresentar a Solicitação de Dispensa de Pagamen-
to do Preço de Análise.
7- Cópia do protocolo de entrega ao IPHAN dos estudos arqueológicos solicitados, no caso do li-
cenciamento realizado com base em EIA/Rima.
Para a protocolização do Plano de Trabalho, deverão ser encaminhadas duas vias em papel e uma 
via digital do referido Plano.
Para protocolização das informações complementares na CETESB, deverão ser:
a) 3 vias em papel e uma copia digital, caso o licenciamento seja conduzido por EAS;
b) 4 vias em papel e uma via digital, se o licenciamento estiver sendo realizado com RAP;
c) 6 vias em papel e uma via digital, para os licenciamentos realizados com base em EIA/Rima.
Fonte: CETESB (2010).
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A seguir, apresentaremos o formulário de 
solicitação da LAP com EAS ou RAP.
Cristiano Alves de Carvalho
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42
Fonte: CETESB (2010).
Saiba maisSaiba mais
“A Imprensa O"cial é o órgão responsável pela publicação dos atos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciá-
rio do Estado de São Paulo. O Diário O"cial publica diariamente os atos o"ciais no âmbito do governo estadual. 
São mais de duas mil páginas diárias, divididas em nove cadernos: Executivos I e II, Legislativo, Empresarial com 
Junta Comercial, Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, além do Diário O"cial do Município 
de São Paulo” (SÃO PAULO, 2010).
“Todos os dias, o conteúdo do Diário O"cial do Estado de São Paulo é publicado integralmente no DO.online” 
(SÃO PAULO, 2010).
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Este tipo de documento é necessário para 
todas as atividades que podem gerar ou geram 
impactos efetivamente, sendo causadoras de de-
gradação ambiental. Para solicitar a LAP, é preci-
so encaminhar o RAP com toda a documentação 
para o órgão licenciador e, em seguida, realizar a 
publicação do pedido em Diário O$cial, em jor-
nais e em revistas de grande circulação na região, 
devendo-se apresentar o comprovante após a 
publicação.
4.2 RAP
A seguir, temos um modelo para a elabora-
ção do texto para publicação:
1) Requerimento da LAP em separado da LAI
(razão social do empreendimento)
 Torna público que requereu na CETESB a Licença Prévia para (especi$cação da atividade a ser desenvol-
vida no empreendimento), à (endereço do empreendimento). 
2) Requerimento da LAP concomitante com a LAI
(razão social do empreendimento) 
 Torna público que requereu na CETESB de forma concomitante a Licença Prévia e a Licença de Instalação 
para (especi$cação da atividade a ser desenvolvida no empreendimento), à (endereço do empreendimento).
3) Recebimento da LAP sem a intenção de dar continuidade imediata ao processo
(razão social do empreendimento) 
 Torna público que recebeu da CETESB a Licença Prévia nº _____________ para (especi$cação da ativida-
de a ser desenvolvida no empreendimento), à (endereço do empreendimento).
4) Recebimento da LAP e requerimento da LAI
(razão social do empreendimento) 
 Torna público que recebeu da CETESB a Licença Prévia nº _____________ e requereu a

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