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O Estado em Kelsen

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Uni-Evangélica Campus – Ceres
1° Período – Direito
Grupo: Danielle,Ester,Maria Antonia,Renata e Larisse
GV-GO : Desenvolvido para disciplina de Ciência Política
Tema a ser abordado: O Estado em Kelsen – Como Kelsen vê o Estado?
Trechos retirados do livro: Teoria Geral do Direito e do Estado – Hans Kelsen (Mário Fontes) 
A Teoria pura do Direito é uma teoria monista. Ela demonstra que o Estado imaginado como se pessoal, é na melhor das hipóteses, nada mais que a personificação da ordem jurídica, e mais frequentemente, uma mera hipostatização de certos postulados políticos-morais.
 - Hans KELSEN	
I – INTRODUÇÃO
 “O ESTADO É O DIREITO E O DIREITO É O ESTADO” 
Para Kelsen o Estado é uma organização política por ser uma ordem que regula o uso da força, porque ela monopoliza o uso da força. O Estado é uma sociedade politicamente organizada porque é uma comunidade constituída por uma ordem coercitiva, e essa ordem coercitiva é o Direito. 
O fato de um indivíduo ter poder sobre outros indivíduos manifesta-se no fato de que aquele é capaz de induzir estes a uma conduta que ele deseja. Mas o poder num sentido social só é possível dentro da ordem normativa regulando a conduta humana.
 O poder num sentido social ou político, implica autoridade e uma relação de superior para inferior. Tal relação torna-se possível apenas com base em uma ordem por meio da qual um seja investido de poder e o outro seja obrigado a obedecer. 
O poder social é essencialmente correlato à obrigação social, e a obrigação social pressupõe a ordem social ou, o que redunda o mesmo, a organização social. O poder social é possível apenas dentro da organização social. Isso se torna particularmente evidente quando o poder não está apenas com um único indivíduo, mas – como, em geral, é o caso na vida social – com um grupo de indivíduos.
O poder do Estado é o poder organizado pelo Direito positivo – é o poder do Direito, ou seja, a eficácia do Direito positivo. O “poder” não é prisões e cadeiras elétricas, metralhadoras e canhões; o “poder” não é algum tipo de substância ou entidade por trás da ordem social. O poder político é a eficácia da ordem coercitiva reconhecida como Direito. 
Descrever o Estado como “o poder por trás do Direito” é incorreto, já que sugere a existência de duas entidades distintas onde existe apenas uma: a ordem jurídica. O dualismo de Direito e Estado é uma duplicação supérflua do objeto de nossa cognição, um resultado de nossa tendência a personificar e então hipostatizar nossas personificações. Ex: Na ideia do homem primitivo de que a natureza é animada, de que por trás de todas as coisas existe uma alma, um espírito, uma divindade dessa coisa: por trás de uma árvore, uma dríade; por trás de um rio, uma ninfa; por trás da lua, uma divindade lunar; por trás de um sol, um deus sol. Desse modo, imaginámos por trás do Direito a sua personificação hipostatizada, o Estado, a divindade do Direito. 
O dualismo de Direito e Estado é uma superstição animista. O único dualismo legítimo aqui é o de validade e eficácia da ordem jurídica. É incorreto falar do Estado como um poder separado da ordem jurídica ou por trás dela. 
II – O ESTADO COMO SUJEITO DE DEVERES E DIREITOS
As obrigações e direitos do Estado são obrigações e direitos dos indivíduos que, segundo nosso critério, devem ser considerados órgãos do Estado, ou seja, que executam uma função específica determinada pela ordem jurídica. Essa função pode ser o conteúdo de uma obrigação ou de um direito. A violação do dever de um órgão do Estado, o delito constituído pelo fato de um órgão do Estado não ter executado sua função do modo prescrito pela ordem jurídica, não pode ser imputada ao Estado, já que um indivíduo é órgão (em particular, um funcionário público) do Estado apenas na medida em que sua conduta se conforme às normas jurídicas que determinam sua função. Na medida em que um indivíduo viola uma norma jurídica, ele não é um órgão do Estado. 
A imputação ao Estado não diz respeito a ações ou omissões que têm o caráter de delitos. Um delito que é a violação da ordem jurídica nacional não pode ser interpretado como um delito do Estado, não pode – falando-se de modo figurado – “querer” ambos, o delito e a sanção. O parecer oposto é culpado pelo menos, de uma inconsistência teleológica. 
A responsabilidade – como já foi assinalado – não é uma obrigação, mas uma condição pela qual um indivíduo se torna sujeito a uma sanção. Se a sanção não é dirigida contra o Estado, o Estado não pode ser considerado responsável. Em segundo lugar, o indivíduo que executa um ato antijurídico ao não cumprir a obrigação do Estado não está atuando como órgão do Estado, nem está no exercício de sua conexão com sua função oficial de órgão do Estado. Ele está apenas atuando em conexão com sua função oficial de órgão do Estado. Somente se o ato antijurídico por ele cometido estiver em conexão com a sua função de órgão do Estado é que o Estado é obrigado a reparar o dano.	
III – O POVO DO ESTADO 
Para Kelsen o povo, isto é, os seres humanos que residem dentro do território do Estado. Eles são considerados uma mesma unidade. Assim como o Estado tem apenas um território, ele tem apenas um povo, e, com a unidade do território é jurídica e não natural, assim é a unidade do povo. Ele – o povo – é constituído pela unidade da ordem jurídica válida para os indivíduos cuja conduta é regulamentada pela ordem jurídica nacional, ou seja, é a esfera pessoal de validade dessa ordem. 
IV – CIDADANIA (NACIONALIDADE) 
A cidadania ou nacionalidade é um status pessoal, a aquisição e a perda do qual são reguladas pelo Direito nacional e pelo internacional. A ordem jurídica nacional faz desse status a condição de certos deveres e direitos. O mais proeminente desses deveres geralmente impostos apenas a cidadãos é o dever de prestar serviço militar.
O compromisso de fidelidade é habitualmente citado como um dos deveres específicos dos cidadãos. 
Os direitos políticos encontram-se entre os direitos que a ordem jurídica costuma reservar aos cidadãos.
Apenas os cidadãos tem o direito de residir dentro do território do Estado, isto é, o direito de não serem dele expulsos. 
A extradição deve ser distinguida da expulsão. Um estado pode pedir a outro Estado a extradição de um indivíduo, em especial para poder submetê-lo a um processo jurídico por causa de um delito que ele cometeu no território do Estado que pede a extradição. 
V- O PODER DO ESTADO 
O poder do Estado ao qual o povo está sujeito nada mais é que a validade e a eficácia da ordem jurídica de cuja unidade resultam a unidade do território e do povo. Considerando que o poder do Estado seja a validade e a eficácia da ordem jurídica nacional, caso a soberania deva ser considerada uma qualidade desse poder. Porque a soberania só pode ser a qualidade de uma ordem normativa na condição de autoridade que é a fonte de obrigações e direitos. 
Poderes ou funções do Estado 
Poder Legislativo – A função legislativa opõe-se tanto à função executiva quanto à judiciária, sendo que estas duas últimas estão, obviamente relacionadas de modo mais íntimo entre si do que com a primeira. 
A legislação (legis latio do Direito romano) é a criação de leis (leges) 
 Poder Executivo – Diferencia-se com frequência de duas funções separadas, as chamas função política e função administrativa. À primeira são geralmente atribuídos certos atos voltados para a administração e que são, portanto politicamente importantes. Pode também se designar todo domínio do poder executivo a administração.
A separação do executivo e judiciário – É apenas com exceção que os órgãos do poder executivo e do judiciário podem criar normas gerais. Sua tarefa típica é criar normas individuais com base nas normas gerais criadas por legislação e costume, e levar sanções estipuladas por essas normas gerais e individuais.
VI- FORMAS DE GOVERNO 
Monarquia e República - Para Kelsenquando o poder soberano de uma comunidade pertence a um indivíduo, diz que o governo, a constituição é monárquica. Quando o poder pertence a vários indivíduos, a constituição é chamada republicana. Kelsen afirma que a classificação de governos é, na realidade uma classificação de constituições, o termo sendo usado no seu sentido material. 
Democracia e Autocracia – Para Kelsen esta distinção baseia-se na ideia de liberdade política. Democracia significa que a “vontade” representada na ordem jurídica do Estado é idêntica às vontades dos sujeitos. A Autocracia é definida como “escravidão”, onde, nela os sujeitos são excluídos da criação da ordem jurídica, e a harmonia entre a ordem e suas vontades não é garantido de modo algum.

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