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Teoria do Estado – O Universalismo Europeu
Immanuel Wellerstein
Podemos perceber que o texto dissertado por Wellerstein tem como principal levantar o questionamento sobre diversos conceitos e aspectos civilistas que nós enxergamos apenas na ótica dos povos ocidentais colonizadores, o que ele chama de “Universalismo Europeu” por ter sido promovido por lideres e intelectuais pan-europeus na tentativa de defender os estratos dominantes do mundo moderno. E diante disso o autor do texto propõe transformar tal conceito em outro que ele denomina “O universalismo Universal” que, por sua vez, é justo e democrático a todos os cidadãos. Essa transformação ocorreu ao longo do texto por meio da reflexão de diversos acontecimentos históricos em que houve situações de abusos e estratégias de dominação de um grupo dominante sobre outro menos favorecido militarmente. Dentre esses, o acontecimento histórico central do texto foi a chegada dos espanhóis nas terras latino-americanas no século XVI, o que gerou no extermínio dos principais impérios dessas regiões. E com isso surgiu dois personagens que justificaram de maneira oposta os pontos de vista a respeito da colonização, o primeiro chamado Juan Sepulveda que apontou 4 argumentos a favor da dominação espanhola que são: 1. A barbaridade dos povos selvagens; o 2. Deve ser punidos pelas práticas impuras tais como as de Sacrifício Humano, a 3. A obrigação dos espanhóis de impedir o sacrifício de pessoas inocentes e o 4.a evangelização. O segundo personagem que contra-argumentou os pontos de vista de Sepulveda foi Bartalomé de Las Casas, primeiro padre consagrado na América, sobre o 1. Argumento ele apresentou que existem múltiplas significações para a palavra bárbaro sendo impossível definir. Sobre o segundo, ele apresentou que a igreja não não tinha jurisdição para julgar os não-cristãos. Sobre o 3 argumento ele apresentou oque chamamos de “Mal Menor”, ou seja, a não-intervenção dos rituais indígenas gerais menos mortos do que a intervenção coativa espanhola. E sobre o 4 ele falou da contradição com o livre-arbítrio. Após esse debate desses personagens em contexto específico, esses mesmos argumentos foram confrontados em outras épocas, tais como a colonização inglesa no território da índia, os conflitos europeus no século xx por independência e dominação tais como no kosovo e na Iuguslávia, as Guerras nos territórios africanos, ocupação norte-americana nos territórios do Iraque visando a “o proteção de vítimas dos grupos terroristas e manutenção dos direitos humanos, dentro outros. Diante de tais fatos, podemos analisar que esses conflitos tem algo em comum que é a purificação dos povos e conceitos aplicados por Sepulveda como a Lei natural que falava que era inviável povos de características opostas conviverem na mesma região. E após o desenrolar de vários conflitos e destruições no século XX foi criado mecanismos de contenção desses, tais como OTHAN e ONG´s que pautavam na luta pelos direitos humanos e pela ajuda á pessoas com o Médico Sem Fronteiras. Conclui-se com o texto que o critério que usamos ás séculos como definição de sociedade, democracia e civilização é o Universalismo Europeu, conjunto de doutrinas e pontos de vista éticos que derivam do contexto europeus e ambicionam ser valores globais e universais e que as estratégias de dominação continuaram presentes dentro dos povos da sociedade, se antes o objetivo era dominar para evangelizar e adquirir territórios, hoje em dia a dominação ocorre para democratizar, conceito esse não usado na sua forma fundamental, purificar e luta pelos direitos humanos.

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