Buscar

Crimes Contra a Adm Publica OK

Prévia do material em texto

CRIME FUNCIONAL – PRATICADO POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
OS CRIMES FUNCIONAIS SÃO CRIMES PRÓPRIOS POIS SOMENTE PODEM SER COMETIDOS POR FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NO EXERCÍCIO DAS SUAS FUNÇÕES.
ATENÇÃO – SÃO CRIMES PRÓPRIOS E NÃO CRIMES DE MÃO-PRÓPRIA
Art. 312 – Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
** Art. 30 – Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
Elementar do tipo
CRIME FUNCIONAL PRÓPRIO - somente existe porque foi praticado por funcionário público. A exclusão da qualidade funcional torna o fato atípico.
Prevaricação
Art. 319 – Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
CRIME FUNCIONAL IMPRÓPRIO - excluindo-se a qualidade de funcionário público, haverá desclassificação para crime de outra natureza (atipicidade relativa):
(Peculato) Art. 312 – Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio:
Art. 168 – Apropriar-se de coisa alheia móvel de que tem a posse ou a detenção:
FUNCIONÁRIO PÚBLICO PARA EFEITOS PENAIS
Art. 327 – Considera-se funcionário público para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
Par. 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
Par. 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
PECULATO
Art. 312 – Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa
Par. 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro valor ou bem, o subrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
PECULATO CULPOSO
Par. 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena – detenção de 3(três) meses a 1 (um) ano.
Par. 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de ½ (metade) a pena imposta.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR, art. 16 CP
1/3 a 2/3
PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM 
Art. 313 – Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa
INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES 
Art. 313–A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos no sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa
MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO AUTORIZADA DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES 
Art. 313–B. Modificar ou alterar o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa
Par. Único – As penas são aumentadas de 1/3 (um terço) até ½ (metade) se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.
EXTRAVIO, SONEGAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO 
Art. 314 – Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonega-lo ou inutiliza-lo, total ou parcialmente:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Obs.: Art. 356 do CP – Advogado.
EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS OU RENDAS PÚBLICAS 
Art. 315 – Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
Ex.: O Administrador Público – verba pública – cadeira – comida
Obs.: O Prefeito comete o crime no decreto lei 201/67 e não o do art. 315
.
CONCUSSÃO 
Art. 316 – Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
EXCESSO DE EXAÇÃO (COBRANÇA) 
Par. 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
Par. 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Ex.: Fiscal de rendas – IPTU – carro de som – meio vexatório
Obs.: Excesso de Exação x Peculato.
CORRUPÇÃO PASSIVA 
Art. 317 – Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Exemplo: policial – aplicação de multa
Par. 1º – A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
Par. 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa.
Exemplos: 
1. Policial para carro em blitz – Sra. Pede para que o policial não apreenda o carro – filhas pequenas – Policial manda a Sra. seguir viagem.
2. Escrivão de Policia – sua mulher o troca por outro – o outro vai ate a delegacia do Escrivão para registrar BO – Escrivão se nega a registrar.
3. Saindo da Balada Blitz – vejo o João (amigo) sendo parado – pelo Policial Jose (tb meu amigo) – peço a José que não multe João pelo fato dele ser meu amigo – Jose libera João.
PREVARICAÇÃO 
Art. 319 – Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
 
Art. 319–A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA 
Art. 320 – Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA 
Art. 321 – Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
Par. Único. Se o interesse é ilegítimo:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, além da multa.
VIOLÊNCIA ARBITRÁRIAArt. 322 – Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da pena correspondente à violência.
********** REVOGADO PELA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE 4898/65
ABANDONO DE FUNÇÃO 
Art. 323 – Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Par. 1º Se do fato resulta prejuízo público:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Par. 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGALMENTE ANTECIPADO OU PROLONGADO 
Art. 324 – Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:
Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL 
Art. 325 – Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.
Obs.: Violação de Sigilo Funcional x Violação do Segredo Profissional (Art. 154 – Advogado)
Art. 325 - QUALIFICADO
Par. 1º Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública;
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
Par. 2º Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem:
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
VIOLAÇÃO DO SIGILO DE PROPOSTA DE CONCORRÊNCIA 
Art. 326 – Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa
* Tacitamente revogado pelo art. 94 da Lei 8666/93 (Lei das Licitações).
Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:
Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.
USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA 
Art. 328 – Usurpar o exercício de função pública.
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
QUALIFICAÇÃO
Par. Único. Se do fato o agente aufere vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Ex. Pessoa que anda com policial – se passa por policial – mas não é policial.
Obs: Função Pública: é o conjunto de atribuições inerentes ao serviço público que não correspondam a um cargo ou emprego.
USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA 
Obs.: CONSUMAÇÃO - A pessoa não somente se apresenta (contravenção, art. 45 da lei de contravenções), ele tem que efetivamente praticar ato funcional.
Obs.: A lei não fala que tipo de vantagem.
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa / Sujeito Passivo: O Estado
Elemento Subjetivo: Dolo
Não admite forma culposa
Admite Tentativa
Classificação do Crime
	Comum / Formal / De forma livre / Comissivo / Instantâneo 
	/ Plurissubsistente.
USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA 
. Crime de ação penal pública incondicionada;
. Forma Simples - Lei dos Juizados Especiais Criminais 
QUESTÕES 
Por qual crime responde o indivíduo que, logo após ter passado em concurso público, mas sem ainda ter preenchido os demais requisitos legais para a assunção do cargo, pratica atos de ofício? 
Por qual crime responde o indivíduo que se intitula funcionário público para obter vantagem ilícita, em prejuízo alheio?
RESISTÊNCIA 
Art. 329 – Opor-se à EXECUÇÃO de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena – detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, e multa.
AGRAVANTE
Par. 1º. Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Par. 2º. As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
RESISTÊNCIA 
. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa / Sujeito Passivo: Estado
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não admite a forma Culposa
. Admite a Tentativa
. Classificação do Crime
	Comum / formal / de forma livre / comissivo / instantâneo /
	plurissubsistente
Obs: Ofensa não é ameaça (pode ser Desacato);
Obs: Embriaguez x Resistência
Obs: Prestador de auxílio (carregador) x Resistência
RESISTÊNCIA 
. Resistência x Desobediência x Desacato
Ex. Durante a prisão .....
Ex. Após a prisão ....
. Crime de ação penal pública incondicionada;
Obs: Tentativa – Ameaça – Só por escrito
Obs: Roubo x Resistência – STJ
“a resistência oposta por assaltante para evitar a prisão, quando perseguido logo após a prática do crime de roubo, não constitui crime autônomo, representa, tão somente, um desdobramento da violência caracterizadora do delito patrimonial”. STJ, RE 173.466-PR, Rel. Min. Vicente Leal, DJU, 4-10-1999
RESISTÊNCIA 
Exemplo: Ticio resistindo a ordem de prisão em flagrante joga uma pedra na viatura. 
Obs.: resistência a coisa – Fato atípico (pode ser dano art. 163 CP)
Obs.: crime de resistência – a resistência é feita a ALGUÉM.
Obs.: crime de resistência – se opõem durante a execução do ato; 
Obs.: Se o ato for ilegal, ainda que ele resista não se comete crime;
Obs.: Se ele resistir ao ato, o ato for legal, e o funcionário público não for o competente para executar aquele ato – FATO ATÍPICO.
Plano de Aula: Aula 01 – Questão Discursiva: Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas:
Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de fevereiro até o mês de maio do ano de 2014,  RONALDO ESPERTO, prevalecendo-se da condição de perito, nomeado pelo juízo da Xª Vara civil da Comarca da Capital, com o fim de obter indevida vantagem econômica solicitou aos advogados de determinado processo, o  pagamento de determinada quantia em dinheiro para fins de elaboração de laudo favorecendo o cliente destes, todavia as vítimas não concordaram em repassar qualquer montante a RONALDO ESPERTO.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas:
a)      RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? Responda de forma objetiva e fundamentada.
b)      Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou tentada ou consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer montante ao agente.
DESOBEDIÊNCIA 
Art. 330 – Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses, e multa.
Art. 5º, inc. II da CF
Obs. Quando o código colocar dentro da desobediência uma cominação legal de multa, nós não temos desobediência.
Ex.: Juiz determina que Plano de Saúde realize uma cirurgia sob pena de multa diária (se tem a aplicação de multa, eu posso desobedecer,,, pq caso eu desobedeça eu pago a multa)
DESOBEDIÊNCIA 
Obs. A ORDEM (não simples pedido ou solicitação) legal tem que ser endereçada diretamente a quem tem o dever legal de cumpri-la. 
. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa / Sujeito Passivo: Estado
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não admite a forma Culposa
. Admite a Tentativa na forma comissiva
. Classificação do Crime			faça algo ou deixei de fazer algo
	Comum / formal / de forma livre / comissivo ou omissivo / 
	instantâneo / unissubsistente ou plurissubsistente
DESOBEDIÊNCIA 
Obs. DESOBEDIÊNCIA X PREVARICAÇÃO (art. 319 CP)
Obs. Prefeito não pode ser sujeito ativo – Crime de Responsabilidade, art. 1º, XIV, do Decreto-lei 201/67.
Obs. Ordem emanada de juiz impedido x Desobediência
Obs. Descumprimento das condições impostas na suspensão condicional do processo x Desobediência
Obs. Descumprimentodas imposições feitas ao usuário de drogas (art. 28 Par. 6º da Lei 11.343/2006) x Desobediência 
Obs. Sigilo do Advogado (autoacusação) x Desobediência
	exercício regular do direito (excludente de ilicitude)
DESOBEDIÊNCIA
Exemplos:
Recusa em identificar-se civilmente;
Recusa em submeter-se à identificação criminal (art. 5º, LVIII da CF); - Lei nº 12.037/009 e Lei do Crime Organizado.
Recusa ou demora em cumprir ordem judicial;
. Crime de ação penal pública incondicionada;
. Forma Simples - Lei dos Juizados Especiais Criminais 
DESACATO 
Art. 331 – Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.
***STJ – Descriminalização
Artigo 13 da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica)
Obs. O STJ entende que DESACATO não é mais crime.
Obs. Para o STF desacato continua sendo crime.
Obs.: O desacato tem que ser cometido na presença do funcionário – caso não seja na presença, temos então um crime contra a Honra, (CP, art. 141)
DESACATO 
. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa / Sujeito Passivo: Estado
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não admite a forma Culposa
. Admite a Tentativa (incabível na injuria oral)
. Classificação do Crime
	Comum / formal / de forma livre / comissivo / 
	instantâneo / unissubsistente ou plurissubsistente
Obs. A intenção é o Desprestigio da Função Pública
Obs. Pode se dar por: . Emprego de violência; . Gestos ofensivos; . Expressões caluniosas, etc.
Obs. Não há desacato se a ofensa é feita por meio de carta, telefone, petição subscrita por advogado.
DESACATO 
. Obs. Advogado – Estatuto da Advocacia (art. 7º, Par. 2º)
“O advogado não comete crimes de injúria, difamação ou desacato no exercício de suas funções, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares junto à OAB...” – Posicionamento do STF
. Obs. Funcionário que provoca a ofensa x Particular devolve provocação.
. DESACATO X RESISTÊNCIA
. DESACATO X LESÃO CORPORAL GRAVE (concurso formal de crimes)
 
DESACATO 
Obs. O ato de Desacato praticado contra 2 ou mais funcionários configura crime único; 
. Crime de ação penal pública incondicionada;
. Forma Simples - Lei dos Juizados Especiais Criminais 
Exemplos: cuspir no rosto do oficial de justiça; puxar o cabelo do oficial do cartório; atirar papéis no promotor de justiça; rogar praga contra funcionário, jogar urina nele, xingá-lo, dar uma leve bofetada na cara do policial. 
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA (VENDA DE FUMAÇA)
Art. 332 – Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
AGRAVANTE
Par. Único. A pena é aumentada da ½ (metade), se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário.
Obs.: Não tem conluio com funcionário público (FUMAÇA)
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA 
Obs.: Se assemelha com o crime previsto no Art. 357 – Exploração de Prestígio (Crime contra a Adm. Da Justiça);
Obs.: Tráfico de Influência – ocorre quando o sujeito ativo solicita vantagem para influenciar em qualquer ato de (FUNCIONÁRIO PÚBLICO EM GERAL) porque se for funcionário DA JUSTIÇA o crime é o do art. 357 Da Justiça (FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESPECÍFICO).
Obs.: O particular não está junto com o funcionário público, porque se estiver teremos o crime de CORRUPÇÃO PASSIVA (para quem recebe) e CORRUPÇÃO ATIVA (para quem oferta)
Obs.: Caso se descubra que o agente não detém a qualidade de funcionário público, o crime será outro: ESTELIONATO.
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA 
Obs.: Vantagem em relação a ato praticado por funcionário público;
Obs.: O ato deve ser futuro, não pode ter sido praticado.
Obs.: No mínimo 03 pessoas envolvidas.
. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa / Sujeito Passivo: Estado
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não admite a forma Culposa
. Admite a Tentativa (na forma plurissubsistente) Ex. Exigência 	mediante carta.
. Classificação do Crime
	Comum / formal (solicitar, exigir e cobrar) ou material (obtém a 	vantagem) / de forma livre / comissivo / instantâneo / 	unissubsistente ou plurissubsistente
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA 
Exemplo: Indivíduo que, afirmando falsamente ser parente do Secretário de Habitação de Urbanismo, solicita dinheiro aos camelôs situados na Praça da República na cidade de SP, a pretexto de conseguir a regularização das barracas naquele local.
Exemplo: Despachante que, alegando possuir influência sobre os funcionários do Detran, solicita vantagem da vítima a pretexto de fazer com que multas de infração de trânsito não sejam cobradas.
Obs.: TRÁFICO DE INFLUÊNCIA X ESTELIONATO
O Tráfico de Influência sempre absorve o estelionato.
CORRUPÇÃO ATIVA 
Art. 333 – OFERECER ou PROMETER vantagem indevida a funcionário público, para determina-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
AGRAVANTE
Par. Único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. 
CORRUPÇÃO ATIVA 
. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa / Sujeito Passivo: Estado
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não admite a forma Culposa. Ex. Dinheiro na CNH.
. Admite a Tentativa (na forma plurissubsistente) Ex. correspondência contendo a oferta de dinheiro não chega ao Funcionário Público, por ter sido apreendida pela Policia. 
. Classificação do Crime
	Comum / formal / de forma livre / comissivo / instantâneo / 	unissubsistente ou plurissubsistente
Ex. Suborno para fugir da prisão (fuga sem violência é ato lícito, mas não afasta a corrupção Passiva do agente penitenciário)
Obs. A corrupção pode ser praticada por escrito (carta, e-mail), oralmente (telefone) ou por meio de gestos ou atos.
CORRUPÇÃO ATIVA 
Ex. Motorista que diante da interceptação de seu veículo pela polícia rodoviária e solicitação de sua carteira de motorista, que se encontra com o prazo de validade vencido, coloca dinheiro no interior desta e a entrega ao policial.
Obs. Não é considerado CORRUPÇÃO ATIVA, o oferecimento de gratificações de pequena monta por serviço extraordinário, como uma garrafa de vinho e cesta de natal.
Obs. Oferecimento ou promessa anterior ao ato
	. Exige-se para a configuração do crime;
	. Se a vantagem dada após a prática do ato, sem promessa ou oferta anterior, não configura corrupção ativa, podendo configurar IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, art. 9º da Lei 8.429/92 ou CORRUÇÃO PASSIVA, art. 317 do CP.
CORRUPÇÃO ATIVA 
Obs. Para configuração da CORRUPÇÃO ATIVA o ato tem que ser de atribuição específica do funcionário público. Ex. É crime impossível oferecer dinheiro para que investigador de polícia não instaure IPL contra ele, pois essa atribuição é específica do Delegado, podendo configurar ato de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, Art. 9º e 11º da Lei 8.429/92.
Obs. CORRUPÇÃO ATIVA SEM A PASSIVA. 
	- O oferecimento ou a promessa de vantagem feita pelo particular, independentemente do recebimento da vantagem ou da aceitação da promessa pelo funcionário público.
CORRUPÇÃO ATIVA 
Obs. CORRUPÇÃO PASSIVA SEM A ATIVA
	- Se o funcionário público solicitar vantagem indevida ao particular, independentemente da entrega da vantagem. Caso a entrega ocorra o particular não responderá pelo art. 333, o fato será atípico, pois o artigo somente prevê as condutas OFERECER ou PROMETER. 
Obs. CORRUPÇÃO ATIVA E PASSIVA
	- Na conduta do funcionário público recebe a indevida vantagem (art. 317 do CP), é pressuposto necessário que haja anteriormente a ocorrência do delito de corrupção ativa na modalidade “oferecer vantagem indevida a funcionário (art. 333 do CP).
CORRUPÇÃO ATIVA 
Obs. CORRUPÇÃO ATIVA X CONCUSSÃO
	- Não é possível que ocorra os dois crimes, tendo em vista que a vítima que entrega o dinheiro no crime de CONCUSSÃO,não pode ser considerada sujeito ativo do crime de CORRUPÇÃO ATIVA, tendo em vista que o particular é constrangido a entregar a vantagem.
. Crime de ação penal pública incondicionada;
DESCAMINHO 
Art. 334 – Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Par. 1º Incorre na mesma pena quem:
	I - Pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;
	II - Pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;
	III - Vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de ... 
DESCAMINHO 
... procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem;
	IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal, ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos.
	Par. 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. Ex. Sacoleiras de Miami;
DESCAMINHO 
	Par. 3º - A pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou descaminho é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa / Sujeito Passivo: Estado
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não admite a forma Culposa. 
. Admite a Tentativa (na forma plurissubsistente) Ex. Se a importação ou exportação é pela Alfândega, o crime somente estará consumado depois de ter sido a mercadoria liberada pelas autoridades ou transposta a zona fiscal.
. Classificação do Crime
	Comum / formal / de forma livre / comissivo ou omissivo / instantâneo / unissubsistente ou plurissubsistente
DESCAMINHO 
Obs. Se houver participação de funcionário público, pode configurar o crime do Art. 318 CP (Facilitação de contrabando ou descaminho);
Obs. Princípio da Insignificância
	. Segundo o STJ, segundo precedente do STF, aplica-se tal princípio quando o valor do débito tributário não ultrapassar o limite de R$ 10 mil reais, ressalvado os casos de habitualidade delitiva. Ex. Comércio Formiga.
Obs. Competência para Julgar
	. Justiça Federal 
Obs. Navegação de cabotagem
	. É a navegação realizada entre portos ou pontos do território brasileiro.
DESCAMINHO 
Obs. “Introdução Clandestina” x “Importação Fraudulenta”
	. No 1º caso a mercadoria ingressa no país sem passar pela zona alfandegária. Já no 2º caso, o agente passa com a mercadoria pela zona alfandegária, mas a libera sem pagar os impostos devidos.
Obs. DESCAMINHO X RECEPTAÇÃO (art. 180 do CP)
	. Descaminho – a pessoa adquiri, recebe ou oculta mercadoria estrangeira sem documentação válida, EXERCENDO ATIVIDADE COMERCIAL ou INDUSTRIAL. Princípio da Especialidade / apesar da conduta se amoldar a de Receptação.
	. Receptação – a pessoa adquiri, recebe ou oculta mercadoria estrangeira em documentação válida, FORA DA ATIVIDADE COMERCIAL ou INDUSTRIAL. 	
DESCAMINHO 
Obs. Habitualidade
	. Conduta reiterada no tempo, que caracteriza um estilo de vida;
Obs. Extinção da Punibilidade no Crime de Descaminho
	. Quando o agente promover o pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, antes do recebimento da denúncia.
CONTRABANDO 
Art. 334-A – Importar ou exportar mercadoria proibida:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Par. 1º Incorre na mesma pena quem:
	I – Pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando; 	II – Importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de órgão público competente;
 	III – Reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação;
	IV - Vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria ... 
CONTRABANDO 
... proibida pela lei brasileira;
	V – adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira. 
	Par. 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercício em residências.
	Par. 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
CONTRABANDO 
Obs. A lei 13.008/14, trouxe algumas modificações ao art. 334 do CP:
	I – Desmembramento dos Crimes de Descaminho e Contrabando, e consequente aumento de pena para o crime de Contrabando.
	II – Não se admite mais a suspensão condicional do processo, pois a pena mínima é superior a 1 ano;
	III - É admitida a hipótese de prisão preventiva, haja vista que a pena máxima é superior a 4 anos;
Obs.: Antes da lei 13.008/14 aquela pessoa que importasse mercadoria proibida e iludisse o pagamento de tributo, responderia por crime único. Agora não mais. Hj temos a possibilidade de concurso de crimes.
CONTRABANDO 
Obs. DESCAMINHO X CONTRABANDO
	- Pontos em Comum
	. Exemplo de crimes praticados por particular contra a Adm. Pública;
	. No Descaminho o que se protege é a ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA; 
	. No Contrabando o que se protege é a SEGURANÇA, A INTEGRIDADE FÍSICA, INCOLUMIDADE PÚBLICA;
Obs. Competência da Justiça Federal em regra, art. 109 da CF;
	. Súmula 151 (STJ) – Lugar da apreensão dos bens (sessão judiciaria competente).
	
CONTRABANDO 
. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa / Sujeito Passivo: Estado
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não admite a forma Culposa. 
. Admite a Tentativa (na forma plurissubsistente) Ex. Se a importação ou exportação é pela Alfândega, o crime somente estará consumado depois de ter sido a mercadoria liberada pelas autoridades ou transposta a zona fiscal.
. Classificação do Crime
	Comum / formal / de forma livre / comissivo ou omissivo / instantâneo / unissubsistente ou plurissubsistente
CONTRABANDO 
Obs. Importação ou Exportação irá recair sobre mercadoria proibida;
	. Qual a mercadoria proibida? Pode ser droga? Pode ser Arma? – Não, não pode ser droga, não pode ser arma por conta de existir uma previsão especial.
	- Lei de drogas (tráfico de drogas) e na Lei de Armas (trafico de armas), nós temos uma legislação específica.
Obs. Exemplo clássico, cigarros que são trazidos do Paraguai.
Obs. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
	. Não será aplicado;
CONTRABANDO 
Obs.	
	Descaminho (art. 334, CP) – 1 a 4 anos;
	
	Contrabando (art. 334-A, CP) – 2 a 5 anos;
	
	Facilitação de Contrabando ou Descaminho (art. 318, CP) – 
	3 a 8 anos.
IMPEDIMENTO, PERTURBAÇÃO OU FRAUDE DE CONCORRÊNCIA 
Art. 335 – Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovida pela administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa, além da pena correspondente à violência.
Par. 1º Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida.
*** Revogado pelos arts. 93 e 95 da Lei 8666/93 (Lei das Licitações)
IMPEDIMENTO, PERTURBAÇÃO OU FRAUDE DE CONCORRÊNCIA 
Obs.: Esse é um crime que tem que ser visto pelo princípio da especialidade (porque não foi retirado expressamente do ordenamento), ou seja nós temos 2 normas em vigência.
INUTILIZAÇÃO DE EDITAL OU DE SINAL 
Art. 336 – Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionáriopúblico; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto:
Pena – detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa.
Obs.: Pessoa em local incerto e ñ sabido - Citação por edital – afixado no fórum
INUTILIZAÇÃO DE EDITAL OU DE SINAL 
. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa / Sujeito Passivo: Estado
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não admite a forma Culposa. 
. Admite a Tentativa. Classificação do Crime
	Comum / formal / de forma livre / comissivo / de dano / instantâneo / plurissubsistente
QUADRO COMPARATIVO 
Art. 305 – Supressão de documento: pode ser cometido por qualquer pessoa, o documento pode ser público ou particular, destinando-se a prova de alguma relação jurídica com o fim de obter vantagem. Ex.: Rasga Contrato.
Art. 314 – Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento: cometido pelo funcionário público que tem a guarda do documento. (Funcionário Público)
Art. 337 – Subtração ou inutilização de livros ou documento: pode ser cometido por qualquer pessoa (3ª pessoa), menos pelo funcionário público que tenha a guarda do documento (art. 314 CP). Subsidiário ao crime do artigo 305 CP. 
Art. 356 – Sonegação de papel ou objeto de valor probatório: o sujeito ativo só pode ser o advogado ou procurador que recebeu o documento ou objeto de valor probatório no exercício de suas atividades. (Crime contra a Adm. Da Justiça)
SUBTRAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO 
Art. 337 – Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confiado à custódia de funcionário em razão de ofício, ou de particular em serviço público:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Obs. Quem comete esse crime é o particular.
SUBTRAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO 
. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa / Sujeito Passivo: Estado
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não admite a forma Culposa. 
. Admite a Tentativa
. Classificação do Crime
	Comum / formal / de forma livre / comissivo / instantâneo / plurissubsistente
Obs. É um crime subsidiário, somente se pune a conduta descrita neste tipo penal caso não configure delito mais grave (art. 305, 314 ou 356 CP).
SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
Art. 337–A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços;
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços;
SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Par. 1º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.
SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
Par. 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:
I – (Vetado.)
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.
SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
Par. 3º Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de 1/3 (um terço) até a ½ (metade) ou aplicar apenas a de multa.
Par. 4º O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmo índices do reajuste dos benefícios da previdência social.
SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
. Sujeito Ativo: É o “titular de firma individual, os sócios solidários, os gerentes, diretores ou administradores”. / Sujeito Passivo: Estado, especificamente o INSS.
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não admite a forma Culposa. 
. Não admite Tentativa.
. Classificação do Crime
	Próprio / formal / de forma livre / omissivo / instantâneo / unissubsistente
SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
Obs. 	A competência é da Justiça Federal
	A ação é pública incondicionada.
Obs. Extinção da Punibilidade
	Art. 337-A, Par. 1º.
CAPÍTULO III
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
                
Considerações Gerais
        
	. Crimes que atentam contra a instituição da justiça;
		. Poder Judiciário, Autoridades Policiais, Ministério Público, Advogados e demais operadores do Direito
	. Põem em risco a própria existência da proteção jurídica;
 
CAPÍTULO III
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
                
Denunciação caluniosa
        Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº 10.028, de 2000)
        Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
        § 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.
        § 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
Obs. Junção de 2 situações (calúnia + comunicação à autoridade) = Denunciação Caluniosa. 
Obs. O aumento da gravidade do crime originariamente praticado também constitui denunciação caluniosa. Ex. Se o Ticio sabe que Mévio praticou um furto, mas narra a autoridade policial, sabendo-o inocente, ter havido um roubo, comete o crime do art. 339.
Obs. Para o correto julgamento do crime de denunciação caluniosa, é necessário que se aguarde o termino da investigação ou ação penal, com a consequente inocência do denunciado.
Obs. Crime Impossível
	Quando ocorre a anistia, abolição do crime, prescrição (perda do direito de punir do estado).
. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa / Sujeito Passivo: Estado e a pessoa prejudicada pela falsa denunciação.
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não se pune a forma Culposa. 
. Admite a Tentativa, Ex. Indivíduo que envia por carta falsa denúncia à autoridade pública, sendo, contudo, interceptada por terceiros.
. Classificação do Crime
	Comum / formal / de forma livre / comissivo / instantâneo / plurissubsistente
. Consumação: Se da com a Instauração da investigação policial, de processo judicial, de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa.
Obs. Crime de Ação Penal Pública Incondicionada.
Obs. RETRATAÇÃO	
	Diferentemente do crime de Calúnia, no crime de Denunciação Caluniosa a retratação não tem efeito de tornar o réu isento de pena.
Obs. Denunciação Caluniosa x Calúnia (Art. 138 do CP)
	. A calúnia é um crime contra a honra, enquanto que a Denunciação caluniosa é um crime contra a Administração da Justiça.
	. Na calúnia o objetivo é ofender a honra do imputado, já na denunciação caluniosa a intenção é instaurar inquérito policial ou ação penal contra terceiro.
Obs. Denunciação Caluniosa (art. 339 CP) x Comunicação Falsa de Infração Penal (Art. 340 CP) x Autoacusação Falsa (art. 341 CP)
	. No art. 339, o agente indica pessoa determinada como autora da infração;
	. No art. 340, o agente não aponta um indivíduo determinado como autor do crime que alega ter ocorrido.
	. No art. 341, o agente atribui a si mesmo a prática de crime inexistenteou cometido por outrem.
                
        Comunicação falsa de crime ou de contravenção
     
	Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado:
        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa
Obs. Não há a imputação de crime a uma pessoa determinada.
Obs. Exemplo: O depositário infiel, para eximir-se à acusação de apropriação indébita, comunica à polícia ter sido vítima de um furto.
. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa / Sujeito Passivo: Estado 
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não se pune a forma Culposa. 
. Admite a Tentativa, Ex. O agente faz a comunicação falsa à autoridade, e esta não inicia a investigação por circunstância alheia à sua vontade.
. Classificação do Crime
	Comum / formal / de forma livre / comissivo / instantâneo / plurissubsistente
. Consumação: Se da no momento em que a autoridade pratica alguma ação no sentido de elucidar o fato criminoso. Não necessita efetiva instauração de IPL.
Obs. Crime de Ação Penal Pública Incondicionada.
. Obs. Crime Impossível
	Quando ocorre a anistia, abolição do crime, prescrição (perda do direito de punir do estado).
Obs. RETRATAÇÃO	
	Diferentemente do crime de Calúnia, no crime de Denunciação Falsa de Crime ou Contravenção a retratação não tem efeito de tornar o réu isento de pena.
Obs. Concurso de Crimes
	É possível. Ex. O Agente se apropria do dinheiro da empresa e faz um comunicado falso à polícia no sentido de que houve furto dos valores.
	Vai responder por concurso material de crimes (art. 69, CP)
        
	Autoacusação falsa
        Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:
        Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
Obs. O tipo penal exige que a autoacusação seja feita perante a autoridade pública (delegado de polícia, juiz, promotor de justiça, autoridade administrativa).
Obs. Exemplo: O agente pode ter sido subornado pelo verdadeiro autor da infração penal para chamar a si a responsabilidade.
. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa / Sujeito Passivo: Estado 
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não se pune a forma Culposa. 
. Admite a Tentativa, somente na autoacusação realizada por escrito.
. Classificação do Crime
	Comum / formal / de forma livre / comissivo / instantâneo / plurissubsistente
. Consumação: Se da no momento em que a autoridade toma conhecimento da autoacusação.
Obs. Crime de Ação Penal Pública Incondicionada.
Obs. Direito de mentir do réu
	É decorrente do seu direito de defesa, que é constitucionalmente assegurado.
	O acusado tem o direito de mentir, negando a existência de crime, sua autoria, imputando-a a outra pessoa.
	. Mas o Ordenamento Jurídico não lhe confere o direito de se autoacusar falsamente, em virtude do principio de se evitar a qualquer custo, o erro judiciário (art. 5º LXXV).
Falso testemunho ou falsa perícia
       
	 Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: 
        Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.    
       
	 § 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta
      
   
    Falso testemunho ou falsa perícia
       
	§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
Obs. Exemplo: Testemunha que, para forjar um álibi em favor do acusado, afirma falsamente que, no momento do crime, ele estava em sua companhia.
Obs. Não constitui falso testemunho a negação em prestar depoimento.
. Sujeito Ativo: Mão Própria (Testemunha, Contador, Perito, Tradutor ou o Intérprete) / Sujeito Passivo: Estado e pessoa prejudicada pelo ato falso.
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não se pune a forma Culposa. 
. Não admite a Tentativa
. Classificação do Crime
	Mão Própria / formal / de forma livre / comissivo ou omissivo / instantâneo / unissubsistente
. Consumação: Se da com o encerramento do depoimento.
Obs. Crime de Ação Penal Pública Incondicionada.
Obs. Direito de mentir da Testemunha
	. Existe quando a testemunha falta com a verdade ou se cala para evitar comprometer-se, com base no princípio do direito ao silêncio e de não ser obrigado a se autoacusar.
Obs. Falsa Identidade x Falso Testemunho
	. Se no momento de ser qualificada a testemunha falta com a verdade, fornecendo dados falsos, configura-se o delito de Falsa Identidade (art. 307, CP)
Obs. RETRATAÇÃO	
	O crime se consumou no momento em que o depoimento foi encerrado, contudo a lei faculta ao agente o direito de arrepender-se antes da prolação da sentença de 1º grau.
Obs. Concurso de Crimes
	a) Crime Único – Vários depoimentos falsos em um mesmo processo;
	b) Falso Testemunho x Crime contra a Honra
		. O crime de falso testemunho não absolve o crime contra a honra, devendo o agente responder por concurso formal. (1/6 a 1/2, crime mais grave).
Obs. Anulação do processo em que se deu o falso
	. Não se reconhece o delito.
Obs. Anulação do depoimento por motivo outro que não a sua falsidade.
	. O que é nulo não pode produzir nenhum efeito.
Obs. Absolvição do agente no processo em que se deu o falso.
	. Não exclui o crime já consumado.
Obs. Reconhecimento da extinção da punibilidade no processo em que se deu o perjúrio.
	. Não exclui o interesse de agir em relação ao processo de falsidade.
Obs. Arquivamento do inquérito ou do processo em que se deu o falso.
	. Mantém-se o crime.
       
Exercício arbitrário das próprias razões
        
	Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:
        Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.
        Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
     
Obs. Impede-se que o particular faça justiça pelas próprias mãos, ou seja, sobreponha-se à autoridade estatal na solução dos conflitos. O leviatã de Thomas Hobbes. 
       
. Exemplos:
	a) retenção do paciente pelo médico no hospital para a satisfação das despesas de internação e tratamento – não configura o delito de sequestro;
	b) a retenção do objeto pelo credor até que o devedor salde a dívida – não configura o crime de apropriação indébita;
	c) a retirada do bem pelo credor da residência do devedor, a fim de satisfazer a dívida - não configura o crime de furto;
Obs. Em todas essas hipóteses o agente pratica o crime para satisfazer uma pretensão que supõe legítima e que poderia ser alcançada pelos meios judiciais, mas prefere fazer justiça pelas próprias mãos.
. Sujeito Ativo: Qualquer Pessoa / Sujeito Passivo: Estado, e pessoa contra a qual se volta a conduta do agente.
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não se pune a forma Culposa. 
. Admite a Tentativa
. Classificação do Crime
	Comum / formal / de forma livre / comissivo / instantâneo / plurissubsistente
. Consumação: Quando o agente, substituindo-se arbitrariamente à autoridade judiciária, a qual poderia recorrer, faça justiça por ele mesmo.
Obs. Crime de Ação Penal Pública Incondicionada, quando o agente empregar atos violentos.
	. Crime de Ação Penal mediante representação, quando inexiste violência.
       
Obs. Para a configuração desse delito é preciso que a pretensão seja legítima. 
Obs. Havendo o emprego de violência na atuação do agente, haverá concurso material de infrações. (art. 69 CP) – aplicação cumulativa das penas.
       
Fraude processual
       	
	Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fimde induzir a erro o juiz ou o perito:
        Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
        Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro.
Obs. Exemplos: Colocar uma arma na mão da vítima (para futura alegação de legítima defesa); remover os corpos das vítimas de local, de forma a alterar a cena do crime.
. Sujeito Ativo: Crime Comum / Sujeito Passivo: Estado e pessoa prejudicada pela inovação artificiosa.
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não se pune a forma Culposa. 
. Admite a Tentativa
. Classificação do Crime
	Comum / formal / de forma livre / comissivo / instantâneo / plurissubsistente
. Consumação: Se da com a realização da fraude (inovação artificiosa).
Obs. Crime de Ação Penal Pública Incondicionada.
Obs. Princípio da Autodefesa do Acusado x Fraude Processual
	. O crime destina-se aquele que não é réu, diretamente envolvido no processo e que leva o magistrado ou o perito a erro.
Obs. As inovações artificiosas devem ser idôneas e enganar o juiz ou o perito; do contrário, se o artifício for grosseiro, não há que se falar em crime.
Obs. Não é necessário que o agente logre êxito em induzir em erro o perito ou juiz, haverá o crime ainda que o processo não chegue à fase de julgamento, uma vez que o artifício era idôneo a enganar.
Obs. Fraude Processual x Estelionato
	. O Estelionato é um crime contra o patrimônio, que induz particular a erro para obter vantagem ilícita; enquanto que a Fraude Processual é um crime contra a Administração da Justiça, e o agente realiza a inovação artificiosa com o fim de induzir o perito ou juiz em erro, para obter uma vantagem em um julgamento.
       
Favorecimento pessoal
        Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:
        Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
        § 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
        Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.
        § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.
Obs. Fornecer ajuda a alguém para fugir, ou evitar a ação da autoridade que o busca.
. Sujeito Ativo: Crime Comum / Sujeito Passivo: Estado
. Elemento Subjetivo: Dolo
. Não se pune a forma Culposa. 
. Admite a Tentativa – Se prestando o auxílio, o criminoso não consegue escapar da ação da autoridade pública.
. Classificação do Crime
	Comum / material / de forma livre / comissivo / instantâneo / plurissubsistente
. Consumação: Se da no momento em que o favorecido consegue, ainda que momentaneamente, em razão do auxílio prestado, subtrair-se à ação da autoridade pública.
Obs. Crime de Ação Penal Pública Incondicionada.
Obs. Favorecimento pessoal x Facilitação de fuga de pessoa presa (art. 351, CP)
	. Para configurar o crime de Favorecimento Pessoal o autor deve estar solto, porque se estiver preso configura o art. 351 do CP.
Obs. Favorecimento Pessoal x Prevaricação
	. Se o agente é funcionário público e retarda ou deixa de praticar indevidamente a captura do foragido para satisfazer interesse ou sentimento pessoal, comete o delito de prevaricação.
Obs. Favorecimento Pessoal x Corrupção Passiva
	. Se o funcionário público recebe vantagem indevida ou aceita promessa para não capturar o foragido comete o delito do art. 317, Par. 1º do CP.
	. Se o funcionário público além de não captura-lo, acaba por auxiliar a fuga, fornecendo falsos informes para despistar o paradeiro do foragido – responde igualmente pelo delito de favorecimento pessoal.
DIREITOPENAL2018.1@GMAIL.COM
SENHA: direito2018

Continue navegando