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Ato Administrativo

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DIREITO ADMINISTRATIVO EXTINÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS AULA 2 
PROF. LUÍS GUSTAVO
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FORMAS DE EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO 
Na aula de hoje, falarem os das out ras form as de ext inção de atos adm inist rat ivos e 
disponibilizaremos algumas questões sobre o assunto. 
Ficou faltando comentar três formas de extinção dos atos administrativos: 
1) Cassação 
2) Caducidade 
3) Contraposição 
Vamos ao trabalho... 
1) CASSAÇÃO 
Na verdade a cassação e a anulação de um ato adm inist rat ivo possuem efeitos bem 
sem elhantes. A diferença básica é que na anulação o defeito no ato ocorreu em sua form ação, 
ou seja, na or igem do ato, em um de seus requisitos de validade; já na cassação, o vício 
ocorre na execução do ato. 
Assim , Celso Antônio Bandeira de Mello define a cassação com o sendo a ext inção do ato porque 
o dest inatár io descum priu condições que deveriam perm anecer atendidas a fim de poder 
continuar desfrutando da situação jurídica. 
Com o exem plo, tem os a cassação de um a licença, concedida pelo Poder Público, sob 
determ inadas condições, devido ao descum prim ento de tais condições pelo part icular 
beneficiário de tal ato. 
É im portante observarm os que a cassação possui caráter punit ivo (decorre do 
descumprimento de um ato). 
2) CADUCIDADE 
A caducidade origina-se com um a legislação superveniente que acarreta a perda de efeitos 
jurídicos da antiga norma que respaldava a prática daquele ato. 
Diógenes Gasparini define: quando a ret irada funda-se no advento de nova legislação que 
im pede a perm anência da situação anteriorm ente consent ida.
 
Ocorre, por exemplo, quando há retirada de permissão de uso de um bem público, decorrente de 
uma nova le i editada que proíbe tal uso privat ivo por part iculares. Assim , podem os afirm ar que 
tal perm issão caducou . 
3) CONTRAPOSIÇÃO 
Tam bém cham ada por alguns autores de derrubada . Quando um ato deixa de ser válido em 
vir tude da em issão de um out ro ato que gerou efeitos opostos ao seu, dizem os que ocorreu a 
cont raposição. São atos que possuem efeitos contrapostos e por isso não podem exist ir ao 
mesmo tempo. 
Exemplo clássico é a exoneração de um funcionário, que aniquila os efeitos do ato de nomeação. 
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QUADRO COMPARATIVO RESUMO DEFINIÇÕES: 
FORMA DE EXTINÇÃO PALAVRA- CHAVE 
Anulação Ilegalidade/Controle de Legalidade/Vício de 
Legalidade 
Revogação Inconveniente/Inoportuno/Controle de Mérito 
Cassação Sanção/CaráterPunitivo/Descumpriu a Condição
 
Caducidade Nova Legislação 
Contraposição Efeitos Opostos 
 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES: 
1(FEC/TRF- Analista Judiciár io/ 2 0 0 3 ) O principio da Adm inist ração Pública consagrado pela 
súm ula 473, do Suprem o Tribunal Federal: a adm inist ração pode anular os seus próprios atos, 
quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou 
revogá- los, por m ot ivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquir idos, e 
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial , é: 
A) legalidade; 
B) especialidade; 
C) autotutela; 
D) presunção de legitimidade; 
E) eficiência. 
2(NCE/TRT- Analista Judiciár io/ 1 9 9 9 ) Em m atéria de invalidação dos atos adm inist rat ivos, 
enquanto a revogação opera-se por questões pertinentes à: 
(A) preservação do interesse público m aculado pelo vício insanável, operando efeitos ex tunc, a 
anulação deve ser decretada de ofício pela Adm inist ração ou pelo Poder Judiciár io, acarretando 
efeitos ex nunc. 
(B) disponibilidade dos interesses públicos, produzindo efeitos ex nunc, a anulação diz respeito à 
conveniência de desfazimento do ato, operando efeitos ex tunc. 
(C) legalidade e m oralidade, acarretando efeitos ex tunc, a anulação diz respeito ao interesse 
público a ser resguardado, acarretando efeitos ex nunc. 
(D) inobservância ao princípio da legalidade, gerando efeitos ex nunc, a anulação diz respeito ao 
desfazimento do ato para preservar o interesse público mediato, acarretando efeitos ex tunc. 
(E) conveniência e oportunidade, gerando efeitos ex nunc, a anulação é decorrente da 
ilegalidade ou ilegitimidade, acarretando efeitos ex tunc. 
3(TRE/PB/2001) Em relação ao ato administrativo, é correto afirmar: 
a) A anulação do ato administrativo tem por escopo suprimir ato legítimo e eficaz. 
b) A revogação do ato administrativo produz efeitos ex- tunc . 
c) A anulação do ato administrativo tem efeito retroativo. 
d) A faculdade de anular os atos adm inist rat ivos ilegais é rest r ita ao m esm o agente que o 
praticou. 
e) A revogação do ato administrativo é prerrogativa do poder judiciário. 
4(TRE/PB/2001) Controle de mérito, no âmbito da Administração Pública, é todo aquele que: 
a) o Executivo exerce sobre suas próprias atividades, visando mantê- las dentro da lei. 
b) se efetiva após a conclusão do ato controlado, objetivando corrigir eventuais defeitos legais. 
c) acom panha a realização do ato para verificar sua adequação aos textos legais ou 
regulamentares. 
d) visa à com provação da eficiência, do resultado, da conveniência ou oportunidade do ato 
controlado. 
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e) objet iva verificar a conform ação do ato ou do procedim ento adm inist rat ivo com a lei, os 
regulamentos e a Constituição. 
5(FCC/TRE-PI - Analista Judiciár io/ 2 0 0 2 ) É INCORRETO afirm ar que a anulação do ato 
administrativo: 
(A) produz efeitos ex tunc, ou seja, retroativos. 
(B)) está relacionada a critérios de conveniência e oportunidade. 
(C) é de competência tanto do Judiciário como da Administração Pública. 
(D) é cabível em relação aos beneficiários do ato ou terceiros, se ambos de boa- fé. 
(E) pressupõe que ele (ato) seja ilegal e eficaz, de natureza abstrata ou concreta. 
6(FCC/TRE- BA - Analista Judiciár io/ 2 0 0 3 ) Da apreciação da conveniência e oportunidade do 
ato administrativo pode resultar a: 
(A) revogação. 
(B) nulidade. 
(C) anulação. 
(D) invalidação. 
(E) repristinação. 
7(FCC/TRT-RN- Analista Judiciário/2003) Em relação ao ato administrativo, 
I . sua revogação funda-se na ilegalidade do ato e pode ser total ou parcial. 
II. a anulação funda-se em razões de oportunidade e conveniência e decorre do processo 
judicial. 
III. sua revogação é ato da própria Administração. 
IV. a anulação pode ser ato da própria Administração ou deriva de decisão judicial. 
V. a revogação gera efeito ex nunc, enquanto que anulação produz efeito ex tunc. 
Está correto APENAS o que se afirma em 
(A) I , II e III. 
(B) I , IV e V. 
(C) II, III e IV. 
(D) II, III e V. 
(E) III, IV e V 
8 ( UFPA/ Técnico Judiciár io/ PA/ 2 0 0 1 ) Em relação à invalidação dos atos adm inist rat ivos, é 
certo que o Poder Judiciário: 
a) pode anular e revogar os atos administrativos da Administração Pública 
b) não pode revogar e nem anular os atos administrativos da Administração Pública 
c) pode anular, mas não revogar os atos administrativos da Administração Pública 
d) pode revogar, mas não anular os atos administrativos da Administração Pública 
e) pode julgar os cr itérios de m érito e conveniência administ rat ivos para fins de decretação de 
nulidade 
9 ( NCE/ Delegado Civil RJ/ 2 0 0 2 ) Com relação à ext inção de um ato adm inist rat ivo, analise as 
afirmativas a seguir: 
I . A ext inção de um ato adm inist rat ivo que se torna incom pat ível com a lei poster ior é 
denominada contraposição. 
I I . Na anulação do ato adm inist rat ivo, de acordo com a jurisprudência consolidada do Suprem o 
Tribunal Federal, é indispensável o respeito ao direito adquirido dos destinatários do ato. 
III. Como regra, somente os atos administrativosdiscricionários podem ser revogados. 
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente: 
a) I 
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b) II 
c) III 
d) I e II 
e) II e III 
1 0 ( NCE/ Delegado Civil RJ/ 2 0 0 0 ) Com relação à ext inção dos atos adm inist rat ivos, assinale a 
alternativa correta: 
a) a competência para revogar ato administrativo, praticado por qualquer poder, será do Poder 
Judiciário ou da própria Administração Pública; 
b) no m om ento da revogação, a Adm inist ração Pública não precisa respeitar o direito adquir ido, 
amparado somente em face da lei; 
c) a revogação do ato administrativo vai retroagir à data em que o ato foi praticado; 
d) a cassação do ato administrativo é a forma de extinção do ato legítimo na sua formação, mas 
que se tornou ilegal na sua execução; 
e) a Administração Pública não pode, de ofício, revogar atos administrativos. 
1 1 ( NCE/ Oficial de Cartór io/ 2 0 0 1 ) A m odalidade de ext inção do ato adm inist rat ivo que tem 
como fundamento a reavaliação de critérios de conveniência e oportunidade é denominada: 
a) retificação; 
b) revogação; 
c) anulação; 
d) caducidade; 
e) sanatória. 
1 2 ( ESAF/ MPOG/ 2 0 0 1 ) A ext inção de um ato adm inist rat ivo perfeito, por m ot ivo de 
conveniência e oportunidade, denomina-se: 
a) revogação 
b) anulação 
c) convalidação 
d) conversão 
e) invalidação 
13 (NCE/TRT) A anulação do ato administrativo se dá em razão de: 
a) ilegalidade, produzindo efeito ex nunc 
b) inconveniência, produzindo efeito ex nunc 
c) ilegalidade, produzindo efeito ex tunc 
d) inconveniência, produzindo efeito ex tunc 
e) inoportunidade, produzindo efeito ex- tunc 
1 4 ( Prom otor/ SP) A revogação do ato adm inist rat ivo, editado pelo Poder Execut ivo, pode ser 
feita: 
a) pelo Poder Execut ivo e pelo Poder Legislat ivo, por ilegalidade ou conveniência, 
respectivamente, no último caso obedecido o quorum regimental 
b) pelo Poder Judiciário, em decorrência de ilegalidade comprovada 
c) pelo Poder Executivo e pelo Poder Judiciário, em decorrência de ilegalidade comprovada 
d) pelo Poder Legislat ivo, apenas por razões de oportunidade e sem pre obedecido o quorum 
regimental 
e) pelo Poder Executivo, que editou ato, por razões de conveniência e oportunidade 
15 (FCC/AFC) A revogação é a invalidação do ato administrativo: 
a) viciado 
b) baixado por autoridade competente 
c) sem motivo 
d) que se tornou inconveniente 
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e) com desvio de finalidade 
GABARITO:
 
1 c 2 e 3 c 4 d 5 b 6 a 7 e 8 c 
9 c 10 d 11 b 12 a 13 c 14 e 15 d 
 
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