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PROCESSO PENAL AULA 06

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DIREITO PROCESSUAL PENAL I AULA 06
(14/08/2017)
I
 - Ação penal privada: A petição inicial da ação privada se chama queixa. O prazo da queixa é de 6 meses contados da ciência da autoria do fato. O ofendido contrata um advogado para entrar com a ação representando o ofendido.
- Renuncia: Toda movimentação feita antes da ação privada é chamada renúncia. Pode ocorrer de forma tácita ou expressa. Aqui o ofendido renuncia o direito de procuração, de queixa, dele em face de quem o ofendeu. Somente existe na ação privada. A renúncia é unilateral, pois sozinha a pessoa desiste de representar contra o ofensor. Aqui temos uma causa de extinção de punibilidade.
- Perdão: Toda movimentação feita depois do início da ação privada é perdão. Pode ocorrer de forma tácita ou expressa. Aqui o ofendido já deu entrada na ação privada em face do ofensor e posteriormente resolve encerrá-la. Somente existe na ação privada. O perdão é bilateral, pois a ação já foi proposta e precisa o ofensor querer não continuar a briga na justiça. Aqui temos uma causa de extinção de punibilidade.
- Perempção: Art. 60 CPP. Ocorre somente em ações penais privadas. É uma inércia do querelante. Ou seja, ele deixa de fazer algo que compromete a ação tornando-a passível de perempção. Ocorrendo este instituto, irá se extinguir a punibilidade sob o querelado.
 Art. 60.  Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
        I - Quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
        II - Quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
        III - Quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
        IV - Quando, sendo o querelante, pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
- Princípio da oportunidade e da conveniência: É uma faculdade do ofendido de propor uma ação penal.
- Princípio da disponibilidade: O querelante pode desistir da ação, por isso ela é disponível.
-Princípio da indivisibilidade: significa que não existe direito de escolha contra quem irá promover a ação penal. Ou seja, se existe indícios de autoria e materialidade que A e B cometeram um crime contra C, A ação promovida por C deve ser em face de A e B e não somente em face de A ou somente em face de B.
EXERCÍCIO
Diga os seguintes prazos:
Denuncia: 5 dias indiciado preso. 15 dias se estiver solto.
Queixa: 6 meses contados da ciência da autoria do fato.
Representação: 6 meses
Conclusão do inquérito: 10 dias para indiciado preso. 30 dias para indiciado solto.
Diga qual é a ação penal dos seguintes crimes:
Roubo: pública incondicionada
Estupro: publica condicionada representação
Peculato: pública incondicionada
Dano: privada
Difamação: privada (nos crimes contra a honra, em regra, a ação penal será privada exceções: honra do presidente da república ou chefe de governo estrangeiro a ação penal é pública condicionada a requisição do ministro da justiça. Quando for a honra do funcionário público no exercício das funções, é pública condicionada a representação.)
Injuria real: pública condicionada representação (injuria real é o crime de injuria + uma contravenção penal que é uma lesão leve ou vias de fato) 
TIPOS DE AÇÃO PENAL PRIVADA
 Existem 3 tipos de ação penal privada:
- Propriamente dita: Somente o ofendido ou o representante (ordem de representante Art31 CPP) do ofendido podem oferecer ação.
- Personalíssima: Art. 236 CP. Somente o próprio ofendido (cônjuge enganado) pode oferecer esta ação.
- Subsidiária da pública: São em que o ofendido com um advogado particular ingressa com a ação, que o ministério público, por inércia, não ofereceu a denúncia.
AÇÃO CIVIL EX DELICTO
 Aqui nos deparamos com uma figura de uma ação civil oriunda de um crime. Ou seja, é uma ação civil que existe porque antes houve um crime. Ex: X matou Y. A família de Y entre com uma ação na esfera civil em face de X pedindo indenização. Se houver uma sentença condenatória transitada e julgada na esfera penal, esta sentença gerará um título executivo para uma ação na esfera civil. Somente é gerada automaticamente no civil a sentença condenatória transitada e julgada. Por este motivo se torna interessante aguardar o transito em julgado na esfera penal para se ingressar na esfera civil.
 Art. 63.  Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.
        Parágrafo único.  Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido.
Com a reforma do CPP o juiz proferirá uma sentença condenatória; nesta sentença o juiz já poderá fixar um valor mínimo para indenizar a vítima. Ex: Um furto de uma bicicleta. Foi condenado o réu. No final da sentença o juiz, já fixa um valor mínimo a ser pago pelo réu. Porém este valor serve de base ou uma tentativa de se resolver tudo pela esfera penal, mas pode a vítima entrar no civil pedindo outro valor usando este valor como base. 
  Art. 387.  O juiz, ao proferir sentença condenatória:
        I - Mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal, e cuja existência reconhecer;
        II - Mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto nos Arts. 59 e 60 do Decreto-Lei 2.848/40
        III - Aplicará as penas de acordo com essas conclusões;
        IV - Fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido;
 Ao contrário do que falamos a pouco. Existem decisões na esfera penal que impedem que o autor entre também na esfera civil. 
 Art. 65.  Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Ou seja, quando tem a excludente de ilicitude (Art. 23 CP).
 Agora veremos as causas penais que não impedem ações na esfera civil.
Art. 66.  Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato. Ou seja, que no fato não existiu.
        Art. 67.  Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:
        I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
        II - a decisão que julgar extinta a punibilidade;
        III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.
        Art. 68.  Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art. 32, §§ 1o e 2o), a execução da sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público.
FONTE: BEATRIZ ABRAÃO DE OLIVEIRA

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